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SCHOLA DIGITAL
2018
Aula 2: Terrenos........................................................................................................................28
Aula 6: Concretos......................................................................................................................74
Aula 7: Argamassas...................................................................................................................90
Aula 8: Alvenarias...................................................................................................................103
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
O principal objetivo é apresentar o produto pronto, de forma coesa e direta, que será
estudado durante o curso de edificações. Nesta aula serão apresentadas, de forma breve, as
informações necessárias para a construção de uma edificação simples contemplando os
pontos mais importantes que serão aprofundados no decorrer do curso.
1. Abordagem Inicial
Essas podem ocorrer-nos mais diversos segmentos como casas, edifícios, estradas,
portos, aeroportos, instalações prediais, obras de saneamento, entre outras, onde
participem arquitetos, engenheiros, técnicos em colaboração com profissionais de outras
áreas.
Nesta primeira aula será apresentada uma espécie de visão global para a realização de
um empreendimento, lembrando que cada um dos pontos apresentados serão estudados
com maior profundidade em posteriores momentos ou em outras disciplinas.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2. Edificando
2.1. Terreno
• Risco de desabamento;
• Risco de enchente;
• Solo frágil ou instável.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
2.2. Projeto
Risca-se num papel como se imagina a futura casa. Assim, pode-se decidir quantos
cômodos vai construir e o tamanho deles. Começa-se pelas partes mais necessárias, como
quarto, cozinha e banheiro (embrião) e aumentar o número de quartos quando a família
crescer (ampliação).
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Verifique na Prefeitura (ou no CREA) quais são as exigências para aprovar a planta de
sua casa e autorizar a sua construção (afastamentos do limite do terreno, técnico
responsável etc.). Várias Prefeituras têm plantas prontas para casas com diferentes
tamanhos, que já saem aprovadas e com licença para iniciar a obra.
Comece o trabalho nivelando o terreno onde a casa será construída. Agora, construa
cavaletes, um gabarito ou uma tabeira e marque a posição da casa no terreno. Não se
esquecer de conferir o esquadro. Esta etapa é muito importante para garantir a construção
das paredes na posição correta.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
2.3. Fundação
2.3.1. Baldrames
Se for encontrado solo firme até uma profundidade de 60 cm, pode-se abrir uma vala e
fazer o baldrame diretamente sobre o fundo dela. Pode-se também fazer um baldrame de
blocos ou de concreto.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.3.2. Estacas
Se você não encontrar terreno firme até 60 cm de profundidade, vai ser necessário
apoiar o baldrame sobre brocas.
2.3.3. Radier
Outra solução é construir uma laje de concreto sobre o solo, conhecida como radier.
Além de apoiar sua casa, o radier já funciona como contrapiso e calçada. Mas o radier só
pode ser usado se o terreno todo tiver o mesmo tipo de solo. Se uma parte for firme e a
outra fraca, o radier não pode ser utilizado.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
2.3.4. Nivelamento
Qualquer um dos tipos de fundação deve ficar nivelado. Caso necessário, faz-se uma
camada de argamassa para nivelamento (regularização) sobre a fundação pronta. Para
evitar que a umidade do solo suba pelas paredes, aplique uma camada de argamassa com
impermeabilizante sobre a fundação ou sobre a camada de nivelamento. Esta argamassa
deve ser desempenada sem alisar. Quando ela estiver seca, aplique uma pintura
impermeabilizante.
Utiliza-se pedra e areia limpas (sem argila ou barro), sem materiais orgânicos (como
raízes, folhas, gravetos etc.) e sem grãos que esfarelam quando apertados entre os dedos. A
água também deve ser limpa (boa para beber). É muito importante que a quantidade de
água da mistura esteja correta. Tanto o excesso como a falta são prejudiciais ao concreto.
Excesso de água diminui a resistência do concreto. Falta de água deixa o concreto cheio de
buracos.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
Misture apenas a quantidade suficiente para 1 hora de aplicação. Esse cuidado evita
que a argamassa endureça ou fique difícil de ser trabalhada.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.4. Paredes
Comece cada parede pelos cantos, assentando os blocos em amarração (fazendo junta
amarrada). Não se esqueça de verificar o nível e o prumo de cada fiada.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
Use a colher de pedreiro para posicionar os blocos. Raspe a argamassa que sobrar, para ser
reaproveitada. Em vão de portas e janelas, usa-se uma verga na primeira fiada de blocos
acima do vão. Essa verga pode ser pré-moldada ou feita no local. Ela deve ter, no mínimo,
20 cm a mais para cada lado do vão. Não se esqueça também de escorar as fôrmas das
vergas concretadas no próprio local.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
A boa prática recomenda também fazer uma cinta de amarração na última fiada das
paredes (respaldo). Mas lembre-se de deixar passagens para canos e conduítes
(eletrodutos) na cinta de amarração.
Deverão também ser chumbados tarugos de madeira nas bordas dos vãos. Os batentes de
portas e janelas, que serão instalados depois, vão ser pregados nesses tarugos. Use uma
argamassa bem forte de cimento e areia (1 parte de cimento e 3 partes de areia) para
chumbar os tarugos.
2.5. Lajes
As lajes aumentam o valor, o conforto e a segurança de sua casa. As mais comuns são
as de concreto armado, executadas no local, ou as pré-moldadas de concreto, compostas de
vigotas "T" ou vigotas treliçadas e lajotas (tavelas). As lajes pré-moldadas são as mais
econômicas e mais simples de executar.
As lajotas (tavelas) podem ser de concreto ou cerâmica. Elas servem de guia para
medir a distância entre as vigotas. Por isso, as lajotas devem ter sempre o mesmo tamanho.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
2.5.1. Montagem
As vigotas devem se apoiar pelo menos 5 cm de cada lado da parede. As lajotas devem
ser encaixadas sobre as vigotas. A primeira e a última carreira de lajotas podem ser
apoiadas na própria cinta de amarração.
2.5.2. Escoramento
Se o vão a ser vencido pela laje for menor que 3,40 m, coloque uma fileira de pontaletes para
escorar as vigotas. Se o vão for maior (3,40 m a 5 m), escore as vigotas com duas fileiras de pontaletes.
Nos dois casos, os pontaletes devem ser um pouquinho mais altos que as paredes. A laje deve ficar
levemente curvada para cima, formando a contraflecha, recomendada pelos fabricantes. O próximo
passo é colocar as caixas de luz e os conduítes (eletrodutos) para a fiação elétrica. Feito isso, pregue
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
uma tábua de testeira nas extremidades da laje, que vai funcionar como fôrma da capa de concreto da
laje.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
2.6. Telhado
O primeiro passo é construir as empenas (oitões) sobre a laje, para dar caimento ao
telhado. Se a casa não tiver laje, construa as paredes de modo que cheguem direto até a
altura do telhado.
Instale a caixa sobre uma base de caibros. É desejável ter uma distância mínima de
1,50 m entre o fundo da caixa d'água e o chuveiro, para que a água desça com pressão
suficiente.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.7. Esquadrias
Os batentes das portas e das janelas de madeira são fixados diretamente nos tarugos
chumbados nas paredes. Esses batentes devem ser nivelados e esquadrejados. Deixe espaço
para o acabamento do piso, quando marcar as soleiras das portas e a altura dos peitoris das
janelas.
É melhor chamar um carpinteiro para colocar as portas. Quase sempre elas precisam ser
aplainadas e ter encaixes para a colocação das dobradiças e da fechadura. As janelas, vitrôs
ou basculantes já vêm montados com toda a ferragem e, às vezes, até com o vidro
colocado. Se não vierem, chame um vidraceiro.
2.8. Revestimentos
O revestimento mais usado é feito com argamassa. O ideal é fazer três camadas:
chapisco, emboço e reboco. Antes de aplicar a primeira camada, tape os rasgos feitos
quando foram colocados os encanamentos e os conduítes. Espere cada camada secar, antes
de aplicar a seguinte.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
2.9. Pisos
A fundação do tipo radier já funciona como contrapiso e calçada. Neste caso, os ralos e
tubos de esgoto também já devem ter sido colocados.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.10. Instalações
2.10.1. Água Fria
Nesta etapa, o ideal é contar com a ajuda de um encanador (bombeiro). Primeiro monte o
cavalete para a ligação do medidor de água. As lojas de material de construção têm cavaletes prontos
(kits). Em seguida, coloque a caixa d’água no ponto mais alto da casa. Agora faça a ligação do cavalete
até a caixa d’água. Não se esqueça de colocar uma boia com registro, uma saída para limpeza e um
ladrão na caixa d’água. Feito isso, desça com a tubulação da cozinha, do tanque e do banheiro.
Lembre-se de colocar um registro na saída dessas tubulações. Para o vaso sanitário, existem vários
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
sistemas de descarga. Pergunte ao encanador (bombeiro) qual é o melhor para a sua casa. Ele
também vai saber como deve ser feita a instalação.
2.10.2. Esgoto
Aqui também o ideal é contar com a ajuda de um profissional. Se a sua rua não tiver rede de
esgoto, faça uma fossa séptica com sumidouro no local mais baixo do terreno e mais afastado da casa.
O vaso sanitário é ligado com um tubo de 100 mm à caixa de inspeção. O ralo sifonado do chuveiro, o
tanque, a pia e o lavatório são ligados com tubo de 40 mm.
A maioria das lojas de material de construção tem vários tipos de vasos ou bacias sanitárias,
lavatórios, pias, tanques, torneiras, sifão e ralos. Siga as instruções do fabricante para colocar as
louças e metais. O encanador (bombeiro) também sabe como instalar essas peças.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Para evitar mau cheiro, faça um respiro, após o ralo sifonado, subindo um tubo de 40 mm até o
telhado. A saída da caixa de inspeção para a fossa séptica também é feita com tubo de 100 mm.
2.10.3. Elétrica
Consulte a companhia de eletricidade para saber onde colocar o poste e como fazer a ligação do
seu relógio de luz. A caixa de luz, onde vão ficar os fusíveis ou disjuntores, deve ficar em local de fácil
acesso. As caixas de passagem e os conduítes (eletrodutos) podem ser embutidos nas paredes ou ficar
aparentes, fixados com presilhas (braçadeiras). Para o exemplo de casa deste folheto, você pode
seguir o esquema ao lado. As tomadas devem ficar, no mínimo, 30 cm acima do piso acabado e os
interruptores, a 1,20 m. Para o chuveiro, utilize um circuito próprio, com fio terra, para evitar choques.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
2.11. Pintura
A pintura é importante para proteger a casa do sol e da chuva. Cada tipo de pintura
exige uma preparação da superfície, uma mistura, uma técnica de aplicação e um certo
número de demãos. Por isso, consulte primeiro o fabricante da tinta ou um pintor
profissional.
A superfície deve estar seca e limpa de poeira, gordura, graxa, sabão ou mofo. Todas
as partes soltas ou esfarelentas devem ser raspadas. As grandes irregularidades das paredes
devem ser corrigidas com reboco. As pequenas, com massa acrílica ou PVA. Manchas de
gordura ou graxa podem ser eliminadas com água e detergente.
Paredes mofadas devem ser raspadas e lavadas com água sanitária diluída em água
(meio a meio). Depois, lave a superfície com água limpa e espere secar. No caso de
repintura sobre superfícies brilhantes, elimine o brilho com lixa fina. É necessário raspar e
remover totalmente a cal de uma superfície que vai ser pintada novamente com outra tinta.
Comece sempre pela limpeza da faixa onde o muro e a calçada vão ser construídos (retire lixo,
vegetação e solo fraco) e marque a área com piquetes de madeira. O ideal é fazer o muro e a calçada
ao mesmo tempo. Faça a fundação do muro e o contrapiso da calçada. Depois, levante o muro e, por
fim, faça o piso da calçada.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.12.1. Muros
Se o muro for de blocos de concreto, deixe no concreto da fundação as pontas de ferro (esperas) para
os pilaretes de travamento do muro. Cada pilarete leva 4 barras de ferro de 8 mm de bitola,
amarradas com estribos de 6 mm de bitola.
Levante os blocos de cada trecho do muro da mesma forma que as paredes da casa (veja nas páginas
12 e 13 deste folheto). Em seguida, feche os espaços de 20 cm entre os trechos do muro com duas
tábuas, que vão funcionar como fôrma para a concretagem dos pilaretes.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
Em muros com mais de 2 m de altura é preciso fazer uma cinta de concreto armado, a meia altura do
muro, em toda a sua extensão, armada com duas barras de ferro de 8 mm de bitola. Essa cinta pode
ser feita com blocos- canaleta.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.12.2. Calçadas
Comece pela compactação do solo sobre o qual vai ser construída a calçada. Em seguida, faça o
contrapiso com uma camada de concreto magro de 3 cm, no mínimo. Não faça o contrapiso nos locais
que serão usados como canteiro de flores ou grama. O contrapiso deve ser compactado e nivelado.
Uma maneira rápida e econômica de fazer o piso da calçada é usar uma camada de concreto de
5 cm de espessura. Nas entradas de carro, essa camada deve ter 7 cm. Coloque ripas de madeira no
sentido da largura da calçada, a cada 1,50 m. Essas ripas devem ficar aparentes na calçada e vão
funcionar como juntas, evitando rachaduras.
Se a calçada tiver mais de 1,50 m de largura, também será preciso colocar uma ripa de madeira no
sentido do comprimento. Essas juntas não devem ser desencontradas. Não se esqueça do caimento da
calçada para evitar água empoçada. Em calçadas planas, o caimento deve ser de 1 cm para cada metro
de largura da calçada. Em ladeiras, o piso da calçada deve ter a superfície áspera, para que as pessoas
não escorreguem. Dependendo do caso, a calçada pode ter um ou mais degraus. Molhe o muro nos
primeiros sete dias. O acabamento pode ser feito com um simples.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
Da mesma forma como se faz a calçada da frente do terreno, podem ser feitas as demais
calçadas ou passeios (contorno da casa, acesso do portão da rua até a porta de entrada da casa).
3. Escolhendo o Cimento
O cimento é um pó fino que, em contato com a água, é capaz de unir firmemente, como uma
cola, diversos tipos de materiais de construção. Depois de endurecido, ele não se decompõe mais,
mesmo em contato com a água. Por isso, as construções feitas com materiais à base de cimento são
resistentes e duráveis. s principais matérias-primas do cimento são calcário, argila e gesso. A sua
fabricação exige enormes instalações industriais, como um possante forno giratório que atinge
temperaturas de 1.500 0C.
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Aula 1 - Introdução
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Atualmente, o cimento é vendido em sacos de 50 kg, 40 kg e 25 kg, que podem ser armazenados
por cerca de 3 meses, desde que o local esteja fechado, coberto e seco. Para evitar umidade e
empedramento, os sacos devem ser estocados sobre estrados de madeira, em pilhas de 10 sacos, no
máximo. Existem diversos tipos de cimento no mercado. A diferença entre eles está na composição,
mas todos atendem às exigências das NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS.
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Aula 1 - Introdução
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
Quanto mais produtos de cimento prontos você usar, maior a economia que você vai fazer; é
menor o desperdício de materiais componentes e menos mão-de-obra.
Na compra de materiais de construção, lembre-se de que o barato pode sair caro. Prefira
materiais de qualidade comprovada, que são aqueles fabricados de acordo com as NORMAS TÉCNICAS
BRASILEIRAS. Procure dar preferência também ao uso de ferramentas adequadas e em bom estado de
conservação. Se você ainda ficou com alguma dúvida, consulte um profissional habilitado da área da
construção. Caso deseje outras informações, consulte a ABCP, usando a carta-resposta da página
central deste folheto.
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Aula 2 - Terrenos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Aula 2: Terrenos
1. Critérios de Escolha
1.1. Topografia
O terreno pode ser plano, em aclive (sobe em direção ao fundo) ou em declive (aquele
que desce, ou seja, o nível da rua está mais alto que o fundo). Quando o terreno tem estas
inclinações, um bom projeto pode aproveitar melhor o traçado natural e evitar grandes
cortes de terra ou aterros. É esta movimentação de terra que deixa a obra mais cara, pois é
preciso pensar em estruturas de contenção (muro de arrimos) e de drenagem, que são bem
caras. Por outro lado, os terrenos mais íngremes costumam custar menos que os planos e
permitem visuais bem interessantes quando a construção é bem pensada. Mas, geralmente
para acomodar a casa em desnível é preciso fazer alguns degraus. Então, se você quer uma
casa térrea, é necessária uma avaliação antes da aquisição.
Não se sabe, sem a devida inspeção, o tipo de fundação que demandará a edificação
para aquele tipo de solo. Para ter certeza do tipo certo de fundação, é preciso contratar
uma sondagem que faz o perfil do terreno para determinar em que camadas estão os solos
apropriados para apoiar o alicerce. Se você ainda está começando a pesquisar, observe:
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Aula 2 - Terrenos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
Isso tudo serve para ter uma ideia do tipo de solo, mas nada disso te dá certeza. Vale a pena
contratar um serviço de sondagem de solo quando adquirir o terreno e antes de fazer o
projeto.
Na hora de escolher o terreno, veja onde o sol nasce e onde ele se põe. O melhor é
deixar os quartos voltados para o nascer do sol. Então veja se a face voltada para sol
nascente fica num bom lugar do terreno ou se ela está virada pra um prédio alto que faz
sombra no terreno. Veja também se não um terreno vizinho vazio que pode roubar seu sol
mais pra frente.
Cuidado com terrenos muito estreitos porque, em geral, você é obrigado a deixar um
recuo lateral, ou seja, você não poderá ocupar toda a largura do terreno. Quem determina
isso é a Lei de Uso e Ocupação do Solo de cada município. Em geral, a largura da frente do
terreno é valorizada e corresponde a 30% do preço do lote. Quanto maior à frente, mais
caro. E se for de esquina, mais caro também, pois são mais opções de projeto, de insolação
e de ventilação. Embora seja mais caro, pode valer a pena porque você conseguirá
aproveitar melhor o terreno.
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Aula 2 - Terrenos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Veja se o terreno tem muitas árvores. Se você quiser retirar algumas no local onde vai
fazer a edificação, verifique na prefeitura se aquele terreno tem restrições. As árvores
nativas são protegidas por diversas leis e você precisará pedir uma licença se quiser cortar.
Ou, o melhor seria planejar a construção sem derrubar nenhuma das árvores, fazendo um
projeto em que elas fiquem bem integradas à casa. Há também locais de preservação
ambiental que não podem ser desmatados e construídos e faixas próximas a rios que devem
ser preservadas.
1.9. Documentação
Se for comprar de pessoa jurídica, você precisa pedir a Certidão Negativa de Débitos
(CND) do INSS.
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Aula 2 - Terrenos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
Seja quem for o vendedor, não se esquecer da solicitação do carnê do IPTU, no qual
constam as metragens do terreno e seu valor venal, e a Certidão Negativa de Débitos
Municipais, que mostra se existe dividas com o município, referentes ao terreno.
Depois de ter avaliado os pontos acima, ter muita clareza de qual é o objetivo. Pensar
no tipo de projeto que se intenta construir é muito importante para escolher o terreno. O
que é importante: muito espaço livre ou uma casa que ocupe bem o terreno; com muitos
cômodos; economizar na compra ou economizar na obra; em que lugar da cidade se quer
estar. Pensar também o quanto esse terreno facilita a construção da edificação que se
deseja.
2. Características Gerais
2.1. Limpeza
Os serviços serão executados de modo a não deixar raízes ou tocos de árvore que possam
dificultar os trabalhos. Todos os materiais vegetais bem como o entulho terão que ser
removidos do canteiro de obras.
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Aula 2 - Terrenos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
como as dimensões dos lotes, com a precisão necessária e suficiente proporcionando dados
confiáveis que, interpretados e manipulados corretamente, podem contribuir no
desenvolvimento do projeto arquitetônico e de implantação.
Para verificar se o lote está no esquadro, devemos medir as diagonais que deverão ser iguais.
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Aula 2 - Terrenos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
Para se levantar o trecho em curva, o mais preciso será a medição da corda e da flecha
(central). Nestes casos devemos demarcar as divisas retas até encontrarmos os pontos do
início e fim da corda. Medir a corda e a flecha no local. E com o auxílio de um desenho
(realizado no escritório) construir a curva a partir da determinação do centro da mesma
utilizando a flecha e a corda.
• c = corda;
• f = flecha.
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Aula 2 - Terrenos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
A curva de nível é uma linha constituída por pontos todos de uma mesma cota ou
altitude de uma superfície qualquer. Quando relacionadas a outras curvas de nível permite
comparar as altitudes e se projetadas sobre um plano horizontal podem apresentar as
ondulações, depressões, inclinações etc. de uma superfície.
Podemos observar na Figura que quando mais inclinada for a superfície do terreno, as
distâncias entre as curvas serão menores, menos inclinada as distâncias serão maiores d1 <
d2.
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Aula 2 - Terrenos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
As curvas de níveis são elaboradas utilizando aparelhos topográficos que nos fornecem
os níveis, os ângulos e as dimensões de um terreno ou área.
Este levantamento não é muito preciso, quando utilizamos métodos simples para a sua
execução, mas é o suficiente para construção residencial unifamiliar, que geralmente
utilizam terrenos pequenos. Caso seja necessário algo mais rigoroso, devemos fazer um
levantamento com aparelhos recorrendo a um topógrafo. Geralmente é suficiente tirar um
perfil longitudinal e um transversal do terreno, mas nada nos impede de tirarmos mais, caso
necessário. Nos métodos existentes, se usa basicamente balizas com distância uma da outra
no máximo de 5,0m, ou de acordo com a inclinação do terreno. Em terrenos muito
íngremes a distância deverá ser menor e em terrenos com pouca inclinação, podemos
utilizar as balizas na distância de 5,0 em 5,0m.
A Topografia é a descrição mais próxima do real que podemos fazer de uma área,
sendo assim um levantamento topográfico consiste basicamente da obtenção de dados no
campo, levantamento topográfico, e posteriormente do serviço de escritório, tratamento
dos dados e desenvolvimento da planta topográfica, que vem a ser a projeção dos dados
coletados em papel.
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Aula 2 - Terrenos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Como a intenção aqui é apenas fornecer ao aluno as noções mais triviais de topografia,
o assunto não será aprofundado. Porém, faz-se necessário conhecer os principais tipos de
levantamentos e seus equipamentos utilizados, o que será apresentado a seguir.
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Aula 2 - Terrenos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
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Aula 2 - Terrenos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
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Aula 3 – Conceito de Projeto
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
1. Definições básicas
Não estaríamos exagerando em dizer que o desenho em todos os seus aspectos é uma
importante forma gráfica de comunicação universal em todos os tempos.
2. Escalas
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Aula 3 – Conceito de Projeto
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Mas, existem objetos, peças, animais, etc. que não podem ser representados em seu
tamanho real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel. Outros são tão
pequenos, que se os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar seus
detalhes. Para resolver tais problemas, é necessário reduzir ou ampliar as representações
destes objetos.
Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas, ou então
são aumentadas ou reduzidas proporcionalmente. As dimensões angulares do objeto
permanecem inalteradas. Nas representações em escala, as formas dos objetos reais são
mantidas.
A figura A é um quadrado, pois tem 4 lados iguais e quatro ângulos retos. Cada lado da
figura A mede 2u (duas unidades de medida).
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Aula 3 – Conceito de Projeto
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
a duas vezes cada lado correspondente de A. Note que as três figuras apresentam medidas
dos lados proporcionais e ângulos iguais. Então, podemos dizer que as figuras B e C estão
representadas em escala em relação à figura A.
Existem três tipos de escala: natural, de redução e de ampliação. A seguir, será exposto
a interpretação destas escalas, representadas em desenhos técnicos.
Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real
da peça. Veja um desenho técnico em escala natural.
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Aula 3 – Conceito de Projeto
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
As medidas deste desenho são vinte vezes menores que as medidas correspondentes
do rodeiro de vagão real. A indicação da escala de redução também vem junto do desenho
técnico. Na indicação da escala de redução o numeral à esquerda dos dois pontos é sempre
1. O numeral à direita é sempre maior que 1. No desenho acima o objeto foi representado
na escala de 1:20 (que se lê: um para vinte).
𝑑 1
𝐸𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 = =
𝐷 𝑁
Onde N é o Módulo da escala. Observações:
• Numerador (d) e denominador (D) têm que ter a mesma unidade de medida;
• Quanto MAIOR o denominador, MENOR será a escala.
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Aula 3 – Conceito de Projeto
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
1𝑚 1
𝐸𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 = = → 𝐷 = 1𝑚 × 500 = 500𝑚
𝐷 500
10𝑐𝑚 1
𝐸𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 = = → 𝐷 = 10𝑐𝑚 × 500 = 5000𝑚
𝐷 500
2.4.2. Escalímetro
As escalas gráficas são representações gráficas que, geralmente, vêm desenhadas nas
margens das plantas. As escalas gráficas possibilitam a realização de determinações rápidas
no desenho.
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Aula 3 – Conceito de Projeto
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
3. Cotas
A seguir, serão apresentadas algumas regras básicas que devem ser obrigatoriamente
respeitadas para que as representações dimensionais sejam traçadas corretamente.
• A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento seja;
• As linhas de centro e de contorno, não devem ser usadas como linhas de cota,
porém, podem ser usadas como linha auxiliar. Caso se utilize a linha de centro
como linha auxiliar ela só deve ser representada como linha contínua após
sair do contorno do objeto;
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Aula 3 – Conceito de Projeto
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
• Os limites da linha de cota devem ser feitos de uma das três formas
mostradas abaixo;
• Tanto a linha de cota quanto os seus limites devem ser apresentados
preferencialmente na parte interna, porém quando o espaço interno for
pequeno pode-se fazer a representação na parte externa a cota;
• As cotas (número) podem ser apresentadas acima da linha de cota ou a
interrompendo, caso seja utilizada este último, as cotas serão apresentadas
sempre na horizontal;
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Aula 3 – Conceito de Projeto
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
• Além do valor numérico da cota se pode fazer uso de símbolos para melhor
representar o elemento cotado. Os símbolos mais comuns são os
representados a seguir;
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Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
Nesta etapa serão abordadas as primeiras noções técnicas de canteiro de obras. Serão
expostos a seguir os conceitos gerais do local de trabalho em que o técnico de edificações
geralmente atua. Tudo que se segue faz parte de uma etapa pré-concebida de projeto,
portanto, o primeiro contato com “a obra” não deverá ser tão assustador assim.
Obras Viárias, geralmente, são obras de grande porte, que envolvem diferentes tipos
de profissionais e por longos períodos de tempo. O gerenciamento das atividades e de sua
inter-relação é complexo e requer profissionais experientes e qualificados. Segundo DNER,
1999, compõem as etapas (atividades) de um projeto viário: estudos de tráfego, estudos
geológicos, estudos hidrológicos, estudos de traçado, projeto geométrico, projeto de
terraplenagem, projeto de drenagem, projeto de pavimentação, projeto de interseções,
retornos e acessos, projeto de obras de arte especiais, projeto de sinalização, projeto de
paisagismo, orçamento da obra, plano de execução da obra, componente ambiental, entre
demais estudos e projetos. Outro aspecto característico das obras de infraestrutura viária é
o seu custo elevado. Conforme o tipo de obra, características da região, extensão, obras de
arte especiais, entre outros fatores, uma obra viária pode chegar a ter orçamento de
47
Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
São, geralmente, obras de grande porte. As obras hídricas são fundamentais para o
desenvolvimento de uma sociedade por conterem em seu escopo aqueles
empreendimentos que estão vinculados à oferta de energia, sistemas de saúde, etc.
Possuem altíssimo valor agregado e altíssimos custos de execução. São em número
pequeno quando comparados aos outros modelos, mas, geralmente, ofertam um alto
número de empregos devido suas dimensões. As mais comuns são: assentamento de
condutos fechados (adutoras), execução de condutos abertos (calhas), construção de
reservatórios, estações elevatórias e de tratamento, construção de barragens, usinas etc.
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Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
• Topografia do terreno;
• Sondagem;
• Limpeza do terreno;
• Movimento de terra, necessário para a obtenção do nível de terreno desejado
para o edifício;
• Verificação da disponibilidade de instalações provisórias;
• Verificação das condições de vizinhança;
• As demolições, quando existem construções remanescentes no local em que
será construído o edifício;
• A retirada de resíduos da demolição;
• Instalações provisórias.
2.1. Topografia
2.2. Sondagem
Depois de definido o terreno e o projeto deverá ser feita a sondagem do terreno. Esta
sondagem irá identificar a resistência do solo, a existência de lençóis freáticos e outras
características. Deverão ser indicados os pontos (pelo profissional habilitado) para serem
realizados os testes ao longo do terreno e quantos furos serão necessários.
• Características do solo;
• Espessuras das camadas;
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Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Além de prover informações sobre o tipo dos equipamentos a serem utilizados para a
escavação e para retirada do solo, bem como, ajuda a definir qual o tipo de fundação que
melhor se adaptará ao terreno, de acordo com as características da estrutura.
Além disso, através dos dados da sondagem é possível identificar, quando necessário o
tipo de contenção mais adequada. Sem esta avaliação não há como realizar os cálculos
estruturais (sem os cálculos estruturais a estrutura da edificação poderá custar mais que o
necessário, ou ficar comprometida).
Por meio da sondagem à percussão tipo SPT é possível determinar o tipo de solo
atravessado pelo amostrador padrão, a resistência (N) oferecida pelo solo à cravação do
amostrador e a posição do nível de água se encontrada água durante a perfuração.
A limpeza preliminar do terreno foi assunto abordado na Aula 2, portanto não será
tratado novamente. O que será visto agora são situações onde o terreno está contaminado
com demolições. Nem sempre, é técnica ou economicamente viável a utilização de
construções existentes no terreno para aproveitamento, sendo muitas vezes necessária a
sua completa remoção, antes mesmo da implantação do canteiro, caracterizando uma
50
Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
2.4. Terraplanagem
Quando for necessário um movimento de terra é possível que se tenha uma das
seguintes situações:
• Corte;
• Aterro;
• Corte + Aterro.
A situação de Corte geralmente é a mais desejável uma vez que minimiza os possíveis
problemas de recalque que o edifício possa vir a sofrer. Por outro lado, quando se tem a
situação “Corte + Aterro”, não se faz necessária a retirada do solo para regiões distantes,
minimizando as atividades de transporte, uma vez que poderá haver a compensação do
corte com o aterro necessário
2.4.2. Equipamentos
51
Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
O controle de compactação será mais bem estudado na disciplina Mecânica dos Solos.
2.4.3. Empolamento
Os volumes de terra medidos pela topografia são diferentes dos que precisam ser
carregados no caso de aterros ou cortes no terreno. A seguir será demonstrado como
calcular a quantidade de caminhões e caçambas em serviços de terraplenagem.
Ao escavar o solo, a terra fica solta e passa a ocupar mais espaço. Esse efeito é
conhecido como empolamento e é expresso em porcentagem. Se ao escavar 1 m³ de solo
ele aumenta para 1,3 m³, o empolamento é de 30%.
Vamos imaginar uma obra que necessite escavar 50 m³ de terra, medido pelo serviço
de topografia. O objetivo é descobrir o Vs (volume de terra solta) para definir o transporte,
o que é calculado a partir da seguinte fórmula, sendo que "Vc" é o volume medido no corte;
e "E" é o empolamento.
𝑉𝑠 = 𝑉𝑐 (1 + 𝐸)
Para exemplo, vamos considerar que a terra é comum, com taxa de empolamento de 25%.
Para realizar a conta, transforme a porcentagem em 0,25. A conta fica assim:
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Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
𝑉𝑠 = 50(1 + 0,25)
𝑉𝑠 = 62,5 m³
𝑉𝑎
𝑉𝑐 =
𝐶
Onde:
𝐶 é a contração.
50
𝑉𝑐 =
0,9
𝑉𝑐 = 55,55 m³
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Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
A definição técnica de Canteiro é dada pela NR18 como sendo “a área de trabalho fixa
e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra”. Suas
Áreas de Vivência, pela NBR 12284, são conceituadas como “conjunto de áreas destinadas à
execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas
operacionais e áreas de vivência”.
A obra de construção de edifícios tem seu início propriamente dito, com a implantação
do canteiro de obras. Esta implantação requer um projeto específico que deve ser
cuidadosamente elaborado a partir das necessidades da obra e das condições do local.
Porém, antes mesmo do início da implantação do canteiro, algumas atividades prévias,
comumente necessárias, podem estar a cargo do engenheiro de obras.
3.1. Infraestrutura
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Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
No caso de não existir redes no local, deve-se fazer um pedido de estudo junto às
concessionárias para verificar a viabilidade de extensão da rede existente até a obra. Este
procedimento, de modo geral, demora cerca de dois meses. Esta demora, na maioria das
vezes, pode comprometer o início da obra. Neste caso, é possível adotar-se uma solução
temporária e extrema como, por exemplo, optar-se pela energia gerada a diesel, na própria
obra, a qual, no entanto, apresenta-se mais cara que a energia elétrica.
São aquelas que serão removidas do empreendimento ao seu término, ou seja, são as
instalações necessárias para a execução da obra, que dão suporte à operação, mas não
fazem parte do produto final.
PCMAT e PPRA
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Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
3.2.1. Alojamentos
Sempre que houver necessidade, como no caso de obras afastadas dos centros
urbanos, as construtoras devem instalar alojamentos provisórios nos canteiros para a
permanência dos funcionários. Essa é uma exigência da NR 18. Esses locais devem ser de
boa qualidade para garantir a saúde dos funcionários e, consequentemente, o bom
andamento da construção.
3.2.2. Vestiários
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Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
3.2.3. Almoxarifado
Como não existem regras muito bem-definidas para projetar cada parte do canteiro,
geralmente o layout é definido com base na experiência do gerente da obra e adaptando o
que já foi feito em outros locais.
Também é preciso considerar a evolução da obra, que pode exigir ampliar ou reduzir o
tamanho do estoque. Três fatores são preponderantes a serem observados;
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Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
O ideal é que o almoxarifado fique próximo de três locais, com a seguinte prioridade:
descarga dos caminhões - para agilizar a armazenagem de materiais que chegam direto para
o estoque; elevador de carga - para facilitar a movimentação de materiais que são
transportados apenas no momento do uso; e escritório - devido ao contato entre o mestre
de obras e o almoxarife. Preferencialmente, deve ficar no subsolo, protegido de
intempéries.
Uma importante etapa do início da obra é o “registro das condições das edificações
vizinhas”. Esta tapa, antigamente relegada a segundo plano, vem ganhando cada vez mais
importância, uma vez que permite maior segurança à empresa que constrói.
A verificação prévia das condições da vizinhança permite que a empresa não tenha
surpresa desagradável durante a produção do empreendimento, seja com a ocorrência de
patologias diversas como trincas excessivas ou mesmo chegando-se a situações de
desabamentos de residências vizinhas. Por outro lado, permite, ainda, que se previna
quanto às reclamações infundadas de vizinhos. O registro deve ser feito em relatório
técnico específico contendo “croqui” com indicação das ocorrências, relacionados a fotos
devidamente datadas e relatos das observações realizadas. O relatório realizado deverá ser
registrado em Cartório. Em suma, a vistoria preventiva confecciona um relatório ou laudo
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Aula 4 – Serviços Preliminares de Canteiro
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
1. Abordagem Preliminar
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
2. Subsistemas
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Toda construção necessita de uma estrutura suporte, que por sua vez necessita de
projeto, planejamento e execução própria. A Estrutura em uma construção tem a função
prioritária de garantir a forma espacial idealizada, com segurança, por um determinado
período de tempo. Sistemas estruturais podem ser entendidos como disposições racionais e
adequados de diversos elementos estruturais, que, por sua vez, são corpos sólidos
deformáveis com capacidade de receber e de transmitir solicitações em geral.
Formadas por uma ou mais barras (vigas, pilares, arcos, pórticos, grelhas, etc.).
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
São definidas a partir de sua superfície média e lei de variação da sua espessura.
Destacam-se as placas, chapas e cascas.
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Segunda Oliveira (2009), há uma forma de classificação para as fachadas que se refere
à sua densidade superficial como vedação vertical, podendo ser:
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
69
Aula 5 – Sistemas Construtivos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Durante este curso existirão duas disciplinas que tratarão a respeito de sistemas
hidráulicos. Porém, as características a se conhecerem neste momento serão apresentadas
a seguir.
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Para que sejam esgotadas com rapidez e segurança as águas residuárias indesejáveis,
faz-se necessário a construção de um conjunto estrutural que compreende canalizações
coletoras funcionando por gravidade, unidades de tratamento e de recalque quando
imprescindíveis, obras de transporte e de lançamento final, além de uma série de órgãos
acessórios indispensáveis para que o sistema funcione e seja operado com eficiência. Esse
conjunto de obras para coletar, transportar, tratar e dar o destino final adequado às vazões
de esgotos compõe o que se denomina de Sistema de Esgotos.
2.6.4. Drenagem
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Aula 5 – Sistemas Construtivos
UNIDADE 1 – CONCEITOS ELEMENTARES
Todo plano urbanístico de expansão deve conter em seu bojo um plano de drenagem
urbana, visando delimitar as áreas mais baixas potencialmente inundáveis a fim de
diagnosticar a viabilidade ou não da ocupação destas áreas de ponto de vista de expansão
dos serviços públicos.
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Aula 6 – Concretos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Aula 6: Concretos
Em uma estrutura de concreto armado, o material concreto possui duas funções básicas, que
são de resistir aos esforços de compressão ao qual a estrutura está submetida e conferir
proteção ao aço. Para que a estrutura de concreto atenda às especificações do projeto, é
preciso considerar uma série de fatores do próprio concreto: propriedades dos materiais
constituintes do concreto, dosagem da mistura e execução da concretagem. Se algum desses
itens não for realizado adequadamente, há uma grande probabilidade de ocorrência de
problemas na estrutura. Salienta-se que não há a possibilidade de compensar a deficiência em
uma das operações com cuidados especiais em outra.
1. Conceitos Fundamentais
Você já deve ter questionado ao menos uma vez por que o concreto, com o passar do
tempo, passa do estado pastoso a um material endurecido.
Seguindo esse raciocínio, teremos uma maior resistência à compressão quanto maior a
quantidade de embricamentos, pois obteremos um concreto menos poroso com estrutura
mais compacta. Esse processo é complexo e envolve diversas variáveis e, para avaliar a
qualidade do concreto, é importante conhecer as suas propriedades, seja no estado fresco,
desde o momento da colocação da água até o adensamento na fôrma; seja no estado
endurecido, resistindo às ações solicitadas ao longo da vida útil.
74
Aula 6 – Concretos
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
75
Aula 6 – Concretos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Para obter a resistência especificada no projeto estrutural, vários fatores devem ser
considerados.
Nas obras, geralmente não são realizados ensaios de resistência à tração do concreto.
A sua determinação pode ser útil para procurar prevenir as fissuras no concreto, a partir do
conhecimento das condições de carregamento e movimentações térmicas e higroscópicas.
No Brasil, sua determinação deve obedecer as prescrições da norma NBR 7222 - Resistência
à tração simples de argamassa e concreto por compressão diametral dos corpos-de-prova
cilíndricos.
76
Aula 6 – Concretos
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
1.3.1. Fluência
É a deformação lenta que cresce com o correr do tempo, quando uma carga é
mantida. São diversos os fatores que afetam a fluência, dentre os quais se destacam:
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Aula 6 – Concretos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2. Sistematização
Concluindo, podemos dizer que, seja produzido na obra, seja dosado em central, o
conhecimento dos cuidados necessários para a seleção dos materiais torna-se
imprescindível, pois a qualidade do concreto está diretamente relacionada às características
dos constituintes.
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Aula 6 – Concretos
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Podemos observar que o tipo de cimento exerce uma grande influência no comportamento
da estrutura, principalmente durante o processo de endurecimento. É importante, pois,
conhecer as características de cada tipo, para especificar o cimento mais adequado para a
finalidade requerida.
2.1.2. Agregados
No concreto, utilizamos dois tipos de agregados: o graúdo (brita) e o miúdo (areia), cada
qual com funções e propriedades específicas.
79
Aula 6 – Concretos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.1.3. Dosagem
A dosagem em massa é realizada com o uso de balanças. É o método mais seguro, pois
permite determinações precisas das quantidades dos componentes do concreto. Além
disso, pode-se realizar eventuais correções necessárias, em virtude da variação da umidade
da areia.
2.1.4. Mistura
Numa mistura, as duas qualidades desejadas para uma boa mistura são
homogeneidade e integridade.
A dosagem manual é indicada somente quando será utilizada uma quantidade muito
pequena de concreto, misturando-se em uma amassada no máximo de 100 kg de cimento.
Na dosagem mecânica, o equipamento empregado é a betoneira. Existem diversos tipos de
betoneiras, variando-se o eixo de rotação do tambor, que pode ser horizontal, vertical ou
inclinado.
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Aula 6 – Concretos
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Uma das diferenças mais significativas entre o concreto preparado na obra e o dosado
em central está na composição dos materiais. O concreto dosado em central utiliza aditivos,
que são produtos químicos adicionados durante o preparo do concreto, em proporções
inferiores a 5% em relação à massa do cimento. Tem a finalidade de modificar algumas
propriedades do concreto ou conferir a ele qualidades para melhorar o seu
comportamento.
De acordo com sua finalidade, podem ser aplicados no concreto fresco ou endurecido.
Existem diversos tipos de aditivos, com funções distintas, entre os quais se destacam:
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Aula 6 – Concretos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
A avaliação do fornecedor não deve ser efetuada somente para a escolha da central
dosadora. Uma forma de avaliar posteriormente consiste em atribuir pontuação para itens
que julgar importante, como por exemplo, prazo, preço e qualidade. Dessa forma, é possível
mensurar aquelas que melhor atendem, além de possibilitar uma melhoria na qualidade do
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Aula 6 – Concretos
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
2.2.2. Pedido
Para assegurar que o concreto solicitado atenda aos requisitos desejados, pode-se, no
momento do pedido, informar, por exemplo, o tipo e a marca do cimento, o tipo e a marca
do aditivo, a relação água/cimento, o teor de ar incorporado e a massa específica. Um vez
que o fornecedor influencia diretamente no ritmo da concretagem - através da entrega dos
caminhões no intervalo desejado e também no fornecimento de bomba - é importante que
o plano de concretagem já tenha sido definido previamente à realização do pedido.
2.2.3. Recebimento
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Aula 6 – Concretos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
3. Concretagens
3.1. Transporte
O sistema de transporte deve ser tal que permita o lançamento direto nas fôrmas,
evitando-se depósitos intermediários ou transferência de equipamentos. O tempo de
duração do transporte deve ser o menor possível, para minimizar os efeitos relativos à
redução da trabalhabilidade com o passar do tempo.
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Aula 6 – Concretos
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
3.2. Lançamento
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Aula 6 – Concretos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
3.3. Adensamento
Atividade que tem como função retirar os vazios do concreto, diminuindo a porosidade
e, consequentemente, aumentando a resistência do elemento estrutural. Tem também a
função de acomodar o concreto na fôrma, para tornar as superfícies aparentes com textura
lisa, plana e estética.
No caso de lajes, pode-se empregar também a régua vibratória, que tem a vantagem
de nivelar e adensar simultaneamente. Por outro lado, o manuseio desse equipamento
exige certa habilidade por parte de quem opera, além de possuir limitações quanto às
dimensões e espessura da laje.
86
Aula 6 – Concretos
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
3.4. Nivelamento
A fim de obter um maior controle no nivelamento das lajes, pode-se empregar taliscas
ou mestras metálicas. No caso dos pilares, ao invés do nivelamento, é realizada uma
conferência do prumo, pois durante a concretagem as fôrmas podem sair do ajuste inicial.
87
Aula 6 – Concretos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
3.6. Cura
• A cura deve ser iniciada assim que a superfície tenha resistência à ação da água;
• No caso de lajes, recomenda-se a cura por um período mínimo de 7 dias;
• O concreto deve estar saturado com água até que os espaços ocupados pela água
sejam inteirados por produtos da hidratação do cimento;
• Em peças estruturais mais esbeltas ou quando empregado concreto de baixa
resistência à compressão, deve-se realizar a cura com bastante cuidado, pois,
nessas situações, ocorre um decréscimo de resistência à compressão caso a cura
não seja realizada.
88
Aula 6 – Concretos
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Submersão;
• Cura a vapor.
Ba s ea do em ma teri a l da
As s oci a çã o Bra s i l ei ra de Ci mento
Portla nd. Edi ções s em prejuízo de
conteúdo.
89
Aula 7 – Argamassas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Aula 7: Argamassas
Argamassa é uma mistura composta basicamente por cimento, areia, cal hidratada e
água, mas conforme a influência de características regionais, outros materiais têm sido
utilizados na sua composição, como o saibro, o barro e o caulim, entre outros.
• Impermeabilização;
É bom lembrar, neste caso, que a mistura de cimento e água gera uma série de
reações químicas durante o processo de pega e endurecimento. Elementos existentes em
materiais de origem duvidosa podem interferir nestas reações, prejudicando a argamassa
no momento da aplicação, do acabamento ou quanto a sua resistência.
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Aula 7 – Argamassas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Porém, a classificação mais pertinente das argamassas é aquela que as distingue pelas
funções, e são aquelas usuais que as caracterizam em seu emprego:
91
Aula 7 – Argamassas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Numa argamassa onde há apenas a presença de cal, sua função principal é funcionar
como aglomerante da mistura. Neste tipo de argamassa, destacam-se as propriedades de
trabalhabilidade e a capacidade de absorver deformações. Entretanto, são reduzidas as suas
propriedades de resistência mecânica e aderência. Em argamassas mistas, de cal e cimento,
devido a finura da cal há retenção de água em volta de suas partículas e consequentemente
maior retenção de água na argamassa. Assim, a cal pode contribuir para uma melhor
hidratação do cimento, além de contribuir significativamente para a trabalhabilidade e
capacidade de absorver deformações.
1.2.3. Água
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Aula 7 – Argamassas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
que serve para o amassamento da argamassa é a mesma utilizada para o concreto e deve
seguir a NBR NM 137.
1.2.4. Areia
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Aula 7 – Argamassas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
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Aula 7 – Argamassas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
prejuízo da produtividade do serviço, já que o assentador não poderá abrir panos grandes
para a aplicação da cerâmica. Caso insista em abrir panos maiores, a qualidade do serviço
será prejudicada, uma vez que a cerâmica assim assentada poderá descolar-se facilmente
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Aula 7 – Argamassas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
3.1. Camadas
3.1.1. Chapisco
3.1.2. Emboço
3.1.3. Reboco
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Aula 7 – Argamassas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
3.1.5. Monocapa
4. Propriedades
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Aula 7 – Argamassas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
• Consistência;
• Plasticidade;
• Retenção de água e de consistência;
• Coesão;
• Exsudação;
• Densidade de massa;
• Adesão inicial.
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Aula 7 – Argamassas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
99
Aula 7 – Argamassas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Já para agregados, a granulometria deve ser contínua para reduzir o volume de vazios
entre os agregados, diminuindo a quantidade de pasta necessária para o preenchimento e,
portanto, minimizando o potencial de retração. Além disso, o teor de finos deve ser
adequado, uma vez que o excesso destes irá aumentar o consumo de água de amassamento
e com isto, levar a uma maior retração de secagem do revestimento.
São fatores que podem regular a perda de água do revestimento durante seu
endurecimento e o desenvolvimento inicial de resistência à tração. Quanto mais lentamente
a argamassa perder água, tanto melhor será para a resistência mecânica do revestimento.
100
Aula 7 – Argamassas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
“Para que ocorra a penetração da água da chuva em uma edificação são necessárias
três condições: água na superfície da parede, uma abertura através da qual a água possa
passar e uma força para mover a água através da abertura. Teoricamente, se qualquer uma
destas condições é eliminada, a penetração de chuva será forçosamente reduzida”.
A fissuração dos revestimentos é uma situação que deve ser evitada, uma vez que,
além do revestimento perder a sua capacidade de estanqueidade, a capacidade de
aderência pode ficar comprometida no entorno da região fissurada. Tensões tangenciais
surgem na interface base/ revestimento, na região próxima às fissuras, podendo ultrapassar
o limite de resistência ao cisalhamento da interface, possibilitando o descolamento do
revestimento. Além disso, as fissuras podem comprometer a durabilidade e o acabamento
final previsto.
4.9. Estanqueidade
101
Aula 7 – Argamassas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
cal. A obtenção da rugosidade superficial dos revestimentos deve ser feita em função do
acabamento final previsto.
4.11. Durabilidade
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Aula 8 – Alvenarias
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Aula 8: Alvenarias
Alvenaria é um conceito da construção civil que designa o conjunto de pedras, tijolos ou blocos
que reunidos formam paredes, muros ou alicerces de uma edificação. Não é preciso que os
chamados elementos de alvenaria (tijolo, blocos, etc.) estejam unidos por argamassa para que
se caracterize uma obra de alvenaria. O objetivo deste tipo de construção é a resistência aos
esforços de compressão e/ou divisão de espaços. Nesta aula serão vistos os conceitos
elementares e processos básicos da execução de painéis de alvenaria visto que existe uma
disciplina específica para elas.
1. Conceituação e Processos
Os blocos sólidos e resistentes que constituem as alvenarias podem ser simples blocos
de pedra, obtidas pela extração de pedreiras graníticas ou outros tipo de rocha, como
também podem ser fabricados especialmente para esse fim, como blocos cerâmicos,
aglomerados com cimento, de gesso ou mesmo de vidro.
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Aula 8 – Alvenarias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2. Princípios Básicos
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Aula 8 – Alvenarias
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Cada bloco, depois de assentado, deve ter seu alinhamento, nível e prumo conferidos.
Para isso devem ser usados a régua e o nível de mão. O ajuste do bloco na posição correta é
feito com pequenas batidas com o cabo da colher de pedreiro.
105
Aula 8 – Alvenarias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.2. Elevação
Para o controle das alturas das fiadas do “castelo” deve ser usado o “escantilhão”, que
é uma haste de madeira, ou haste metálica, apoiada no piso, onde são previamente
marcadas as alturas das fiadas, como mostram figuras.
Depois de executados os castelos, preenche-se o interior das paredes, fiada por fiada.
Para o alinhamento das fiadas usa-se uma linha-guia, presa em pequenos pregos fixados nas
extremidades de cada fiada, nos castelos, como se observa na figura.
106
Aula 8 – Alvenarias
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
A argamassa deve ser estendida sobre a superfície da fiada anterior e na face lateral do
bloco ou tijolo que será assentado. A quantidade de argamassa deve ser suficiente para que
um excesso seja expelido quando o bloco for pressionado para ficar na posição correta. Esse
excesso deve ser raspado e pode ser reutilizado. Ainda que as linhas-guia facilitem bastante
o controle do alinhamento, do nível e do prumo, a cada 3 ou 4 fiadas, no máximo, deve ser
conferida a planicidade, o nível e o prumo da parede. O prumo agora deve ser conferido
com o fio de prumo, em 3 ou 4 posições ao longo da parede, como mostram as imagens.
Recomenda-se a elevação máxima, num dia, de meio pé-direito, ou uma altura entre 1,20 e
1,50 m aproximadamente.
107
Aula 8 – Alvenarias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.3. Encunhamento
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Aula 8 – Alvenarias
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Para evitar esforços não previstos nas alvenarias, principalmente em edifícios altos, o
encunhamento deve ser feito somente depois de executada a elevação do último
pavimento, iniciando o encunhamento por este último andar e descendo- se na direção do
térreo.
Dependendo também das definições adotadas no projeto estrutural do edifício,
podem ser adotadas outras técnicas que substituem o encunhamento, como a fixação (feita
somente com argamassa) e a ligação flexível, feita com produtos elásticos. Deve ser
observado o que está definido no projeto sobre este assunto.
2.4.1. Encontros
Quando há um encontro entre duas paredes de alvenaria deve haver uma ligação
entre elas, pois caso contrário poderá ocorrer uma trinca entre as duas.
A outra forma, mais prática e hoje mais utilizada, é fazer as paredes sem amarração
dos componentes (uma encosta simplesmente na outra) e, a cada duas ou três fiadas são
inseridas pequenas barras de aço nas juntas, dentro da camada de argamassa, ligando as
duas paredes. Essa ligação pode ser feita também através de tela metálica, como visto a
seguir.
109
Aula 8 – Alvenarias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
A ligação também precisa ser feita quando a parede encosta num pilar, a fim de evitar
uma trinca ou fissura entre os dois. Também nesse caso costuma-se usar pequenas barras
de aço inseridas no pilar e na junta da alvenaria (chamadas também de “ferros-cabelo”), ou
a mesma tela metálica citada no item anterior, parafusada no pilar.
110
Aula 8 – Alvenarias
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
São pequenas vigas de concreto armado, que devem ser feitas em cima e em baixo das
aberturas da alvenaria, como vãos de portas e janelas, para evitar trincas nos cantos desses
vãos. Devem avançar no mínimo 20 em de cada lado do vão, e ter pelo menos duas barras
de aço de diâmetro de 5 mm. A altura pode ser de 5 cm, ou mais alta, para combinar com a
modulação dos componentes. As vergas e contra-vergas podem ser feitas também se
usando o próprio componente da alvenaria (blocos canaletas preenchidos com concreto e
com barras de aço no seu interior), ou podem ser pré-moldadas na própria obra.
111
Aula 8 – Alvenarias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Os tijolos comuns resistem melhor aos cortes, ao passo que os furados são mais frágeis
e costumam estilhaçar, causando grandes rombos na parede. Por isso, devem-se usar tijolos
comuns em paredes ou trechos de paredes onde serão embutidas as tubulações de maior
diâmetro, como as de banheiros, que concentram tubulações hidráulicas. É recomendável
também riscar previamente a parede, demarcando- se com precisão os cortes e fazendo-os
com disco de serra diamantado. Podem-se também usar alternativas onde se evita o corte
das paredes, como o uso de folgas nas alvenarias.
Outra solução bastante interessante e que deve ser utilizada é passar as tubulações
nos furos dos blocos. Para as instalações elétricas, por exemplo, que são de pequeno
diâmetro e existem em todas as paredes, isto pode ser feito sem nenhuma dificuldade.
Basta que o eletricista acompanhe a execução da alvenaria, passando as tubulações na
medida em que a parede vai sendo elevada. O chumbamento de caixas para interruptores e
tomadas também pode ser feito previamente nos blocos. Assim, os blocos previamente
Ba s ea do e a da ptado ABCI(1990).
preparados são colocados na alvenaria nas posições correspondentes às caixas de tomadas Edi ções s em prejuízo de
conteúdo.
e interruptores.
112
Aula 9 – Fundações e Estruturas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Os elementos de sustentação da edificação são aqueles que suportam toda a sua carga (peso)
e as transmitem para o solo. Estes elementos são divididos em 2 subsistemas: os de
superestrutura e infraestrutura. A diferenciação se dá apenas pela locação em relação ao nível
do solo, sendo os aéreos os de superestrutura e os enterrados (ou aterrados) os de infra. Nesta
aula serão dados conceitos introdutórios sobre estes elementos que serão aprofundados no
curso de suas disciplinas específicas.
1. Fundações
O sistema de fundações é formado pelo elemento estrutural do edifício que fica abaixo
do solo (podendo ser constituído por bloco, estaca ou tubulão, por exemplo) e o maciço de
solo envolvente sob a base e ao longo do fuste.
113
Aula 9 – Fundações e Estruturas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
114
Aula 9 – Fundações e Estruturas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Alguns projetistas de fundação elaboram projetos com diversas soluções, para que o
construtor escolha o tipo mais adequado de acordo com o custo, disponibilidade financeira
e o prazo desejado.
A serem observados:
115
Aula 9 – Fundações e Estruturas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Somente com esse conhecimento é que será possível escolher a solução que atenda às
características técnicas e ao mesmo tempo se adeque à realidade da obra.
1.2.1. Bloco
1.2.2. Sapata
1.2.4. Grelhas
Elemento de fundação constituído por um conjunto de vigas que se cruzam nos pilares.
1.2.5. Radier
São aquelas em que a carga é transmitida ao terreno através de sua base (resistência
de ponta) e/ou superfície lateral (resistência de atrito). As fundações profundas estão
assentadas a uma profundidade maior que duas vezes a sua menor dimensão em planta. Os
principais tipos de fundação profunda são:
116
Aula 9 – Fundações e Estruturas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
1.3.1. Estacas
117
Aula 9 – Fundações e Estruturas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
118
Aula 9 – Fundações e Estruturas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
O sistema pode ser empregado na maioria dos tipos de solos, exceto em locais
onde há a presença de matacões e rochas. Estacas muito curtas, ou que
atravessam materiais extremamente moles também devem ter sua utilização
analisada cuidadosamente.
1.3.2. Tubulão
Elemento de forma cilíndrica, em que, pelo menos na sua fase final de execução, há a
descida do operário por dentro deste. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido
(pneumático).
Escavada manualmente, não pode ser executado abaixo do nível d´água. Dispensa
escoramento em terreno coesivo, mostrando-se uma alternativa econômica para altas
cargas solicitadas, superior a 250 Tf.
119
Aula 9 – Fundações e Estruturas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2. Superestruturas
Nas construções de concreto armado, sejam elas de pequeno ou de grande porte, três
elementos estruturais são bastante comuns: as lajes, as vigas e os pilares. Por isso, esses são
os elementos estruturais mais importantes. Uma noção geral das características de alguns
dos elementos de concreto armado é apresentada a seguir.
Há uma infinidade de outros elementos estruturais. Entre eles podem ser citados: viga-
parede, consolo, dente gerber, tirante, viga alavanca e elementos compostos, como escadas
(estas abordadas aqui), reservatórios, muros de arrimo, etc.
2.1. Lajes
As lajes são os elementos planos que se destinam a receber a maior parte das ações
aplicadas numa construção, como de pessoas, móveis, pisos, paredes, e os mais variados
tipos de carga que podem existir em função da finalidade arquitetônica do espaço físico que
a laje faz parte. As ações são comumente perpendiculares ao plano da laje, podendo ser
divididas em: distribuídas na área (peso próprio, revestimento de piso, etc.), distribuídas
linearmente (paredes) ou forças concentradas (pilar apoiado sobre a laje). As ações são
geralmente transmitidas para as vigas de apoio nas bordas da laje, mas eventualmente
também podem ser transmitidas diretamente aos pilares.
Alguns dos tipos mais comuns de lajes são: maciça apoiada nas bordas, nervurada, lisa
e cogumelo. Laje maciça é um termo que se usa para as lajes sem vazios apoiadas em vigas
nas bordas. As lajes lisas e cogumelo também não têm vazios, porém, tem outra definição.
“Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capitéis, enquanto
lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis” (NBR 6118/03, item 14.7.8). As lajes lisas
e cogumelo também são chamadas pela norma como lajes sem vigas. Elas apresentam a
eliminação de grande parte das vigas como a principal vantagem em relação às lajes
maciças, embora por outro lado tenham maior espessura. São usuais em todo tipo de
construção de médio e grande porte, inclusive edifícios de até 20 pavimentos. Apresentam
como vantagens custos menores e maior rapidez de construção. No entanto, são suscetíveis
a maiores deformações (flechas).
120
Aula 9 – Fundações e Estruturas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Capitel é a região nas adjacências dos pilares onde a espessura da laje é aumentada
com o objetivo de aumentar a sua capacidade resistente nessa região de alta concentração
de esforços cortantes e de flexão.
“Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja
zona de tração para momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode
ser colocado material inerte” (NBR 6118/03, item 14.7.7). As lajes com nervuras pré-
moldadas são comumente chamadas pré-fabricadas.
2.2. Vigas
Pela definição da NBR 6118/03 (item 14.4.1.1), vigas “são elementos lineares em que a
flexão é preponderante”. As vigas são classificadas como barras e são normalmente retas e
horizontais, destinadas a receber ações das lajes, de outras vigas, de paredes de alvenaria, e
eventualmente de pilares, etc. A função das vigas é basicamente vencer vãos e transmitir as
ações nelas atuantes para os apoios, geralmente os pilares.
As armaduras das vigas são geralmente compostas por estribos, chamados “armadura
transversal”, e por barras longitudinais, chamadas “armadura longitudinal”.
121
Aula 9 – Fundações e Estruturas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.3. Pilares
Pilares são “elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que
as forças normais de compressão são preponderantes” (NBR 6118/2003, item 14.4.1.2). São
destinados a transmitir as ações às fundações, embora possam também transmitir para
outros elementos de apoio. As ações são provenientes geralmente das vigas, bem como de
lajes também.
2.4. Escadas
122
Aula 9 – Fundações e Estruturas
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Surgem, assim, as escadas com trechos retos e patamares curvos, ou com lances
curvos e patamares retos, helicoidais e outras... Diferentes materiais e técnicas de
sustentação, que muitas vezes as fazem parecer flutuar nos ambientes.
Mas é fundamental que o arquiteto domine bem as técnicas, normas e o traçado para
que não ocorram erros e para que a escada se torne perigosa ou sua função seja
prejudicada.
Há uma relação que indica as proporções ideais de espelho e base/piso dos degraus,
segundo a FÓRMULA DE BLONDELL:
2𝑒 + 𝑏 = 63 𝑜𝑢 64
Onde:
123
Aula 9 – Fundações e Estruturas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
124
Aula 10 – Instalações Elétricas
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
A instalação elétrica é um conjunto formado por fios, cabos e outros acessórios com
características coordenadas entre si e essenciais para o funcionamento de um sistema
elétrico. Todas as instalações são definidas em um projeto elétrico elaborado por um
profissional especializado ainda na planta. O projeto elétrico determina o porte da instalação,
estabelece circuitos e especifica os materiais que serão usados na obra. Também cabe ao
projeto definir pontos de luz e eletricidade da edificação a partir de uma avaliação das
necessidades de cada ambiente e dos possíveis aparelhos eletrônicos que serão instalados.
1. Introdução
125
Aula 10 – Instalações Elétricas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.1.1. Geração
126
Aula 10 – Instalações Elétricas
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
É dividido em:
O objetivo das redes em baixa tensão é transportar eletricidade das redes de média
tensão para os consumidores de baixa tensão.
127
Aula 10 – Instalações Elétricas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo
no teto, comandado por interruptor. Na determinação das cargas de iluminação, pode ser
adotado o seguinte critério:
128
Aula 10 – Instalações Elétricas
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
O número de pontos de luz deve ser tal que haja uma distribuição uniforme em cada
cômodo, devendo, para destaques específicos, pontos de luz complementares.
As tomadas são caracterizadas como sendo de uso geral, TUG’s, ou de uso específico,
TUE’s. Entende-se por tomada de uso específico aquelas utilizadas para alimentar
equipamentos cuja corrente nominal é superior a 10 A. Segundo a NBR 5410, “todo ponto
de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado,
equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir um circuito
independente”. O projeto deve prever o número, a localização e o tipo das TUE’s em função
do layout da instalação e das necessidades do usuário. Tais tomadas devem estar no
máximo a 1,50 m de distância do aparelho.
A previsão do número e da carga das demais tomadas, TUG’s, deverá ser determinada
de acordo com o esquema a seguir:
129
Aula 10 – Instalações Elétricas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
A potência de cada ponto de TUG depende do cômodo no qual ela se encontra. Dessa
forma, tal potência é função dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar e não deve
ser inferior aos seguintes valores:
Deve-se, ainda, observar que um ponto de tomada pode conter mais de uma tomada
de corrente. No entanto, em cada tomada de corrente, não devem ser ligados dois
aparelhos simultaneamente. É vedada a utilização de derivadores (benjamins), pois estes
podem gerar aquecimento devido a mau contato e/ou sobrecorrente no dispositivo ou
tomada.
3.3. Simbologia
Algumas das simbologias mais usuais estão apresentadas abaixo e serão revistas na
Disciplina de Instalações Elétricas para Edificações, onde serão estudados os
dimensionamentos destas instalações.
130
Aula 10 – Instalações Elétricas
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
4. Circuitos Elétricos
131
Aula 10 – Instalações Elétricas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
4.2. Disjuntores
132
Aula 10 – Instalações Elétricas
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
4.3. Condutores
São os elementos de ligação entre o QDC e os pontos de luz ou de tomada, bem como
entre interruptores e pontos de luz. Em circuitos residenciais, os condutores fase e neutro
devem possuir a mesma bitola. Em instalações residenciais e/ou prediais, os condutores
mais utilizados são de cobre com isolamento em PVC (policloreto de vinila), EPR (borracha
etileno-propileno) e XLPE (polietileno reticulado). O isolamento deve ser do tipo não
propagador de chamas. Basicamente, existem dois tipos de condutores:
• Fios: Um fio condutor é formado por um só fio, com uma secção constante
metálica em que não existe diferença em relação a capacidade de condução
de corrente em instalações residenciais. Devido à sua rigidez é mais fácil de
partir se for dobrado algumas vezes. Por isso só são utilizados em situações
em que não vão ser submetidos a dobragens;
• Cabos: Um cabo condutor é formado por vários fios condutores, entrelaçados,
o que o torna flexível e suportando muitas dobragens sem nunca se quebrar.
Por isso são utilizados na ligação entre duas partes de um circuito que podem
mudar de posição e que estão, por isso, submetidos a esforços de dobragem.
Podemos encontrar cabos elétricos em todos os aparelhos eletrodomésticos,
por exemplo, caso as indústrias façam uso de fios, estes, iriam se romper por
não suportar serem dobrados frequentemente.
133
Aula 10 – Instalações Elétricas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
134
Aula 10 – Instalações Elétricas
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
Além destes casos, existem outros específicos que devem ser pesquisados na norma, pois
variam sua utilização conforme características da edificação.
Toda instalação elétrica deve ser dividida em tantos circuitos quantos forem
necessários. Isto proporciona facilidade de manutenção, inspeção e alimentação a outras
partes da instalação quando do defeito de um circuito.
A mínima potência dos circuitos deve ser de, aproximadamente, 1270 VA (10 A) e a
potência máxima dos circuitos deve ser de cerca de 2540 VA (20 A).
4.7. Recomendações
135
Aula 10 – Instalações Elétricas
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Ba s ea do e a da ptado Ma nua l
Pi rel l i de Ins tla ções , Rodri go
Arruda Fel íci o Ferrei ra . Edi ções
s em prejuízo de conteúdo.
136
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
O sistema de água fria deve ser separado fisicamente de qualquer outras instalações
que conduzam água potável, como, por exemplo, as instalações as instalações de água para
reúso ou de qualidade insatisfatória, desconhecida ou questionável. Os componentes da
instalação não podem transmitir substâncias tóxicas à água ou contaminar a água por meio
de metais pesados.
Uma instalação predial de água fria pode ser alimentada de duas formas: pela rede
pública de abastecimento ou por um sistema privado, quando a primeira não estiver
disponível.
137
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Quando a instalação for alimentada pela rede pública, a entrada de água no prédio
será feita por meio do ramal predial, executado pela concessionária pública responsável
pelo abastecimento, que interliga a rede pública de distribuição de água à instalação
predial.
138
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
Esse sistema tem baixo custo de instalação, porém, se houver qualquer problema que
ocasione a interrupção no fornecimento de água no sistema público, certamente faltará
água na edificação.
Esse sistema é adotado quando a pressão na rede pública é suficiente para alimentar o
reservatório superior. O reservatório interno da edificação ou do conjunto de edificações
alimenta os diversos pontos de consumo por gravidade; portanto, ele deve estar sempre a
uma altura superior a qualquer ponto de consumo.
139
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
É um sistema que demanda alguns cuidados especiais. Além do custo adicional, exige
manutenção periódica. Além disso, caso falte energia elétrica na edificação, ele fica
inoperante, necessitando de gerador alternativo para funcionar.
Esse sistema é o mais usual e mais vantajoso que os demais, pois algumas peças
podem ser alimentadas diretamente pela rede pública, como torneiras externas, tanques
em áreas de serviço ou edícula, situados no pavimento térreo. Nesse caso, como a pressão
na rede pública quase sempre é maior do que a obtida a partir do reservatório superior, os
pontos de utilização de água terão maior pressão.
1.2. Reservatórios
A água da rede pública apresenta uma determinada pressão, que varia ao longo da
rede de distribuição. Dessa maneira, se o reservatório domiciliar ficar a uma altura não
atingida por essa pressão, a rede não terá capacidade de alimentá-lo. Como limite prático, a
altura do reservatório com relação à via pública não deve ser superior a 9 m. Quando o
reservatório não pode ser alimentado diretamente pela rede pública, deve-se utilizar um
sistema de recalque, que é constituído, no mínimo, de dois reservatórios (inferior e
superior). O inferior será alimentado pela rede de distribuição e alimentará o reservatório
superior por meio de um sistema de recalque (conjunto motor e bomba). O superior
alimentará os pontos de consumo por gravidade.
140
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
A temperatura com que a água deve ser fornecida depende do uso a que se destina.
Quando uma mesma instalação deve fornecer água e temperaturas diferentes nos diversos
pontos de consumo, faz-se o resfriamento com um aparelho misturador de água fria ou o
aquecimento com um aquecedor individual no local de utilização.
2.1. Terminologias
141
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Nesta modalidade se produz água quente par um único aparelho ou no máximo, para
aparelhos do mesmo ambiente. São aparelhos localizados no próprio banheiro ou na área
de serviço. Como exemplo pode-se citar o chuveiro elétrico.
Para este sistema não existe a necessidade de uma rede de tubulações para água
quente, visto que os aparelhos estão geralmente nos ambientes em que são utilizados. Os
aquecedores são instantâneos (de passagem).
Este sistema é mais utilizado em edificações de baixa renda, pois o investimento inicial
é baixo. A instalação da rede de água quente aumenta o custo da edificação.
Neste sistema se produz água quente para todos os aparelhos de uma unidade
residencial (casa ou apartamento). Esta modalidade se torna vantajosa em prédios de
142
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
apartamentos onde exista dificuldade de rateio na conta de energia e manutenção, que será
de responsabilidade de cada condômino. O sistema central privado utiliza basicamente os
seguintes tipos de fontes de energia: eletricidade, óleo combustível, gás combustível, lenha
e energia solar.
Para este sistema de aquecimento, deve haver uma prumada de água fria exclusiva,
com dispositivo que evite o retorno da água do interior do aquecedor em direção à coluna
de água, tal como o sifão térmico. Os aquecedores deverão ainda contar com dispositivo
para exaustão dos gases e os ambientes onde os mesmos serão instalados devem obedecer
às normas quanto à adequação de ambientes.
A escolha deste sistema deve levar em conta os fatores financeiros, visto que a
instalação da rede demanda certo investimento inicial. A adequação dos ambientes
também deverá ser levada em consideração, visto que os ambientes necessitam de
ventilação permanente e espaço físico adequado, principalmente no caso de se
adotar aquecedores de acumulação, o que demanda espaço para sua instalação. Em certos
casos, a falta de espaço remete à instalação de aquecedores de passagem. Outro fator
importante na escolha de aquecedores de passagem ou acumulação é o caminhamento da
tubulação. Trechos muito longos proporcionam perdas de temperatura, o que limita a
utilização de um único aquecedor instantâneo. A alimentação de mais de um ponto de
utilização com um único aquecedor de passagem também pode ser deficiente. Um
aquecedor de acumulação, nestes casos, proporcionaria mais conforto ao usuário.
143
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
de acumulação para central privada, o reservatório pode estar situado conjuntamente com
o gerador ou não, dependendo do espaço físico destinado ao aparelho. Assim, pode-se ter o
gerador no pavimento térreo ou subsolo e o reservatório na parte superior da edificação
(cobertura). As dimensões variam conforme o volume contido e alguns fabricantes trazem
recomendações quanto às dimensões das casas de caldeiras para a instalação das mesmas.
3. Instalações Sanitárias
O abastecimento de água para as cidades gera alguns problemas. Toda água irá
transformar-se em esgoto, que deve ser coletado e eliminado depois de tratado, se a
situação local assim recomendar.
Resíduos industriais, dejetos humanos (fezes e urina) e águas servidas, que são
poluídos ou contaminados, compõem o esgoto e podem contaminar as águas dos rios, dos
lagos, dos mares, assim como o solo. Por isso, devem ser afastados rapidamente para locais
onde não afetem a saúde e onde sejam tratados antes de voltar para os rios e mares,
mantendo também a saúde do ambiente.
144
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
3.1. Trajeto
1º - Todo esgoto produzido em nossa casa passa por ralos e vai por tubos até chegar
numa caixa de concreto chamada caixa de inspeção (CI);
2º - O esgoto da pia da cozinha cai na caixa de gordura (CG) antes de chegar à caixa de
inspeção (CI). Na caixa de gordura é feita a separação de gorduras da água. A gordura como
é mais leve que a água, flutua e tem que ser retirada e jogada no lixo;
3º - Da CI, o esgoto passa por tubos de rede pública que podem passar no fundo de sua
casa, no jardim ou na calçada;
4º - Estes tubos (no fundo do lote, jardim ou calçada), são chamados de Ramal
Condominial. Depois de coletado o esgoto de todas as casas do conjunto é interligado a
uma rede de diâmetro maior chamada Rede Pública;
5º - A rede pública coleta os esgotos de outros Ramais Condominiais, e vai
aumentando de diâmetro à medida que aumenta o número de ligações, até se transformar
numa rede bem maior que é chamada de Interceptor;
6º - Todos estes tubos juntos são chamados de Rede Coletora de Esgotos por onde o
esgoto viaja da nossa casa até a Estação de Tratamento de Esgoto, que irá tratar limpando a
água suja e devolvendo ao rio como água tratada.
O esgoto sanitário deverá ser dividido de acordo com o tipo de dejetos que recebe e
contar com sistema de canalização e dispositivos próprios.
145
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Os esgotos prediais são, ou deveriam ser, lançados na rede de esgotos da cidade. Essa rede,
que toda cidade possui ou almeja possuir, pode ser instalada segundo um dos seguintes
sistemas:
146
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
Após passar pelas três etapas, os esgotos tratados estarão em condições de serem
lançados no córrego sem causar problemas de poluição.
4. Drenagem
O projeto de uma edificação tem que prever como vai ficar a drenagem com a mesma
pronta. Isso é fundamental pra retirar a umidade do terreno. E a drenagem tem que fazer
escoar rapidamente a água das chuvas que o empreendimento vai receber na cobertura,
nos pisos do quintal e no jardim. É importante prestar atenção pra não escolher um terreno
num lugar baixo, que possa alagar. Além disso, o terreno pode vir num lençol d’água muito
alto, ou uma camada de argila que não deixa a água penetrar no terreno. Em época de
chuva o sol não tem tempo de secar a terra. Além de você dar um duro pra fazer as
fundações depois da casa pronta, a umidade fica subindo pelo piso e pelas paredes,
estragando a pintura, o revestimento, entre outros.
147
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
As coberturas inclinadas podem ser de vários tipos de acordo com o número de águas
(planos inclinados que apresentam), podem ter uma água, duas águas ou quatro águas. Em
cada uma das coberturas inclinadas, a água da chuva é conduzida naturalmente para os
beirais, e exige um tipo de drenagem. Para drenar a água da cobertura você pode deixar a
água da chuva cair livremente do beiral ou então montar um sistema de calhas e condutores
pra recolher essa água. Esse sistema evita que a água da chuva possa respingar nas paredes
e portas, sujar a pintura, molhar a alvenaria e argamassa, e com o tempo vai esburacando o
chão e até a parede.
Hoje, uma boa solução é o material de PVC. Tanto as calhas quanto os condutores e os
tubos verticais que recebem a água da calha e levam até o chão podem ser executados em
PVC. Eles têm 3 m de comprimento e são fáceis de trabalhar. O material de PVC tem uma
148
Aula 11 – Instalações Hidrosanitárias
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
Após captação das águas dos telhados, é necessário prever o escoamento da água pelo
terreno. O ideal é planejar a drenagem da água pelo terreno de acordo com o sistema usado
para trazê-la da cobertura. Se a água vem do beiral é preciso construir uma canaleta larga
que leve a água pela rua, e é bom preencher a canaleta com pedra britada pra que as
pessoas não caiam ou tropecem.
Ba s ea do e a da ptado de El i ete de
Pi nho Ara ujo, Hél i o Creder, TIGRE.
Edi ções s em prejuízo de
conteúdo.
149
Aula 12 – Esquadrias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
1. Portas
Compõem-se de batente, que é a peça fixada na alvenaria, onde será colocada a folha
por meio de dobradiças. A folha é a parte móvel que veda o vão deixado pelo batente e por
fim a guarnição (ou vista, dependendo da região), que é um acabamento colocado entre o
batente e a alvenaria para esconder as falhas existentes entre o batente e a alvenaria.
1.1. Batente
150
Aula 12 – Esquadrias
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
montados para a obra. Caso venham desmontados a sua montagem deve ser executada por
profissional competente (carpinteiro).
Os batentes devem ficar no prumo e em nível. Para que isso ocorra, podemos proceder
da seguinte maneira:
Utilizando parafusos com bucha dois a dois e de 0,5 em 0,5 m fixa-se os batentes (este
procedimento é feito para evitar o empenamento dos montantes). Para vedar os parafusos
podemos utilizar cavilhas ou massa para calafetar.
151
Aula 12 – Esquadrias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Chama-se vão livre ou vão de luz de um batente, a menor largura no sentido horizontal
e menor altura no sentido vertical. Esta é a medida que aparece nos projetos.
1.2. Folha
É a peça que será colocada no batente por intermédio de, no mínimo, três dobradiças
de 3"x 3 1/2" para as folhas compensadas e quatro dobradiças para as folhas maciças
recebendo posteriormente a fechadura. Podem ser lisas, com almofadas, envidraçadas etc.
152
Aula 12 – Esquadrias
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
1.3. Guarnição
1.4. Ferragens
• Tipo gorge;
• De cilindro;
• De banheiro;
• Para portas de correr.
153
Aula 12 – Esquadrias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
As fechaduras devem ser colocadas sem danificar as folhas, com bom acabamento e
sem deixar folgas quando as folhas estiverem fechadas.
2. Janelas
As janelas sempre devem comunicar o meio interno com o externo, exceto nas
varandas. O modelo da esquadria deve ser adequado ao clima da região e os materiais que
as compõe deverão ser de pouca absorção de calor.
As janelas, mesmo tendo aberturas para passagem do ar, devem ser completamente
estanques à passagem da água. Portando, deverão ser previstos dispositivos que garantam
a estanqueidade à água entre os perfis e partes fixas ou móveis, drenos nos perfis que
compõe a travessa inferior, de forma a permitir que a água escoe e seja lançada para o
exterior.
Nas janelas, caso haja necessidade, poderão ser projetas de forma a promover
isolamento sonoro do ruído externo, utilizando vidros duplos.
2.1. Batentes
Geralmente de peroba com dois montantes e duas travessas; uma superior e outra
inferior; são fixos às alvenarias da mesma forma dos batentes das portas.
154
Aula 12 – Esquadrias
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
2.2. Caixilhos
Os de correr podem ser em nº de quatro, que nesses casos são dois de correr e dois
fixos. Utilizam trilhos metálicos, dois roletes por folha móvel e trincos ou fechaduras. Os
caixilhos guilhotina são nº de dois, inferior e superior. Na posição normal, o inferior é o
caixilho interno e o superior externo. Utilizam dois levantadores e duas borboletas para fixá-
las na posição superior, quando desejamos abri-la. Os caixilhos basculantes já vêm
montados de fábrica, não cabendo nesta maiores detalhes.
2.3. Venezianas
As venezianas de abrir são fixas por dobradiças (3"x3"). Quando fechadas, são
trancadas por cremona, e quando abertas, fixas às paredes por carrancas. Ou através de
roldanas ou roletes nas venezianas de correr.
155
Aula 12 – Esquadrias
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.4. Guarnições
156
Aula 13 – Revestimentos Gerais
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
1. Revestimentos de Paredes
1.1. Argamassados
1.1.1. Chapisco
1.1.2. Emboço
157
Aula 13 – Revestimentos Gerais
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
deve ser maior que 1,5 cm. O emboço é constituído de uma argamassa grossa de cal e areia
no traço 1:3. Usualmente adiciona-se cimento na argamassa do emboço constituindo uma
argamassa mista, em geral nos traços 1/2:1:5; 1:1:6; 1:2:9 (cimento, cal e areia).
158
Aula 13 – Revestimentos Gerais
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
159
Aula 13 – Revestimentos Gerais
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
160
Aula 13 – Revestimentos Gerais
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
1.1.3. Reboco
É a argamassa básica de cal e areia fina, onde a nata de cal (água e cal hidratada)
adicionada em excesso no traço, constitui uma argamassa gorda, que tem a característica
de pequena espessura (na ordem de 2 mm) e de preparar a superfície, com aspecto
agradável, acetinado, com pouca porosidade, para a aplicação de pintura. A aplicação é feita
sobre a superfície do emboço, após 7 dias (sem que tenha sido desempenado) com
desempenadeira de mão, comprimindo-se a massa contra a parede, arrastando de baixo
para cima, dando o acabamento (alisamento) com movimentos circulares tão logo esteja no
ponto, trocando-se de desempenadeira (aço, espuma, feltro) dependendo do acabamento
desejado.
161
Aula 13 – Revestimentos Gerais
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Por se tratar de disciplina específica neste curso, o estudo dos revestimentos cerâmicos será
retomado detalhadamente em outro momento.
1.2.2. Pinturas
Uma casa ou apartamento exigem uma atenção especial quando o assunto é a pintura,
tanto interna quanto externa. Isso, porque é lá que o proprietário (ou locatário) passará boa
parte de seus dias e, na maioria das vezes, ele mesmo não sabe como gostaria de deixar o
162
Aula 13 – Revestimentos Gerais
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
local. Muitas vezes, quem deseja contratar um trabalho de pintura residencial, seja de uma
casa no campo, seja de um apartamento em uma grande metrópole, pensa logo em inovar,
fazer algo criativo e diferenciado que chame a atenção de todos que visitem o local. No
entanto, deve-se tomar muito cuidado com essa postura, pois pode tornar o ambiente
chamativo demais ou até mesmo muito carregado, não caracterizando nenhum estilo em
específico.
Para que a pintura da edificação fique correta, é preciso lixar a parede de forma a tirar
toda e qualquer irregularidade presente. Se possível, use uma lixadeira elétrica, pois as de
papel demandam um esforço bem maior.
Depois, é preciso aplicar massa para corrigir regiões onde metais e madeiras ficaram
expostos por conta do lixamento. Para uma pintura perfeita, o ideal é remover batentes de
janelas e portas, dobradiças, soquetes de lâmpadas dentre outros acessórios que possam
afetar o trabalho. Se não for possível, deve-se se certificar de proteger bem com fita e papel
rodapés e batentes. Além disso, a proteção dos pisos, se já forem os definitivos. Cobrir toda
a superfície, não deixar espaços para que respingos de tinta tomem espaço.
É um produto cerâmico de grês (argila pura de alta vitrificação), produzido com alta
tecnologia, cuja característica principal é ter teor de absorção praticamente 0%. A sua
aplicação requer mão de obra especializada (pastilheiro), cujo assentamento poderá ser
executado por dois métodos: convencional (sobre emboço rústico sarrafeado) ou com
argamassa colante (sobre emboço sarrafeado ou desempenado).
163
Aula 13 – Revestimentos Gerais
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Utilizando rochas naturais, como: arenito, granito, folhelho, gnaisse, pedra mineira, e
outras, as unidades são cortadas ou serradas, constituindo peças irregulares ou regulares,
que são assentadas com argamassa mista de cimento, sobre superfícies chapiscadas,
procedendo-se antecipadamente o chapisco da contra-face na aderência das peças,
também. O serviço de assentamento deve ser executado por pedreiro especializado, com
treinamento na arte do preparo das peças, classificação e montagem dos painéis.
164
Aula 13 – Revestimentos Gerais
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
das medidas da área de revestimento, que gerará o detalhamento de painéis e/ou placas
mais uniformes possíveis, respeitando as disposições das manchas e veios das placas
obtidas dos desdobramentos dos blocos das rochas. Este procedimento resultará em um
projeto de montagem, onde as placas receberão uma numeração sequencial para facilitar o
assentamento.
1.2.7. Madeira
Produtos de alta tecnologia, são pouco usados, mais apresentam grandes vantagens
sobre outros materiais de revestimentos impermeáveis. Destacam-se as chapas de PVC
coloridas e as chapas de Laminado Decorativo de Alta Pressão (LDAP), compostas de
camadas de material fibroso, celulósico (papel, por exemplo), impregnada com resinas
termoestáveis, amínicas (melamínicas) e fenólicas, montadas, prensadas sob condições de
calor e alta pressão, em que as camadas de superfície, em ambos os lados, são decorativas
165
Aula 13 – Revestimentos Gerais
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2. Revestimentos de Pisos
166
Aula 13 – Revestimentos Gerais
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
167
Aula 13 – Revestimentos Gerais
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Os procedimentos a seguir são indicados para o caso de áreas internas sobre lajes com
contrapiso em painéis de 2,0x2,5 m e espessura mínima de 2,0 cm e espessura máxima
dependendo do desnível necessário ou da correção de nível exigida.
168
Aula 13 – Revestimentos Gerais
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
169
Aula 13 – Revestimentos Gerais
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
1 2 3 4 1 2 3 4
8 7 6 5 8 7 6 5
9 10 11 12 9 10 11 12
1 2 3 4 1 2 3 4
8 7 6 5 8 7 6 5
9 10 11 12 9 10 11 12
São pisos indicados para áreas de tráfego de veículos pesados, como pátios de
estacionamento de ônibus, carga e descarga de caminhões, postos de combustíveis (não
utilizar asfalto, pois este reage em contato com óleo diesel). A altura (h) deve ser
dimensionada em função do tipo de uso previsto. Na figura a seguir, é mostrado um perfil
de um piso de concreto armado, sendo o esquema de concretagem pode seguir o sistema
em xadrez, como foi mostrado no item anterior.
170
Aula 13 – Revestimentos Gerais
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
São pavimentos feitos com madeira frisadas (com encaixe tipo macho e fêmea) com
larguras e comprimentos variáveis fixados sobre vigamento ou contrapiso. Geralmente os
de largura de 5 a 8 cm são pregados com a pregação ficando oculta na mecha (encaixe).
Para larguras maiores pode-se usar cola ou pregação aparente ou ainda, parafusos. Veja na
figura a seguir esquemas de fixação de assoalhos de madeira:
171
Aula 13 – Revestimentos Gerais
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Basicamente, utiliza-se uma argamassa mista de cimento com areia média seca no
traço 1:0,5:4 ou 1:0,5:6 sobre o piso regularizado (quando a espessura da argamassa de
assentamento for maior de 3,0cm) ou sendo a própria argamassa de assentamento utilizada
para regularizar e assentar.
172
Aula 13 – Revestimentos Gerais
UNIDADE 3 – INSTALAÇÕES GERAIS
deve ainda fornecer condições para a adaptação de luminárias, alarmes, sprinklers, dutos de
ar condicionado e outras instalações, se necessário. Os tipos de forros mais comumente
utilizados, segundo as características de fixação são: forros colados, forros tarugados e
forros suspensos.
De uma forma mais ampla os revestimentos de tetos podem ser resumidos como
segue:
Ba s ea do e a da ptado de Prof.
Ca rl a n Zel i a n, El ton Doná e Ca rl os
Va rga s (UEPG). Edi ções s em
prejuízo de conteúdo.
173
Aula 14 - Cobertura
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Unidade 4 – Finalização
1. Conceito
Segundo a Morfologia das Estruturas (do Grego: Morfo = Forma, e Lógia = Estudo), as
coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as características de
função e estilo arquitetônico das edificações. As coberturas têm como função principal a
proteção das edificações, contra a ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias,
estéticas e econômicas. Em síntese, as coberturas devem preencher as seguintes condições:
174
Aula 14 - Cobertura
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
2. Tipos de Coberturas
2.1. Naturais
2.1.1. Minerais
São materiais de origem mineral, tais como pedras em lousas (placas), muito utilizadas
na antiguidade (castelos medievais) e mais recentemente apenas com finalidade estética
em superfícies cobertas com acentuada declividade (50% < d >100 %). Atualmente, vem
sendo substituída por materiais similares mais leves e com mesmo efeito arquitetônico
(placas de cimento amianto);
175
Aula 14 - Cobertura
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Podem ser executadas com pequenas tábuas (telhado de tabuinha) ou por tábuas
corridas superpostas ou ainda, em chapas de papelão betumado.
176
Aula 14 - Cobertura
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
2.1.7. Terraços
2.1.8. Telhados
3. Coberturas Planas
A cobertura deve ter inclinação mínima que permita o escoamento das águas das
chuvas e direcioná-las segundo o plano (projeto) de captação dessas águas. As coberturas
horizontais têm inclinação entre 1 a 3% e as consideradas inclinadas tem caimento igual ou
maior de 3%. Quanto à inclinação das coberturas, as mesmas podem ser classificadas em:
177
Aula 14 - Cobertura
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
• Madeira:
✓ Sistema de vigas e arcos treliçados em madeira maciça;
✓ Sistema de vigas e arcos treliçados em madeira colada;
✓ Sistema de treliças tipo tesouras;
✓ Sistema tipo cavalete.
• Metal:
✓ Sistemas de vigas e arcos treliçados;
✓ Sistemas de estruturas especiais (treliças espaciais etc.).
• Concreto Armado:
✓ Sistemas de vigas pré-moldadas;
✓ Sistemas de pórticos;
✓ Sistemas de estruturas especiais integradas.
4. Elementos de Projeto
Devem ser indicados por setas ortogonais aos lados do polígono de cobertura, a
orientação da declividade dos panos. Junto da seta, deve ser especificada a Inclinação
(angulo αº) que o plano de cobertura faz com a horizontal - ou Declividade - tangente
trigonométrica da inclinação, indicada pela letra d (d = h/d = tag α %).
178
Aula 14 - Cobertura
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
É a relação entre a altura máxima da cobertura e o vão. O Ponto varia entre os limites
de 1:2 a 1:8 nos telhados.
179
Aula 14 - Cobertura
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
5. Tipos de Telhados
180
Aula 14 - Cobertura
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
6. Cobrimento ou Telhamento
181
Aula 14 - Cobertura
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
182
Aula 14 - Cobertura
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
183
Aula 14 - Cobertura
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
184
Aula 14 - Cobertura
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
Para orientar a comunicação com o pessoal nas obras a terminologia das peças que
compõem um telhado é a seguinte:
185
Aula 14 - Cobertura
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
São tipos de ligações práticas entre duas peças de madeiras definidas após verificação
das resistências das superfícies de contato ao esmagamento e, às vezes, ao cisalhamento de
um segmento da peça (caso específico dos nós extremos da tesoura).
186
Aula 14 - Cobertura
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
187
Aula 14 - Cobertura
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
188
Aula 14 - Cobertura
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
189
Aula 14 - Cobertura
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
A colocação e fixação dos elementos de captação de água devem ocorrer pouco antes
do arremate final do telhado e o engenheiro deve verificar os seguintes pontos antes de
liberar a continuidade dos trabalhos, pois é prudente evitar retorno de operários sobre a
cobertura para fazer reparos para não causar danos às telhas e acessórios e com isso
provocar infiltrações e goteiras:
190
Aula 14 - Cobertura
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
8. Glossário
191
Aula 14 - Cobertura
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
• Empena, oitão ou frontão - cada uma das duas paredes laterais onde se apoia a
cumeeira nos telhados de duas águas.
• Espigão – interseção inclinada de águas do telhado.
• Frechal – é a componente do telhado, a viga que se assenta sobre o topo da
parede, servindo de apoio à tesoura. Distribui a carga concentrada das tesouras
sobre a parede.
• Platibanda – mureta de arremate do telhado, pode ser na mesma prumada das
paredes ou com beiral.
• Policarbonato - Material sintético, transparente, inquebrável, de alta resistência,
que pode substituir o vidro, proporcionando grande luminosidade.
• Recobrimentos – são os transpasses laterais, inferior e superior que um elemento
de cobrimento (telha) deve ter sobre o seguinte.
• Rincão (água furtada) – canal inclinado formado por duas águas do telhado.
• Ripas – são as peças de madeira de pequena esquadria pregadas sobre os caibros
para servir de apoio para as telhas.
• Tacaniça – é uma água em forma triangular.
• Terças – são as vigas de madeira que sustentam os caibros do telhado,
paralelamente à cumeeira e ao frechal.
• Tirante – é a viga horizontal (tensor) que, nas tesouras, está sujeita aos esforços de
tração.
• Treliça – é a armação formada pelo cruzamento de ripas de madeira. Quando tem
função estrutural, chama-se viga treliça e pode ser de madeira ou metálica.
• Varanda – área coberta ao redor de bangalôs (casas térreas), no prolongamento do
telhado.
192
Aula 15 – Demais Acabamentos
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
Nesta aula serão apresentadas algumas características dos materiais de acabamento finais de
uma edificação e estão vinculados a outros sistemas, tal quais louças, metais, acabamentos
elétricos etc. Também será dada uma noção de paisagismo e desmobilização de canteiro,
tidos como serviços finais antes da entrega do empreendimento.
1. Aparelhos Sanitários
1.1. Louças
Após a locação, deverá ser executada a fixação da peça. Todas as louças deverão ser
fixadas, seja através de chumbamento com argamassa, traço 1:3, seja com a utilização de
parafusos com buchas.
A seguir, deverá ser efetuado o rejuntamento entre a peça e a superfície à qual foi
fixada com a utilização de argamassa de cimento branco, com ou sem a adição de corantes.
Todos os aparelhos serão instalados de forma a permitir a sua fácil limpeza e/ou
substituição.
A bacia sanitária foi criada na Inglaterra no fim do século XIX. Inicialmente chamada de
“water closet”, juntamente com as instalações prediais de água e de esgoto constituíram
um notável avanço tecnológico que possibilitou ao homem deslocar-se do campo para
concentrar-se nos centros urbanos. Os mais velhos devem se lembrar das “casinhas” que
193
Aula 15 – Demais Acabamentos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
ficavam no fundo dos quintais e que abrigavam uma fossa séptica e onde as pessoas iam
para fazer suas necessidades fisiológicas.
Pelo design atual, a bacia sanitária é um recipiente de formato anatômico que contém
um poço de água destinado a receber os resíduos. Estes são removidos por um dispositivo
interno mediante um fluxo de água.
Em termos remoção dos resíduos existem dois tipos básicos de bacia sanitária -- as que
fazem a limpeza por sifonagem e os que funcionam pelo princípio do arraste.
194
Aula 15 – Demais Acabamentos
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
Para que se possa estabelecer e controlar o volume do consumo de água das bacias
sanitárias é necessário que a descarga seja provida de uma caixa de descarga, que por sua
própria natureza só pode liberar volumes de água de acordo com o volume do seu
reservatório. Isto porque é impossível, na prática, controlar o volume de descarga liberado
por válvulas fluxíveis.
• De Embutir: são os tipos mais conhecidos e mais econômicos. São coladas por
baixo da bancada e esta precisa ter um recorte na medida exata da cuba;
• De Apoio: são peças colocadas inteiramente sobre a bancada e precisam
apenas do furo para o escoamento da água. Deve-se atentar às torneiras para
195
Aula 15 – Demais Acabamentos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
este tipo de cuba, pois elas devem ser de parede ou então deve-se adquirir
uma torneira mais alta do que a cuba utilizada. E tenha uma atenção especial
também à altura da bancada que deve ser mais baixa do que o comum;
• De Sobrepor: são bem parecidas com os modelos de embutir, mas ao
contrário delas, são embutidas pelo lado de cima da bancada deixando uma
moldura aparente.
• De Semi-encaixe: são ideais para quem não pode fazer uma bancada com
grande profundidade. Elas são encaixadas apenas pela parte de trás, e a parte
da frente fica para fora da bancada. Para banheiros pequenos não se
esquecer de verificar a abertura da porta, pois caso seja perto da cuba, talvez
se tenha que fazer a troca por uma porta-camarão ou porta de correr em
trilho.
• De Parede: como o nome já diz, são fixadas diretamente na parede sem
precisar de bancada. Mas também podem ter o apoio de bancadas, e neste
caso não precisam de materiais que suportem muito peso já que o peso
estará distribuído na parede.
• De Coluna: também muito tradicionais, são utilizados para esconder a saída
de esgoto que geralmente é de chão. São compostos por 2 peças, sendo uma
o lavatório e a outra, a coluna.
Nas conexões de água deverá ser utilizada a fita veda-rosca. Sua aplicação deverá ser
efetuada com um mínimo de 02 voltas na conexão que possuir a rosca externa, sempre no
mesmo sentido de giro para acoplamento. Nas conexões de esgoto deverá ser utilizado o
anel de borracha, fornecido pelo fabricante da peça, visando a estanqueidade da ligação.
1.2.1. Torneiras
196
Aula 15 – Demais Acabamentos
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
As torneiras com misturadores permitem misturar melhor água quente e fria como se
preferir combinar, afinal, apresentam duplo comando, um de água fria e um de água
quente. As torneiras simples, de um só comando, são aquelas que quanto mais você ligar, a
água ficará mais fria. A torneira e misturador é uma ótima opção para quem dispõe
orçamento. Já o monocomando é uma torneira misturadora de uma só manopla, com dois
sentidos de giro, centralizando em uma só peça as funções de liberação e controle da água
quente e fria.
Torneiras de parede e torneiras de bancada diferem entre si pelo local onde são
fixadas. As torneiras instaladas na parede ficam com o sifão embutido, liberando espaço no
gabinete sob a pia. Por outro lado, o fato de ser embutido faz com que a manutenção seja
mais complicada, pois em caso de vazamento é preciso quebrar a parede para consertar. O
importante é lembrar que a escolha entre as torneiras de parede ou de bancada deverá ser
feita antes da execução dos pontos de hidráulica, já que as alturas são diferentes nas duas
situações.
1.2.2. Acessórios
197
Aula 15 – Demais Acabamentos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2. Paisagismo
Faz-se necessário, em um fim de obra, o aprendizado das noções básicas para a que
seja proporcionado ao profissional competente (geralmente arquiteto ou paisagista) as
condições necessárias para implantação do projeto de paisagismo. Ao fim da obra,
dependendo de seu porte, é muito comum que os solos estejam muito contaminados com
caliças, argamassas, entulho, cimento e outros tipos de impurezas que não são ideais para o
cultivo de plantas. Geralmente, nesta etapa, para as áreas em que serão feitas alterações
paisagísticas, uma camada de aproximadamente 15 cm é removida a fim de se eliminar este
problema e um novo solo é implementado.
2.1. Plantas
Como forrações temos o grupo das herbáceas (p. ex. gramas), algumas cactáceas,
aquáticas e algumas filícias.
198
Aula 15 – Demais Acabamentos
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
199
Aula 15 – Demais Acabamentos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2.2. Solos
2.2.1. PH
200
Aula 15 – Demais Acabamentos
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
3. Desmobilização de Canteiro
201
Aula 15 – Demais Acabamentos
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
será reutilizado em outro canteiro (expurgo) deverá ser destinado para local
apropriado, conforme previsão das normas para resíduos;
• Desativação e remoção do sistema de abastecimento de água e do sistema de
esgotamento sanitário do canteiro de obras: as instalações hidráulicas
provisórias para funcionamento do canteiro também deverão ser removidas
e/ou desabilitadas;
• Demolição e remoção das vias internas do canteiro de obras: todo e qualquer
trajeto logístico não constante em projeto deverá ser recuperado a fim de que
atenda as especificações finais de empreendimento;
• Demolição e remoção do sistema de iluminação: assim como as instalações
hidráulicas, as instalações elétricas provisórias deverão ser desabilitadas e
removidas;
• Recuperação de áreas degradadas: não deve-se existir vestígios de que o local
já foi um canteiro de obras, ou seja, as áreas degradadas deverão ser
recuperadas e entregues conforme observações de contratação;
• Limpeza final da área: remoção de todo e qualquer tipo de material
construtivo e de construção que denigra o aspecto de obra finalizada.
Ba s ea do e a da ptado de Prof.
Wa l nyce de Ol i vei ra Sca l i s e, DECA
e Pol a ri s Cons ul tori a . Edi ções
s em prejuízo de conteúdo.
202
Aula 16 – Sistema de Gestão da Qualidade
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
As normas ISO Série 9000 procuram analisar o conceito qualidade de forma sistêmica
considerando as interfaces presentes nas empresas desde a definição da ideia até a
concretização do produto, considerando ainda os fatores materiais (insumos básicos,
equipamentos, processos); humanos (treinamento, remuneração, motivação) e gerenciais
(responsabilidades, custos, comunicação etc.) que nelas interferem.
203
Aula 16 – Sistema de Gestão da Qualidade
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
Ademais, as normas série ISO 9000 são guias gerenciais que destacam as práticas
organizacionais, do planejamento e das técnicas de controle da qualidade de produto ou
serviço. A denominação certificação de sistemas da ISO 9000 nas empresas compreende:
Todos esses recursos técnicos e visão sistêmica oferecidos pelo Sistema da Qualidade,
baseados na norma ISO 9000, contribuem para a organização e gerenciamento das
empresas de construção civil. Atualmente programas nacionais como QUALIHAB E PBQP-H
fundamentam-se em princípios de qualidade do Sistema ISO 9000.
2. Sistema PBQP-h
204
Aula 16 – Sistema de Gestão da Qualidade
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Uma observação importante é que o sistema “controla” por meio de fiscalização das
contratantes públicas a quase totalidade de serviços de uma obra. A partir dos prazos
estabelecidos nos acordos, é exigido o atestado de qualificação do PBQP-H das empresas
que se habilitarem a obter créditos para construção habitacional junto à Caixa Econômica
Federal – CEF. A CEF considera que a adaptação das empresas ao Programa desencadeia
custos com capacitação de mão-de-obra, treinamento, acesso a programas de qualidade,
projetos e materiais podendo demandar máquinas e equipamentos para se capacitarem a
operar com maior produtividade, com redução de custos ou com substancial melhoria de
qualidade.
205
Aula 16 – Sistema de Gestão da Qualidade
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
Processo é “uma série sistemática de ações dirigidas à realização de uma meta.” Essa
definição genérica cobre vários tipos de processos:
206
Aula 16 – Sistema de Gestão da Qualidade
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
Os critérios para um processo ocorrer são a orientação para metas; o caráter sistêmico
que representa a interligação das atividades de forma coerente; a capacidade, isto é, o
resultado final do processo é capaz de atingir as metas para ele estabelecidas nas condições
operacionais; e a legitimidade evoluindo através de canais autorizados com aprovações das
pessoas as quais foram delegadas as responsabilidades associadas a ele.
207
Aula 16 – Sistema de Gestão da Qualidade
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
Após esta introdução básica, o tema voltará com maior profundidade nas “Ferramentas de
Controle de Qualidade” e demais assuntos, que serão melhores estudados na disciplina
Planejamento e Gestão de Obras.
Ba s ea do e a da ptado de Thoma z
(1993), Va rga s (1997), Souza (1996),
Jura n (1997) e Pra do (2002) .
Edi ções s em prejuízo de
conteúdo.
208
Aula 17 – Documentação de Fim de Obra
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
1. Roteiro
O modelo aqui proposto pretende ajudar os gestores de obras a finalizar de uma forma
mais ampla e previdente, a maioria das obras de edificação, minimizando os problemas
legais, quebra de prazos contratuais ou de documentação, posicionamento no
relacionamento com seus clientes (diretos e indiretos) e evitar possíveis prejuízos
financeiros em decorrência do não cumprimento de algumas das etapas que serão aqui
citadas. Obviamente é um texto genérico, que tem roteiro baseado na velocidade de
trâmite das localidades em que os dados foram levantados e, portanto, pode alterar de
cidade para cidade. É recomendável que as informações aqui contidas sejam utilizadas
como suporte ou direcionamento, conferindo-se empiricamente os prazos, principalmente
os mais curtos, para que não haja comprometimento de resultados em uma situação real de
entrega de obra.
1.1. Habite-se
Os parâmetros legais para conclusão de uma obra têm, como ponto culminante, a
solicitação de alvará de habite-se, que é emitido pela Prefeitura Municipal. O alvará de
habite-se, concedido pela Prefeitura, pode ser solicitado através de requerimento
elaborado pelo representante legal do empreendimento, dentro do prazo de validade do
alvará de licença, tendo em mãos os seguintes documentos: petição comunicando a
conclusão da obra, cópia do alvará de licença, anuência do autor quanto à observância do
seu projeto aprovado, prova de quitação do imposto territorial urbano, escritura registrada
do terreno e documentos de anuência das concessionárias de serviço publico (podendo
209
Aula 17 – Documentação de Fim de Obra
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
210
Aula 17 – Documentação de Fim de Obra
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
• Construção e reforma;
• Mudança da ocupação ou uso;
• Ampliação da área construída;
• Regularização das edificações e áreas de risco;
• Construções provisórias (circos, eventos, etc.).
A previdência social fará um cálculo (ARO) do valor dos recolhimentos totais da obra
tendo como base o CUB (Custo Unitário Básico), fornecido pelo SINDUSCON (Sindicato da
Indústria da Construção Civil). Se o valor calculado for igual ou superior a 70% do
recolhimento a certidão negativa será fornecida. No caso de valores inferiores, a parte
interessada, pode recorrer junto a fiscalização com a demonstração da contabilidade da
obra ou optar pôr pagar a diferença do cálculo estabelecido pelo INSS.
O prazo de validade da CND será de 90 dias contados a partir data de sua emissão. O
seu pedido deverá ser feito pela Internet, nas agências da previdência social ou através do
previfone, com fornecimento pelo próprio interessado, do numero de CNPJ (Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica), CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CEI da referida obra. Será
necessária a solicitação da sua baixa (cancelamento) junto ao INSS, para que não haja
problemas no futuro.
1.4. Averbação
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Aula 17 – Documentação de Fim de Obra
UNIDADE 4 – FINALIZAÇÃO
1.5. Escritura
O proprietário deverá lavrar sua escritura de valor declarado (compra e venda) para
validar sua propriedade; para isso deverá providenciar os seguintes documentos:
qualificação das partes (CPF, identidade, dados pessoais) ou promessa de compra e venda
entre as partes; certidão de quitação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano);
certidão do distribuidor do foro (em nome do vendedor); certidão da justiça federal (em
nome do vendedor); certidão da justiça do trabalho (em nome do vendedor); declaração do
síndico (com firma reconhecida) que o condomínio está quitado; guia do ITIV (Imposto de
Transmissão Intervivos). A escritura pronta deverá ser registrada no cartório de registro de
imóveis no qual está inscrito, passando a ter validade como documento.
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INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO
2. Clientes Indiretos
Podem ocorrer dois tipos de Clientes Indiretos, que são os Clientes Indiretos Externos e
os Clientes Indiretos Internos.
Os Clientes Indiretos Externos são aqueles que estão atrelados em relação direta com
o contratante dos serviços. Podemos citar como exemplo Obras Públicas financiadas e/ou
contratadas por agente do governo (CEF – Caixa Econômica Federal) que contratam as
construtoras para a realização da obra e depois administram os seus clientes finais ( Ex.:
Obras Minha Casa Minha Vida, gerido pela CEF ); esse arrendatário seria para a construtora
o Cliente Indireto Externo, pois haverá a relação de Assistência Técnica no pós-entrega da
obra entre a construtora e o arrendatário através do agente financiador do Governo, essa
mesma relação se aplica a obra públicas tipo Hospitais, Parques, etc.
Vamos nos concentrar nos Clientes Indiretos Internos, que seriam na verdade os
Diretores e Acionistas da empresa. Para esta análise é preciso primeiro criar as ferramentas
de controle dos empreendimentos, para que assim possam ser acompanhados os resultados
financeiros das obras, gerar estratégias de Marketing promocional (vendas, financiamentos,
facilidades, etc.) para o antes e depois da obra, visando novos lançamentos, sem esquecer é
claro do nível de qualidade de execução da obra.
Todo processo passa pelo Planejamento Inicial, onde serão definidas todas as regras e
especificações da obra, objetivos, métodos, cronogramas, equipes e responsabilidades.
Desse plano maior podemos extrair algumas ferramentas que podem ajudar no controle e
acompanhamento de qualidade, prazo e resultado financeiro, respectivamente o SAR -
Sistema de Avaliação de Qualidade, Curva "S" e Balancete Mensal, com os indicadores
gerados a partir daí os diretores / acionistas poderão tomar atitudes gerencias com maior
rapidez e menos risco, evitando possíveis prejuízos e/ou aumentando lucros. Outro ponto
de influência que esses indicadores podem exercer está na consolidação da marca da
empresa no mercado imobiliário, visto que quanto mais eficaz o obra se torna através de
seus controles e medidas, mais clientes finais satisfeitos serão atraídos.
3. Desmobilização
Como visto na Aula 16, para retratar esse assunto devemos lembrar que a
Desmobilização de um Empreendimento começa antes mesmo da limpeza do terreno, pois
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Existem alguns tipos de desmobilização que podem ser considerados como parte
integrante das obras, mais vamos nos ater aqui a três tipos deles:
Essas medidas quando aplicadas nas empresas e com o tempo se tornem filosofia na
gestão dos materiais, visam auxiliar os responsáveis pela obra (engenheiros, equipes,
diretores), no pós-entrega das obras evitando passivos financeiros (alugueis) ou situações
desagradáveis com o cliente final, pois o que ocorre com grande facilidade nos canteiros de
obra é a improvisação no trato dos diversos materiais que entram e saem, como os restos
de equipamentos danificados que são guardados e os entulhos em áreas ditas "perdidas"
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nas garagens, ou terrenos baldios vizinhos, que podem vir acarretar multas, custo para
retirada com a obra pronta e consequentemente insatisfação do Cliente.
4. Entrega de Obra
• Entrega técnica;
• Entrega oficial das chaves;
Para verificar esta situação, começou-se com a aferição dos serviços (medição)
executados que devem obedecer rigorosamente o que está definido na instrução de serviço
constante no manual de qualidade da empresa e no plano de qualidade da obra,
independentemente de a empresa trabalhar com mão de obra terceirizada ou do seu
próprio quadro de operários, essa aferição no campo é de vital importância para o
acompanhamento dos serviços, sua qualidade e o cumprimento de metas e prazos.
A vistoria interna, que também faz parte do plano de qualidade da obra, contém a
relação de todos os cômodos da unidade e também dos serviços executados nos mesmos,
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com a pergunta conforme ou não conforme e um espaço para colocar algum tipo de
observação, feita esta vistoria, este documento retorna para a equipe de produção para
fazer as correções necessárias junto aos responsáveis pela unidade. Feitas as correções, o
documento volta para o vistoriador para última verificação, e se tudo estiver atendido a
contento, dá como pronta a unidade.
O próximo passo é convidar o proprietário para receber a unidade, para isto existe
outro documento específico que deverá ser preenchido e assinado durante a visita do
proprietário. No caso da existência de alguma não conformidade relatada na vistoria, será
feita a correção e remarcada outra visita para efetuar a segunda vistoria e assim até a
entrega técnica da unidade.
A entrega oficial das chaves, feita pelo setor de incorporação da empresa somente
acontece após a entrega técnica. Para se proceder a entrega oficial é necessário que o
cliente esteja rigorosamente em dia com as obrigações financeiras frente à empresa, e
assinar os documentos necessários para este fim.
Neste tipo de obra existem as vistorias internas durante o decorrer da obra feita por
um fiscal residente ou que acompanha a obra com visitas periódicas, solicitando a correção
de todos os serviços não conformes. Isso se dá através de formulário especifico que pode
sofrer variações de órgão para órgão fiscalizador.
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Pode-se citar que é uma prática comum em quase todas as construtoras, cada qual
com seus formulários e procedimentos na hora da vistoria, mas vale aqui ressaltar alguns
itens que são indispensáveis para atender a entrega destas áreas.
A comissão deve ser orientada num formulário a verificar alguns itens e documentos
que a maioria das pessoas leigas em construção desconhece. Como exemplo pode-se citar:
Após serem feitas as vistorias internas pela empresa e no momento em que for
terminada a obra, será feita a vistoria da área comum com o cliente externo (síndico e/ou
seus representantes), utilizando-se o Termo de Vistoria das Áreas Comuns verificando se as
especificações constantes no memorial descritivo foram atendidas, e se há vícios aparentes
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Ba s ea do e a da ptado de Hugo
Sa ntos , Joã o Pedro Sa ntos , Pa bl o
Cos ta e Sol a nge Nei va . Edi ções
s em prejuízo de conteúdo.
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