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UNIDADE 1

História da Semiótica
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Reconhecer a origem terminológica da palavra semiótica.


 Identificar o processo epistemológico da Semiótica.
 Especificar as correntes do século XX da Semiótica.

Introdução
A Semiótica é a ciência geral dos signos. As reflexões sobre o signo e a
significação vêm desde a Antiguidade, mas você sabia que a sistemati-
zação dessas reflexões enquanto ciência ocorreu somente no século XX?
A denominação dessa ciência está ligada à origem grega.
Neste texto, você vai conhecer a história terminológica e epistemo-
lógica da semiótica. A história terminológica apresenta a origem etimo-
lógica da palavra semiótica e de outras denominações que surgiram
dessa mesma origem. Já a história epistemológica aborda o processo
de reflexão sobre essa ciência, iniciando com Platão, a partir do diálogo
platônico Crátilo, e indo até o século XX, com diferentes intelectuais.

História terminológica
A Semiótica teve várias denominações ao longo da história da filosofia, des-
dobrando-se em diferentes formas de abordagem. A etimologia da palavra
Semiótica remete ao grego Semeîon (“signo”), e sêma (“sinal” ou “signo”). A
base morfológica das diversas denominações propostas historicamente para
definir a área de estudo do signo, no entanto, provém de Semio, a transliteração
latinizada do grego Semeîon, acrescida dos radicais parentes sema(t) e saman
(NÖTH, 1995).
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Diversas outras denominações antecessoras e rivais da Semiótica, como


semântica, semasiologia, sematologia, semologia e semiologia, seguiram ca-
minhos distintos, com estudos mais específicos. A semântica e a semasiologia,
por exemplo, tornaram-se áreas dos estudos da linguística. Já a sematologia e
a semologia tiveram o uso restrito a alguns autores que abordaram o fenômeno
na história da Semiótica.
A semiologia foi a principal rival terminológica da Semiótica. O termo havia
surgido em meados do século XVII, com o filósofo alemão Johannes Schulteus,
cuja obra Semeiologia Metaphysiké apresentava uma doutrina geral do signo
e do significado. No entanto, somente no século XX o termo semiologia foi
relacionado à tradição semiótica, a partir da teoria proposta por Ferdinand de
Saussure, seguidas por Louis Hjelmslev e Roland Barthes. Devido a esses
intelectuais, a semiologia passa a ser usada principalmente em países românicos,
enquanto o termo semiótica foi preterido pelos autores alemães e anglófonos.
Para distinguir a Semiótica da Semiologia, alguns semioticistas elaboraram
conceitos que as diferenciam. A Semiótica é abordada como uma ciência mais
ampla dos signos, incluindo os signos dos animais e da natureza; e a Semiologia se
referiria apenas à teoria dos signos humanos, portanto culturais, com foco textual
(NÖTH, 1995, p. 23). Uma distinção mais coerente foi proposta por Hjelmslev e
seguida por Greimas. Os autores definiram semiótica como um sistema de signos
hierárquico relacionados à linguagem, como a língua, o código de trânsito, a
arte, a música, ou a literatura (NÖTH, 1995). Já a semiologia é entendida como
a teoria geral, ou seja, a metassemiótica desses sistemas (metalíngua).
O fim da disputa entre os dois termos no campo científico entre os dois termos
ocorreu oficialmente pela Associação Internacional de Semiótica que, em 1969,
definiu o uso da denominação Semiótica como termo geral para o campo de
investigação nas tradições da semiologia e da semiótica geral (NÖTH, 1995).

História epistemológica
A epistemologia, como área da Filosofia, é responsável pelo estudo do conhe-
cimento e das formas de conhecer. Ao estabelecer uma processualidade nos
estudos sobre o Signo, constrói não só uma história da Semiótica, pois aponta
para um panorama das formas de conhecimento e das estratégias utilizadas
para conhecer nos diferentes períodos.
A Filosofia, conhecida como Ciência Mãe, vai respaldar as proposições
dos diferentes pensadores durante a antiguidade. Platão, Aristóteles e Santo
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Agostinho destacam-se neste período, pois o pensamento dos três filósofos


vai construir as bases do que hoje denominamos Ocidente.
O pensamento de Santo Agostinho vai promover uma aproximação entre
Filosofia e Teologia, abrindo espaço para os escolásticos que marcarão o
período Medieval e Renascentista. A presença de Deus – Teocentrismo – no
conhecimento e na vida será a marca dos quase dez séculos de Idade Média.
No final do período ocorrerá o ressurgimento do humanismo e a inserção de
uma abordagem mais lógica.
Esse movimento nas formas de conhecer e viver possibilitará o surgimento
das duas formas de conhecer que levarão ao surgimento e centralidade da
ciência: o racionalismo e o empirismo. O desenvolvimento dessas epistemes
e o apogeu iluminista possibilitarão a estruturação já no século XX da Se-
miótica como ciência, o que marca igualmente a ideia de uma especialização
do conhecimento.

Semiótica avant la lettre


O processo de formação da ciência geral dos signos iniciou com alguns pen-
sadores do período greco-romano, que desenvolveram uma Semiótica avant la
lettre (à frente da letra) estudando os signos, a significação e a comunicação.
Platão (427-347) investigou os signos a partir de vários aspectos, apontando
que o signo apresentava elementos verbais e de significação. O modelo platônico
do signo foi definido em três componentes: o nome (noma, nómos), a noção ou
ideia (eîdos, lógos, dianóema) e a coisa (prágma, ousía). No diálogo Crátilo,
Platão (2001) investigou a relação entre esses três componentes, a fim de apon-
tar se a relação ocorria de forma natural, ou a partir das convenções sociais.

O diálogo Crátilo, de Platão (2001), é o texto básico da filosofia helênica sobre a linguagem.
Nele, Crátilo, Sócrates e Hermógenes, discípulo de Sócrates, discutem questões linguísticas
e filosóficas que tiveram grande influência na história do pensamento linguístico ocidental.

Aristóteles (383-322) propôs uma nova abordagem na questão do signo.


Em seus estudos, o filósofo elaborou uma teoria dos signos a partir da lógica
e da retórica, definindo o signo a partir de um modelo igualmente triádico: o
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convencional (symbolon), as afecções da alma (phathémata) e o retrato das


coisas (prágmata). Também restringiu o signo ao sentido verbal, utilizando
a indução para o processo de significação desses signos.
No entanto, foram os filósofos estoicos (300 a.C. a 200 d.C.) que criaram
a teoria da significação, utilizando o modelo triádico, mais elaborada da an-
tiguidade. Consideraram que o signo é composto por três componentes: “[...]
semaínon, que é o significante, a entidade percebida como signo; semainó-
menon, ou lékton, que corresponde à significação, ou significado; tygchánon,
o evento ou o objeto ao qual o signo se refere [...]” (NÖTH, 1995, p. 29-30).
Referem-se ao semaínon e ao tygchánon como entidades e não como nomes,
ou palavras, porque as consideram materiais, enquanto identificam o lékton
como imaterial.
Os epicuristas (300 a.C.), em oposição aos estoicos, desenvolveram um
modelo diádico do signo, em que tratam apenas do significante (semaínon) e
o objeto referido (tygchánon), definindo o signo como um fato perceptivo que
representa algo não perceptível. O modelo segue uma epistemologia materia-
lista. A maior contribuição dos epicuristas foi a zoossemiótica, estudos sobre a
linguagem animal, a partir das suas formas primitivas de comunicação à base
de sinais. Essa linha não pressupõe combinações lógicas, porque se utiliza de
pistas para interpretação dos signos.
No século II, iniciaram os primeiros passos da semiótica médica, com os
estudos dos sinais ou sintomas desenvolvidos por Galeano Pérgamo (139-199), a
partir do diagnóstico e o prognóstico. No século XVIII, a medicina médica vai
ser ampliada para três níveis de investigação, a anamnéstica (história médica
do paciente), a diagnóstica (sintomas da doença) e a prognóstica (predições
e projeções da doença).
O apogeu da semiótica antiga aconteceu na obra de Aurélio Agostinho
de Hipona (354-430), conhecido como Santo Agostinho e considerado o
fundador da Semiótica. Suas ideias sobre a semiótica foram abordadas nos
tratados De Magistro (389), De Doctrina Christina (397) e Principia (384).
Não desconsiderou a teoria epicurista, mas seguiu mais os princípios estoicos
sobre a semiótica, afirmando a interferência mental no processo de semiose.
Também propôs distinguir os signos naturais dos convencionais. Os signos
naturais significam involuntariamente algo. Um exemplo é a fumaça que se
mostra sinal de fogo. Os convencionais são criados pelos homens, como as
palavras e a lei. Agostinho deu continuidade dos estudos dos signos semióticos
verbais e não verbais. Seus estudos projetaram a abordagem escolástica que
marcaria a Idade Média.
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Semiose é o processo entre o significante e o significado, de Saussure; e a operação


recíproca entre a forma da expressão e a do conteúdo, de Hjelmslev (GREIMAS; COURTÉS,
2016). É sinônimo de função de Semiótica.

Semiótica no campo da Escolástica


A Semiótica na Idade Média desenvolveu-se no campo da escolástica (teologia
e filosofia) e do trivium das artes liberais (gramática, retórica e dialética –
lógica). Na semiótica medieval, as pesquisas sobre as doutrinas do realismo
e do nominalismo foram significativas. A primeira premissa corresponde as
suposições e a segunda aos modos de significação. Tanto uma quanto a outra,
estavam voltadas para existência de universais. Foi nesse período que surgiu a
distinção entre denotação e conotação, além da teoria da representação, com
estudos voltados para semiótica de signos, símbolos e imagens.
Na Idade Média e mesmo na Renascença, eram utilizados vários modelos
de semiótica para a interpretação de signos humanos, animais e naturais. Na
Idade Média, eram calcados nos sentidos exegéticos, enquanto na Renascença
baseavam-se nas assinaturas das coisas. O sentido exegético baseia-se na
hermenêutica bíblica, que busca quatro níveis diferentes de explicação do
mesmo texto, apresentados no nível literal ou histórico, tal como é; tropoló-
gico, refere-se à vida do homem; alegórico, propósito de Deus e da Igreja; e
o anagógico, os mistérios celestes.
A doutrina das assinaturas das coisas foi apresentada pelo médico suíço
Paracelso (1493-1541), que apresentou um sistema de códigos para interpreta-
ção de todos os signos naturais. No sistema, Deus não está só como autor das
mensagens. O homem, archaeus (o princípio interior do desenvolvimento) e
astros também os produzem (NÖTH, 1995).
Muitos dos escolásticos, como Roger Bacon (1215-1294) e Jean Poinsot
(1589-1644), voltaram-se para o estudo da teoria geral dos signos. Bacon
escreveu o tratado De Signis, no qual trata especificamente dos signos, bus-
cando classificar todos os tipos de signo existentes. Por seu lado, Jean Poinsot
escreveu o Tractatus de Signis (1632) em que apresentou os estudos do signo a
partir do campo da lógica, definindo os instrumentos utilizados para cognição
e para falar dos signos (NÖTH, 1995). A perspectiva da lógica do autor será
importante para os estudos desenvolvidos a partir do século XVI.
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Semiótica no campo do Racionalismo, Empirismo


e Iluminismo
No século XVI e XVIII, a Semiótica desenvolveu-se no campo das três correntes
filosóficas, o Racionalismo francês, Empirismo inglês e o Iluminismo alemão.
No Racionalismo francês, René Descartes desenvolveu sua teoria das ideias,
propondo que o signo parte de três elementos mentais: as ideias adventícias,
que chegam à mente a partir dos sentidos; as ideias fictícias, produzidas pela
imaginação; e as ideias inatas que existem por si só na mente e não precisam
da experiência para se realizar. Em sua teoria, o signo não tem caráter referen-
cial, porque não precisa existir a partir do contato com o mundo real. Dessa
maneira, é a ideia da coisa que representa e da coisa representada.
Na episteme do empirismo inglês, as ideias semióticas apareceram nas obras
de John Locke (1632-1704), Thomas Hobbes (1588-1639), George Berkeley
(1685-1753) e David Hume (1711-1776). Locke, considerado o principal pensador
sobre a história da Semiótica, a partir de seus estudos definiu os signos como
instrumentos de conhecimento e distinguiu-os em duas classes, das ideias e das
palavras. As ideias são elaboradas a partir das sensações (experiências), seguida de
reflexão. As ideias complexas são construídas pela operação mental (pensamento),
relacionadas com as ideias simples (NÖTH, 1995). Esse estudo foi abordado
em An Essay on Human Understanding, de 1960 (Ensaio sobre o entendimento
humano) quando utiliza o termo Semiótica (JAPIASSÚ; MARCONDES, 2006).
No período do pré-iluminismo, Giambattista Vico (1668-1774) contribuiu
para os estudos de semiótica, em sua obra Scienza Nuova, de 1875, abordando
o estudo dos mitos, metáforas, língua e evolução dos signos da humanidade.
Nessa última premissa, observou três etapas no desenvolvimento dos signos
da humanidade: era divina, era heroica e era dos homens.
O iluminista Etienne de Condillac (1715-1780) aprofundou os estudos sobre
a origem da linguagem, a partir dos signos aplicados na cognição humana. Na
obra Essai sur l’origine des connaissances humaines (ensaio sobre a origem
da consciência humana), apresenta a semiose como um processo genético que
inicia em níveis primitivos, como a sensação, e vai até níveis mais complexos
como a reflexão. A partir disso, classificou três tipos de signos, os causais ou
acidentais, os naturais e os convencionais.
O enciclopedista Diderot (1713-1784), nas obras Lettres sur les aveugles
(1749) e Lettre sur les sourds et muets (1751), evidenciou os estudos genéticos
de semiose humana, estabelecendo onde há diferença entre comunicação verbal
e não verbal. A Semiótica do Iluminismo teve ainda os dois expoentes alemães:
Christian Wolff (1679-1754) e Heinrich Lambert (1728-1777).
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Wolff em sua obra Philosophia Prima (1720), no capítulo De Signo, apre-


senta a definição e tipologia de signo. Lambert publicou o primeiro tratado
da teoria do signo, denominada Signo (1746), em que distinguiu quatro tipos
de signos, os naturais, os arbitrários, as meras imitações e as representações.
No século XIX, a Semiótica vai estar voltada para a noções básicas de sím-
bolo e imagem. Hegel (1770-1831) foi um dos principais filósofos que definiu as
fronteiras semióticas, abordando a diferença entre signos e símbolos. Definindo
o signo como representação de alguma coisa e o símbolo a manifestação de
algo. Os debates desde o racionalismo até o século XIX prepararam as bases
para a estruturação da Semiótica como ciência, o que vai ocorrer no século XX.

As correntes da Semiótica no século XX


O aprofundamento das abordagens racionalistas, empiristas e, principalmente,
o projeto Iluminista de sistematização e organização do conhecimento vai
levar, por um lado, à especialização e ao surgimento de diferentes ciências
e, por outro, à fragmentação do conhecimento. Não será diferente com os
estudos sobre o signo.
Nesse contexto, no século XX, quase que simultaneamente, surgem dis-
tintas correntes de estudo de Semiótica. Nos EUA, numa tradição ligada ao
empirismo, os estudos serão propostos pelo filósofo e lógico Charles Sanders
Peirce (1839-1914). Na França, com viés racionalista, o linguista Ferdinand
Saussure (1857-1915) iniciará uma corrente pensando a partir das estruturas da
linguagem. Na União Soviética, os filólogos Potiebniá (1835-1891) e Viesselovski
(SANTAELLA, 1983) proporão uma perspectiva mais culturalista. Essas serão as
matrizes que desencadearão as principais vertentes de estudo contemporâneos.
A Semiótica peirceana estuda os signos associado à lógica. Com isso,
tem o intuito de classificá-los e descrevê-los. Considera que tudo no mundo
é signo, o ser homem, as suas ações, suas ideias e os objetos. Possui uma
visão pragmática, ou seja, considera válido somente o conhecimento que tem
aplicabilidade social.

Pragmática é o estudo da linguagem a partir de uma concepção filosófica, valorizando


a prática mais que a teoria, levando em conta as consequências e efeitos dessa ação.
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A Semiologia saussureana investiga todos os sistemas de signos, a partir do


contexto social, sendo a Linguística uma vertente. Parte da análise da lingua-
gem natural para os outros sistemas de significação, com enfoque estruturalista.
O sistema proposto por Saussure desvincula a língua e a linguagem, buscando
a constituição de um modelo geral para o estudo de todas as linguagens.

Estruturalismo é uma das principais correntes de pensamento do século XX, que busca
extrair a estrutura do sistema a partir da análise das relações em todos os sentidos.

Um dos desdobramentos dessa proposição será a Semiótica discursiva,


ou greimasiana. Os estudos voltam-se para o discurso, com base na estrutura
narrativa que se manifesta em todos os tipos de texto. Nesta perspectiva, todas
as manifestações do homem são consideradas textos e discursos.
A Semiótica da Cultura, ou Russa, teve como percursores Aleksandr Po-
tiebniá e Aleksandr Viesselovski. No entanto, de fato, vai se estruturar teori-
camente na escola de Tártau-Moscou com a criação da disciplina Semiótica
da Cultura, pois é quando vai se constituir como um método, investigando
as relações entre o sistema de signos a partir do contexto cultural. A cultura
é vista como uma linguagem verbal e a comunicação desta como semiose
(SCHNAIDERMAN, 1979).

Reflexões
As proposições e desdobramentos, ao longo do processo histórico da termino-
logia e da epistemologia semiótica, favoreceram a sua constituição enquanto
ciência. Isso ocorreu devido ao acúmulo de formulações e descobertas sobre
os signos e a significação, a partir de diferentes pensadores que utilizaram
o conhecimento de seu tempo a fim de compreender e explicar o fenômeno.
Esses estudos, desde Platão até o século XIX, possibilitaram uma especiali-
zação do conhecimento a partir de um objeto bem definido, o signo, levando
à constituição de uma ciência, a Semiótica. Essa definição vai possibilitar o
desdobramento em diferentes correntes a partir do século XX, com destaque
para a Semiótica peirceana, a Semiologia de Saussure e a Semiótica Russa.
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1. A etimologia da palavra semiótica c) Semaínon (o significante),


remete ao grego semeîon - “_________”, semainómenon ou lékton (a
e sêma - “_________” ou “_________”. significação) e o tygchánon (o
Assinale a alternativa que preenche objeto ao qual o signo se refere).
corretamente os espaços em branco: d) Significante (semaínon) e o
a) signo / sinal / signo; objeto referido (tygchánon).
b) semio / sema(t) / saman; e) Anamnéstica (história médica do
c) semântica / semasiologia paciente), a diagnóstica (sintomas
/ sematologia; da doença) e a prognóstica
d) sematologia / semologia (predições e projeções da doença).
/ semeologia; 4. Foi considerado o principal pensador
e) século XX / semiologia da semiótica na perspectiva do
/ semiótica. Empirismo inglês porque definiu
2. Assinale a alternativa correta que os signos como instrumentos de
apresenta os principais filósofos conhecimento e distinguiu-os
que iniciaram os estudos sobre em duas classes: as ideias e as
semiótica no período avant la lettre: palavras. Assinale a alternativa
a) Paracelso, Roger Bacon que apresenta esse pensador:
e Jean Poinsot. a) Giambattista Vico.
b) Platão, Aristóteles, Galeano de b) Etienne de Condillac.
Pérgamo e Santo Agostinho. c) René Descartes.
c) Descartes, Locke, Hobbes, d) John Locke.
Berkeley, Hume, Vico, Condillac, e) Denis Diderot.
Diderot, Wolff, Lambert e Hegel. 5. Marque a alternativa que apresenta
d) Aleksandr Potiebniá e as correntes de estudo da semiótica
Aleksandr Viesselovski. que surgiram no século XX:
e) Charles Peirce e Ferdinand a) Semântica, semasiologia,
de Saussure. sematologia, semologia
3. Podemos afirmar que o modelo e semiologia.
triádico dos estoicos foi o mais b) Anamnéstica, diagnóstica
elaborado da Antiguidade, e prognóstica.
pois distinguiu o signo em c) De Magistro, De Doctrina
três componentes: Christina e Principia.
a) O nome (noma, nómos), a noção d) Racionalismo francês, Empirismo
ou ideia (eîdos, lógos, dianóema) inglês e o Iluminismo alemão.
e a coisa (prágma, ousía). e) Semiótica peirceana, semiologia
b) O convencional (symbolon), as saussureana, semiótica discursiva
afecções da alma (phathémata) e e semiótica da cultura.
o retrato das coisas (prágmata).
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GREIMAS, A. J.; COURTÉS, J. Dicionário de semiótica. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2016.
JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
NÖTH, W. Panorama da semiótica: de Platão à Peirce. São Paulo: Annablume, 1995.
PLATÃO. Diálogos. 3. ed. Belém: UFPA, 2001. v. 6.
SANTAELLA, L. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983.
SCHNAIDERMAN, B. Semiótica russa. São Paulo: Perspectiva, 1979.

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