Como Conversar Bem Um Guia Simples e Fácil para I

COMO CONVERSAR
BEM
Um Guia Simples e Fácil para Iniciar e Manter
Conversas
Prof. Danilo Mota
******ebook converter DEMO Watermarks*******

Para Kétnei, Mariana e Guilherme... tudo foi feito por vocês.
Obrigado pelo incentivo, pelas palavras de carinho e pela torcida.

Índice
Capítulo I: Como Conversar
Capítulo II: Como manter uma conversa
Considerações finais
Bônus: Dicas adicionais de Como Conversar Bem
Referências
Exercício prático

Nota:
Este livro foi produzido de forma independente. Por exemplo, o
texto foi escrito no MS Word. A capa e contracapa foram
diagramadas no software gratuito Canva. A imagem da capa
também foi obtida utilizando o banco de imagens gratuito do
Canva.com.

PREFÁCIO
Olá.
Que bom que você decidiu começar a ler este livro e aprender a como
conversar melhor. Seja bem-vindo.
Bem, a arte de conversar é um elemento de suma importância para a sua
performance profissional e para sua vida pessoal também como um todo,
não é verdade?
Nesse pequeno livro, eu quero te ajudar para que você dê o primeiro passo
rumo a uma comunicação mais assertiva e para isso, deixo a você a seguinte
pergunta:
- Qual a sua maior dificuldade em conversar com as pessoas?
Peço que você reflita nessa pergunta e se puder, anote-a em um caderno ou
no seu dispositivo eletrônico e volte a esse questionamento de forma
frequente. Durante a leitura e ao longo das suas interações, quando perceber
algo lhe falta em relação a conversar, anote para que você vá trabalhando
para vencer essa dificuldade.
Por fim, nós vamos falar nesse livro basicamente sobre dois assuntos. O
primeiro refere-se ao capítulo que fala da arte de Como conversar e o outro
vai tratar de Como manter uma conversa. Simples assim.
Já adianto, que a primeira coisa sobre conversar com alguém e conversar
bem, é pesquisar a pessoa e saber sobre informações dela antecipadamente.
De forma simples e direta, ao longo das páginas você vai perceber que
conversar com alguém pode ser fácil e prazeroso. Conversar é humano, faz
parte da nossa essência. Além disso, conversar libera hormônios de bem-
estar, fazendo com que nosso dia seja melhor!

Em suma, para conversar com as pessoas, seja interessado por elas.
Digamos que esse é o segredo por trás das pessoas que conversam bem.
Então, sem mais delongas, seja muito bem-vindo e tenha uma excelente
jornada.
Prof. Danilo Mota

CAPÍTULO I: COMO
CONVERSAR
◆ ◆ ◆
Saiba disso antes de tudo:

Toda vez que nós queremos nos conectar com uma pessoa, nosso
cérebro, lá no inconsciente faz a seguinte pergunta: “Essa pessoa é
amiga ou ela é inimiga?”
Então, vamos ao seguinte exemplo: Você entra numa loja e aí um vendedor
vem até você e fala assim:
- "Boa tarde. Posso ajudar?"
Daí provavelmente você responde:
- "Não, eu estou só olhando!"
Na situação acima e em muitas outras situações, nosso cérebro faz isso por
causa do nosso instinto de autopreservação. Na verdade, o cérebro fica
escaneando possíveis ameaças o tempo todo e o vendedor nesse caso, é
tratado com hostilidade pois é uma pessoa estranha.
Se uma pessoa entra no nosso espaço, ou se vejo uma pessoa vindo
correndo lá longe, ela vai ser tida como uma ameaça!
Conclusão: O cérebro fica buscando parâmetros para identificar se há uma
ameaça naquele ambiente.
Então, quando você não conhece uma pessoa e você quer abordá-la, você
tem que saber disso: Que seu interlocutor já tem uma resistência natural.

Essa resistência, Paul McLean definiu como a Teoria do Cérebro Trino.
Essa teoria defende que o cérebro se divide em três partes: A primeira é o
cérebro reptiliano. A segunda é o cérebro límbico e a terceira é que se
chama de neocórtex.
Para simplificar, o neocórtex é onde fica a inteligência. O cérebro límbico
representa as emoções e o cérebro reptiliano representa justamente essa
parte cerebral que faz com que nós criemos uma reação caso uma pessoa
tente se aproximar de nós. Se ela fizer isso sem ser autorizada, será tida
como uma ameaça.
Isso também acontece numa simples conversa, que é o objetivo deste livro.
Pense: em geral, que se um pessoa estranha quer conversar com você, muito
provavelmente você já criará uma resistência.
Então, em grande parte do tempo, precisamos trabalhar para que a sua
primeira impressão seja positiva. Precisamos trabalhar para que a
pessoa tenha menos resistência em conversar com você.
Importante: Não queira abordar uma pessoa sem saber nada sobre ela. Em
seguida, já começaremos a focar em parâmetros e em algumas coisas que
você pode fazer, para poder diminuir as resistências criando empatia e
similaridade e assim garantindo a aceitação. Sigamos em frente.

SAIBA O NOME DA
PESSOA
Se você quer puxar um assunto com alguém, um primeiro passo é saber o
nome da pessoa.
Anteriormente, eu falei sobre a questão de pesquisar algo sobre seu alvo de
conversa. Você não quer ser maluco de conversar com uma pessoa sem
saber nada sobre ela. Tente antecipadamente saber algo, principalmente o
nome.
O nome da pessoa é a coisa mais doce que ela pode escutar e se alguém
do outro lado da rua fala o seu nome, você tende a prestar atenção na
hora. Isso porque quando alguém fala o nome de uma pessoa, ativa
imediatamente a atenção dela. É como se eu pensasse inconscientemente
assim: “Isso é exclusivo pra mim. Preciso saber do que se trata.”
Isso foi sabiamente ensinado por Dale Carnegie, autor do livro Como Fazer
Amigos e Influenciar Pessoas. Esse livro foi lançado na década de 30 e até
hoje ele é um clássico quando se fala em relacionamentos.
Continuando, veja bem que quando você está num lugar e você pronuncia o
nome de alguém errado, essa pessoa rapidamente te corrige.
Assim, o nome é uma coisa a gente prima muito, é uma algo da na nossa
identidade, da nossa digital. E o nome de uma pessoa então é uma coisa que
ela sempre vai prestar atenção. Por exemplo, em palestras ou em aulas,
uma técnica de chamar atenção é sempre gravar o nome de alguns
indivíduos da plateia. Então você pode dizer no seu discurso: “Não é
Simone?”, “Joana e eu conversamos sobre esse projeto”, “O Marcos sabe
do que estou falando...”

Vendedores de rua por exemplo, quando chegam numa uma região, vão até
uma praça onde tenha algum tipo de comércio e sondam informações dos
moradores daquele local. Por exemplo, eles perguntam:
- “Sr. Sebastião, aqui na região tem uma pessoa que mora naquela Casa
Verde ali... o nome dela é Marcela...?”
- “Não, o nome dela é Simone...” – responde o Sr. Sebastião, dono do
estabelecimento.
Veja que agora o vendedor já tem um primeiro nome para poder ir até
aquela casa e bater palma. Se ao bater palma ele fala o nome, a Simone no
caso vai ter muito mais propensão em vir atender. A abordagem tem muito
mais chance de ser bem-sucedida.
Numa outra situação, dizer o nome da pessoa verbalmente ou numa
mensagem de Whatsapp por exemplo, pode me ajudar a receber uma
resposta. Digamos eu estou no Telegram ou Whatsapp e eu quero conversar
com a pessoa.
Eu posso escrever o texto da mensagem assim:

- “Marcos, bom dia. Eu gostaria de te perguntar uma coisa...”
Daí você faz uma pausa. Geralmente a pessoa tem uma curiosidade forte e
irá te responder.
De forma similar, eu posso escrever o texto assim:
- “Leonardo, bom dia. Tudo bem?”
Aí eu dou uma pausa e não falo mais nada... eu aguardo a resposta. Eu já
testei isso em conversas de Whatsapp e chats online. Eu geralmente falo o
nome da pessoa e dou uma pausa. Seu interlocutor tende a prestar atenção e
responder. Teste isso.
Lógico que se você for abordar uma pessoa na rua, você pode falar:
- “Opa, [NOME DA PESSOA] tudo bem? Eu sou o Danilo...”
Nesse caso, falando o nome, fazendo uma saudação e dizendo o seu nome,
a resistência poderá ser menor.

Eu sei que nem sempre podemos ter o nome de alguém. Aí no caso, a
conversa tem que começar por uma saudação e de repente você mesmo
perguntar o nome dessa pessoa.
Mas em geral, se você tem um alvo de conversa, deve sondar o nome dessa
pessoa com amigos dela, em redes sociais, vizinhos etc.
Agora vamos para o segundo passo.

PESQUISE DETALHES
SOBRE O SEU
INTERLOCUTOR
Além do nome, você deve buscar saber detalhes sobre aquela pessoa que é
alvo da sua conversa. Você pode começar se perguntando como é essa
pessoa, o que ela usa (ornamentos), se ela lê livros, se em termos de
personalidade se ela é espirituosa, mais reservada etc.
Se você tem contato visual com essa pessoa, pode anotar informações como
se usa pingente, relógio, o carro dela e outros pertences. Já se não tem
contato, pode tentar observar através de fotos. Novamente, as redes sociais
são um apoio interessante nesse caso.
De repente o seu interesse é em conhecer um possível cliente. Nesse caso
você pode sondar informações e se possível assistir aquela pessoa durante
uma reunião, quando e como ela interage com outras pessoas e até onde ela
nasceu, bem como sua cultura.
Se você consegue saber o nome e agora alguns detalhes sobre seu
interlocutor, você terá mais uma vantagem para a hora da conversa em si.
Ou seja, essa coleta de informações vai ser muito útil no momento em que
você estiver interagindo pessoalmente ou vitualmente com esse cliente,
prospect ou amigo.

QUATRO ELEMENTOS
IMPORTANTES A
CONSIDERAR
Existem quatro elementos para você desbloquear uma conversa e vamos
falar sobre eles visando gerando uma impressão positiva na sua abordagem.
A primeira coisa que você deve procurar fazer numa primeira
interação, é estar vestido de acordo com a pessoa com quem você vai
conversar.
Não importa se é um cliente ou uma pessoa que você quer se relacionar por
amizade. O importante é você tentar se parecer com aquela pessoa.
Acrescentando ao que foi falado anteriormente, se você puder pesquisar
brevemente sobre a pessoa, sobre o que ela gosta em termos de vestimenta,
será extremamente importante.
Se for mulher por exemplo, se usa terninho, joias ou algo assim. Se for
homem, se usa camisa polo, camisa social, se usa relógio ou algo nesse
sentido. Então a primeira questão aqui é tentar se parecer com o seu
interlocutor e isso deve começar pela vestimenta (se possível).
Presidentes e chefes de estado dão atenção à sua vestimenta nos diversos
contextos em que eles estão. Prova disso foi o ex-presidente americano
Barak Obama. Quando ele veio ao Brasil e foi visitar uma favela, o mesmo
tirou o terno. E por quê? Porque isso demonstra que ele está querendo se
parecer com as pessoas daquela região. Outra coisa é sair um pouco da
formalidade, que pode afastar as pessoas mais humildes.
Se você estiver focando numa entrevista de emprego ou se você vai visitar
alguém que pode ser seu cliente, isso também deve ser considerado e
trabalhado. Procure sondar antes como as pessoas se vestem (dress code)

naquela empresa onde você mira fechar um negócio ou conseguir uma
vaga.
Pesquisas científicas e experimentos na rua mostraram que quando uma
pessoa simula estar passando mal e ela está com um tipo de roupa, e outras
pessoas dão um socorro a ela, a maioria das pessoas que dão socorro são
aquelas com roupas parecidas com quem está se sentindo mal. Então, isso é
imperceptível mas é muito importante.
O segundo fator é você olhar nos olhos e os olhos fazem uma marcação
para saber se a outra pessoa está prestando atenção. Você pode desviar um
pouco olhar quando a pessoa está falando, mas sempre volte e faça uma
marcação com os olhos dela. Parece bobo e básico, mas são coisas simples
que fazem muita diferença.
Há pessoas que tem uma dificuldade natural de olhar nos olhos. Quanto a
isso, não há problema e as pessoas verão quem você é alguém mais
introvertido. Porém, faça um esforço de fazer pelo menos algum contato
visual.
O terceiro fator é a inclinar-se. Quando você vai conversar com alguém e
vai apertar a mão, incline-se um pouco para frente. Quando você se inclina,
mostra reverência para com a pessoa com quem você está querendo
conversar. Você intrinsecamente diz para seu interlocutor: Eu respeito (ou
considero) você!
Outra coisa importante é que quando você estiver sentado e alguém for te
cumprimentar, levante-se para ficar no mesmo altura daquela pessoa. Não
importa qual nível hierárquico for, sempre que alguém for te cumprimentar
e você estiver sentado, levante-se!
Para não esquecer, levante-se e incline-se um pouco para frente apertando a
mão.
O quarto e último passo é a questão do sorriso. O sorriso abre portas em
todos os lugares que a gente vai e já foi provado em pesquisas científicas,
que sorrir aumenta um hormônio chamado endorfina. Ou seja, ele causa
uma sensação de bem-estar nas pessoas.

E por causa dos neurônios espelho, quando você sorri, as outras pessoas
tendem a sorrir também – veja que o mesmo acontece quando alguém está
batendo palma e você acaba fazendo isso também!

USE A SIMILARIDADE
Vamos agora falar sobre o efeito da similaridade ou também chamado de
efeito da atração por similaridade.
Se você for pesquisar previamente detalhes da pessoa com quem você vai
falar, vai encontrar pontos em comum entre vocês. Pode ser algo
extremamente simples, como trabalhar na mesma empresa...
Mágicos e ilusionistas sabem disso: todos nós temos algo de todo mundo.
Seja algo físico, um gosto por um livro, tipo de comida etc. Sim, mesmo
você interagindo com alguém de outro país, se procurar, vai achar
similaridades.
Uma similaridade bem comum são os parentescos. É comum as pessoas
dizerem mais ou menos assim:
- “Alberto, seu sobrenome é Trevisan com “S”. O meu é com “Z”. Será que
temos a mesma origem italiana?”
Quando a pessoa fala isso, ela está buscando um ponto de similaridade.
Note que buscamos similaridades de forma automática!
Outro exemplo usando agora o contexto de puxar uma conversa no
Linkedin:
- “Olá Pamela, eu estou entrando em contato aqui pelo Linkedin pois vi
que temos a Elisângela como conexão em comum.”
Outra situação, agora no Whatsapp:
- “Olá, estou entrando em contato com você através do Fernando, que me
passou seu contato.”
Utilizando a similaridade como citado na fala acima, veja que eu tento
desbloquear a pessoa para que a resistêncida da primeira impressão dela

para comigo diminua.
Quando nós criamos um ponto de similaridade, seja ele qual for,
estabelecemos confiança. Uma última ilustração refere-se a quando uma
pessoa fuma. Para puxar conversa ela geralmente pergunta a um estranho:
- “Você tem fogo?”
Ampliando o repertório da similaridade, existem assuntos que são comuns a
serem explorados como aqueles ligados a por exemplo: dinheiro, amor,
projetos pessoais, família, coisas ligadas a profissão ou algo assim.
Sabendo explorar, você vai criar pontos de conexão em comum com a
pessoa e inconscientemente ela vai enxergar você como um amigo.

PEÇA AJUDA
Uma das grandes técnicas que você pode usar e que eu vejo pouca gente
falando, é a arte de pedir ajuda. Você pode perguntar: Como assim?
As pessoas gostam muito de saber que elas podem nos ajudar. Em
palestras, mostrar certa dose de vulnerabilidade é uma técnica essencial.
Mas em geral, quando pedimos ajuda e alguém nos aconselha, acabamos
inconscientemente dizendo para aquela pessoa que a opinião dela é
importante. Isso acaba gerando reciprocidade.
Note que o pessoal de hipnose usa muito pedir uma ajuda genérica para
criar um primeiro contato com um estranho na rua. Eles falam mais ou
menos assim:
- “Olá bom dia/Boa tarde. Você pode me dar uma informação? Aonde fica
TAL RUA nesse bairro?”
Então quando alguém pede uma informação, isso conecta muito. Agora
imagine que você vai se conectar com alguém e pede uma ajuda. A pessoa
tende a te dar muita atenção e atender ao seu pedido.
Quando você já conhece seu interlocutor, você pode começar a pedir
conselhos. Isso funciona muito bem. Tem pesquisas na área de RH que
mostram que os chefes adoram dar conselhos. Se eles sentem que estão
ajudando alguém da equipe por exemplo, isso os motiva.
As pessoas adoram dar conselhos e a lógica de tudo é que se você está
pedindo conselhos é porque a opinião daquela pessoa é importante.
Finalmente, depois que a conversa evoluiu você pode compartilhar seus
planos, projetos e alguma experiência com esse chefe por exemplo.
Exemplo de aplicação:

- “Gustavo, eu vi que você foi ao evento X de desenvolvedores. Eu achei as
palestras sobre programação PYTHON muito legais. Mas eu tive uma
dúvida sobre uma questão.. será que você pode me ajudar?
Note que eu falei o nome da pessoa, usei similaridade, compartilhei uma
experiência e pedi ajuda. Tudo isso faz com que a pessoa se sinta
importante. Faça isso na medida certa e você vai conseguir se conectar mais
com o seu interlocutor!

RESUMO DO CAPÍTULO:
Diminua as resistências tentando aplicar questões como:
Saber o nome da pessoa

Saber detalhes sobre a pessoa
Vestir-se de acordo com o contexto
Sorrir
Olhar nos olhos
Inclinar-se
Usar a similaridade
Pedir ajuda.

CAPÍTULO II: COMO
MANTER UMA
CONVERSA
◆ ◆ ◆
Tenha um fato sobre a pessoa

Começando a segunda parte desse livro, vamos focar agora em
como manter uma conversa, ou seja, em como continuar a conversa
com o seu interlocutor de interesse.
Ultrapassando o primeiro desafio que é conseguir falar, agora você
deve buscar manter o diálogo fluindo. E uma primeira coisa que
recomendo é você ter um fato sobre a pessoa.
Como comentado anteriormente, uma pesquisa sobre a pessoa-alvo
da sua conversa é primordial. A ideia aqui é tentar fazer a pessoa
continuar falando, fazendo perguntas de assuntos/fatos de interesse
dela.
Não sei se você sabe mas o assunto que as pessoas mais gostam
de falar é sobre elas mesmas. Então, você pode imaginar as
pessoas falando sobre futebol, fofocas, uma nova série que estão
assistindo etc. Mas no final das contas, as pessoas sempre falam:
- “Eu estou assistindo uma série...”
- “Fui ao cabelereiro essa semana e...”
- “Quando eu entrei naquele carro, gostei e...”

Note que nas falas acima, na raiz da questão está uma fala
direcionada ao “eu”. Então as pessoas o tempo todo estão
validando o que elas acham e, na verdade, validando elas
mesmas.

PARA E PERGUNTE:
Por que quando você discorda de alguém rapidamente essa pessoa
cria uma resistência contra você?
Resista a tentativa de discordar o tempo todo. Mostre que está
discordando da ideia e não que está contra a pessoa em si. Isso
porque as pessoas tem seu viés de confirmação e o tempo todo
estão interessadas em atender aos seus anseios primeiro.
Então, se a priori você tentar desqualificar uma ideia ou opinião,
haverá uma resistência natural. Daí então a comunicação fica
prejudicada e você não quer isso!
Para começar, pergunte coisas sobre a vida da pessoa por exemplo.
Geralmente as pessoas gostam muito de falar sobre situações da
vida delas e situações que envolvam emoções.
Uma boa forma de se conectar e prolongar a conversa é perguntar
sobre assuntos particulares de uma pessoa. Por exemplo:
- “Janete, seu filho ficou internado semana passada. E aí como ele
está?”
- “Betina, você conversou com o chefe sobre sua promoção. Como
foi?”
É muito difícil uma pessoa não corresponder a algo que envolvam
emoção e envolva algo que relacione diretamente a ela.
Principalmente se for um desafio que ela passou. As pessoas
adoram falar sobre desafios e sobre vulnerabilidades.

Depois que você conseguiu abertura sobre algum assunto, pergunte
sobre a emoção relacionada àquele fato você pode perguntar como
você se sentiu em relação a isso.
Pergunte:
- “O que aconteceu depois?”
Você deve criar o seu repertório de perguntas e testá-las. No geral,
perguntas abertas e que envolvam situações reais da pessoa e que
envolva emoções, farão com que elas falem e continuem falando.
Desse modo, você vai aprofundar mais o assunto e aí sim se tornar
uma pessoa para ela muito agradável.
Eu me lembrei de uma situação que aconteceu aqui na minha casa.
Há pouco tempo uma amiga da minha esposa veio com a sua mãe
nos visitar. Em dado momento, eu comecei a conversar com essa
senhora sobre um processo que ela tinha passado: a recente perda
do seu esposo para o Alzheimer.
Fiz perguntas abertas e deixei que essa senhora falasse. Eu vi que
era uma boa oportunidade para poder explorar perguntas que
envolvessem emoções. Eu perguntei então a ela como tinha se
sentido no processo de descoberta da doença até o a morte do seu
marido.
Ela se sentiu segura e foi revelando a história que estava, claro,
carregada de emoção. Então ela conversou bastante e deu pra ver
que ela colocou para fora as ideias dela. Perceber o processo
emocional dessa senhora, foi bastante interessante.
Passado alguns dias, a amiga da minha esposa contou para ela que
sua mãe tinha dito que adorou conversar comigo e que não tinha
conversado daquele jeito com outras pessoas da família dela.

Deixo essa sugestão pra você. Quer testar sua habilidade de
conversar e escutar? Converse com pessoas mais velhas. Por
exemplo, pessoas idosas geralmente tem muita carência de atenção
porque quase ninguém quer escutá-las.
E o melhor de tudo é que você aprende muito. Os mais velhos
geralmente são pessoas que têm uma história de vida diferenciada e
tem muita experiência pra passar. Você vai desenvolver a sua
arquitetura de perguntas com carga emocional para fazer uma
pessoa fazer o que a pessoa continue falando.
Para ajudar você a praticar e fixar os conceitos, vou deixar um
exercício ao final aqui do livro para você praticar. A ideia é
colaborar ainda mais para o seu aprendizado.

FAÇA AS PESSOAS SE
SENTIREM IMPORTANTES
Depois de exercer a escuta ativa, chegou a hora de refletirmos sobre o poder
de dar atenção às pessoas. Num mundo onde muitos querem falar alto e
rápido, tentando passar uma ideia de poder, saber dar atenção ao outro é
crucial, é moeda de troca.
Se você der tempo e atenção de qualidade ao outro, você começará a ser
visto como uma alguém bom de conversa. Fazendo constantemente, você
será visto como uma pessoa que é carismática e influente.
Na prática, quando o seu interlocutor estiver falando, faça todo o esforço
para não interromper. Sempre faça perguntas abertas.
Outra coisa que é interessante é você usar as chamadas “pontes” para poder
demonstrar que está prestando atenção.
Por exemplo, olhando nos olhos da pessoa fale:
- “Ahã...”
- “Certo...”
Outra forma: Ao responder e para demonstrar interesse, levante as
sobrancelhas. Diga:
- “Ahhh, entendi...”
- “Nossa, sério? como é que isso aconteceu?”
- “Eu entendo...”
- “Sei como é...”
Fazendo essas pontes, a pessoa vai te valorizar muito pois ninguém está lá
muito interessado em ouvir hoje em dia.

Aliado a essas pontes, você pode usar a linguagem corporal ao seu favor.
Como? Inclinando-se para frente, inclinando levemente o pescoço, virando
seu tronco para quem você está falando, colocar a mão no queixo e não se
esquecer de olhar nos olhos. Tudo isso vai mostrar para seu interlocutor que
você está prestando atenção ao que está sendo dito.
Acredite: é raro ouvir. Ouvir é uma habilidade escassa em meio a um
mundo com tanto barulho. Se você conseguir dar atenção de qualidade às
pessoas, seus resultados crescerão muito. Do contrário, ficar desviando o
olhar, não se aproximar, ficar mexendo no celular o tempo todo ou algo
assim, vai prejudicar e muito a percepção do outro quanto à sua
comunicação.
Lembre se que quem controla uma conversa não é quem fala e sim quem
ouve! Então, escute ativamente!

TENHA ATITUDE E NÃO
FINJA
Nessa parte, vamos falar sobre a atitude da pessoa que quer se relacionar e
crescer a sua networking pelo poder da conversa.
Bom, uma das coisas que tem sido muito discutida ultimamente é a questão
da necessidade de autenticidade. Parece que há uma exigência social para
que as pessoas sejam verdadeiras. Então, você nunca deve emular um
personagem. Ou seja, você deve se esforçar para ser você mesmo.
Então, para conversar eficazmente e ter resultados com isso, você deve
fazer isso de forma genuína e íntegra. A questão-chave em todo o
processo de comunicação de uma conversa, é parecer ser uma pessoa
verdadeira.
É bom frisar muito isso pois muita gente tenta aprender os conceitos de
influência e persuasão e aí começa a forçar muito a barra.
“Conversar bem relaciona-se mais a deixar o outro falar do que você falar
muito”.
Então para treinar as táticas de ação, treine conversar com pessoas em filas
de banco ou em algum lugar como um consultório médico. Toda
oportunidade de conversar deve ser aproveitada. Por exemplo e como dito
antes, pedir ajuda como solicitar uma informação a alguém num
supermercado, pode ser o caminho para exercitar a sua habilidade de
conversar.
Enxergue todas as oportunidades de conversa. Aliás enxergue tudo como
a oportunidade de você falar e aumentar o seu repertório de comunicação e
de diálogo. Não perca a chance de praticar e seja sempre verdadeiro com

atitude e propósito. Quando você dá atenção às pessoas de forma verdadeira
e ativa, é praticamente impossível elas não criarem uma conexão com você.
De agora em diante, vá lendo, estudando e aplicando o que ensino aqui.
Também, vá mensurando o seu resultado. Algumas coisas dão certo logo de
cara, já outras precisam de atenção constante. A grande mágica de tudo é
que podemos melhorar.
Continuando a falar sobre como manter uma conversa, vamos agora
avançar um pouco mais. Estou agora considerando que você já se sente uma
pessoa segura para abordar e depois para dar os primeiros passos em uma
conversa assertiva.
Então proponho a seguir alguns passos importantes para te ajudar na sua
caminhada.

COMO SER UMA PESSOA
MAIS INTERESSANTE EM
5 PASSOS
Já dizia o Dale Carnegie:
“Para ser interessante, você tem que ser interessado”.
E você, tem interesse em quê?

Pois bem. Eu começo essa parte do livro defendendo a importância de você
ter em seu contexto de persuasão, a empatia, a escuta ativa e a linguagem
corporal adequada .
Sobre ser uma pessoa interessante, isso perpassa por ser mais memorável,
mais carismático, ter mais poder, ser mais atraente e por fim, ter mais
sucesso.
Mas como fazer isso? Encontrei no livro da pesquisadora Vanessa Van
Edwards, as respostas que precisava. E vou deixá-las a seguir.
Mas antes de tudo, uma primeira pergunta:
Você é uma pessoa interessante?
Se você partir do pressuposto de que todos temos algo de diferente, de
único, chegamos a conclusão de que todo mundo tem algo interessante para
dizer ou mostrar.
A primeira coisa é que: O fato das pessoas em geral não se acharem
interessantes, faz com que elas não sejam interessantes.
Se você está preocupado em não ser interessante, seu medo o impede de
tentar coisas interessantes, falar de assuntos interessantes e se envolver com

pessoas interessantes.
Um fator considerado pela autora que citei é a preguiça. Sim. A
preguiça é um dos fatores para uma pessoa ser pouco interessante. Pessoas
desse tipo:
Não fazem coisas interessantes;
Não pensam em coisas interessantes;
Esperam que você faça toda a conversa;
Querem se divertir com as pessoas ao seu redor, sem ter trabalho
de ter conteúdo etc.
Agora sim, os passos que são necessários para evitar isso:
#1 – Pare de fazer coisas desinteressantes
Você vê Netflix todos os dias? Então começou mal. Fazer o que todo
mundo faz, não torna você interessante.
As pessoas desinteressantes, assistem TV todos os dias, comem nos
mesmos restaurantes, passam horas checando seu feed de mídias sociais…
Não seja padrão, seja diferente. Não faça o que todo mundo está fazendo!
Se você quer ser interessante, deve fazer coisas interessantes. Veja como:
· Vá a um restaurante que você nunca foi;
· Crie uma lista de coisas inusitadas que você pode fazer todos os meses;
· Vá ao cinema e assista a um filme que você nunca escolheria
normalmente;
· Inscreva-se para uma aula de treino que você nunca fez antes;
· Inicie uma lista de blocos de aprendizagem e aprenda uma nova
habilidade;
· Diga sim para uma coisa nova a cada dia;
· Comece uma missão para alcançar um grande objetivo.
Pegou a ideia?
#2 – Pare de perguntar coisas desinteressantes
Esteja interessado nas coisas interessantes das outras pessoas. Pergunte a
elas o que elas fazem de interessante.

Pessoas preguiçosas destacam o lado desinteressante das outras pessoas.
Elas também fazem perguntas chatas como: “O que você faz?” ou “Como
você está?”
Veja coisas interessantes que você pode perguntar:
· Pergunte a alguém sobre a coisa mais estranha que ela já comeu;
· Pergunte a alguém sobre o filme que mais mudaram sua vida;
· Pergunte a alguém sobre uma nova habilidade que está aprendendo;
· Pergunte a alguém sobre seu projeto de vida;
· Pergunte a alguém quais foram as Resoluções de Ano Novo e se elas
foram cumpridas.
#3 – Consuma coisas interessantes
Nós comemos, lemos e conversamos o dia todo. O que você consome diz
quem você é.
Pessoas preguiçosas são desinteressantes por que consomem coisas
desinteressantes:
· Elas leem a página inicial do seu portal de notícias preferido;
· Elas não ligam frequentemente para seus amigos, mas preferem ver o
perfil deles no Facebook ou Instagram;
· Elas consomem mídia e não consultam a fonte;
· Elas leem coisas que apenas confirmam suas crenças;
· Só assistem filmes blockbuster e só leem livros best-seller…
Para ser interessante, tente isso:
· Vá até a biblioteca (sim, de verdade) e peça ao bibliotecário
recomendações de livros;
· Peça uma indicação ao seu professor ou mentor, de um filme que
mudou sua vida e vá assisti-lo;
· Leia uma fonte de notícias que é conhecida por ser o oposto de suas
opiniões políticas e veja o que você aprende;
· Encontre um novo colunista de notícias favorito;
· Leia livros que estimulem conversas fascinantes etc.
#4 – Pergunte às pessoas sobre o que elas estão fazendo de interessante

Não é nada fácil fazer networking de qualidade, fazer conversas
memoráveis e criar conexões. Mas vamos lá, você consegue!
Algo do que está abaixo já foi dito anteriormente, mas não custa repetir.
Vamos lá: Uma das maneiras mais fáceis de estimular conversas
interessantes é perguntar às pessoas sobre:
· O que elas pensam;
· Como elas pensam;
· O que as intriga;
· O que elas estão aprendendo;
· Como elas aprendem.
Então, decida conscientemente que você vai virar uma pessoa mais curiosa
para descobrir coisas interessantes sobre as pessoas. Fazendo assim, você
vai encontrar algo interessante em cada um que encontrar. Veja que isso tem
tudo a ver com a proposta aqui deste livro.
#5 – Ande com pessoas interessantes
O passo final para ser interessante é encontrar pessoas interessantes para
andar com elas. Normalmente, pessoas interessantes saem juntas – e agora é
com você!
Pessoas interessantes incentivam as pessoas ao seu redor a fazer coisas
interessantes, a falar sobre tópicos interessantes e a se envolver com ideias
interessantes. Reflita rapidamente:
Quem é a pessoa pra você:
Mais interessante que você conhece?
Mais engraçada que você conhece?
A pessoa mais linda que conhece?
A pessoa mais viajada que você conhece?
A pessoa mais estranha que você conhece?
Pensou em alguém para cada solicitação? Boa! Agora vá lá e procure sair

com elas, interagir com elas.
Fazendo esse passo-a-passo regularmente, vai te ajudar a ser mais
interessante.

Finalmente, se você quer ser interessante, já deu pra perceber que vai dar
um pouco de trabalho. Então, deixe a preguiça de lado.
Agora recapitulando....
Sabe, as dicas que compilei aqui nesse livro, foram muito valiosas pra mim
lá no início da minha carreira. Apesar de serem coisas extremamente
simples, a maioria das pessoas não aplica as técnicas direito.
Bom, vamos encerrando e espero que este livro tenha ajudado de alguma
forma.

RESUMO DO CAPÍTULO:
enha um fato/acontecimento sobre a pessoa;

Tenha uma escuta ativa;
T Crie pontes;
Faça o outro se sentir importante;
Converse sobre assuntos universais;
Seja autêntico. Esforce-se para ser uma pessoa interessante.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
◆ ◆ ◆
Estamos chegando ao final e quero te agradecer por ter lido esse material.
Aliás, espero que você não tenha só lido, mas colocado em prática que é o
mais importante. Caso não tenha praticado, recomendo que volte e releia e
aplique os conceitos.
Vamos lá: Conversar bem é essencial para os relacionamentos e até mesmo
para a sobrevivência do ser humano. Aliás, a comunicação verbal e não-
verbal, são ferramentas imprescindíveis para tornar os relacionamentos
melhores.
Se tem algo de mais importante a se falar aqui é: Para conversar bem,
interesse-se pelas pessoas. Seja interessado para parecer interessante e daí
então as pessoas vão te fazer uma devolutiva. Isso pode demorar ou não,
mas deve ser feito com cuidado e consistência.
Quero convidar você a conhecer meu trabalho online. No meu site
www.superedesafios.com.br, tem conteúdos sobre comunicação envolvendo
influência, persuasão, oratória e linguagem corporal, além de conteúdos
voltados para a sua carreira. Você terá muitos materiais adicionais para
aprender mais!
Eu acredito nas coisas simples. Por isso, tentei aqui escrever algo da
minha prática, aliado a minha experiência e aos conceitos que aprendi lendo
livros, fazendo cursos etc. A ideia de ser algo simples e prático é para que
esse conteúdo ajude pessoas de todas as idades e profissões, afinal, são
conhecimentos universais.
Vou ficando por aqui e quero desejar muito sucesso na sua jornada. Torço
muito para que você vença seus bloqueios de comunicação falada, de forma

que melhore seus relacionamentos, sua rede de contatos e sua vida pessoal
como um todo.
Se eu te ajudei de alguma forma, peço que avalie esse livro na plataforma
onde você comprou. Você também pode fazer a gentileza de publicar algo
sobre o livro nas redes sociais e me marcar para que eu possa comentar e te
parabenizar.
Desejo sucesso na sua jornada!

BÔNUS: DICAS
ADICIONAIS DE COMO
CONVERSAR BEM
◆ ◆ ◆
Como conteúdo complementar aqui do livro Como Conversar Bem, vou

deixar um conteúdo adicional e ele se trata de como você pode conversar
corretamente, mas de uma forma mais interessante. Eu explico.
A questão é que a maioria das pessoas conversa de uma forma bem
padronizada e adaptada ao contexto onde nasceu, a sua empresa etc. Isso
não está errado, mas ao longo do tempo, fui percebendo que devemos
também desenvolver um jeito próprio de falar.
Por exemplo, no final de uma mensagem de Whatsapp/Telegram, eu noto
que a maioria das pessoas escreve um agradecimento mais ou menos assim:
“Ok”, “Gratidão”...
A minha sugestão é que você comece a testar outras formas de dizer as
mesmas coisas que as pessoas dizem. No caso desse encerramento de
conversa, você poderia escrever: “Eu fico grato”, “Eu agradeço”.
A ideia aqui então é criar uma autenticidade, uma forma de escrever/falar
de forma que te diferencie do restante das pessoas.
Eu já vi isso acontecer numa empresa que trabalhei. Tínhamos no nosso
setor uma pessoa que era do Rio Grande do Sul e ele tinha uma forma bem
específica de falar e escrever e-mails. No início eu achava a comunicação
dessa pessoa bem estranha. Mas por mais que fosse estranha, era uma forma
de escrever absolutamente correta e diferente. Não demorou muito tempo

para que o setor inteiro começasse a escrever as palavras que ele usava.
Depois disso então comecei a prestar atenção mais nisso.
Dessa forma então, vem a seguinte pergunta:
Sua conversa pode ser mais assertiva?
A resposta é: Sim, pode.

Mas como?
Comece eliminando os diminutivos. Esse é um vício de linguagem que
aprendi a evitar ao longo da carreira.
Exemplos? Temos:
"Mariana, aconteceu um probleminha com a sua promoção..."

O correto:
"Mariana, sinto dizer que sua promoção não acontecerá esse ano. Isso é
frustrante, mas vou te explicar o motivo..."
Outra:
"Você pode esperar um minutinho...?"

O Correto:
"Aguarde um instante que vamos te atender."

Existe também o vício de chamar as pessoas por diminutivos como:
"Florzinha..."; "Amorzinho..."etc.
No mundo corporativo e principalmente no atendimento ao cliente, não use
palavras que remetam a diminutivos. A ideia que passam essas palavras é
que sempre são problemas grandes disfarçados de pequenas coisas.
Use diminutivos somente com amigos próximos e no seu contexto
particular. Na empresa, no mundo empresarial, evite para não virar vício de

linguagem.
Outro vício comum: Isso é assim mesmo!
Imagine que um determinado cliente volte a sua empresa alegando um
problema no produto adquirido. Após ouvir as queixas do cliente, o
vendedor então fala:
"Ah, esse modelo XYZ sempre dá esse feito. É assim mesmo!"

Qual o raciocínio vai vir na mente do cliente? Algo mais ou menos como:
"Peraí... então já me venderam o produto com defeito?"

Além do "É assim mesmo", há situações onde por exemplo um cliente faz
uma reclamação de um outro vendedor/atendente da empresa e daí alguém
fala:
"É desse modelo..."

Existem centenas de vícios de linguagem que podem prejudicar nossa
comunicação e por consequência a nossa liderados, clientes e até amigos.
Você já havia parado pra pensar sobre isso?
Outras palavras que você deve evitar: “Ainda” e “Já”
Tem duas palavras que são amplamente usadas na fala e que trazem
conotações negativas. Elas são facilmente substituíveis e você pode
rapidamente atacá−las. Essas palavras são Ainda e Já.
Quer ver? Só duas situações:
1. Por exemplo, nunca diga:
"A Adriana AINDA não chegou"
Retire esse AINDA da sua fala, pois é desnecessário. Se você falar dessa
forma, vai ficar parecendo que Adriana está atrasada!
Diga:

"A Adriana não está na empresa"
2. Nunca diga:
"O João JÁ foi embora almoçar!"
Retire esse JÁ da sua fala, pois também é desnecessário. Se você falar
assim, denota que João saiu mais cedo!
Diga:
"O João foi almoçar!"
Melhorando sua fala, sua comunicação ficará mais assertiva!
Outro erro bem comum, considerando a fala ao telefone:
Alguém liga e você atende assim:
“JS Tratores, Paulo falando, boa tarde!”
O cliente pergunta:
“Ei, Paulo. Eu quero falar com a Sara.”
Você responde:
“Quem fala..?”
Cliente:
“É o Henrique da Soma”.
Você:
“Ah, ela não está na empresa”.
Há alguma coisa incorreta nesse diálogo? Sim, há. Quando você pergunta
ao cliente quem está falando antes de dizer onde está a Sara, você acaba
passando uma ideia de que a Sara não está para aquele cliente. Entendeu?
O correto então:
Você:
“JS Tratores, Paulo falando, boa tarde!”

O cliente pergunta:
“Ei, Paulo. Eu quero falar com a Sara.”
Você responde:
“A Sara não está na empresa agora. Com quem eu falo?”
Cliente:
“Aqui é o Paulo.”
Você:
“Paulo, você quer deixar recado?”
Outra fala importante: Agradecer!
Começamos essa seção, dando um exemplo de agradecer de uma forma
diferente. Agora a sugestão diz respeito a agradecer quando geralmente
ninguém agradece. Fazendo assim, você também vai criar diferenciação na
sua fala.
Esse contexto envolve a situação quando novamente um cliente liga para a
sua empresa. Lembrando que esse cliente pode ser externo ou também um
cliente interno que liga de um ramal para seu setor.
Quando alguém ligar e você fizer o atendimento, agradeça a pessoa por ela
ter ligado. Pouquíssimas pessoas em uma fala ao telefone agradecem pelo
cliente ter tido o esforço de ligar.
Ao encerrar o seu atendimento então, você pode dizer ao cliente:
“Obrigado por você ter ligado”.
Você pode agradecer também assim:
“Foi um prazer te atender. Obrigado e ligue sempre que precisar.”
Por último, mas também importante: Não fale de problemas.
Eu noto que numa comunicação, falamos muitas palavras que remetem a
situações negativas. Já citamos que as pessoas usam diminutivos, usam “já”
quando não tem necessidade...

Outra situação bem comum e que pode ser resolvida facilmente é quando
uma pessoa de vendas ou atendente fala algo como:
“Obrigado pela compra. Se der algum problema você me procura...”
Outro exemplo:
“Valeu, qualquer probleminha, pode contar com a gente.”
Note que nessas duas frases, temos alguém falando de “problema”. Pense
que se eu falo que ser der algum problema, a pessoa pode ligar, na verdade
pode induzir o cliente a pensar que o produto não é bom e que realmente vai
dar algum defeito. Nessa ultima frase aí, a pessoa usou um diminutivo para
enaltecer ainda mais um problema.
Essa situação é fácil de resolver e você pode falar:
“Obrigado pela compra. Em qualquer situação, me procure.”
“Obrigado. Se precisar de algo mais, fico a disposição para ajudar”.
Não é que seja proibido você falar a palavra problema. Mas, pessoas que
lidam com atendimento ao cliente de qualquer forma são aconselhadas a
evitar quaisquer frases que remetam a algo negativo. Então, vale a pena
testar esse formato de falar e ir mensurando ao longo do tempo se ressoa
melhor na cabeça do cliente.
Vamos terminando. Pense em todas as situações citadas até aqui e mais
importante: experimente, teste. A aplicação faz toda a diferença e de
repente, você vai encontrar outras formas de conversar ainda mais
assertivas!

REFERÊNCIAS
◆ ◆ ◆
Edwards, V. V. Captivate: the Science of succeeding with people. Penguin,

New York 2017.
Boothman, N. Como convencer alguém em 90 segundos: crie uma primeira
impressão vencedora. Universo dos livros, São Paulo, 2018.
Pease; A.; And Pease B. A linguagem corporal no trabalho. Sextante, Rio
de Janeiro, 2004.
Pease; A.; Pease B. Como conquistar as pessoas. Sextante, Rio de Janeiro,
2006.
Carnegie, D. Como falar em público e encantar as pessoas. Companhia
Editora Nacional, Rio de Janeiro, 2011/12.
Carnegie, D. Como fazer amigos e encantar pessoas. Companhia Editora
Nacional, Rio de Janeiro, 2016.
Navarro, J.; Karlins, M. O que todo corpo fala. Sextante, Rio de Janeiro,
2008.
Links do site do autor com conteúdos adicionais para leitura:
https://www.superedesafios.com.br/como-ser-uma-pessoa-mais-
interessante-em-5-passos/
https://www.superedesafios.com.br/10-habitos-de-pessoas-
excepcionalmente-carismaticas/
https://www.superedesafios.com.br/como-ser-mais-carismatico-e-influente/
https://www.superedesafios.com.br/como-ser-uma-pessoa-verdadeiramente-
charmosa/

https://www.superedesafios.com.br/as-armas-da-persuasao-para-influenciar-
qualquer-pessoa/
https://www.superedesafios.com.br/a-importancia-da-expressao-corporal-
na-sua-oratoria/
https://www.superedesafios.com.br/como-ser-mais-carismatico-e-influente/

EXERCÍCIO PRÁTICO
Esta semana, escolha uma pessoa do seu contexto (ex. Trabalho) e então
comece um assunto, aplicando os seguintes passos:
Passo 1: Dê à pessoa uma chance de falar:
• Ou seja, ao invés de você falar, deixe a outra pessoa falar.
• Ouça sinceramente;
Pense num assunto e peça a opinião do seu interlocutor. Diga:
• Gostaria muito de saber o que você̂ acha a respeito de X. Por favor, você
poderia me dar sua opinião?"
Aqui estão alguns exemplos:
• "Eu sei que você tem algumas opiniões bem fundamentadas sobre Y. Você
está aberto a discuti-las?"
• "Esse parece ser um tópico sobre o qual você tem uma posição bem
definida. Seria muito bom ouvir a sua argumentação."
• "Você poderia me mostrar como chegou a isso?"
• "Vamos conversar sobre Z. Por favor, diga-me o que você acha."
Passo 2) Elogie seu processo de pensamento
• Nossa, muito legal esse seu raciocínio.
Passo 3) Apresente o contra-argumento
• Sei da sua opinião sobre o assunto e eu considero seu pensamento. Eu só
queria pontuar algo e é em relação a...
Passo 4) Seja claro e direto
• Eu sei que você é um expert nessa área. Então, você pode considerar a
nossa solução para resolver o seu problema?
->> Após a abordagem, mensure os resultados e veja o que você̂ precisa
melhorar!

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Prof. Danilo Mota
Prof. Danilo é
capixaba e mora no
litoral do Espírito
Santo. É casado e
pai da Mari e do
Gui. Na infância e
adolescência foi
uma pessoa muito tímida e só na faculdade foi que começou a despertar
para o poder da comunicação interpessoal. Após uma longa jornada de
aprendizados e já como professor, decidiu empreender na internet e depois a
escrever seus aprendizados em livros didáticos e simples como este que
você tem em mãos.

Como Conversar Bem Um Guia Simples e Fácil para I

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Saiba disso antes de tudo:

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Eu posso escrever o texto da mensagem assim:

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Saber o nome da pessoa

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Tenha um fato sobre a pessoa

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“Para ser interessante, você tem que ser interessado”.

E você, tem interesse em quê?

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Pensou em alguém para cada solicitação? Boa! Agora vá lá e procure sair

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enha um fato/acontecimento sobre a pessoa;

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Como conteúdo complementar aqui do livro Como Conversar Bem, vou

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Sua conversa pode ser mais assertiva?

A resposta é: Sim, pode.

"Mariana, aconteceu um probleminha com a sua promoção..."

"Você pode esperar um minutinho...?"

"Aguarde um instante que vamos te atender."

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"Ah, esse modelo XYZ sempre dá esse feito. É assim mesmo!"

"Peraí... então já me venderam o produto com defeito?"

"É desse modelo..."

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