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CER

CENTRO DE REABILITAÇÃO
SENSORIAL E MOTORA
UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
ARQUITETURA E URBANISMO

ROQUE SOUZA LIMA

CENTRO DE REABILITAÇÃO
SENSORIAL E MOTORA

LAURO DE FREITAS | BA

2022.2
ROQUE SOUZA LIMA

CENTRO DE REABILITAÇÃO
SENSORIAL E MOTORA

Trabalho apresentado por Roque Souza Lima a disciplina de introdução ao TFG, sob

orientação do professor Igor Catunda Gondim, faculdade UNIME - União Metropolitana de

Educação e Cultura, apresentado como requisito a obtenção de nota de 2022.2

LAURO DE FREITAS | BA

2022.2
UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
ARQUITETURA E URBANISMO

CER

ROQUE SOUZA LIMA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e

Urbanismo da Faculdade Unime - União Metropolitana de Educação e

Cultura como parte dos requisitos para conclusão do curso.

APROVADO EM: _____________________

BANCA EXAMINADORA

Professor Igor Catunda Professor(a) convidado(a)


Orientador
União Metropolitana de Educação e Cultura

Arquiteto(a) convidado(a)
Não acredito que se possa ensinar arquitetura, só se pode

inspirar aos outros


-Zaha Hadid.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus, e ao Universo, onde veio minha força, paciência e

a
sabedoria para desenvolver e finalizar esse trabalho.

paciênci
obrigado
Aos meus pais, Ivone Lima e Roque Lima, por todo apoio durante esse processo,
por estarem ao meu lado nos momentos mais difíceis.

Aos meus amigos por terem calma comigo, sei que foi um pouco dificil para
vocês me aguentarem.

Agradeço a oportunidade que a faculdade me trouxe em conhecer pessoas


maravilhosas, que me ajudaram a enfrentar essa jornada com alegria e força.

Aos professores da Unime, por todos os ensinamentos ao do curso, a professora


Cristina, por toda ajuda inicial e esclarecimentos. Ao professor Igor pela

momentos
orientação essencial e aos professores Antônio Carlos, Cristhian, Simone, minha
querida Estela Maria e a Daniele Rodrigues, obrigado por tudo!

E SOLIMA
universo ROQU

alegria
CENTRO DE REABILITAÇÃO SENSORIAL E MOTORA
ROQUE SOUZA LIMA

RESUMO ABSTRACT
O número de pessoas com deficiência está aumentando a The number of people with disabilities is increasing every
cada ano, seja devido ao nascimento, doenças ou year, whether due to birth, illness, or accidents.
acidentes. A reabilitação é uma das ferramentas mais Rehabilitation is one of the most effective tools for the
eficazes para a integração e reintegração de uma pessoa integration and reintegration of a person with disability into
com deficiência ou mobilidade reduzida na sociedade, que society, which helps restore their reduced functions and
ajuda a restabelecer suas funções reduzidas e ajuda a helps improve their quality of life, highlighting the
melhorar sua qualidade de vida, ressaltando a importância importance of seeking to remove barriers so that the
de buscar remover barreiras para que a pessoa com person with disabilities can achieve their goals.
deficiência possa alcançar seus objetivos. The present Final Paper in Architecture and Urbanism at
O presente Trabalho de Conclusão de Curso de Unime Lauro de Freitas, made theoretical and projectual
Arquitetura e Urbanismo da Unime Lauro de Freitas, feito contextualization about the theme Sensorial and Motor
contextualização teórica e projetual sobre o tema Rehabilitation, through articles reading, research and case
Reabilitação Sensorial e Motora, através de leitura de study. Analyzing its history and functionality, a projectual
artigos, pesquisas e estudo de caso. Analisando seu party of a Sensorial and Motor Rehabilitation Clinical
histórico e funcionalidade, foi elaborado um partido Center was elaborated for the city of Lauro de Freitas-BA.
projetual de um Centro Clinico de Reabilitação Sensorial e With the objective of covering the demands and creating a
Motora para a cidade de Lauro de Freitas-BA. Com objetivo functional and comfortable space for people in
de abranger as demandas e criar um espaço funcional e rehabilitation process. Based on three main topics: health,
confortável para pessoas em processo de reabilitação. humanization and leisure, the project seeks to create an
Com a base em três tópicos principal: saúde, humanização integration of the disabled and provide accessible,
e lazer, o projeto busca criar uma integração do deficiente humanized and visually beautiful environments.
e proporcionar ambientes acessíveis, humanizados e
visualmente bonitos. KEY WORDS: rehabilitation, social interaction, integration,
architecture, humanization
PALAVRAS-CHAVE: reabilitação, interação social,
integração, arquitetura, humanização
03 OBJETO
SUMÁRIO
SUMÁRIO 37
38
39
3.1- OBJETO
3.2- ARQUITETURA HOSPITALAR
3.3- ARQUITETURA HUMANIZADA
41 3.4- LINHA DO TEMPO
42 3.5- LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

01 INTRODUÇÃO
16 1.1- SÁUDE
17 1.2-SAÚDE COLETIVA X SAÚDE PÚBLICA
18 1.3- SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
21 1.4- O SUS
22 1.5- SAÚDE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
24 1.6-PANORAMA GERAL
25 1.7-TIPOS DE DEFICIÊNCIAS

04 ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

02 REABILITAÇÃO
45 4,1 -LOCALIZAÇÃO
46 4.2- EVOLUÇÃO URBANA
47 4.3-EQUIPAMENTOS AFINS
48 4.4- SISTEMA VIÁRIO E MOBILIDADE
29 2.1- REABILITAÇÃO 49 4.5- ACESSIBILIDADE
31 2.2-LINHA DO TEMPO 50 4.6- USO DO SOLO
32 2.3- INTERDISCIPLINARIDADE 51 4.7- GABARITO DE ALTURA
52 4.8-CHEIOS E VAZIOS
53 4.9- ÁREAS VERDES
54 4.10- INFRAESTRUTURA URBANA
07 OBJETIVOS
SUMÁRIO
SUMÁRIO 69 7.1-OBJETIVOS| GERAIS E ESPECÍFICOS

05 O SÍTIO
06 JUSTIFICATIVA
57 5.1- ÁREAS VERDES NO TERRENO
58 5.2- TOPOGRAFIA DO TERRENO
59 5.3- LEGISLAÇÃO DO TERRENO
60 5.4- ESTUDOS CLIMÁTICOS | INSOLEJAMENTO
61 5.5-ESTUDOS CLIMÁTICOS | VENTOS 6.1-JUSTIFICATIVA
64
64 6.2- DEMANDA
65 6.3- DADOS DA PESQUISA
67 6.4- PROBLEMATIZAÇÃO

08 REFERÊNCIAS PROJETUAIS
74 8.1- INSTITUTO DE REABILITAÇÃO DR. ANSELMO MARINI (IMRVL)
77 8.2-CENTRO INTERNACIONAL SARAH DE NEURORREABILITAÇÃO E NEUROCIÊNCIAS
81
8.3-CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA
SUMÁRIO
SUMÁRIO

09 PROCESSO PROJETUAL
85 9.1- CONCEITO E PARTIDO
86 9.2-PROGRAMA DE NECESSIDADES
87 9.3- PROGRAMA DE NECESSIDADES /PRÉ DIMENSIONAMENTO
89 9.4-FLUXOGRAMA
89 9.5- PROCESSO CRIATIVO
90
96 9.6- PROJETO ARQUITETÔNICO

10 REFERÊNCIAS
110 Referências

APRESENTAÇÃO
01
01

INTRODUÇÃO

1.1- SÁUDE
1.2-SAÚDE COLETIVA X SAÚDE PÚBLICA
1.3- SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
1.4- O SUS
1.5- SAÚDE PARA PESSOAS COM DEFICIENCIA
1.6-PANORAMA GERAL
1.7-TIPOS DE DEFICIÊNCIAS
TEMA
TEMA
TEMA

SAÚDE
O que significa ter saúde?

No ano de 1978 na cidade de Alma Ata (URSS) houve uma


conferência onde a OMS apresentava as necessidades de que os
governantes incentivassem e estabelecessem os cuidados
primários da saúde. Com o resultado houve a afirmação de que a
saúde é um direito fundamental e para que todos tenham esse
acesso é preciso um engajamento dos setores que abrangem a
alimentação, moradia, segurança física e ambiental, educação e
emprego.
Dessa forma, a saúde ganha um novo significado, deixa de ser
apenas sobre a ausência de doenças e passa a englobar outros
fatores, sendo um estado de bem-estar físico, mental e social.

Significado da palavra SAÚDE: substantivo feminino

Estado do organismo que está em equilíbrio com o ambiente,


mantendo as condições necessárias para dar continuidade à vida.
Estado habitual de equilíbrio mental, físico e psicológico.
Condição de são, de quem está saudável: boa saúde.
Demonstração de força; vigor, robustez. (Dicio.com.br)

Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde - Alma-Ata, 1978


Fonte: opas.org.br

16
SUBTEMA

SAÚDE COLETIVA X SAÚDE PÚBLICA

A Saúde coletiva e pública são totalmente diferentes, a saúde


pública está ligada diretamente ao atendimento médico, já á SAÚDE PÚBLICA
saúde coletiva está ligada em campanhas multidisciplinar, sobre
A Saúde pública está para a saúde da população, ou condições
prevenções de doenças.
de saúde de grupos populares, os serviços de saúde que está
SAÚDE COLETIVA ligada a saúde pública, em diferentes níveis de complexidades,
dizem respeito ao diagnóstico até o tratamento de doenças. A
Na lei 8.080/90 faz a regulamentação de ações e serviços de mesma é um conjunto de medidas executadas pelo Estado que
saúde, a saúde coletiva está ligada as ações de saúde. De acordo garante a saúde da população. No Brasil, a saúde pública está
com o Art. 5º são objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS): a prevista no artigo 196 como um dever do Estado e no artigo 6
assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, como um direito social, ou seja, um direito que deve assegurar a
proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das prática dos direitos.
ações assistenciais e das atividades preventivas.

“A Saúde Coletiva pode ser considerada como um campo


de conhecimento de natureza interdisciplinar cujas
disciplinas básicas são a epidemiologia, o
planejamento/administração de saúde e as ciências sociais
em saúde” (Paim; Almeida Filho, 2000, p. 63).

17
SUBTEMA

SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL


Como se sabe os povos indígenas já habitavam o pais bem O acesso a saúde era determinado pela classe social. Os ricos
antes dos europeus chegarem no brasil. Os povos indígenas já tinham acesso aos médicos, enquanto os pobres, indígenas e
tinham as suas doenças e enfermidades, que já era terrível, mas escravos não tinham nenhuma atenção médica, ou dava a sorte
com a colonização portuguesa as doenças e enfermidades de ter um atendimento por precário pelas entidades de
piorou. Doenças comuns na Europa, que não existiam no Brasil, assistência médicas, como As Santas Casas de Misericórdia.
acabaram sendo trazidas. O problema todo era que os indígenas Em 1822, D. Pedro II declara a independência brasileira com
não tinham imunidade para aquelas novas doenças, e com relação a Portugal bradando: “Independência ou morte! ”.
consequência houve muita morte. Relacionando o bordão com a saúde pública, pode-se dizer que
houve avanços durante o período imperial – de acordo com o Dr.
Dráuzio Varella.
Após a Independência do Brasil, D. Pedro II criou-se órgãos
para controlar a saúde pública, como melhoria da qualidade de
vida e evitar epidemias, principalmente na nova capital brasileira,
Rio de Janeiro. A higienização sanitária ocorreu por contas das
endemias de febre amarela, peste bubônica, malária e varíola,
doenças associadas à falta de saneamento básico e de higiene.

Aquarela de Jean Baptiste Debret de 1826 mostra cirurgião negro


colocando ventosas em outros negros.

18
Plano Viver sem Limite
Com o fim da escravidão em 1888, e a exportação de café, a
Saúde surgiu mais forte como prioridade do governo no Brasil,
entre 1900 e 1920. Trazendo consigo melhorias nas condições
sanitárias, que se entendia como a nascente do controle das DECRETO Nº 7.612 DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011.

endemias e do saneamento dos portos e dos meios urbanos. Foi lançado pela presidente Dilma Rousseff, e tem o objetivo
Melhores condições sanitária significava uma garantia de promover e intensificar ações e programas que beneficiem
sucesso da política atual, que se tornava atração para pessoas com deficiência.
trabalhadores estrangeiros. Os médicos sanitaristas comandaram
as campanhas de saúde, sendo em destaque o Dr Oswaldo Cruz,
PLANO NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM
que enfrentou revoltas populares na defesa da vacinação contra a
DEFICIÊNCIA
varíola, que até então era obrigatória.

Rede de cuidados á pessoa com deficiência.


Anos após, a Constituição Federal de 1988 foi o primeiro
documento a colocar o direito à saúde definitivamente no
ordenamento jurídico brasileiro. A saúde então passa a ser um PORTARIA Nº 793, DE 24 DE ABRIL DE 2012.

direito do cidadão e um dever do Estado. A Secretária de Estado de Saúde instituiu a Rede de Cuidados à
O governo federal instituiu várias diretrizes e decretos, em Pessoa com Deficiência, por meio da criação, ampliação e
função ao comprometimento do Brasil com o cumprimento das articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com
prerrogativas da ONU (Organização das Nações Unidas), em deficiência temporária ou permanente progressiva, regressiva, ou
relação aos direitos das pessoas com deficiência. estável, intermitente ou contínua, no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS),
Existe alguns decretos, como:
O cumprimento das metas relacionadas às ações da Rede de
PLANO NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM Cuidados à Pessoa com Deficiência será acompanhado de acordo
DEFICIÊNCIA com o Plano de Ação Regional e dos Planos de Ação Municipais.

19
No CAPÍTULO II III - CER composto por quatro ou mais serviços de reabilitação
DOS COMPONENTES DA REDE DE CUIDADOS À PESSOA habilitados - CER IV.
COM DEFICIÊNCIA
PORTARIA Nº 835, DE 25 DE ABRIL DE 2012
Na seção II
Do Componente Atenção Especializada em Reabilitação Institui incentivos financeiros de investimento e de custeio para
Auditiva, Física, Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas o Componente Atenção Especializada da Rede de Cuidados à
Deficiências Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde
Art. 14. O componente Atenção Especializada em Reabilitação (SUS).
Auditiva, Física, Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas I - Para o CER: construção de Centro Especializado em
Deficiências contará com os seguintes pontos de atenção: Reabilitação
I - Estabelecimentos de saúde habilitados em apenas um Serviço a) prontuário único para cada paciente, contendo as informações
de Reabilitação; completas do quadro clínico e sua evolução;
II - Centros Especializados em Reabilitação (CER); e b) condução da atenção aos usuários conforme diretrizes
III - Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). estabelecidas por instrutivos a serem disponibilizadas no sítio
Subseção II eletrônico http://www.saude.gov.br/sas;
Dos Centros Especializados em Reabilitação (CER) c) estrutura física e funcional e de equipe multiprofissional
Art. 19. O CER é um ponto de atenção ambulatorial devidamente qualificada capacitada para a prestação de
especializada em reabilitação que realiza diagnóstico, assistência especializada para pessoas com deficiência,
tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia constituindo-se como referência em habilitação/reabilitação,
assistiva, constituindo-se em referência para a rede de atenção à d) equipe mínima composta por:
saúde no território, e poderá ser organizado das seguintes 1) médico;
formas: 2) fisioterapeuta;
I - CER composto por dois serviços de reabilitação habilitados - 3) fonoaudiólogo;
CER II; 4) terapeuta ocupacional;
II - CER composto por três serviços de reabilitação habilitados - 5) assistente social; e
CER III; e 6) enfermeiro.

20
SUBTEMA

O SUS
De acordo com o Dr Dráuzio Varella os brasileiros não O SUS foi e é uma grande conquista para a população sendo
conhecem o sus, não sabem onde ele começa e onde ele reconhecida com um dos melhores do mundo e usado como
termina. “Os brasileiros não sabem o que é o SUS”, afirma referência em muitos países. Contudo, todos os sistemas de
Dráuzio Varella no Roda Viva, 2020. saúde têm seus problemas, nenhum é perfeito. As
desconformidades regionais, num país de dimensões grandes
Mas o que é o sus? como o Brasil, com sua cultura multifacetada e uma tradição de
administração pública autoritária e centralizadora, não
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado no país em 1953, permitiram ainda um funcionamento adequado do sistema.
nas primeiras conferências sobre a saúde público no Brasil, com A saúde pública sofre diversos desafios como falta de médicos,
o objetivo de oferecer a qualquer cidadão brasileiro acesso falta de leitos, grande espera para o atendimento. Para o doutor,
totalmente gratuito a serviços de saúde. Em 1988 traz á saúde os impasses de atendimento que afetam o sistema público de
como um direito a todo cidadão e dever do Estado oferecer. saúde estão relacionados às falhas em outros processos, processo
primários, como a estratégia saúde da família, que deveriam
O que é um sistema de saúde? impedir que a pessoa necessitasse ir ao pronto-socorro.
A atenção Básica desempenha um papel de garantia a saúde
Podemos dizer que um sistema de saúde são empresas e básica com qualidade para a população, por ser o contato
trabalhadores cuja a função tem como objetivo principal garantir preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro
a saúde para todos. Essas empresas podem ser públicas, privadas, integrador de toda a Rede de Atenção à Saúde (Magalhães
governamentais ou não, que tem a finalidade de proteger, Junior, 2014).
recuperar e reabilitar a saúde das pessoas.

Antônio Drauzio Varella é um médico oncologista, cientista e


escritor brasileiro

21
SUBTEMA

SAÚDE PARA PESSOAS COM DEFICIENCIA São diretrizes da Política Nacional de Saúde da pessoa com
deficiência: Prevenção de deficiência; assistência integral à saúde
da pessoa com deficiência; capacitação de recursos humanos.
Entrando no contexto histórico, gradativamente, pessoas com
De acordo com o Ministério de Saúde, pessoas com deficiência
algumas doenças ou deficiência, física, sensorial ou cognitiva
são as que tem algum impedimento de médio ou longo prazo, de
eram tratadas de formas diferentes mediante ao país, cultura e
natureza física, intelectual ou sensorial. Como qualquer pessoa,
período. Um bom exemplo foi durante o século XX, na época do
as pessoas com deficiência têm o direito à saúde pública, quando
nazismo, pessoas com deficiência forma submetidas a
necessitarem de cuidados.
experiências científicas na Alemanha. O neurocirgião austríaco
A conquista de direitos pelas pessoas com deficiência é recente
Ludwig Guttman, em 1945, teve um olhar diferente com essas
e pode ser dividida em duas fases distintas. Inicia-se pelo
pessoas, e começou um trabalho de reabilitação, através da
envolvimento e condução do processo pelas famílias e por
prática de esportes, principalmente com os veteranos da
profissionais dedicados ao atendimento e, posteriormente, pela
Segunda Guerra. O mesmo acreditava que através do esporte era
participação das próprias pessoas com deficiência, apoiadas por
possível não apenas trazer benefícios ao corpo, mas também á
familiares. Nesses momentos predomina a atuação das
autoestima dos deficientes físicos.
associações da sociedade civil que lutam por espaço para as
pessoas com deficiência na agenda política. Da tutela à
autonomia, o movimento social procura vencer a discriminação, a
desvalorização e a falta de atenção por parte dos governos
(MAIOR, 2015).
Inserida pela Portaria nº1.006, de 05 de junho de 2002, a
Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência é
direcionada para a inclusão das pessoas com deficiência em toda
rede do SUS. O Castelo de Hartheim era
um dos locais mais usados
pelos nazistas durante a
Segunda Guerra Mundial para
matar deficientes físicos e
mentais, negros e pessoas
22 com idade avançada.
POR SEXO
No contexto atual, atualmente, existem muita discriminação,
mas com o amadurecimento da sociedade e o avanço das
informações traz um novo olhar em relação ás pessoas com Mulheres 9,9%
algum tipo de deficiência. Nos direitos humanos, os direitos das
pessoas com deficiência são normas e valores que buscam a Homens 6,9%
proteção, o amparo e a inclusão das pessoas com impedimentos
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Esses direitos
se baseiam no princípio da igualdade.
POR COR/RAÇA

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Pretas 9,7%


Estatística (IBGE) 2019 com parceria o Ministério da Saúde
aponta que 8,4% da população brasileira acima de 2 anos - o que
Pardas 8,5%
representa 17,3 milhões de pessoas tem algum tipo de
deficiência. Quase metade dessa parcela (49,4%) é de idosos.
Brancas 8%

TIPOS DE DEFICIÊNCIA - BRASIL

Membros inferiores 3,8%

Membros superiores 2,7%

Deficiência visual 3,4%

Deficiência auditiva 1,1%

Deficiência intelectual 1,2%

23
PANORAMA GERAL

Cerca de 15% da população global possui algum tipo de


deficiência.

=1 Bilhão de pessoas
fonte: ONU

23,9% da população no Brasil convive com algum tipo de


deficiência,

fonte: IBGE 2010

em Lauro de Freitas 13,8% da população convive com


algum tipo de deficiência, e nas regiões metropolitana,
como salvador o numero é maior, cerca de 23,31%.

fonte: IBGE 2010

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)


24 ONU (Organização das Nações Unidas)
SUBTEMA

TIPOS DE DEFICIÊNCIAS
De acordo com o Decreto Lei nº 3.298, de 20 de dezembro de
Deficiência mental
1999, existe três tipos de deficiência, a primeira é a deficiência,
Funcionamento intelectual significativamente inferior à
que é aquela pessoa que sofreu algum tipo de perda ou
média, com manifestação antes dos dezoito anos e
anormalidade na função psicológica, fisiológica ou anatômica,
limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades
que a impede de fazer as atividades do dia a dia, tem a
adaptativas.
deficiência permanente, que é a que ocorreu e se estabilizou por
um período suficiente que não permiti a recuperação ou a
probabilidade que altere o quadro do diagnóstico da pessoa, e
Deficiência física
por último a incapacidade, que é a redução da capacidade de
Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos
integração social, que exige necessidades de equipamentos,
do corpo humano, acarretando o comprometimento da
adaptações para a função ou o desempenho de atividades do dia
função física.
a dia.

De acordo com o Artigo 4º do Decreto Federal 3.298/1999, as


Deficiência auditiva
deficiência se agrupa em cinco conjuntos, sendo eles:
Pessoa cuja possua perda auditiva bilateral, parcial ou
total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por
audiograma, na média das frequências de 500HZ,
Deficiência visual 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz.
Perda ou redução de capacidade visual em ambos os
olhos, definitivo, tratamento clínico ou cirúrgicos.
Deficiência múltipla
Pessoas com duas ou mais deficiências.

25
Muitas crianças, jovens e adultos sofrem com dificuldades em Ou seja, o termo correto é Pessoa com deficiência. Os
decorrência da discriminação e também da falta de integração movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo os
social. E a terminologia é uma das discriminações, mas do Brasil, já convencionaram de que forma preferem ser
relutantes. Segundo Sassaki, 2007, usar o termo correto é chamados e preferem pessoas com deficiência. Esse termo faz
importante pois quebra preconceitos, estigmas e estereótipos parte do texto aprovado pela Convenção Internacional para
construídos durante século, como é o caso das deficiências. Proteção e Promoção dos Diretos e Dignidades das Pessoas com
Vale ressaltar que os termos são considerados corretos em Deficiência, aprovado pela Assembleia Geral da ONU, em 2006 e
função de várias características, como época da sociedade e até ratificada no Brasil em julho de 2008.
mesmo cultural. Alguns dos termos utilizados com certa
frequência no final da década de 70, era o termo defeituoso,
aleijado e inválido. A partir de 1981, por influência do Ano
Internacional das Pessoas Deficientes, começa-se a escrever e
falar a expressão pessoa deficiente, mostrando as pessoas da
época, espantadas, que os deficientes eram também pessoas.
A evolução histórica dos termos. "Portador de deficiência",
"pessoa portadora de deficiência" ou "portador de necessidades
especiais" não são mais utilizados. A condição de ter uma
deficiência faz parte da pessoa. A pessoa não porta uma
deficiência, ela tem uma deficiência. Ou seja, a pessoa só porta
algo que ela pode deixar de portar. Por exemplo, não dizemos
que uma pessoa é portadora de olhos verdes", dizemos que ela
"tem olhos verdes".

26
02

27

02
REABILITAÇÃO
2.1- REABILITAÇÃO
2.2-LINHA DO TEMPO
2.3- INTERDISCIPLINARIDADE

28
SUBTEMA

REABILITAÇÃO SEC. XIV


460 A. C
Surgimento de novas doenças e um
“Deve-se ter em mente que o aumento em acidentes de trabalho.
exercício fortalece e a inatividade
definha”.
Com a chegada do Renascimento, universidades foram criadas e o
estudo do corpo humano retoma o universo das artes, como exemplo
A História da Reabilitação está ligada ao crescimento de uma
do “Davi de Michelangelo” e o “Homem Vitruviano de Da Vinci”
consciência e responsabilidade social e que o interesse mundial por
Com a produção em grande escala, no período da Revolução
essa especialidade ocorreu principalmente por quatro acontecimentos
Industrial, e o aumento do trabalho operário surgiram novas doenças
históricos: as duas grades Guerras Mundiais, o processo acelerado de
pela insalubridade e houve um acréscimo em acidentes de trabalho.
urbanização e industrialização, o favorecimento da propagação de
As duas grandes Guerras Mundiais, provocaram a necessidade de
epidemias e o aumento de acidentes de trabalho.
alternativas para a recuperação física, do grande número de pessoas
No percurso histórico, o conhecimento sobre reabilitação e o
afetadas. Com isso surgiu um movimento para centros de
funcionamento do cérebro cresceu. Em 460 a.C., Hipócrates, pai da
reabilitação, nos EUA e Europa, além de uma preocupação em
medicina, apesar de não utilizar a termo utilizado na atualidade
restaurar ao máximo o doente e facilitar suas condições nas esferas
“reabilitação”, fez a seguinte afirmação “Deve-se ter em mente que
psicológica, social, espiritual e biológica.
o exercício fortalece e a inatividade definha” (BRANCO, 2012).
SEC. XX
SEC XIX

O corpo como centro de uma nova


criação do mundo. Criação de Recuperação física, do grande
universidades e estudo do corpo número de pessoas afetadas.
humano.

29
1953
De acordo com o Relatório mundial sobre a deficiência / World
Criação de centros de
Health Organization, The World Bank, a reabilitação é um processo
reabilitação para o tratamento
terapêuticos não exclusivamente profissional e sim um processo
em grande escala.
interdisciplinar, composto por um conjunto de medidas que ajudam
ás pessoas com deficiência.
As vezes se faz distinção entre habilitação, que ajuda os que
A grande epidemia de poliomielite, de 1953 no Rio de Janeiro, possuem deficiências congênitas ou adquiridas na primeira infância a
trouxe a necessidade da criação de centros de reabilitação para o desenvolver sua máxima funcionalidade, e a reabilitação, em que
tratamento em grande escala das pessoas afetadas pelo vírus, e que aqueles que tiveram perdas funcionais são auxiliados a readquiri-las.
tiveram sequelas como paralisia, atrofia muscular, osteoporose, A reabilitação reduz o impacto grande na saúde. Geralmente, a
dificuldade de falar entre outros males relacionados a infecção. reabilitação acontece por um determinado período, mas pode haver
Já no ano de 1954, surge o primeiro centro de reabilitação (SBF), ações entre intervalos escalonados por uma pessoa ou por uma
para promover o atendimento e desenvolvimento de menores e equipe de profissionais de reabilitação, ela também pode ser
adultos portadoras de deficiência física. necessária desde a fase intensa ou inicial do problema, logo após sua
descoberta.
1954 Deve-se observa que as ações de reabilitação e habilitação é
executada por equipes com diferentes profissionais, multi e
Primeiro centro de reabilitação
interdisciplinares, a partir da condição e necessidade do indivíduo.
no Brasil.

30
LINHA DO TEMPO - REABILITAÇÃO
460 A. C SEC. XX

“Deve-se ter em mente que o Recuperação física, do grande número de


exercício fortalece e a inatividade pessoas afetadas.
definha”.

SEC XIX 1953

O corpo como centro de uma nova


Criação de centros de reabilitação para o
criação do mundo. Criação de
tratamento em grande escala.
universidades e estudo do corpo
humano.

SEC. XIV 1954

Surgimento de novas doenças e um Primeiro centro de reabilitação no


aumento em acidentes de trabalho. Brasil.

31
SUBTEMA

INTERDISCIPLINARIDADE EQUIPE PROFISSIONAL

O trabalho da interdisciplinaridade possui vantagens em que


Assistente social: Neurologista:
proporciona o resultado em menor tempo e que diretamente
contribui para o sucesso do paciente.
A atividade clínica depende de profissionais com formações
Fisioterapia: Psicólogo:
diferenciadas, e da interação interdisciplinar entre estas diversas
formas de exercício clínico existentes (BRASIL, 2010)
Para haver a interdisciplinaridade é necessária duas ou mais pessoas Fonoaudiólogo: Nutricionista:
com diferente formações e experiências para compartilhar seu
conhecimento.
Nos serviços de reabilitação do SUS, a interdisciplinaridade tem Terapia

Fisiatras:
foco através de atividade individuais, em grupo, incluindo avaliações, ocupacional:
adaptações, acompanhamento, tornando hábil os pacientes.

32
Assistente social: Lida com questões sociais, políticas sociais
públicas privadas e das organizações não governamentais;
Fisioterapia: Previne, preserva, restaura e desenvolve a
capacidade física;
Fonoaudiólogo: Previne, estimula e trata aspectos da fala e da
linguagem, proporciona a habilitação e a reabilitação das
funções responsáveis pela mastigação, sucção, deglutição e
respiração;
Terapia ocupacional: Previne, trata e reabilita pacientes com
alterações cognitivas, perceptivas, afetivas e psicomotoras,
visando a independência nas atividades diárias, sociais, de lazer
e principalmente profissionais;
Neurologista: Lida com o diagnóstico e tratamento de doenças
que afetam o sistema nervoso e os componentes da junção
neuromuscular;
Psicólogo: Através do estudo do comportamento humano e da
mente, ajuda o paciente a alcançar a melhoria da sua saúde
mental, facilitando a realização de suas atividades;
Nutricionista: Desenvolve planos alimentares de forma
individual para os pacientes, auxiliando o progresso a ser
alcançado em cada diagnóstico;
Fisiatras: Médico especialista na medicina física e de
reabilitação, sendo responsável pela avaliação e o tratamento
dos pacientes.

33
31

Segundo a RDC nº 50 de 2002, por meio das fisioterapias atividades


executadas são:

• Termoterapia: Técnica para diminuição da dor, estimula a


termorregulação corporal, através de ondas de calor;
• Eletroterapia: Técnica com a utilização de corrente elétrica, no
tratamento;
• Cinesioterapia: Tratamento feito através dos movimentos do
paciente, aumento promovendo coordenação equilíbrio, motora,
correção da postural, entre outros;
• Hidroterapia: Tratamento fisioterápico através da utilização da
água, feito em piscinas. Proporciona o relaxamento muscular,
redução da dor e o aumento da força e resistência muscular;
• Mecanoterapia: Tratamento através de aparelhos;
• Terapia ocupacional: São exercícios movimentos que estimulam dia-
a-dia, desde dos movimentos finos a movimentos de coordenação;
• Fonoaudiologia: trata aspectos da fala e da linguagem, mastigação,
sucção, deglutição e respiração;
E outros meios importantes de tratar a parte cognitiva é a:
• Psicomotricidade: Trata o desenvolvimento de um indivíduo por
meio da íntima relação entre emoção, movimento, cognição
(aprendizagem) e relacionamento.
• Arteterapia: São técnicas que estimulam estruturas mentais,
auxiliando na percepção, expressões e experiências emocionais.

34
03
35

03
OBJETO
3.1- OBJETO
3.2- ARQUITETURA HOSPITALAR
3.3- ARQUITETURA HUMANIZADA
3.4- LINHA DO TEMPO
3.5- LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

36
OBJETO
Um Centro de Reabilitação Física e Sensorial se dedica à
recuperação das funções motoras, sensoriais e ao tratamento
psicológico, visando independência do paciente e sua reintegração
social. Mas não tem função de urgência e emergência ou de fazer
intervenções cirúrgicas de grande porte. Porém, pode abrigar outros
tipos de atividades, como por exemplo, a pesquisa e educação, que
são funções incorporadas ás unidades de saúde recentemente, ou até
mesmo fabricações de órteses.
Além das novas funções que surgem, dentro de uma unidade de
saúde, ou de novos equipamentos, abre a necessidade do edifício se
adequar constantemente ás novas tecnologias, funções e casos.
Sendo necessário que o complexo de saúde seja um edifício com
previsão de futuras expansões e flexibilidade espacial.
A reabilitação física e sensorial é necessária em processos pós-
traumáticos ou em casos de deficiências congênitos ou adquiridas
através de patologias. Portanto é importante que o ambiente de
reabilitação seja humanizado proporcionando bem-estar e qualidade
de vida ao paciente, pois muitos deles necessitam de tratamento por
toda a vida ou em grande parte dela.
No Brasil, destacam-se os Centros de Reabilitação da Rede Sarah de
Hospitais de Reabilitação e a AACD (Associação de Assistência à
Criança Deficiente). No estado da Bahia, destaca-se a Rede Sarah, e
o IBR- Instituto Baiano de Reabilitação.

37
ARQUITETURA HOSPITALAR
A arquitetura hospitalar passou por diversas mudanças, ao longo dos Com o partido pavilhonar é criada a primeira barreira física projetada
anos, assim como a evolução da humanidade. Modificações para conter as infecções hospitalares.
relacionadas a ideologias, conceitos, funcionalidade, fluxo e como a A partir do final do século XIX, as indústrias começam a fabricar
medicina se desenvolveu, exerceu influência em como o edifício germicidas, acompanhada com técnicas mais eficazes de esterilização
hospitalar se molda até o dia de hoje.
A preocupação por instalações médicas adequadas e confortáveis é Partido em monobloco vertical, e
antiga. No mundo árabe, por exemplo, existia a preocupação de

SEC XIX
valorização da tecnologia. O ambiente
bem-estar. No ocidente, os europeus somente começaram a tratar do hospitalar deixa de ter um cenário
assunto no final do século XVIII, quando Howard e Tenon humano e terapêutico.
desenvolvem pesquisas nos hospitais europeus, que demonstraram
dos matérias e ambientes, o combate á infecções nos ambientes
estatisticamente a relação de taxas de mortalidade, com certas
pavilhonados passam a ser feito, em grande escala, sem ter a
práticas médicas e os ambientes hospitalares. Com a finalidade de
necessidade de barreiras físicas e ambientes grandes.
estabelecer diretrizes para a criação de uma nova proposta hospitalar,
Contudo, no século XX e com a elevação dos preços das terras
proposta essa chamada de hospital terapêutico. (TOLEDO, 2008).
contribuíram com o surgimento e da evolução do partido monobloco
vertical e a estrutura assume novos padrões, onde o desenvolvimento
Partido arquitetônico pavilhonar
SEC. XVIII

tecnológico foi priorizado, evidenciando a valorização da infraestrutura


marca o hospital terapêutico, onde a predial. Os hospitais em monobloco podiam ser construídos em
estrutura assume a função de curar, terrenos muito menores, além disso tinha outra vantagem, entre as
com uma valorização da arquitetura.
quais a eliminação das longas circulações horizontais, bem típica do
Com o surgimento do hospital terapêutico, no ocidente, pela primeira partido pavilhonar, substituídas por circulações verticais como
vez os hospitais assumiram a missão de curar os adoentados, com a elevadores ou monta-cargas. Com o surgimento do partido monobloco,
medida de valorizar os espaços internos e espaços externos, e cuidado a função terapêutica, exercida pela arquitetura, no partido pavilhonar,
dos fluxos hospitalares. A partir de meados século XVIII o partido deixa de fazer sentido e todos os doentes passam a ser atendido via
pavilhonar foi estabelecido, onde o modelo proporcionava mais procedimentos.
segurança ao ambiente hospitalar.

38
ARQUITETURA HUMANIZADA Apesar do grande avanço histórico, arquitetônico, de fluxos e
Torna-se evidente a necessidade de buscar um equilíbrio entre a tecnológicos, muitos ambientes de saúde permanecem com os
tecnologia e a humanização nos espaços hospitalares, já quer desde mesmo erros. São locais fechados, cores frias que se torna
do século XVIII a arquitetura é um instrumento terapêutico e desagradável ao paciente.
desempenha um papel primordial no quadro do paciente. A Rede SARAH é um bom exemplo a ser seguido, onde podemos
ver a preocupação em atender ás necessidades do usuário no Centro
“Falar arquitetura humanizada é cometer no mínimo um
Internacional de Neurociências e Reabilitação, Sarah Lago Norto em
pleonasmo, já que uma arquitetura de qualidade tem como
Brasília que foi projetado pelo arquiteto brasileiro João Filgueiras
objetivo fundamental atender às necessidades do homem,
Lima, Lelé. O conjunto é composto por três grandes edifícios que se
sejam elas do plano material como do psicológico. Entre as
articulam em uma arquitetura, que faz integração dos espaços
primeiras, colocamos a orientação da edificação, a facilidade
internos com externos, possibilitando a circulação dos pacientes por
e clareza dos acessos, o dimensionamento adequado dos
todos os ambientes. Uma característica da arquitetura de Lelé é a
ambientes, a relação entre as diferentes áreas funcionais, a
preocupação com o conforto ambiental e a humanização dos
correta utilização dos materiais, a facilidade da manutenção
ambientes projetados, e neste quesito o arquiteto desenvolveu
através da previsão de visitas a todas as instalações, o
sistemas de ventilação e iluminação naturais, que contribuiu com a
conforto ambiental, entre outros aspectos a serem cuidados.
redução de consumo de energia elétrica (PERÉN, 2006).
No plano psicológico destacamos o respeito à privacidade
dos usuários, a criação de espaços de convívio, o acesso à

DO SEC. XX
paisagem do entorno e a jardins, a presença de obras de arte Hospital Contemporâneo, une o curar

METADE

e de outras manifestações culturais, a música e o silêncio com o cuidar.


dependendo da escolha do paciente e, finalmente, o caráter
simbólico e o sentido de lugar que toda boa arquitetura deve
proporcionar. (TOLEDO, 2008, p.133)”
O partido adotado para o projeto contém inovação com a tecnologia
high-tech, com preocupações, positivas, com a industrialização e
racionalização dos métodos construtivos, conforto térmico, acústico e
SEC. XX

Hospital tecnológico, perda da


sensação de acolhimento e de sustentabilidade, que até então em 1955, não era tão explorado
tranqüilidade. em meio a arquitetura.

39
Lelé também tem sua arquitetura caracterizada pelo uso de sistemas
racionais e industrializados, como o uso de materiais pré-fabricados, cujo
objetivo é acelerar a construção e minimizar os custos, além de permitir a
flexibilização da estrutural para futuras ampliações e modificações dos
ambientes construídos (PERÉN, 2006). A qualidade espacial no edifício,
as soluções arquitetônicas adotadas para possibilitar um espaço
agradável, as preocupações com o bioclima e de construção dão um
reconhecimento de referência mundial. A integração entre o edifício e as
práticas médicas, resulta em um serviço de excelência.

” penso no paciente, no ser humano

fragilizado que procura um hospital”

Lelé

40 Lelé l Fonte: CAUMG


LINHA DO TEMPO- ARQUITETURA HOSPITALAR

SEC XVII SEC. XX

Hospital tecnológico, perda da


Assistência aos excluídos da
sensação de acolhimento e
sociedade.
tranqüilidade.

METADE

SEC. XVIII DO SEC. XX

Partido arquitetônico pavilhonar marca Hospital Contemporâneo, une o curar


o hospital terapêutico, onde a com o cuidar.
estrutura assume a função de curar,
com uma valorização da arquitetura.

SEC XIX

Partido em monobloco vertical, e


valorização da tecnologia. O ambiente
hospitalar deixa de ter um cenário
humano e terapêutico.

41
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

RDC Nº50 Infraestrutura de serviços de saúde RDC Nº63 Boas práticas para os serviços de
saúde

RDC Nº36 Segurança do Paciente Esta Norma fixa os níveis de ruído


compatíveis com o conforto
NBR Nº 10.152
acústico em ambientes diversos.

Análise, avaliação e aprovação


RDC Nº51 dos projetos físicos na Vigilância
Sanitária. Requisitos de iluminação para
NBR Nº8995
locais de trabalho internos.

Normatiza Acessibilidade a
NBR Nº9050
edificações, mobiliário, espaços e Orientações a respeito do
NBR Nº 15.575
equipamentos urbanos. desempenho térmico de edificações
em geral.

42
04
43
04 ANÁLISE DA ÁREA DE

INTERVENÇÃO
4,1 -LOCALIZAÇÃO
4.2- EVOLUÇÃO URBANA
4.3-EQUIPAMENTOS AFINS
4.4- SISTEMA VIÁRIO E MOBILIDADE
4.5- ACESSIBILIDADE
4.6- USO DO SOLO
4.7- GABARITO DE ALTURA
4.8-CHEIOS E VAZIOS
4.9- ÁREAS VERDES
4.10- INFRAESTRUTURA URBANA

44
LOCALIZAÇÃO

O terreno escolhido para implantação do Centro


de reabilitação, fica no centro da cidade de
Lauro de Freitas, à 2km do Aeroporto
Internacional de Salvador - Dep. Luís Eduardo
Magalhães, 220m do Hotel Intercity Salvador
Aeroporto e à 350m do Hospital Aeroporto.
Localizado na Avenida Santos Dumont KM 1,
também conhecida como Estrada do Coco (BA
– 099).

BRASIL BAHIA

LAURO DE FREITAS

Fonte: Google Earth, 2021. Adaptado pelo autor.

O TERRENO ESTAÇÃO DE METRô HOSPITAL HAPVIDA

HOSPITAL AEROPORTO
45
evolução da área

Em 2005, a área ainda estava em processo de


2005

crescimento e desenvolvimento, poucas


edificações verticais e a área de projeto com seu
antigo uso.
2010

Com o passar dos anos, a região vai sendo


ocupada por condomínios residencias verticais,
grande empreendimentos e casas populares.

Atualmente, a área é bem desenvolvida e


2022

consolidada, considerada a entrada de Lauro de


Freitas. Os edifícios residencias verticais tomam
área, e a chegada do metrô facilitou o
deslocamento da população.

Fonte: Google Earth, 2021. Adaptado pelo autor.


46
Equipamentos Afins

L
W
N

S
Após análise na área de intervenção definiu-se uma poligonal com

O
distância de 500m partindo do centro do terreno de estudo,
possibilitando a inclusão de um dos poucos espaços destinados a
saúde em Lauro de Freitas.
Na área abrangida pela poligonal não se encontra nenhum centro de
reabilitação. Existe algumas clínicas e hospitais, como Hospital
Hapvida, Centro Médico COF e Hospital Aeroporto

EQUIPAMENTOS Hospital
O terreno
HapVida
Hospital Centro Médico
aeroporto COF

VIAS PRINCIPAIS
Av. Santos Dumont- Arterial especial
Rua Rio das Graças - Arterial

47 Fonte: Google Earth, 2021. Adaptado pelo autor.


L
Sistema Viário e Mobilidade

W
N

S
O
O terreno possui acesso por duas vias. Pela rua Rio das Graças, que
possui sentido único e dá acesso ao centro de Lauro de Freitas e é
uma das vias alternativas utilizadas nos horários de pico da cidade e a
outra é Avenida Santos Dumont, também conhecida como Estrada do
Coco. Esta via faz parte do sistema rodoviário do Estado da Bahia
(BA-099), que liga Salvador a Região Metropolitana e Lauro de
Freitas a Linha Verde. Próximo ao terreno temos dois pontos de
ônibus, um com sentido Salvador e outro com sentido Linha verde,
ambos com 200m de distância. A estação Aeroporto – CCR Metrô
Bahia e estação rodoviária do Aeroporto ficam à 900m.

EQUIPAMENTOS
Ponto de ônibus

VIAS PRINCIPAIS
Av. Santos Dumont- Arterial especial
Rua Rio das Graças - Arterial

48 Fonte: Google Earth, 2021. Adaptado pelo autor.


acessibilidade

“Se o lugar não permitir acesso a todas as pessoas, esse

lugar é deficiente.”
-Arq. Thais

Frota

A acessibilidade na área é precária, como pode ser visto


nas fotos, as calçadas estão em alto nível de degradação,
somente com a faixa de serviço, super estreita, sem
rampas de acessibilidade como visa a norma 9050, e
consequentemente sem piso tátil por toda a extensão da
rua, e em volta do terreno, como previsto na NBR 16537.
Além disso, a vegetação toma conta de grande parte das
calçadas,

NBR 9050 - Acessibilidade a Edificações Mobiliário,


Espaços e Equipamentos Urbanos

NBR 16537 - Acessibilidade - Sinalização tátil no piso -


Diretrizes para elaboração de projetos e instalação
Fonte: Acervo pessoal

49
L
W
N

S
Uso do Solo

O
A poligonal em estudo apresenta áreas de
Institucional
condomínios residenciais, tanto de casas quanto de
edifícios, também estão presentes áreas comercias,
Residencial como pequenos centros comerciais, uma grande rede
de supermercados e grandes lojas individuais. Além
destes, identificou -se uma edificação de uso misto e
Comercial principais hospitais da região.
Devido ao grande número de residências, e
Cultural quantidade baixa de centros de reabilitação no local,
torna-se existente a demanda do projeto proposto.

Saúde

Área verde

Lazer

Misto

50
L
W
N

S
Gabarito de altura

O
Assim como no uso de solo, onde temos uma
diversidade de usos na poligonal avaliada, no gabarito
de altura.
Na área analisada temos dois edifícios com mais de
cinco pavimentos, são eles: um de uso misto e um
residencial. As demais construções têm até dois
pavimentos, são eles: residências, lojas e centros
comerciais, o hospital e o supermercado.
A partir desta análise, permite-se dizer que o
terreno escolhido, permite uma liberdade na escolha
do gabarito de altura, pois não irá destoar do seu
entorno.

Até 2 pavimentos

De 3 á 5 pavimentos

Acima de 5 pavimentos

Área verde

51
L
W
N

S
Cheios e vazios

O
Através do mapa de áreas ocupadas e áreas livres -
também conhecido como "cheios e vazios" - podemos
identificar que a predominância de cheios sobre os
vazios acontece a noroeste do terreno, onde fica
localizado os condomínios residenciais.
Por se tratar da via principal de Lauro de Freitas,
esta região possui um leve adensamento, valorizando
os terrenos vazios desta região.

CHEIOS

VAZIOS

52
L
W
N

S
Áreas verdes

O
“Verdes são áreas de sobrevivência das cidades. Esses

espaços são amenizadores microclimáticos e sem eles

construímos grandes ilhas de calor”

_ Arq. Maria

Franco.
A área de estudo conta com vários pontos de área verde,
porém nenhuma das áreas é voltada para a comunidade,
apenas terrenos baldios, particulares, sem nenhum cuidado.
A vegetação encontrada são: gramíneas, árvores de médio e
grande porte em sua maioria.

ÁREAS VERDES

53
InfraEstrutura Urbana
FLUXO DE VEÍCULO ACESSIBILIDADE

Fica destacado a falta de infraestrutura urbana no entorno do terreno, FLUXO DE PEDESTRES


como calçamento com acessibilidade para pedestres e pessoas PAVIMENTAÇÃO DAS CALÇADAS
portadoras de necessidades especiais (PNE), fiação exposta em toda a
via, falta de semáforos e faixa de pedestres que permitam uma
travessia segura e uma iluminação precária . SINALIZAÇÃO DE TRANSITO POSTES DE ILUMINAÇÃO

SANEAMENTO BÁSICO E
PAVIMENTAÇÃO DAS RUAS
DRENAGEM PLUVIAL

RUIM

LEGENDA
RASOÁVEL

BOM

ÓTIMO

Fonte: Acervo pessoal

54
05

55
05

O SÍTIO
5.1- ÁREAS VERDES NO TERRENO
5.2- TOPOGRAFIA DO TERRENO
5.3- LEGISLAÇÃO DO TERRENO
5.4- ESTUDOS CLIMÁTICOS | INSOLEJAMENTO
5.5-ESTUDOS CLIMÁTICOS | VENTOS

56
O

N
W
Áreas verdes no Terreno

L
O terreno de intervenção está localizado na Avenida
Santos Dumont KM 1, também conhecida como
Estrada do Coco (BA – 099), uma área de
15.456,86m². O terreno é coberto por gramíneas,
com duas áreas desgastadas pela circulação de
pedestre e possui uma vegetação bastante
diversificada, com árvores de pequeno, médio e
grande porte localizadas na extremidades do terreno.
. O que torna ainda mais decisiva a proposta de uma
integração do interno com o externo na proposta do
Centro de Reabilitação Sensorial e Motora.

Fonte: Acervo pessoal.

ÁREAS VERDES

57
Topografia do Terreno

O Terreno possui uma elevação de 8 m do nível do mar, com


um leve desnível, onde o mesmo oscila em um metro. Tem a
fachada de maior comprimento, voltada para o Norte, com
acesso pela rua Rio das Graças. A possibilidade de "brincar" com
as elevações do objeto, graças ao desnível existente no terreno.
O mesmo possui aproximadamente 15.456,00m² de área.
No corte AA pode-se visualizar melhor a declividade existente.

A
+10
+09
+08

CORTE AA

A
58
Legislação do Terreno
Sobre os recuos na mesma lei, Lei Municipal nº . 1 .329 de
Baseado no Plano Diretor de Desenvolvimento 15 de Dezembro de 2008, Art . º 4 - § 2 º - ANEXO II – diz
Municipal – PDDM de Lauro de Freitas – BA, de que entre Art Vime até a placa da Selênia (antiga Fábrica
acordo com a Lei Municipal nº 1 .330 , de 30 de de Brinquedos) Ponto da PM até a REFRAN, o recuo
Dezembro de 2008 , o terreno está localizado na Zona frontal deverá ser de 9 ,00 m (sem muro), com passeio de 2
CAD 3 – Corredor de Atividades Diversificadas ,00 m .

Segundo a Lei Municipal n º 1329 , de 15 de ÍNDICES ÍNDICES GABARITO RECUOS


Dezembro de 2008 , no Art . 2 º informa os parâmetros
de ocupação, permeabilidade e gabarito. O itens que
competem nossa análise são: Índice de Gabarito máximo de 10
O recuo frontal
Índice de deverá ser de 9
Item h) gabarito máximo de 10 (dez) pavimentos para ocupação
permeabilidad (dez) pavimentos para
,00 m (sem muro),
e mínimo de lotes com área maior
lotes com área maior ou igual a 5 .000m²; máximo de 0,50 com passeio de 2
0,30 ou igual a 5 .000m²
,00 m
Item i) índice de ocupação máximo de 0,50 para
empreendimentos não residenciais e 0,33 para
empreendimentos residenciais; Item j) índice de
permeabilidade mínimo de 0,30 para empreendimentos E vagas de Estacionamento (2,50x5,00m) e 1% do
não residenciais e 0,40 para empreendimentos total para PNE (3,70 x 5,00m).
residenciais.
Parágrafo Único - será permitido o acréscimo de um
pavimento, desde que se destine, exclusivamente, à
oferta de vagas de estacionamento excedentes ao
quantitativo mínimo exigido, e observadas as restrições
da ANAC . (Redação dada pela Lei nº 1512 /2013) .

59
N

O
W L

S
ESTUDOS CLIMÁTICOS | INSOLEJAMENTO

O terreno tem sua nascente na fachada Sudeste, fundo


do terreno e sem acesso.
E poente na fachada Noroeste, frente do terreno com
acesso pela avenida Santos Dumont, é a fachada que
recebe mais insolação na parte da tarde,
consequentemente, vão ser mais aquecidos os ambientes.
A fachada Nordeste é a mais privilegiada, orientação que
recebe a maior insolação diária ao longo do ano,
permitindo que a fachada principal e os ambientes de
longa permanência do projeto estejam voltados para esta
direção, para rua Rio das Graças.
A fachada Sudoeste é a orientação que recebe a menor
insolação, consequentemente, vão ser os ambientes que
recebe pouca ou nenhuma luz solar.

VERÃO INVERNO
FONTE: vivadecora.com

60
N

O
W L

S
ESTUDOS CLIMÁTICOS | VENTOS

O estudo de ventos é uma etapa que visa o conforto


térmico, pois a utilização correta da ventilação natural cria
ambientes confortáveis e reduz gastos energéticos.
Principalmente em ambientes de saúde.
Em Lauro de Freitas as variações são pequenas durante o
ano, e a direção predominante é do Leste, como mostra o
gráfico abaixo, mas no terreno possui dois ventos
predominantes, Leste e Sudeste, por não ter edificações
ao seu redor, que possam bloquear circulação dos ventos,
este terreno está em uma área privilegiada.

NORT
LESTE SUL OESTE
E

FONTE: pt.weatherspark.com

61
06

62
06 JUSTIFICATIVA
6.1-JUSTIFICATIVA
6.2- DEMANDA
6.3- DADOS DA PESQUISA
6.4- PROBLEMATIZAÇÃO

63
JUSTIFICATIVA demanda

A finalidade de um grande Centro de Reabilitação Foi feita uma pesquisa de campo, pelo autor através do
Sensorial e Motora é proporcionar ao habitantes facilidade forms, onde 68 moradores aleatoriamente foram
no deslocamento, evitando o desconforto do deslocamento escolhidos para entrevista sobre a necessidade e
para o seu tratamento. Sendo que os melhores centros de importância de um Centro de Reabilitação em Lauro de
reabilitação encontram-se em Salvador. Freitas.
No Brasil, houve crescimento significativo no número de A pesquisa aponta que cerca de 80% dos entrevistados
pessoas com algum tipo de deficiência. Segundo o censo conhecem ou conheceu alguém que precisa de um
de 2010, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de tratamento de fisioterapia sensorial ou tratamento
Geografia e Estatística) 23,9%, ou seja, aproximadamente fisioterapêutico e encontrou dificuldades na procura e/ou
45,6 milhões de brasileiros possui algum tipo de no processo do tratamento. Veja-se o que diz o
deficiência. As deficiências podem aparecer de forma entrevistado número 04:
congênita, ainda no útero materno, e podem ser adquiridas
"É de grande relevância para a população de
ao longo da vida, através de doença e acidente. Então,
Lauro de Freitas, pois não terão que se
existe a necessidade da reabilitação, onde pode ser
deslocar para outra cidade. Isso diminui vários
garantido ao paciente a recuperação das suas funções.
problemas que são decorrentes disso, como
gasto em transporte particular, vendo que o
transporte público é de baixíssima
acessibilidade para portadores de deficiências
ou sequelas que dificultem a locomoção."

64
dados da pesquisa
Sim
Abaixo vai conter os dados da pesquisa, lembrando que 32.4%

foram escolhidos pessoas de forma aleatória para Cerca de 32,4 já precisou de


participar dessa entrevista sobre a necessidade e algum tipo de tratamento
importância de um Centro de Reabilitação em Lauro de fisioterapêutico e cerca de
Freitas. Não 67,6% nunca precisou.
67.6%

Ddos da pesquisa:

Pública
55,9% Se indentificam com o gênero 31.8% Quem já precisou de algum
masculino e 44,1% se indentificam tipo de tratamento
com o gênero feminino fisioterapêutico recorreu as
unidades particular para a
40 á 60
Particular reabilitação, pois encontrou
68.2%
5.9% dificuldade na rede pública.

26 á 40 A idade do público entrevistado varia, Na entrevista aponta que cerca de 31,8% das pessoas
29.4%
cerca de 64,7% possui a idade entre entrevistadas precisaram em algum momento da vida do
18 á 25, 29,4% possui a idade entre serviço de reabilitação motora ou sensorial e que grande
26 á 40 e 5,6% possui a idade
18 á 25
64.7%
entre parte do tratamento foi feito em rede particular. Veja-se o
40 á 60 anos. que diz o entrevistado número 9 e 11:

65
"É de imensa importância um centro de A entrevistada número 54 traz uma dificuldade recorrente
reabilitação desse interesse, para beneficiar de muitas famílias que é desconhecida por muitos;
as pessoas dependentes e não dependentes
"Acho de suma importância que tenha um
do Sistema Único de Saúde, apesar de
Centro desse em Lauro de Freitas, inclusive
oferecer esses serviços, as vezes demoram a
será vital para o desenvolvimento da cidade.
ser prestados a comunidade e acaba
Como sugestão, seria interessante que esse
prejudicando na evolução do tratamento dos
Centro também faça atendimentos
pacientes."
domiciliares para pessoa idosas ou com
Não
2.9%
dificuldade de locomoção. Ultimamente
enfrento uma dificuldade com uma pessoa
Cerca de 97,1% dos entrevistado acha idosa que sofreu uma queda, fez um cirurgia
necessário ter um Centro de no fêmur e precisa de fisioterapia, porém não
reabilitação sensorial e motora em está se locomovendo, não dispõe de uma
Lauro de Freitas, para atender a região pessoa que possa levar ela a fisioterapia
e regiões proximas. presencial no hospital e o seu plano não
Sim
disponibiliza atendimento home care.
97.1%
Atualmente está sem as sessões de
"Acredito que o centro de reabilitação será
fisioterapia, o que dificulta e atrasa sua
uma ótima oportunidade para as pessoas
recuperação."
carentes que necessitam de um atendimento
público."

66
Problematização

1. Como trabalhar as fachadas, pois o terreno está


localizado em uma esquina?
2. Como resolver os fluxos de lixo hospitalar, sem
cruzar o fluxo comum?
3. Como criar espaços internos que faça integração com
o externo?
4. Como planejar espaços leves, adequados e com
característica infantil?
5. Como fazer o fluxo de carga e descarga sem
atrapalhar o fluxo do estacionamento ou da via
principal do terreno ?
6. Como chegar a uma solução para que o edifício se
torne menos comum?

67

07 OBJETIVOS

7.1-OBJETIVOS| GERAIS E ESPECÍFICOS


68
ObjETIVOS| GERAIS E ESPECÍFICOS

GERAIS ESPECÍFICOS
Desenvolver um projeto arquitetônico de um Centro de Apresentar uma proposta coerente com espaços
Reabilitação Sensorial e Motora no município de Lauro de agradáveis que promovam integração de ambientes
Freitas-BA. Propondo uma edificação que participe e internos e externos, entre indivíduo e espaço, singular e
contribua no tratamento e processos de reabilitação para coletivo;
os paciente acima de 16 anos. Promovendo através deste a Desenvolver a assistência por meio da atuação
relação entre o indivíduo e o espaço, em uma edificação interdisciplinar pelo SUS envolvendo diferentes
mais humanizada, integrada com a natureza, que tenha profissionais da área da saúde;
ambientes agradáveis e eficientes, oferecendo mais Prestar acompanhamento especializado em
qualidade de vida e bem-estar aos pacientes e aos reabilitação, disponibilizando quando necessário, em
funcionários. E não menos importante trazendo a busca do bem-estar dos pacientes;
reintegração do Indivíduo á sociedade. Integração social das pessoas com deficiência;
Contribuir para a educação em saúde das pessoas com
“Deve se partir da compreensão que a
deficiência e das comunidades em que vivem.
humanização é o conceito que dá ao ambiente a
garantia que ele influenciará no ser humano que
o utilizar de maneira benéfica, acelerando, assim,
suas condições de melhora” CIACO, 2010, p. 28

69
08
70
REFERÊNCIAS

08
8.1- INSTITUTO DE REABILITAÇÃO DR.
ANSELMO MARINI (IMRVL)
8.2-CENTRO INTERNACIONAL SARAH DE

PROJETUAIS
NEURORREABILITAÇÃO E NEUROCIÊNCIAS
8.3-CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA

71
Fonte: estude.unisul.br

72 Fonte: arcoweb.com.br
Fonte: arcoweb.com.br
Instituto de Reabilitação Dr. Anselmo Marini

(IMRVL)

73
Referências projetuais-

INTERNACIONAIS
Neste capítulo serão analisados alguns Centros de A solução encontrada foi uma tela de concreto armado
Reabilitação, nos aspectos projetuais e ideológicos, no sentido perfurada com as letras IMRVL, que identificam a instituição.
de contribuir para a elaboração do projeto do Centro de Essa tela funciona como um brise que protege a fachada curva
Reabilitação CER. de vidro. As perfurações quando iluminadas à noite, destacam à
O centro de reabilitação IMRVL foi projetado por Claudio distância, a presença do centro de reabilitação.
Vekstein e Marta Tello para a prefeitura de Vicente López, na Pode-se usar deste referencial os elementos arquitetônicos
região metropolitana de Buenos Aires. A obra apresenta um funcionais que são presentes nesta obra, como a placa de
grande problema nas grandes cidades, que não se preocupam concreto que funciona como brise, e o desenho irregular de toda
com a população portadora de necessidades especiais. a edificação.

Fonte: arcoweb.com.br
A placa de concreto
Delimitado pelas curvas contínuas das
No pátio, algumas aberturas seguem o

também funciona como brise rampas, o pátio tem configuração variável. Circulação interna, com desenho irregular desenho da fachada

74
Fonte: arcoweb.com.br Fonte: arcoweb.com.br Fonte: arcoweb.com.br Fonte: arcoweb.com.br
Através dos princípios norteadores, o arquiteto chegou a uma
solução arquitetônica complexa e cheia de significações
metafóricas, que se baseia na criação de uma imagem urbana,
que resgatasse o espaço geralmente negado aos pacientes com
dificuldades motoras. Dessa forma, os habitantes de uma cidade
adversa poderiam encontrar no interior do edifício a qualidade
adequada e equipamentos necessários para seu deslocamento.
Surge assim, um pátio central com um sistema de rampas de
inclinação leve, como elemento da ideia de movimentação, que
sem dúvida é o principal fundamento de um centro de
reabilitação.

Fonte: arcoweb.com.br

75 Fonte: arcoweb.com.br
Fonte: arcoweb.com.br Fonte: arcoweb.com.br
Centro Internacional SARAH de Neuroreabilitação e Neurociências

76
Referências projetuais-

NACIONAIS
Centro Internacional SARAH de Neuroreabilitação e Neurociências
O Centro Internacional SARAH de Neurorreabilitação e Neurociências,
dedicado a reabilitação cognitiva, utilizando a prática de esportes e
integração com a natureza.
Com uma solução arquitetônica térrea e composta por grandes blocos
horizontais e modulares, o hospital está inserido em uma região com
farta presença de áreas verdes e de baixa densidade construtiva.
Pode-se usar deste referencial os meios de humanização que são
presentes nesta arquitetura, como os espaços abertos, integração com
o verde e humanização nos ambientes.

Localização: Jacarepaguá - Rio de Janeiro


Autores: João Figueiras Lima (Lelé)
Ano do projeto: 2001
Ano de conclusão da obra: 2008
Área Terreno: 80.000m²
Fonte: arcoweb.com.br
Área Construída: 52.000m²

ESPAÇO DE TRATAMENTO/ LAZER ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA SOLÁRIO

77
Fonte: sarah.br
Referências projetuais-
PONTE DE LIGAÇÃO
NACIONAIS

IMPLANTAÇÃO

Fonte: arcoweb.com.br
Os blocos são ligados, por meio de uma circulação externa
e os caminhos são protegidos por marquises. A ligação
entre o usuário e o meio externo é bem evidente, onde o
conceito da natureza como parte do tratamento se
materializa.
Fonte: arcoweb.com.br
Serviços gerais

Hospital
Serviços
Gerais
CORTE B/B

78 Fonte: arcoweb.com.br. Adaptado pelo autor.


3

grande espelho d'agua


CORTE B/B AMPLIADO

2 Fonte: arcoweb.com.br. Adaptado pelo autor.

Ligação das unidades de internação


3

Fonte: arcoweb.com.br. Adaptado pelo autor.

Lelé utiliza muitas formas geométricas, shads, cores que


influenciam no tratamento, os espaços são abundante de
iluminação e ventilação natural, existe vários jardins
internos, espelhos d'água, proporcionando ao paciente
humanização e conforto ambiental. O grande espelho
2
d’água ladeia o bloco de internações, trazendo bem estar e Fonte: arcoweb.com.br. Adaptado pelo autor.
conforto para os pacientes
O Auditório tem uma forma esférica e sua cobertura é
retrátil a posição da cúpula em cima do auditório permite a
iluminação natural no palco.

auditório

79 Fonte: arcoweb.com.br.
Clínica Escola de Fisioterapia

80
Instituto de Reabilitação Dr. Anselmo Marini

Referências projetuais-

NACIONAIS Clínica Escola de Fisioterapia


A Clínica Escola de Fisioterapia da Unisul, conforme informações
extraídas do site da Universidade, presta serviços de atendimento à
comunidade de forma filantrópica, além de proporcionar o aprendizado
aos alunos por meio do exercício da prática necessária à formação
profissional.
Os tratamentos são aplicados por estudantes e professores, como
massagens, acupuntura, reflexologia, plantas medicinais, tratamentos
ayurvédicos, entre outros.

Localização: Policlínica, Bloco C, Unidade Universitária de Tubarão,


Santa Catarina.
Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 21h30min.
Área: 1600 m²
Fonte: estude.unisul.br

Entrada principal - interna Piscina Sala de tratamento

81 Fonte: SILVA, Marielly. 2021 Fonte: estude.unisul.br Fonte: estude.unisul.br


Fluxograma de atendimento
Conforme o fluxograma, o caminho percorrido pelo paciente na clínica se
inicia pelo acesso principal do Bloco das Clinicas Integradas de Saúde (
Bloco C), logo em seguida ele se dirige a recepção onde é feito o
atendimento para agendamentos e auxilio dos pacientes, juntamente com o
ambiente de espera em frente a recepção.
A circulação predominante é a linear, demarcada por corredores que
direcionam o usuário para cada serviço oferecido. Dentro das salas, a
circulação é definida pelos equipamentos distribuídos.
As salas de atendimento possuem espaços reservados para os pacientes que
não se sentem a vontade de fazer os exercícios na frente dos outros. A sala
de atendimento infantil possui vários brinquedos e cores diferentes para
atrair a atenção da criança.
Este caso tem como objetivo esclarecer dúvidas sobre a funcionalidade e o
Fonte: SILVA, Marielly. 2021 caminho percorrido pelo paciente em uma Clínica de Reabilitação Física.

equipamentos distribuídos sala infantil espaços reservados

82 Fonte: SILVA, Marielly. 2021 Fonte: SILVA, Marielly. 2021 Fonte: estude.unisul.br
09
83
09
PROCESSO

PROJETUAL
9.1- CONCEITO E PARTIDO
9.2-PROGRAMA DE NECESSIDADES
9.3- PROGRAMA DE NECESSIDADES /PRÉ DIMENSIONAMENTO
9.4-FLUXOGRAMA
9.5- PROCESSO CRIATIVO
9.6- PROJETO ARQUITETÔNICO

84
CONCEITO E PARTIDO
Partindo de uma realidade de instabilidade e falta de integração social o
qual as pessoas com deficiência estão inseridas no momento que procuram o
serviço de reabilitação, partiu-se o conceito do projeto de INTEGRAÇÃO, a
autonomia de “CER” (ser). Todo o projeto se baseia na ideia de promover a
reintegração social. Projetar um espaço que pudesse garantir bem-estar aos
pacientes e utilizar a arquitetura como parte do processo de terapêutico de
cada paciente, com suas individualidades.

As principais diretrizes fundamentais que nortearão as decisões projetuais


são:
Conexão dos ambientes entre si e com as atividades, produzindo
espaços que promova integração social e autonomia dos pacientes, para
que possam compartilhar suas fraquezas, forças e crescimento.
Flexibilidade com espaços mais livres que permitam a adaptação de
acordo com as atividades a serem desenvolvidas.
Extensibilidade devido ao caráter de constante mudanças nas unidades
de saúde, previstas expansão.
Áreas verdes essencialmente para a criação de ambientes mais
aconchegantes e confortáveis que propiciem a convivência dos
indivíduos.
As premissas do projeto é garantir aos pacientes o sentimento de
acolhimento, para que sintam parte do espaço, assim como o espaço faz
parte dos mesmos gerando a consciência de integração durante o processo
de reabilitação/ habilitação.

85
Eletroterapia Individual
PROGRAMA DE NECESSIDADES
O edifício foi projetado para um uso misto de atendimento particular e
atendimento por SUS, de forma a receber uma diversidade social. Seu programa de
necessidades é composto por uma série de recomendações de atividades e áreas
mínimas para a execução plena dos exercícios de tratamento e diagnóstico. Estes
são determinados pelo Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos de Investimentos
em Saúde Volume 2 (SomaSUS), RDC n° 50 (2002) do Ministério da Saúde, do
Manual de Ambiência dos Centros Especializados em Reabilitação (CER) e das

Hidroterapia em grupos
Oficinas Ortopédicas, além dos exemplos dos estudos de caso e outros TFG'S que
foi determinante para a maior compreensão das características para o CER.
Dentre as recomendações dessas referência estão ambientes para terapias
individuais e em grupo, em ambiente seco e de água, salas que possuem aparelhos
auxiliares, área de terapia lúdica e de atendimento social. Todas estas serão melhor
apresentadas a diante com detalhes. Algumas nescessidades foram incluídas através
de conclusões diante de pesquisas e convesas com especialistas.

SALA DE PILATES Sala para cinesioterapia e mecanoterapia Ludoterapia em grupos

86
PROGRAMA DE NECESSIDADES /DIMENSIONAMENTO
SETOR CLÍNICO QTD. ÁREAM² OFICINA ORTOPÉDICA QTD. ÁREAM²

RECEPÇÃO/ ESPERA 1 140,97m² FABRICAÇÃO DE ORTESES 1 81.35m²


SANITÁRIO FEMININO
SANITÁRIO MASCULINO
1 11.48m² SETOR ADMINISTRATIVO QTD. ÁREAM²
1 11.47m²
DML
1 3.55m² RECEPÇÃO/ ESPERA ADM. 1 116.48m²
PCD
1 3.55m² DIRETORIA ADMINISTRATIVA (PCD) 1 29.48m²
TRIAGEM
DIRETORIA GERAL (COM WC) 1 18.42m²
SUPORTE ENFERMAGEM 1 17.07m²
SALA DE REUNIÃO 14.99m²
ASSISTENTE SOCIAL 1 7.37m² 1
DML 10.25m²
FARMÁCIA 1 17.07m² 1
SERVIDORES 5.72m²
CONS. FISIATRA 1 20.91m² 1
ALMOXARIFADO 5.72m²
CONS. NUTRICIONISTA 1 20.91m² 1
GUARDA VOLUMES 11.28m²
CONS. INDIFERENCIADO (PCD) 2 20.92m² 1
DESCANSO DE FUNCIONÁRIOS 44.43m²
CONS. FONOAUDIÓLOGIA 1
1 20.32m² VESTIÁRIO FEM. 16.02m²
CONS. COMUM - TERAPIA OCUPACIONAL

1 20.92m² VESTIÁRIO MAS. 1 18,54m²


ADULTO
20.92m² VESTIÁRIO PCD. 1 3.33m²
CONS. COMUM - TERAPIA OCUPACIONAL

1 20.92m² CORREDOR FUNCIONÁRIOS 1 49.70m²


ADOLESCENTES
ARQUIVOS 1 5.72m²
CONS. COMUM - TERAPIA OCUPACIONAL

GRUPO ADULTO 1 28,24m² SETOR SOCIAL QTD. ÁREAM²


CONS. COMUM - TERAPIA OCUPACIONAL

GRUPO ADOLESCENTES RECEPÇÃO/ ESPERA 1 59.19m²


1 28,24m²
CORREDOR EXTERNO SANITÁRIO FEM. 1 12.91m²
2 53.10
SANITÁRIO MASC. 1 11.08m²
SANITÁRIO PCD.
1 3.87m²
AUDITÓRIO
1 268.28m²
SETOR CLÍNICO= 467.63M²
OFICINA ORTOPÉDICA=81.35M²
SETOR ADMINISTRATIVO=344,36M²
SETOR SOCIAL=355,33M²
87
SETOR DIAGNÓSTICO QTD. ÁREAM² SETOR COMUM DE
QTD. ÁREAM²

HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO
RECEPÇÃO/ ESPERA 1 56.19m²
SANITÁRIO FEM. 1 12.91m² RECEPÇÃO/ ESPERA 1 54.19m²
SANITÁRIO MASC. 1 11.08m² SANITÁRIO FEM. 1 12.91m²
SANITÁRIO PCD. 3.87m² SANITÁRIO MASC. 1 11.08m²
1
SALA TÉCNICA TOMOGRAFIA 10,25m² SANITÁRIO PCD. 3.87m²
1 1
SALA TÉCNICA RESSONANCIA MAGNETICA 11.25m² CAFÉ/ ESPERA 84.84m²
1 1
CÂMESA CLARA 7.13m² CIRCULAÇÃO 37.52m²
CÂMERA ESCURO 1 1
7.13m² LUDOTERAPIA E PSICOMOTRICIDADE 157,97m²
TOMOGRAFIA 1 CINESIOTERAPIA E MECANOTERAPIA 1 85,52m²
1 37.07m² 1
RAIO-X PILATES 87.03m²
40.62m²
ESPERA DE ATENDIMENTO 1 SALA PEDAGOGICA/ATELIER 1 37.40m²
84.52m²
ULTRASSOM 01 1 ATIVIDADES DO CONTIDIANO (PCD) 1 35.67m²
11.40m²
ULTRASSOM 02 1 TURBILHÃO 1 10.90m²
18.76m²
RESSONANCIA MAGNETICA 1 ELETROMIOGRAFIA 1 11.66m²
35.12m²
MUSICOTERAPIA 1 22.39m²
HIDROTERAPIA 159.23m²
INFRA-ESTRUTURA QTD. ÁREAM² DECK/ SOLÁRIO
1
54.91m²
1
DML 3.70m²
1
VEST. MASC. 27.67m²
VEST. MASC. PCD. 1 5.04m²
ESTACIONAMENTO 1 6866.12m²
VEST. FEM. 1 27.97m²
DEPÓSITO DE LIXO 1 18.24m²
CASA DE GÁS VEST. FEM. PCD. 1 5.04m²
1 4.22m²
ÁREA INTERNA CIRCULAÇÃO VESTIÁRIO 1 23.22m²
2 227.82m²
PISTA DE CAMINHADA/ ÁREA VERDE
1 1.655.89m²
GUARITA
1 9.08m²
ENTRADA
1 409.32m²

SETOR DIAGNÓSTICO = 347.30M²


INFRA-ESTRUTURA= 9.119,06M²
SETOR COMUM DE HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO= 959,73M² TOTAL: 11.674,76m²
88
FLUXOGRAMA
ACESSO

PRINCIPAL

ESTACIONAMENTO

RECEPÇÃO

SETOR SOCIAL RECEPÇÃO RECEPÇÃO

SETOR COMUM DE
CONSULTÓRIOS SETOR DIAGNÓSTICO OFICINA ORTOPÉDICA
DECK
HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO

FARMÁCIA SETOR

ÁREA INTERNA
ÁREA INTERNA ADMINISTRATIVO

PISTA DE CAMINHADA/

ÁREA VERDE CARGA E DESCARGA

89
processo criativo

BOA VENTILAÇÃO

PROPOSTA 1
ESTACIONAMENTO MAL POSICIONADO

3 BLOCOS SEM COBERTURA DE PROTEÇÃO


NÃO CONVERSA COM O TERRENO
BOA VENTILAÇÃO

SEM PRIVACIDADE NA ÁREA INTERNA


BOA ILUMINAÇÃO O DIA TODO

Fonte: Acervo pessoal.

BLOCOS LIGADOS ENTRE SÍ PORÉM O DESLOCAMENTO


DO DIAGNÓSTICO PARA O SETOR COMUM IRIA SER
MUITO LONGO

PROPOSTA 2
PRIVACIDADE NA ÁREA INTERNA

CIRCULAÇÃO

ÁREA INTERNA
BOA ILUMINAÇÃO NA FACHADA
SETOR ADMINISTRATIVO

ESTACIONAMENTO
ESTACIONAMENTO BEM POSICIONADO
SETOR DIAGNÓSTICO

SETOR CLÍNICO

90 Fonte: Acervo pessoal. SETOR COMUM DE

HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO
PRIVACIDADE NA ÁREA INTERNA

PROPOSTA 3
BOA VENTILAÇÃO CRUZADA

3 BLOCOS SEM COBERTURA DE PROTEÇÃO

SOL DA TARDE PEGANDO EM TODAS AS


FACHADAS

ESTACIONAMENTO BEM POSICIONADO

Fonte: Acervo pessoal.

PRIVACIDADE NA ÁREA INTERNA

BOA VENTILAÇÃO CRUZADA


POSSIBILIDADE DE VARIAS ÁREAS

PROPOSTA 4
INTERNAS
CIRCULAÇÃO

ÁREA INTERNA
SOL DA TARDE PEGANDO NA FACHADA DOS
SETOR ADMINISTRATIVO
CONSULTÓRIOS
ESTACIONAMENTO

ESTACIONAMENTO BEM POSICIONADO SETOR DIAGNÓSTICO

SETOR CLÍNICO

91 Fonte: Acervo pessoal. SETOR COMUM DE

HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO
PROPOSTA FINAL

PRIVACIDADE NAS ÁREA INTERNA

UTILIZA BEM O TERRENO

BOA VENTILAÇÃO CRUZADA

OS BLOCOS LIGADOS ENTRE SÍ COM COBERTURA EM BALANÇO

ESTACIONAMENTO BEM POSICIONADO

PRIVACIDADE NAS ÁREA INTERNA


CIRCULAÇÃO

BOA VENTILAÇÃO CRUZADA ÁREA INTERNA

SETOR ADMINISTRATIVO

ESTACIONAMENTO
CIRCULAÇÃO INTERNA PROTEGIDA
SETOR DIAGNÓSTICO

SETOR CLÍNICO

Fonte: Acervo pessoal. SETOR COMUM DE

92 HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO
CONCEPÇÃO DO PROJETO - DIAGRAMAS

ÁREA NECESSÁRIA PARA O PROGRAMA.

PROGRAMA

PROPÕE-SE UM CONJUNTO DIVIDIDO EM 4 BLOCOS, QUE


GARANTE A FLUIDEZ, CONFORTO E CIRCULAÇÃO,
DIVIDINDO OS BLOCOS COM A SUA DETERMINADA
FUNÇÃO.

DIVISÃO DOS BLOCOS

ADOÇÃO DE ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA, ESPELHOS D`


ÁGUA, JARDIM, BANCOS DE ESPERA E MARQUISES EM
BALANÇO. AS ÁREAS INTERNAS PERMITEM UM BOM
FLUXO DE VENTILAÇÃO CRUZADA E VASTA INCIDÊNCIA DA
LUZ SOLAR.

ÁREAS INTERNAS

93
SETORIZAÇÃO

CIRCULAÇÃO

SETOR SOCIAL

SETOR ADMINISTRATIVO

SETOR DIAGNÓSTICO

SETOR CLÍNICO

SETOR COMUM DE

HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO

94
PROJETO

ARQUITETôNICO

Fonte: Acervo pessoal.


95
LEGENDA:

IMPLANTAÇÃO
ACESSO PACIENTES
ACESSO VEÍCULOS
ACESSO FUNCIONÁRIOS
1 SETOR A - CLÍNICO
2 SETOR B- ADMINISTRATIVO
3 SETOR C- DIAGNÓSTICO
4 SETOR D- COMUM DE HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO
5 SETOR E- SOCIAL
6 ESTACIONAMENTO
7 ATIVIDADES AO AR LIVRE
8 DECK/ SOLÁRIO
9 LIXO

96
situação

08

09

08

09 10 11

97
LEGENDA:

PLANTA BAIXA

FLUXO DE PACIENTES E ACOMPANHANTE

FLUXO DE FUNCIONÁRIOS

CIRCULAÇÃO

SETOR SOCIAL

SETOR ADMINISTRATIVO

SETOR DIAGNÓSTICO

SETOR CLÍNICO

SETOR COMUM DE

HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO
OFICINA ORTOPÉDICA

ATIVIDADES AO AR LIVRE

98
99
PLANTA BAIXA
LEGENDA:

CORTES

CIRCULAÇÃO

SETOR SOCIAL

SETOR ADMINISTRATIVO

SETOR DIAGNÓSTICO

SETOR CLÍNICO

SETOR COMUM DE

HABILITAÇÃO/REABILITAÇÃO
OFICINA ORTOPÉDICA

ATIVIDADES AO AR LIVRE

100
CORTES

CORTE A/A
SEM ESCALA

CORTE B/B
SEM ESCALA

CORTE C/C
SEM ESCALA

CORTE D/D
SEM ESCALA

CORTE E/E
SEM ESCALA

CORTE F/F
101 SEM ESCALA
VISTA 1
SEM ESCALA

VISTA 2
SEM ESCALA

VISTA 3
SEM ESCALA

VISTA 4
SEM ESCALA ELEVAÇÕES

VISTA 5
SEM ESCALA

102
PERSPECTIVA EXTERNA- fachada frontal

103
PERSPECTIVA EXTERNA- pórtico

104
PERSPECTIVA EXTERNA- fachada frontal

105
PERSPECTIVA EXTERNA- fundo

106
PERSPECTIVA EXTERNA- JARDINS INTERNOS

107
PERSPECTIVA externa- pista de camninhada

108
PERSPECTIVA INTERNA- corredor

109
PERSPECTIVA INTERNA-pilates

110
PERSPECTIVA INTERNA- sala pedagógica

111
PERSPECTIVA INTERNA- CONSULTÓRIO TRIAGEM

112
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Termino este trabalho com satisfação, porque concebi não só um edifício, mas sim, uma obra arquitetônica- incluindo espaços
interiores e exteriores - como forma de reinserção social de pessoas com deficiência através da reabilitação/habilitação.
O objetivo era projetar um edifício hospitalar caracterizado por espaços fluidos, iluminados e permanentemente ventilados. Jardins
internos foram criados entre os módulos para trazer o verde para dentro do ambiente hospitalar. Definir a estrutura volumétrica de um
edifício com estruturas que formam conexões ricas entre corpos sólidos e vazios. Acrescentam também um caráter igualitário, aberto e
condizente com o conceito de espaços humanizados para reabilitação.
Além de compreender a relevância desse dispositivo como forma de superação de limitações e descoberta de novas possibilidades,
percebe-se também a importância de se apegar a serviços que, além de restaurar/conquistar a integridade corporal, sejam capazes de
restaurar a realização pessoal.

GRATIDÃO!

113
Referências
ANVISA, PERGUNTAS E RESPOSTAS- COMUNIDADES TERAPÊUTICAS, 13 OUT. DE 2021. DISPONÍVEL EM:
<HTTPS://WWW.GOV.BR/ANVISA/PT-BR/CENTRAISDECONTEUDO/PUBLICACOES/SERVICOSDESAUDE/PUBLICACOES/PERGUNTAS-
E-RESPOSTAS-COMUNIDADES-TERAPEUTICAS-2021.PDF>. ACESSO EM 26, MAR. 2022.
BRASIL. MINISTÉRIODA SAÚDE. SECRETARIADE ATENÇÃO ASAÚDE. POLÍTICA NACIONALDE HUMANIZAÇÃO.
BRASIL. DECRETO-LEI N° 3.298, DE 20 D DEZEMBRO DE 1999
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. RDC N° 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002, DISPÕE SOBRE O REGULAMENTO TÉCNICO PARA
PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO, ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS FÍSICOS DE ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS
DE SAÚDE. DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, PODER EXECUTIVO, BRASÍLIA, 20 DE MAR. 2002.
BRASIL. PORTARIA Nº 793, DE 24 DE ABRIL DE 2012. INSTITUI A REDE DE CUIDADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO ÂMBITO DO
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. DIÁRIO OFICIAL DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. BRASÍLIA, DF, SEÇÃO 1, P.94-95.
BRASIL.DECRETO Nº 7.612 DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011. INSTITUI O PLANO NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA - PLANO VIVER SEM LIMITE.
CADERNOS HUMANIZA SUS. BRASÍLIA, 2010.
CARVALHO, AMANDA. O RIO DE JANEIRO A PARTIR DA CHEGADA DA CORTE PORTUGUESA: PLANOS, INTENÇÕES E
INTERVENÇÕES NO SÉCULO XIX. BRASÍLIA: UFF, 2014.
CIACO, RICARDO JOSÉ ALEXANDRE SIMON. A ARQUITETURA NO PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO DOS AMBIENTES
HOSPITALARES. 2010. DISSERTAÇÃO (MESTRADO EM ARQUITETURA, URBANISMO E TECNOLOGIA) - ESCOLA DE ENGENHARIA DE
SÃO CARLOS, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO CARLOS, 2010. DOI:10.11606/D.18.2010.TDE-05012011-155939. ACESSO EM:
2022-04-10.
CLAUDIO VEKSTEIN E MARTA TELLO: CENTRO DE REABILITAÇÃO MOTORA, VICENTE LÓPEZ, ARGENTINA. REVISTAPROJETO,
2005. DISPONÍVEL EM: < HTTPS://REVISTAPROJETO.COM.BR/ACERVO/CLAUDIO-VEKSTEIN-E-MARTA-TELLO-CENTRO-DE-19-10-
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DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO. SEÇÃO 1. 18/11/2011. P. 12 ENTREVISTADA 04, 09 E 54. [ABRIL. 2022]. ENTREVISTADOR: ROQUE LIMA.
SALVADOR, 2022. ARQUIVO EM FORMS
<HTTPS://DOCS.GOOGLE.COM/FORMS/D/1PPWD3ECVOVBIZ5RITOG74BAXRMPDDNWJH6IBS_Q02M8/EDIT?USP=SHARING.> A
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GOÉS, DE RONALD. MANUAL PRÁTICO DE ARQUITETURA HOSPITALAR. 2. ED. REVISTA E AMPLIADA - 2ª EDIÇÃO – SÃO PAULO:
BLUCHER, 2011.

114
Referências
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DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR. FLORIANÓPOLIS, P. 27-28, FEV.2005.
LELÉ: HOSPITAL REDE SARAH, RIO DE JANEIRO. REVISTAPROJETO, 2009. . DISPONÍVEL EM: <
MAGALHÃES, HELVÉCIO. ATENÇÃO BÁSICA ENQUANTO ORDENADORA DA REDE E COORDENADORA DO CUIDADO: AINDA UMA
UTOPIA?, 2014
MAIOR, I. DEFICIÊNCIA E DIFERENÇAS. SÃO PAULO: CAFÉ FILOSÓFICO, INSTITUTO CPFL. EXIBIDO EM 19 JUN. 2016. DISPONÍVEL
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PRODUZIDO POR TV CULTURA. SÉRIE O VALOR DAS DIFERENÇAS EM UM MUNDO COMPARTILHADO, DE BENILTON BEZERRA JR.
“OS BRASILEIROS NÃO SABEM O QUE É O SUS”, AFIRMA DRAUZIO VARELLA NO RODA VIVA DISPONIVEL EM <
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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE(OMS). RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE A DE€CIÊNCIA / WORLD HEALTH ORGANIZATION, THE
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OSMO, ALAN. O CAMPO DA SAÚDE COLETIVA NO BRASIL: DEFINIÇÕES E DEBATES EM SUA CONSTITUIÇÃO1. SÃO PAULO, 2014.
PAIM, JAIMILSON, O QUE É O SUS? . RIO DE JANEIRO, 2012
PERÉN, J. I. ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAIS NA OBRA DE JOÃO FILGUEIRAS LIMA “LELÉ”: ESTUDO DOS HOSPITAIS DA
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CONCLUSÃO DE CURSO 1- ARQUITETURA E URBANISMO, UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA, TUBARÃO/SC. 2021,
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SOUZA, APARECIDA; AC, MANCUSSI: HISTÓRIA DA REABILITAÇÃO NO BRASIL, NO MUNDO E O PAPEL DA ENFERMAGEM NESTE
CONTEXTO: REFLEXÕES E TENDÊNCIAS COM BASE NA REVISÃO DE LITERATURA, SÃO PAULO, V.10, N. 24, P.296-298, OUT 2011.
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TOLEDO, LUIZ CARLOS. FEITOS PARA CUIDAR: A ARQUITETURA COMO UM GESTO MÉDICO E A HUMANIZAÇÃO DO EDIFÍCIO
HOSPITALAR (TESE DE DOUTORADO). RIO DE JANEIRO, 2008. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO.

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União Metropolitana de Educação e Cultura
Professor orientador: Igor Catunda
Orientando: Roque Lima
Objeto: Centro de reabilitação sensorial e motora

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CENTRO DE REABILITAÇÃO União Metropolitana de Educação e Cultura
União Metropolitana de Educação e Cultura SENSORIAL E MOTORA Professor orientador: Igor Catunda
União Metropolitana de Educação e Cultura União Metropolitana de Educação e Cultura
Professor orientador: Igor Catunda Orientando: Roque Lima
Professor orientador: Igor Catunda União Metropolitana de Educação e Cultura Professor orientador: Igor Catunda
Objeto: Centro de reabilitação sensorial e motora
Orientando: Roque Lima Orientando: Roque Lima Professor orientador: Igor Catunda Orientando: Roque Lima
Objeto: Centro de reabilitação sensorial e motora Objeto: Centro de reabilitação sensorial e motora Orientando: Roque Lima Objeto: Centro de reabilitação sensorial e motora
Objeto: Centro de reabilitação sensorial e motora

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