01 – Descreva o significado da noção de thaumázein para Platão e Aristóteles.
R - Originalmente, todas as áreas que hoje denominamos ciências faziam parte
da Filosofia: no mundo grego, a Filosofia é tida como um conjunto de saber nascido em decorrência de uma atitude. E, de fato, tanto Platão, no Fédon, quanto Aristóteles, na Metafísica, puseram na atitude admirativa, no admirar tò thaumázein, e também no páthos ("um tipo de afetação, que pode ser definido como um estranhamento"), a archê da Filosofia. O thaumázein, assim como o páthos, têm a ver com "um bom ânimo ou boa disposição (...) que levou certos indivíduos a deixar ocupações do cotidiano para se dedicar a algo extraordinário, a produção do saber: uma atividade incomum, em geral pouco lucrativa, e que nem sequer os tornava moralmente melhores que os outros.
Os gregos antigos falavam que o thaumázein era como se fosse um sentimento
de admiração, espanto, perplexidade, angústia.. Ou seja,vai expor uma circunstância. O Thaumázein é o espanto, que, de acordo com Aristóteles, é o motor inicial da Filosofia.
2 – O que são jogos de linguagem
Os jogos de linguagem compreendem aos vários usos da linguagem no
decorre da escrita humana. Onde, os jogos de linguagem podem ser visto como um ambiente textual pode se expandir ao ambiente de fala.A linguagem comum é aquela linguagem a qual usamos no cotidiano, com isso tal linguagem não apresenta tanta formalidade.Pode - se ter variâncias linguísticas entre regiões o que ocasiona ao engradecimento e enriquecimento de uma linguagem. A linguagem comum pode ser visa no boca a boca dos falantes de uma língua em comum, com isso, tal linguagem também pode conter o uso expressões menos formais, conhecidas como gírias.
O termo “jogo de linguagem” deve aqui salientar que o falar da linguagem é
uma parte de uma atividade ou de uma forma de vida.
Imagine a multiplicidade de jogos de linguagem por meio destes exemplos e
outros:
Comandar, e agir segundo comandos.
Descrever um objeto segundo uma descrição (desenho).
Relatar um acontecimento.
Expor uma hipótese e prová-la.
Apresentar os resultados de um experimento por meio de tabelas e diagramas.
Inventar uma história, ler.
Representar teatro. Cantar uma cantiga de roda.
Resolver enigmas.
Fazer uma anedota; contar.
Resolver um exemplo de cálculo aplicado.
Traduzir de uma língua para outra.
Pedir, agradecer, maldizer, saudar, orar.
É interessante comparar a multiplicidade das ferramentas de linguagem e seus
modos de emprego, a multiplicidade das espécies de palavras e frases com aquilo que os lógicos disseram sobre a estrutura da linguagem.
7 - Por que os seres humanos são definidos como seres verbais
Desde o nosso nascimento, mergulhamos no mundo da linguagem, da fala, da
língua do meio em que vivemos. Crescemos ouvindo nossos pais e familiares falarem conosco, fazendo uso de gestos e sinais, através da fala, das palavras. Assim começamos a compreender o mundo, aprendemos as nossas primeiras palavras, a linguagem gestual, o nome das coisas que existem ao nosso redor, assim, percebe-se que o conceito de linguagem humana é bastante elucidativo.
A linguagem humana enquanto sistema de comunicação é fundamentalmente
diferente e muito mais complexa do que as formas de comunicação das outras espécies. Ela se baseia em um diversificado sistema de regras relativas a símbolos para os seus significados, resultando em um número indefinido de possíveis expressões inovadoras a partir de um finito número de elementos. De acordo com os especialistas, a linguagem pode ter se originado quando os primeiros hominídeos começaram a cooperar, adaptando sistemas anteriores de comunicação baseados em sinais expressivos a fim de incluir a teoria da mente, compartilhando assim intencionalidade. Nessa linha, o desenvolvimento da linguagem pode ter coincidido com o aumento do volume do cérebro, e muitos linguistas acreditam que as estruturas da linguagem evoluíram a fim de servir a funções comunicativas específicas. Os seres humanos adquirem a linguagem através da interação social na primeira infância. As crianças geralmente já falam fluentemente quando estão em torno dos três anos de idade.
O uso da linguagem tornou-se profundamente enraizado na cultura
humana para comunicar e compartilhar informações, mas também como expressão de identidade e de estratificação social, para manutenção da unidade em uma comunidade e para o entretenimento. A palavra "linguagem" também pode ser usada para descrever o conjunto de regras que torna isso possível, ou o conjunto de enunciados que pode produzir essas regras.
Podemos definir a linguagem como sendo: "um sistema constituído por
elementos que podem ser gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras, que são usados para representar conceitos de comunicação, ideias, significados e pensamentos. Neste contexto, podemos então dizer, que esta capacidade verbal, ou não verbal, é um dos maiores atributos do homem que facilmente o distingue do animal."
No primeiro capitulo do livro, Política, Aristóteles nos apresenta a linguagem
como sendo um das características que diferencia o homem dos demais animais: "o homem é por natureza uma animal social [...] Como costumamos dizer, a natureza não faz nada sem um propósito, e o homem é o único entre os animais que tem o dom da fala. Na verdade, a simples voz pode indicar a dor e o prazer, os outros animais a possuem (sua natureza foi desenvolvida somente até o ponto de ter sensações do que é doloroso ou agradável e externá-las entre si), mas a fala tem a finalidade de indicar o conveniente e o nocivo."
Já na Grécia já encontramos uma primeira divergência sobre o assunto, pois
não há consenso se a linguagem é natural aos homens ou é uma convenção social: "Se a linguagem é natural, as palavras possuem um sentido próprio e necessário; se for convencional, são decisões consensuais da sociedade e, nesse caso, são arbitrárias, isto é, a sociedade poderia ter escolhido outras palavras para designar as coisas." Nessa dimensão podemos trabalhar com duas concepções filosóficas que se preocuparam em explicar fatos linguísticos.
São elas: empirismo e o racionalismo. Para os empiristas a linguagem é uma
associação entre imagens corporais e mentais formadas por associação e repetição e que constitui em imagens verbais. Para os racionalistas, a capacidade para a linguagem é um fato do pensamento ou de nossa consciência.