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APRENDIZAGEM EM FOCO
INTRODUÇÃO
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TEMA 1
Fonética e
Refere-se ao processamento e a produção de sons.
Fonologia
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frontal no hemisfério esquerdo do cérebro. Carl Wernicke, em
1876, ao analisar pacientes que tinham comprometimento
na compreensão e não na execução da fala, descobriu que a
lesão estava localizada na parte posterior do lobo temporal na
junção com os lobos parietal e occipital. Além das regiões de
Broca (expressão-fala) e de Wernicke (compreensão) o fascículo
arqueado que exerce uma importante função linguística, pois faz
a associação entre essas duas áreas (Broca e Wernicke).
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Referências
CAPLAN. D. Language: structure, processing and disorder. Londres: A Bradford
Book, 1992.
SPRINGER, S. P.; DEUTSCH, G. Cérebro esquerdo, cérebro direito. São Paulo:
Summus, 1998.
VASCONCELOS, M. et al. Cérebro, linguagem e seus componentes. In:
FONTORA, D. R. et al. Neuropsicologia da linguagem: bases para avaliação e
reabilitação. São Paulo: Vetor, 2019.
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“Kiki” e a curvilínea, “Bouba”. Contudo, há algo de estranho nessa
correspondência; é como se alguém tivesse cara de bola. Esse
fenômeno parece se manifestar em diferentes culturas, mesmo
aquelas sem escrita, e entre pessoas de todas as idades. Acontece
que nas vogais /o/ e /u/ os lábios formam um círculo amplo, que
corresponde a característica redonda de “Bouba”. Em contraposição,
para pronunciar o /k/, a parte posterior da língua sobe e toca o
palato (céu da boca), em configuração angulosa. Algo parecido, com
a língua quase muito perto do palato, acontece também com o /i/.
Assim, a forma pontiaguda corresponde naturalmente ao nome
“Kiki”.
Referências
TEORIA EM PRÁTICA
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a linguagem. As abelhas comunicam entre si por meio de uma
dança em sentido circular em volta do seu próprio corpo. Com
isso, a direção e a duração da dança informam às outras a direção
e a distância da fonte de alimento. Vários pesquisadores, por sua
vez, tentaram criar chimpanzés-bebês como uma criança humana,
inclusive ensinando-os a falar. Apesar de todo o treinamento, os
chimpanzés não aprenderam a linguagem com sua capacidade
complexa como um ser humano. Alguns conseguiram aprender o
significado dos sinais, porém os pesquisadores argumentam que
os chimpanzés têm uma boa memória. Portanto, se definirmos a
linguagem como a capacidade de comunicação, podemos dizer,
então, que existem vários animais que se comunicam, por exemplo,
as abelhas e os chimpanzés. No entanto, o que define ser linguagem
como habilidade humana?
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura
Indicação 1
Indicação 2
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QUIZ
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Sobre os componentes da linguagem, assinale a afirmativa
correta.
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: A linguagem é mais que um sistema de comunicação,
é uma habilidade complexa estritamente humana que tem a
capacidade de simbolizar pensamentos, sendo estes simples
ou complexos. Também busca estabelecer informações entre
interlocutores (VASCONCELOS et al., 2019). Além disso, apresenta-
se como uma combinação de sons, regras e a existência de uma
grande quantidade de informações.
Questão 2 - Resposta D
Resolução: Os componentes da linguagem (fonética e fonologia,
morfologia, sintaxe, semântica e pragmática) desenvolvem-se de
forma estruturada e hierárquica. A fonética e fonologia referem-
se ao processamento e à produção dos sons. A morfologia diz
respeito à combinação de morfemas que permite a formação
de palavras. A sintaxe é a disposição das palavras nas frases. A
semântica consiste no processamento de significados (palavras e
sentenças). E a pragmática compreende a significação prática e o
contexto do enunciado.
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TEMA 2
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cerebral da lesão e as características da linguagem em termos
funcionais. No entanto, nem sempre a mesma lesão cerebral acarreta
o mesmo quadro de sintomas característicos de um determinado tipo
de afasia. Deve ser considerada toda a complexidade que uma lesão
acomete a linguagem e outras funções neuropsicológicas.
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linguagem, tanto nos aspectos linguísticos quanto nas demais funções
neuropsicológicas.
Referências
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jornal, tentou dizer por várias vezes a palavra eclipse, porém,
várias parafasias fonológicas ocorriam sendo muito difícil a
compreensão. No entanto, o paciente escreve em uma folha em
branco a letra E, e tira um clipe da mesa e junta com a letra para
dizer a palavra eclipse (Figura 2). Com esse episódio, percebe-se
que o paciente apresenta boa compreensão fonológica da palavra
eclipse. No entanto, sua dificuldade está relacionada com a
expressão verbal da palavra eclipse. Assim, para a autora, durante
a reabilitação de pacientes afásicos é necessária a utilização da
relação do próprio contexto em que esse paciente vivencia.
Figura 2 – Eclipse
Referências
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TEORIA EM PRÁTICA
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura
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Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.
Indicação 1
Indicação 2
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QUIZ
a. Afasia de Wernicke.
b. Afasia de Broca.
c. Afasia global.
d. Afasia transcortical sensorial.
e. Afasia de condução.
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linguagem, tanto na fala quanto na escrita. Qual tipo de afasia
ele adquiriu?
a. Afasia global.
b. Afasia de Wernicke.
c. Afasia de Broca.
d. Afasia transcortical sensorial.
e. Afasia de condução.
GABARITO
Questão 1 - Resposta E
Resolução: Pacientes que apresentam esse tipo de afasia
têm preservada a fala espontânea e a compreensão, porém, a
dificuldade está na repetição de palavras e frases. Esse paciente
apresenta um comprometimento do conteúdo do discurso no
momento da fala.
Questão 2 - Resposta A
Resolução: A afasia global é ocasionada quando a lesão é
ampla no hemisfério esquerdo do encéfalo que engloba a área
de Broca e a de Wernicke. Há uma limitada capacidade de
expressão e compreensão da linguagem, tanto na fala quanto
na escrita. Alguns pacientes podem compreender apenas
comando simples, podendo repetir poucas palavras.
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TEMA 3
Transtornos associados ao
comprometimento da linguagem
na infância, na adolescência, no
adulto e no idoso
______________________________________________________________
Autoria: Maria da Glória Feitosa Freitas
Leitura crítica: Lívia Benatti
DIRETO AO PONTO
Referências
ALMEIDA, Geraldo P. de. Dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita.
Rio de Janeiro: Wak, 2011.
BOSSOLON, Marília. Dificuldades de aprendizagem: levantamento
bibliográfico e análise de estudos na UNICAMP. 2011. 79 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – Faculdade de Educação,
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2011.
COLL, Cesar et al. (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia
evolutiva. v. 3. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.
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PARA SABER MAIS
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à música, como os cantores líricos ou populares e os instrumentalistas
de uma orquestra sinfônica, podem nem ter conhecimento de
que, quando estão diante do público e tocam ou cantam, ativam
capacidades contidas no hemisfério direito.
Referências
RIESGO, R. dos S. Anatomia da aprendizagem. In: ROTTA, N. T.; OHLWEILER, L.;
RIESGO, R. dos S. Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e
multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006.
TEORIA EM PRÁTICA
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não é aquela esperada e o sujeito já está lá por apresentar
justamente o sintoma.
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linguagem, evitando o mais cedo possível, na vida do sujeito que
sofre com tais sintomas relacionados à linguagem, que ocorram
comprometimentos irreversíveis da linguagem no decorrer da
infância, da adolescência, da vida adulta e idosa.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura
Indicação 1
Indicação 2
QUIZ
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1. Sobre as Dificuldade de Aprendizagem (D.A.), suas causas e
características, é correto afirmar:
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GABARITO
Questão 1 - Resposta E
Resolução: Entre as D.A., as generalizadas costumam afetar
grande parte das aprendizagens escolares e não escolares.
Questão 2 - Resposta A
Resolução: A dislexia é uma séria dificuldade nos atos de
reconhecer e compreender os textos escritos.
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TEMA 4
Principais instrumentos de
avaliação da linguagem
______________________________________________________________
Autoria: Maria da Glória Feitosa Freitas
Leitura crítica: Lívia Benatti
DIRETO AO PONTO
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Figura 1 – Processos da aquisição da linguagem
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O neuropsicólogo precisa pesquisar diversas ferramentas e métodos
de avaliação para conduzir a mais apropriada mensuração da
linguagem e atingir os melhores resultados. A realidade brasileira é
limitada em relação às publicações de avaliação neuropsicológica da
linguagem. É necessário que os pesquisadores desta área consigam
progredir nos próximos anos. Na realidade, os instrumentos mais
habituais são o Teste de Nomeação de Boston, o Teste de Fluência
Verbal Semântica (Categoria Animais), o Teste de Vocabulário por
Imagens Peabody e o Token Test.
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Tabela 1 – Problemas articulatórios e os esperados
cuidados dos neuropsicólogos
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distúrbio). Com toda a paciência e lucidez, caberá ao neuropsicólogo
usar os instrumentos de avaliação para desvendar as nuances entre
normal e patológico. Em alguns casos, as avaliações demonstraram
que um discreto desvio, apontado para uma singular ou diversas
dimensões não pode ser comparado a um poço sem fundo de
problemas irreversíveis e irrecuperáveis.
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um olho no olho, com bom uso de mímicas e gestos, capaz de
consistentes trocas linguísticas.
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Referências
TEORIA EM PRÁTICA
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A Alzheimer Disease Assessment Scale (ADAS-Cog) é originalmente
uma subescala cognitiva de avaliação para a doença de Alzheimer,
funcionando como uma abreviada avaliação neuropsicológica para
uma avaliação e diagnóstico de gravidade ou não de sintomas
cognitivos das demências. Busque mais conhecimentos sobre a
ADAS-Cog e explique com poucas palavras o que significa.
Referências
MOREIRA, Lafaiete et al. Estudo Normativo do Token Test versão reduzida:
dados preliminaries para uma população de idosos brasileiros. Revista Arch.
Clin. Psychiatry, São Paulo, 38 (3), 2011.
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Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura
Indicação 1
QUIZ
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a. Na habilidade avaliativa do neuropsicólogo é preciso discriminar
corretamente déficits gnósicos e distúrbios da compreensão com
bons testes avaliativos.
b. O perfil linguageiro característico das crianças que têm distúrbios
da linguagem, prescinde de um exame da existência ou não de
danos cerebrais.
c. É realmente demasiado e desnecessário que os neuropsicólogos
insistam em examinar amiúde os eventos e distúrbios
temporários na linguagem.
d. O neuropsicólogo sabe, com profundidade, que os investimentos
entrelaçados na aquisição da linguagem envolvem mínimas
complexidades.
e. Existem menos sujeitos que aprenderam a falar e a escrever de
modo rápido e fácil do que aqueles que padecem de dificuldades
em lidar com as linguagens.
GABARITO
Questão 1 - Resposta A
Resolução: Atente que a habilidade avaliativa esperada e que
deve ser buscada por um bom neuropsicólogo, na condução de
uma consistente avaliação da linguagem, requer estar atento
a perfeita discriminação dos déficits gnósicos. Isso ocorre pelo
fato de a boa audição servir para uma decodificação sonora
satisfatória, e, ainda, pelo fato dos distúrbios da compreensão,
aqueles que costumam fugir de problemas gnósicos e auditivos,
pediriam testes avaliativos.
Questão 2 - Resposta A
Resolução: É preciso entender que o foco a ser perseguido
nas avalições, rigorosamente, passam pela atenta busca da
eficiência da linguagem, e isso é concernente à uma habilidade
cognitiva muito intricada, fundamental às socializações e às
comunicações humanas. Portanto deve interessar, e muito,
devendo constar nas avaliações da linguagem feitas por um
hábil neuropsicólogo.
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BONS ESTUDOS!