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August 10th, 2021

 MOLDAGENS PARA PRÓTESE


TOTAL
Prof. Leonardo Castro
Algumas vezes alguns pacientes podem ser
Para selecionar as moldeiras, podemos fazer uso
migrados para o tratamento de implantes ou
de compasso medindo o rebordo do paciente e
prótese sob implantes mas muitas condições ainda
escolhe a moldeira que melhor se adapta.
levam muito ao uso de prótese total convencional.
No Brasil temos uma estimativa de que 19 milhões 2- Individualização com cera periférica
de pacientes já perderam pelo menos um dente e
20 milhões são usuários de prótese total, sendo que
1 a cada 5 tem entre 25 e 44 anos. Após as etapas
de exame clinico, avaliação radiográfica e
planejamento podemos dar início as etapas.

MOLDAGENS Tem função de dar suporte ao material para a


realização da moldagem. Pode ser substituída por
Moldagem Moldagem
cera utilidade cortada com lecron.
anatômica funcional Matérias que podem ser usados para moldar:

A moldagem funcional também é dívida em 2 1- ALGINATO – mais usado e mais indicado


etapas que são: Possui uma ótima função para a moldagem
anatômica. A técnica é fácil e possui um excelente
Vedamento Moldagem funcional custo – benefício.
periférico propriamente dita.
2- GODIVA – diferente da Godiva de bastão.
Possui algumas desvantagens em relação ao
MOLDAGEM ANATOMICA Alginato onde a principal dificuldade é a técnica. Este
Consiste na reprodução geral da área onde a tipo de Godiva vem em placas, onde teremos que
prótese irá se adaptar onde possui músculo, bridas, ter um plastificador de Godiva com água quente,
freios e etc. Seu outro objetivo é confeccionar uma derretendo e em formato de rolinho leva a moldeira
moldeira individual. (toma presa rápido). Indicado para paciente com
POUCO rebordo porque é rígido e tende a ter uma
1- Seleção da moldeira de estoque
força e afastar melhor os músculos e outras
Esta moldeira é diferente da convencional devido a estruturas.
altura do rebordo devendo ter a base rasa e ser 3- SILICONE
biangulado permitindo que entre de maneira passiva
(não podendo forçar nenhuma região) e não Possui o silicone de condensação de adição com
deslocando nenhuma estrutura a não ser as que inúmeras marcas comerciais. É um excelente
querem moldar. material porém tem um custo muito alto. Indicado
para pacientes que possui um grande defeito ósseo.
O grande objetivo é então copiar com muita riqueza
de detalhe principalmente na região do túber na
maxila e as bridas e freios principalmente na Resina acrílica termopolimerizável
mandíbula.
MOLDAGEM FUNCIONAL
A moldagem é dividia em 2 etapas que é o
vedamento periférico e moldagem funcional
propriamente dita. Resina composta Fotopolimerizável
Antes, deveremosque confeccionar uma
MOLDEIRA INDIVIDUAL feita no laboratório através
da moldagem anatômica.

Placas de acetato

? PLACAS DE BRUXISMO
FUNÇÃO:
A placa de bruxismo (mio relaxante) deverá ser
Determinar os limites da área chapeável, deve ser confeccionada em laboratório com resina acrílica onde a
rígida e bem adaptada. Esta moldeira individual pode mesma deverá ser lisa porém ter as condições de realizar
ser feita no consultório porém demanda muita os movimentos mandibulares. É diferente de uma placa para
clareamento.
técnica. Pode ser feita com resina acrílica
transparente ou com resina colorida.
MATERIAL: (para confecção) ATENÇÃO:
1- Resina acrílica autopolimerizavel Deveremos verificar se ao chegar do laboratório a
2- Resina acrílica termopolimerizável – a nível de laboratório moldeira individual deverá 2mm aquém do fundo do
3- Resina composta Fotopolimerizável – vendida em saco de vestíbulo. Não pode estar totalmente
placas e feita em nível laboratorial. adaptada.
4- Placas de poliestireno (acetato)
Porque......
Os 2mm é deixado pois ainda tem que se realizar
a segunda moldagem (primeira etapa da
Resina acrílica autopolimerizavel moldagem funcional – vedamento)
I
? Inserção da godiva
A Godiva vem em bastão onde plastificaremos a
ponta do bastão que vai derretendo e colocamos
2 mm
na borda da moldeira. Pode ir com a mão mesmo.
Ao inserir, levaremos a moldeira na lamparina para
plastificar.
VEDAMENTO PERIFÉRICO
Ao receber a moldeira individual do laboratório,
deveremos certificar os 2mm. O próximo passo é REBORDO SUPERIOR
preencher com GODIVA VERDE para a realização
de uma VEDAMENTO PERIFÉRICO com 4
preenchimento na borda da moldeira. 3 3

Permite que os tecidos tenham uma relação própria 2 2


com o material de moldagem, modelando seus
requerimentos funcionais que são as estruturas
como inserção muscular, bridas e freios. 1
1
5
Neste momento a moldeira não está adaptada
nesses regiões devido os 2mm aquém, então a Na arcada superior é realizado vedamento periférico
Godiva que terá a função de MODELAR estas em 5 localizações:
estruturas.
1- Espaço coronomaxilar – importante para retenção
MATERIAIS: 2- Fundo de vestíbulo bucal
3- Fundo de vestíbulo labial
Diferentes tipos de materiais podem ser usados
4- Freio labial
para o vedamento periférico. Dentre eles estão as
5- Término posterior
Resinas termoplásticas, silicones pesadas. Entretanto
a Godiva de baixa fusão apresenta inúmeras Pode ser realizado pequenas marcações nas regiões
vantagens em relação aos outros materiais. destas localizações do vedamento periférico. Pode
se fazer de cada lado, área por área (direita e
VANTAGENS DA GODIVA DE BAIXA FUSÃO:
esquerda.).
É um material que possui fluidez adequada para
exercer MINIMA PRESSÃO sobre os tecidos quando **nas imagens mostram fazendo direito e
plastificada. Possui boa adesividade a moldeira, rigidez esquerdo de uma vez, mas é interessante
adequada após resfriada. Resistência suficiente para fazer um lado de cada vez.
ser retirada e colocada no rebordo. Possui facilidade
para remover ou adicionar material na medida que
ESPAÇO CORONOMAXILAR
vai sendo moldada e rapidez no processo de Estende – se no sentido Antero posterior da base
moldagem, observar a consistência da moldeira. (Ao do processo zigomático até a chanfradura do
contrário de outros matérias que precisam ser pterigomaxilar. Pedir para o paciente para abrir e
removidos e iniciar novamente no processo). fechar a boca repetidamente para copiar a região
FUNDO DE VESTIBULO LABIAL

Leva a moldeira com Godiva segura a região do


palato abre e fecha a boca. Com a Godiva na
fase plástica Para copiar o musculo que age Região dos músculos ORBICULARES. Pelas suas
naquela região características anatômicas, determina – se uma
A Godiva demora em torno 10 segundos pare abordagem parecida com o fundo do saco de
vestíbulo bucal realizando leves tracionamentos
endurecer.
segurando no palato.
FUNDO DE VESTIBULO BUCAL . Região importante para estética final da prótese.
Ao realizar esta etapa é interessante observar
como vai ficar em relação ao suporte labial por
exemplo.

FREIO LABIAL

Área do Músculo Bucinador. Na grande maioria


das vezes tem muitas brida de devem ser moldadas Divide a região de fundo de vestíbulo bucal. Fazer
com um leve tracionamento. leve tracionamento da região do anterior do lábio
É uma brida muito frágil onde qualquer ação pode superior. É colocado apenas uma pequena porção
causar trauma. de Godiva. Também é realizado os leves
tracionamentos contra a Godiva e aguardar de 5 a
Lembrando que os espaço coronomaxilar já tomou 10 segundos.
presa então não removemos apenas
acrescentamos a Godiva plastificada na região do TÉRMINO POSTERIOR
fundo de vestíbulo bucal.
Em seguida, leva na boca realizando um leve
tracionamento do lábio de 5 a 10 segundos.

Conseguimos comprimir os tecidos que estão


dividindo a zona de transição de palato duro e
mole. Colocaremos em boca, apertaremos com
pressão e a Godiva irá copiar a região. Pode
solicitar que o paciente falar o fonema “AH” de CHANFRADURA DO MASSETER
forma continua com a boca aberta.

É uma região de muita importância para evitar


que a prótese se desloque principalmente para a
região horizontal.
Região sobre influência do MASSETER. Deveremos
REBORDO INFERIOR pedir para o paciente fazer movimento de
4 4
1 ABERTURA e FECHAMENTO da boca com a
1
moldeira bem apoiada com a Godiva na fase
5 5 plástica.
2
2 O ideal é apoiar a moldeira com os dois dedos
6
certificando que a moldeira está bem encaixada
3 3 (5 a 10 segundos pra a Godiva ficar presa)

Certificar que a
Godiva não está
quente
São denominadas 6 localizações a ser modelada:
1- Chanfradura do masseter Se ao finalizar as modelagens e ver que faltou ou
2- Fundo de vestíbulo bucal passou material, tem – se a capacidade de
3- Fundo de vestíbulo labial acrescentar ou remover material.
4- Fossa distolingual ou retroalveolar
5- Flange sublingual – assoalho da língua (ajuda na
FUNDO DE VESTÍBULO BUCAL
estabilidade)
6- Freio lingual – é o freio que causa muita interferência
na fala e se não tiver muito bem modelada, a prótese
vai se movimentar quando ele falar.

A prótese inferior é DIFÍCIL de fazer e o paciente Área anatômica é a linha oblíqua externa, é
as vezes não usa. A dificuldade está relacionada com uma região que tende a ter muitos traumas. Possui
a pouca quantidade de rebordo podendo interferir as mesmas características do rebordo superior,
na retenção e estabilidade. A realização da cópia é inclusive as bridas em considerável quantidade onde
difícil. deveremos fazer tracionamento do lábio contra a
Godiva. É uma área importante para a sustentação
da prótese e suscetível a trauma.
FUNDO DO VESTÍBULO LABIAL FLANGE SUBLINGUAL

Geralmente, o freio labial inferior fica discreto devido


a reabsorção óssea, não tendo necessidade de
Varia de paciente para paciente de acordo com o
modelar sozinho e sim de toda a região residual. Ao
grau de reabsorção e com o tamanho da glândula
levar na boca, deveremos realizar os
sublingual. É um espaço importante para a
tracionamentos com o lábio.
estabilidade da prótese – relacionado com a
FOSSA DISTO – LINGUAL OU RETRO ALVEOLAR estabilidade da prótese porque a língua mexe e o
assoalho também.
Para modelar a região, deveremos fazer
exatamente igual a anterior (ao jogar a lingual as
estruturas anatômicas vão se movimentar e a
Espaço na porção mais distal da região lingual da Godiva vai copiar.
mandíbula. Espaço que varia de paciente para FREIO LINGUAL
paciente de acordo com a movimentação da lingual
para anterior.
Pegar a moldeira, segurar e peça para o paciente
colocar a língua pra cima e pra fora e dizer se
está incomodando ou não.
Área influenciada pelo Músculo Genioglosso.
Se tiver machucando é que está muito adaptado e Nesta região, o freio é volumoso e ao movimentar
não terá espaço para a Godiva (remoção com Maxicut). a língua pode deslocar a prótese. Pedir para o
paciente para movimentar a lingual para CIMA e
para LADOS com o material na fase plástica.
Em seguida, coloca a Godiva na moldeira, segura
A próxima etapa é a segunda parte da Moldagem
com 2 dedos e pedir para o paciente jogar a
Funcional
lingual pra fora e umedecer o lábio inferior para a
língua fazer uma força contraria para a Godiva MOLDAGEM FUNCIONAL PROPRIAMENTE DITA
copiar a fossa.
Pode ser realizada com:
1- Pasta a base de OZE (Zincoenólica)
Se der errado ao moldar, perderemos o que
fazemos na moldeira individual, desta forma, é um
material indicado a ser usado quando houver prática.
Possui um custo benefício muito bom para
moldagem funcional.
2- Elastômeros (poliésteres, silicones ou
mercaptanas)
Na clínica, a moldagem funcional propriamente dita
é o Silicone usando apenas: parte FLUÍDA e
CATALIZADOR.
3- Alginato – moldeira perfurada para que o
material possa extravasar.
O SILICONE DE CONDENSAÇÃO é o mais indicado
para a realização da moldagem funcional
propriamente dita (segunda parte). Ao pegar a
moldeira individual já modelada com a Godiva,
iremos preencher com pasta leve e catalizadora
(manipulada) e levar em boca para moldar rebordo,
palato por exemplo.
Em seguida iremos VAZAR O GESSO (gesso III) e
utilizar a base de silicone.
Colocaremos gesso na moldeira, levaremos ao
vibrador para sair as bolhas, em seguida, levaremos
o resto do gesso na base do silicone e levaremos o
modelo.

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