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Moldagem em PT

● Zonas da área chapeável:


Deve ser delimitada em moldagem preliminar com lápis, contornando freios, bridas,
papilas retromolares, distantes 3mm do fundo do sulco.
Suporte principal: Crista do rebordo superior e inferior. Recebe diretamente as cargas
mastigatórias.
Suporte secundário: Lateral do palato duro, vestibular e lingual da mandíbula.
Coadjuvante na recepção de forças mastigatórias.
Selado posterior: Limite entre palato duro e mole.
Selado periférico: Uma área de 2-3mm que acompanha o fundo de sulco vestibular e
lingual, são as bordas da prótese. A prótese deve estar em constante contato com essa
área pq ela é móvel e promove o selamento e retenção
Áreas de alívio: São áreas retentivas que não podem ser comprimidas pela prótese.
Forame incisivo, papila incisiva, rugosidades palatinas, sutura palatina, tórus, forame
mentual, cristas ósseas afiladas…

● Tipos de moldagem:

REBORDO REGULAR : Alívio de áreas retentivas + material rígido (pasta ZOE) ou


Alívio total da moldeira + material elástico (siliconas, poiéter…)
REBORDO RETENTIVO OU FLÁCIDO: Alívio total da moldeira + material elástico de
média consistência (siliconas, poliéter…)
Preliminar/ Anatômica/ Estudo: Reproduz detalhes anatômicos da área chapeável e
tecidos adjacentes, tecidos distendidos pelo material da moldagem.
- Godiva (para mucosa firmemente aderida COMPRIMIR) e hidrocolóides (para
qualquer tipo de rebordo NÃO COMPRESSÍVEL)
- Moldar com movimentos de lábios, língua, engolir
Funcional: Realizada com moldeira individual ajustada e delimitada de toda área
chapeável. Reprodução dos tecidos com o mínimo de distorção, alívio de freios, limites
de freios e inserções, máxima cobertura tecidual, adaptação íntima aos tecidos.
❖ Existem algumas técnicas que são classificadas de acordo com o grau de
compressão que exercem sobre os tecidos.
Técnica compressiva: Comprime igualmente os tecidos do rebordo. Materiais rígidos
como godiva. Indicada para rebordos firmes e aderentes com resiliência normal.
Técnica da mínima compressão: Moldeiras totalmente aliviadas e com furos e materiais
de fácil escoamento. Busca reduzir ao máximo a pressão exercida. Indicada para todo
tipo de fibromucosa, principalmente aquelas com muitas retenções
Técnica da compressão seletiva: Uso de moldeiras parcialmente aliviadas e material de
fácil escoamento. Direciona maior pressão para áreas não aliviadas. Pode ser usado um
material denso na borda da moldeira e um mais fluido para moldagem final. Indicada
para todos os tipos de rebordo, principalmente aqueles mais flácidos.
Moldeira individual:
Ajuste da moldeira na maxila: será feito por hemiarcada.
- Aliviar freios
- Segurar moldeira no centro do palato com dedos indicadores da mão oposta ao
lado que será ajustado
- Tracionar lábio para baixo e para dentro, tracionar bochechas (um movimento de
cada vez). Se houver deslocamento da moldeira ao realizar esses movimentos
significa sobrextensão, ela deve ser desgastada.
- Aliviar a região zigomática.
- Recortar a moldeira contornando a tuberosidade.
- Verificar se na abertura da boca a apófise coronóide desloca a moldeira.
- A moldeira deve estar em contato com o palato mole para fazer selamento
posterior. Verifica-se isso pedindo ao paciente para aspirar o som “ah” e
observando onde há vibração no palato.
- Bordas da moldeira arredondadas e 2-3mm aquém do fundo de sulco.
Ajuste da moldeira na mandíbula: por hemiarcada
- Aliviar freios
- corrigir sobrextensão que causa deslocamento realizando os movimentos: Tração
do lábio para cima e para dentro, tração da bochecha (a borda da moldeira deve
acompanhar o limite da linha oblíqua externa), cobrir a papila retromolar, abrir a
boca (se deslocar, desgastar para liberar o tendão retromolar), tocar com a ponta da
língua no cabo da moldeira (liberar palatoglosso), língua toca a comissura labial do
lado oposto (músculo milo-hióideo, reduzir altura do selado periférico na língua),
língua toca a papila incisiva (músculo genioglosso)
- Bordas arredondadas, 2-3mm aquém do fundo de sulco vestibular, e um pouco
distante do assoalho da boca.
Moldagem das Bordas:
Feita com godiva em bastão.
MAXILA
- Moldagem do selado posterior (palato mole): Aplicar uma faixa de 2-3 mm de
godiva plastificada dentro da moldeira na região correspondente ao palato mole
e pedir ao paciente que faça sucção.
- Moldagem do selado periférico: Aplicar godiva aos poucos, levar na boca,
tracionar lábio para baixo e para dentro, tracionar bochecha, abrir e fechar a
boca.
MANDÍBULA:
- Moldagem do selado periférico: Tracionar lábio para cima e para dentro, tracionar
bochechas, língua tocando no cabo da moldeira (selamento posterior), língua na
comissura labial do lado oposto (selamento periférico lingual), língua tocando a
papila incisiva (selamento periférico lingual anterior).
Após essa moldagem a moldeira já deve ter retenção e estabilidade graças ao selado
periférico.

Moldagem Final:
Escolher o material de acordo com as técnicas, mas a pasta zinco enólica é muito
utilizada.
- O material de moldagem deve cobrir toda a área chapeável, e também as bordas
da moldeira individual.
- Devem ser realizados os movimentos funcional de sucção, tracionamento de
lábio, de bochechas, de língua para fora, para cima e para os lados, abrir e fechar
boca.
Testes de moldagem:
Para verificar retenção, estabilidade e suporte da moldagem
Retenção global: Toque verticais para cima no cabo da moldeira. A moldeira não deve se
separar do rebordo.
Estabilidade: Toques laterais e horizontais no cabo. A moldeira não deve se movimentar
lateralmente.
Suporte: Comprimir ligeiramente a moldeira contra o rebordo pelo cabo. Não deve
haver báscula.

Relações intermaxilares
Bases de prova devem ser planejadas para dar suporte ao lábio e às bochechas.
Base de prova SUPERIOR:
- Deve ficar 1-3 mm a mostra quando o lábio estiver em repouso, em jovens; e no
nível do lábio, em idosos.
- Base de prova PARALELA À LINHA BIPUPILAR NA REGIÃO ANTERIOR, E
PARALELA À LINHA DO TRAGUS-ASA DO NARIZ, NA REGIÃO POSTERIOR.
- Rolete de cera de 20 mm de altura ANTERIOR e 5 mm de altura POSTERIOR, e
10-15 mm de espessura, ANTERIORIZADO.
Base de prova INFERIOR:
- No nível da comissura labial
- Abaixo do dorso da língua
- Em ⅓ da altura da papila retromolar.
- Rolete de cera com 20 mm de altura na região ANTERIOR e terminando em 0 mm
na região POSTERIOR, 10 mm de espessura, PARALELO AO REBORDO.

Dimensão vertical de oclusão:


Conjugar dois a três desses métodos para obter uma melhor DVO.

Método métrico:
O paciente precisa conseguir relaxar os músculos.
- Marcar dois pontos arbitrários, um na maxila e outro na mandíbula;
- Paciente sentado, ereto, confortável, engole saliva, umedece lábios e pronuncia
repetidamente “M”;
- Durante a pronúncia, medir com régua de Fox a distância entre os dois pontos
marcados = Dimensão Vertical de Repouso.
- Subtrair o EFL (2 a 4 mm) = Dimensão Vertical de Oclusão.
Método fonético:
Paciente não pode ter distúrbios de fala, para não confundir com invasão ou aumento
do EFL.
- Marcar dois pontos arbitrários, um na maxila e outro na mandíbula;
- Paciente sentado, ereto, confortável, engole saliva, umedece lábios e pronuncia
repetidamente “6”, os roletes não devem encostar-se devendo haver uma distância
mínima de 1 mm (menor espaço fonético). Caso haja toque, o plano de cera será
rebaixado até conseguir esse espaço mínimo para fala.
- Durante a pronúncia, medir com régua de Fox a distância entre os dois pontos
marcados = Dimensão Vertical de Repouso.
- Subtrair o EFL (2 a 4 mm) = Dimensão Vertical de Oclusão.
Método da deglutição:
Acredita-se que ao deglutir, obtêm-sem a DVO correta para edêntulos totais.
- Marcar dois pontos arbitrários, um na maxila e outro na mandíbula;
- Rebaixar o plano inferior e adicionar cones de cera macia em uma altura além do
desejado para o plano inferior (> 20 mm);
- O paciente deve deglutir água várias vezes, então os cones serão amassados até
atingir uma DVO adequada para a deglutição.
Métodos das proporções faciais:
A distância do canto externo do olho até a comissura labial deve ser igual à distância
subnasal à porção inferior do mento.
- Essa distância é medida com régua de Fox e travada;
- A medida é levada ao terço inferior da face, estando os roletes de cera encostados
(protegidos por vaselina para não grudarem um no outro), e são rebaixados até que
seja obtida a mesma medida encontrada na régua de Fox.

Relação cêntrica
Método gráfico extraoral: JIG POA, obtendo o arco gótico, cuja intercessão das linhas é
a RC.
Retrusão da língua: O paciente tenta tocar com a língua em um pedaço de cera grudado
na região posterior do palato, tocar e ocluir sem pressão excessiva ao mesmo tempo.
Inclinação da cabeça: O paciente fica sentado ereto em um assento sem encosto para a
cabeça, inclina a cabeça para trás e oclui.
Método da deglutição: Cones de cera são posicionados na base de prova inferior, e o
paciente deglute um pouco de água várias vezes amassando os cones e registrando a
RC.
Método guiado não forçado: Dedos indicador e polegar na região de caninos da base de
prova superior, polegar da outra segurando o mento. Realizar pequenos movimentos de
abrir e fechar a boca para relaxar a musculatura, quando isso ocorrer pedir ao paciente
para fechar a boca, o direciona a mandíbula sem pressão.

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