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PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL

AULA 01 - Introdução a prótese total

Moldagem funcional (moldagem de trabalho): moldagem final com moldagem correta da área
chapeável, dos limites anatômicos de forma estática e dinâmica, com os tecidos em movimento,
para que o modelo funcional obtido que vai ser a matriz para a futura prótese total (acompanha
toda a confecção da prótese. Montar no articulador (montar o superior com o arco facial e
articular o inferior). Através das bases de prova consegue-se relações intermaxilares.

Provas funcionais: validar o trabalho feito no articulador, para ver se foi feito de forma correta na
boca do paciente

Paciente desdentado total: alteração no terço inferior da face.

Modelo preliminar obtido a partir de moldeira de estoque, por uma moldagem preliminar. Pode
ser com silicone ou alginato. Vazamento e a partir do modelo preliminar começa a execução
laboratorial. Delimita-se inicialmente a área chapeável - área de cobertura da prótese total (não
tem certeza), sabendo os acidentes anatômicos. Confeccionar uma moldeira individual a partir
desse modelo (resina incolor é melhor para visualizar a delimitação com lápis). Levar a moldeira
na boca e realizar a delimitação da área chapeável diretamente na boca do paciente (delimitação
final). Ajuste 2 mm aquém da área chapeável

Moldagem funcional: ajuste da moldeira, selamento periférico com godiva e moldagem


propriamente dita com material específico. Obter o molde funcional ou de trabalho, a partir da
moldagem funcional.

Preservação da área periférica (debrum): importante para estabilização da dentadura

Confeccionar as bases de prova, uma base de resina acrílica com plano de cera (determinar as
relações intermaxilares, as linhas de referência que auxiliam na seleção dos dentes artificiais). O
contorno de cera permite a delimitação dos dentes.

O arco facial orienta a montagem do modelo superior no articulador

Os limites de cera permitem a montagem dos dentes. Escultura da gengiva. Prova na boca,
acrilização da prótese. Acabamento e polimento.

MOLDAGEM PT

O ideal seria que a prótese cobrisse a maior parte possível do rebordo, sem interferir em nenhuma
musculatura (retenção sem que, quando o paciente fale, ela caia). Há limites: inserções
musculares. Cobrir a maior parte possível sem interferir em nenhuma musculatura (musculatura
empurra a prótese durante a função).

- 2 etapas: 1ª moldagem anatômica/preliminar e 2º funcional (feita com a função muscular)


Afastar ao máximo os tecidos para que possa ser construída uma moldeira no limite da função
muscular. Determinar no modelo até onde irá com a moldeira e checar na boca se a moldeira está
interferindo com a musculatura ou não, ajustar a moldeira na boca e realizar a segunda
moldagem, a moldagem funcional.

- Moldagem: ato clínico que visa obter a reprodução negativa dos tecidos da área de suporte,
estabilização e selado periférico da futura prótese total.

- Tipos de moldagem em PT
Preliminar ou anatômica: É utilizada para a reprodução estática tanto da área chapeável quanto
das estruturas vizinhas interessadas

Secundária ou Funcional: é utilizada para a reprodução da área chapeável e estruturas vizinhas


interessadas em posição dinâmica (o limite da moldagem será a ação das estruturas vizinhas,
para que durante a função não haja o deslocamento da prótese pela ação da musculatura
paraprotética.

Moldagem preliminar
Objetivo: obter uma cópia da conformação geral da boca. Ter informações importantes: altura e
forma de rebordo, acidentes anatômicos (torus), hiperplasia. Auxilia no diagnóstico inicial. Afastar
a mucosa móvel ao máximo, recebendo, ao mesmo tempo, as suas impressões no estado de
tensão/ação (não se preocupa com o limite muscular).

Técnica de moldagem
1. Instrumentais
Cubeta, espátulas (gesso e alginato), lamparina e lecron, moldeiras (TT para desdentado, vários
tamanhos)

Para usar alginato, os bordos da moldeira devem ser vedados com cera utilidade e alginato mais
viscoso. A godiva não é muito utilizada (biossegurança). Pode-se moldar com godiva (técnica com
a godiva em placa, que utiliza a moldeira lisa), alginato e silicone (moldeiras perfuradas). Ambas as
moldeiras são específicas para desdentado. O material deve ser viscoso.

2. Posição de moldagem
Posição do paciente: altura da cabeça na altura do antebraço. Realizar a moldagem pela frente do
paciente (introdução e centralização pela frente). Introduzir a moldeira e aprofundar por trás.

*Será confeccionada uma moldeira personalizada para o paciente a partir dessa moldagem

3. Seleção das moldeiras e material moldador


Seleção da moldeira (moldeira pré-fabricada): Começar a testar as moldeiras pela média, ver se
cobre o túber, girar para frente e observar se cobre a pré-maxila (sobrar espaço na região anterior
da maxila). A própria prótese do paciente pode orientar a seleção das moldeiras. Na arcada
inferior, cobrir a papila piriforme e girar para frente

Seleção do material - depende do tipo de rebordo. Por exemplo, em rebordo muito retentivo a
godiva não deforma para retirar, e pode agarrar no rebordo. Além de o pesado do silicone de
adição ser muito rígido e ruim para ser utilizado em rebordos irregulares.
- Rebordos e mucosas normais (pode usar godiva)
- Rebordos irregulares e retentivos, fibromucosa flácida (material rígido pode deformar a
mucosa) e hipertrófica (pode usar alginato)

*O alginato é o mais utilizado geralmente

4. Preparo do material moldador


Técnica com godiva: ¾ da placa de godiva, plastificar em temperatura adequada (55-65º), imersão
em água e manipulação. Inserção do material na moldeira. Acomodação adequada (virar sobre o
bordo, cobrir o bordo da moldeira com material). Importante moldar o fundo de sulco nos
desdentados, o bordo deve estar coberto por material (para moldar o fundo do vestíbulo). O
material deve estar viscoso o suficiente para ficar na moldeira.

5. Moldagem propriamente dita


- Introdução da moldeira (de frente para o paciente, afastar a comissura com um dedo e
afastar a outra comissura com a própria moldeira)
- Centralização da moldeira (Ir atrás do paciente e checar centralização)
- Aprofundamento ou compressão
- Ativação da musculatura (estabilizar a moldeira com uma das mãos e tracionar lábio e
bochecha, para empurrarem o material no fundo de vestíbulo) *No inferior, pedir para o
paciente fazer movimento de língua (colocar a língua para fora, para cima, para o lado e
para o outro para moldar o m. milo-hióideo)
- Remoção, lavagem e análise do molde (deve-se enxergar o fundo de sulco, rebordo,
processos zigomáticos, bridas)
- Testes de retenção e estabilidade, suporte

Análise do molde
- Defeitos que podem ser corrigidos: pequenas imperfeições nas regiões de selado periférico
e extensão posterior. Pequenas rugosidades superficiais.
- Defeitos que não podem ser corrigidos: molde descentralizado, instabilidade (báscula), falta
de material no sulco ou no palato, excesso/falta de compressão.

6. Desinfecção do molde
- Hipoclorito de sódio a 1% ou glutaraldeído a 2% (imersão ou spray por 10 minutos)

7. Vazamento do gesso
O gesso deve virar a borda da moldeira coberta com material, 2 a 3 mm para enxergar o fundo do
vestíbulo (rebordo e fundo de vestíbulo devem estar aparentes)

Determinar a área basal ou chapeável e construir a moldeira individual

Modelo anatômico ou preliminar


● Arquivo do profissional
● Visualização da extensão da área chapeável
● Análise das inserções musculares
● Análise do rebordo
● PT imediatas
● “Matriz” para moldeira individual

MOLDEIRAS INDIVIDUAIS

Moldeiras confeccionadas especificamente para o paciente utilizando o modelo preliminar


correspondente.

Partes da moldeira: arestas ou bordas; recorte para os freios; sulco ou bacia

Finalidades: delimitar a área basal ou chapeável (até onde for a moldeira irá a PT); receber, levar e
manter o material moldador em posição durante a atividade funcional; minimizar a alterações
dimensionais (camada de material uniforme dentro da moldeira)

Requisitos: Resistência; adaptação correta; extensão adequada; espessura satisfatória; estabilidade


dimensional; espaço para o material de moldagem.

Classificação: material, técnica de confecção e adaptação (vai depender do tipo de rebordo)

Material: resina acrílica, metálicas, termoplastificadas, acetato

Adaptação
- Adaptadas
- Aliviadas: parcialmente aliviadas (maioria das vezes alívio nas retenções, áreas flácidas e
regiões que não querem ser comprimidas - rafe, bridas palatinas, área anterior da maxila)
ou totalmente

Alívio - depende da flacidez do rebordo (0,5 a 0,9 mm)


- Muito flácido: janela + material leve
- Flacidez média: perfurações + material leve
- Pouco flácido: alívio no modelo preliminar
Técnicas - totalmente/parcialmente aliviada: laminada, fluida, resina fotoativada, uso da prótese
do paciente, acetato

1. Delimitação da área chapeável


Área tecidual que será coberta pela prótese
Zona de alívio: rebordo flácido, papila incisiva, áreas retentivas, fossa lingual
SS na mandíbula: plataforma bucal (entre o masseter e o bucinador)
Selado posterior na mandíbula: área de papila piriforme

Delimitação inicial da área chapeável


- Superior: 2 mm aquém do fundo de sulco: compressão durante a moldagem

Contornar o freio labial anterior, 2 mm aquém do sulco, contornar o processo zigomático,


contornar o túber, atrás das fóveas palatinas, no limite entre palato duro e mole. Após delimitar a
AC, realizar o alívio na papila incisiva, rugosidade palatina e rafe (áreas retentivas como vestibular
do túber, região anterior de maxila e áreas flacidas)

- Inferior
Passar na plataforma bucal (área de suporte importante), subir pela linha oblíqua externa,
contornar a papila piriforme, descer na região distolingual e ir pela linha miloidea (inserção do
músculo). Na região anterior, contornar o m. genioglosso no tubérculo geni e atrás na fossa
lingual (aliviar regiões flácidas, retentivas e irregulares com cera utilidade, afastando a moldeira do
local). Alívio: papila piriforme, fossa retro miloídea, forames mentoniano, áreas retentivas.

- Técnica laminada
Vantagens: facilidade de confecção; espessura uniforme
Desvantagens: Laminador; alteração dimensional da resina

Materiais: lamparina, cera utilidade, espátula


Isolar o gesso, secar bem. Isolar a placa de vidro com vaselina

Não deixar chegar na fase plástica da resina. Tirar da placa na fase pegajosa, para conseguir
adaptar no modelo. Recortar com o lecron, no limite marcado. Posteriormente, construir o cabo.
Deve estar em 45º em relação ao rebordo. Acabamento.

Pode fazer também com resina fluida (precisar saber lidar bem com resina), resina fotoativada
(facilidade de confecção, espessura uniforme, ausência de bolhas, lisura, porém alto custo),
moldeira de acetato (facilidade de confecção, espessura uniforme, porém alto custo e aderência
ao material de moldagem), construir a moldeira a partir da PT do paciente (pouco usada).

Moldagem preliminar -> modelo preliminar -> examinar e detectar pontos que precisa de alívio ->
delimitar área chapeável -> construir moldeira individual (técnica da resina laminada)

Moldeira individual personalizada -> moldagem funcional -> obtenção do modelo de trabalho
(funcional). O modelo funcional será o modelo que acompanhará o trabalho até a entrega da
prótese total
REMONTAGEM DA PT
TECNICA DE AJUSTE OCLUSAL NAS PT
SEQUENCIA DE AJUSTE

TODO AJUSTE OCLUSAL É BASEADO NOS CONTATOS PREMATUROS EM RELAÇÃO CENTRAL.


PRIMEIRA COISA: identificar os contatos prematuros. queremos no ajuste o maior numero de
contatos possiveis em relação centrica

COMO AJUSTAR?

cuspide de suporte X fossa: aonde desgastar? desgasta na fossa porque a cuspide de suporte é
mais importante
cuspide ou vertente triturante? vertente
cuspide suporte x crista marginal: desgasta a crista
vertente triturante x vertente lisa: da preferencia a vertente da cuspide de nao contenção
(superior)

checar com celofane..carbono rasga. identifica o ocntato com celofane e depois usa carbono para
marcar.
OBS: o pino incisal TEM que tocar a mesa incisal - isso está relacionado com a DV do paciente.

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