AUTOADESIVOS | Material Técnico | 5ª Edição | julho.
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AUTOADESIVOS
Informações Básicas
Em geral, muitas empresas de comunicação
visual, ainda não dominam as informações
precisas sobre vários produtos utilizados na
Comunicação Visual, dentre eles, o mais complexo
e problemático é a família dos autoadesivos.
Este pioneiro e ao mesmo tempo muito
contemporâneo produto, apesar de não parecer,
passou por uma grande evolução e atualmente é
uma das mais importante matéria-prima para o
segmento, pois, sua versatilidade nas variadas
aplicações, faz com que seja a alternativa para
projetos visuais profissionais que atendem
aplicações versáteis, envolvendo a confecção de
brindes, adesivações de paredes, vitrines, pisos,
tetos, eletrodomésticos, bicicletas, motos, carros,
caminhões, barcos, aviões, placas plásticas,
madeiras, sintéticas, metálicas, etc.
As partes que formam o autoadesivo se compõem
da seguinte forma: FRONTAL, ADESIVO, SILICONE
e LINER, cada parte desta formação, é preciso ser
estudada mais técnica e profundamente, só assim,
fará sentido suas necessidades, ordem e
disposição.
Frontal
Adesivo (cola)
Silicone
Liner
CONHECENDO AS PARTES DO AUTOADESIVO
FRONTAL: conhecido também como película ou
filme.
Um pó muito fino na cor branca, que com a adição
de plastificantes, estabilizantes, pigmentos e
aditivos, transforma-se no PVC (Poly Vinil Chloride
– Poli Cloreto de Vinila), que é a matéria prima
básica para a fabricação do frontal do vinil.
- Os frontais (películas ou filmes) se dividem em
Poliméricos e Monoméricos.
- Polímeros são macromoléculas formadas a
partir de unidades estruturais menores;
- Monômeros são moléculas de baixa massa
molecular os quais, a partir das reações de
polimerização, vêm a gerar a macromolécula
polimérica. Em geral, os polímeros contêm os
mesmos elementos nas mesmas proporções
relativas que seus monômeros, mas em maior
quantidade absoluta;
- O frontal Polimérico tem sua estabilidade
dimensional superior ao frontal Monomérico
tradicional;
- Os Poliméricos são mais flexíveis, facilitando
aplicação em curvas;
- A durabilidade e resistência no uso externo do
Polimérico é superior ao Monomérico;
- É possível produzir frontais Poliméricos com
espessuras menores que nos Monoméricos;
- O frontal Monomérico tem custo mais baixo que
o Polimérico;
O brilho do frontal Monomérico é um pouco mais
intenso que no Polimérico.
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ADESIVO: O adesivo LINER: É o veículo transportador do frontal e do
é a cola, que é adesivo, utilizamos o papel com tratamento de
responsável pela silicone assim se tornando antiaderente.
aderência do frontal
à superfície a ser São utilizados tipos de
aplicado. papéis especiais para
Como existem essa aplicação,
grandes variedades normalmente em
de frontais e Couchê, Flat, Kraft e até
superfícies, também Poliéster.
existem adesivos
adequados para cada
aplicação.
FABRICAÇÃO DOS AUTOADESIVOS
- Adesivo permanente - apresenta alto grau de
colagem e alta resistência ao cisalhamento; No processo fabril, os autoadesivos se dividem em
Processo CAST, que são películas especiais,
- Adesivo removível – pode ser removido ou compostas com alta tecnologia, destinadas às
destacado posteriormente da superfície aplicada aplicações complexas e que exigem durabilidade
sem deixar resíduos de cola; estimada acima de cinco anos.

- Adesivo reposicionável - pode ser destacado da

superfície aplicada nos primeiros momentos sem
apresentar grandes dificuldades, ao receber
“pressão” e/ou após determinado período em
contato com o substrato torna-se permanente;

- Adesivo pigmentado ou Blockout – coloração

escura ou preta, que auxilia na função de
esconder possíveis imagens ou sinais (efeito
fantasma).

SILICONE: O
silicone é um
polímero utilizado E processo CALANDRADO, onde as películas se
para “revestir” uma dividem em Poliméricas ou Monoméricas, que são
das faces do liner, destinadas às aplicações simples, planas ou até
preparando-o para em substratos com curvas medianas e que exigem
receber o adesivo e durabilidade estimada em até cinco anos.
posteriormente
permitir sua
liberação no
momento da
aplicação do vinil
autoadesivo.

O silicone de boa qualidade propicia um “release”

(força exercida para remover o frontal do liner),
suave e adequado ao conjunto autoadesivo.

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PROCESSO DE LAMINAÇÃO DE AUTOADESIVOS
Depois de produzido o frontal (película ou filme
de PVC), é preciso compor o autoadesivo, que é
formado de frontal, adesivo, silicone e liner, este
processo chamamos de laminação.
O liner que já está siliconado e com a camada de
adesivo (cola) sobre o silicone é “prensado”
contra a película ou filme.
Veja na imagem abaixo todo o processo de
laminação dos autoadesivos.
OS TESTES PADRÕES NA INDÚSTRIA
Todo autoadesivo para que ofereça a necessária
segurança, boa performance nas aplicações e
garantias naquilo que se propõem são necessários
ser submetidos a testes padronizados pela FINAT
(Federação Internacional de Adesivos e
Termocolantes), a norma fornece todas as
informações e padrões necessários para
realização dos testes.
As indústrias que não utilizam os testes padrões,
acabam por colocarem no mercado produtos que
não oferecem qualidades necessárias para as
várias aplicabilidades existentes, ocorrendo assim
problemas nos processos de conversões e nas
aplicações em clientes finais.
Neste material deixamos claro que é de suma
importância respeitar as exigências e padrões
estabelecidos pela FINAT, assim já de início
saberemos distinguir produtos e suas qualidades.
A seguir vamos tratar dos testes padrões FINAT e
que são indispensáveis para mensurar a boa
qualidade dos autoadesivos.
Estes testes são utilizados pelos fabricantes dos
autoadesivos em todo o mundo e, são
determinantes para o controle prévio do conjunto
(frontal, adesivo, silicone e liner). O rígido controle
de qualidade evita qualquer não conformidade
antes, durante e após sua fabricação.
TESTE SMEAR
Análise realizada
durante a
produção do
liner, para avaliar
se o silicone
aplicado sobre o
papel apresenta
excessos que
podem
contaminar o
adesivo (cola), é
realizado através
do contato direto com o material e verificado
visualmente se apresenta "sombras" nas áreas em
que foi realizado o contato.
TESTE RUBB-OFF
Análise para avaliar se o silicone aplicado sobre a
base de papel apresenta boa ancoragem, é
realizado por contato direto e verificado se o
silicone se solta da superfície.
TESTE VERDE MALACHITA
Análise de cobertura do silicone, mergulha-se uma
amostra do liner siliconado em uma solução
padrão, a face que recebeu o silicone deve ficar
em contato com a solução por cinco segundos,
após deverá ser devidamente limpa e verificar a
tonalidade apresentada, deve ter uma cor verde
claro uniforme, isto indica que a cobertura foi
eficiente sem excessos ou falhas.
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TESTE SHEAR na carga de célula do
dinamômetro, subir a
Shear é a força de base do aparelho com
coesão/resistência que uma placa de vidro
um autoadesivo possui. padrão até que entre em
contato com o adesivo
Aplicar amostras de 1" (cola), iniciar o teste e
em placa de aço coletar os dados.
inoxidável padronizada
para testes, passar o Norma FINAT (FTM-9).
rolo de pressão de 2kg, quatro vezes sobre o
material, deixar descansar por até 15 minutos,
fixar a placa de testes no aparelho de Shear Test,
na ponta da amostra fixar padrão de peso de 1kg, TESTE DE RELEASE
ligar o relógio marcador do aparelho e aguardar o
término do teste. Release é a força usada para separar o filme
Norma FINAT (FTM-8). (frontal) do liner de um autoadesivo.

TESTE DE ADESIVIDADE Coletar amostras,

cortar em tiras de 1"
Adesividade é força de aderência que um na direção
autoadesivo apresenta quando é devidamente longitudinal, com o
aplicado, sob pressão, em um determinado auxílio de um
substrato. dinamômetro fixar
uma ponta do liner na
Com amostras do base do equipamento
material produzido e a ponta do frontal
cortadas em tiras de 1", fixar junto à carga de
aplicar em uma placa de célula, rodar o ensaio
aço inoxidável e coletar os dados.
padronizada para testes, Norma FINAT (FTM-4).
passar o rolo de pressão
de 2kg, quatro vezes
sobre o material, deixar
descansar por até 20 Para efetivação e domínio dos processos para
minutos, fixar a placa de suas conversões, transformações, adequadas
testes no aparelho aplicações e suas manutenções, os profissionais
dinamômetro e uma ponta do adesivo fixar na com envolvimento direto com o produto precisam
carga de célula, iniciar o teste e coletar os dados. atentar-se às instruções técnicas e dicas dos
Norma FINAT (FTM-2). fabricantes, pois, estes trabalham respeitando
exigências e parâmetros que garantem sua
correta e segura aplicabilidade.
TESTE DE TACK
Estas afirmações são embasadas em virtude das
Tack é a força de contato inicial que um informações, fatos e dados levantados junto a
autoadesivo exerce quando em contato com um inúmeras empresas e profissionais, considerados
substrato, sem que haja pressão sobre ele. experientes. Então, com base nas ocorrências e
não conformidades envolvendo produtos
Cortar amostras do material laminado em tiras de autoadesivos para impressão digital, é de suma
1" na direção longitudinal, retirar o liner, com a importância a observação dos pontos a seguir:
face do adesivo para baixo prender as duas pontas

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1. EMBALAGEM DO PRODUTO
Qualquer produto autoadesivo que será utilizado
para impressão, precisa possuir mecanismos de
proteção, equilíbrio e estabilidade do conjunto
(filme, adesivo, silicone e liner), esta formação é
básica para o bom funcionamento das próximas
etapas de conversão do produto.
As estruturas
geralmente são
compostas por:
- Tubete:
estrutura
cilíndrica de
papel capaz de
suportar certa
quantidade do vinil autoadesivo, bem como, se
adequar ao suporte do equipamento de
impressão, sem provocar nenhuma interrupção;
- Proteção Plástica: película de plástico
transparente, que possui a função de manter a
integridade interna, a umidade e as propriedades
do conjunto exigidas pelo fabricante;
- Proteção de Bordas: estrutura rígida composta
de plástico ou madeira, que possui a função de
proteger as extremidades do conjunto (tubete e
mídia);
- Caixa Externa: estrutura quadrada em papelão,
capaz de sustentar pilhas com várias caixas, sem
afetar o conteúdo interno.
2. INFORMAÇÕES TÉCNICAS DO PRODUTO
Aqui deve-se reunir todas as informações técnicas
do produto, os testes desenvolvidos em
laboratórios, as experiências sobre suas
aplicabilidades ideais, tudo isto precisa ser
indicado e formalizado através de laudos técnicos
do fabricante.
3. ARMAZENAGEM DO PRODUTO
As caixas dos autoadesivos, devidamente lacradas,
precisam ser acondicionadas em local protegido
do sol, que seja ventilado, onde a temperatura
não ultrapasse 30ºC e que a umidade relativa do
ar não ultrapasse aos 70%.
Estes cuidados darão a garantia da permanência
da qualidade do composto autoadesivo (frontal,
adesivo, silicone e liner), que influenciará positiva
ou negativamente nos processos de impressão e
aplicação da mídia.
Produtos que permanecem por mais de um ano
estocados podem perder suas propriedades
interferindo nos processos de qualidade, inclusive
em suas aplicabilidades.
4. LABORATÓRIO DE IMPRESSÃO
No Estúdio ou Laboratório de Impressão é preciso
registrar e cuidar de todos os fatores climáticos
que possam desestabilizar e impedir a perfeita
impressão das mídias.
Atenção especial aos números e parâmetros para
a melhor conservação dos equipamentos e
performance dos materiais impressos:
- Umidade Relativa do Ar: entre 50% e 70%;
- Temperatura Ambiente: entre 22ºC e 26ºC;
- Sistema de Exaustão: sempre ligado quando a
impressora tiver imprimindo base solvente;
- Aterramento: máximo em 10 ohms;
- Limpeza do Ambiente: manter o ambiente limpo
evita problemas na impressão.
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5. IMPRESSÃO DA MÍDIA
Nesta etapa a atenção aos cuidados de manuseio
da mídia, principalmente à face de impressão do
filme de PVC é de extrema importância, pois,
qualquer contato brusco ou da pele da mão
poderá manchar a mídia, ocorrendo falhas
quando impressas.
Cada impressora possui suas particularidades, ou
seja, um mesmo modelo, da mesma marca,
podem executar produções diferentes ou exigirem
ajustes diferentes, então, os fatores: marca,
tecnologia, tintas, perfil ICC utilizado, modelo das
cabeças de impressão, sistema de aquecimento
do platen, sistema de secagem/ventilação, etc.,
vão interferir diretamente nos processos
produtivos e de transformação dos autoadesivos
impressos.
A qualidade da impressão, ou seja, vivacidade nas
cores, encaixes e possíveis não conformidades
(migrações, manchas horizontais, manchas
verticais, falhas de impressão, etc.), dependem de
ajustes técnicos no conjunto: equipamento, tintas
e mídia.
Para se obter um processo conjunto de Impressão
e Aplicação, é muito importante que os
profissionais IMPRESSORES e APLICADORES
conversem entre si, pois, juntos saberão das
informações como um todo.
6. PROCESSO DE CURA
A grande maioria das empresas que usam
autoadesivos para impressão digital, não possuem
qualquer sistema de secagem após o processo de
impressão base solvente.
Sabe-se que os autoadesivos sofrem significativa
deformação de suas estruturas, quando são
submetidos aos processos de impressão utilizando
tintas à base de solventes, pois, em vários casos as
cargas são demasiadas, principalmente naquelas
artes chapadas, com cores mais fortes ou ainda
em impressoras que operam sem calibrações ou
perfis ICC’s adequados para os variados tipos de
mídias.
Em vários casos a quantidade de tintas solventes
depositadas sobre determinadas mídias fazem as
superfícies dilatarem, deformarem, podendo
ocorrer sérios problemas durante ou após as
aplicações.
Devido às pressões dos clientes finais, muitos
convertedores, impressores, profissionais da
impressão digital e até mesmo aplicadores
desprezam esta imprescindível etapa, com isto
consequentemente ocorrem-se importantes e
sérios transtornos, prejuízos e até mesmo a perca
de clientes tradicionais e que também
desconhecem o processo.
Abaixo relaciono alguns exemplos típicos do que
acontece constantemente aos autoadesivos
impressos com tintas à base de solventes e que
não são submetidos a tão necessária cura, veja:
a) Dificuldades para o profissional adequar a
película nas superfícies a serem aplicadas,
pois, a película que ainda não se encontra
livre dos solventes, fica demasiadamente
mole, perdendo sua estabilidade original;
b) Pode ocorrer a transferência de
pigmentos de tintas para as espátulas que
estão sendo utilizadas para fixação da
película, provocando riscos nas imagens.
c) Pode acontecer descolamento ou
arrebitamento das extremidades da
película aplicada, isto acontece devido ao
esticamento e refilamento precoce das
bordas. Bolhas, encolhimentos, estrias e
outras deformações também podem
serem causados pela falta de cura da
película impressa;
d) Autoadesivos sem a cura adequada não se
deve aplicar quaisquer tipos de laca ou
verniz de proteção, pois, a aplicação de
qualquer verniz ou laca, cria-se uma
camada que impermeabiliza os pigmentos
depositados sobre a película, os solventes
são instáveis e irão reagir contra a camada
impermeável, esta reação química poderá
afetar drasticamente as impressões ou
sinais.
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Com o tempo e ventiladores, este procedimento poderá acelerar
sob as o processo de cura em até 80% em relação aos
intempéries, a processos de secagem natural e tradicional, ou
camada de verniz seja, irá atender mais prontamente o cliente final,
protetor facilitando as aplicações para os aplicadores, além
transforma-se de evitar as várias não conformidades já relatadas
em uma crosta e que podem resultar em grandes prejuízos.
rígida escura, danificando e modificando as
aparências das impressões.
7. LIMPEZA DAS SUPERFÍCIES/SUBSTRATOS
Os fabricantes de autoadesivos afirmam que as
impressões com tintas à base solventes poderão Os autoadesivos geralmente não aderem em
levar entre 24 e 72 horas para alcançar a cura superfícies sujas, contaminadas com poeiras,
total, só depois poderão ser aplicadas produtos oleosos ou que venham impedir a ação
devidamente. da cola. Então, é preciso remover estas
substâncias, deixando as superfícies livres para a
Na grande maioria a cura das mídias se dão de melhor qualidade nas aplicações. Usar álcool
forma natural, natural acelerado ou através de isopropílico ou desengraxante para a limpeza
equipamentos adaptados ou apropriados para a total.
total cura das películas impressas.

Qualquer autoadesivo para impressão digital, logo

após o processo de impressão com tintas à base
solvente, é necessário cumprir e respeitar o prazo
de cura, do contrário as aplicações poderão sofrer
sérios danos, inclusive a inviabilidade total. Por
isto, volto a dizer sobre a importância do diálogo
entre os profissionais de impressão e aplicação.

É preciso fazer o "teste de ancoragem" da tinta

após a impressão (arquivo especial), aguardar no
mínimo duas horas (usar espátula de feltro
pressionando o filme nos vários sentidos). Existem substratos com superfícies planas, curvas
simples e com curvas complexas, esta última exige
As empresas que imprimem com tintas base um conjunto que ofereça maior estabilidade,
solventes precisam dispor de estação de secagem então, a película ou filme precisará ser menos
de mídias, este procedimento visa acelerar o espessa e com adesivo mais agressivo, capazes de
processo de cura e, vem facilitar e agilizar para suportar as curvas, relevos e depressões que a
aqueles que desconhecem sobre a necessidade de superfície venha apresentar.
cura para as películas impressas.
Algumas empresas, com o intuito de
Solventes são “economizar”, acabam por utilizar produtos
voláteis e são inadequados para aplicações que exigem maiores
evaporados mais cuidados dada às complexidades das superfícies.
facilmente com a
movimentação do Estes fatos acabam aumentando os problemas
ar, então, basta com a qualidade final das aplicações, impactando
dispor de local negativamente nos resultados esperados e, ainda
arejado ou com implicando na negativa das garantias dos
aceleração do ar produtos, firmadas pelos fabricantes.
através de

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8. PROCESSO DE APLICAÇÃO
Este é o "momento da verdade", é agora que o
autoadesivo terá que mostrar o maior de seus
atributos, então, após todas as fases anteriores,
inclusive o processo de cura, temos que ter
respostas às seguintes questões:
- A impressão do autoadesivo está em
conformidade com a qualidade proposta pela
empresa convertedora e será aprovada pelo
cliente final?
- O autoadesivo impresso está totalmente
curado?
- Após a retirada do liner o filme ou película está
flexível?
- Na percepção dos aplicadores o tack inicial é
baixo, médio ou alto?
- Na percepção dos aplicadores como é a adesão e
o descolamento da película?
- Pesquisar e entender os pontos positivos e
negativos informados pelos fabricantes.
Todas as aplicações de autoadesivos exige-se
técnicas e experiências que na prática fazem a
grande diferença, cada aplicador desenvolve
habilidades diferentes, no entanto, algumas dicas
são determinantes para o melhor resultado final.
Os fabricantes, que por sua vez, emitem laudos e
boletins técnicos, reforçam que estes documentos
importantes sejam estudados, e respeitados, no
entanto, muitos ainda acreditam em mitos e
acabam realizando aplicações improvisadas.
A melhoria contínua do segmento é um grande
desafio, por isto, a indicação de treinamentos
especializados nos vários agentes que estão
envolvidos com autoadesivos, estas ações fará um
melhor desenvolvimento do mercado.
9. GUIA DE INSTALAÇÃO
As orientações para instalações de autoadesivos
são fundamentais para garantir a boa qualidade
das aplicações, bem como, a perfeita estética dos
sinais e imagens que retratam todo o conceito
desenvolvido nas produções artísticas, certeza de
se obter a durabilidade máxima dos substratos
utilizados e também o resultado final que precisa
deixar o cliente final satisfeito.
9.1 AUXILIARES UTILIZADOS
Para uma perfeita instalação dos autoadesivos os
aplicadores irão precisar:
- Autoadesivo apropriado para a aplicação;
- Borrifador e limpador de vidros;
- Removedor de cola;
- Álcool desnaturado 70% (para limpeza);
- Espátula de Feltro;
- Espátula de Teflon/PVC;
- Estiletes e lâminas;
- Soprador Térmico;
- Fitas adesivas;
- Máscaras adesivas (baixo tack);
- Fita métrica ou régua;
- Furador de bolhas;
- Luvas de tecido de algodão;
- Flanela apropriada;
- Toalhas de papel;
- Modelador de rebites (opcional);
- Imãs de posicionamento (opcional).
9.2 PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
Em superfícies planas (placas, divisórias, pisos,
paredes, chapas metálicas, etc.) as aplicações são
mais simples e até podem ser aplicadas utilizando
água para facilitar o deslizamento das películas.
No caso de superfícies com curvas complexas
(chapas corrugadas, substratos com depressões
ou elevações, etc.), evitar aplicação úmida.
Em aplicações em veículos ou caminhões, depois
de serem livres de colas, possíveis ferrugens e
outras sujeiras, devem ser lavadas com água e
sabão, não se deve aplicar qualquer tipo de cera.
Recomenda-se usar álcool etílico hidratado
(supermercado) para limpeza final.
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A temperatura precisa estar acima de 12,8ºC
durante a noite, isto garante que a umidade se
evapore de todas as partes, inclusive nos frisos e
juntas das estruturas.
Nas instalações internas é
aconselhável certificar-se
que as superfícies estejam
limpas e as condições
climáticas não afetam as
aplicações.
Retire quaisquer estruturas facilmente removível,
tais como: emblemas, espelhos, antenas,
limpadores de para-brisas traseiro, maçanetas e
outros equipamentos capazes de remoção, isto
facilitará o manuseio das películas autoadesivas.
Nas superfícies em vidros precisam usar limpa
vidros para remover toda a sujeira existente, em
seguida, sature papel toalha com álcool 70%
desnaturado e limpe todas as áreas onde as
películas autoadesivas serão aplicadas. Com um
papel toalha seco, limpe novamente a superfície,
no sentido vertical de cima para baixo, este
procedimento irá remover quaisquer resíduos de
ceras ou graxas que possivelmente existirá nas
superfícies (estes resíduos são dissolvidos pelo
álcool desnaturado).
Concentre-se nas áreas com maiores riscos de
descolamento das películas autoadesivas, tais
como: em torno das bordas das portas,
puxadores, juntas, borrachas, etc.
9.3 APLICAÇÃO DAS PELÍCULAS AUTOADESIVAS
As películas devem ser aplicadas a uma
temperatura acima de 12,8ºC. O material precisa
ser alinhado à superfície e verificado com precisão
para a correta colocação, em conformidade com
as imagens de referência e layouts.
Em caso de sobreposição, certifique-se que as
partes traseiras
sejam aplicadas
primeiramente,
isto evitará
descolamento
pelo vento.
Quando utilizar processo de lavagem com jatos
d’água pressurizados estes devem ser
direcionados no sentido de frente para trás.
9.4 INSTALAÇÃO
Nas aplicações planas ou retas é possível a
utilização de água, que são chamadas de aplicação
molhada, quando utilizar este processo, conforme
vai retirando o liner pode-se ir aplicando
pequenas quantidades de água e detergente
neutro (usar a proporção de 1 gota de detergente
por 1 litro de água).
A água bloqueia provisoriamente a ação do
adesivo, fazendo com que o conjunto película e
cola se deslizam mais facilmente sobre a
superfície, isto proporciona um perfeito encaixe
das imagens ou sinais. Após a utilização do
soprador térmico e pressão da espátula a água
será totalmente retirada das superfícies,
ocorrendo assim o processo de adesivação
propriamente dita.
Nas aplicações a seco, a exigência de atenção e
cuidados nos encaixes são maiores, pois o tack
inicial da película autoadesiva será maior,
podendo ocorrer dificuldades nas necessárias
remoções durante as aplicações.
Inicie as aplicações retirando pequena parte do
liner, utilize a própria área sem liner ou utilizando
fitas adesivas para ajustar e centralizar as
películas com as imagens ou sinais, em
conformidade com o layout, logo após, vai
retirando gradativamente o liner da película e
usando adequadamente a espátula em conjunto
com o soprador térmico, este processo fará a
película autoadesiva moldar-se permanentemente
às estruturas.
Evite esticar a película mais de 20% do seu
tamanho original, caso haja necessidade de maior
esticamento da película, antes de refilar, solte
cerca de 1,5 cm nas extremidades, aplique
moderado calor até o retorno original da película,
deixe esfriar e aplique novamente as
extremidades usando a espátula, aplique calor,
adeque novamente, só depois faça os necessários
refiles, este procedimento evitará que o material
venha encolher.
AGUILAR LOPES | aguilar.lopes@serilon.com.br
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Certifique-se que o material não apresente rugas
ou bolhas, especialmente nos cantos e
extremidades, quaisquer rugas permitirão que a
umidade e os detritos fiquem sob a película e
farão com que o vinil comece a desprender-se das
superfícies.
Caso ocorra qualquer enrugamento, puxe a
película adesiva para cima, aplique calor
ligeiramente e recoloque. Onde haja
sobreposição, o painel aplicado anteriormente
precisa ser limpo novamente com álcool Etílico
hidratado, este procedimento assegurará uma
melhor adesão da película.
Evite sobreposições em aplicações inferiores a 40
centímetros, isto ajudará a manter a junção sem
soltar.
Certifique-se de utilizar a borda da espátula ao
longo das sobreposições (após a aplicação) para
evitar que a umidade e os detritos entrem sob
estas emendas.
Não enrole a película/vinil em torno das bordas
do capô, da porta ou da porta traseira,
preferencialmente corte/refile a película/vinil ou
recue levemente nas bordas.
Após a adesivação das películas/vinil, refile todas
as áreas necessárias nas junções, maçanetas e
extremidades. Arraste levemente a lâmina ao
longo das bordas do painel usando a ponta como
guia, preste atenção às partes sem cortes da
película/vinil em torno das maçanetas, junções e
extremidades. Evite corte profundo para não
atingir o verniz (no caso de veículo com pintura
automotiva). Caso apareça bolhas, perfure-as
cuidadosamente com um furador de bolhas, use o
soprador e com a espátula, retire o ar para fora, é
fundamental evitar bolhas de ar sob as aplicações,
pois, o ar aprisionado poderá se expandir para
outras áreas e a película/vinil irá danificar-se ou
desprender das superfícies.
Em janelas, alinhe o material e refile. Películas
perfuradas em janelas devem ser aplicadas
somente com uma espátula de feltro, PVC ou
Teflon, as bordas das películas/vinil em janelas
devem ser aparadas/refiladas no mínimo com
2mm, isto evitará que o material se solte.
Após todas as aplicações as películas/vinil
precisam serem refilados, todas as áreas e as
bordas devem ser pós-aquecidas com soprador
térmico e pressionado com a espátula.
Durante o pós-aquecimento, observe se o
material está bem aplicado/aderido, caso perceba
qualquer desconformidade, aplique o soprador
térmico e espátula com firmeza novamente em
todas as arestas. Lembre-se que todas as bordas
que não estiverem firmemente aderidas poderão
soltar-se com o passar do tempo.
9.5 ACABAMENTOS
O acabamento é
a revisão final, é
o serviço que
dará toda a
qualidade ao
produto final. É
necessário
cuidar dos
cantos, de todas
as áreas que
foram refiladas
com estilete, o
indicado é usar um selador de bordas (método
onde se aplica uma pequena quantidade de
selador nas pontas das películas/vinis aplicados,
prevenindo o levantamento das extremidades das
aplicações.
10.6 LIMPEZA E MANUTENÇÕES
Os serviços de limpeza e manutenção também
podem causar danos e degradação das películas
aplicadas, bem como, às impressões, por isto,
para que se obtenha sucesso e durabilidade nos
serviços de aplicações, bem como, minimizar o
percentual de desbotamento das impressões é
preciso seguir rigorosamente as seguintes
orientações:
a) Lavar as estruturas apenas com sabão
neutro;
b) Jamais utilizar produtos abrasivos, tais
como: álcool, solventes, desengraxantes ou
xampus "poderosos/fortes" para lavagens em
geral;
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c) Jamais utilizar escovas e outros utensílios
com tramas ou superfícies duras/ásperas para o
processo de esfregação;
d) Evitar utilização de JATOS D'ÁGUA
pressurizado/potente diretamente nas emendas
ou refiles dos adesivos aplicados.
10. PROCESSO DE REMOÇÃO
Até parece que esta parte não existe, no entanto,
todo autoadesivo, mesmo depois de uma longa
expectativa de durabilidade, devido a fatores que
envolvem o descoramento das impressões,
atualização da mídia, ou até mesmo por outros
motivos, em algum momento estas películas terão
que ser removidas. Pois bem, este processo
poderá custar mais do que as novas aplicações a
ser executadas.

O fato, é que a
película e o adesivo
(cola), sofre
Obs.: é importante que a empresa convertedora deformações
cole uma etiqueta autoadesiva com tais estruturais pelas
informações no para-brisas dianteiro do veículo ações das
adesivado. intempéries
ocorrendo muita
dificuldade na
10.7 DICAS PRÁTICAS IMPORTANTES retirada,
principalmente
Depois de entender todos os passos até aqui, as quando o adesivo é classificado como
pessoas que direta ou indiretamente estão permanente.
envolvidas com autoadesivos, seja no processo de
vendas, transformação ou aplicações precisam Os adesivos removíveis possuem menos
saber dos seguintes pontos: agressividade e, também estudos e tecnologias
para facilitar sua remoção.
a) Entender o posicionamento do cliente
final sobre QUALIDADE;
b) Estudar boletins técnicos/aplicação e 11. CONCLUSÃO
seguir suas orientações;
c) Saber sobre a aplicabilidade do produto e Considerando todos os pontos destacados neste
fazer testes prévios; artigo, é bastante importante, que as
d) Efetuar as aplicações e acabamentos com organizações que possuem interesses
calma e atenção; diretamente ligados à fabricação, distribuição e
e) Revisar todo o trabalho antes de fazer a conversão de produtos autoadesivos, entendam a
entrega das aplicações; necessidade de se aprofundar em estudos e
f) Informar ao cliente final sobre os melhorias do mercado.
cuidados de limpeza e manutenção.
A proposta é desenvolver ações intensivas para
melhorar o conhecimento das pessoas, dos
profissionais, bem como, das empresas de
Comunicação Visual de todo o Brasil.

Londrina-PR., 07.07.17

Aguilar Lopes
Coach em Comunicação Visual

AGUILAR LOPES | aguilar.lopes@serilon.com.br