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Contexto do Livro
Escrito primeiramente em 1980 e traduzido para o português em 1987
O livro aborda os conceitos iniciais da Psicodinâmica do Trabalho
Em 1980, a psicopatologia do trabalho estava em estado embrionário
A psicanálise, a psicossociologia do trabalho e a psicologia abstrata
não davam conta das explicações para o entendimento das relações
de trabalho
O subdesenvolvimento prolongado da psicopatologia do trabalho se
explica por fenômenos de ordem histórica
A Loucura do Trabalho – Christophe Dejours
A psicopatologia do trabalho
O objetivo da psicopatologia do trabalho de Dejours é ir além da
explicação do campo comportamental e entender a anulação do
comportamento livre.
A Loucura do Trabalho – Christophe Dejours
AS ESTRATÉGIAS DEFENSIVAS
As ideologias defensivas
O sofrimento é maciço e evidente no subproletariado
Todos os problemas sociodemográficos – resumindo Dejours – são culpa do trabalho
(alcoolismo, excesso de filhos, doenças, etc.)
A ideologia da vergonha – Não existe nem palavra, nem linguagem para falar do
corpo do subproletariado.
Espera-se chegar no limite da dor para procurar ajuda e quando ela some, parece
que o subproletariado está mentindo.
Para eles ter doença significa admitir que não se quer trabalhar
O trabalho é sagrado, adoecer é profano
A Loucura do Trabalho – Christophe Dejours
Que sofrimento?
Os sistemas defensivos individuais e coletivos são utilizados contra o
sofrimento e a insatisfação. Serve para que não percebamos a falta de
significado do trabalho.
Significado do trabalho
Conteúdo significativo em relação ao Sujeito
Conteúdo significativo em relação ao Objeto
Sucesso ou fracasso de um trabalho obrigatório: sucessos reais,
socialmente reconhecidos ou efetivamente desconhecidos não causam
o mesmo impacto sobre o narcisismo.
A Loucura do Trabalho – Christophe Dejours
Satisfações
As satisfações concretas dizem respeito à proteção da vida, ao bem-estar físico,
biológico e nervoso, isto é, a saúde do corpo. Estas satisfações concretas analisam-se
em termos de economia psicossomática, segundo duas linhas diretrizes: subtrair o
corpo à nocividade do trabalho e permitir ao corpo entregar-se à atividade capaz de
oferecer as vias melhor adaptadas à descarga de energia. Isto é: fornecer atividades
físicas, sensoriais e intelectuais segundo proporções que estejam em concordância
com a economia psicossomática individual.
As satisfações simbólicas: desta vez, trata-se da vivência qualitativa da tarefa. É o
sentido, a significação do trabalho que importam nas suas relações com o desejo.
Não é mais questão das necessidades como no caso do corpo, mas dos desejos ou
das motivações. Isto depende do que a tarefa veicula do ponto de vista simbólico.
A Loucura do Trabalho – Christophe Dejours
Trabalho e Medo
A investigação da angústia só deve ser realizada pela psicanálise.
O medo é de adoecer ou de se tornar inútil para o trabalho.
As variáveis para gerenciar o medo acabam focando aspectos físicos e biológicos.
O medo assume representações simbólicas coletivas (metáforas, por exemplo)
Os sinais indiretos do medo: a ideologia ocupacional defensiva.
As atitudes de negação e de desprezo pelo perigo são uma simples inversão da
afirmação relativa ao risco.
A ideologia defensiva é funcional em nível de grupo, de sua coesão, de sua coragem, e
é funcional também no nível do trabalho; é a garantia da produtividade
A Loucura do Trabalho – Christophe Dejours
A exploração do sofrimento
O medo aumenta com a ignorância
O costume gera a práDca das ideologias defensivas
O medo e a ordem social na empresa
A Loucura do Trabalho – Christophe Dejours