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V-GRUPO

Frengue André Chithlango

Gerehama Jose Antonio

Géssica Paula Uarota


Guerra Manuel Cuchama

Química Coloidal

Umectantes (Surfactantes) Detergentes Tensidas

Licenciatura em Ensino de Química com Habilidades em Gestão de Laboratório

Universidade Licungo

Beira

2021
V-GRUPO

Frengue André Chithlango

Gerehama Jose Antonio

Géssica Paula Uarota


Guerra Manuel Cuchama

Química Coloidal

Umectantes (Surfactantes) Detergentes Tensidas

Licenciatura em Ensino de Química com Habilidades em Gestão de Laboratório

Mcs. Mário Pereira

Universidade Licungo

Beira

2021
Índice Pág.
Índice de figuras ............................................................................................................... 4

I. Introdução...................................................................................................................... 5

2.1 Umectantes ................................................................................................................. 6

2.1.1 Agentes umectantes ................................................................................................. 7

2.1.2 Aplicação De Umectantes ....................................................................................... 8

2.2 Surfactantes: Uma Visão Geral (Conceito) ................................................................ 8

2.2.1 Classificação Dos Surfactantes de Acordo Com o Grupo Polar. .......................... 12

2.2.1 Surfactantes Aniônicos .......................................................................................... 12

2.2.2 Surfactantes Catiônicos ......................................................................................... 13

2.2.3 Surfactantes Não-Iónicos....................................................................................... 13

2.2.4 Surfactantes Zwitteriônicos (Anfóteros) ............................................................... 14

2.2.2 Mecanismo de redução da tensão superficial pelo surfactante .............................. 14

2.2.2.1 Concentração Micelar Crítica – CMC ................................................................ 15

2.3 Aplicação dos Surfactantes ....................................................................................... 17

2.4 – Detergentes ............................................................................................................ 17

2.4.1 - Tipos de Detergentes ........................................................................................... 18

2.4.2 Fenómeno da Detergência ..................................................................................... 20

2.4.2.1 Remoção das Impurezas ..................................................................................... 20

2.4.3 Principais Factores na Actuação dos Detergentes ................................................. 23

2.4.4 Mecanismos da detergência ................................................................................... 24

III. Conclusão ................................................................................................................. 25

III.Referencia bibliográfica ............................................................................................ 26


4

Índice de figuras

Figura1: A redução da tensão superficial facilita a entrada do líquido nas frestas


formadas entre as fibras do tecido, o que proporciona a umectação do material por
capilaridade. ...................................................................................................................... 6

Figura 2: Representação esquemática dos surfactantes catiônicos (A), aniônicos (B),


anfóteros (C) e não iônicos (D). A cauda corresponde à porção apolar e a cabeça à
porção polar. ..................................................................................................................... 9

Figura 3: Representação esquemática. A – Gota de água em uma superfície hidrofóbica.


B – Gota de água em uma superfície hidrofóbica, contendo moléculas de surfactante. A
redução da tensão superficial na gota de água, após a adição do surfactante, aumentou a
área de contacto da água com a superfície hidrofóbica. ................................................. 11

Figura 4 : Esquema ilustrativo mostrando a organização molecular de um surfactante em


uma micela direta (A) e uma micela inversa (B). ........................................................... 11

Figura 5 : Representação de uma molécula de surfactante. ............................................ 12

Figura 6 : Mecanismo de redução da tensão superficial pelo surfactante (A e B) e início


da agregação das moléculas (C). .................................................................................... 15

Figura 7: Acção do surfactante e formação de micelas (Concentração Micelar Crítica,


CMC). Fonte: VAN HAMME ......................................... 16

Figura 8 :Estruturas básicas formadas por biossurfactantes ........................................... 16

Figura 9: Representação estrutural e esquemática de detergentes sintéticos ................ 19

Figura 10: Esquema do mecanismo da limpeza usando detergentes (Fora de proporção,


cores e formas fantasiosas. ............................................................................................. 21

Figura 11: Remoção de impurezas de uma superfície sólida, por acção de detergentes e
acção mecânica. .............................................................................................................. 22
5

I. Introdução
O presente trabalho te como tema “Umectantes (surfactantes) detergentes tensidas ”, é
com base do tema que vamos falar de umectantes, apresentamos a sua definição e
falamos de alguns conceitos que tem haver com os umectantes, os tipos de umectantes,
aplicação de umectantes e de seguida falamos dos surfactantes: apresentamos uma visão
geral (conceito) classificação dos surfactantes de acordo com o grupo polar,
posteriormente falamos da concentração micelar crítica (CMC) e aplicação dos
surfactantes para finalizar o trabalho falamos dos detergentes os tipos de detergentes,
fenómeno da detergência, principais factores na actuação dos detergentes e mecanismos
da detergência.
6

II.Umectantes (Surfactantes) Detergentes Tensidas

2.1 Umectantes
Segundo (DALTIN). São substâncias que retardam a evaporação da água, fazendo com
que a gota permaneça mais tempo na superfície tratada, aumentando a absorção do
produto aplicado. Substâncias que tem a propriedade de molhar rapidamente outras
substâncias; tem Balanço Hidrofílico-Lipofílico (HLB) 7 a 9 (são lipofílicos). Os
substratos têxteis crus não absorvem água, devido a presença de gorduras e óleos
(naturais/adicionados artificialmente na fiação) que impedem a penetração de água.

Quando da adição de umectantes a água, devido a afinidades destes por gorduras, a


tensão superficial da água é reduzida e o material têxtil se molha.

Segundo (DALTIN). Umectação é o termo utilizado para a molhabilidade de superfícies


mais complexas, como o molhamento de um material têxtil, em que a capilaridade é
fundamental para que o líquido penetre profundamente no material. A Figura 1 mostra
como a redução da tensão superficial facilita a penetração dos líquidos nas frestas
formadas entre duas fibras do tecido, proporcionando a capilaridade e, portanto, a
umectação. É por isso que se utilizam solventes apolares na lavagem de tecidos a seco.
Como o solvente apresenta baixa tensão superficial, umecta bem o tecido e penetra
facilmente entre as fibras, arrastando eficientemente as sujeiras do tecido. Depois de
realizada a lavagem, o solvente é evaporado do tecido e condensado em sistema fechado
para reaproveitamento em uma próxima lavagem.

Figura1: A redução da tensão superficial facilita a entrada do líquido nas frestas formadas
entre as fibras do tecido, o que proporciona a umectação do material por capilaridade.
7

Fonte: DALTIN

2.1.1 Agentes umectantes


Segundo (SHAW). São materiais tenso-activos são empregados como agentes
umectantes em muitos casos de ordem prática. Por exemplo, em banhos de imersão para
ovinos e bovinos, e na aplicação de insecticidas e outros sprays na horticultura; nessas
duas situações, as superfícies envolvidas apresentam aspecto gorduroso, quase como
cera, e por tanto condições desfavoráveis para recobrimento superficial, a não ser que
adicionemos um agente umectante. Mas nesses casos não se deseja também um excesso
de umedecimento, porque este provoca uma drenagem muito intensa do excesso de
liquido da superfície. Os agentes de umedecimento também encontram aplicações
amplas na indústria têxtil.
Além de provocar um abaixamento de yL/Ar, importante que o agente de
umedecimento provoque também um abaixamento de ys/L. Devemos assim escolher o
agente tenso-activo que mais se adapta à natureza específica da superfície sólida em
questão (devem ser considerados também efeitos colaterais, como toxicidade, formação
de espumas, etc.). Agentes tenso-activos de forma molecular muito irregular, como por
exemplo o di-rc-octilsulfossucinato de sódio (Aerossol OT) são freqüentemente bons
agentes de umedecimento, já que a formação de micelas não é favorecida por razões
estéricas, permitindo assim elevadas concentrações de moléculas tenso-activas não
associadas, e em consequência um maior abaixamento de yL/Ar e ys/L. Substâncias
tenso-activas não-iónicas também são 'bons agentes umectantes.

 Pirrolidona Carboxilato de Sódio (PCA Na)

É um umectante natural derivado do ácido glutâmico obtido através do melaço da cana-


de-açúcar. Presente em grande quantidade na pele humana como um dos componentes
do nmf (fator de hidratação natural), este umectante ajuda a manter a pele e os cabelos
hidratados. É extremamente seguro devido a sua biodegradabilidade, é considerado um
produto compatível ecologicamente. É extremamente útil como umectante para
produtos cosméticos e de higiene pessoal. Usado em cremes, loções, xampus,
condicionadores, shower gel; além de produtos para cuidados com o sol e maquiagem.

 Reações adversa dos umectantes


8

Pode-se considerar que umectantes são dotados de segurança favorável, se comparados


aos activos em determatologia. Ainda que usados em áreas externas do corpo, e por
umperiodo longo de tempo, eles raramente estão a serie riscos de saúde (halvarsson,
loden, 2007).

Os Umectantes, como acido latico e ureia, assim como os conservantes, causam reações
subjetivas. Porem, formulações isentas dessas substanciam particularmente irritante
pode induzir sensações subjectivas ou alergia. Cada organismo reage de uma forma
particular á exposição de determinadas substância. Em formulações tópicas, fragrâncias
e conservantes são identificados como os maiores sensibilizadores (halvarsson, loden,
2007).

Para minimizar a irritação cutânea aos hidratantes, imperiosa se faz a existência de


métodos sensíveis e de confiança para testar esses produtos. De acordo com burazewska
et al.(2007), há uma falta de conhecimento sobre os efeitos de hidratantes na função de
barreira cutânea, principalmente apos a um longo prazo. Algunas hidratantes podem
fragilizar a função da bareira, enquanto outros podem fortalece-la, influenciando na sua
recuperação.

2.1.2 Aplicação De Umectantes


Nos produtos de limpeza, auxiliam na penetrabilidade do produto, favorecendo o acesso
dos agentes desengordurantes á sujeira, que torna a limpeza mais eficiente. Ao
umectantes também são muito utilizados em cosméticos. Não adicionam umidades á
pele, mas ajudam a manter a sua umidade natural. A maioria dos agentes umectantes é
encontrada em cremes hidratantes, loções, tónicos, xampus, condicionadores, tónicos
capilares, cremes para cabelo, protetores solares, entre outos, usandos para manter a
pele e cabelos hidratados (DALTIN, 2011).

2.2 Surfactantes: Uma Visão Geral (Conceito)


O termo surfactante segundo Barros et aI. (2007) vem da contracção da expressão
Surface active agent, que significa agente de actividade superficial. Esses compostos de
acordo com Silva et aI. (2009) Possuem a capacidade de reduzir a tensão superficial e
interfacial em fluídos imiscíveis.
9

Tensoativos ou surfactantes são compostos orgânicos anfipáticos que apresentam em


sua molécula duas porções distintas, uma porção hidrofóbica (apolar) e uma porção
hidrofilica (polar). A porção apolar, também denominada de cauda, é constituída por
uma ou duas cadeias carbónicas, ou fluorocarbônicas, ou siloxânicas. (ex. Cadeias
alifáticas, grupos policíclicos ou aromáticos). Enquanto a porção polar, ou cabeça, pode
apresentar grupos iónicos (catiões ou aniões), não iónicos ou anfóteros, que se
comportam como ácido ou base dependendo do pH do meio (DALTIN, 2011).

Os surfactantes por apresentarem em sua estrutura química grupos polares (grupo


hidrofilico) e apolares (grupohidrofóbico) tendem a se distribuir nas interfaces entre
fases fluidas com diferentes graus de polaridade (óleo/água e água! óleo). A redução da
tensão superficial e interfacial se deve a formação de um filme molecular, ordenado
nas interfaces, o que caracteriza a esses compostos propriedades únicas. Estas
propriedades fazem os surfactantes serem adequados para ampla gama de aplicações
industriais envolvendo: detergência, emulsificação, lubrificação, capacidade espumante,
capacidade molhante, solubilização e dispersão de fases.

Os surfactantes são classificados em de acordo com o grupo polar em aniônicos,


catiônicos, não iónicos ou anfotéricos, de acordo com o grupo presente na parte polar

Fonte: FELIPE & DIAS

Figura 2:Representação esquemática dos surfactantes catiônicos (A), aniônicos (B),


anfóteros (C) e não iônicos (D). A cauda corresponde à porção apolar e a cabeça à
porção polar.

Segundo (BORGES). Surfactantes (agentes de superfície activa) são frequentemente


referidos também como tensioactivos. São compostos orgânicos que, quando
adicionados a um líquido, modificam drasticamente as propriedades da camada
superficial (propriedades interfaciais) que separam as duas fases em contacto. As
10

principais propriedades que caracterizam os surfactantes são: tensão superficial e


interfacial; adsorção; formação de micelas em solução; molhamento de sólidos;
dispersão e agregação de sólidos; formação de espumas e emulsões. Podem ser ainda
definidos como substâncias que, quando dissolvidas em água ou em soluções aquosas,
modificam (usualmente reduzem) a tensão superficial e, de maneira análoga a tensão
interfacial de dois líquidos.

Surfactantes são compostos anfifílicos, constituídos de duas partes: uma contendo uma
longa cadeia apoiar hidrocarbônica ou “cauda” (hidrofóbica), e outra contendo grupos
polares, usualmente iônicos denominados “grupos cabeças” (hidrofílica) . A cadeia de
carbonos da molécula é responsável pela solubilidade dos surfactante em óleos, ao
passo que o grupo polar apresenta suficiente afinidade pela água para arrastar consigo
uma cadeia carbônica e constituir uma solução.

Tensoativos podem ser naturais ou sintéticos. Os naturais incluem lipídeos e ácidos


biliares. Contudo, o isolamento do produto homogêneo puro é extremamente difícil,
especialmente para grandes quantidades de materiais. Além disso, a estrutura do lipídeo
pode ser alterada durante sua extracção e purificação. Já para os tensoativos sintéticos
esses problemas são minimizados, pois dependem da estrutura química das ligações
como a porção hidrofóbica

Um tensoativo típico sintético possui a estrutura R-X, onde R é a cadeia de


hidrocarbonetos, variando de 8-18 átomos (normalmente linear), e X é o grupo cabeça.
Dependendo de X (região hidrofílica), os surfactantes podem ser classificados em
quatro tipos:

Os surfactantes, devido ao seu caráter anfifílico, quando adicionados a um solvente


polar, como água, se acumulam na superfície do solvente, ou seja, na interface
solvente/ar. A presença das moléculas de surfactantes na superfície diminui a força de
coesão entre as moléculas do solvente, localizadas na superfície, reduzindo a tensão
superficial (Figura 3).
11

Figura 3:Representação esquemática. A – Gota de água em uma superfície hidrofóbica.


B – Gota de água em uma superfície hidrofóbica, contendo moléculas de surfactante. A
redução da tensão superficial na gota de água, após a adição do surfactante, aumentou a
área de contacto da água com a superfície hidrofóbica.

A adição de mais moléculas de surfactante após a saturação da superfície entre as duas


fases (polar/apolar) não diminuirá a tensão superficial. As moléculas de surfactante
adicionadas após a saturação interagirão entre si formando agregados moleculares,
denominados de micelas, no interior da fase polar (Figura 3A) e ou no interior da fase
apolar (Figura 3B). A concentração na qual se inicia o processo de formação de micelas
é denominada de concentração micelar crítica (cmc). A cmc é uma propriedade
intrínseca e característica de cada surfactante. A natureza química do grupo hidrofóbico,
do grupo hidrofílico, força iônica, temperatura e a presença de eletrólitos são fatores que
afetam a cmc.

: Esquema ilustrativo mostrando a organização molecular de um surfactante em


Figura 4
uma micela direta (A) e uma micela inversa (B).
12

2.2.1 Classificação Dos Surfactantes de Acordo Com o Grupo Polar.


Segundo (DESTEFANI). Surfactantes são capazes de diminuir a tensão superficial
porque são moléculas anfifílicas, isto é, apresentam uma região apolar, devido à
presença de uma cadeia hidrofóbica, e uma região polar (Figura 1). Eles podem ser
divididos em 4 classes: surfactantes aniônicos, catiônicos, zwitteriônicos e não iónicos.

Figura 5 : Representação de uma molécula de surfactante.

Fonte: DESTEFANI Figura 1.


2.2.1 Surfactantes Aniônicos
Na classe aniônica estão os surfactantes cujos radicais orgânicos têm carga negativa; são
encontrados nos sabões, e, detergentes sintéticos mais usados a nível doméstico, por
serem mais baratos e de mais baixam custo de produção Além da carga negativa já
presente na parte polar da molécula, essa região possui átomos de oxigénio (de alta
electronegatividade) que atraem electrões dos carbonos e hidrogênios vizinhos,
aumentando ainda mais a polaridade negativa dessa região. Portanto, por apresentar dois
efeitos que, somados, concentram cargas, a parte polar desse tipo de tensoativo
apresenta alta polaridade e alta capacidade de atracção de moléculas de água. Isso faz
com que os tensoativos aniônicos sejam muito solúveis em água (DALTIN, 2011)

O tensoativo aniônico mais comumente empregado é o dodecilbenzeno sulfonato de


sódio, que apresenta excelentes propriedades de detergência e poder espumante.
Entretanto, apresenta problemas de solubilidade em água, na presença de eletrólitos,
aumentando o risco de turvação em algumas formulações. Além disso, é um tensoativo
causador de irritação na pele, nas concentrações empregadas em detergentes líquidos
para lavagem manual de louça. O dodecilbenzeno sulfonato de sódio é o tensoativo mais
utilizado na composição de detergentes em produtos de limpeza (DALTIN, 2011)
13

2.2.2 Surfactantes Catiônicos


Surfactantes Catiônicos são surfactantes em que o radical orgânico tem carga positiva.
Não são compatíveis com os surfactantes aniônicos, com os quais formam precipitado
insolúvel. Em sua maioria, são sais quaternários de amônia, com estrutura semelhante
ao cloreto de amônia, sendo cada hidrogênio substituído por um radical orgânico; um
exemplar é o cloreto de cetilpiridinio.

Sua ação sobre a tensão superficial é devida a uma grande cadeia carbônica, lipofílica,
unido a um grupo básico hidrófilo. Não são usados como detergentes domésticos porque
apresentam um fraco poder detergente, mas são notáveis umectante e de grande poder
de dispersão, formam pouca espuma, mas são os tensoativos que apresentam a mais alta
capacidade de aderência às superfícies sólidas, mesmo após a retirada da solução do
tensoativo.

São dotados de poder bactericida elevado contra germens gram-negativos, sendo muito
empregados em desinfetantes hospitalares para lavagem de fraldas, ou outro qualquer
material que contenha urina; hoje já são encontrados em amaciantes para roupas.
Utilizados ainda como anti-sépticos da pele, como saneantes em laticínios e
estabelecimentos de alimentos. São também fungicidas, atuando sobre certos
protozoários patogênicos. São de toxicidade relativamente baixa , com ausência de
poder corrosivo. (DALTIN, 2011).

2.2.3 Surfactantes Não-Iónicos


Os tensoativos não-iónicos não apresentam em suas moléculas uma região polar com
cargas verdadeiras, ou seja, possuem grupos hidrofílicos sem cargas. Os produtos desse
subsegmento possuem diversas aplicações, pois possuem um conjunto amplo de
propriedades físicas: alto poder de redução da tensão superficial e interfacial, elevada
resistência à dureza da água e baixa irritabilidade à pele e aos olhos. Porém, apresentam
menor poder de detergência e espuma.

Essas substâncias são bastante utilizadas na formulação de detergentes, em conjunto


com os tensoativos aniônicos, para complemento das propriedades de limpeza. Além
disso, possuem como característica sua compatibilidade com a maioria das matérias-
primas utilizadas em cosméticos, (DALTIN, 2011).
14

Não apresentam nenhuma carga em suas moléculas, mas possuem uma parte lipofílica e
outra hidrofílica (poliglicólica) que se solubiliza em água, ligando-se a esta através de
pontes de hidrogênio (BORSATO; MOREIRA e GALÃO, 2004).

2.2.4 Surfactantes Zwitteriônicos (Anfóteros)


Os tensoativos anfóteros são caracterizados por apresentarem, na mesma molécula,
grupamentos positivo e negativo. Possuem não só boas propriedades de tensão
superficial e concentração de partículas, mas também de umectância e penetração.

Os tensoativos anfóteros se comportam como tensoactivos aniônicos em meio alcalino,


pois a alta concentração de hidroxilas neutraliza a carga positiva. Semelhantemente,
os tensoativos anfóteros se comportam como tensoativos catiônicos em meio ácido.
Os tensoativos anfóteros são compatíveis com os tensoativos aniônicos e catiônicos,
pois não os neutralizam, já que apresentam carga total nula.

Os tensoativos anfóteros mais comuns são as cocoamidopropilbetaínas e são utilizados


principalmente em xampus de baixa irritabilidade ocular. Além disso, são suaves e
compatíveis com todas as outras classes de tensoativos, apresentando excelentes
propriedades dermatológicas, tornando-os adequados para aplicações em cosméticos e
produtos de limpeza. Costumam ser usados em formulações junto com os tensoativos
aniônicos para reduzir as irritações dermatológicas dos produtos (DALTIN, 2011).

Possuem na estrutura um átomo de nitrogênio, com carga positiva, na forma quaternária


ou protonada e ânion carboxila. Tais estruturas, específica dos anfóteros, conferem à
classe de tensoativos propriedades que os diferenciam das demais categorias citadas.
Tanto o núcleo aniônico como o catiônico da molécula pode ocorrer na forma protonada
como na não protonada da molécula, em função do pH. Por essa razão, as propriedades
dos anfóteros dependem do pH do meio (BORSATO; MOREIRA e GALÃO, 2004).

2.2.2 Mecanismo de redução da tensão superficial pelo surfactante


Para entender como a diminuição da tensão superficial ocorre, tomamos como exemplo
surfactantes em solução aquosa. À medida que moléculas de surfactante são adicionadas
à água, uma parte dessas estarão em solução, como unumeros, enquanto outra parte irá
se posicionar na superfície, com o grupo hidrofóbico interagindo com o ar e o grupo
hidrofílico interagindo com a água (Figura 6A e B).
15

Esse comportamento na interface ocorre porque desidratação das cadeias hidrofóbicas


do surfactante é energeticamente favorável, pois libera moléculas de água que antes
estavam solvatando a cadeia para o interior da solução, adquirindo mais graus de
liberdade. Essa liberação de moléculas de água para o interior da solução é conhecido
como efeito hidrofóbico e proporciona um ganho entrópico ao sistema. Uma vez que a
energia coesiva das moléculas de água é maior que de cadeias de hidrocarbonetos, a
adsorção de moléculas de surfactantes na interface resultará em uma diminuição da
tensão interfacial.

: Mecanismo de redução da tensão superficial pelo surfactante (A e B) e início


Figura 6
da agregação das moléculas (C).

Fonte: DESTEFANI
Esse efeito de redução da tensão interfacial é observado até uma determinada
concentração de surfactante, chamada de concentração micelar crítica (CMC), a partir
da qual as moléculas de surfactante presentes no interior da solução passarão a se
associar formando agregados micelares (Figura 6C). A força motriz para que ocorra
essa agregação é novamente o efeito hidrofóbico, que leva à formação de estruturas nas
quais as cadeias de hidrocarbonetos ficarão na parte interna da estrutura e o grupo polar
na parte externa, em contacto com o meio aquoso. O ganho entrópico da liberação das
moléculas de água supera a perda entrópica da agregação das moléculas de surfactante e
a associação é energeticamente favorável.

2.2.2.1 Concentração Micelar Crítica – CMC


Van Hamme e Urban (2009) afirmam que, quando um surfactante é adicionado a
sistemas em concentrações crescentes, observa-se uma redução da tensão superficial até
um valor crítico. Essa quantidade de surfactante é conhecida com Concentração
16

Micelar Crítica (CMC), Uma vez que a Concentração Micelar Crítica do surfactante
adicionado ao sistema tenha sido atingida (Figura 7), as moléculas se associam
formando micelas, vesículas esféricas ou irregulares e lamelas (bicamadas contínuas),
conforme pode ser observado na Figura 8. A Concentração Micelar Crítica (CMC), é
usada para medir a eficiência do surfactante. A partir da CMC, a adição de surfactante
não afeta significativamente a tensão superficial do sistema

Figura 7: Acção do surfactante e formação de micelas (Concentração Micelar Crítica,


CMC). Fonte: VAN HAMME

Uma vez que a Concentração Micelar Crítica do surfactante adicionado ao sistema tenha
sido atingida (Figura 7), as moléculas se associam formando micelas, vesículas esféricas
ou irregulares e lamelas (bicamadas contínuas), conforme pode ser observado na Figura
8.

Figura 8 :Estruturas básicas formadas por biossurfactantes

Fonte: VAN HAMME


17

2.3 Aplicação dos Surfactantes


Os surfactantes são utilizados em diferentes processos industriais, domésticos e
biológicos, exercendo funções como, emulsificante, agente molhante ou de suspensão,
dispersão de fases e lubrificantes. Logo, apresentam importância significativa no
cotidiano das pessoas. Nas construção civil , Cosméticos , Agroquímica, Indústria de
alimentos , Indústria do petróleo , Indústria têxtil , Mineração , Saúde. No sector de
mineração, elas entram como agentes de flotação, permitindo, pela propriedade do
tensoativo catiônico, que o minério ou sua impureza, a ser flotado adquira propriedades
hidrófobas, migrando para a superfície e facilitando a separação, (BORSATO;
MOREIRA e GALÃO, 2004).

2.4 – Detergentes
O termo detergente origina-se do latim “detergere”, que tem como significado limpar,
fazer desaparecer (BORSATO; MOREIRA e GALÃO, 2004).

Detergentes, por definição, são substâncias inorgânicas ou orgânicas que apresentam a


propriedade de reduzir a tensão superficial da água, favorecendo o seu espalhamento e
emudecimento das superfícies, promovendo um contacto mais íntimo entre a água e o
objecto a ser limpo (CASTRO, 2009).

Segundo a Resolução Normativa n° 1/78 da ANVISA (1978), detergente é um produto


formulado para promover o fenômeno da detergência, compreendendo um composto
básico ativo (agente tensoativo) e componentes complementares (coadjuvantes,
sinergistas, aditivos e produtos auxiliares).

Os detergentes contem misturas de várias substâncias; cada uma delas vai ter uma acção
particular durante a limpeza, porém o princípio ativo é sempre um surfactante.
tensoativos que tem a propriedade de umectação, remoção e dispersão da sujeira e de
emulgador de gorduras. Detergentes limpam pela acção micelar.

A acção do detergente é regulada pelo seu valor HLB (11 – 15):

- HLB baixa: maior capacidade de umectação;


- HLB alto: maior capacidade de emulsionar gorduras na água, e menor capacidade de
umectação.
18

Obs.: para processos contínuos os detergentes devem ter HLB baixo, devido a
necessidade rápida de umectação.

A parte orgânica é composta de surfactantes, que representam 20 a 30% da composição


dos detergentes; reguladores de espuma que compõem 67 a 77%; e de alguns aditivos
que são responsáveis por cerca de 3% do produto. Os reguladores de espuma podem ser
um estabilizador ou um supressor. Os supressores são geralmente substâncias
hidrófobas, como, por exemplo, os ácidos graxos de cadeia longa, os silicones, e outros.
Dentre os aditivos estão os inibidores de corrosão, como o silicato de sódio; inibidores
de corrosão e mancha como a prata germânica; os alvejantes, peroxigenados ou a base
de hipoclorito.

A parte inorgânica é composta de reforçadores e aditivos. Os reforçadores aumentam o


poder detergente; são mais versáteis que os simples abrandadores de água na retenção
dos iões endurecedores; impedem a reposição da sujeira da água de lavagem sobre o
tecido. São fosfatos de sódio, que por sua ação sinergética com os surfactantes,
aumentam a eficiência do detergente.

Os aditivos, como já mencionado em parágrafo anterior, representam cerca de 3% do


detergente. Enquadrados nos componentes inorgânicos, são inibidores de corrosão e
manchas, como o benzotriazol; abrilhantadores, que são corantes fluorescentes; e,
cianantes que melhoram a brancura dos tecidos, sendo utilizado desde o anil, até
materiais corantes mais novos; e ainda perfumes.

2.4.1 - Tipos de Detergentes


Segundo (BARBOSA & SILVA). Os tipos de detergentes estão em correspondência
direta com o tipo de surfactante usado como princípio ativo. A maioria dos agentes
tensoativos tem molécula com um grupo hidrófilo numa das extremidades e um grupo
hidrófobo na outra. A parte é uma cadeia de hidrocarbonetos, com 8 a 18 carbonos,
linear ou ligeiramente ramificada; em alguns casos um anel benzênico substitui alguns
átomos da cadeia. A extremidade hidrófila, ou seja, solúvel em água, é a parte polar da
molécula, e pode ser aniônica, catiônica e não-iônica, em função do grupo associado:
carboxílico, sulfato, hidroxílico, ou sulfonato, sempre usados como sais de sódio ou de
potássio.
19

Os detergentes sintéticos podem ser aniônicos ou catiônicos, dependendo da carga do


ião orgânico responsável pela limpeza. em meio aquoso, podem adquirir características
aniônicas, catiônicas, não iônicas ou anfóteras. Isto é:

 Quando os detergentes têm cadeias com carga positiva, são denominados


catiônicos;
 Quando a carga é negativa, são aniônicos;
 Quando não têm carga são não-iônicos, e quando possuem uma carga negativa e
outra positiva são chamados detergentes anfóteros.

Figura 9: Representação estrutural e esquemática de detergentes sintéticos


Fonte: BARBOSA & SILVA

Os detergentes sintéticos aniônicos mais comumente empregados em limpeza, contêm


alquilbenzeno-sulfonatos de sódio, de cadeia linear.

No mercado, são encontrados como uma mistura de alquil-benzenos sulfunatos, sendo


que o componente principal dessa mistura é o do decilbenzenossulfonato de sódio que é
estabelecido como padrão de detergente aniônico biodegradável. Outros tipos de
detergentes sintéticos aniônicos utilizam os sulfatos de alquila, como por exemplo o
sulfato sódico de laurila:

CH3-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-O-SO2– Na+

Os sulfonatos de alquilbenzeno ou os sulfatos de alquila são superiores aos sabões


comuns na acção de limpeza, principalmente por não formar sais insolúveis com iões
Ca2+, Mg2+ ou Fe3+, como acontece com os sabões comuns.
20

Os detergentes sintéticos catiônicos são usados como condicionadores capilares (creme


rinse) e também como amaciantes de roupas. Os iões carregados positivamente aderem
aos fios dos cabelos (e também aos tecidos), formando uma camada uniforme. Essa
camada tem uma forte atracção pela água, deixando os fios mais húmidos, reduzindo a
fricção entre os fios e, conseqüentemente, a eletrização estática. Por conseguinte, os
cabelos ficam mais macios e fáceis de pentear. Alguns detergentes sintéticos anfóteros
possuem a propriedade de não irritar os olhos, além de formarem uma quantidade
moderada de espuma. Por esta razão, são usados nos xampus para bebés.

Os xampus são materiais utilizados na limpeza dos cabelos e contêm em suas


formulações um ou mais tipos de detergentes sintéticos (além de outras substâncias, tais
como perfumes, conservantes, espessantes etc) que têm como função, como veremos a
seguir, remover a gordura do cabelo.

2.4.2 Fenómeno da Detergência


Segundo (SILVA) .O fenómeno de remoção de impurezas sobre superfícies sólidas por
meios químicos é denominado de detergência (PRATES, 2006). A detergência é um
processo que consiste na remoção de sujidades das superfícies, passando-as para um
meio, em geral líquido, que se designa por banho de lavagem, no qual tais sujidades
ficam em suspensão, dissolvidas ou emulsionadas. As substâncias, como os tensoativos,
que conseguem promover este processo, apresentam poder detergente e designam-se por
detergentes.

2.4.2.1 Remoção das Impurezas


Segundo (SHAW). Os detergentes exercem papel importantíssimo na limpeza por que
consegue interagir tanto com substâncias polares quanto com substâncias apolares.

A sujeira a ser removida é geralmente de natureza oleosa, encerrando também partículas


de pó, fuligem, etc. A remoção dessa sujeira pode ser examinada melhor em função das
variações de energia superficial envolvidas no processo. O detergente tem por função
diminuir a tensão superficial e diminuindo assim o trabalho de adesão entre uma
partícula de sujeira e uma superfície sólida (Fig. 9A) e aumentando a facilidade com
que a partícula de sujeira pode ser removida por agitação mecânica.
21

Se a impureza for fluida (ou gordurosa), sua remoção pode ser considerada como um
fenómeno de ângulos de contacto. A adição de detergente diminui o ângulo de contacto
na interface tríplice sólido-óleo-água, e como consequência a gotícula de óleo se
“enrola” (Fig.9B) e é facilmente desprendida. Com respeito a esse fenómeno, o aumento
de temperatura tem efeito acentuado sobre o efeito do detergente até cerca de 45 °C (a
maior parte das gorduras funde-se abaixo dessa temperatura) e efeito pouco
pronunciado entre essa temperatura e as vizinhanças do ponto de ebulição.

Figura 10: Esquema do mecanismo da limpeza usando detergentes (Fora de proporção,


cores e formas fantasiosas.

Fonte: SHAW

Vê-se pelo que foi exposto que as substâncias tenso-activas que se adsorvem nas
interfaces sólido-água e impureza-água serão os melhores detergentes. A adsorção na
interface ar-água e a consequente diminuição da tensão superficial e formação de
espuma não são, portanto, necessariamente uma indicação sobre a eficiência do
detergente; por exemplo, detergentes não-iónicos usualmente mostram excelente
actividade detergente, mas são agentes de formação de espuma bastante fracos.
22

Figura 11: Remoção de impurezas de uma superfície sólida, por acção de detergentes e
acção mecânica.

Fonte: SHAW

a. Superfície coberta por impurezas oleosas.

b. A água sozinha não consegue remover a impureza, principalmente por causa de sua
elevada tensão superficial e ineficiente umedecimento.

c. Adição de detergente à água. As parcelas hidrófobas das moléculas de detergente se


alinham tanto sobre a superfície da impureza como sobre a superfície do sólido,
reduzindo assim a adesão entre a impureza e o sólido. Agora a impureza pode ser
removida mecanicamente.
23

d. A impureza é mantida em suspensão na solução, pois as moléculas de detergente


formam uma camada de adsorção sobre a superfície limpa e em torno das partículas de
impurezas.

Os detergentes mais poderosos são aqueles que formam micelas, facto que
inicialmente levou à ideia de que as micelas estão envolvidas directamente na acção
do detergente, como agentes de solubilização dos materiais oleosos. Contudo Os
melhores agentes de umedecimento não são necessariamente os melhores detergentes, e
vice-versa.

Numa série homóloga de detergentes, por exemplo, sabões, alquilsulfatos e


alquilarilsulfonatos, a melhor acção de umedecimento é apresentada pelas espécies C8,
embora as espécies de cadeia mais longa sejam mais tenso-activas. A razão disso se
encontra provavelmente na difusão mais rápida, que leva a mais rápida adsorção nas
interfaces de interesse. Contudo, a melhor acção de limpeza é oferecida pelas
substâncias tenso-activas C14, e para uma melhor acção global do detergente82 prefere-
se uma cadeia C2.

2.4.3 Principais Factores na Actuação dos Detergentes


Segundo (SILVA) Os principais factores que condicionam a acção dos detergentes são:
a sua concentração de uso, o tempo de actuação, a temperatura e a acção mecânica
requerida.

Concentração: É função do produto utilizado. Existe uma concentração específica que


corresponde à máxima eficácia da acção química.

Tempo: É função dos outros parâmetros, em particular do tipo e quantidade de


sujidade. O tempo de contacto deve ser suficiente para que o produto seja eficaz.

Temperatura: Acelera as reacções químicas.

Acção Mecânica: É fundamental para retirar as sujidades das superfícies e dispersá-las


na solução de limpeza.

A modificação de qualquer um destes factores implica necessariamente a alteração dos


outros para que a eficácia da limpeza seja assegurada.
24

2.4.4 Mecanismos da detergência


Um detergente satisfatório deve apresentar as seguintes propriedades

1. Boas qualidades de umedecimento, de modo que possa haver um contacto íntimo


entre o mesmo e a superfície a ser limpa.

2. Capacidade para remover ou ajudar a remover a sujeira para dentro do líquido,


afastando-a da superfície.

3. Capacidade de solubilizar ou dispersar a sujeira removida, e impedir que eia se


deposite novamente sobre a superfície limpa ou forme espuma. (SHAW)
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III. Conclusão
Com o presente trabalho aprendemos muito acerca de (umectantes, surfactantes)
detergentes tensidas), a maior parte dos autores incluem o umectantes e detergentes
tensidas como agentes surfactantes. Concluímos que os surfactantes apresentam
afinidade por óleos, gorduras e superfícies das soluções com sólidos, líquidos ou gases,
mas também pela água, podendo pertencer aos dois meios. Essas características
permitem que os surfactantes / tensoativos sejam utilizados como conciliadores dessas
fases imiscíveis, formando emulsões, espumas, suspensões, microemulsões ou
propiciando a umectação, formação de filmes líquidos e divergência de superfícies.
Essas propriedades fazem com que os surfactantes / tensoativos sejam utilizados em
aplicações tão diversas como detergentes, agroquímicos, cosméticos, tintas, cerâmica,
alimentos, tratamento de couros e têxteis, formulações farmacêuticas, óleos
lubrificantes.
26

III.Referencia bibliográfica
1. AMIGO Nisete Augusta De -Propriedade Das Normas De Lançamento De
Esgoto, Ms -- Fundação Oswaldo Cruz -- Ensp / Dssa agosto de 1998

2. BARROS; Francisco Fabio Cavalcante et al. Surfactina, Propriedades quí-


micas, tecnológicas e funcionais para aplicação em alimentos. Química
nova,v.30,n.2,p.409-414,2007

3. BORGES Maria Das Graças Garcia- dissertação de mestrado tensão superficial


dinâmica de soluções aquosas do surfactante catiônico cloreto de cetilpiridínio
pelo método da massa da gota, Universidade Federal De Uberlândia
Instituto De Química, 2001.

4. BORSATO, D.; MOREIRA, I.; GALÃO, O. F. Detergentes Naturais e Sintéticos


Um Guia Técnico. 2ª edição revisada – Londrina: Eduel, 2004.

5. DALTIN, Decio Tensoativos: química, propriedades e aplicações – São Paulo:


Blucher, 2011.

6. DESTEFANI, Thalita Angélica- Estabilidade coloidal de nanopartículas de


oxihidróxido de ferro(III) em soluções de micelas gigantes – Campinas, SP :
[s.n.], 2017.

7. FELIPE L. de Oliveira & Dias S. de Cássia- Surfactantes sintéticos e


biossurfactante, Quím. nova esc. – São Paulo-SP, BR. Vol. 39, N° 3, p. 228-236,
2017.

8. HIGASHI, K. ; et al., 1982. Determinação de Surfactantes Aniônicos no Esgoto


Doméstico: Estimativa de Concentração Real em Função de Proteínas Presentes
no Esgoto. Rio de Janeiro: FEEMA.

9. SHAW, Duncan James. S542i Introdução à química dos colóides e de


superfícies; tradução: Juergen Heinrich Maar. São Paulo, Edgard Blücher, Ed.
da Universidade de São Paulo, 1975

10. SILVA, A. G. da. Tensoativos na Indústria dos Detergentes. Boletim Sociedade


Portuguesa de Química (SPQ), Lisboa, Série II, N° 44/45, p. 45 – 51, 1991.

11. VAN HAMME, r. D.; URBAN, J. Biosurfactants in bioremediation. In: SINGH,


A.; KUHAD, R. C.; WARD, O. P. Advances in applied bioremediation.
Springer: New York, 2009. 378p. Capo4.

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