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ELASTÔMEROS DE MOLDAGEM ● Vantagens: 1. Alta resistência. 2. Alta precisão. 3.

Baixo custo.
● Desvantagens: 1. Liberação de subprodutos. 2.
Vazamento imediato (15 minutos). 3. Baixa
● Dentre eles: 1. Poliéter. 2. Hidrocolóide estabilidade dimensional. 4. Tempo de presa
(reversível ou irreversível). 3. Polissulfetos. 4. longo (8 minutos). 5. Sabor/odor desagradáveis
Silicone de adição. 5. Silicone de condensação. (pelo enxofre)

● Podem ser classificados, quanto a rigidez em POLIÉTER


elásticos e anelásticos e, ao mesmo tempo, ● Apresenta três consistências: baixa, média ou
quanto ao tipo de presa, podem ser classificados pesada.
em presa química (irreversível) ou física
(reversível, a partir da temperatura) ● Vantagens: 1. Alta resistência. 2. Alta precisão. 3.
Alta estabilidade dimensional. Por conta da alta
● São materiais poliméricos que apresentam estabilidade dimensional, o vazamento em até 7
propriedades elásticas da borracha, ou seja, dias (ideal para rotina clínica).
sintéticos, e dessa forma após a presa podem ser
esticados recuperando suas dimensões originais ● Manipulação: É dispersado com comprimentos
quando a tensão é liberada. iguais que fornecem a dosagem adequada.
● São materiais de moldagem elásticos Realiza-se movimentos de varredura por,
irreversíveis. (elásticos quanto à rigidez, resultando em uma pasta de cor única,
irreversíveis quanto ao tipo de presa, química). homogênea. Após isso, insere-se o material no
casquete ou na moldeira individual. Feita a
● Componentes dos elastômeros: uma pasta base moldagem, o vazamento de gesso pode ser feito
e uma pasta catalisadora, quando entram em tardiamente (em até 7 dias).
contato, há reação de polimerização.
EX:. durepoxi ● Moldagem com casquete: Feito casquete,
identificar qual o dente, qual a vestibular e a
POLISSULFETOS lingual. Passa-se adesivo no casquete para o
● Composição: 1. Carga: confere resistência. - O material aderir, comprimentos iguais das pastas,
litopônio é sulfato de bário e sulfeto de zinco. 2. espatulação manual, movimentos de varredura.
Plastificador: confere viscosidade. 3. Controle da Inserção no casquete e coloca em boca.
velocidade de reação: ácido oleico/esteárico que Importante secar, retirar a saliva, para que o
age como retardadores. material adentre na porção cervical, há tempo de
presa e o material é retirado da cavidade bucal,
● Manipulação: As pastas base e catalisadora vêm encaminhado para o protético.
acondicionadas. Ao dispensá-las, coloca-se o
mesmo comprimento das duas pastas. Deve ser SILICONES DE CONDENSAÇÃO
feito sobre uma placa de vidro ou um bloco de ● Se apresenta como: 1. Pasta base + líquido
papel impermeável e devem ser misturadas com catalisador de baixa viscosidade. 2. Sistema duas
espátula metálica com movimentos de varredura pastas. 3. Sistema três pastas.
até a cor homogênea.
● Polimerização: A pasta base tem um componente
● Polimerização: Apresenta ligações cruzadas com polidimetilsiloxano com terminações OH que,
o agente oxidante - o dióxido de chumbo (pelo quando adicionado ao catalisador com octoato de
oxigênio). Reação de condensação dos dois, estanho, formam um silicone de alquila tri e tetra
conferindo viscosidade. Essas cadeias compridas funcional. No final, há liberação de etanol que
fazem uma rede tridimensional conferindo as evapora promovendo uma contração no corpo do
propriedades elásticas do material. molde. Por conta dessa contração, a estabilidade
dimensional é baixa.
● Tempo de trabalho e tempo de presa: Aumento
da temperatura e a presença de umidade agem SILICONE POR ADIÇÃO
acelerando a velocidade, ou seja, há redução no ● Encontrado na forma de massa densa (base e
tempo de trabalho e no tempo de presa. catalisador) ou na forma de pasta (base e
OBS.: O resfriamento é o método adequado para catalisador - leve e regular), em bisnagas
aumentar o tempo de trabalho. Além disso, o ácido plásticas individuais no sistema automistura.
oleico é um retardador.
● Polimerização: A pasta base com átomos de II. Resistência ao rasgamento: Deve haver
hidrogênio, quando misturados com a pasta resistência ao rasgamento para que o
catalisadora, se deslocam para os grupos vinilas molde possa ser retirado sem rasgar uma
(por isso adição). vez que, ao moldar, ele deverá entrar no
sulco gengival, moldando adequadamente
● Inicialmente, escolhe as moldeiras. Depois, a região cervical.
realiza-se a escolha de técnica de manipulação III. Contração: se os materiais se contraem,
dos materiais (de dosagem e de mistura): 1. eles não têm estabilidade dimensional. A
Mistura manual (espatulação). 2. Mistura elástica maior estabilidade dimensional é
(por equipamentos, dispensers). 3. Mistura apresentada pelo silicone por adição, que
dinâmica (por equipamentos, dispensers). apresenta a menor contração linear.
IV. Biocompatibilidade: Todos são bem
● Pela técnica da mistura múltipla, escolhe-se um tolerados. Materiais com baixa resistência
material leve na seringa e pesado na moldeira. ao rasgamento entram no sulco gengival,
Coloca um fio retrator, escolhe uma moldeira, faz se ficam presos, promovem reações com
a lavagem e a secagem dos dentes. A pasta leve irritação e formação de abscessos.
de seringa apresenta-se separada (base e V. Desinfecção: Todos podem ser
catalisador), porém, a seringa apresenta hélices desinfetados com hipoclorito de sódio,
que misturam as duas quando empurradas. Após com exceção da pasta ZOE.
o material leve ser aplicado, passa-se um jato de
ar para que entre no sulco gengival. ● Tipos de falhas: 1. Superfície do molde rugosa ou
irregular: Polimerização incompleta causada pela
● Por que usar um material leve e um pesado? remoção prematura do molde da boca,
Para que o leve, adentre bem no sulco gengival, polimerização rápida pela umidade/temperatura e
consiga penetrar adequadamente devido a sua relação acelerador/base muito alta. 2. Bolhas:
grande fluidez. Nessa técnica, o leve vai na Incorporação de ar durante a mistura. 3. Vazio de
cavidade bucal e o pesado, simultaneamente, em formato irregular: Umidade ou resíduos na
uma moldeira. Ou seja, não requer uma moldeira superfície dos dentes. 4. Modelo de gesso com a
individual, pode utilizar uma moldeira de estoque. superfície rugosa: Ou com aspecto de giz,
limpeza inadequada do molde, excesso de água
● Técnica monofase: O mesmo material vai na não removido do molde, excesso de agente de
seringa e na moleira. molhamento deixado no molde, separação
prematura molde/modelo, relação água/pó do
● Técnica da moldagem dupla (putty-wash), gesso incorreta, falha em aguardar pelo menos
ocorrem duas moldagens. Primeiro, coloca o 20 minutos do vazamento de modelos de silicone
material pesado na moldeira e é feita a de adição que não contém sal de platina.
moldagem removendo os excessos, colocar o
leve e moldar de novo. Ou, no momento em que ● Distorção: 1. Moldeira individual utilizada antes
estamos moldando, pode-se colocar um filme de da polimerização ainda apresenta contração de
PVC sobre o pesado e realizar a moldagem. polimerização. 2. Falta de adesão entre
Retirando da boca, retire o filme e coloque o leve elastômero e moldeira por número insuficiente de
(mais fácil do que realizar o desgaste). Depois, camadas de adesivo, preenchimento da moldeira
material leve é aplicado na seringa para sem aguardar a presa do adesivo ou utilização do
reproduzir adequadamente os detalhes da região adesivo errado. 3. Falta de retenção mecânica à
cervical. moldeira. 4. Excesso de material. 5. Alívio
● Conferimos se o material tomou presa e, então, insuficiente para o material leve. 6.
realizamos a remoção do molde. Depois disso, Desenvolvimento de propriedades elásticas no
pode haver a preparação de modelos e de material antes de a moldeira estar totalmente
troquel. Os materiais à base de silicone são posicionada. 7. Pressão continuada no material
hidrofóbicos, portanto, são ideais para a de moldagem que desenvolveu as propriedades
confecção de modelos com resina epóxi elásticas. 8. Movimentação da moldeira durante a
(hidrofóbico). polimerização. 9. Remoção prematura do molde
da boca. 10. Remoção incorreta do molde da
● Propriedades dos elastômeros boca. 11. Demora no vazamento do gesso em
I. Tempo de presa: o aumento da moldes de polissulfeto ou silicones por
temperatura acelera a reação de presa, condensação
assim o tempo de trabalho também
diminui.
CERAS ODONTOLÓGICAS

● Éster de ácidos graxos de baixo peso molecular


derivado de componentes naturais ou sintéticos.
Amolece até atingir um estado plástico em
temperaturas relativamente baixas
● Ceras odontológicas são feitas por derivados de
ceras naturais (animais, vegetais e minerais) ou
ceras sintéticas.

● Indicações:
I. Enceramento diagnóstico: (planejamento e
diagnóstico, servindo como forma de mostrar aos
pacientes as modificações).
II. Enceramento de confecção de dispositivos que
serão substituídos por resina acrílica
III. Confecção de alívios, áreas retentivas ou
anatômicas que não podem ser pressionadas.
IV. Registro de mordida, necessário para montagem
de modelos de gesso em articular semi-ajustável.
V. Registro das relações maxilo-mandibulares em
reabilitações protéticas.
VI. Montagem de dentes e enceramento em
reabilitações protéticas. I
VII. Individualização de moldeiras de estoque, para
adequada moldagem anatômica das arcadas.
VIII. Encaixamento para obtenção de modelo de
trabalho em reabilitações protéticas totais.
IX. Padrão para fundição de dispositivos protéticos
(ex: infraestrutura de prótese parcial removível ou
copo metálico de prótese fixa).

● Apresentação comercial Blocos, discos, bastões,


tiras, lâminas, fios e grades
● Principais componentes:
I. Parafina: contém entre 40% e 60%. A cera pode
descamar quando cortada. Não produz superfície
lisa e brilhante, requisito desejado para cera de
padrão de fundição, por isso, outras ceras e
resinas naturais precisam ser adicionadas como
agentes modificadores.
II. Resina Damar: natural, adicionada à parafina
para melhorar a lisura, torná-la mais resistente às
rachaduras e à descamação, aumenta a
tenacidade e brilho da superfície.
III. Cera de carnaúba: Muito dura, ponto de fusão
alto, odor agradável, confere maior brilho à
superfície da cera que a Resina Damar.
Adicionada à parafina para reduzir o escoamento
à temperatura bucal.
IV. Cera de Candelila: adicionada para substituir
parcialmente ou totalmente a cera de carnaúba,
mesmas qualidades gerais, mas o ponto de fusão
mais baixo não é tão dura quanto a cera de
carnaúba.
● Propriedades: Se misturam bem de modo que ● Manipulação da cera: 1. Evitar o aquecimento em
quando amolecida, não haja grânulos na contato com a chama. 2. Aquecimento uniforme
superfície ou áreas duras no interior. Após o até a condição plástica. 3. Utilizar a cera
amolecimento, quando a cera é dobrada e específica para a indicação. 4. Evitar
moldada, não deve se descamar ou apresentar incorporação de tensões. 5. Evitar variações de
superfície rugosa. temperatura. 6. Ler atentamente as
● Propriedades térmicas: Material termoplástico recomendações do fabricante.
que aumenta a plasticidade com o calor.
● A condutibilidade térmica das ceras é baixa. ● Ceras especiais:
● Alto coeficiente de expansão térmica, ou seja, se I. Cera pegajosa: É utilizado para unir
expande ou se contrai termicamente por grau de temporariamente componentes de
temperatura mais do que qualquer outro material modelos de gesso, estabilizar
dentário. componentes de prótese antes da
● Intervalo de fusão: Temperatura necessária para soldagem.
transformar a cera da fase sólida em fase líquida. II. Cera para placa base de prótese total:
OBS.: De 48°C a 90°C. utilizada para estabelecer a forma inicial
do arco na construção de próteses totais
● Endurecimento: Quando resfriada, a cera não III. Cera pré-formada: em formato de fios e
passa diretamente do líquido ao sólido, começa a grades, é utilizada para enceramento de
endurecer lentamente abaixo de 65°C e torna-se elementos constituintes das próteses
sólida, aproximadamente, aos 48°C. Abaixo parciais removíveis.
dessa temperatura, ela se resfria rapidamente a IV. Cera utilidade: multifuncional, pode ser
uma taxa constante. Entre 65°C e 48°C aplicada em prótese fixa, prótese
permanece macia e maleável removível, consertos, alívios ou
encaixamento de modelos. Apresenta boa
● Escoamento: Capacidade de fluir, deformar-se. É propriedade plástica, é macia e maleável.
determinada pela temperatura da cera durante a V. Cera de fundição/para padrão: é utilizada
deformação e a quantidade de força exercida para confeccionar padrão de fundição e
sobre ela. A cera não apresenta rigidez e pode deve exibir uma excelente adaptação a
escoar quando submetida a forças ou tensões, superfície do modelo ou do troquel, não
mesmo à temperatura ambiente. Quanto maior a deve apresentar distorção, descamação
plasticidade de uma cera, maior será seu ou lascamento durante o preparo do
escoamento. padrão.

● Dureza: Consistências diferentes, baseada na Classificada em: Tipo I: baixa fusão,


composição, incluindo a presença de carga. técnica direta. Tipo II: técnica indireta,
Diretamente relacionada com a amplitude de construção de padrões sobre modelos.
tensões, normalmente, uma cera macia se
contrai mais que uma cera dura e apresenta Processo de fundição: deve ser capaz de
maior escoamento. se desintegrar, volatilizar e de ser
eliminada completamente de um molde de
● Cor: Deve contrastar com a cor do modelo de revestimento durante a queima ou
gesso para facilitar a realização do trabalho. procedimento de eliminação da cera pela
técnica de fundição da cera perdida.
● Distorções: 1. Variações térmicas: alterações
extremas de temperatura durante o Cera para escultura: demonstração ou
armazenamento. 2. Tensões aplicadas: treinamento de anatomia dentária, permite
deformação física (durante modelagem, esculpir tanto pela técnica de adição de
escultura, remoção do padrão do modelo). 3. cero, como pela técnica de subtração de
Contração durante o resfriamento. Assim como cera. É útil para apresentação estética de
outros materiais termoplásticos, apresentam casos clínicos (enceramento diagnóstico).
capacidade de retornar parcialmente a sua forma
original após a manipulação (memória elástica). Cera periférica: macia, utilizada para
individualização de moldeiras
● Plastificação: Devem ser plastificadas sobre pré-fabricadas.
chama (calor seco) ou em água entre 54°C e
60°C (calor úmido) para garantir escoamento em
estado líquido e adaptação ao modelo.

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