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interpretação de seu autor Ferdinand Suassure, ele via a linguagem como um sistema de
signos que devia ser estudado sincronicamente e não diacronicamente por um significante e
significado, exemplo: a palavra “gato” seu significante e significado é arbitrário, para ele não
há razão para essas quatro marcas (letras) significar “gato” a não ser a convenção cultural e
histórica.
A relação entre a totalidade e aquilo a que se refere o signo também é arbitraria, cada signo
tem significação a medida que se difere, só se percebe a diferença de “gato”, por não ser
“mato”, “tato”, “pato”, afirma haver apenas diferenças e que o significado não esta contido no
signo, mas funcional resultante das diferenças com outros signos, não esta interessado em
investigar o que as outras pessoas realmente dizem, mas na estrutura objetiva dos signos que
torna possível a sua fala, o que ele chamou de “Langue”(distinção entre língua e fala - a língua
"é um sistema lexico-lógico e gramatical que existe potencialmente na consciência" das
pessoas que falam a mesma língua). O estruturalismo é uma tentativa de aplicar essa teoria a
outros objetos e atividades não a própria língua.
Para Frederic Jameson é uma tentativa de repensar tudo em termos linguísticos, a linguagem
tornou-se um paradigma com uma obsessão para a vida intelectual do século XX.
Jakobson contribuiu particularmente para a Poética, para ele a linguagem poética consistia na
relação do autoconsciente da linguagem para consigo, para ele toda comunicação envolve 6
elementos:
1. O emitente.
2. O receptor.
3. A mensagem passada entre eles.
4. Um código comum tornando a mensagem inteligível.
5. Um contato (meio físico da comunicação).
6. Um contexto a que se refere.
Algumas formas literárias como a prosa realista tendem a ser metonímicas ligando signos por
sua associação entre si, outras formas como a poesia romântica e a simbólica são altamente
metafóricas.
Os poemas eram estruturas funcionais, onde os signos deveriam ser estudados por si mesmos
e não com base numa realidade exterior.
A obra literária era relacionada com o mundo pelo conceito formalista da desfamiliarização.
Não admitindo a linguagem estamos também transformando nossa consciência.
Segundo Jan Mukarovsky a obra de arte só é vista como tal em contraposição ao pano de
fundo mais geral das significações, somente com um desvio sistemático da norma linguística,
ele distingue entre “artificio material” que é o livro físico, a pintura ou a escultura em si, e o
“objeto artístico” que só existe na interpretação humana do fato físico.
A fusão com a escola de Praga a apalavra estruturalismo se aproxima da fusão com a palavra
“Semiótica” que significa – estudo sistemático dos signos. Estruturalismo indica um método de
investigação, e semiótica um campo particular de estudo, o dos sistemas normalmente
considerados como signos: poemas, canto dos pássaros, sinal de transito.
1. O signo “icônico” – quando se tem uma forma de signo que se semelhante que
representa (retrato de uma pessoa).
2. O signo “indéxico” – quando o signo está associado àquilo que é indicação (fumaça
indicando fogo, pintas na pele com marcas de sarampo).
3. O signo “simbólico” – quando o signo está apenas arbitrário ao seu referente (como
nos afirma Suassure).
O semiotista soviético Yuri Lotman para ele as diferenças e paralelismo do texto so existem em
termos relativos e só podem ser percebidas umas com as outras. Lotman observa “informação
é beleza”.
A poesia observa o mínimo de redundância para facilitar a comunicação do que para transmitir
uma informação e ainda assim consegue transmitir uma serie rica de mensagens que qualquer
outra forma de linguagem.
Todo texto literário e composto de sistemas (léxico, gráfico, métrico, fonodiologico) cada um
representa uma norma da qual os outros se desviam criando um código. No momento em que
um sistema do poema se demonstra demasiado outro interrompe para dar nova vida. Para
Lotman o texto poético é um sistema de sistemas uma relação de relações, o quer que vá
perceber no texto só é possível graças ao contraste e a diferença.