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ARQUITECTURA I

3. A SEMIÓTICA
Ângela Branco Lima Mingas
Universidade Lusíada de Angola
Ano Lectivo 2021
3. Semiótica

3.1 Introdução: etimologia, conceito e histórico da semiótica


3.2 A Semiótica Peirceana: experiências e relações sígnicas
3.3 Semiótica da Arquitectura
3.4 A Arquitectura como objecto sígnico

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3. Semiótica

3.1 Introdução: etimologia, conceito e histórico da semiótica

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3.1 Introdução ao conceito

Origem Etimológica
Grega semeion, = signo.

“Semiótica”, enquanto uma disciplina: termo


criado por John Locke em seu “Essay Concerning
Human Understanding” (1690), como proposta
para uma futura disciplina.

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3.1 Introdução ao conceito

Semiótica é o estudo dos signos,


que consistem em todos os elementos que
representam algum significado e sentido para o
ser humano, abrangendo as linguagens verbais e
não-verbais.

A semiótica busca entender como o ser humano


consegue interpretar as coisas, principalmente o
ambiente que o envolve. Desta forma, estuda
como o indivíduo atribui significado a tudo o que
está ao seu redor.

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3.1 Introdução ao conceito

Os objectos de estudo da semiótica são extremamente


amplos, consistindo em qualquer tipo de signo social,
por exemplo, seja no âmbito das artes visuais, música,
cinema, fotografia, gestos, religião, moda, etc.

Em suma, quase tudo o que existe pode ser analisado


a partir da semiótica, visto que para que
algo
exista na mente humana, esta coisa
precisa ter uma representação mental
do objecto real. Esta condição já faz de tal
objecto, por exemplo, um signo que pode ser
interpretado semioticamente. jindungo

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3.1 Introdução ao conceito

O estudo da semiótica está inserido no interior

da chamada teoria dos signos, uma


teoria filosófica e científica que se ocupa
de tudo o que carrega consigo
algum sentido, que comunica
algo e que transmite alguma
informação.

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3.1 Introdução ao conceito

Uma semiótica pode ser, primeiramente, dividida


em dois âmbitos: um específico e um geral.

No âmbito específico, a semiótica tem um


carácter gramático, dedicando-se a estudos
linguísticos, de sistemas de sinalização (como no
trânsito, por exemplo), de gestos, de notação
musical, etc.

No âmbito geral, por sua vez, a semiótica assume


um caráter mais propriamente filosófico, não se
dedicando à análise dos sinais já dados, mas
construindo-os de modo teórico, a fim de explicar
fenómenos que, por si, aparentam ser desiguais.

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3.1 Introdução ao conceito e princípios teóricos

Nesse sentido, alguns estudiosos compreendem


um signo como algo que define um
termo linguístico, uma imagem, um gesto,
um sintoma físico.

Outros teóricos ampliam ainda mais o sentido do


signo, atribuindo a ele também fenómenos
naturais, como a comunicação dos
animais.

Há, também, aqueles que limitam o signo aos


artifícios criados pelos seres
humanos exclusivamente para fins de
comunicação (palavras, gestos, sinais de
fumo, etc.).
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3.1 Introdução ao conceito e princípios teóricos

Signo: representação de algo a que atribuímos


valor, significado ou sentido; entidade que é
portador da mensagem ou do fragmento dela

Sentido: é a compreensão de algo, formada


através de um estímulo físico que gera
entendimento, acontece unicamente através da
relação construída entre o “eu” e o “outro/algo”;

Sempre que há uma atribuição de


sentido há a formação de um
signo maçã

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3.1 Introdução ao conceito e princípios teóricos

Todo o signo constitui-se de duas faces:


comida
a sensorial, chamado de significante
(signans);
a compreensível, chamada de significado
(signatum);

fruta
A harmonia entre a percepção e o verde
entendimento, significante e significado,
resultam na significação

Semiose é o processo de
significação, a produção de maçã
significados.

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3.1 Introdução: Breve histórico da semiótica

Segundo registros históricos, a semiótica teve sua origem na Grécia Antiga mas apenas se
desenvolveu no começo do século XX como ciência.

Síntese:

Antiguidade Clássica: Definido o modelo triádico dos signos (relação entre o nome, as ideias e a
coisa) e o modelo diádico dos signos (significante + objecto) do signo.

Idade média: Distinção dos signos entre naturais e convencionais

Modernidade: o racionalismo, o empirismo e o iluminismo e o romantismo.

Contemporaneidade: a cientificação da semiótica

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3.1 Introdução: Breve histórico da semiótica

Período Greco-romano antigo

Platão (427-2347 a.c.) relação entre o nome, as ideias e a coisa (modelo triádico).

Aristóteles (384-322 a.c.): aquilo que procede ou segue o ser ou o desenvolvimento


duma coisa é um signo do ser ou do desenvolvimento dessa coisa.

Estóicos (ca. 300 a.c. – 200 d.c.) a base de sua teoria também era um modelo triádico,
formado pelo significante (a entidade percebida como signo), o significado e o objeto
ao qual o signo se refere.

Epicuristas (ca. 300) modelo diádico do signo: significante + objeto referido.


Zoosemiótica: a semiose não pressupõe combinações lógicas.

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3.1 Introdução: Breve histórico da semiótica

Da idade média ao renascimento

Agostinho (354-430): o maior semioticista da antiguidade. Distinção dos signos


naturais (ex.:fumaça) e dos convencionais (ex.: suástica).

Roger Bacon (1215-1294): escreveu o tratado De Signis.

Jean Poinsot (1589-1644) escreveu Tractatus de Signis em 1632.

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3.1 Introdução: Breve histórico da semiótica

Racionalismo, empirismo e iluminismo

A semiótica dos séc. XVII e XVIII se desenvolveu no ambiente de três grandes correntes
filosóficas: o racionalismo francês, o empirismo britânico e o iluminismo na Alemanha.

O racionalismo francês: René Descartes (1596-1650): prioridade do intelecto sobre a


experiência. Consequência: alijou da teoria dos signos o aspecto referencial. Ficou sem seu
verdadeiro elo de contato com o mundo aparente e foi descrito em categorias mentais.

O empirismo britânico: Locke (1632-1704): separação em dois níveis semióticos – ideias e


palavras – não aceito na atualidade.

O iluminismo alemão: Christian Wolff (1679-1754) e Heinrich Lambert (1728-1777): Através


deles chegou-se à constatação que a correspondência entre a signo e mundo era o critério
principal para das formas de expressão cultural tantas vezes consideradas contrárias, a
ciência e a arte.
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3.1 Introdução: Breve histórico da semiótica

Séc XIX – o romantismo

Hegel (1770-1831)

Foi um dos que definiram as fronteiras semióticas, introduzindo distinções entre signos e
símbolos.

Séc XX – a contemporaneidade
3 correntes:

Americana - Charles Pierce (1839-1914)


Européia – Saussure (1857-1913), Umberto Eco e Jakobson (1896-1982)

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3.1 Considerações Finais

O que é semiótica?

“É a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza


e na cultura”.
Winfried Nöth

É a teoria geral dos signos (algo que representa alguma coisa para alguém em
determinado contexto).
Lucy Niemeyer

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3.1 Considerações Finais
O que é um signo?

O signo representa algo, está no lugar de algo, mas não é o próprio. Tem o papel de
mediador entre algo ausente e um intérprete presente.

Os signos se organizam em códigos, que constituem sistemas de linguagem. Estes sistemas


formam a base de toda comunicação.

A principal utilidade da semiótica é possibilitar a descrição e a análise da dimensão


representativa de objetos.

Entre si organizam-se através das relações paradigmáticas (in absentia) e sintagmáticas (in
præsentia).

Os tipos mais frequentes do signo são ícone, símbolo e signo arbitrário.

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3.1 Considerações Finais
O que é um signo?

Diante da diversidade de signos, os estudiosos buscam uma forma de agrupa-los em tipos


característicos. Geralmente são classificados de acordo com a maneira pela qual
“funcionam”.

A classificação mais simples e largamente utilizada foi concebida por Charles Pierce que
distingue três espécies de signos aos quais correspondem três diferentes modos de semiose
(processo de significação, a produção de significados).
Visto isso, são signos: os ícones, os índices e os símbolos

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3. Semiótica

3.2 A Semiótica Peirceana: experiências e relações sígnicas

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3.2 A Semiótica Peirceana

A cientificação da Semiótica deve-se, entre outros,


ao contributo Charles Peirce (1839 - 1914).

Para ele, o Homem significa tudo que o


cerca numa concepçao triádica (firstness,
secondness e thirdness), e é nestes pilares
que toda a sua teoria se baseia.
Num artigo intitulado “Sobre uma nova lista
de categorias”, Pierce, em 14 de maio de
1867, descreveu suas três categorias
universais de toda a experiência e
pensamento.

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3.2 A Semiótica Peirceana

Charles Sanders Peirce.

Considerando tudo aquilo que se força sobre nós, impondo-se ao nosso


reconhecimento, e não confundindo pensamento com pensamento racional. Pierce
concluiu que tudo o que parece a consciência, assim o faz numa gradação de três
propriedades que correspondem aos três elementos formais de toda e qualquer
experiência.
Essas categorias foram denominadas:

• Qualidade;

• Relação;

• Representação.

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3.2 A Semiótica Peirceana

EXPERIÊNCIA SÍGNICA

Primeiridade
Secundidade
Terceiridade

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3.2 A Semiótica Peirceana

Experiências sígnicas

PRIMEIRIDADE - a qualidade da consciência imediata é uma impressão (sentimento) in


totum, invisível, não analisável, frágil. Tudo que está imediatamente presente à consciência
de alguém é tudo aquilo que está na sua mente no instante presente. O sentimento como
qualidade é, portanto, aquilo que dá sabor, tom, matiz à nossa consciência imediata, aquilo
que se oculta ao nosso pensamento. A qualidade da consciência, na sua imediaticidade, é
tão tenra que mal podemos tocá-la sem estragá-la.
Nessa medida, o primeiro (primeiridade) é presente e imediato, ele é inicialmente, original,
espontâneo e livre, ele precede toda síntese e toda diferenciação.
Primeiridade é a compreensão superficial de um texto (leia-se texto não ao pé da letra;
ex: uma foto pode ser lida, mas não é um texto propriamente dito).

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3.2 A Semiótica Peirceana

Experiências sígnicas

SECUNDIDADE - a arena da existência cotidiana, estamos continuamente esbarrando em


factos que nos são externos, tropeçando em obstáculos, coisas reais, factivas que não
cedem ao sabor de nossas fantasias. O simples facto de estarmos vivos, existindo,
significa, a todo momento, que estamos reagindo em relação ao mundo. Existir é sentir
a acção de factos externos resistindo a nossa vontade. Existir é estar numa relação, tomar
um lugar na infinita miríade das determinações do universo, resistir e reagir, ocupar um
tempo e espaço particulares. Onde quer que haja um fenómeno, há uma qualidade, isto é,
sua primeiridade. Mas a qualidade é apenas uma parte do fenómeno, visto que, para existir,
a qualidade tem que estar encarnada numa matéria. O facto de existir (secundidade) está
nessa corporificação material. Assim sendo, Secundidade é quando o sujeito lê com
compreensão e profundidade de seu conteúdo. Como exemplo: "o homem comeu
banana", e na cabeça do sujeito, ele compreende que o homem comeu a banana e
possivelmente visualiza os dois elementos e a acção da frase.
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3.2 A Semiótica Peirceana

Experiências sígnicas

TERCEIRIDADE - primeiridade é a categoria que da à experiência sua qualidade distintiva,


seu frescor, originalidade irrepetivel e liberdade. Segundidade é aquilo que da a experiência
seu caráter factual, de luta e confronto. Finalmente, Terceiridade corresponde à camada
de inteligibilidade, ou pensamento em signos, através da qual representamos e
interpretamos o mundo. Por exemplo: o azul, simples e positivo azul, é o primeiro. O céu,
como lugar e tempo, aqui e agora, onde se encarna o azul é um segundo. A síntese
intelectual, e laboração cognitiva – o azul no céu, ou o azul do céu -, é um terceiro. A
terceiridade, vai além deste espectro de estrutura verbal da oração. Ou seja, o indivíduo
conecta à frase a sua experiência de vida, fornece à oração, um contexto pessoal. Pois "o
homem comeu a banana" pode ser ligado à imagem de um macaco no zoológico; à cantora
Carmem Miranda; ao filme King Kong; enfim, a uma série de elementos extra-textuais.

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3.2 A Semiótica Peirceana

Experiências sígnicas

Primeiridade Secundidade Terceiridade


É o modo de ser daquilo É o modo de ser daquilo É o modo de ser daquilo
que é tal como é, sem que é tal como é, em que coloca em relação
referência a qualquer relação a qualquer outra recíproca um primeiro e
coisa. coisa. um segundo…

Pura qualidade de sentimento. É a nossa consciência que …“numa síntese intelectual [...]
“A mera qualidade em si mesma reage constantemente com o pensamento em signo”.
da vermelhidão, sem relação mundo. Primeiro: o simples e positivo
com nenhuma outra coisa, “[...] a qualidade sui generis do azul
antes que qualquer coisa no vermelho no ceu de um certo Segundo: o céu onde se
mundo seja vermelha”. entardecer de outubro”. encarna o azul
Momento de suspensão do Momento da surpresa, do Terceiro: a síntese intelectual “o
pensamento. A consciência choque, do conflito. azul do céu”.
aberta para aquilo que a ela se
apresenta.

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3.2 A Semiótica Peirceana

RELAÇÕES SÍGNICAS

Representâmen
Interpretante
ObjeCto

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3.2 A Semiótica Peirceana

Relações sígnicas:

Signo em relação ao representâmen:

• Quali-signo: uma qualidade que é signo – diz respeito às suas


características que menos o particularizam. Ex.: as cores, os
materiais, a textura, o acabamento.

• Sin-signo: é o aspecto do signo que já o particulariza e individualiza


como ocorrência. Ex.: sua forma, suas dimensões.

• Legi-signo: é como as conversões e as regras, os padrões. Ex.:


aplicações de perspectiva, atendimento as normas.
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3.2 A Semiótica Peirceana

Relações sígnicas:

Signo em relação ao Interpretante:

• Rema: há uma imprecisão de sentido, uma sensação, uma


indeterminação, que se dá no instante inicial de contato com o
novo – um certo espanto, uma surpresa, uma indefinição.

• Dícente: se dá por particularizações interpretativas, afirmações.

• Argumento: há a precisão, rigor científico, o caráter inequívoco.


Nele estão regras precisas, fundamentadas, e não refutadas.

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3.2 A Semiótica Peirceana


Relações sígnicas:

Signo em relação ao Objeto:

• ÍCONE: a representação se dá por semelhança, por meio de


analogia.

• ÍNDICE: a representação se faz por meio de marcas. A relação


é de causalidade.

• SÍMBOLO: a relação se dá por convenção, é determinada por


princípios pré-existentes.

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3.2 A Semiótica Peirceana

Relações sígnicas:

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3.2 A Semiótica Peirceana

Relações sígnicas:

Signo em relação ao Objeto:

Por fim, um ícone é um signo cuja forma


corresponde àquilo a que ele se refere, ou
seja, é semelhante ao que representa. São os
mais fáceis de serem reconhecidos.

Exemplo: uma placa com a imagem do fogo


lembra, imediatamente, o fogo.

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3.2 A Semiótica Peirceana


Relações sígnicas:

Signo em relação ao Objeto:


Um índice, ou “signo natural”, é um signo
que é casual ou estatisticamente relacionado
àquilo a que ele se refere e que não é
produzido de maneira intencional. Têm uma
relação contínua com o que representam
associando uma coisa a outra através da
experiência adquirida.

Nesse sentido, seguindo o exemplo anterior, o


fumo indica que há fogo.

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3.2 A Semiótica Peirceana


Relações sígnicas:
Signo em relação ao Objeto:
Um SÍMBOLO, também chamado de “signo
convencional”, é comum às formas naturais de
linguagem. É um signo cuja forma não tem
qualquer correspondência directa com aquilo que
ela se refere e que não indica necessariamente
sua presença quando ele é utilizado. Para
compreender um símbolo é necessário aprender
o que significa.

Por exemplo: a palavra FOGO não se parece com


o fogo e pode estar escrita em algum lugar onde
FOGO
não exista fogo.

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3.2 Considerações Finais

EXPERIÊNCIA SÍGNICA RELAÇÕES SÍGNICAS

PRIMEIRIDADE: em que predomina o caráter ÍCONES (signos que possuem relação de


qualitativo, pré-reflexivo, sensível. semelhança entre significante e significado, como
a imagem de um automóvel)
SECUNDIDADE: categoria da experiência, onde ÍNDICES (signos que apresentam uma relação
a relação de causa acidental, fortuita, de contiguidade entre significante e significado,
experimentada,constrói a dimensão segunda, que como as pegadas, que indicam a passagem de
se apóia na primeira. uma pessoa num local)

TERCEIRIDADE: é o lugar da regra, da lei, da SÍMBOLOS (signos onde a relação entre


convenção, da ciência, da previsão, do controle. significante e significado é socioculturalmente
definida, como as palavras)

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FIM

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