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NEUROANATOMIA
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO......................................................................................2
2. CONCEITO DE LINGUAGEM E SUA APRENDIZAGEM............................2
2.1 DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM................................................3
3. BASES NEUROBIOLÓGICAS.................................................................4
3.1 MODELOS DE LINGUAGEM................................................................5
5.1 ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM...........................................................9
1. INTRODUÇÃO
A comunicação é uma atividade social, rica e complexa, que envolve
competências lingüísticas, cognitivas e pragmáticas. Relativamente às
competências linguísticas temos, então, a “linguagem”, que
corresponde a um sistema de sinais simbólicos utilizados por uma
pessoa para comunicar com outras.
A linguagem é um fenômeno cognitivo complexo e bastante
desenvolvido no cérebro humano. Sem exagero, é possível dizer que
praticamente todas as regiões cerebrais estão envolvidas de alguma
forma na linguagem. Ela se reveste de aspectos emocionais, requer a
reativação de várias modalidades de memória, como visuais, auditivas e
olfativas e depende da integridade de inúmeras outras funções
cerebrais, primitivas e filogeneticamente mais evoluídas.
A American Speech and Hearing Association a define como um
complexo e dinâmico sistema de símbolos utilizado de diferentes modos
para o pensamento e comunicação.
Semântico
Este sistema inclui extensas áreas corticais de ambos os hemisférios e
governa o significado das palavras. As regiões posteriores do idioma
(Wernicke) estão conectadas com as áreas motora e pré-motora
através de duas rotas:
1. Via corticocortical direta.
2. Via corticosubcortical, que envolve os gânglios basais doshemisfério
esquerdo e núcleo
anterolateral do tálamo.
O primeiro é o que usamos
na aprendizagem
associativa e implica um
controle mais alto e
consciente, enquanto que
o segundo corresponde
aos hábitos de
aprendizagem.
Mediação
Este sistema que engloba áreas frontais, temporais e parietais que
rodeiam o sistema operativo e no qual o léxico se organiza de forma
modular. Quanto ao sistema de mediação, ele próprio se organiza de
forma modular e, de acordo com a pesquisa, cada módulo participa de
diferentes tipos de conceitos e palavras. Este sistema possui locais
específicos para diferentes categorias de concordância com um eixo
occipitotemporal de trás para frente. A mediação para conceitos mais
específicos localiza-se no anterior, para nomes comuns é a posterior, e
para verbos é a região dorsal inferior frontal.
A mediação não apenas seleciona as palavras corretas para expressar
um conceito específico, mas também direciona a geração de
estruturas de frases que estabelecem relações entre conceitos.
5. AFASIAS
Afasia pode ser definida como uma alteração adquirida da linguagem,
de causa neuroló-gica, caracterizada pelo comprometimento lingüístico
da produção e compreensão de material verbal, da leitura e da escrita.
Até a alguns anos pensava-se que as afasias resultavam
exclusivamente de lesões corticais. Estudos mais recentes revelam
que lesões subcorticais podem originar alterações de linguagem,
denominadas afasias subcorticais, ou atípicas. Considera-se, assim, a
existência de dois grandes grupos de afasia: afasias típicas e afasias
atípicas.
Afasias típicas
Resultam de uma lesão cortical e a etiologia é vascular. Podem ser
classificadas em oito tipos diferentes: afasia de Broca; afasia de
Wernicke; afasia de condução; afasia global; afasia transcortical
motora; afasia transcortical sensorial; afasia transcortical mista; e
afasia anômica. Esta classificação requer o exame de seis importantes
áreas da linguagem: fluência, compreensão auditiva, repetição,
nomeação, leitura e compreensão escrita.
5.1 ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM
Alterações da linguagem secundárias a lesão neuronal identificável.
Geralmente após AVC, tumores, malformações de vasos; maioria em
hemisfério esquerdo, nas áreas cerebrais da linguagem. Temos:
Afasia: perda da linguagem, falada e escrita, por incapacidade de
compreender e utilizar os símbolos verbais.
Parafasias: déficit mais discreto de linguagem, nas quais o
indivíduo deforma determinadas palavras, como designar de
“cameila” a cadeira.
Agrafia: perda, por lesão orgânica, da linguagem escrita, sem que
haja qualquer déficit motor ou perda cognitiva global.
Alexia: perda, de origem neurológica, da capacidade previamente
adquirida para a leitura.
Disartria: incapacidade de articular corretamente as palavras
devido a alterações do aparelho fonador.
Disfonia e disfemia: disfonia é alteração da fala pela mudança na
sonoridade das palavras. Afonia é disfonia grave, não emite som.
Disfemia é alteração da linguagem falada por fatores
psicogênicos e não orgânicos, como gagueira.
Dislalia: alteração da linguagem falada que resulta da
deformação, da omissão ou da substituição dos fonemas (podem
ser orgânicas ou psicogênicas).
A linguagem na esquizofrenia:
As alterações são indicativas de como o processo de pensar, a
formação e a utilização de conceitos, juízos e raciocínios estão
profundamente afetados:
neologismos patológicos, estilizações, rebuscamentos e
maneirismos (posturas e funcionamentos rígidos e
estereotipados), jargonofasia ou esquizofazia (salada de palavras,
frases sem sentidos, caóticas), criptolalia (linguagem incompreensível,
língua privada do doente).