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Processos de desenvolvimento da leitura e

escrita

17º Curso Intensivo em Dislexia e Transtornos de


Aprendizagem- aula 1- A.B.D janeiro de 2020

Ms. Maria Inês Abranches de Oliveira Santos


COMO AS CRIANÇAS APRENDEM A LER E A ESCREVER?

Aprendendo os sons das letras?


Memorizando o alfabeto?
Lendo placas, rótulos, etc..?
Levantando hipóteses?
Identificando sílaba inicial do nome dos amigos?
Formando sílabas e generalizando?
Lendo palavras de alta frequência?

Maria Inês Abranches


COMO ACONTECE A ALFABETIZAÇÃO?

 Maria Inês Abranches


ALFABETIZAÇÃO

• Em um país de língua alfabética qual seria o método


ideal de alfabetização?

• O método Fônico ou Multissensorial tem como


enfoque o estabelecimento da relação fonema- grafema
e grafema- fonema que favorece a alfabetização de
crianças brasileiras.
– (Capovilla, Capovilla, 2002; Scliar, 2009)
AQUISIÇÃO DE LEITURA E ESCRITA
processos complexos

fatores cognitivos, neurológicos e linguísticos.

Maria Inês Abranches


AQUISIÇÃO DE LEITURA E ESCRITA

Atos linguísticos que propiciam uma reflexão sobre a


fala, o pensar sobre o código alfabético e a capacidade
para manejar os mecanismos de conversão:
- Grafofonêmica - para reconhecer as palavras : LEITURA
- Fonografêmica- para produzí-las: ESCRITA
– Batista, A.O; Mérida J.F. C.; Fernandez A.Y; Capellini S. A ( 2014).

Posteriormente o processamento, armazenamento e


recuperação de informações.
• ( Capellini & Oliveira, 2011).

- Maria Inês Abranches


LEITURA
De acordo com o modelo de reciclagem neuronal aprender a le
consiste em colocar em conexão dois sistemas cerebrais
presentes na criança pequena:

SISTEMA VISUAL DE ÁREAS DA


RECONHECIMENTO LINGUAGEM
DAS FORMAS

( Dehaene, 2012)
LINGUAGEM ORAL X LINGUAGEM ESCRITA

Maria Inês Abranches


LINGUAGEM ORAL X LINGUAGEM ESCRITA

• Uma das queixas mais comuns durante o período de


Educação Infantil são as alterações na linguagem oral.

• Estima-se que em média 5% das crianças neste período


apresentem algum problema de fala e linguagem.

Maria Inês Abranches


LINGUAGEM ORAL X LINGUAGEM ESCRITA

• As pesquisas indicam que estas crianças são de alto


risco para desenvolver dificuldades de aprendizagem
no Ensino Fundamental

• Portanto quanto mais cedo as dificuldades forem


sanadas, melhor o prognóstico para alfabetização.
• (Rotta, 2006).

Maria Inês Abranches


LINGUAGEM ORAL X LINGUAGEM ESCRITA

ALFABETIZAÇÃO

LINGUAGEM RECEPTIVA

EXPRESSIVA

Maria Inês Abranches


COMPONENTES DA LINGUAGEM

FORMA CONTEÚDO USO

Fonético/fonológico Semântica Pragmática


Morfologia/Sintaxe (conhecimento (normas para o
de mundo) uso da linguagem
(desenvolvimento
no contexto social)
gramatical)

COMPREENSÃO- EXPRESSÃO
Maria Inês Abranches
SUBSISTEMAS DA LINGUAGEM

Fonológico

Sintático

Semântico- léxico

Pragmático- discurso narrativo

Maria Inês Abranches/ Ecila Paula Mesquita


LINGUAGEM ORAL X LINGUAGEM ESCRITA

AQUISIÇÃO DA LEITURA E ESCRITA

• PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

NORMALIDADE- ATRASO - DISTÚRBIO.

Maria Inês Abranches


CONTRIBUIÇÃO DA AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA:

Maria Inês Abranches


AVALIAÇÃO DE LINGUAGEM
RECEPTIVA EXPRESSIVA

Vocabulário receptivo Sistema Fonológico

Aquisição de conceitos Sistema Morfo-Sintático


cotidianos, abstratos e
acadêmicos
Sistema Semântico:
Compreensão de ordens vocabulário expressivo
e histórias ouvidas
Sistema Pragmático
(discurso narrativo oral)
Funções metalinguagem
Maria Inês Abranches
Aquisição do vocabulário

• Com 4 anos a criança apresenta um vocabulário


de 2.500 a 3.000 palavras

• Com 7 anos de 7.000 a 10.000 palavras

• Com 11 anos cerca de 40.000 palavras

Maria Inês Abranches


TRANSTORNO DE LINGUAGEM: sinais em sala de aula
 LINGUAGEM RECEPTIVA:

- Compreende a linguagem oral e expressões da Língua?

- VOCABULÁRIO: uso concreto/ cotidiano; abstrato/ complexo e de


uso formal/ acadêmico

- DISCURSO NARRATIVO: compreende frases, histórias contadas?

- FUNÇÕES METALINGUAGEM: apresenta capacidade de estabelecer


relações, realizar deduções e inferências?

Maria Inês Abranches


TRANSTORNO DE LINGUAGEM: sinais em sala de aula

 LINGUAGEM EXPRESSIVA-

-Se expressa por meio da fala de forma inteligível? Como se


comunica?

- VOCABULÁRIO: adquiriu vocabulário abstrato e ou acadêmico?

- DISCURSO NARRATIVO: inverte palavras nas frases? consegue


narrar fatos ou contar histórias?

- FUNÇÕES METALINGUAGEM: apresenta fluência de ideias / consegue


realizar a argumentação?

Maria Inês Abranches


LINGUAGEM RECEPTIVA E EXPRESSIVA
LINGUAGEM RECEPTIVA E EXPRESSIVA

Instrumento:
ADL- Avaliação do desenvolvimento da Linguagem (Menezes, Maria Lucia)
Protocolo de avaliação da linguagem receptiva e expressiva de crianças de 12 meses à 6 anos e 11
meses)
LINGUAGEM ORAL: ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO

- Jogo simbólico a partir de diversos temas e


cenários

- Ouvir e recontar histórias

- Elaborar histórias a partir de uma


sequência de figuras.

- Fala espontânea.

Maria Inês Abranches


LINGUAGEM ORAL: ESTRATÉGIAS DE
AVALIAÇÃO
LINGUAGEM ORAL: ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
LINGUAGEM ORAL: ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
LINGUAGEM ORAL: ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
PROCESSAMENTO FONOLÓGICO

Maria Inês Abranches


PROCESSAMENTO FONOLÓGICO

Informação fonológica recebida auditivamente,


relacionada ao desenvolvimento da linguagem oral

Consciência Fonológica

Memória de Trabalho Fonológica

Nomeação Automática Rápida

Maria Inês Abranches


CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA X HABILIDADES
METAFONOLÓGICAS

• Ler num sistema alfabético é entender que as


palavras faladas podem ser segmentadas: em
sílabas e posteriormente em fonemas.
– (Ehri, 1989; Morais, 1998; Geudens, Sandra, Broek,2004 in Germano,
G.D & Capellini S; 2015).

• Capacidade de manipular elementos fonológicos de


modo intencional e podem ser avaliadas por provas
de identificação e produção das unidades sonoras
da fala.
– Germano, G.D; Capellini, S. ( 2015)
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
– Sílabas:
• Análise e síntese silábica
• Identificação de sílaba inicial, final e medial
• Rimas
• Substituição e reversão silábica

– Fonemas:
• Análise e síntese fonêmica
• Substituição de fonemas
• Associação fonema- grafema
• Imagem Articulatória
Maria Inês Abranches
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA: aspectos clínicos

- Pesquisas tem demonstrado que o desenvolvimento da


C.F. tem sido frequente e consistentemente relacionado ao
sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita.
- Barreira e Maluf, 2003; Troia 2006; Muter et al, 2004; Paula et al, 2005; Carnio
e Santos, 2005 in Santos e Nvas, 2016).

- A relação entre consciência fonêmica X consciência


fonológica e a aquisição de leitura é recíproca e
bidirecional, ou seja à medida que a CF se desenvolve,
facilita o aprendizado da leitura que por sua vez propicia o
estabelecimento da consciência fonêmica.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA: aspectos clínicos

- O déficit fonológico interfere na aprendizagem da


correspondência entre soletração e som .

- Crianças com Transtorno de Apredizagem/ Dislexias


apresentam dificuldades em adquirir as habilidades
metafonológicas, relacionadas às inabilidades de
segmentar palavras e sons.

- Apresentam também dificuldade com feedback


articulatório o que dificulta a percepção fonológica
- Germano e Capellini, 2015.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA: PROTOCOLOS

Maria Inês Abranches


CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA: PROTOCOLOS

– P. H.F- Perfil das Habilidades Fonológicas.


– (Carvalho I.A.M; Alvarez A.M.M.A; Caetano, A.L. São Paulo, Via
Lettera Ed., 1998).

– Confias: Consciência Fonológica: instrumento de


Avaliação Sequencial
– Sonia Moojen (coordenadora)- São Paulo, Casa do Psicólogo,
2003).

- Teste de Consciência Fonológica :


- Capovilla e Capovilla: Problemas de leitura e escrita: como
identificar, prevenir e remediar numa abordagem fônica. São
Paulo, Ed, Memnon, 2003.
HABILIDADES METAFONOLÓGICAS: PROTOCOLO

• PROHFON-Protocolo de Avaliação Das Habilidades


Metafonológicas
HABILIDADES METAFONOLÓGICAS: PROTOCOLO

• PROHFON- composto por 12 provas tanto


fonêmicas como silábicas.

• O teste tem o apoio de figuras para facilitar a


compreensão por parte da criança.

• Contagem, síntese e análise, identificação,


deleção, combinação, rima e aliteração.
• Germano, G.D; Capellini, S. ( 2016)
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA: sinais em sala de aula.

– Não percepção e associação dos sons da fala às letras


correspondentes.

– Sabem o nome das letras, mas não fazem a junção consoante-


vogal ( síntese silábica)

– Não perceção rimas e repetição de versos, parlendas e músicas

– Dificuldade na passagem de uma fase de construção da escrita


para outra.

Maria Inês Abranches


ESTIMULAÇÃO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA NA
SALA DE AULA: EDUCAÇÃO INFANTIL

Maria Inês Abranches


MEMÓRIA DE TRABALHO FONOLÓGICA

Sistema de memória de curto prazo, de capacidade


limitada, encarregada de armazenar brevemente as
informações em um código fonológico.

Importante na avaliação da discriminação auditiva de


pseudopalavras, memória de dígitos em ordem direta e
inversa.

Maria Inês Abranches


MEMÓRIA DE TRABALHO FONOLÓGICA: PROTOCOLO
• Desempenho de crianças normais falantes em
Português em prova de memória de trabalho
fonológica.
– Hage, SRV; Grivol, MA. Cadernos de Comunicação e Linguagem,
V1, n1, 2008- prelo

• Para complementar, pode solicitar para a criança a


discriminação, leitura e ditado das
pseudopalavras.
MEMÓRIA DE TRABALHO FONOLÓGICA: sinais em sala
de aula

- As crianças apresentam dificuldades:

- na repetição de sequências de sons ou números.

– na discriminação de fonemas surdos e sonoros e outras trocas


fonológicas.

– na sequencialização ou contaminações de fonemas / grafemas:


pronúncia de palavras mais extensas ou construções silábicas
complexas

– na aprendizagem dos dias da semana, meses, cores, números

Maria Inês Abranches


NOMEAÇÃO AUTOMATIZADA RÁPIDA

• Há uma relação direta entre a habilidade de


nomeação rápida e aquisição de leitura.

• Ambas envolvem a habilidade de aprender


relações entre símbolo, nome e som arbitrárias.

• Proporcionam o uso de habilidades de atenção, de


memória, de planejamento, de organização
NOMEAÇÃO AUTOMATIZADA RÁPIDA: PROTOCOLO

RAN (Rapid Automatized Naming): é uma medida


padrão para avaliar a nomeação seriada rápida com um
conjunto de estímulos visuais de cores, figuras, letras e
números.
- ( Denckla, 1974)

Raquel Bernardes
Pro NAR- Le: versão atualizada

Programa de Remediação com a Nomeação Automática


Rápida e Leitura- Bianca dos Santos / Simone Aparecida
Capellini- 2018
Pro NAR- Le: versão atualizada
Pro NAR- Le: versão atualizada
Ran- protocolo de pontuação
NOMEAÇÃO AUTOMATIZADA RÁPIDA: sinais em sala
de aula

• As crianças podem apresentar dificuldades em:

• Nomeação das letras do alfabeto, tanto em


sequência, quanto de forma randomizada

• nomes das coisas e/ou objetos do dia-a-dia

• Recuperar palavras da memória quando quer expressar


ideias, dar explicações ou argumentar

• Lembrar o nome das professoras e dos amigos.

Maria Inês Abranches


LEITURA

Maria Inês Abranches


LEITURA
• Para a criança adquirir leitura é preciso o desenvolvimento
dos processos:

• DECODIFICAÇÃO

• COMPREENSÃO

• VELOCIDADE/ FLUÊNCIA

Maria Inês Abranches


DECODIFICAÇÃO

• Capacidade de associação grafema- fonema:


integração dos processos visuais e fonológicos.

• A decodificação das letras em sons envolve as regiões


superiores do lobo temporal esquerdo responsável
pela análise da representação dos sons.

• É no nível do lobo temporal que as letras vistas e os


sons ouvidos se encontram.
(Shaywitz, 2006 in Oliveira, Sauer & Bernardes, 2015)

Maria Inês Abranches


DECODIFICAÇÃO
Reconhecimento visual do grafema

Associação auditivo- visual grafema - fonema

Formação da imagem articulatória e evocação

Síntese fonêmica sílaba

Síntese silábica vocábulo

Maria Inês Abranches


DECODIFICAÇÃO: ROTAS DE LEITURA

ROTA FONOLÓGICA:
- sistema que converte a ortografia em fonologia e vice-
versa.
- utilizada por leitores iniciantes e adultos perante palavras
novas ou desconhecidas.
- Cria representação ortográfica, que permite a leitura pela
rota lexical.

ROTA LEXICAL:
- Processo visual direto, a partir do reconhecimento da
forma ortográfica da palavra.
- utilizada pelo bom leitor sendo uma via direta para a
significação das palavras. (Ellis & Young, 1988)
Maria Inês Abranches
COMPREENSÃO

- Processo cognitivo e metacognitivo que advém da


apropriação e domínio do código escrito e da riqueza lexical.

REALIZAR CONEXÕES

ESTABELECER INFERÊNCIAS E RELAÇÕES

DESENVOLVER AS FUNÇÕES METALINGUAGEM

Maria Inês Abranches


FLUÊNCIA
ACURÁCIA/ PRECISÃO

AUTOMATICIDADE

PROSÓDIA

VELOCIDADE : PALAVRAS LIDAS POR MINUTO

Maria Inês Abranches


AVALIAÇÃO DE LEITURA

Reconhecimento e nomeação das letras do alfabeto,


sílabas simples e complexas.

Leitura de palavras e de pseudopalavras

Leitura oral de textos narrativos e expositivos:


decodificação e fluência.

Compreensão de textos narrativos e expositivos.

Maria Inês Abranches


AVALIAÇÃO DE LEITURA : PROTOCOLOS

-TCLPP- Teste de Competência de Leitura de


Palavras e Pseudo Palavras
-(Seabra AG, Capovilla FC, 2010)

Maria Inês Abranches


AVALIAÇÃO DE LEITURA : PROTOCOLOS

• PROLEC- Provas de Avaliação dos processos de leitura:


manual.
• Cuetos, F; Rodrigues B; Ruano E. adaptação para o Português- Capellini S.A; Oliveira, A.M.;
Cuetos, F. 1a ed. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2010.

Maria Inês Abranches


AVALIAÇÃO DE LEITURA : PROTOCOLOS
• PROCOMLE- Protocolo de Avaliação da
compreensão de leitura( para escolares do 3º ao
5º ano do Ensino Fundamental)-
• Cunha, V.L.O e Capellini, S. 2014; Ribeirão Preto,
S.P. Book Toy Ed.

Maria Inês Abranches


AVALIAÇÃO DE LEITURA : PROTOCOLOS
• Avaliação da compreensão leitora de textos
expositivos
• Saraiva, R.A; Moojen, S.M.P; Munarski, R; São Paulo,
Casa do Psicólogo, 2006.

Maria Inês Abranches


ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA

APROPRIAÇÃO ORTOGRÁFICA
- CORRESPONDÊNCIAS ENTRE SONS E LETRAS

ELABORAÇÃO DE TEXTOS
- NARRATIVOS E INFORMATIVOS
ESCRITA

• A escrita do Português é complexa devido a


diversidade de relações entre os fonemas e
grafemas correspondentes
– Relação de um fonema para um grafema.
• P/B/M, T/D/N/L, F/V

– Relação de um fonema para dois ou mais grafemas


correspondentes
• C/QU, G/GU, R/RR
• X/CH, J/G, S/SS/C/Ç/Z
APROPRIAÇÃO ORTOGRÁFICA

• A apropriação progressiva do sistema ortográfico passa


pelos seguintes conceitos:

– diferenciação do traçado das letras


– consciência fonológica
– identificação da posição das letras dentro da palavra
– diferenciação da linguagem oral da linguagem
escrita
– compreensão das múltiplas representações escritas
de um mesmo som
• Zorzi, 2003.
ORTOGRAFIA

• Convenção social e exigência escolar, cuja finalidade é


ajudar a comunicação escrita.

• Tudo em ORTOGRAFIA é fruto de um acordo social,


tudo foi ARBITRADO mesmo quando existem regras
que justifiquem porque em determinados casos temos
que usar uma letra e não outra.
» ( Morais, 1998).
ESCRITA

• Nós adultos perdemos a consciência do absurdo de nossa


ortografia.
(Dehaene, 2012)

Maria Inês Abranches


LINGUAGEM ESCRITA

• Déficits no processo de aquisição de escrita podem


aparecer, mesmo que problemas de linguagem oral
tenham sido sanados antes da alfabetização.
• Naucler e Magnusson, ( 2002) in Santos e Navas, ( 2016).

• Avaliação de linguagem escrita visa detectar problemas


sutis e residuais de linguagem oral.
• Bishop e Clarkson, ( 2003) in Santos e Navas ( 2016).

Maria Inês Abranches


AVALIAÇÃO DA ESCRITA

• Letras do alfabeto em sequência e randomizada

• Escrita espontânea a partir de jogo simbólico ou na


reprodução de história ouvida

• Ditados balanceados.

• Elaboração e reescrita de textos narrativos e


informativos- acadêmicos.

Maria Inês Abranches


AVALIAÇÃO DA ESCRITA: PROTOCOLOS

Roteiro de observação ortográfica : A apropriação do


sistema ortográfico nas quatro primeiras séries do
primeiro grau. Zorzi,1997

• Protocolo composto por provas de:


Ditado de vocábulos
Ditado de frases e de texto
2 ou 3 produções de textos

• Faixa de escolaridade:
- 2º e 3º anos - 4º e 5º anos

Maria Inês Abranches


Classificação das alterações ortográficas Zorzi,1997

Alterações Exemplos Total de ocorrências


Repr. múltiplas
Apoio na oralidade
omissão de letras
Junção ou separação
Terminação ão/am
generalização
Surdas e sonoras
Acréscimo de letras
Letras parecidas
Inversão de letras
AVALIAÇÃO DA ESCRITA: PROTOCOLOS

Ficha individual de aplicação e análise do ditado


balanceado de Moojen

- Alunos do 4º ao 9º ano/ Ensino Médio

- Moojen S.M.P; A escrita ortográfica na escola e na


clínica: teoria, avaliação e tratamento. São Paulo, Casa do
Psicólogo, 2009.

Maria Inês Abranches


AVALIAÇÃO DA ESCRITA: PROTOCOLOS

- Ficha individual de aplicação e análise do ditado


balanceado de Moojen

- Ditado de 50 palavras (4º ao 9º ano)

-Correção quanto ao conversor fonema-grafema, regras


contextuais e irregularidades da língua

-Ditado de 34 palavras – discriminação surdo-sonoro

-Ditado de 25 palavras para o Ensino Médio


- Moojen S.M.P; A escrita ortográfica na escola e na clínica: teoria,
avaliação e tratamento. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2009.
Maria Inês Abranches
AVALIAÇÃO DA ESCRITA: PROTOCOLOS
Prova de escrita sob ditado ( versão reduzida) Seabra A.G,
Capovilla F.C, Dias N. M; Avaliação neuropsicológica cognitiva: leitura, escrita e
aritmética. São Paulo, Mennon, Vol 3, 2013.

Maria Inês Abranches


AVALIAÇÃO DA ESCRITA: PROTOCOLOS
Pró- Ortografia: protocolo de avaliação da ortografia
para escolares do 2º ao 5º ano do ensino fundamental.
Avaliação composta de 8 provas na versão coletiva e individual. .
Batista, A.O; Mérida J.F. C.; Fernandez A.Y; Capellini-2014

Maria Inês Abranches


PRODUÇÃO DE TEXTOS

• Capacidade de expressar pensamentos e ideias e depende:

LINGUAGEM ORAL

VOCABULÁRIO

EVOCAÇÃO VERBAL

Maria Inês Abranches


TIPOS DE TEXTOS

DESCRITIVO

NARRATIVO

DISSERTATIVO

INFORMATIVO- ACADÊMICO.
TEXTOS NARRATIVOS: ANÁLISE
• Definição de cenários e personagens.

• Conflito, suspense, humor ou ação

• Clareza/Coerência /Coesão /

• Estrutura gramatical e lexical.

• Traçado da letra, margens.

• Funções metalinguagem
Maria Inês Abranches
PRODUÇÃO DE TEXTOS
FUNÇÕES METALINGUAGEM

RELAÇÃO/ DEDUÇÃO

INFERÊNCIA

ABSTRAÇÃO

CRIATIVIDADE E FLUÊNCIA DE IDÉIAS

ARGUMENTAÇÃO
Maria Inês Abranches
TEXTOS NARRATIVOS: PROTOCOLOS

• Protocolo de análise de produção textual


» Santos e Hage ( ainda não publicado).

• Protocolo de análise de texto narrativo


» Parte da dissertação de Mestrado: Redacão individual
e em cooperação em sujeitos com dificuldades de
apendizagem escolar. Fernandes, 2000.
TEXTO INFORMATIVO: ANÁLISE

• Vocabulário específico

• Estilo do texto: descritivo, comparativo, texto de


opinião/ argumentativo.

• Utilização das funções metalinguagem:


principalmente a argumentação.

Maria Inês Abranches


FINALIZANDO

• Ler e escrever são atividades extremamente


complexas para crianças com algum tipo de
transtornos ou dificuldades escolares.

• É preciso desenvolver estratégias motivantes


que facilite o processo de autoria das crianças
e adolescentes.

• Tem início na vida acadêmica e se desenvolve


na vida profissional e social do sujeito.

Maria Inês Abranches


• Maria Inês Abranches de Oliveira Santos
m.inesabranches@gmail.com

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