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Universidade Rovuma
2021
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Universidade Rovuma
2021
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Índice
1. Introdução.............................................................................................................................3
2. Fundamentação teórica.........................................................................................................4
2.1. Arte....................................................................................................................................4
4.1. Desenho...........................................................................................................................12
6. Conclusão...........................................................................................................................15
7. Referencias Bibliográficas..................................................................................................16
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1. Introdução
A abordagem às Artes Visuais faz-se através da Expressão Plástica, que desempenham um papel
essencial na consecução dos objectivos da Lei de Bases no ensino básico em Moçambique.
A escola, nas suas múltiplas experiências educativas, deve proporcionar o acesso ao património
cultural e artístico, abrindo perspectivas para a intervenção crítica. Neste contexto, as Artes
Visuais, através da experiência estética e artística, propiciam a criação e a expressão, pela
vivência e fruição deste património, contribuindo para o apuramento da sensibilidade e
constituindo, igualmente uma área de reconhecida importância na formação pessoal em diversas
dimensões cognitiva, afectiva e comunicativa.
Acredita-se que a educação em artes Visuais, num processo contínuo ao longo da vida, tenha
implicações no desenvolvimento estético-visual dos indivíduos, tornando-se condição necessária
para alcançar um nível cultural mais elevado, prevenindo novas formas de iliteracia
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2. Fundamentação teórica
2.1. Arte
Ao longo da história da humanidade, sucederam-se vários estilos artísticos e, a acompanhar,
várias teorias procuram explicar o significado e a finalidade da arte ao longo de séculos, as
técnicas e os materiais de produção artística predominantes em cada época histórica.
Sendo assim, podemos concluir que Arte é a expressão do Homem através de diferentes
manifestações que representam ou interpretam um determinado fenómeno ou situações reais, ou
imaginárias, que incidem na sensibilidade humana (MANJATE, 2010).
Algumas contribuições que cada um de nós pode dar ao nível do património podem ser Acções
de sensibilização sobre o valor do património, ajudando a identificar elementos do nosso
património ainda desconhecidos participando na sua inventariação e em acções de restauro e
conservação.
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Jacob Estevão, Elias Estêvão (1937-1960), Vasco Campira (n.1933), Agostinho Mutemba
tiveram aulas com Frederico Ayres, um pintor naturalista que se destacou na pintura de paisagem
e na pintura de história. Realizaram exposições em Moçambique e na metrópole, para dar
visibilidade à acção civilizadora’ exercida, mas o seu trabalho não foi nunca apreciado de forma
independente. Olhados como derivativos e imitativos foi-lhes negada a possibilidade de
explorarem individualmente esta experiência. É de notar a influência que exerceram junto de
jovens do seu tempo para quem o seu exemplo foi decisivo na escolha que, alguns, mais tarde
fizeram embora tenham sido muito poucos os que seguiram o seu género de pintura.
Jacob Estêvão (1933-2008) é quem melhor representa o que acabamos de referir. Agostinho
Mutemba (n. 1937), menos mediatizado, foi capaz de estabelecer uma relação diferente com o
contexto cultural envolvente e prossegue calmamente, ainda hoje, um estilo próprio que tem
apreciadores e seguidores. O seu trabalho, embora escapando a esta percepção dominante, não
escapa à associação com a ideia de uma África que se mantém ‘no passado’.
Malangatana (1936-2011), um outro jovem colonizado que ambicionava ser artista, começou a
desenhar e a pintar nesta mesma época. Preferiu, como me disse, ter lições de arte no Núcleo de
Arte onde ensinava João Ayres, um artista moderno que apreciava, e onde se encontravam
pessoas que admiravam.
Pouco depois, no Núcleo de Arte, conheceu Pancho Guedes. Foi um encontro que mudou a sua
vida e sobre o qual já muito se escreveu. Malangatana abandonará algum tempo depois o Núcleo
de Arte, por conselho do arquitecto, para encontrar um caminho tanto quanto possível livre de
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influências e a sua carreira seguiu, fruto do seu esforço pessoal e de condicionalismos históricos,
um rumo completamente diferente nos anos seguintes.
A sua primeira exposição individual aconteceu em 1961. O seu nome passou a ser associado a
uma expressão moderna ‘puramente’ africana. Foi considerado ‘um dos primeiros pintores de
África’, ‘um pintor natural, autêntico, verdadeiro e sincero’, um pintor em cujo trabalho ‘a
composição e a harmonia de cores aconteciam tão naturalmente como as histórias e as visões’.
Malangatana estava interessado em ‘mostrar as coisas dos antigos pois era possível ser civilizado
sem deixar o que era seu/nosso’.
Na mesma época, um outro jovem, Abdias (n.1940), pintor de automóveis durante o dia, à noite
estudante na Escola Industrial, tinha a mesma ambição que Malangatana. Tal como ele
expressava-se livremente sobre as suas experiências de vida e sobre a situação que se vivia em
Moçambique.
Pancho Guedes seleccionou trabalhos dos dois (e de outros três jovens, Mitine Macie, Augusto
Naftal e Alberto Mati) para a exposição de arte africana contemporânea integrada no Congresso
Internacional de Cultura Africana realizado em Salisbury (actual Harare no Zimbabwe), na então
Rodésia do Sul, em 1962.
Ntaluma: nasceu em Nanhagaia, na província de Cabo Delgado. Em 1992 criou, em Maputo,
juntamente com um grupo de amigos, a “Favana Grupo de Escultores Makondes”. Começa, em
1994, a ensinar a sua arte e, hoje, a sua reputação espalha-se já pelos quatro cantos do globo.
Silva Dunduro: é outro dos grandes pintores de Moçambique, que se detém a retratar os
marginalizados como deficientes, velhos, prostitutas, etc. os seus quadros, de cores vibrantes e de
formas vigorosas, reflectem a sua preocupação com a sociedade moçambicana.
A Exemplificação ocorre quando o professor faz uma leitura em voz alta, principalmente
nas classes iniciais. Quando o professor fala ou escreve uma palavra para que os alunos
observem e depois repitam.
Entretanto, sendo a aula expositiva um método muito difundido em nossas escolas, torna-se
necessário alterar sobre práticas didacticamente incorrectas tais como: conduzir os alunos a uma
aprendizagem mecânica, fazendo-os apenas memorizar e decorar factos, regras, definições sem
ter garantido uma sólida compreensão do assunto.
Sendo a Educação Visual uma área de saber que se situa no “interface” da comunicação e da
cultura dos indivíduos tornando-se necessária à organização de situações de aprendizagem,
formais e não formais, para a apreensão dos elementos disponíveis no Universo Visual.
O método de resolução de problemas, como metodologia para a Educação Visual, tem
propiciado a valorização de soluções utilitárias imediatas, negligenciando-se, por vezes, a
dimensão estética das propostas. Apesar da importância desta metodologia fundamentada em
diferentes momentos de decisão, pesquisa, experimentação e realização, destaca-se, neste
contexto, a actividade estética nas Artes Visuais como constitutiva do conhecimento do Universo
Visual, relacionando a percepção estética com a produção de objectos plásticos.
Os diferentes conteúdos a desenvolver na Educação Visual não pressupõe uma abordagem
sequencial daí que, o professore devem implementar dinâmicas pedagógicas de acordo com a
realidade da comunidade em que se inserem com o projecto educativo da escola e com as
características dos alunos.
Este método ajuda os alunos a desenvolver sua capacidade de aprender, habituando-os a
determinar por si próprias respostas às questões que os inquietam, sejam elas questões escolares,
ou da vida quotidiana ao invés de esperar uma resposta já pronta dada pelo professor ou pelo
livro, texto.
No que se refere ao ensinar a resolver problemas PAZO & ECHEVERRIA acrescentam que não
é suficiente
Porem não basta apenas ensinar a resolver problemas, mas incentivar que o aluno também
proponha situações/problema partindo da realidade que o cerca, que mereçam dedicação ao
estudo.
Para que uma determinada situação seja considerada problema, deverá implicar em um processo
de reflexão, de tomada de decisões quanto ao a caminho a ser utilizado para a sua resolução,
onde automatismos não permitam a sua solução automaticamente.
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4.1. Desenho
A realização de exercícios de desenho, explorando a capacidade expressiva e a adequada
manipulação dos suportes e instrumentos, terá em conta a aplicação e a prática, de acordo com as
seguintes vertentes:
O desenho como uma atitude expressiva deixa perceber modos de ver, sentir e ser.
Será necessário haver uma aproximação à obra de arte, tanto através de meios audiovisuais como
de visitas a museus, galerias de arte e núcleos históricos, familiarizando o aluno com os
processos estéticos e físicos que levaram à construção das obras. Dever-se-á experimentar,
comunicar sensações, emoções, interpretações através da utilização dos instrumentos e dos meios
que melhor se adeqúem à capacidade expressiva do aluno;
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6. Conclusão
A Educação Visual constitui-se como uma área de saber que se situa no interface da
comunicação e da cultura dos indivíduos tornando-se necessária à organização de situações de
aprendizagem, formais e não formais, para a apreensão dos elementos disponíveis no Universo
Visual. Desenvolver o poder de discriminação em relação às formas e cores, sentir a composição
de uma obra, tornar-se capaz de identificar, de analisar criticamente o que está representado e de
agir plasticamente são modos de estruturar os pensamentos inerentes à intencionalidade da
Educação Visual como educação do olhar e do ver.
A compreensão do património artístico e cultural envolve a percepção estética como resposta às
qualidades formais num sistema artístico ou simbólico determinado. Estas qualidades promovem
modos de expressão que incluem concepções dos artistas e envolvem a sensibilidade daqueles
que as procuram.
Outrossim é de referirmos também que estes métodos ajudam os alunos a desenvolver sua
capacidade de aprender, seja em conjunto assim como individualmente, é através destes métodos
que o aluno aprende a solucionar seus problemas quer na escola assim como na sociedade. A
solução de problemas pressupõe promover nos alunos o domínio de procedimentos, assim como
a utilização de conhecimentos disponíveis, para dar resposta a situações variáveis e diferentes.
Dai que o professor deve criar um ambiente de cooperação, de busca, de exploração e descoberta
deixando claro que o mais importante é o processo e não o tempo gasto para resolvê-lo ou a
resposta final.
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7. Referencias Bibliográficas
DANTE, Luiz Roberto. Criatividade e resolução de problemas na prática educativa Rio Claro:
Instituto de Geociências e Ciências Exactas, Tese de Livre Docência, 1988.
LIBÂNEO, J.C. Didáctica, cortez editora. São Paulo, 1990 S/P.
JAMISSE, Elídio Gabriel & ZIMBICO, Octávio José. Educação Visual Para Todos. 8ª Classe. 1ª
Ed, DINAME. 2009.
MANJATE, Ranjel et al. EV11 – Educação visual 11a classe. Textos editores.2010.pp. (4-23.)
MARCONI, M & LAKATOS, M. Técnicas de pesquisa. 2ª Ed. São Paulo, Atlas. 1990.
MOREIRA, M. A e MANSINI, E. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David
Ausubel. São Paulo: Morais, 1982.
PAZO e ECHEVERRIA, Aprendizagem significativa. In Penteado, W.M.A (org) Psicologia e
ensino. São Paulo: Pape livros, 1988.
PAZO & ECHEVERRIA, Resolução de problemas: observações a partir do Desempenho dos
alunos, 1998.
ROCHA.M, Educação em Arte: Conceitos e Fundamentos. Informar, 1999.