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Informações da aula: Porém, nem sempre utilizamos todos esses princípios,

Aula 03: Preparos cavitários I e II para amálgama. então numa aplicação atual, nós fazemos o preparo
em duas etapas:
Data: 02/03/2023.
a) Preparo biológico: Acesso à lesão e remoção
seletiva do tecido cariado.
Introdução: ▪ Acesso a lesão – Usa brocas (corte) e/ou pontas
diamantadas (desgaste) de tamanho adequado.
Quando falamos de preparo cavitário classe I,
▪ Não precisa ter exatamente as mesmas dimensões
automaticamente estamos falando também sobre
do preparo, sendo o suficiente para permitir o
classe V. Relembrando as classes:
tecido cariado.
▪ A ponta diamantada deve perfurar o esmalte em
Classe I – Cavidades em região de má coalescência direção ao tecido cariado.
de esmalte – cicatrículas e fissuras:
∙ Molares e pré-molares – Face oclusal. Remoção do tecido cariado - Existem dois modos:
∙ Molares inferiores – 2/3 oclusal da face
vestibular. ▪ Brocas esféricas carbide em baixa rotação (Tecido
∙ Incisivos e caninos superiores – Face lingual. amolecido) → Cavidades rasas e médias.
∙ Molares superiores – Palatina.
▪ Instrumentos manuais – curetas ou colheres de
dentina → Cavidades profundas ou muito
profundas – Técnica de remoção seletiva.
Classe V – Cavidades preparadas no terço gengival
nas faces vestibular e lingual.
Atenção!
Dentro da técnica de remoção seletiva do tecido
cariado, a partir do momento em que estamos
removendo o tecido e nos deparamos com
`material´ menos amolecido (com aspecto de
manteiga de geladeira, no qual sai as lascas)
devemos parar, pois esse é um tecido infectado por
bactérias, porém em menor grau.

Caso a restauração fosse de resina, não seria


necessário ter mecanismos de resistência e retenção,
pois usamos o sistema adesivo (micromecânica e
Hoje nós iremos debater sobre os princípios clássicos química).
e atuais de preparos cavitários, os instrumentos
Porém, quando utilizamos amálgama é necessário o
rotatórios e por fim, instrumentos manuais.
preparo mecânico.
Além disso, vale ressaltar a justificativa de ainda se
usar restaurações de amálgama, apesar de existirem
materiais melhores, o uso de amálgama em dentes b) Preparo mecânico: Resistência e retenção.
posteriores especificamente e em função do valor.
Adequação do preparo ao material restaurador –
amálgama.
Formas de resistência e retenção.
Uso de brocas específicas.
Dentro do preparo cavitário temos alguns princípios
que são clássicos, sendo eles: 1. forma de contorno,
2. forma de retenção, 3. forma de resistência, 4.
forma de conveniência, 5. remoção do tecido cariado,
6. acabamento das paredes de margens e limpeza.
2. Sistemas rotatórios:
Remoção da estrutura dental ou não por meio de ação
mecânica.
Instrumentos rotatórios agem por meio de corte ou
desgaste.
a) Contra-ângulo – Acabamento, polimento,
profilaxia, ajuste oclusal pequeno, micro
texturização de resina.
Broca 245 – Ponta ativa com formato cilíndrico e b) Peça reta de mão.
extremo arredondado – Deixa parede mais paralela.
c) Micromotor
Broca 330 – Possui o formato de cone invertido,
d) Turbina de alta rotação – 450.000 rpm, sendo
extremo arredondado – Deixa parede convergente.
ideal para a remoção do tecido.
Broca 329 – Possui o formato igual a 330, porém a
ponta ativa menor – Deixa parede convergente. Rotação varia de 20.00 rpm a 450.000 rpm.

Classe I não precisa ter retenções adicionais!

Forma de resistência – Ângulo diedros internos


devem ficar arredondados, e o ângulo Introdução:
cavossuperficial reto deve ficar nítido, reto e sem
Quando falamos de cavidades classe II, estamos
bisel. → Arredonda com as brocas. falando de cavidades que envolvem as faces
proximais de dentes posteriores.

Instrumentos cortantes manuais – Usado para


regularizar uma pontinha de esmalte, clivar e Hoje iremos debater sobre o padrão de
nivelar. São eles: desenvolvimento de cárie interproximal, anatomia
interproximal, tecido de inserção supra-crestal e
Cinzéis – Planificar o esmalte. protocolo de confecção de preparos classe II para
amálgama.
Enxadas – Acabamento final das paredes internas da
cavidade e planifica o esmalte. 1. Características de cárie proximal:
Recortador de margem gengival – Planificar o ângulo Avaliar o padrão de desenvolvimento – Dois
cavo superior gengival e arredondar. São curva triângulos ápice contra-base. Normalmente esse
tipo de lesão progride em direção a junção
Por fim, realizamos a remoção das irregularidades e amelodentinária e depois polpa.
prismas de esmalte sem suporte deixados pela
instrumentação inicial. Cárie normalmente se instala abaixo do ponto de
contato dificultando o tratamento.
Para proporcionar melhor adaptação marginal, usa-
se cinzéis ou enxadas. Deve-se diagnosticar essa lesão o quanto antes pois
a restauração nem sempre consegue estabelecer
novamente um contato interproximal adequado.
2. Diagnóstico: Pode ou não haver envolvimento de crista
marginal.
Necessidade de exames complementares –
radiografia interproximal.
3. Resistência e retenção:
3. Anatomia interproximal: Paredes devem ficar convergentes para oclusal.
Podemos restaurar até a margem gengival, passando As vezes é necessária uma resistência adicional
disso: (Caneletas).
a) Consequência da invasão dos tecidos supra Ângulos agudos dietros internos arredondados.
crestais:
Ângulo cavossuperficial reto, nítido e sem bisel.
∙ Recessão gengival.
O ângulo agudo deve ficar reto – curva reversa de
∙ Inflamação crônica. Hollenback.
∙ Perda óssea.
∙ Formação de bolsa periodontal.
b) Tratamento:
∙ Osteotomia e osteoplastia.
∙ Tração ortodôntica – Anteriores.

4. Acabamento das paredes e ângulos:


a) Paredes circundantes vestibulares, lingual ou
O acesso pode ser: palatina – Cinzel ou enxada.
a) Conservador- Cárie inicial → b) Parede gengival – Recortador de margem
vestibular/palatina/lingual e em casos de maior gengival.
comprometimento se faz o acesso por oclusal.
c) Refinamento da curva reversa de Hollenback.
b) Conveniente.

Às vezes, quando a lesão está muito extensa temos a


sensação de cair no vazio, nesses casos devemos
ampliar a área de acesso.
Além disso, durante esse processo é importante
proteger os dentes vizinhos.

1. Remoção do tecido cariado:


Uso de brocas esféricas montados em baixa rotação.
Uso de instrumentos manuais - Curetas ou colheres
de dentina.
Maior atenção para proteger biologicamente as
paredes axiais.

2. Forma de contorno: Deve englobar área proximal.

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