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BATE-PAPO: Conversa

informal, Carisma e
Como Conversar Com
Qualquer Pessoa
(As Habilidades de
Comunicação &
Habilidades
Interpessoais para o
Sucesso)

Por Patrick King

Coach de Relacionamentos
e Habilidades Sociais em
www.PatrickKingConsulting.

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Introdução
Princípio 1: Blinde Sua Primeira
Impressão Não Verbal.
Princípio 2: Blinde Sua Primeira
Impressão Verbal.
Princípio 3: OQJF? O Que Jay
Faria?
Princípio 4: Sua Vida é uma Série
de (Mini) Histórias.
Princípio 5: Detalhes Minuciosos,
Completos e Específicos.
Princípio 6: Quebre o Gelo com
Semelhanças Banais…
Princípio 7: Mas Semelhanças
Significativas Promovem
Relacionamentos Verdadeiros.
Princípio 8: Conheça e Jogue em
Seu Território.
Princípio 9: Reações Valem por
1.000 Palavras.
Princípio 10: Leituras Frias
Aceleram Qualquer Conversa.
Princípio 11: Ouvir de Forma
Eficaz é como Aplicar o Soro da
Verdade.
Princípio 12: Colocação Levemente
Inapropriada.
Princípio 13: Retome Comentários
Anteriores Durante Pausas na
Conversa.
Princípio 14: Você é uma
Parabólica para Eventos Atuais.
Princípio 15: Carisma é uma
Escolha.
Princípio 16: Deixe os Assuntos
Polêmicos para a Internet.
Princípio 17: Apresentações
Divertidas Eliminam Estranhezas.
Princípio 18: Não Aja como Presa
ou Caçador de Conversa.
Princípio 19: Pratique a
Inteligência Emocional.
Princípio 20: A Química da
Conversação é a Rainha, o Assunto
é o Rei.
Conclusão
Folha de Dicas
Introdução

Então… como está o tempo hoje?

Meu amigo Henry recentemente me


contou a história de como
conseguiu seu trabalho atual, o qual
atribui às suas habilidades de
conversação. Ele viu um anúncio de
emprego que exigia 5 anos de
experiência na área, sendo que ele
só tinha três, bem como
proficiência em algumas
habilidades difíceis, cujo nível de
conhecimento poderia ser melhor
descrito como “Eu ouvi falar...”
Não é necessário dizer, ele estava
competindo contra candidatos muito
mais qualificados do que ele.
Mesmo tendo conseguido uma
entrevista, ele sabia que era uma
possibilidade remota.

No dia da entrevista, Henry


planejou chegar ao local da
entrevista 20 minutos mais cedo
para dar uma olhada em algumas
anotações que havia feito de última
hora. Ele parou para um café rápido
em uma Starbucks próxima. Entrou
na fila atrás de um homem de meia-
idade em um terno preto e estava
lendo suas anotações.

O homem de meia-idade se virou e


olhou de relance as anotações de
Henry, que tinham o nome da
empresa rabiscado na parte
superior da página. Ele se
apresentou e perguntou a Henry por
que ele tinha esse nome rabiscado
em suas anotações, e Henry lhe
disse que teria uma entrevista com
eles em breve. O homem perguntou
por que ele iria querer trabalhar lá,
e Henry disse-lhe honestamente que
tinha ouvido falar grandes coisas,
da gestão ao potencial de
crescimento e aprendizagem.
Também comentou que achava ser o
candidato perfeito para o trabalho,
e notou alguns problemas que a
empresa atravessava atualmente e
para os quais tinha a solução. O
homem considerou a resposta dele
e mudou de assunto, tomando
conhecimento, eventualmente, sobre
seu pai ferozmente orgulhoso,
educação agrária, e as maiores
realizações da sua vida até o
momento.

Possivelmente por estar nervoso,


por não estar preocupado com o
que um homem qualquer na
Starbucks pensava a seu respeito,
ou apenas por gostar de se conectar
com estranhos, Henry lhe deu
respostas longas e honestas que
foram profundas, introspectivas e
inteligentes. Finalmente, ele lhe
disse que realmente se importava e
queria o trabalho, e precisava se
concentrar, então disse adeus ao
homem e entrou para sua entrevista
com apenas 2 minutos de sobra.

Na semana seguinte, Henry recebeu


um telefonema que lhe oferecia o
trabalho, e pediram-lhe para
colocá-lo em espera
momentaneamente. Depois de
esperar alguns minutos, uma voz
familiar pegou o telefone e
perguntou como seu pai ferozmente
orgulhoso receberia a notícia de
que ele havia conseguido o
trabalho. Adivinha quem estava ao
telefone, que tinha escolhido Henry
embora houvesse candidatos muito
mais qualificados? Você adivinhou
- o homem de terno preto da
Starbucks, que por acaso era um
dos vice-presidentes da empresa.

Meu nome é Patrick King, e eu sou


um coach de relacionamentos e
imagem. Minha carreira e estilo de
vida tem seguido as conexões que
fui capaz de alavancar, e você
poderia até dizer que a minha
carreira é fortemente dependente do
meu quociente de carisma e da
minha capacidade de me conectar
instantaneamente com as pessoas.
Como você deve ter adivinhado,
uma imensa parte disto decorre da
minha capacidade para aquela
temida frase que todos nós
detestamos: conversa informal.

Henry foi bem-sucedido porque foi


capaz de se conectar com alguém
de uma forma que tornou suas
qualificações inferiores
irrelevantes. A maioria das pessoas
pode aprender as habilidades
técnicas necessárias, mas não
iremos gostar de todo mundo ou
considerá-los adequados.

E quanto àqueles de nós menos


centrados nas profissões e estilos
de vida das pessoas... espere, eles
simplesmente não existem!

Não importa se você é um


engenheiro de computação que
encara a tela do laptop 10 horas por
dia. Você ainda interage com as
pessoas em sua vida social, sai com
os amigos, e socializa em
coquetéis.

Você não tem uma vida social?


Você ainda espera na fila enquanto
aguarda pelo caixa.

Você faz todas as suas compras de


supermercado on-line? Você ainda
precisa fazer entrevistas de
emprego e conversar com colegas
de trabalho para obter apoio sobre
o seu vício de compras on-line.

Portanto, como você pode ver, a


habilidade de conversar - ser
capaz de falar com as pessoas e se
conectar com elas - é fundamental
para todos nós em todas as esferas
de nossas vidas. Satisfazer nossas
suscetibilidades sociais é tão
necessário e essencial quanto
comer e dormir. Se você puder
aprender a causar uma grande
impressão e criar conexões
profundas com as pessoas com as
quais entra em contato em sua vida
diária, terá benefícios
imensuráveis, tais como:

1. Melhores entrevistas para


conseguir o trabalho que deseja
2. Superar melhores candidatos ao
trabalho porque as pessoas
gostam mais de você
3. Fazer amizade com todo tipo de
pessoas
4. Superar a política no ambiente de
trabalho
5. Uma vida amorosa melhor
6. Tornar-se o animador de qualquer
festa
7. Minimizar situações difíceis para
si mesmo ou entre os outros
8. Amizades e relacionamentos mais
íntimos
9. Ser procurado pelos outros
10. Melhores serviços e
cortesias ocasionais de seu
garçom, entregador, manobrista…
CPA[2], advogado, banco…
Considere esta uma forma prolixa
de afirmar uma verdade universal:
as pessoas escalarão muros pelas
pessoas de que gostam. Se você
está “na graça” de alguém, pode dar
um soco no cão deles e ainda ser
amado. As pessoas são
impulsionadas na vida, pelas
pessoas que conhecem... e que
gostam delas!

Durante anos estudando a interação


humana e tendo dezenas de clientes
através do coaching de
relacionamentos e de imagem,
desenvolvi 20 Princípios de Bate-
papo que irão ensiná-lo a ser
exatamente essa pessoa em
qualquer situação. A conversa
informal será tão natural para você
quanto respirar. Você vai aprender
os segredos da construção de uma
presença carismática e magnética.
Suas habilidades interpessoais,
inteligência interpessoal e
emocional serão inegáveis. Você
promoverá conexões instantâneas
com pessoas que não conhece.

Este não é um livro de 50 tópicos


de conversação expressivos, nem
existem dicas genéricas que você
pode encontrar em qualquer artigo
do blog. Conversar informalmente
requer um senso muito afinado de
empatia, técnicas de conversação, e
cultivar presença - não é somente
como checar uma lista de assuntos.
Também requer a leitura do que as
pessoas dizem nas entrelinhas,
examinando a linguagem corporal, e
observando os padrões de interação
humana sob diferentes tipos de
estímulos. De certa forma, é
realmente uma ciência, e eu a
classifiquei como tal.

Cada Princípio incorpora uma parte


essencial da interação – seja por
controle mental, técnicas
específicas ou questões logísticas,
como entrar e sair de uma conversa.
Analisados em conjunto, estes
elementos criarão uma poderosa
impressão em qualquer um.
Princípio 1: Blinde Sua
Primeira Impressão Não
Verbal.

Você ouve isso o tempo todo.


Impressões, quer sejam justas ou
não, são criadas nos primeiros
trinta segundos em que conhecemos
alguém.

Vamos refletir sobre isso por um


segundo. Uma impressão a seu
respeito, baseada em nada além de
observar rapidamente os seus
maneirismos, a linguagem corporal,
a aparência e o tom de voz,
influencia a grande maioria dos
seus relacionamentos. Às vezes até
mesmo antes de dizer uma única
palavra! No mínimo, ela certamente
irá conduzir o resto desse primeiro
encontro, pois seu parceiro de
conversa só vai prestar atenção às
pistas e sinais que confirmam essa
impressão, e ignorar o resto.

Ao mesmo tempo, a primeira


impressão que você causa em
alguém irá se resumir
instantaneamente a um simples
adjetivo. Ele pode ser positivo,
negativo, ou o pior de tudo, você
pode simplesmente ser “legal” – um
adendo sem nenhuma impressão.
Como mencionei, ela pode não ser
justa, mas é uma avaliação realista
do que acontece no mundo real.

Portanto, como podemos blindar


nossa primeira impressão, e
garantir que o adjetivo a que
estamos reduzidos seja positivo e
brilhante? Em primeiro lugar,
vamos analisar exatamente o que
estamos protegendo.

Existem dois componentes


separados em uma primeira
impressão, cada um tão importante
quanto o outro. Há um componente
não verbal, em que a primeira
impressão depende de sua
aparência geral e linguagem
corporal. E, como você já deve ter
adivinhado, há também um
componente verbal de sua primeira
impressão, regido pelo seu modo
de falar, e pelas primeiras 10
palavras que saem de sua boca. Irei
explicar cada um deles.

O aperto de mão.

Quase sem falhar, a primeira coisa


que você faz quando conhece
alguém é apertar sua mão. Parece
simples, mas há muitas maneiras
disso dar errado. Eu não posso lhe
dizer quantos apertos de mão
frouxos recebi no ano passado, e o
que isso me fez pensar da pessoa.
Por outro lado, também recebi
apertos de mão que foram muito
agressivos, tentando esmagar a
minha mão e garantir uma espécie
de domínio sobre mim. Portanto, há
alguns passos simples que você
precisa seguir para dar um aperto
de mão adequado.

1. Ofereça sua mão primeiro. Se


houver qualquer ambiguidade
sobre você estar ou não no
território do aperto de mão, você
acabou de dissipá-la e
demonstrou uma vontade de se
conectar e tocar. Tome posse e
controle a interação. Ser o
primeiro a demonstrar um gesto
amigável é uma maneira de
romper barreiras com as pessoas.
2. Dê um passo em direção a eles
com a perna direita (supondo que
você seja destro) e incline-se
quando oferecer sua mão.
Encontre-os pelo menos na
metade do caminho. Fazê-los
chegar até você muitas vezes é
uma tentativa de afirmar o
domínio - especialmente entre
dois homens. Isto é, claramente,
algo estúpido.
3. Faça contato visual ao mesmo
tempo em que estende sua mão.
Mantenha um sorriso.
4. Dê o aperto de mão. Mantenha a
mão perpendicular ao chão, e não
a incline. Mantenha o pulso firme.
A parte complicada é sempre
quanta pressão se deve usar, então
eis o meu truque de pressão.
Pegue dois livros de contos ou
algo semelhante, e mantenha-os
em sua mão direita, com o braço
pendendo ao seu lado. A pressão
que você está usando para manter
os livros em sua mão – aumente-a
um pouquinho, e esta é a pressão
do seu aperto de mão!
5. Siga e acentue o movimento
natural de um aperto de mão - ou
seja, ligeiro movimento para cima
e para baixo. Apenas uma vez em
cada direção e, em seguida, solte
e volte ao seu lugar.

Sua aparência.

Se podemos dizer algo sobre o


mundo em que vivemos, é que ele é
superficial. Assim como todo o
conceito de uma primeira
impressão, pode não ser justo, mas
é realista. Então, o que isso
significa para você?

Seu guarda-roupa deve estar


perfeito. Esta é uma questão em
grande parte contextual, mas você
deve estar sempre vestido para a
ocasião, e deve vestir-se para
impressionar. Você tem uma festa
chique para ir? Mulheres: não vão
com jeans skinny e um cardigã, e os
homens: não vão com calças cargo
e uma camisa de colarinho folgado.
Avalie se a roupa ainda lhe serve.
O mesmo vale para a sua aparência
e cabelo. Sua aparência geral é um
assunto para outro livro, mas
apenas esteja ciente de que
julgamentos instantâneos podem e
serão feitos, e essa pode ser uma
poderosa forma de blindar sua
primeira impressão.

Sua linguagem corporal.

Você começou com seu sorriso


quando deu aquele aperto de mão.
Agora o que mais sobre a maneira
como você se comporta, irá refletir
forte e positivamente sobre
qualquer um que olhe para você?
Vamos considerar a seguinte folha
de dicas com passos que você pode
implementar nos próximos 5
minutos.

1. Como é a sua postura? Imagine


que há uma corda amarrada ao seu
plexo solar, puxando diretamente
para cima. Isso faz com que sua
cabeça se incline para trás e seu
peito se projete para frente, e esta
é uma dica de uma postura
confiante e poderosa.
2. Tenha uma postura aberta e
acessível. Isso significa que você
não deve cruzar os braços, recuar
ou se afastar da pessoa com quem
está falando. Mantenha suas mãos
fora dos seus bolsos.
3. Esteja ciente de seus tiques
nervosos, e procure eliminá-los
ou substituí-los por algo mais
sutil. Tiques nervosos existem
porque são uma saída para a
energia criada pela ansiedade,
boa ou ruim, então acredito que
encontrar uma válvula de escape
para essa energia, como segurar
uma caneta, por exemplo, pode
fazer maravilhas por sua
aparência.
4. Já mencionei o contato visual, e
irei fazê-lo várias vezes ao longo
deste livro, mas olhe as pessoas
nos olhos enquanto fala com elas,
e não fique percorrendo a sala
com o olhar à procura de outra
pessoa para conversar. Por fim,
movimente suas sobrancelhas,
porque elas são o que pode
destacar ou arruinar uma
expressão facial.
5. Tranquilize-se. Você se lembra da
rapidez com que
involuntariamente falou da última
vez que fez um discurso? O
mesmo acontece com a sua
linguagem corporal, quando
confrontada com uma nova
situação. Por isso, movimente-se
de forma intencional, e procure
mover-se usando apenas 75% de
sua velocidade normal, porque
essa provavelmente é a sua
velocidade normal na vida real.

O que seu parceiro de conversa vai


pensar: Esta pessoa é interessante!
Eu ainda nem falei com ela, mas
parece o tipo de pessoa que eu
quero conhecer.
Princípio 2: Blinde Sua
Primeira Impressão Verbal.

Felizmente, seus indicadores verbais


sobre a primeira impressão serão um
pouco mais fáceis de proteger do que
seus indicadores não verbais. Você nem
sempre pode controlar o tom e o som
de sua voz, mas certamente pode
controlar o que diz e como diz.

A primeira impressão verbal


governa as primeiras 10-20
palavras que saem de sua boca.
Isso significa que sua primeira
impressão verbal é quase
totalmente dependente de sua
abordagem de elevador. A
“abordagem de elevador” é um
resumo sobre si mesmo e das
características que o definem,
embrulhados em um pacote
charmoso e divertido. É curto o
suficiente para ser dito durante o
tempo em que você permanece em
um elevador; em outras palavras,
em torno de 10-20 segundos,
porque se durar mais tempo as
pessoas vão se cansar. O objetivo é
mantê-lo curto, conciso e 100%
direto, sem conversas irrelevantes.
Para blindar a sua primeira
impressão verbal, você tem que
antecipar as duas primeiras
perguntas ou temas de conversa que
irão surgir com alguém novo,
elaborar uma abordagem de
elevador relacionada a elas, e
ensaiá-la até que possa dizê-lo com
confiança a qualquer um.

Acontece que antecipar questões e


temas para o início de um contato e
preparar abordagens de elevador é
algo bastante fácil, então
providenciei uma lista para você se
preparar:
1. “Fale-me sobre você”.

“Oi, eu sou Jim. Estudei em


Chicago, e cheguei a Los Angeles
há cerca de 2 anos. Atualmente sou
fotógrafo e gerente de uma pequena
empresa perto de Hollywood, e
adoro surfar e jogar vôlei de
praia”.

2. “O que você fez no final de


semana passado?”
3. “Onde você trabalha/o que você
faz?”
4. “Quais são seus planos para este
fim de semana?”
5. “Você mora perto daqui?”
6. “Como você conhece a pessoa
que nos apresentou?”
7. “De onde você é?”
8. “Onde você estudou?”

Procure usar detalhes específicos


com os quais as pessoas se
relacionem, bem como pontos em
comum que você compartilha com a
pessoa no momento (tais como o
local e o anfitrião da festa).

Como mencionado no item anterior,


procure desacelerar seu discurso
para 75% de sua velocidade
normal... porque isso vai acabar
parecendo normal quando você
estiver nervoso ou, de alguma
forma, desconfortável.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Esta pessoa foi tão
desenvolta e confiante! Estou
impressionado com a vida
interessante que ela leva... e com
um pouco de inveja!
Princípio 3: OQJF? O Que
Jay Faria?

Dominar a arte de conversar, acima


de tudo, é uma questão de ter a
mentalidade e a abordagem corretas
em relação às pessoas que você
encontra. Você pode ser a pessoa
mais serena e divertida da sala,
mas se não estiver interessado e
curioso sobre o seu parceiro de
conversa, simplesmente não vai
haver uma conexão.
Descobri, através de anos
atendendo clientes, que a melhor
mentalidade a ser copiada é a do
apresentador de talk show Jay
Leno. O que Jay faria? Vamos
pensar sobre as características que
ele encarna em uma conversa com
um convidado em seu show.

Visualize seu estúdio. Há um


grande espaço aberto, e Jay está
sentado em uma mesa. Seu
convidado senta-se em uma cadeira
ao lado da mesa, e é literalmente
como se eles existissem em um
mundo próprio. Quando Jay tem um
convidado em seu show, esta
pessoa é o centro do seu universo
pelos 10 minutos seguintes. Ela é a
pessoa mais interessante com a qual
Jay já se deparou, tudo o que diz é
fascinante, ele tem uma curiosidade
insaciável sobre suas histórias, e
reage a qualquer coisa que ela diga
com uma risada ruidosa e uma
reação mais exagerada do que ela
estava buscando. Ele é encantador e
positivo, e sempre tem uma tirada
cômica com relação a um aspecto
negativo de uma história.

Seu único propósito é fazer com


que os convidados se sintam
confortáveis no show, falem de si,
e, por fim, sintam-se bem e
pareçam estar bem. Por sua vez,
isso os faz compartilhar coisas
reveladoras que poderiam não
mencionar, e cria uma conexão e
uma química com ele, o que é muito
importante para um talk show. Os
telespectadores em casa podem
dizer em um instante, se qualquer
uma das partes é autêntica ou está
fingindo, então seu trabalho
literalmente depende de sua
capacidade de se conectar em um
nível mais profundo.

Mesmo com convidados mal-


humorados ou mais tranquilos, ele é
capaz de elevar seus níveis de
energia e atitudes simplesmente por
estar intensamente interessado neles
(em um nível de energia
ligeiramente acima deles), e
encorajando-os, dando-lhes as
grandes reações que eles procuram.
Claro que em sua vida, isso
equivale àquelas pessoas que você
encontra e com as quais conversar é
como arrancar os dentes. Um pouco
de incentivo amigável e afirmação
pode fazer até mesmo a ostra mais
fechada se abrir! Portanto, agir
desta forma é benéfico para ambas
as partes. Imagine o alívio que você
pode trazer aos temidos eventos de
networking. As pessoas gostam de
quem gosta delas, então quando
você reagir da maneira que
desejam, isso as encoraja a ser
mais extrovertidas e abertas com
você.

Minha mensagem aqui é simples.


Tomar a decisão de ser
genuinamente curioso e interessado
em seu parceiro de conversa é uma
das chaves para permitir que ele se
sinta confortável o suficiente para
se conectar com você num nível
além do superficial. Então, se tiver
que fingir até que consiga, Jay Leno
é a pessoa em cuja mentalidade e
atitude você deve se espelhar. Todo
mundo tem algo para lhe ensinar,
fasciná-lo e surpreendê-lo.
Comprometa-se em aprender
verdadeiramente sobre as pessoas
com as quais você conversa, e
imagine como elas realmente são.

Finalmente, você sabe o que Jay


não faz enquanto está com um
convidado? Brincar com seu
celular.

Dale Carnegie disse melhor - "Você


pode fazer mais amigos em dois
meses, tornando-se
verdadeiramente interessado em
outras pessoas, do que em dois
anos tentando fazer outras pessoas
se interessarem por você".

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Essa foi uma conversa
incrível! Eu me mostrei um pouco e
falei sobre quem eu realmente sou -
e eles me entenderam
completamente!
Princípio 4: Sua Vida é uma
Série de (Mini) Histórias.

Falando sério. Nós não achamos


que nossa vida seja muito
interessante no dia a dia, mas a
verdade é que fazemos um pouco
mais do que percebemos. Essa
questão, combinada ao fato de que
nada impede uma conversa fria e
uma resposta lacônica, significa
que você deve se esforçar para
transformar a sua vida em uma série
de mini-histórias. Esta é também
uma oportunidade para controlar o
tipo de imagem que você quer
projetar para o seu parceiro de
conversa, encontrando as
experiências certas de sua vida
para usar.

As histórias são uma vista


privilegiada de sua personalidade,
suas emoções e paixões. Aprender
isso a seu respeito é o primeiro
passo para permitir que todos
possam se relacionar e se conectar
com você. Por isso, é imperativo
que você aprenda a utilizar uma
pergunta objetiva a seu favor.
Dessa forma, você também
incentivará a reciprocidade de seu
interlocutor, e de repente recordar
histórias das festas da faculdade
começa a acontecer. Seu objetivo
deve ser escutar “Espere até você
ouvir o que me aconteceu!” do seu
parceiro de conversa, ao menos
uma vez.

Isso vai exigir que você faça uma


pesquisa mental dos aspectos a seu
respeito que queira destacar, e
depois certifique-se de que é algo
objetivamente interessante. Para
deixar clara essa distinção, é a
diferença entre estar orgulhoso de
sua proeza no vídeo game e ter
orgulho de seu novo trabalho
artístico.

“O que você faz?”


“Sou executivo de marketing. É
muito legal!”
“Ah, que bom”.

Vamos tentar novamente.

“O que você faz?”


“Sou um executivo de marketing.
Trabalho principalmente com os
clientes... na semana passada,
tivemos um cliente maluco que
ameaçou enviar seus seguranças
para o nosso escritório! Eu
definitivamente gostaria de ter
lidado mais com o lado criativo”.
“Ah, meu Deus! Ele realmente os
enviou?”

Viu como o segundo exemplo


contém muito mais conteúdo para
que eles se conectem, evitando o
modo de entrevista, e fazendo a
conversa fluir mais suavemente? O
próximo passo natural na conversa
acima é continuar a falar sobre o
cliente louco e outros aspectos
engraçados do trabalho, em vez de
soltar um “E você?”
Eu suplico para que desenvolva
mini-histórias semelhantes (~ 3
frases) para alguns dos tópicos de
conversação mais comuns que irão
surgir, tais como:

1. Sua profissão (se você tiver um


trabalho incomum ou indefinido,
faça uma descrição do seu
trabalho para que as pessoas
possam relacioná-lo a algo
conhecido)
2. Sua semana
3. Seu próximo fim de semana
4. Sua cidade natal
5. Seus hobbies
6. Sua música favorita
7. Suas paixões
8. Sua educação
9. Seu apartamento/sua casa
10. Seus amigos em comum
11. A história do seu namoro
12. Sua experiência com o
local em que está
13. O tempo
14. Sua família
15. Seu animal de estimação

Como você pode ver no meu


exemplo, não basta responder à
pergunta diretamente. Torne-a uma
mini-história que possa se sustentar.
Novamente, verifique se ela retrata
a imagem que você quer mostrar.
Só não seja muito pessoal, negativo
ou controverso, e não domine a
conversa.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Não há nem um
pouquinho de chatice nessa pessoa!
Minha meta será nos tornarmos
amigos para que eu possa ser
incluído na próxima história
maluca.
Princípio 5: Detalhes
Minuciosos, Completos e
Específicos.

Vamos examinar o seguinte cenário


onde você acabou de conhecer
Glen.

“Oi Glen, prazer em conhecê-lo. O


que você faz?”
“Trabalho com engenharia”.
“Interessante”. (com falso
entusiasmo)

Este é exatamente o momento em


que você percebe que conversar
com Glen será uma tarefa árdua.
Como seria melhor Glen ter
respondido? Talvez algo específico
e detalhado, como:

“Ah, sou um engenheiro de


software e estou trabalhando
atualmente num projeto para
descobrir como programar um dia
de sessões de filmes intermitentes
no cinema”.
“Interessante!” (com verdadeiro
entusiasmo)
Assim como uma resposta
monossilábica é sentença de morte
para qualquer conversa, uma
resposta ou pergunta desprovida de
qualquer detalhe acaba com uma
conversa. Nunca use as frases “Eu
não sei”, “Nada de mais”, ou
“apenas curtindo” de novo! A
maneira de evitar tornar-se um Glen
(desculpe-me se o seu nome é
Glen) é simplesmente inserir
detalhes pessoais em uma conversa.

A tendência típica em uma conversa


superficial é apenas fazer perguntas
às pessoas por questão de cortesia,
por isso, se você traz um detalhe
específico sobre o qual a pessoa é
levada a questionar, a tendência se
desfaz e imediatamente a conversa
ganha vida própria. Na mesma
linha, você deve ser claro, e usar
uma linguagem extremamente
descritiva e colorida.

Quanto à percepção, pense além da


conversa. Se alguém lhe
perguntasse sobre Glen, você não
teria muito a dizer sobre ele, além
do fato de que ele era legal. Mas se
você introduzir detalhes pessoais
que são interessantes e engraçados,
o seu parceiro de conversa vai
saber e se lembrar de você através
deles. Você prefere ser o João, um
cara legal, ou João, o cara que foi
atacado por um cervo? Isso traz
alguns benefícios quando você
analisa a estrutura de uma
conversa:

1. Cria uma linha a ser seguida


durante a conversa.
2. Incentiva a perguntar sobre os
detalhes, e o afasta de ter a mesma
conversa, como você faz com
qualquer outra pessoa.
3. Cria possíveis pontos em comum
que geram um vínculo com o seu
parceiro de conversa. Você também
pode assegurar que os detalhes que
você divulga estejam relacionados.
4. Torna a conversa mais fácil de
fluir para o seu parceiro de
conversa. As conversas são uma
troca, e você quer facilitá-las ao
máximo para o seu parceiro.
5. Finalmente, e mais importante,
cria uma conexão pessoal e
incentiva o seu parceiro de
conversa à reciprocidade. Pessoas
gostam de pessoas semelhantes a
elas, e detalhes abrem caminho
para essa descoberta.
Como você pode ver, um simples
detalhe pode ter um enorme
impacto sobre a forma como a
interação flui, e não demanda
praticamente nenhum esforço de sua
parte. Este Princípio é semelhante
ao Princípio anterior de utilizar
mini-histórias sempre que possível,
mas é uma maneira de construir as
mini-histórias em si.

Se você acha que tem de se


esforçar para fornecer qualquer
tipo de detalhe para alguém que
está perguntando, então talvez seja
hora de avaliar-se objetivamente e
determinar se isso é algo que
precisa mudar.
O que o seu parceiro de conversa
vai pensar: Sinto como se
realmente soubesse alguns detalhes
íntimos sobre a vida dela, e isso
realmente me permitiu divulgar
alguns detalhes a meu respeito.
Princípio 6: Quebre o Gelo
com Semelhanças Banais…

Da próxima vez que estiver em uma


festa, faça uma lista mental das
perguntas que são feitas por seus
novos conhecidos. A probabilidade
é de que sejam perguntas
superficiais, apressadas, que
servem apenas para identificar
semelhanças superficiais que
ambos partilham. Eles pulam de um
assunto para outro, e não levam em
conta quaisquer detalhes. Se você
encontrar mais de 3 pessoas em
uma única noite, ficará
impressionado com a estranha
sensação de déjà vu, de que teve
essa exata conversa antes...

Por exemplo:

“Oi Juan, prazer em conhecê-lo.


Onde você estudou?”
“Prazer, Jimbo! Frequentei a
Universidade Estadual de Ohio”.
“Ah, legal! O que você faz agora?”

Você pode muito bem andar por aí


com um crachá pendurado com suas
medidas, educação, profissão, tipo
sanguíneo, e cidade natal, todos
listados. Claro, nenhum de nós é
inocente também. Quando Juan
disse que foi para a Universidade
Estadual de Ohio, todos nós
tivemos um ligeiro estremecimento,
pois esperávamos que ele tivesse
frequentado a mesma faculdade que
nós, ou que o nosso irmão, ou que a
nossa amiga Wendy.

Procurar pontos comuns


superficiais é uma ótima maneira de
iniciar conversas cotidianamente, e
eles são quebra-gelos comuns por
uma razão. Nenhum de nós pode
esperar ser charmoso, espirituoso,
e engajado 100% do tempo, de
modo que, com mais frequência do
que parece, contamos com a busca
superficial.

Mas há uma forma ideal de fazê-lo,


que pode levar a algumas
revelações interessantes e deixar de
assinalar as opções do seu crachá.

Em primeiro lugar, é importante


perceber que o gênero sexual pode
representar um grande papel nos
pontos em comum que você deveria
focar além do padrão. Neste ponto,
sinto que devo fazer uma
declaração, na qual digo que não
posso reduzir os sexos a 4-5
interesses, nem generalizar minhas
experiências para todos. Também
devo declarar que suas
experiências podem lhe dizer algo
diferente, e que você deve seguir
seu instinto se esse for o caso. Por
último, não sou machista.

Dito isto, há temas específicos que


descobri serem simplesmente os
quebra-gelos mais fáceis de lidar,
dependendo de quem você é e com
quem você está falando. Eles são
tópicos em que há interesse mútuo,
e sobre os quais será certamente
fácil sentir-se confortável falando.
Se for necessário, utilize estes
temas como padrões.

Para um homem conversando com


outro homem, os temas comuns são:
mulheres, esportes,
trabalho/negócios, exercícios,
alimentação e carros. Veja porque
acrescentei a declaração acima.
Para uma mulher conversando com
outra mulher, os assuntos principais
são: a aparência física (roupas,
cabelo - seus e dela, etc.), os
eventos recentes que tenham
frequentado, comida, e outras
mulheres. Finalmente, ao conversar
com o sexo oposto, os assuntos em
destaque são: exercitar-se, eventos
dos quais tenham participado,
amigos em comum.

Em segundo lugar, nem todos os


quebra-gelos são iguais. Tente
evitar os traços típicos de
personalidade, como hobbies,
interesses e profissão por duas
razões. Primeiro, você
inevitavelmente vai conhecer esses
fatos a respeito da pessoa, mais
cedo ou mais tarde, e não precisa
perguntar a ela diretamente. Em
segundo lugar, as pessoas estão tão
acostumadas a responder essas
perguntas que dão respostas prontas
porque estão entediadas e
desestimuladas.

Um quebra-gelo realmente bom de


semelhanças banais em comum está
relacionado com a realidade mútua
compartilhada, e como você o
aplica com o seu parceiro de
conversa. (Uma técnica pioneira
desenvolvida pela renomada autora
Carol Fleming).

1. Descubra o que vocês dois


compartilham no momento.
Poderia ser um lugar, um amigo
em comum, algum interesse,
admirar a mesma peça de arte,
calçados, acompanhar a música
de fundo batendo os pés, você
escolhe. Se você não consegue
enxergar uma realidade
compartilhada com alguém, não
está procurando com afinco.
2. Revele algo a seu respeito,
relacionado a essa realidade
compartilhada. Foque em si
mesmo, e em qualquer relação ou
contexto relacionado a isso.
3. Incite seu parceiro de conversa
com uma revelação. Use as
informações pessoais do passo 2
para fazer uma afirmação ou
pergunta que leve o seu parceiro a
lhe responder, avalie a reação
dele, partilhe o próprio relato, e
faça-o se envolver.

É tão simples quanto ver alguém


batendo o pé ao ritmo de uma
música, e dizendo: “Eu amo essa
banda, eles passaram por Chicago
na semana passada e não acredito
que perdi a oportunidade de vê-
los!”

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Não acredito que
encontrei alguém nessa festa que
cresceu na mesma cidade natal que
eu! E que tem as mesmas duas
bandas favoritas! Nós vamos sair
com certeza.
Princípio 7: Mas
Semelhanças Significativas
Promovem
Relacionamentos
Verdadeiros.

Como comentei anteriormente,


semelhanças superficiais são uma
ótima maneira de alavancar uma
conversa. No entanto, elas não são
ideais para criar conexões
profundas e relacionamentos que o
levarão aonde quer chegar. Elas
podem funcionar, mas há maneiras
muito melhores de fazê-lo. Em vez
de focar em pontos superficiais em
comum, focar em pontos
fundamentais em comum é um
atalho para o círculo de amizades
de alguém.

O que exatamente é um ponto em


comum importante, versus um ponto
superficial?

Uma semelhança significativa é um


traço, emoção, sentimento,
experiência formativa... medo,
insegurança, vulnerabilidade, ou
aspiração que você tem em comum
com outra pessoa.

Note que estas são coisas muito


importantes para as pessoas, e
muitas vezes são uma característica
definidora. Isto cria uma conexão
muito mais poderosa do que
simplesmente ter ido para a mesma
faculdade, porque permite algumas
suposições sobre a outra pessoa,
sejam justas ou injustas.

O primeiro pressuposto é de que


eles estejam no mesmo nível de
conhecimento que você, no entanto
você define a palavra. Este é um
componente psicológico poderoso,
de estar interessado e curioso no
que alguém tem a dizer. Se você
acha que alguém tem o mesmo
status que você, ou mesmo está
ligeiramente acima, você
certamente vai querer causar uma
boa impressão e se conectar mais.
Este é um bom sinal em qualquer
conversa.

O segundo pressuposto é de que


vocês dois estão a par de
conhecimentos e experiências
exclusivos. Ambos habitam um
mundo sobre o qual ninguém mais
conhece, portanto, um forte vínculo
é imediatamente criado com base
no compartilhamento desse
conhecimento ou experiência
especializada. E assim como
acontece com a primeira hipótese,
cria-se um efeito psicológico que
permite uma abertura e uma
conexão mais fácil.

A terceira e última hipótese,


quando uma semelhança
significativa é descoberta, é de que
além do status, você simplesmente
é semelhante a eles de modo geral.
As pessoas gostam de pessoas
como elas próprias, isto é óbvio.
As pessoas também irão buscar
outros como elas, estarão mais
propensas a ajudar outros
semelhantes a elas, e procurarão
integrá-los em seus círculos de
amizade.

Portanto, como você pode ver,


introduzir uma semelhança
significativa tem sido a base de
uma amizade duradoura para
muitos. Agora, a pergunta natural é
como chegar a elas. Poderemos
observar melhor essa questão
através de exemplos.

Veja como uma conversa focada em


aspectos comuns superficiais soa, o
que, como discutimos, é um bom
ponto de partida para muitos
contextos:

“Nossa, você também nasceu em


Nova York?” “Sim!”
“ Em que parte?” “Brooklyn, e
você?”
“Buffalo”. “Ah, incrível. Tenho um
tio que mora lá”.
“Que legal. Você também estudou
lá?”

Viu o quanto foi rápido encerrar


esse tema de Nova York? Agora
veja uma conversa mais focada em
aspectos significativos em comum:
“Nossa, você também nasceu em
Nova York?” “Sim, nascido e
criado no Brooklyn!”
“Incrível, eu sempre quis passar
mais tempo lá. Você frequentou uma
escola pública lá?” “Sim, escola
pública do início ao fim! Você
também?”
“Definitivamente, foi ela que me
moldou! Eu gostei de crescer meio
perigosamente”. “Sim, concordo
plenamente. Uma vez, quando eu
era criança...”

Com apenas três frases, eles já se


conectaram em um nível profundo
sobre sua infância, e mergulharam
em experiências formativas que
relativamente poucas pessoas
podem compartilhar e se relacionar.
Eles fazem perguntas de sondagem,
revelam experiências pessoais, e
realmente enfatizam uma
semelhança ainda oculta, mas
importante. O foco também tende a
ser inicialmente em uma pessoa,
sem um “E você?” para lá e para cá
- os detalhes virão inevitavelmente
à tona mais tarde na conversa. Não
mude de um assunto para o outro.
Finalmente, mantendo os Princípios
anteriores em mente, a forma como
cada pergunta é respondida
proporciona detalhes e histórias.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Esse cara é como meu
irmão! Será que eu peguei o seu
número de telefone? Porque eu
definitivamente preciso sair com
ele novamente e apresentá-lo aos
meus amigos.
Princípio 8: Conheça e
Jogue em Seu Território.

Eu assisto Jeopardy!, um programa


de perguntas e respostas, com
bastante frequência. Não há
nenhuma outra maneira de vê-lo,
que não seja com espanto pelos
conhecimentos aparentemente
ilimitados que os competidores
possuem. Imagine como seria fácil
falar com qualquer um deles, por
causa do grande conhecimento que
possuem e da gama de assuntos
sobre os quais seriam capazes de se
conectar com você.

É aí que reside uma verdade


simples, da qual podemos tirar
proveito: quanto mais você sabe
sobre um assunto, mais fácil de
falar com alguém sobre ele, seja
explicando, ensinando, discutindo
ou debatendo. Para nós, meros
mortais, é possível brincar com
alguns temas, mas todos nós temos
assuntos importantes e pontos fortes
nos quais reside o nosso
conhecimento - nossos temas-
chave. Logicamente, há apenas uma
conclusão que podemos tirar disso.
Saiba quais são seus temas-chave, e
jogue com eles!

Em primeiro lugar, analise-se e


pense honestamente a respeito de
temas e áreas de conhecimento
sobre os quais você se sinta
confortável para falar em qualquer
situação. Pode ser uma lista curta
como “maquiagem, compras,
comida francesa, e futebol” e isso é
bom. Pode parecer limitado, mas o
próximo passo irá mostrar como
obter o máximo proveito de seus
temas-chave, desenvolvê-los e,
finalmente, tornar-se confortável
falando sobre qualquer coisa.

Em segundo lugar, vamos visualizar


uma boneca babushka russa e um
modelo de um átomo. A boneca
russa é composta por camadas de
bonecas que se encaixam umas
dentro das outras. A menor boneca
é seu tema-chave mais específico,
sobre o qual você pode falar por
horas. Cada boneca subsequente,
maior, é uma categoria um pouco
mais geral do que a que estava
dentro dela.

Por outro lado, o modelo de átomo


tem um núcleo central, com prótons,
elétrons e nêutrons orbitando ao
redor. Seu tema principal é o
núcleo, e as partículas vizinhas
estão todas relacionadas, mas não
são necessariamente categorias
mais gerais. Vamos ilustrar as duas
abordagens com um tipo de
fluxograma.

O método boneca russa: Os Beatles


>> música dos anos 60 >> música
pop clássica >> bandas de rock >>
música.

O método átomo: futebol >>


competição >> exercitar-se >>
esportes >> corrida.
Assim, enquanto o objetivo aqui foi
visualizar como você pode articular
uma conversa com um de seus
temas-chave, este exercício
aumenta exponencialmente as
maneiras de fazê-lo durante uma
conversa. Se tomarmos o exemplo
acima, com quatro temas que
consistem em “maquiagem, fazer
compras, comida francesa, e
futebol”, vemos como podemos
facilmente expandi-los para mais
de 20 assuntos sobre os quais nos
sentimos confortáveis em falar e
com os quais podemos quebrar o
gelo.
Vale a pena mencionar que esta é
uma técnica de iniciantes, ideal
para aqueles que têm problemas
para se conectar e conversar sobre
temas fora de sua zona de conforto.
Foi desenvolvida para permitir que
você vá expandindo gradativamente
enquanto descobre quão fácil é se
relacionar com as coisas que não
sejam exatamente ligadas à sua área
de conhecimento, mesmo quando as
conexões são muito tênues. Um
simples “Isso me lembra...” ou “A
última vez que joguei futebol...” ou
“Que tal...” é tudo o que você
precisa para voltar a um tema-
chave.

Também vale a pena mencionar que


fazer isso constantemente irá
transformá-lo na pessoa mais
egocêntrica da festa, em oposição a
alguém que simplesmente joga com
seus pontos fortes. Será necessária
a prática para aprender quando
você precisa fazer isso, quando
deve resistir ao desejo, e quando o
fluxo natural da conversa leva a
isso.

Finalmente, imagine o conforto e


segurança que você pode sentir
quando um assunto de sua
especialidade vem à tona. Agora
inverta as coisas e imagine o
conforto e segurança que você pode
fazer os outros sentirem,
especialmente as pessoas mais
silenciosas e reservadas,
direcionando a conversa para
assuntos que sejam a
especialidades delas. Esforce-se
em valorizar os outros, como
parceiro de conversa!

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Uau, ela poderia falar
sobre qualquer assunto que
surgisse. Ela é uma pessoa muito
inteligente e culta.
Princípio 9: Reações Valem
por 1.000 Palavras.

Saber conversar, não há prazer


maior do que ter alguém que sabe
exatamente o que você está tentando
transmitir. Todo mundo gosta de ter
alguém que concorde consigo. Esta
pessoa também entende exatamente
como é perder 45 kg em seis
meses?! Isto transmite a sensação
de que você está realmente sendo
ouvido, e você pode mesmo ter
encontrado uma alma gêmea. Claro,
verdadeiros espíritos afins são
poucos e distantes entre si, e por
isso são pessoas que realmente
podem ter ligação com a
experiência insondável que você
está relatando. Então, como
conseguir alguém que você sinta
que realmente esteja ouvindo e
possa estar envolvido pelas
palavras que saem de sua boca?

Reações fantásticas,
extraordinárias, de arrepiar.

O significado de uma reação no


contexto da conversa não fica
imediatamente evidente para a
maioria das pessoas, e grande parte
delas sequer percebe que está
fazendo isso. Mas quando as
reações param, você vai perceber
que uma conversa flui menos, e
como a outra pessoa torna-se
subitamente estranha e automática.
Grandes reações são como a trilha
sonora de qualquer filme -
acentuam a cena, conduzem a trama,
e fazem o espectador realmente
compreender o contexto e o pano de
fundo da história. Sem trilha
sonora, o filme torna-se
subitamente desarticulado e
geralmente monótono.
Então, o que é exatamente reação
durante a conversa? Há reações
verbais e não verbais, sendo que
ambas são vitais em qualquer
reação.

Reações verbais podem ser tão


simples quanto dizer “Oh,
realmente” “Claro...” “Ah, é?”
“Droga!” “Uau...” “Não diga?”
“Continue...” “De jeito nenhum!”,
ou suspirar sem acreditar.
Indiscutivelmente, a reação mais
importante é o riso, especialmente
quando o interlocutor está
esperando por ele ou ele próprio
está rindo. Elas são confirmações
ou perguntas que deixam o
interlocutor saber que você já ouviu
falar dele, está interessado que ele
prossiga, e quer ouvir mais.

Também amplificam as emoções


que o orador está tentando
transmitir, simplesmente
concordando e estimulando-o a
continuar. Isso tem o efeito de
incitar o interlocutor e elevar a
energia e o nível emocional da
conversa, o que é vital para criar
uma conexão. Se você está tendo
problemas com isso, pratique as
reações e seu monólogo interior –
que você geralmente faz
mentalmente – em voz alta.

A chave para as reações verbais e


não verbais é simplesmente
aprender a conhecer as reações que
o seu parceiro de conversa está
buscando, e oferecê-las a ele de
uma maneira sutil. Boa parte disso
consiste em combinar suas reações
e tom com as de seu interlocutor.

Vejamos algumas reações não


verbais para termos algumas
ilustrações claras.

1. Quando o seu parceiro de


conversa falar sobre algo com
desaprovação, acene com a
cabeça e faça uma careta.
2. Quando o seu parceiro de
conversa fizer uma pergunta
retórica, sorria e acene com a
cabeça para mostrar que você
entendeu.
3. Quando o seu parceiro de
conversa estiver explicando algo,
incline a cabeça e semicerre os
olhos para fazer uma expressão de
quem está pensando e
processando a informação.
4. Quando o seu parceiro de
conversa falar sobre algo que o
deixou maluco, coloque a mão no
rosto, dando a entender que não
acredita e balance sua cabeça.
5. Quando o seu parceiro de
conversa disser algo sobre o qual
não tem certeza, incline a cabeça
para o lado e aperte os olhos com
expressão de interrogação.
6. Quando o seu parceiro de
conversa fizer uma pergunta com a
qual você se identifica, acene com
a cabeça enfaticamente e incline a
cabeça para trás com um sorriso.
7. Quando o seu interlocutor falar
sobre algo que o surpreendeu,
finja tirar seu cabelo do rosto e
arregale os olhos tanto quanto
possível.
8. Quando o seu parceiro de
conversa estiver explicando algo
estúpido para você, mostre
concentração franzindo as
sobrancelhas e inclinando a
cabeça.

Obviamente, isto irá variar de


pessoa para pessoa. Mas em linhas
gerais, como você pode ver, o
objetivo é tentar interpretar a
emoção que o seu parceiro está
tentando evocar, e mostrá-la para
ele.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: eu realmente senti que
esse cara entendeu o que eu estava
tentando transmitir, apesar de
ninguém mais realmente entender.
Princípio 10: Leituras Frias
Aceleram Qualquer
Conversa.

“Você é de Virgem, não é?”

“Aposto que você não consegue


ficar parado durante os filmes”.

“Você parece o tipo de pessoa que


brigava no colégio”.
“Então qual foi a última vez que
você correu uma maratona?”

Faça uma leitura fria. Uma leitura


fria é uma afirmação ou pergunta
que faz uma suposição corajosa
sobre seu interlocutor com base em
algo que ele tenha dito
anteriormente na mesma conversa.
Pode seguir logicamente sua
declaração anterior, ou pode ser
apenas uma afirmação que você lhe
impõe. Realmente não importa o
caminho que você decida seguir -
se você estiver correto sobre a
suposição que fez, então de repente
você é tão perspicaz quanto
Sherlock Holmes e extremamente
intuitivo.

Se você estiver errado sobre a


suposição, então terá criado uma
linha interessante de conversa que
não teria existido de outra forma.
Você provavelmente irá acertar com
mais frequência do que errar. De
qualquer maneira, a conversa
inevitavelmente dá uma guinada
para um caminho único e melhor.
Vamos analisar como isso se
desenrola, para ver como podemos
utilizar de forma eficaz uma leitura
fria.
“Ugh, não posso acreditar que esse
bife passou tanto do ponto!”

Leitura fria: “Você é um grande fã


da culinária, não é?”

Você terá tipicamente 1 destas 3


reações em sua leitura fria.

#1: “Sim... como você sabia?”

#2: “Talvez…”

#3: “De jeito nenhum! De onde


você tirou essa ideia?”

Como já comentamos, qualquer


destas reações levará a conversa
para uma direção interessante com
explicações distintas, posturas e
histórias por trás. Uma opinião e
uma afirmação foram criadas, o que
é uma dinamite na conversa. Por
fim, a hipérbole em sua suposição
pode levar a grandes risadas
(“Você queria ser Gordon
Ramsay[3]?”). É uma alternativa
revigorante em substituição ao “e
você?”.

Entretanto, você deve ser cauteloso,


pois sem um grande sorriso e uma
linguagem corporal adequada, usar
uma leitura fria pode se tornar algo
rude e invasivo. Novamente, é uma
questão de praticar a leitura da
situação e da pessoa, e saber como
uma leitura fria será vista pelo seu
interlocutor.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Essa menina fez uma
leitura a meu respeito como se
fosse um livro! Muito inteligente e
perspicaz.
Princípio 11: Ouvir de
Forma Eficaz é como
Aplicar o Soro da Verdade.

“Então… como isso o faz sentir-


se?”

Copiada por psicólogos e artistas


de revistas em quadrinhos de todo o
mundo, verifica-se que há uma boa
razão para a sua preponderância.
Esta afirmação é proveniente de
uma técnica de comunicação
chamada escuta ativa, e quando
executada corretamente, pode levar
alguém a acender uma luz em sua
própria alma. A escuta ativa é
usada mais frequentemente por
terapeutas e consultores, por isso
não é uma técnica para conversas
normais, do dia a dia, e é mais
adequada para temas e situações
sérios. Como o título deste
Princípio diz, ouvir de forma eficaz
é como aplicar o soro da verdade.

A escuta ativa é caracterizada pelo


seguinte:
1. Focar na outra pessoa.
2. Ater-se a uma quantidade limitada
de temas.
3. Reformular a frase, parafrasear,
ou simplesmente repetir o que a
outra pessoa disse para confirmar
a sua percepção e compreensão e
fazê-la se expandir.
4. Fazer as perguntas corretas para
se aprofundar.
5. Zerar gradualmente o assunto
fundamental.
6. Fazer a outra pessoa examinar
suas próprias intenções.
7. Epifanias frequentes.
Quando os 6 tópicos acima forem
alcançados, será algo realmente
interessante de se ver. Parafrasear
as palavras de alguém e fazer
suposições com base no que
disseram invariavelmente faz com
que as pessoas desenvolvam sua
opinião, e esclarecem-na em um
nível mais profundo, mostrando
pensamentos subjacentes. Se você
vivenciar interações suficientes e
tiver a sorte de fazer as perguntas
certas, poderá de repente chegar à
causa das inseguranças de alguém,
de seus problemas de
relacionamento, ou de seus dilemas
na carreira. Vamos ver uma curta
sessão de escuta ativa e aonde ela
pode levar.

“Acho que finalmente decidi que


quero trabalhar com a lei de
direitos autorais!”
“Ah, e por quê?”
“Eu só acho que é uma boa
combinação de direitos
constitucionais e inovação!”
“Onde está exatamente a
inovação na lei de direitos
autorais?”
“Bem, você sabe que há inúmeros
casos envolvendo grandes
empresas na área de tecnologia,
como YouTube e Google, então é
interessante”.
“Talvez você esteja interessado
em trabalhar com tecnologia, e
não com direitos autorais”.
“Bem, gosto de ambos, mas direitos
autorais me chamam mais a atenção
do que somente tecnologia – como
fotografia e escrita, que são alguns
dos meus hobbies favoritos”.
“Você parece se preocupar mais
com o assunto, do que
propriamente com direitos
autorais”.
“Não sei, eu apenas gosto da ideia
de direitos autorais... acredito que
seja porque há criatividade
envolvida”.
“Parece-me que você está apenas
atraído por ela, porque há
aspectos da criatividade, que você
gosta como hobbies”.
“Essa é uma boa colocação…”

Epifania alcançada. Como você


pode ver neste trecho extremamente
breve, o ouvinte ativo incentiva o
interlocutor a refletir mentalmente e
pensar em voz alta, parafraseando e
fazendo perguntas que desafiavam o
que o orador disse. Por isso,
quando a oportunidade surgiu, o
ouvinte ativo foi capaz de chegar ao
cerne das intenções do falante e o
auxiliou a chegar a uma conclusão.

Deve-se notar que o orador


desenvolveu toda a conversa e fez
todo o trabalho de chegar a essa
conclusão, e o ouvinte ativo apenas
agiu como uma câmara de
ressonância. Incentive-os a serem
técnicos sobre o seu trabalho,
porque irão valorizar a
oportunidade de ensinar alguém
sobre sua área de especialização.

Frases-chave a serem usadas


durante a escuta ativa:

1. Você parece sentir…


2. Parece-me que...
3. O que estou ouvindo é…
4. Então, você está…
5. Então… (repita as últimas
palavras que acabaram de dizer)
6. E isso porque...

Você pode facilmente imaginar


como cada um desses incentivos
pode levar alguém a refletir sobre o
que disse e esclarecê-lo ainda
mais. Será necessária a prática para
executá-la de forma eficaz, mas a
escuta ativa é uma técnica de
comunicação incrivelmente
poderosa, uma vez dominada.
Ainda sobre o tema da escuta
eficaz, quero transmitir meu
conselho mais poderoso para fazer
as pessoas se sentirem ouvidas.
Depois que alguém falar, acene com
a cabeça pensativamente e faça uma
pausa por 2 segundos completos
antes de falar ou reagir. Não
comece simplesmente a falar, e não
ignore os pontos que a pessoa
colocou. Uma pausa intencional vai
dar a impressão de que você
realmente ouviu o que foi dito, e
está levando mais um tempo para
absorver a informação e analisá-la.
Torna-se claro que você não está
simplesmente esperando a sua vez
de falar, o que é um sentimento
extremamente frustrante de se lidar.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Oh meu Deus, ela
perscrutou minha alma e me levou
às respostas que eu estava
procurando! Ela leu meus
pensamentos!
Princípio 12: Colocação
Levemente Inapropriada.

Eu tenho um amigo gay chamado


Ben, e Ben tem o dom de ser capaz
de dizer absolutamente tudo o que
quiser a qualquer um. O fato de ele
ser gay é irrelevante, mas
certamente ajuda a visualização.
Ele não chega a ter o dom da
palavra, mas pode fazer a
afirmação ou pergunta mais
inadequada e lasciva, e ainda assim
as pessoas absorvem e colaboram.

Ele poderia exclamar algo como


“Belos peitos hoje, cadela!” A um
amigo do sexo masculino ou
feminino, e a reação é sempre
positiva e bem-humorada.

Não estou dizendo para você


comentar sobre as características
sexuais de seus amigos. Mas há
algo a ser dito sobre a falta de
decoro de Ben e como isso
realmente torna as pessoas mais
abertas e as deixa à vontade.

A razão da hesitação e
constrangimento de um bate-papo é
que as pessoas têm medo de dizer a
coisa errada e afastar seu parceiro
de conversa. É sempre um jogo de
disfarces porque você
simplesmente não sabe como é o
seu parceiro de conversa. Isto, por
sua vez, provoca ansiedade,
nervosismo e o faz atrapalhar-se
com as palavras. Lançar algo
levemente inapropriado em sua
conversa quebra o gelo
imediatamente, e ambas as partes
podem dar um suspiro de alívio e
relaxar. É como você poder se
sentir aliviado e relaxar quando seu
professor substituto solta um
palavrão casualmente - você
simplesmente sabe que ele vai ser
uma pessoa descontraída e aberta.
As pessoas são tipicamente muito
menos tensas e maduras do que nós
acreditamos que sejam, e sempre
falam algo inapropriado com seus
amigos. Então, ao fazer isso, abre-
se um canal de conforto que elas
muitas vezes reservam apenas aos
amigos.

Humor com conotação sexual e


piadinhas de banheiro muitas vezes
funcionam bem, assim como doses
de humor negro e sarcasmo. Eis
alguns exemplos para ilustrar a
forma de fazer comentários um
pouco inapropriados. É importante
observar que estes devem ser ditos,
acompanhados de uma linguagem
corporal adequada e sorrisos, ou
então você acaba dando a
impressão de ser um John Wayne
Gacy[4].

1. Insinuações sexuais. “Não posso


acreditar que deixei aquele lá
entrar”. “Ah, aposto que você
pode, safadinha”.
2. Analogias e linguagem pitoresca.
“Aquele cara é solteiro?” “Não
sei, mas ele é como a mão do Jim
- sempre pronto para mais uma”.
3. Descrevendo as coisas de uma
maneira engraçada, mas grosseira.
“Sheila não está aqui, acho que
ela está sendo destruída por
aquele cara que ela conheceu no
clube”.
4. A pergunta invasiva. “Como está
o tempo lá fora?” “Eu não saí
ainda agora à tarde, mas como
estava o clima em suas calças no
seu encontro de ontem à noite?”

A pergunta invasiva é, de longe, a


técnica mais usada, porque aborda
um tema específico que renderá
frutos. Fazer comentários um tanto
inadequados também é ótimo para
uma conversa porque vai além em
termos de assuntos que estão sendo
discutidos, e que podem levar a
alguns debates intensos ou
discussões pessoais. Utilizados da
maneira correta, você não será
tachado de imaturo ou de ter uma
mente limitada, será considerado
simplesmente uma pessoa aberta e
ligeiramente ultrajante.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Nossa, eu não acredito
que ela acabou de dizer isso. Isso
foi hilário.
Princípio 13: Retome
Comentários Anteriores
Durante Pausas na
Conversa.

Se você chegou a este ponto do


livro, aprendeu como conduzir
habilmente uma conversa em
qualquer direção que queira,
enquanto cativa seu interlocutor.
Você sabe como criar uma
comunicação harmônica, transpirar
carisma, e criar conexões
instantâneas. O problema é que uma
conversa funciona melhor com dois
falantes qualificados, e a maioria
das pessoas não será tão versada
como você. Portanto,
independentemente de todas as
técnicas que você aprendeu para
fazer as pessoas se abrirem e
fasciná-las, você inevitavelmente
terá que lidar com pausas na
conversação e o silêncio
constrangedor ocasional. C’est la
vie.

Há uma variedade de métodos para


lidar com isso e redirecionar a
atenção de volta à conversa que
estavam tendo de uma forma
natural; daí o título deste Princípio.
O objetivo é preencher o silêncio, e
manter o nível de energia e o fluxo
da conversa. Idealmente, esses
quebra-gelos irão levar seu
parceiro de conversa a interromper
o silêncio.

1. “Estou pensando sobre o que você


estava dizendo antes…”
2. Comece a rir, e então diga “Eu
estava rindo justamente do que
você disse antes…”
3. “Onde mesmo você disse que
nasceu?”
4. “Meus Deus, olhe aquele abajur!”
5. “É muito estranho, mas a noite
passada eu estava no Netflix e
passei tanto tempo procurando
algo para assistir que eu acabei
sintonizando no Arrested
Development[5] pela
quinquagésima vez”.
6. “Um momento, tem algo no meu
olho…”

O que acontece em cada um destes


exemplos?

1. Eu permaneci na conversa e me
referi a algo que me foi dito antes.
Isso coloca o ônus sobre a outra
pessoa, para elaborar mais sobre
o tema anterior.
2. Eu permaneci na conversa e me
referi a algo engraçado que o meu
parceiro de conversa disse. Isto
fará seu interlocutor voltar à
história novamente.
3. Eu essencialmente o fiz se repetir
e revisitar um assunto com mais
detalhes.
4. Saí da conversa e trouxe um
assunto externo para falarmos a
respeito. Fácil de fazer, mas pode
quebrar o fluxo que você criou
anteriormente.
5. Mencionei algo fora do assunto
que pensei ser engraçado e estar
relacionado. Eu recomendaria ter
um tema preparado, com uma
ênfase na parte que pode estar
ligada ao assunto. Basta perguntar
a si mesmo com o que você
normalmente luta no seu dia a dia.
6. Sua frase à prova de falhas! Se
você realmente não consegue
pensar em algo para falar.
O que o seu parceiro de conversa
vai pensar: Não houve nenhuma
pausa na conversa ou silêncios
constrangedores! Conversar com
ela foi muito fácil e sem esforço.
Princípio 14: Você é uma
Parabólica para Eventos
Atuais.

Ao escrever este livro, os Jogos


Olímpicos de Inverno de Sochi
2014 estavam sendo realizados. Eu
não suporto patinação artística -
meus pais me obrigaram a assisti-la
em lugar das séries dos anos 90 que
eu preferiria ter visto, e não me
recuperei desde então.
Mas você sabe? Obriguei-me a
pesquisar os melhores
competidores de cada país com
ênfase especial sobre os
patinadores no gelo norte-
americanos. Acompanhei os
resultados de cada rodada das
eliminatórias, li os comentários
sobre as melhores performances, e
formei uma opinião sobre quem eu
achava que realmente deveria ter
vencido.

A questão a que me refiro é que,


independentemente de suas
preferências pessoais, mantenha-se
informado sobre quaisquer grandes
eventos da atualidade, que
certamente estarão entre os assuntos
de uma conversa. Formule uma
opinião e seja capaz de defendê-la,
ao menos superficialmente.
Conforme comentei anteriormente,
com seus temas-chave, quanto mais
você souber sobre um assunto,
melhor preparado estará para
qualquer conversa - e esse é o
nosso objetivo real, falar com as
pessoas e se conectar com elas, não
desfrutar da patinação artística.
Esta é uma área em que você pode
realmente se preparar de antemão,
ao contrário de ter que pensar
rapidamente, como muitas das
técnicas neste livro exigem.

Tornar-se uma parabólica para


eventos atuais é um processo mais
fácil do que você pode imaginar, e
não precisa envolver grandes
pesquisas. Minha preparação sobre
a patinação artística acabou sendo
um exagero do meu método usual de
assimilar rapidamente um tema
sobre o qual não domino.

Método de Patrick para se tornar


uma parabólica para eventos atuais:

1. Corra os olhos pelas manchetes


da primeira página de três grandes
jornais (ou seus websites). Isto é
para ter uma noção do que é
realmente importante, e certifique-
se de que não deixou escapar
nada. Concentre-se em política,
eventos nacionais, notícias sociais
e de mídia, música e esportes.
2. Tome nota das 5 maiores notícias.
3. Pergunte ao seu grupo de amigos
para ver quem está informado
sobre os assuntos. Todos nós
temos pelo menos um amigo
assim, e nós provavelmente
ignoramos a maioria de suas
críticas severas. Mas aqui elas
vêm a calhar. Peça-lhes um rápido
resumo dos assuntos e pergunte
sua opinião.
4. Agora que você está informado o
suficiente para qualquer conversa
sobre o tema, pesquise um fato
desconhecido sobre isso. Você
quer que alguém diga: “Uau,
verdade? Eu não fazia ideia!”, e
acrescente algo novo a um assunto
sobre o qual a maioria das
pessoas já sabe alguma coisa. O
fato desconhecido faz você
parecer totalmente informado e
dominando o assunto.
5. Pense no público com o qual irá
se deparar. Se for a uma festa
cheia de músicos, atualize-se
sobre os hits atuais, ouça as
músicas, e pesquise as origens de
um DJ popular. Prepare-se para o
seu público.
Siga os cinco passos acima e você
nunca ficará sem palavras
novamente.

Como se pode constatar, descobri


que há mais graça e poder atlético
na patinação artística do que
pensei, portanto, ser uma
parabólica para eventos atuais
também pode ampliar seus
horizontes.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Caramba, esse cara me
impressionou com o quanto ele
sabia sobre o Obamacare[6],
especialmente o fato de que ele
realmente reduz os custos para as
empresas de médio porte!
Princípio 15: Carisma é uma
Escolha.

O que é exatamente carisma?

Eu tive a oportunidade de conhecer


Bill Clinton, quando ele estava
viajando e promovendo sua
autobiografia. Não durou mais de
um minuto, mas me deixou uma
forte impressão. Se a palavra
carisma tivesse uma foto ao lado,
certamente seria a dele. A maioria
das definições de carisma é apenas
sobre presença e magnetismo, que
não são imprecisas, mas também
não ajudam a visualizar como
desenvolvê-lo. Então, o que é
carisma? Eu posso defini-lo pela
forma como Bill Clinton me fez
sentir. Faça a piada grosseira e
óbvia sobre Monica Lewinsky.

Ele me fez sentir como se ele se


importasse com cada palavra que
eu tinha a dizer.

E ele provavelmente não se


importava, mas isso não vem ao
caso. Ele me fez sentir que estava
interessado no que eu tinha a dizer
por (1) sua linguagem corporal, (2)
contato visual, e (3) perguntas
sagazes de follow-up. Ele foi
amigável, receptivo, e seu aperto
de mão beirava a intimidade. Ele
fez contato visual comigo sorrindo
a cada momento em que não estava
assinando seu livro. Ele não correu
os olhos pelo ambiente para ver
quem era o próximo, ou verificou o
relógio para ver as horas.
Perguntou-me de onde eu era, como
cheguei lá, e sobre a minha família.
Ele fez parecer que queria conhecer
meu irmão. Estava totalmente
envolvido comigo e somente
comigo. Ele foi era verdadeiro,
equilibrado e mostrou compaixão.

Ele me fez sentir sortudo de estar


conversando com ele.

Isso soa como algo sobre o qual


você talvez não tenha controle, mas
isso é um mito. Você pode não ser
capaz de imitar a fisionomia
intimidadora do ex-presidente dos
Estados Unidos da América, mas
certamente pode criar sua própria
presença e percepção da influência,
de forma que as pessoas irão vê-lo
sob uma ótica positiva e
(relativamente) poderosa.
Este é um conceito conhecido como
prova social, onde as pessoas
observam como os outros reagem a
você, e adequam suas expectativas
e percepções de acordo. Por
exemplo, se Cameron Diaz e Tom
Cruise saíram do tapete vermelho
especificamente para dizer oi para
você, então todos que presenciaram
irão aumentar suas expectativas e
sua percepção a seu respeito, com
base em como Tom e Cameron o
trataram. Prova social é
precisamente a razão pela qual citar
nomes se torna importante.
A prova social é facilmente
reproduzida em nossa vida diária,
observando como as pessoas
reagem às outras, o quanto anseiam
por falar com elas, como falam
sobre elas, e quantas pessoas falam
sobre elas – quanto mais/melhor,
maior será a prova social e o status
relativo que você poderá alcançar,
e mais as pessoas vão se sentir com
sorte quando conversarem com
você.

Ele me fez sentir bem comigo


mesmo.

A esta altura em sua carreira, tenho


certeza de que Bill Clinton é
autoconsciente o suficiente para
perceber o impacto que tem sobre
as pessoas. Ele já passou por
muitas situações difíceis, para
compreender intimamente a
empatia, e usá-la em seu benefício.
Por isso, quando falei com ele, ele
estava eminentemente consciente de
que eu estava nervoso e
impressionado, e me deixou à
vontade imediatamente. Brincou
comigo e fez uma piada
autodepreciativa sobre suas raízes
humildes do Arkansas. Foi
extremamente caloroso e reagiu de
forma muito positiva a tudo o que
mencionei a ele. Além da seriedade
da pessoa a quem eu estava me
dirigindo, eu saí daquele breve
diálogo com o humor elevado, e
com uma impressão maravilhosa de
Slick Willie[7].

Então, o que podemos aprender


com Bill Clinton? Não havia
segredos para o seu carisma
incrível, apenas execução precisa e
consciência. Cada um de nós pode
fazer o que ele fez, é simplesmente
uma questão de reconhecer e
escolher fazê-lo.

Tudo que alguém realmente extrai


de uma conversa é uma combinação
de três coisas: entretenimento,
informação e lazer. O carisma
engloba facilmente todos os 3, e é
um grande passo no sentido de
dominar qualquer ambiente.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Aquela mulher era
fascinante. Eu estava hipnotizado
por tudo o que ela disse, e ela
parecia realmente interessada em
mim também!
Princípio 16: Deixe os
Assuntos Polêmicos para a
Internet.

Sou conhecido como um grande


defletor nas conversas. Se alguém
quiser falar sobre o Afeganistão,
Obamacare, ou qualquer uma das
inúmeras atrocidades da África, eu
vou educadamente reconhecer o
tema, e em seguida, mudar quase
imediatamente para um assunto que
seja mais leve e menos
controverso. Há muitas razões
pelas quais faço isto, mas a
principal é simplesmente porque as
probabilidades são de que o tema
tende a ser forçado e
desinteressante para a maioria das
pessoas em uma conversa,
polarizando opiniões, tornando-se
um terreno arenoso para opiniões
desinformadas.

“Ei, acabei de ler que o


Obamacare é prejudicial às
pequenas empresas, você acredita
nisso?”
“Você sabia que essa carne que
você está comendo vem de um
animal morto de forma antiética?”

“Eu sou tão contrário a esta guerra,


não acho nem um pouco
engraçado”.

Que tipo de conversa você pode


realmente ter sobre esses temas...
ou qualquer outro assunto
polêmico, como religião, política,
doença, morte, sexo (às vezes) e
finanças? Especialmente quando se
é geralmente apresentado de uma
maneira tão direcionada?
Este Princípio é dedicado a
aprender a evitar temas polêmicos
e desfazer as situações que podem
surgir a partir deles. Deixe essas
discussões e argumentações para a
Internet, onde não é possível causar
nenhum mal, e onde você pode
bater nas pessoas com todos os
artigos tendenciosos que você
puder encontrar.

É importante perceber a razão por


que grande parte dos assuntos
polêmicos é abordada em uma
conversa. Pela minha experiência,
há duas razões primordiais para
alguém introduzir o caos de um
tema polêmico.

Primeiro, a pessoa supôs que ter


conhecimento de um assunto
polêmico (e também um tema que
vê como sério e maduro) vai fazê-
la parecer informada e experiente.
Quando alguém age com base nessa
suposição, a reação que está
procurando não é, na verdade, ter
um discurso aberto. Está
simplesmente buscando uma
validação, e quer a confirmação de
sua maestria sobre o conhecimento
global.

A segunda razão pela qual a


maioria das pessoas aborda temas
polêmicos é que quer forçar seu
próprio ponto de vista. Claro, isso
geralmente não deixa espaço para
um discurso significativo, e este é
muitas vezes inflamado e ofensivo.
Elas só querem que sua opinião
seja ouvida, querem convencer as
pessoas e que elas concordem
consigo.

Como você pode ver, temas


polêmicos não são introduzidos
para prolongar a conversa.
Conexões profundas raramente são
feitas sobre temas polêmicos, e
ainda mais raramente você vai
mudar a opinião de alguém em um
coquetel. Como resultado, eles
podem ser a morte de muitas
conversas, e até mesmo de uma
amizade.

O que isso significa para você, o


carismático expert em bate-papo,
que deseja que as conversas fluam
da forma mais suave possível? A
melhor maneira de evitar e
dispersar temas polêmicos é apelar
para as suas vaidades ocultas.

Agora que sabemos a provável


motivação do introdutor do tema
polêmico, reconheça e comente-o
rapidamente, e siga em frente! Isto
talvez consista em massagear o ego
desta pessoa, concordar com ela,
ou apenas lançar-lhe um olhar
surpreso, acompanhado por um
“Uau, verdade?”. Eis algumas
maneiras de fazê-lo.

“Ei, acabei de ler que o


Obamacare é prejudicial às
pequenas empresas, você acredita
nisso?”
“Uau, verdade? Isso é muito
perspicaz, porque todo mundo diz
o contrário! Você é tão bem-
informado. Espere, deixe-me
dizer-lhe sobre o que eu acabei de
ler...”

“Você sabia que essa carne que


você está comendo vem de um
animal morto de forma antiética?”
“Nossa, você sabe tanto sobre
tantas coisas diferentes.
Praticamente um Sr. Jeopardy.
Ah, o que você fez neste fim de
semana?”

“Eu sou tão contrário a esta guerra,


não acho nem um pouco
engraçado”.
“Sim, eu sei o que você quer
dizer. É louco! Espere... você não
escalou o Monte Verge na semana
passada?”

Viu como as respostas são


reconhecidas, é feito um apelo à
vaidade, e em seguida um novo
tema é introduzido quase como um
pensamento ao acaso?
Ocasionalmente você vai encontrar
alguém que se recusa a seguir a
dica e continuará voltando ao
assunto polêmico - nestes casos,
sinta-se à vontade para dizer que
você não sabe muito sobre o
assunto e retome seu assunto.

A única vez que eu recomendaria


manter um assunto polêmico por
mais tempo do que você levaria
para rejeitá-lo, é se você tiver uma
história verdadeiramente ótima,
positiva e de preferência hilária
sobre ele.

Certamente você não deseja


permanecer em uma conversa onde
ninguém está sorrindo, e onde as
pessoas só estão esperando sua vez
de falar.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: (nada ou uma satisfação
presunçosa, ele provavelmente
estará alheio).
Princípio 17: Apresentações
Divertidas Eliminam
Estranhezas.

Para aqueles de nós que andam de


transporte público regularmente,
você sabe que isso muitas vezes
pode ser um motivo de diversão. A
mulher perguntando às pessoas
onde seu hamster de estimação está
já entretém o suficiente, juntamente
com o homem que dança à la
Michael Jackson como se ninguém
estivesse olhando.

Ora, existe algo que você pode não


ter percebido sobre o Michael
Jackson mexicano ali: é
surpreendentemente fácil iniciar
uma conversa sobre ele com
qualquer um que o esteja vendo.
Mesmo que seja apenas uma
risadinha compartilhada, um olhar
de relance, ou uma gargalhada
reprimida, Miguel Jackson tem um
enorme potencial para ser um
assunto top, porque ele faz com que
as pessoas reajam, e as pessoas
naturalmente querem reagir de
forma sociável. Claro, ele também
pode ser apenas uma desculpa
divertida para se começar a
conversar.

Vejamos outro exemplo, imagine


que você tem um chefe tirânico que
pertence à história em quadrinhos
Dilbert. Assim que ele termina um
discurso particularmente inflamado,
a reação natural será a de olhar
para seus colegas de trabalho com
espanto e apenas rir, mesmo que
você tenha acabado de conhecê-los.
Ter algo chamativo ao seu redor faz
as pessoas quererem confirmar com
as outras que isso está realmente
acontecendo, confirmar que seus
sentimentos são apropriados, o que
é uma reação puramente social. É
um momento de ligação.

O que me traz a este Princípio.


Quando você apresenta os outros,
deve criar um fator divertido que
aproxima as pessoas. Você deve
tornar-se o Miguel Jackson, na
ausência de outras situações
chamativas. Quando o foco da
conversa está em qualquer coisa
que não seja a outra pessoa, mesmo
que momentaneamente, a pressão de
ter que conversar constantemente
diminui drasticamente e isso se
torna muito mais confortável e
natural.

Então, como você canaliza o


Miguel?

1. “Candy, você conheceu o Ben?


Ele vai trabalhar de bicicleta
vestindo uma bermudinha de lycra
todos os dias”.
Eu os apresentei com um fato
engraçado sobre uma das partes, o
que vai levá-lo a se defender e se
justificar, e contar uma história
sobre isso, enquanto ela zomba
dele.
2. “Josh, este é o John. Da última
vez que saí com o John, acabamos
juntos na mesma cama”.
Eu mencionei um acontecimento
engraçado partilhado por ambos.
Ele vai falar da história sobre
acabarmos juntos, e o outro vai se
acabar de rir.
3. “Angie, este é o Kenneth. Você
dois infelizmente viram quantos
pelos eu tenho pelo corpo”.

Eu me fiz alvo da piada para que


riam de mim. Eles provavelmente
vão se juntar e compartilhar
histórias sobre o quanto meus pelos
e meu cabelo são ruins, e a última
vez que ambos viram.

4. “Carol, este é o Carlos. Carol,


você se lembra de quando rasgou
a camisa daquele cara no bar?”
Eu contei uma história engraçada
sobre uma das partes, o que a
levará a justificar-se inflexível e
orgulhosamente enquanto ele cai na
risada.

5. “Steph, este é o André. Tenho


certeza de que vocês dois têm os
estômagos mais delicados do
mundo”.

Eu foquei em um ponto em comum


engraçado que os dois
compartilham, o que fará com que
eles comparem experiências sobre
o assunto, não importa quão
nojentas tenham sido.

6. “Nick, esta é Audrey. Sim... A


Audrey”. (E então você se vira e
sai imediatamente)

Criei uma situação constrangedora


que vai fazer Nick contornar o que
eu quis dizer com “A Audrey”, e
Audrey irá pensar nas coisas
ousadas que fez. Minha saída
apenas torna a situação mais
constrangedora e engraçada.
O objetivo é fazê-los rir para
desarmá-los. 99% do tempo em que
você usa qualquer uma das técnicas
de apresentação deste livro, haverá
uma história relacionada que irá
alavancar a conversa. Se eu
pudesse resumir este capítulo em
uma frase, seria esta: tirar o foco de
estarem se conhecendo.

Um pouco melhor que trocar


informações sobre trabalho,
cidades natais e faculdades, não é?
O que o seu parceiro de conversa
vai pensar: Oh meu Deus, que
maneira divertida e embaraçosa de
ser apresentado a alguém! Pelo
menos não existem silêncios
constrangedores!
Princípio 18: Não Aja como
Presa ou Caçador de
Conversa.

Há poucos sentimentos mais


dolorosos do que ser aprisionado
como um cervo por alguém que está
à procura de parceiros de conversa.
Você mal acaba de conhecer
alguém, e já está correndo os olhos
pela sala em busca de ajuda, e
ainda assim a pessoa está
tagarelando sobre que tipo de urso
é o melhor.

E, no entanto, este será um


sentimento ainda mais doloroso se
você de repente perceber que você
é aquela pessoa descrita - o próprio
caçador de conversas!

Este Princípio se concentra em


como evitar (1) ser a presa da
conversa e (2) ser o caçador de
conversa.

Evitar ser uma presa de conversa e


preservar a sua liberdade de
circular livremente entre todos os
tipos de conversas é mais fácil do
que você imagina. Em nosso íntimo,
todos nós instintivamente sabemos
que pode ser um insulto interromper
abruptamente ou encerrar uma
conversa. Porém, encerrar a
conversa, como a maioria das
situações difíceis ou
desconfortáveis que temos de
enfrentar na vida, é uma questão de
expressão – como desembaraçar-se
verbalmente da conversa de uma
forma que você se sinta
confortável, ao mesmo tempo em
que se faz entender.

Aqui estão as principais deixas,


que demonstram tato e graça e
devolvem a alguém sua liberdade
numa conversa:

1. “Puxa, eu tenho que conversar


com a Jéssica, falo com você mais
tarde!" (Aja como se você
precisasse urgentemente ver
Jéssica)
2. “Hum, preciso ir ao banheiro.
Falo com você depois!”
3. “Estou morrendo de fome, vou
tentar arranjar alguns petiscos.
Aviso você se eu conseguir!”
4. “Preciso de outra bebida! Volto
depois”.
5. “Oh não, que horas são? Preciso
sair para fazer uma ligação
rápida, desculpe-me!”

Faça qualquer um desses


comentários ao menor indício de
um silêncio na conversa, e você
estará livre! Certifique-se de
demonstrar urgência.

Quanto a evitar ser o caçador de


conversa, este é um assunto mais
complicado, e vai exigir que você
desenvolva e ajuste suas
habilidades de observação. Entre
as coisas sobre as quais você terá
que aprender a desenvolver a
consciência, estão:
1. Eles estão fazendo contato visual
com você ou correndo os olhos
pela sala atrás de você?
2. Estão brincando e fazendo
perguntas, ou suas respostas são
curtas e sem entusiasmo?
3. Eles estão muito inquietos?
4. Sua linguagem corporal os afastou
de você ou demonstrou equilíbrio
de movimentos?
5. Eles estão olhando o celular
enquanto falam com você?
6. Você está falando mais de 80% do
tempo?
7. Você costuma ouvir variações das
deixas acima?
O contexto é importante, mas se
você respondeu sim a qualquer uma
destas perguntas, você pode ser um
caçador de conversa. Cabe a você
agora perceber quando o seu
parceiro de conversa não está tão
envolvido quanto você, e saia
graciosamente, ou tente encontrar
um assunto superficial ou profundo
em comum, como já discutimos
anteriormente.
Se você optar pela saída, pode usar
as mesmas deixas que uma presa na
conversa usaria.

Eu geralmente recomendo apenas


sair graciosamente, porque este é o
primeiro passo para melhorar a
reputação que você sem dúvida já
tem. Nem toda interação tem que
acabar em uma conexão, e não há
problema nisso.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: (nada, ele
provavelmente estará distraído e
procurando a sua próxima presa).
Princípio 19: Pratique a
Inteligência Emocional.

A inteligência emocional é a
capacidade de identificar com
precisão e gerir seu estado
emocional e intenções, bem como o
estado emocional e as intenções das
pessoas ao seu redor, a fim de
alcançar melhores relacionamentos
e maior sucesso. Vamos desfazer
essa definição densa.
O que significa identificar com
precisão e gerir seu estado
emocional e intenções? Quando
sentimos e demonstramos nossas
emoções, primeiramente as
expressamos internamente para nós
mesmos, depois as externamos com
quem quer que estejamos
conversando. No entanto, a
percepção interna de nossas
emoções nem sempre corresponde à
realidade externa do que foi
realmente expressado e projetado.

Sua intenção emocional, o fato de


saber por que você está se sentindo
de tal maneira, também está sujeita
a ter uma identificação e uma
atribuição incorretas. A empatia
desempenha um grande papel aqui,
porque se você estiver
familiarizado com uma emoção,
poderá identificá-la melhor e lidar
com as consequências.

Poderia ser algo tão simples como


Johnson ter discutido com sua
esposa e brigar com sua secretária
por ela ter se esquecido de
grampear algo. Qual é o verdadeiro
motivo de sua raiva, e como a
secretária poderia saber?

Nós queremos acreditar que somos


relativamente íntegros e honestos,
mas instintivamente sabemos que há
muitos exemplos em nossas vidas
diárias que dizem o contrário. Na
maioria das vezes não somos 100%
transparentes com relação às nossas
emoções conosco e com os outros.
Se você consegue enxergar como
nós mesmos nos confundimos com
as emoções que sentimos, imagine o
quanto é realmente difícil
identificar os estados emocionais e
intenções de outras pessoas. Fazer
essa ponte torna-se quase uma
tarefa impossível quando analisada
nesse contexto!
E é uma tarefa difícil: amigos que
se conhecem desde a escola
primária e confiam um no outro,
constantemente podem não ser
capazes de identificar e gerir o
estado emocional e as intenções um
do outro. No entanto, a inteligência
emocional tem a ver com empatia,
ler nas entrelinhas, comunicação e
introspecção.

Alta inteligência emocional é


caracterizada pelo seguinte:

1. Compreender suas próprias forças


e fraquezas sob uma perspectiva
objetiva.
2. Compreender a razão exata pela
qual você está chateado quando
isso acontece.
3. Você é um bom ouvinte, e tende a
conhecer as motivações das
pessoas por meio de suas ações
ou palavras (observando como
estão enfatizando certas palavras,
usando diferentes inflexões de
voz, e fazendo as perguntas
certas).
4. Você é bom em interpretar as
expressões faciais das pessoas
(um piscar de olhos, a tensão em
torno da testa e boca, o contato
visual disperso) e a linguagem
corporal (postura, segurar os
braços ou pernas, ficar mudando
de posição, gestos) para captar
mensagens não verbais.
5. Você compreende e pode se dar
bem com quase qualquer um por
causa de sua empatia.
6. Você também tende a ajudar os
outros por causa de sua empatia, e
até certo ponto, sua simpatia.
7. Você é emocionalmente
equilibrado e não está propenso a
fortes emoções negativas, porque
compreende as causas e todas as
perspectivas envolvidas.
8. Você é um bom juiz de caráter e
muitas vezes tem um
“pressentimento” sobre as
pessoas.

Se puder realizar a maior parte dos


itens acima, você estará anos-luz à
frente daquele amigo de infância e
no caminho certo para cultivar sua
inteligência emocional e
interpessoal. Os benefícios que
você talvez note são de valor
inestimável e podem representar
literalmente uma mudança de vida.

Você terá relacionamentos mais


profundos, mais estreitos com seus
amigos e outras pessoas
significativas.
Você irá crescer mais rapidamente
no trabalho porque sua inteligência
emocional fará de você um líder e
um companheiro de equipe mais
eficaz do que alguém mais
qualificado.

Você vai lidar com o conflito e


discutir de forma mais produtiva,
mais saudável, porque será capaz
de identificar as causas, escolher
suas palavras cuidadosamente, e
reconhecer todas as perspectivas.

Você vai viver uma vida menos


estressante e mais feliz porque
compreenderá a razão pela qual
sente suas emoções negativas, e
saberá o que pode fazer para
corrigi-las.

Você vai começar a ser descrito


como charmoso, ótimo com as
pessoas, compreensível, e fácil de
se relacionar.

O primeiro passo para a


inteligência emocional é fazer uma
autoanálise profunda.

O que o seu parceiro de conversa


vai pensar: Foi como se ela lesse
minha mente! Ela percebeu coisas
que eu ainda nem disse aos meus
amigos mais próximos.
Princípio 20: A Química da
Conversação é a Rainha, o
Assunto é o Rei.

Há um velho ditado que diz: “O Rei


é o chefe de um país, mas a Rainha
é o pescoço e pode virar a cabeça
em qualquer direção que escolher”.
O que isso tem a ver com bate-
papo, carisma, e criar conexões
instantâneas?
Em todos os Princípios
relacionados à escolha e busca de
temas de conversa que fluam
naturalmente, gerem envolvimento
profundo, e façam as pessoas se
exporem, o assunto da conversa em
si é, em última análise, secundário.

As funções do tema são como o Rei


- uma figura que parece ter
importância e direciona a conversa.
Mas se você puder criar uma
química de conversação com o seu
interlocutor, então o assunto da
conversa praticamente não importa.
A química é certamente a Rainha da
conversa. No fim das contas, você
pode estar falando bobagens, como
provavelmente faz com frequência
com os seus amigos, e não fará
diferença. O ponto importante é que
vocês se entendem e estão
confortáveis um com o outro.
Ninguém consegue falar sobre
temas interessantes 100% do
tempo, de modo que a química da
conversação é o que sustenta uma
conexão.

Neste ponto do livro, você deve


estar familiarizado e confortável
com o fato de que o que importa em
uma conversa é a conexão que você
está criando, e como você acaba se
sentindo sobre a outra pessoa - a
química da conversação. Esse é o
objetivo principal, cuja grande
maioria dos meus Princípios se
esforça para transmitir. A conversa
é um dar e receber, uma dança, e
são necessárias duas pessoas para
realmente sentir-se a verdadeira
química da conversação.

Contato visual, como você sem


dúvida ouviu falar, é extremamente
importante para o estabelecimento
de uma química na conversação.
Da próxima vez que você sair,
coloque óculos escuros e tente fazer
contato visual com estranhos.
Agora que você pode olhar
impunemente, verá quantas pessoas
evitam completamente o contato
visual, e quantos simplesmente
desviam o olhar nervosos, depois
de um relance, embora não possam
ver seus olhos. É um sentimento
poderoso, e essa confiança e
conexão transparecem bem em uma
conversa. O contato visual, assim
como a linguagem corporal, podem
marcar pontos muito sucintamente,
se executados corretamente. A falta
de contato visual não indica
necessariamente ansiedade, também
pode demonstrar o tédio que pode
ser grande.
A linguagem corporal tem um papel
crucial, mas vamos nos concentrar
em minha maior dica sem lançar
mão de um enorme Princípio sobre
os indicadores e os
comportamentos típicos da
linguagem corporal. Que filme ou
programa de televisão você assistiu
recentemente que contém o que
você descreveria como uma figura
masculina ou feminina confiante?
Eles são agora o seu modelo, e
cabe a você comparar-se, em frente
a um espelho, com a linguagem
corporal forte e acolhedora deles.
O que o seu parceiro de conversa
vai pensar: Amigo imediato! Ele foi
tão divertido e tinha alguns
pensamentos interessantes sobre
banalidades. Temos que sair
novamente.
Conclusão
Seria desonesto de minha parte
prometer que simplesmente lendo
este livro, você será um pequeno
mestre na arte de conversar,
irradiar carisma, e ser capaz de
formar conexões instantâneas. O
que posso realmente dizer é que
agora você possui todas as
ferramentas de que precisa para
realizar seus objetivos e alcançar
as alturas que deseja, mas estas são
habilidades, e habilidades
necessitam de prática e tempo.
Portanto, se você não for capaz de
se tornar imediatamente o destaque
de uma festa ou de cativar o seu
próximo parceiro de conversa,
relaxe e leia novamente alguns dos
Princípios. Quando as peças
começarem a se encaixar, minha
esperança sincera é de que você
seja capaz de colher os benefícios
de bater papo, como eu. Os
resultados podem representar
significativamente uma mudança de
vida, e você começará a ver como
o seu domínio do jogo pode
facilmente diferenciá-lo dos outros.
Boa sorte!
Atenciosamente,

Patrick King
Coach de Imagem e
Relacionamentos
www.PatrickKingConsulting.
P.S. Se você gostou deste livro,
por favor, não seja tímido e envie-
me um comentário, deixe uma
avaliação, ou ambos! Eu amo ler
feedbacks, e avaliações são a alma
dos livros Kindle, por isso são
sempre bem-vindas e muito
apreciadas.
Outros livros de Patrick King:

( “ainda não traduzidos para o


Português”.)

Did She Reply Yet? The


Gentleman’s Guide to Owning
Online Dating (OkCupid & Match
Edition)
http://www.amazon.com/gp/product/B

Charm Her Socks Off: Creating


Chemistry from Thin Air
http://www.amazon.com/dp/B00IEO6

Why Women Love Jerks: Realizing


the Best Version of Yourself to
Effortlessly Attract Women
http://www.amazon.com/dp/B00KLP
Folha de Dicas

Bate-Papo Princípio 1: Blinde Sua


Primeira Impressão Não Verbal.
Comece com um aperto de mão
impressionante, vista-se e arrume-
se para evitar julgamentos
precipitados, e cuide de sua
linguagem corporal.

Bate-Papo Princípio 2: Blinde Sua


Primeira Impressão Verbal.
Desenvolva sua “abordagem de
elevador” para os primeiros
assuntos que surgem em qualquer
conversa.

Bate-Papo Princípio 3: OQJF? O


Que Jay Faria?
Sintonize o interesse singular de
Jay Leno e foque em seus
convidados.

Bate-Papo Princípio 4: Sua Vida é


uma Série de (Mini) Histórias.
Preveja perguntas frequentes e
tenha mini-histórias prontas para
responder.

Bate-Papo Princípio 5: Detalhes


Minuciosos, Completos e
Específicos.
Divulgue detalhes específicos e
eventualmente pessoais com
frequência.

Bate-Papo Princípio 6: Quebre o


Gelo com Semelhanças Banais…
Use quebra-gelos sobre pontos em
comum superficiais, baseados no
sexo e realidades compartilhadas
mutuamente.
Bate-Papo Princípio 7: Mas
Semelhanças Significativas
Promovem Relacionamentos
Verdadeiros.
Procure descobrir semelhanças
profundas.

Bate-Papo Princípio 8: Conheça e


Jogue em Seu Território.
Utilize os modelos da boneca russa
e do átomo para expandir suas
áreas de conhecimento e zona de
conforto.

Bate-Papo Princípio 9: Reações


Valem por 1.000 Palavras.
Perceba a reação emocional que
está sendo procurada e demonstre-a
de forma verbal e não verbal.

Bate-Papo Princípio 10: Leituras


Frias Aceleram Qualquer
Conversa.
Apresente uma hipótese ousada que
flui logicamente de algo que foi
dito.

Bate-Papo Princípio 11: Ouvir de


Forma Eficaz é como Aplicar o
Soro da Verdade.
Parafraseie, reafirme palavras, faça
perguntas e dê uma pausa de 2
segundos antes de responder.
Bate-Papo Princípio 12: Colocação
Levemente Inapropriada.
Faça uma colocação inapropriada,
mas contextual, para fazer as
pessoas se abrirem.

Bate-Papo Princípio 13: Retome


Comentários Anteriores Durante
Pausas na Conversa.
Refira-se a afirmações anteriores
ou piadas durante pausas na
conversa.

Bate-Papo Princípio 14: Você é


uma Parabólica para Eventos
Atuais.
Mantenha-se atualizado sobre
política / esportes / eventos de
mídia atuais usando a opinião de
seus amigos.

Bate-Papo Princípio 15: Carisma é


uma Escolha.
Carisma = sua presença, interesse
genuíno e criação de bem-estar.

Bate-Papo Princípio 16: Deixe os


Assuntos Polêmicos para a Internet.
Apele para a vaidade dos
polemizadores, então mude de
assunto.

Bate-Papo Princípio 17:


Apresentações Divertidas
Eliminam Estranhezas.
Apresente as pessoas com uma
estória engraçada sobre a pessoa ou
você mesmo.

Bate-Papo Princípio 18: Não Aja


como Presa ou Caçador de
Conversa.
Certifique-se de que você não está
encurralando as pessoas, e com
muito tato saia da conversa quando
quiser.

Bate-Papo Princípio 19: Pratique a


Inteligência Emocional.
Saiba a diferença entre expressão
emocional interna e externa para si
e para os outros.

Bate-Papo Princípio 20: A Química


da Conversação é a Rainha, o
Assunto é o Rei.
Foque em criar uma química
durante a conversa ao invés de
encontrar um assunto importante.

[1] Site em inglês (Nota da Tradutora)


[2] Custo por Aquisição: é um sistema
para o pagamento de anúncios
oferecido pelo Google AdWords no
qual o anunciante é cobrado somente
quando uma conversão é efetuada em
seu site. Ao invés de pagar pelo preço
do clique (CPC) ou pelo valor de mil
exibições de anúncios (CPM), o
anunciante paga somente pelo resultado
obtido. (Fonte: Blog Internet
Innovation). (N.T.)
[3] Gordon Ramsay é um chef de
cozinha escocês, que comanda o
programa Hell’s Kitchen. (N.T.)
[4] John Wayne Gacy foi um assassino
em série americano, conhecido como
“Palhaço Assassino”. Fonte: Wikipédia.
(N.T.)
[5] Arrested Development (em
português, Caindo na Real) é uma
sitcom norte-americana sobre uma
família disfuncional, transmitida nos
EUA entre 2003 e 2006 e revivida com
15 episódios no Netflix em 2013.
Fonte: Wikipédia. (N.T.)
[6] Affordable Care Act, também
conhecido como ObamaCare, é a lei de
reforma do sistema de saúde norte-
americano. Fonte: site G1 Globo.com.
(N.T.)
[7] Apelido de Bill Clinton (N.T.)

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