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Química Coloidal
Universidade Licungo
Beira
2021
V-GRUPO
Química Coloidal
Universidade Licungo
Beira
2021
Índice Pág.
Índice de figuras ............................................................................................................... 4
I. Introdução...................................................................................................................... 5
Índice de figuras
Figura 11: Remoção de impurezas de uma superfície sólida, por acção de detergentes e
acção mecânica. .............................................................................................................. 22
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I. Introdução
O presente trabalho te como tema “Umectantes (surfactantes) detergentes tensidas ”, é
com base do tema que vamos falar de umectantes, apresentamos a sua definição e
falamos de alguns conceitos que tem haver com os umectantes, os tipos de umectantes,
aplicação de umectantes e de seguida falamos dos surfactantes: apresentamos uma visão
geral (conceito) classificação dos surfactantes de acordo com o grupo polar,
posteriormente falamos da concentração micelar crítica (CMC) e aplicação dos
surfactantes para finalizar o trabalho falamos dos detergentes os tipos de detergentes,
fenómeno da detergência, principais factores na actuação dos detergentes e mecanismos
da detergência.
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2.1 Umectantes
Segundo (DALTIN). São substâncias que retardam a evaporação da água, fazendo com
que a gota permaneça mais tempo na superfície tratada, aumentando a absorção do
produto aplicado. Substâncias que tem a propriedade de molhar rapidamente outras
substâncias; tem Balanço Hidrofílico-Lipofílico (HLB) 7 a 9 (são lipofílicos). Os
substratos têxteis crus não absorvem água, devido a presença de gorduras e óleos
(naturais/adicionados artificialmente na fiação) que impedem a penetração de água.
Figura1: A redução da tensão superficial facilita a entrada do líquido nas frestas formadas
entre as fibras do tecido, o que proporciona a umectação do material por capilaridade.
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Fonte: DALTIN
Os Umectantes, como acido latico e ureia, assim como os conservantes, causam reações
subjetivas. Porem, formulações isentas dessas substanciam particularmente irritante
pode induzir sensações subjectivas ou alergia. Cada organismo reage de uma forma
particular á exposição de determinadas substância. Em formulações tópicas, fragrâncias
e conservantes são identificados como os maiores sensibilizadores (halvarsson, loden,
2007).
Surfactantes são compostos anfifílicos, constituídos de duas partes: uma contendo uma
longa cadeia apoiar hidrocarbônica ou “cauda” (hidrofóbica), e outra contendo grupos
polares, usualmente iônicos denominados “grupos cabeças” (hidrofílica) . A cadeia de
carbonos da molécula é responsável pela solubilidade dos surfactante em óleos, ao
passo que o grupo polar apresenta suficiente afinidade pela água para arrastar consigo
uma cadeia carbônica e constituir uma solução.
Sua ação sobre a tensão superficial é devida a uma grande cadeia carbônica, lipofílica,
unido a um grupo básico hidrófilo. Não são usados como detergentes domésticos porque
apresentam um fraco poder detergente, mas são notáveis umectante e de grande poder
de dispersão, formam pouca espuma, mas são os tensoativos que apresentam a mais alta
capacidade de aderência às superfícies sólidas, mesmo após a retirada da solução do
tensoativo.
São dotados de poder bactericida elevado contra germens gram-negativos, sendo muito
empregados em desinfetantes hospitalares para lavagem de fraldas, ou outro qualquer
material que contenha urina; hoje já são encontrados em amaciantes para roupas.
Utilizados ainda como anti-sépticos da pele, como saneantes em laticínios e
estabelecimentos de alimentos. São também fungicidas, atuando sobre certos
protozoários patogênicos. São de toxicidade relativamente baixa , com ausência de
poder corrosivo. (DALTIN, 2011).
Não apresentam nenhuma carga em suas moléculas, mas possuem uma parte lipofílica e
outra hidrofílica (poliglicólica) que se solubiliza em água, ligando-se a esta através de
pontes de hidrogênio (BORSATO; MOREIRA e GALÃO, 2004).
Fonte: DESTEFANI
Esse efeito de redução da tensão interfacial é observado até uma determinada
concentração de surfactante, chamada de concentração micelar crítica (CMC), a partir
da qual as moléculas de surfactante presentes no interior da solução passarão a se
associar formando agregados micelares (Figura 6C). A força motriz para que ocorra
essa agregação é novamente o efeito hidrofóbico, que leva à formação de estruturas nas
quais as cadeias de hidrocarbonetos ficarão na parte interna da estrutura e o grupo polar
na parte externa, em contacto com o meio aquoso. O ganho entrópico da liberação das
moléculas de água supera a perda entrópica da agregação das moléculas de surfactante e
a associação é energeticamente favorável.
Micelar Crítica (CMC), Uma vez que a Concentração Micelar Crítica do surfactante
adicionado ao sistema tenha sido atingida (Figura 7), as moléculas se associam
formando micelas, vesículas esféricas ou irregulares e lamelas (bicamadas contínuas),
conforme pode ser observado na Figura 8. A Concentração Micelar Crítica (CMC), é
usada para medir a eficiência do surfactante. A partir da CMC, a adição de surfactante
não afeta significativamente a tensão superficial do sistema
Uma vez que a Concentração Micelar Crítica do surfactante adicionado ao sistema tenha
sido atingida (Figura 7), as moléculas se associam formando micelas, vesículas esféricas
ou irregulares e lamelas (bicamadas contínuas), conforme pode ser observado na Figura
8.
2.4 – Detergentes
O termo detergente origina-se do latim “detergere”, que tem como significado limpar,
fazer desaparecer (BORSATO; MOREIRA e GALÃO, 2004).
Os detergentes contem misturas de várias substâncias; cada uma delas vai ter uma acção
particular durante a limpeza, porém o princípio ativo é sempre um surfactante.
tensoativos que tem a propriedade de umectação, remoção e dispersão da sujeira e de
emulgador de gorduras. Detergentes limpam pela acção micelar.
Obs.: para processos contínuos os detergentes devem ter HLB baixo, devido a
necessidade rápida de umectação.
CH3-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-O-SO2– Na+
Se a impureza for fluida (ou gordurosa), sua remoção pode ser considerada como um
fenómeno de ângulos de contacto. A adição de detergente diminui o ângulo de contacto
na interface tríplice sólido-óleo-água, e como consequência a gotícula de óleo se
“enrola” (Fig.9B) e é facilmente desprendida. Com respeito a esse fenómeno, o aumento
de temperatura tem efeito acentuado sobre o efeito do detergente até cerca de 45 °C (a
maior parte das gorduras funde-se abaixo dessa temperatura) e efeito pouco
pronunciado entre essa temperatura e as vizinhanças do ponto de ebulição.
Fonte: SHAW
Vê-se pelo que foi exposto que as substâncias tenso-activas que se adsorvem nas
interfaces sólido-água e impureza-água serão os melhores detergentes. A adsorção na
interface ar-água e a consequente diminuição da tensão superficial e formação de
espuma não são, portanto, necessariamente uma indicação sobre a eficiência do
detergente; por exemplo, detergentes não-iónicos usualmente mostram excelente
actividade detergente, mas são agentes de formação de espuma bastante fracos.
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Figura 11: Remoção de impurezas de uma superfície sólida, por acção de detergentes e
acção mecânica.
Fonte: SHAW
b. A água sozinha não consegue remover a impureza, principalmente por causa de sua
elevada tensão superficial e ineficiente umedecimento.
Os detergentes mais poderosos são aqueles que formam micelas, facto que
inicialmente levou à ideia de que as micelas estão envolvidas directamente na acção
do detergente, como agentes de solubilização dos materiais oleosos. Contudo Os
melhores agentes de umedecimento não são necessariamente os melhores detergentes, e
vice-versa.
III. Conclusão
Com o presente trabalho aprendemos muito acerca de (umectantes, surfactantes)
detergentes tensidas), a maior parte dos autores incluem o umectantes e detergentes
tensidas como agentes surfactantes. Concluímos que os surfactantes apresentam
afinidade por óleos, gorduras e superfícies das soluções com sólidos, líquidos ou gases,
mas também pela água, podendo pertencer aos dois meios. Essas características
permitem que os surfactantes / tensoativos sejam utilizados como conciliadores dessas
fases imiscíveis, formando emulsões, espumas, suspensões, microemulsões ou
propiciando a umectação, formação de filmes líquidos e divergência de superfícies.
Essas propriedades fazem com que os surfactantes / tensoativos sejam utilizados em
aplicações tão diversas como detergentes, agroquímicos, cosméticos, tintas, cerâmica,
alimentos, tratamento de couros e têxteis, formulações farmacêuticas, óleos
lubrificantes.
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III.Referencia bibliográfica
1. AMIGO Nisete Augusta De -Propriedade Das Normas De Lançamento De
Esgoto, Ms -- Fundação Oswaldo Cruz -- Ensp / Dssa agosto de 1998