ORTODONTIA

Aula 01: moldagem para ortodontia - Posicionar o paciente corretamente na cadeira,

ter como referência um espaço livre de 3mm entre
Moldagem:
a moldeira e os tecidos do arco a serem moldados.
- Tem como finalidade a obtenção do modelo de
No posicionamento da moldeira inferior, solicitar
gesso.
que o paciente levante a língua para melhor
Sequência clínica:
percepção do ajuste da moldeira.
1. profilaxia
- Individualização das moldeiras com rolete de
2. seleção das moldeiras
cera utilizade colocada nas bordas das moldeiras e
3. preparo das moldeiras
levadas a boca do paciente para adaptação. Nessa
4. preparo do material de moldagem
hora, já começa a preparação da criança para
5. moldagem superior e inferior
realizar a moldagem de forma mais tranquila.
6. confecção da língua na moldagem inferior
- Material de moldagem: alginato
7. registro da mordida em cera
- Proporção pó e líquido (água gelada aumenta o
preparo da moldeira: individualização
tempo de pressa, em dias frios é bom diminuir um
- As moldagens dos arcos dentários são
pouco da água – primeiro a agua e depois o pó)
executadas a custa de moldeiras de estoque,
adequadamente selecionadas e individualizadas
Moldagem inferior
diretamente na boca do paciente. Para isso,
-Deve-se sempre iniciar a moldagem pelo arco
adapta-se um rolete de cera utilidade as bordas da
inferior que geralmente é mais fácil, não provoca
moldeira de tal forma que se possa atingir todo o
vômitos e portanto contribui para maior
sulco gengivo-labial, exercendo certa pressão que
tranquilidade do paciente;
afaste lábios e bochechas.
Procedimentos:
Dessa forma, a individualização alem de ajudar na
1- Escolha uma moldeira maior que o
retenção do material de moldagem, tem a
necessário. É importante que a moldeira
vantagem de reduzir a pressão da borda da
exceda de pelo menos 3mm lateralmente.
moldeira sobre os tecidos durante a moldagem
2- Adicione um rolete fino de cera por toda a
com esses procedimentos obtem-se uma
borda inferior da moldeira e na região
reprodução fiel que envolve os arcos dentários,
posterior acrescente até 1 cm de cera.
inserções musculares, inclinação das raízes e
- com esses procedimentos iniciais espera-
todos os acidentes anatômicos
se conseguir a proteção dos tecidos moles,
INDIVIDUALIZAÇÃO -> retenção do material
evitar fratura de alginato na região
de moldagem, redução da pressão da borda da
posterior das moldeiras na remoção da
moldeira sobre os tecidos (menor incomodo) e
moldeira e favorecer a retirada da moldeira
extensão da área moldada de forma que a
após o vazamento do gesso.
moldagem abranja mais áreas e dê mais detalhes.
3- Material de moldagem deve ser preparado
A moldagem pode ser realizada com as moldeiras
de modo a obter-se uma massa homogênea
de metal ou as plásticas que já possuem uma boa
4- Faça o paciente enxaguar bem a boca antes
extensão com a cera, consegue-se uma moldagem
de realizar a moldagem
ainda melhor.
5- Quando se molda o arco inferior, o
Cores e tamanhos das moldeiras:
paciente está sentado com o encosto na
Cinza – 1
vertical e o plano de Frankfurt paralelo ao
Amarelo – 2
solo, com o profissional á sua frente
Rosa – 3
6- Moldagem, passos convencionais
Laranja – 4
introdução -> centralização, paciente
Verde – 5
levanta a língua -> aprofundamento, tração
Vermelho – 6
do lábio inferior (para que o ar não fique
Azul – 7
preso naquela região e cause bolhas) ->
Rosa - 8
manutenção estável da moldeira -> retirada
seleção da moldeira:
da moldeira, em um só golpe evitando
 ORTODONTIA
movimentos laterais -> lavar em água
corrente
7- Fazer a língua com alginato (feita apenas
nas moldagens para modelo de estudo)
- pode-se colocar alginato na região anterior
inferior, para evitar a bolha.
Moldagem superior
Procedimentos:
1- Transformação da moldeira de estoque em
moldeira individual, acrescenta-se um
rolete de cera utilidade. Acrescenta-se um
rolete de cera utilidade por toda borda
superior e posterior da moldeira.
- A região anterior da moldeira deve ficar
entre os incisivos e o lábio superior, para
que isso aconteça a moldeira deve estar
bem encaixada o lábio deve cair a frente da
moldeira.
2- Faça um alívio na cera, na região
correspondente aos freios labiais e laterais
3- Prove a moldeira já individualizada até que
a cera adquira a inclinação do vestíbulo
4- O paciente deve estar comodamente
sentado com o encosto na vertical e o
profissional em posição de 11 horas
5- Quando se molda o arco superior, inclina-
se a moldeira contra a parte posterior do
palato para que o excesso de material seja
levado para o vestíbulo labial e não para a
garganta
- Pressão primeiro na região posterior e
depois na anterior, evitando que o material
escorra para garganta e que ocorra a prisão
do ar e formação de bolhas.
6- Verifique os mesmos passos convencionais
usados para moldagem do arco inferior:
introdução -> centralização, paciente
levanta a língua -> aprofundamento (de
tras para frente) -> manutenção estável da
moldeira -> retirada da moldeira -> lavar
em água corrente
- Na hora da moldagem utilizar a psicologia
aprendida, se o material escorrer vai
incomodar a criança, quando começa a moldar
tem que esperar o alginato tomar pressa, para
que ela não engula e passe mal. Caso a criança
comece a passar mal, inclina-se a criança para
frente.
Obter o registro da mordida em cera:
- Varias técnicas, sendo uma delas a realização do
canino para tras, essa técnica possibilita a
visualização se a criança está ocluindo na posição
habitual.
- morder um rolete de cera utilidade, pré aquecida
e esse registro é feito especificamente para
modelo de estudo ou aparelho que necessite
montagem em charneira.
Confecção da língua na moldagem inferior:
- apenas para modelo de estudo
- porção de alginato posicionada na região da
língua, molha-se o dedo e vai ajustando a posição
da língua.
Aspectos importantes:
- Durante as moldagens, devemos estar atentos á
comodidade da criança, quando a criança não
estiver confortável pode-se ir solicitando que ela
levante a perna, abaixe e levante a outra, de forma
a direcionar a atenção dela ao movimento das
pernas ficando mais tranquila, técnica de
distração.
- Como essa técnica é desconfortável para muitos
pacientes, o fato da pessoa não permanecer imóvel
ou ficar nervosa no procedimento são os
principais obstáculos para um bom trabalho; a
situação pode ser mais critica com criança. Dessa
forma, faz parte do procedimento lidar da melhor
forma com o paciente tranquilizando-os e
fornecendo todas as orientações necessárias.
- Jejum: antes da moldagem orientar os pais e
adultos a vir ao consultório em jejum (1h antes do
procedimento)
- Simulação prévia do procedimento: antes da
manipulação e do ato em si, recomenda-se simular
com paciência, explicando para os pacientes passo
a passo a se realizar. Nesta fase, observo a reação
do paciente (fechamento de boca rigidez
muscular, dificuldade de respiração) e então em
sua dificuldade eu oriento e corrijo se preciso faço
mais de uma vez a simulação, até o paciente sentir
tranquilidade e não demonstrar nenhum
comportamento de defesa e agonia
- Respiração nasal: posicionamento 90º e
orientação da saliva: é comum, os pacientes
tenderem a fechar a boca e tentar engolir a saliva,
ter enjoos e sentirem-se afixiados. Para evitar essa
 ORTODONTIA
sensação eu peço para o paciente inclinar a cabeça espátula e faca p/ gesso, gesso pedra branco, lixa
pra baixo respirar todo o tempo pelo nariz, se d’água n 500, solução para polimento.
causar muita salivação, não tentar engolir o
babador está abaixo para isso e então colocar em
pratica todos os passos da moldagem.
- Obtidas as moldagens vazam-se os moldes com
gesso pedra, tipo III. Idealmente, o gesso deve ser
vazado logo na sequencia, se não for possivel
envolver no papel úmido.
Proporção: 100 gramas de pó para 35 ml de água.
Recortar o modelo com uso de recortador de
gesso.
- Espatulação vigorosa do gesso, transferência em
pequenas porções á moldagem e vibração para
evitar bolhas.
- Após o vazamento, recortar os excessos com o
recortador do gesso, nivelamento das bases e
aparando as bordas do contorno vestibular e
posterior
-
como minimizar distorções:
- Homogeneizar o pó Modelo de estudo:
- Proporcionar seguindo instruções Confecção de base – modelos de estudo
- Evitar incorporar bolhas a massa Quando fazer?
- Moldeiras adequadas 1. Paciente novo: para poder estudar o
- Centralizar moldeiras caso
- Respeitar tempo de trabalho 2. Pacientes que já estão em tratamento e
- Aguardar tempo final de presa precisa de um reestudo
- Remoção rápida da moldeira e sem báscula Usa-se base de borracha, que é realizada após o
- Recortar partes não suportadas vazamento e recorte.
- Vazar o gesso mais rápido possível
Sequencia:
- separar materiais necessários: suporte de
Quais os erros mais comuns que podem ocorrer madeira, bases de borracha, talco, algodão, gral,
durante a moldagem: espátula.
1. Exposição da moldeira indicando excesso - hidrata o modelo, faz retenções, coloca-se gesso
de compressão na base com gesso no vibrador e unir o modelo de
2. Bordas espessas descaracterizando a gesso prévio com o geso da base alinhando a linha
moldagem de borda executada media do modelo com a da base.
3. Espessuras de bordas desiguais de um lado - retirar os excessos e alisar o gesso da base.
espessa e do outro delgada, provavelmente - ocluir o modelo superior com o inferior e a
pela descentralização da moldeira mordida em cera entre os dois modelos.
4. Presença de bolhas. -fixar com elástico
- preencher a base de borracha inferior com gesso,
Recorte modelo ortodôntico: unir as duas partes
- Na ortodontia os modelos de estudo seguem um - remoção dos excessos
padrão bem definido e para que isso seja possivel - polimento com algodão e talco.
utiliza-se máquina de recortar gesso, base
horizontal e angulador, lápis régua ou transferidor,
 ORTODONTIA
- Essa base contribuirá para forma e angulações dolicocefálico tem menor musculatura
corretas, para dar origem ao modelo de estudo facial dessa forma qualquer mecânica mal
planejada, pode causar uma rotação da
Na ortodontia pode-se utilizar também a
mandíbula).
moldagem digital, por meio do scanner intra oral
que copia-se todas as regiões da boca do paciente
e obtem-se as imagens digitalizadas. Se houver a
necessidade de um modelo físico, pode-se
imprimir na impressora 3D (modelo ortodôntico
prototipados)
Moldagem de transferência:
Paciente com aparelho fixo e bandas, realiza-se as Imagem: dolicocefálico, mesocefálico e
bandas e molda com as bandas em posição que braquicefalico
são transferidas para moldagem.
Banda feita em boca, moldagem, transferência das Perfil facial:
bandas para moldagem e fixação das bandas na - O tipo de perfil facial (reto, convexo e concavo-
moldagem, com superbonder (reação que queima evitar linguversão dentária que pode piorar o
a banda, se na fixação houver resíduo), cera perfil do paciente ).
utilizade, fio de aço cruzado, vazamento do geso
com a banda em posição no modelo de gesso para
possibilitar a sondagem do fio de aço.

Aula 02: exame ortodôntico

O primeiro passo para a cura da doença é saber
qual é a doença. Dessa forma, para planejar
qualquer tipo de procedimento é necessário
realizar um diagnóstico correto, com atenção.
Exame com objetivo de montar um diagnóstico e a
partir desse diagnostico classificar o paciente e proporção facial
obtém-se um plano de tratamento individualizado. - Dividida em 3 terços proporcionais, se a fase
Etapas do exame ortodôntico: estiver equilibrada. O primeiro terço vai da raiz do
1. Anamnese: bem detalhada, é uma cabelo até a glabela, o segundo terço da glabela a
conversa com objetivo de coletar ponta do nariz e o terceiro terço da ponta do nariz
informações sobre a saúde geral, dessa ao mento.
forma é necessário escutar o que o
paciente foi fazer (queixa principal do
paciente).
- prestar atenção na saúde geral
(convulsão, hemofilia, diabetes), aparência
(jeito de andar, comportamento, nível de
exigência), postura, atitudes, Simetria:
relacionamento (pais/filho) Todos possuem diferenças de um lado em relação
2. Exame clínico: ao outro, existem simetrias aceitáveis e aquelas
Característica facial: que nos chamam atenção, avaliar comissura labial
- Já começa a individualizar o plano de e oculares, se estiverem paralelas indica simetria)
tratamento. O paciente braquicefalico (fase
quadrada) dificuldade para extrusão
dentária por conta da musculatura já o
 ORTODONTIA
Selamento labial:
O selamento labial deve ser espontâneo
Tonicidade muscular:
O fechamento dos lábios deve ser espontâneo, sem
alteração de tonicidade ao redor do lábio).
Respiração:
- Problemas alérgicos, obstrução nasal, adenoides
e amígdalas – para saber se o paciente respira bem
pelo nariz, é necessário avaliar o paciente em
postura relaxada).
- As amígdalas hipertróficas, pelo volume podem
atrapalhar a posição da língua que vai ficar entre
os dentes, aumentando a dimensão vertical e
extrusão dos dentes posteriores.
Imagem: comparação de uma adenoide normal e
uma adenoide aumentada.
Fonação:
- Avaliar na repetição de palavras e durante a
conversa com o paciente, se não for “normal”
avalia o tratamento ortodôntico (interposição
lingual) e envia para a fono.
Deglutição:
- O teste de deglutição deve ser feito observando p
paciente, se for atípica ele vai ter alguma alteração
facial durante a deglutição devido a interposição
lingual nos incisivos, o normal é a língua ser
posicionada na papila palatina. Outro item é
colocar a mao nos temporais e esperar o temporal
contrair, se ele contrair possivelmente é normal. O
jeito mais fácil é a separação dos lábios, declina o
paciente, coloca água e pede para ele engolir,
aquele com deglutição atípica terá dificuldade.
Respirador bucal:
- O respirador bucal, possui um selamento labial
deficiente, face alongada (dolicocefálico), nariz
pouco desenvolvido, olheiras, sono agitado, dorme
com a boca aberta, baba e ronca. A suspeita pode
estender-se para adenoide hipertrófica.
Presença ou não de hábitos:
Como sucção de dedos (duração, frequência e
intensidade, o padrão facial também influencia
nos efeitos, com o dedo na boca a mandíbula rota
em sentido horário projeção dos incisivos
superiores e incisivos inferiores retro inclinados,
contração da bochecha que estreita o palato
causando mordida aberta anterior e cruzada
posterior) onicofagia (pode causar fissura na
região anterior, leva bactérias), morder objetos e
posturais (mão no queixo).
Características intra-bucais:
- posições individuais dos dentes
- n° e tamanho dos dentes
- relação AP (antero posterior, classe I, II ou III - ,
vertical (mordida aberta ou sobremordida) e
transversal ( mordida cruzada) dos dentes
- problemas gengivais, pacientes com hábito de
onicofagia pode ter fissuras
- língua, pode ter lesão devido sucção
- amígdalas (podem ou não estar com problemas)
Aspecto funcional:
- movimentos mandibulares (protrusiva,
lateralidade, toques no lado de balanceio)
- desvios mandibulares ( mordida cruzada, devido
a um desvio mandibular)
- linhas médias desviadas, não coincide se não
houver perda de decíduos e sem mordida cruzada
pode ser um paciente com assimetria facial.
- RC = MIH
* colocar mão nas atm, pedir para abrir e fechar a
boca (estalido e ruido), colocar em RC (se for
muito diferente da HMI, pode ser um desvio
cirúrgico)
3. Exames complementares:
- Quando necessário, para avaliar e decidir a
conduta terapêutica.
- modelos de estudo: é realizado para avaliar as
más posições individuais dos dentes, forma dos
arcos, relação interarcos, avaliação de espaço e
documentação.
- radiografias: agenesias e extranumerários,
anomalias de forma coroa/raiz, estágio
 ORTODONTIA
desenvolvimento radicular, patologias diversas, mesiodistais de dentes já irrompidos
adenóides, analise cefalométrica e avaliar a idade ( dentes são proporcionais, dessa forma,
óssea (mão e punho – avalia a idade cronológica consegue-se determinar o diâmetro mesio-
coincide com a idade óssea e surto de crescimento distal de dentes não irrompidos)
puberal)
Todas as analises são sujeitas a erros, de
A escolha de qual radiografia, depende da
medição ou distorção radiográfica.
indicação de cada paciente.
- fotografias: para determinar características Medição radiográfica:
facial, proporção facial, simetria, documentação e
confecção de material didático, as intra bucais - com fio de latão faz-se um contorno da
ajudam ver se tem mais detalhes em dente e arcada dentária, feito isso, retifica o rio, coloca
mucosa, ajuda na documentação e material em uma régua e avalia o espaço presente.
didático. Após tira a radiografia e mede em radiografia
- tomografia: para avaliação de alguns casos os não presentes.(requerido)
- ressonância magnética: exame que vê tecido Analise de Huckaba: Analise individual,
mole, menisco e que quando necessário pode ser
solicitado. - modelo, radiografia periapical (de boa
qualidade e o dente em questão no meio da
radiografia),paquímetro e ficha.

Aula 03: métodos para análise do espaço. Regra de três –

Discrepância de modelo – diferença entre o X/ X’ = Y/Y’

espaço presente de medial de primeiro molar a DR = IR X EM / ER
mesial de primeiro molar do lado oposto e o
espaço requerido, que é o espaço que os 10 dentes X= diâmetro MD real do dente (DR)
de 1° molar decíduo a 1° molar precisam para X’ = imagem radiográfica do dente (IR)
estar bem alinhados.
Y = espaço no modelo (EM)
DM = EP – ER
Y’= espaço na radiografia (ER)
EP = ER -> espaço suficiente para alojar os dentes
EP > ER -> discrepância + (espaço maior que o
necessário para o alinhamento dos dentes) Analise de Moyers:

EP < ER -> discrepância – (espaço menor que o Usando probabilidades que permite avaliar o
necessário para alinhamento dos dentes) espaço na dentição mista.

- Avaliação de espaço pode ser feita tanto na Material: modelo, paquímetro, tabela e ficha.
dentição mista quanto na dentição permanente. INCISIV INCISI INCISI INICSI INCISI
O VO VO VO VO
Métodos de avaliação de espaço na dentição SUPERI LATER CENTR CENTR LATER
mista: OR AL AL AL AL
INCISIV INCISI INCISI INCISI INCISI
1. Medição radiográfica de caninos e pré- O VO VO VO VO
molares (dentição mista – maioria dos INFERI LATER CENTR CENTR LATER
OR AL AL AL AL
pacientes com 1° molares e incisivos em
boca, dessa forma, os caninos e pré
molares ainda não estão irrompidos e a SUPERIOR:
medição tem q ser radiográfica)
ESPAÇO OBTIDO APÓS
2. Cálculo de caninos e pré-molares é ALINHAMENTO DOS
INCISIVOS
derivado do conhecimento dos diâmetros TAMANHO PREVISTO DO
 ORTODONTIA
CANINO E PRÉ-MOLARES
DISCREPANCIA
- Baseada em incisivos inferiores, que tem fácil
medição, envolvidos na maioria dos problemas de
espaço, primeiros dentes a fazer irrupção.
Porque não incisivos superiores – irrompem
depois do inferiores e é muito comum alteração de
forma nos incisivos laterais superiores.
Para realizar a técnica de moyers, tanto na arcada
superior e inferior usa a soma dos incisivos
inferiores.
Posição dos incisivos inferiores: apinhados
(ocupam um espaço menor do que se estivessem
alinhados), alinhados e diastemados (ocupam um
espaço maior que eles ocupariam caso estivessem
alinhados)
Incisivos inferiores e superiores alinhados:
1. Medir o diâmetro mesio-distal dos
incisivos inferiores (maior diâmetro mésio
-distal na incisal geralmente)
2. Soma o diâmetro dos quatro incisivos
3. Medir de distal de lateral a mesial de 1°
molar permanente (espaço destinado a PM
e C) – ESPAÇO APÓS O
ALINHAMENTO DOS INCISIVOS
4. Na superior distal de lateral a mesial de 1°
molar. Se os incisivos superiores estiverem
alinhados não tem porque medi-los para
fazer a análise de Moyers
5. Procurar na tabela a soma dos incisivos
inferiores, ele vai dar a probabilidade da
soma dos diâmetros mesio-distal caninos e
pré- molares.
- Moyers recomenda-se que use a
probabilidade de 75%, na UEL utiliza-se
65% ou 50% de modo a subestimar os
diâmetros mesio-distais.
6. Anotar na ficha o valor obtido na ficha –
TAMANHO PREVISTO DO CANINO E
PRÉ-MOLARES
7. Faz-se o mesmo processo na ficha para os
dentes superiores.
8. Espaço obtido – tamanho previsto =
discrepância (pode ser positiva, negativa
ou zero).
Modificações no arco inferior:
Apinhamento – de incisivos inferiores.
1. Medir o diâmetro mesio- distal de cada
incisivo inferior. Na linha média vai ver
quanto os dois incisivos precisam de
espaço, pode-ser que precise de um espaço
que o canino está ocupando, marcar a
posição que ele vai ocupar alinhado.
2. Medir da marca referente a distal do lateral
quando ele estiver alinhado até a mesial do
1° molar permanente (espaço obtido após
alinhamento dos incisivos)
Diastema – incisivos inferiores
1. Soma de central e lateral, a marca vai
cair sobre o incisivo lateral.
2. Da marca que equivale a distal do
lateral após o fechamento do diastema
até a mesial do 1° molar permanente.
Desvio de linha média:
1. Risca linha média, mede central e lateral
2. E mede da linha média até onde vai a
distal do lateral quando a linha média for
corrigida.
Incisivo não irrompido:
- usar a analíse de huckaba, para avaliar o
tamanho dos laterais permanentes
modificações arco superior:
Pode ter incisivos apinhados, alinhados ou
diastemados. Se eles estiverem alinhados não
precisa mexer com eles para fazer a analise de
Moyers.
Apinhamentos:
 ORTODONTIA
O diâmetro mesio-distal dos superiores é apenas
para correção dos apinhamentos e diastemas, a
tabela de moyers sempre vai usar o tamanho dos
inferiores.
1. Soma o central e o lateral, e da linha méda
até onde a distal do lateral vai ficar.
2. Medir distal do lateral corrigido até a
mesial do 1° molar permanente (espaço
obtido após alinhamento dos incisivos)
Diastemas:
1. Mede o central e o lateral, soma. E
partindo da linha média marca a posição
onde a distal do lateral vai ocupar após o
fechamento do diastema.
2. Medição do espaço existente da distal do
lateral, até a mesial do 1° molar
permanente.
Desvio de linha média:
1. Marca linha média correta, mede os 4
incisivos. Soma os dois e registra a distal
do incisivo lateral quando for corrigido.
Incisivo não irrompido:
Análise de huckaba, com radiografia periapical,
estabelecido o diâmetro mesio distal deles, soma o
diâmetro do central com o lateral.
Aula 04: ortodontia preventiva e manutenção de
espaço.
É a especialidade da odontologia que tem por
finalidade prevenir, interceptar e corrigir as más
oclusões.
3 tipos de ortodontia – preventiva, interceptiva e
corretiva.
Ortodontia preventiva: termo mal empregado, já
que no dicionário a palavra prevenir é dispor com
antecipação ou de sorte que evite dano ou mal.
Desse modo, prevenção já começa na anamnese, e
é necessário bastante atenção.
A presença de algum hábito, como por exemplo,
sucção, que pode causar alteração dentária de
acordo com a frequência, intensidade e duração.
Desse modo, se eu conseguir interromper o hábito
antes da alteração dentária é uma manobra
preventiva.
Amigdalas, se as amigdalas estiverem
hipertróficas pode desenvolver mordida aberta,
desse modo se o tratamento tivesse feito antes de
causar a mordida aberta, seria um tratamento
preventivo.
Adenoide, se tiver hipertrófica e não causou
manifestação dental e o tratamento é precoce e
restabelece a respiração nasal, é uma manobra
preventiva.
Problemas alérgicos, podem causar obstrução
nasal, se encaminhado antes de uma alteração
dentária é uma odontologia preventiva.
Obstrução nasal (hipertrofia de cornetos, desvio
de septo) resolvida antes de alteração dentária é
odontologia preventiva.
Manutenção do comprimento/perímetro do arco:
controle alimentar (instrução sobre alimentação e
problemas causados por uma alimentação rica em
açúcar), instrução de higiene (conscientização
quanto a necessidade de uma boa higiene bucal),
aplicação de flúor (elemento que diminui a
incidência de cárie) e selantes.
Exame clínico – é importante para avaliar algum
desvio da normalidade, presença de anquilose dos
decíduos que pode atrapalhar o crescimento
vertical do processo alveolar e inclinação dos
primeiro molares permanentes para 2° molar
decíduo, causando a perda de espaço.
Exame radiográfico – avaliar presença de cárie
que destrói rapidamente ponto de contato e causa
a perda do comprimento do arco.
Restauração – fundamental ter ponto de contato
correto, oclusão correta e função ideal, para
manter o comprimento do arco.
O maior responsável pela prevenção em
ortodontia é o clínico geral.
Perda prematura de dentes decíduos:
Causas: trauma, reabsorção prematura, cárie e
extração.
Consequências – migração dos dentes adjacentes
e consequentemente perda de espaço e
estabilidade do arco.
- Trauma: permanentes ficam posicionados por
lingual dos dentes decíduos, desse modo eles
começam a irromper por lingual e vai causando a
 ORTODONTIA
risolise dos decíduos. Outra coisa, é a
proximidade do ILS com os caninos, desse modo,
na fase do patinho feio com a divergência entre as
coroa, pode-se jogar as raízes dos laterais contra a
coroa do canino, causando reabsorção da raiz do
lateral ou reabsorção da coroa dos canino, se
tentar corrigir a posição.
Na região anterior – pode ser com intrusão ou sem
intrusão.
Com intrusão: deslocamento do permanente,
alteração da inclinação do germe do permanente e
retardo ou impacção.
Sem intrusão: erupção labial permanente ou
retardo na sua erupção.
Os dentes anterosuperiores, são fundamentais para
estética, fonética (devido posição da língua),
interposição lingual (sempre que tem espaço
vazio, a língua passa a ocupar o espaço – durante
a erupção dos permanentes pode causar uma
mordida aberta) e função muscular.
Reabsorção prematura: como consequência a
perda de espaço, costuma acontecer em arcos
apinhados (briga por espaço pode causar a
reabsorção) mais frequente em região de caninos e
incisivos. O segundo molar decíduos também
pode ter uma reabsorção prematura
e a erupção dos 1° molares permanentes já com a
perda de espaço.
Cárie: pode causar perda de espaço, migração dos
vizinhos, extrusão dos antagonistas e é mais
comum nos dentes inferiores. (mandíbula –
resíduos de alimentos).
Extração: perda precoce por extrações que o
espaço deve ser preservado para manter o
comprimento do arco.
Perda precoce:
Incisivos decíduos:
- desvio da linha média e aumento da distancia
bicanina (perda do estimulo para o aumento);
Caninos decíduos:
- pode ser unilateral ou bilateral, geralmente
acontece pela briga de espaço. Mas teve uma
época na odontologia que a extração dos caninos
era para alinhamento dos incisivos permanentes,
desse modo os incisivos alinhavam mas causava
outros problemas devido a extração do canino.
Unilateral – desvio da linha média para o lado
perdido e falta de espaço para erupção do canino
permanente.
Bilateral – perda do equilíbrio dos incicivos
(incisivos são mantidos em posição pela pressão
de lábio, língua e presença dos caninos), com a
perda tem o aumento da sobremordida,
diminuição do perímetro do arco e erupção
vestibularizada dos caninos permanentes.
1° molares decíduos:
Não é muito comum perda de espaço, e pode ter
migração distal dos dentes mesiais. Tem
complicações, mas muito menores que os outros
dentes.
2° molares decíduos:
Migração mesial do 1° molar permanente, redução
de espaço e alteração do plano terminal.
A migração dos 1° molar permanentes vai
depender do dente que foi perdido, condição da
oclusão no local da perda, relação sagital dos
arcos (plano terminal), condições de espaço no
arco, influencia da língua e musculatura bucal e
época da perda (maior perda de espaço acontece
nos primeiros 6 meses)
Manutenção de espaço:
Faz parte da odontologia preventica.
Perda precoce de um dente decíduo: pode
interferir no espaço do dente permanente e
interferir na estabilidade da oclusão.
Procedimento:
- avaliação do espaço: que pode ser igual ao
requirido, e maior que o requirido ( manutenção
de espaço) e quando o espaço for menor que o
requirido (recuperação de espaço).
Mantenedor de espaço:
Indicações: evitar desenvolvimento de má
oclusão, reservar espaço para dente permanente
(evitar perda de arco), evitar instalação de hábitos,
favorecer fonação, melhorar estética e manter
espaço livre de nance (para instalação de pré
molares e caninos permanentes)
Contra-indicações: dente permanente próximo a
erupção e agenesia do sucessor permanente – o
que fazer naquele espaço? Se for implante é
indicado manter, se for fechar ortodonticamente é
melhor deixar perder o espaço.
Requisitos do mantenedor de espaço: manter o
espaço, permitir erupção do sucessor, não
 ORTODONTIA
interferir no crescimento, impedir extrusão do
antagonista e restabelecimento da função.
Os mantenedores podem ser unilaterais ou
bilaterais, do tipo fixo ou removível. Pode ser
coroa-alça, banda-alça, amalgama-barra, intra-
alveolar, arco lingual de nance, botão de nance e
removível.
Fixo:
Vantagens: não depende da cooperação do
paciente e não bloqueia erupção do permanente.
Desvantagens: dificulta a higienização e permite
a extrusão do antagonista
Móvel:
Vantagens: fácil higienização, mais funcional
(dentes no lugar da perda), mais estético.
Desvantagens: cooperação do paciente e pode
causar o bloqueio da erupção.
Aula 05: biomecânica.
- movimento dentário fisiológico, tem como
sinônimo migração dentária, que é a
movimentação continua dos dentes, pois devido a
nossa função mastigatória, vamos ter desgastes
tanto oclusais quanto proximais, caso não
existisse essa movimentação ficaríamos sem os
pontos de contatos dos dentes e ao passar dos anos
teríamos uma perda da dimensão vertical.
- movimento dentário ortodôntico, são
semelhantes ao fisiológico, porém ocorre uma
indução se tornando mais rápido, alterações mais
extensas e marcantes, inicio da formação óssea
mais lento.
Para que o dente saia da posição e vá para outra,
deve ocorrer vários eventos.
Forças aplicadas dentes:
Não são usadas para produzir movimentos
mecânicos e sim para obter um estímulo
biológico, ou seja, quando eu ativar o aparelho a
pressão que ocorrerá sofre o dente irá fazer um
estímulo biológico que juntamente com outros
eventos vai culminar na movimentação do dente
Resposta óssea:
Para ocorrer a movimentação dentária tende a
ocorrer uma reabsorção óssea de um lado e do
outro lado e formação óssea do outro (para que
não forme defeitos ósseos) que é mediada pelo
ligamento periodontal, ou seja, o movimento
dentário é o fenômeno ligamento periodontal
(dente anquilosado não se movimenta, pois não
tem ligamento periodontal.
REABSORÇÃO

ex: Se eu perder o 1º MI ocorrerá uma migração

distal do PM, uma inclinação do segundo M e
extrusão do antagonista.
APOSIÇÃO

Movimento dentário ortodôntico.

Ligamento periodontal
 ORTODONTIA
Ligamento periodontal, quando provoco uma
força prolongada de baixa magnitude ele faz uma
remodelação no osso adjacente e
consequentemente faz o movimento ortodôntico;
LP -> FORÇA DE BAIXA MAGNITUDE ->
REMDELAÇÃO DO OSSO ADJACENTE ->
MOVIMENTO.
SEQUÊNCIA DE EVENTOS DO MOVIMENTO
DENTÁRIO:
- Começa a ocorrer após a compressão do
ligamento periodontal:
1. ESTRESSE CELULAR:
As células do ligamento periodontal entram em
estresse celular, gerado pela compressão do
ligamento periodontal vai quebrar a homeostasia
daquela região, causas de estresse: hipóxia (falta
de oxigênio, pela compressão do ligamento
periodontal), compressão mecânica, hiperfunção.
Na movimentação ortodôntica vai ter a hipóxia e a
compressão mecânica.
2. deformação do citoesqueleto:
As forças induzidas vão causar uma deformação
no citoesqueleto pela compressão do LP que vai
gerar o estresse celular e quebrar a
tensegridade (equilíbrio) e vai modificar
permeabilidade celular que vai liberar os
mediadores celulares
3. mediadores celulares:
Os mediadores celulares são pequenas proteínas
(peptídeos) que serão liberados pelas células
para a intercomunicação celular
3. hipóxia:
Células deixam de produzir matriz extracelular e
sua renovação constante é essencial, pois ela causa
permeabilidade, compressibilidade, livre
circulação, células e mediadores e são
fundamentais para a atividade celular.
4. Alteração da matriz extracelular:
Começa a ter áreas com maior concentração
proteica, união de densos feixos colágenos áreas
microscopicamente pobres em celular, aspectos
eosinófilos homogêneos que chamamos de áreas
hialinas da matriz extracelular (área sem célula)
5.Processo inflamatório:
Processo inflamatório, ocorre devido a
compressão do ligamento periodontal, ao qual sua
característica é que o PH local fica ÁCIDO,
favorecendo a chegada de osteoblastos (formação
de osso) e clastos (remove osso)
PH ÁCIDO -> + OSTEOBLASTOS E
OSTEOBLASTOS
5. osteoblastos
Gerentes da reabsorção, possuem receptores de
superfície, a os osteoclastos não possuem esses
receptores de superfície. O receptor de superfície é
fundamental para comunicação celular, dessa
forma os osteoblastos recebem o sinal e preparam
os osteoclastos para agir.
- interação com as prostaglandinas (acelera a
reabsorção óssea) contraem citoesqueleto e
expõem osteoide
PROCESSO INFLAMATÓRIO ->
OSTEOBLASTOS INTERAGEM COM PG ->
CONTRAÇÃO DO CITOESQUELETO E
CONSEQUENTEMENTE EXPOSIÇÃO DO
OSTEÓIDE, QUE FICA SOBRE O OSSO
MADURO.
6.OSTEÓIDE:
 ORTODONTIA
- Primeira fase da formação óssea, é um tecido de
transição, matriz orgânica para deposição de
minerais, e em condições normais não sofre
reabsorção;
- Quando essa matriz orgânica recebe os primeiros
sinais de calcificação e incorpora células e feixes
de fibras, passa a se chamar FASCICULADO
- Quando esse osso apresenta espessura e
maturidade passa a se chamar LAMELADO
7. INTERAÇÃO DOS BLASTOS COM
PLASMINAS:
- Interação com as plasminas e produzem
colagenase que vai digerir osteoide e a fosfatase
ácida retira radicais fosfato do osso, começo da
reabsorção óssea para movimentação dentária.
Nesse momento ocorre a migração dos
osteoclastos;
PLASMINA INTERAGE COM OSTEOBLASTO
E LIBERA COLAGENASE.
COLAGENASE VAI DIGERIR PRIMEIRA
CAMADA DE OSTEOIDE.
MIGRAÇÃO DOS CLASTOS PARA ÁREA E
REABSORÇÃO ÓSSEA.
8.Processo inflamatório:
Com o processo inflamatório chegam os
macrófagos que chegam no campo inflamatório
após 8 – 12h reorganizam o ligamento periodontal
e superfície óssea, removendo exsudato, restos
proteicos, celulares e teciduais e são grandes
produtores de mediadores como as citocinas,
fatores de crescimento e produtos ácido
araquidônico (PG), fundamentais para a
intercomunicação celular e produção de todos os
eventos.
Reabsorção óssea - Lado de pressão:
TIPOS:
- Reabsorção direta: ocorre sem a formação
prévia de uma área de hialinização
- compressão do aparelho: osteoclastos se
formam diretamente ao longo da superfície óssea,
- não ocorre no estágio inicial movimento
dentário.
- difícil de ser conseguida pela espessura do
ligamento periodontal
- observada geralmente em condições
experimentais e rotação – pouca compressão
Reabsorção indireta: ocorre após a formação de
uma área de hialinização
- compressão ligamento periodontal, cria uma área
de hialinização, que não permite reabsorção direta.
Essa área de hialina tem que ser dissipada para
que ocorra a reabsorção direta normalmente.
( reabsorção a distancia ou socavante). Então há a
reabsorção ao redor, até que o dente se desloque
de uma vez.
RESUMINDO:
Direta: os clastos se formam ao longo da
superfície (b)
Indireta: os clastos se formam a distância (d), para
eliminar a área hialina.
 ORTODONTIA
Consequência da hialinização: interrupção dos
movimentos daquela região, gerando mais dor e
chance de reabsorção radicular;
A hialinização pode ocorrer por fatores
anatômicos como a forma, contorno ou mecânicos
como a magnitude de força e direção do
movimento.
Movimento ortodôntico:
Período inicial:
- Compressão gradual do ligamento periodontal de
4-5 dias
- Hialinização que para ser dissipada pode
demorar 14-21 dias, levando a interrupção do
movimento até a reabsorção indireta ocorrer.
Período secundário:
Movimento dentário e a reabsorção direta, desde
que não haja muita ativação do aparelho (para que
não volte ao período inicial).
INTERRUPÇÃO DA ATIVIDADE CLÁSTICA:
A medida que o dente movimenta o aparelho
começa a ser desativado e diminui a compressão
do lp, o que leva a diminuição do processo
inflamatório, levando a um ph base, já não sendo
o local ideal para os clastos agirem.
Formação óssea – lado da tensão
- Fibras colágenas mais ou menos estiradas
-Vasos sanguíneos parcialmente colabados
- Células discretas deformadas e em hipóxia
- Geração proteínas livres em menos quantidade
que do lado de pressão
- Estresse celular e inflamação
- Aumento da deposição osteóide
- Elevação níveis fosfatase alcalina – osteoblastos
- Aumento número osteoblastos
- Proliferação e diferenciação das células do
ligamento periodontal que são mediados por
citocinas e fatores de crescimento;
Magnitude de força para movimentar um dente:
FORÇA OTIMA: força aplicada para movimentar
o dente.
- Schwarz: 20 – 26 g\cm² pressão capilar
BURSTONE: torna-se difícil estabelecer uma
relação entre a magnitude de força e o grau de
movimentação dentária, devido a complexidade
das alterações tissulares e a presença de inúmeras
variáveis (pressão da língua, tipo de movimento,
mastigação)
- Variáveis: reação tecidual, padrão e densidade
osso alveolar, tamanho e forma radicular,
princípios mecânicos envolvidos.
Força ótima:
histológico: é aquela que produz um nível de
stress que mantem a vitalidade do periodonto e ao
mesmo tempo inicia o máximo de resposta tissular
(aposição e reabsorção óssea)
 ORTODONTIA
Clínico: é aquela que produz um rápido grau de
movimentação dentária, sem desconforto para o
paciente e dano tecidual (perda óssea alveolar e
reabsorção radicular)
TIPOS DE MOVIMENTOS:
- Inclinação
- Translação
- Rotação
- Torque – rotação no sentido vestíbulo- lingual
- Extrusão
- Intrusão
Movimentos possíveis com aparelhos
removíveis: inclinação e rotação em incisivos.
Ativação do aparelho: ideal seria 4 semanas e no
mínimo com 3 semanas. Devemos esperar o
desaparecimento da área de hialinização da área
para que ocorra a reabsorção indireta, se eu ativo
antes desse período eu ainda vou ter a área de
hialinização não movimentando o dente e vai
aumentar a área biológica, causando maior dor ao
meu paciente e aumento a chance de reabsorção
radicular.
Qual a idade mínima para se movimentar
ortodonticamente um dente:
- NÃO tem idade mínima, pois já possui
ligamento periodontal, porem a movimentação de
um dente decíduo acelera a rizólise desse dente
Existe uma idade limite para se realizar um
tratamento ortodôntico
- não, pois temos ligamento periodontal; só
devemos ter cuidado na avaliação se esse paciente
não tem doença periodontal ativa, pois quando ela
está ativa tem uma maior prostaglandina, que
auxilia na reabsorção óssea. A aplicação de força
no periodonto tem uma maior chance de
inclinação do dente.
O movimento ortodôntico pode ser feito em
dentes tratados endodonticamente
- sim, pois a polpa não tem relação com o
ligamento periodontal, porem tem uma maior
chance de haver fratura por ser mais friável.
Efeitos deletérios da força ortodôntica
Polpa:
Na movimentação do dente, há uma leve
hiperemia pulpar que pode causar uma inflamação
leve e transitória, que contribui para o desconforto
do paciente e raramente ocorre perda de
vitalidade. Normalmente se houver necrose
pulpar, é decorrente de um trauma anterior, que
com o segundo estimulo pode levar a necrose
pulpar.
Altura do osso alveolar:
Com o uso do aparelho ortodôntico aumenta o
risco da inflamação e a problemas gengivais que
pode levar a uma doença periodontal e
consequentemente perda óssea. No entanto,
raramente ocorre perda excessiva.
- Dente normalmente leva consigo osso alveolar,
desse modo com o movimento se com força
adequada e velocidade o osso alveolar vai a
acompanhar o processo.
Mobilidade dentária:
O dente vai ficar mole devido o aumento espaço
periodontal, pela desorganização das fibras, o
excesso de mobilidade pode ser devido trauma.
Dor
Variação individual, geralmente com a duração de
2 a 4 dias. Relacionada isquemia ligamento
periodontal
- Substituir a alimentação para alimentos mais
pastosos e menos fibroso e recomendar
analgésico;
Estrutura radicular
- Superfície do cemento é recoberta por
cementoblastos, ao qual não tem receptores para
mediadores químicos que induzem a reabsorção
óssea e ocorrem quando ocorre o desaparecimento
ou necrose do cementoblastos na superfície do
cemento;
- Cementoblastos necrosam ou migram quando
aplico uma força excessiva no dente e vão
produzir a compressão excessiva do ligamento
periodontal e promova amplas áreas de necrose
(área hialina);
- Reabsorções dentarias: causas principais são as
movimentações ortodônticas; excluindo
tratamento ortodôntico 7 – 10% e reabsorções
severas – 10% pacientes tratados
ortodonticamente.
 ORTODONTIA
Aula 06: hábitos bucais deletericos. A sucção é um reflexo incondicional que produz
prazer emocional. Grande sensibilidade nos lábios
Hábitos bucais deletérios
(sente que está no útero materno).
Hábitos = costume, rotina, o que é feito no dia a
A criança acha que ela e a mãe é uma coisa só,
dia. Mas se for algo nocivo/ prejudicial, pode
quando está no colo da mãe se amamentando há
causar no nosso caso, problemas no
muito carinho e afeto, se não for feito de forma
desenvolvimento craniofacial da criança.
adequado traz consequencias.
- Em 1990, foram avaliadas 2000 crianças na fase
O ciclo natural da alimentação tem que ter uma
de dentadura mista e encontraram que 88,5% das
postura correta (papel fundamental das
crianças apresentavam más oclusões, sendo:
enfermeiras em hospitais – orientação), a criança
Apinhamento (52,7%)
vai sugar o seio de 4-5 vezes, ela faz movimentos
Perda precoce dos dentes decíduos (37%)
com força. A criança projeta a mandíbula até o
Mordida aberta anterior (18,5%)
seio, comprime o seio, e traz o alimento. (recuo
Mordida cruzada posterior (18,2%)
mandibular) Por isso a criança tem o condilo e a
Mordida cruzada anterior (7,2%)
cavidade glenoide é plano, para deslocar mais
Diastema anterior patológico (1,2%)
fácil o condilo, e poder avançar e recuar a
- Em 2001 foram avaliadas 2514 crianças na
mandíbula, estimulando o desenvolvimento
cidade de londrina, na fase de dentadura mista, e
estomatognático da criança e todas as estruturas.
encontraram más oclusões em 73,35% delas:
Após sugar vai ocorrer a deglutição, depois cair
Mordida aberta anterior (14%)
no estômago, de forma demorada para alcançar a
Mordida cruzada posterior (24,6%)
plenitude alimentar, no colo da mãe sente
Sobremordida (25,6%)
carinho, afeto, proteção, e cai no sono (3-4h),
Sobressaliencia (25,6%)
criança quer novamente carinho, calo r e
Os 5 principais que encontramos na literatura são:
proteção, começando novamente o ciclo .
1) Sucção digital ou chupeta
2) Interposição lingual
3) Deglutição atípica amamentação:
4) Sucção e interposição de lábios
Amamentação sempre que possível que seja no
5) Respiração bucal
seio materno, se não for possível, que a artificial
Impulsos naturais da criança tenha um bico da mamadeira adequado, que seja
mais próximo possível do seio materno. O bico e
perfuração devem ser adequados. Conforme faz a
alimentação deve haver a compressão entre a base
da língua e palato, para iniciar movimento
peristáltico e levar o alimento para a região distal
da orofaringe e deglutir. Se a base da língua
estiver mais assentada, devido ao uso de um bico
incorreto, começa a pressionar os dentes inferiores
para expandir a arcada, podendo formar uma
mordida cruzada inferior, problemas musculares.

A sucção é um dos reflexos da criança para ela

poder sobreviver (sucção, deglutição e
respiração),são instintos de sobrevivência.
 ORTODONTIA
Postura
a criança não pode estar deitada, deve estar pelo
menos 45°, o mais vertical possível. Se a criança
for amamentada incorretamente, não vai
favorecer a respiração nasal, fluidos nasais
escorrem para região retro nasal estimulando a
hiperplasia das adenóides, consequentemente,
dificulta a respiração nasal e favorecer a
respiração bucal, além disso pode descer para
região de ouvido médio e causar otite.
Bico da mamadeira errado:
É fundamental ser mais estreito, não pode ser
largo, assim a criança faz a sucção 4-5 vezes, e o
ciclo natural da alimentação ocorre de forma mais
correta possível, se o bico for errado, o ciclo todo
se altera, por exemplo, a sucção passa a ser 1 só
vez, a deglutição fica rápida, há distenção
estomacal rápida, a plenitude alimentar passa
muito rápida, dorme pouco. Gerando na criança
insegurança, ela fica pouco tempo com a mãe.
Se a criança não tem o ciclo adequado, sucção é
instinto da criança e necessidade,
inconsequentemente leva a sucção de dedo ou
chupeta.
Bico da mamadeira errada -> excesso de leite->
plenitude alimentar imediata -> dilatação
estomacal imediata -> Regurgitamento do leite ->
necessidade de eructar -> treinamento errado de
deglutição, tendo chance de levar a uma
deglutição atípica, podendo causar uma má
oclusão.
- O calor, carinho e afeto foi reduzido, há
alterações psicológicas, ansiedades, hábitos bucais
deletérios. Se há abordagem incorreta, a criança
vai piorar ou substituir o hábito, se há abordagem
correta, há remoção do hábito.
Sono de 3-4 horas:
A criança não tem degrau cervico toráxico antes
de 1 ano e meio, então não precisa de travesseiro,
se não causa dificuldade na respiração nasal e a
criança passa a ter respiração bucal.
Posição no berço -> criança deve ficar no pé do
berço, pois durante a noite ela tem um movimento
no sentido cefálico,” movimento de mielinização”,
se a criança bate na cabeceira da cama, “ entorta a
cabeça” e dificulta respiração nasal.
Função bucofaríngea normal
Crescimento normal dos maxilares, bom
desenvolvimento dos dentes e oclusão e face da
criança.
HábitoS:
Tríade de Graber= duração, frequência e
intensidade
Esses 3 fatores vão influenciar diretamente com a
magnitude da má oclusão.
Outros dois fatores que vão continuar a contribuir:
padrão facial e tipo de má oclusão.
Sucção digital
Erro no ciclo vai estimular esse hábito, erro na
escolha do bico e furo, ou da chupeta, pois
existem chupetas adequadas para cada idade,
permitindo que a língua continue tocando o palato.
Uma língua muito baixa tende a estimular os
dentes posteriores inferiores para vestibular e os
superiores para palatina, pois vai deixar de ter
contato com eles na parte superior, quebra
mecanismo do bucinador, contrai mais os dentes
superior e expande os inferiores.
Consequencias:
Vestíbulo-versão dos incisivos superiores
Linguo-versão dos incisivos inferiores
Mordida aberta anterior
Extrusão dos posteriores
Mordida cruzada posterior- 30%
-Na dentadura decídua, se até os 4 anos, você tira
o hábito, tende a evoluir para a
normalidade
-Após dentadura decídua, na dentição mista, vai
ser necessário algum dispositivo
 ORTODONTIA
Com o amadurecimento da criança, após 4 anos vestibular (para dar estabilidade em região
com a vida social, a criança tende a deixar anterior), grampo de retenção (3 meses já elimina
hábito o problema). Dijuntos palatino para expansão da
Sempre tentar transferir hábito de sucção de dedo arcada superior e eliminação da mordida cruzada
para chupeta, que é mais anti-social posterior
Tratamento após os 5 anos: psicológico (pais e Secundário
criança), fonoaudiólogo (reeducação -interposição lingual é uma adaptação a mordida
muscular e lingual), ortodôntico (correção aberta existente, que mantem ou agrava, abertura
morfológica) circunscrita e os incisivos inferiores para lingual
Tratamento
Verificar problemas psicológicos;
Concordância entre pais e filhos para remoção do
hábito(cuidado com amor e carinho)
Melhor resultado durante aparelho fixo
Grade palatina para lembrar de não colocar o
dedo, já começa permitir a extrusão dos
dentes, a língua não penetra entre os
incisivos e eles fazem a erupção
espontânea.

Interposição lingual
A língua posicionada muito tempo entre os dentes,
pode causar abertura da mandíbula.
Os dentes vestibularizam, por pressão de dentro
para fora. Já na sucção não nutritiva, o
inferior
vai pra dentro e o superior para fora.
Fator etiológico:
1) Primário – causa - tem a mordida aberta
difusa, os incisivos vestibularizados e
diastemas
2) Secundário- consequência -já tem mordida
aberta e a língua penetra, perpetuando a
mordida aberta

Primário: originou a mordida aberta, formato

retangular difuso, incisivos vestibularizados, mais
diastemas, diferente da causada pela sucção não
nutritiva. A interposição lingual pode ser devido a
hipertrofia de amigdalas, amigdalite crônicas,
faringites cronicas causa a interposição lingual. O
tratamento vai ser multidisciplinar
otorrinolaringologista, fonoaudiologista e
ortodontia.
- ex paciente com mordida aberta e cruzada
posterior: grampos de retenção para dar
estabilidade (circunferencial, adans, arandela),
grade palatina (impede projeção de língua e
recordatório para não colocar o dedo), arco