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RESUMO
INTRODUÇÃO
Como o problema deste artigo é discutir, sem ser exaustivo, a seguinte questão:
de que conhecimentos precisa se valer o professor deste século para garantir a
aprendizagem na escola, além daqueles sob os quais se licenciou, valho-me de alguns
estudos da Neurociência aplicados à Educação bem como de conhecimentos de algumas
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DESENVOLVIMENTO
responsiva e contingente diante dos fatos que se dão na escola, e os professores ficam
sem saber o que fazer.
Por isso, para desenvolver as pessoas de forma que a linguagem docente atinja
seu objetivo mister, o professor precisa se eivar desses e de outros conhecimentos da
área da linguagem também, de forma a aprender a elaborar atividades que desenvolvam
funções cerebrais de forma mais sistemática. Não que a vida das pessoas sem a escola
não possa ser desenvolvida em funções que se acreditou que só a escola desenvolveria,
posto que hoje sabemos que há muitas pessoas que não estuda(ra)m na escola ou pouco
estudaram e ainda assim fazem as conexões necessárias por conta de sua curiosidade ou
por necessidade de sobrevivência. O próprio cérebro se ocupa de criar plasticamente as
condições.
A mente precisa receber de forma organizada o que ela ainda não entende, não
compreende, de tal sorte que produza e reproduza a informação recebida ou o
conhecimento divulgado até alcançar autonomia. Não é à toa que as aulas de línguas
estrangeiras, por exemplo, fora da escola são mais interessantes que as ministradas na
escola. O próprio material didático do professor dessa modalidade de curso a que os
alunos vão, normalmente, à tarde para estudar, é produzido, prevendo a interação, a
dialogicidade, a coletividade entre os alunos e o professor. São materiais produzidos a
partir de conhecimentos de neurociências, com base em Neuropsicopedagogia, porque
focalizam a aprendizagem para o longo da vida (Lifelong Learning) e não mais a
aprendizagem momentânea.
Há uma assinatura nas sinapses de cada um de nós, o que nos torna diferentes
entre si. Torna-nos indivíduos, isto é, aqueles que não podem ser divididos, porque são
ímpares, únicos. As formas de aprender de cada um não são iguais. Tampouco a
velocidade. Menos ainda a significação, a representação. Nossas mentes são semióticas
e, por isso, significam em algo tudo a que somos expostos (LISBÔA, 2012).
Ainda que a passos que parecem curtos, a Neuropsicopedagogia vem tentando reunir os
conhecimentos da Psicopedagogia aos da Neurociência e aos de outras áreas, para
elucidar ao neuropsicopedagogo o que está ocorrendo com este e com aquele aluno,
com este ou aquele paciente, de tal sorte que se tomem decisões a respeito das
atividades mentais não esperadas que esses alunos, que essas pessoas (falta de atenção,
déficit de compreensão, metáforas e similaridades desconexas) exibem na escola ou em
outras ambiências escolares, no trabalho ou em casa, no intuito de sugerir jogos,
atividades, falas que mapeiem o problema de forma a sugerir atividades e até a
direcionar a outros profissionais, quando for o caso.
Por Schema, entendemos uma moldura com uma porção fixa e outra variável. A
porção fixa é aquela que construímos em nossa maturação; a variável é aquela que
vamos aprendendo ao longo da vida. Quanto ao JPA, o leitor faz uma série de hipóteses
que vai confirmá-las ou não à medida que for lendo (lendo de fato ou ouvindo) o texto-
alvo, modificando ou não aquilo que ele pensou. Isso em língua materna surte um efeito
muito bom; em língua estrangeira, pode servir como início de processamento leitor
devido a grande fragilidade dos dados empíricos que serão ou não confirmados com a
plena leitura na outra língua.
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A Linguística está entre as Ciências da Cognição porque ela tem como objeto de
estudo a própria revelação da cognição de cada ser humano, a linguagem, que pode
mostrar-se de vária forma. Dessa maneira, tudo o que dizemos — escrevendo, falando
— revela nossas cognições; como também nos revelam os nossos gestos, as expressões
faciais, as nossas roupas; enfim, todos os nossos atos são reflexos de nossas funções
mentais. Compreender tudo isso é também um saber sinequa non para a atuação de
neuropsicopedagogo; afinal, ler e escrever são os signos supremos de cidadania como
também o são atos biopsicossociais desenvolvidos por metodologias que precisam ser
alicerçadas em conhecimentos múltiplos e diversificados como os são os conhecimentos
da Neuropsicopedagogia. Ler e escrever ativam ambos os lados do cérebro, o que não é
comum diante de muitas das ações humanas. A maioria das ações se ocupa de apenas
um lado.
É urgente desmistificar a ideia de que alguém não aprende porque não quer. De
que a aprendizagem não ocorre para alguns. O que não ocorre é professor se
preocupando com o aluno que não aprende,que não aprendeu. As possibilidades de
construção do conhecimento são inúmeras, mas a escola brasileira, na subjetividade do
professor brasileiro, acredita que o problema está sempre no aluno (Pedagogia da
Culpa). Qual das possibilidades ou quais delas é a melhor para um aluno aprender?Só
perguntando para ele,que depois de ter sido exposto a algumas dessas possibilidades,
provavelmente saberá como é que ele aprende. O papel do neuropsicopedagogo é, com
o aluno, encontrar uma e/ou outras possibilidades personais de aprendizagem, divulgar
isso para os pais e/ou responsáveis bem como para o próprio aluno e ainda revelar para
o professor, com quem está com dificuldades de aprendizagem, a maneira como esse
aluno aprende, ou as maneiras como ele apreende, entende e compreende.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
sabe como refazê-lo, mas sabe principalmente que há muitos outros caminhos possíveis
e reinterpretáveis que levam à mesma aprendizagem em que ora o professor acredita.
REFERÊNCIAS