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UNIDADE I

Ergonomia

Prof. Paulo Rodi


A Ergonomia no contexto da Engenharia de Produção

Imagine uma situação onde pessoas interagem em um processo de produção:

Embalagem

Fonte: Livro-texto. Registro 1


Registro 2
(expedição)
Entrada de
insumos

Operação 1
A Ergonomia no contexto da Engenharia de Produção

... essas pessoas trabalham sob:

Fatores externos do ambiente, como:


 arranjo do leiaute – adequado ao operador (e não o contrário)?
 ferramentas e insumos – em locais estabelecidos?
 cargas e movimentos – movimentos simétricos e simultâneos de braços e mãos?
 + diversas outras regras que visam a economizar movimentos e minimizar
esforços (repetitivos)?

Os fatores humanos:
 idade, sexo, nacionalidade (língua);
 experiência, habilidades, são adequados?
Ergonomia no contexto da Engenharia de Produção

 O seu aprendizado é fator essencial para a concepção de arranjos produtivos.

 O especialista é chamado de ergonomista (no Brasil a ABERGO – Associação Brasileira


de Ergonomia é quem certifica esse profissional).
 A ergonomia contribui na solução de muitos problemas relacionados à saúde, segurança,
conforto e eficiência.
 Acidentes podem ser causados por erros humanos! Inadequação entre operador e tarefa.
Origem e importância da Ergonomia

 Nasce da pesquisa multidisciplinar para soluções práticas de problemas gerados aos


trabalhadores durante o esforço imposto na II Guerra.
 Atualmente, o engenheiro ergonomista é o responsável pela adequação do meio fabril
às limitações humanas (físicas e cognitivas).

Três focos de importância:


 Concepção de produtos orientada ao uso.
 Segurança e prevenção de riscos no trabalho.
 Reconhecimento e transmissão de experiências.
Ergonomia

 É a ciência que permite reconhecer, avaliar, analisar e controlar os agentes operacionais


existentes nos ambientes de trabalho, passíveis de afetar a integridade física e a saúde
do trabalhador.

 O termo ergonomia vem do grego ergon, que significa “trabalho”, e nomos, que quer dizer
“leis, regras ou normas”. Designa a ciência do trabalho que hoje se aplica a todos os
aspectos da atividade humana.
Ergonomia

 Fundamenta-se na adoção de meios e medidas


na concepção de máquinas, equipamentos,
ferramentas, postos de trabalho, adequando-os
ao trabalhador, para dar-lhe maior conforto,
segurança e eficiência no desempenho
de suas atividades, dentro de um ambiente
de trabalho.

Fonte: Livro-texto.
Exemplo de Ergonomia em projeto de produto

 Dois layouts de grafia de instrumentos de painéis veiculares, onde se notam o indicador de


velocidade e o conta-giros do motor. Em (a) é claro o indicador de rotações do motor e do
velocímetro, mas em (b) o mesmo não acontece.
(a)

(b)

Veja outros exemplos no site


www.
baddesigns.com/examples
Objetivos da Ergonomia

Para a organização:
produtividade,
eficiência, qualidade,
durabilidade...
Para o trabalhador:
segurança, saúde,
conforto, satisfação
no trabalho...
A evolução da Ergonomia

Primitivamente, o
homem adaptava
suas ferramentas
A Revolução
para a caça e Industrial trouxe
outros trabalhos. outro ritmo às
atividades
produtivas

Fim do séc. XIX: administração


científica (taylorismo)
1950 – Ergonomics Research
Society (Inglaterra)
1957 – Human Factors Society
(EUA)
1983 – Abergo (Brasil)
A regulamentação da Ergonomia no Brasil

 A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) relativas à Segurança e Medicina do Trabalho


estabelece a norma regulamentadora n. 17 (Ergonomia), de 1978.

Estabelece limites para a exposição ao risco ergonômico a que


muitos trabalhadores estão sujeitos, por exemplo: lesões por
esforços repetitivos (LER); trabalhos realizados em pé durante
toda a jornada; levantamentos de cargas; monotonia, entre
outros.
Cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho
(AET) através de profissional capacitado, estratificando o
processo produtivo em tarefas, quais atividades envolvidas e
como são realizadas (quais as dificuldades encontradas pelos
trabalhadores) → definir os procedimentos ergonômicos
adequados (normas ISO, www.iso.org).
Interatividade

É objetivo da ergonomia:

a) Adaptação do homem ao posto trabalho.


b) Estabelecer mérito para maior eficiência do trabalhador.
c) Promover o treinamento para atividades de maior esforço.
d) Adequar o posto de trabalho ao indivíduo.
e) Fornecer vestimenta para os trabalhos insalubres.
Resposta

É objetivo da ergonomia:

a) Adaptação do homem ao posto trabalho.


b) Estabelecer mérito para maior eficiência do trabalhador.
c) Promover o treinamento para atividades de maior esforço.
d) Adequar o posto de trabalho ao indivíduo.
e) Fornecer vestimenta para os trabalhos insalubres.
Noções de fisiologia aplicada ao trabalho

 O corpo humano pode ser entendido como um complexo mecanismo de elos (o esqueleto)
interconectados por juntas (articulações) e acionados por atuadores (músculos) localizados
adequadamente (ligamentos), formando alavancas.
TIPOS DE ALAVANCAS Cabeça

Pescoço
Clavícula

Força Braço
Torácico
Força Força
Resistência
Apoio Apoio Resistência Apoio
Apoio Antebraço
Resistência Lombar
Interfixa Interpotente Inter-resistente

Mão Pélvico

Coxa

Perna

Fonte: Adaptado de: I. Iida, Ergonomia:


projeto e produção, São Paulo: Edgard Pé
Blücher Ltda., 2005, pp 27- 29, vol.1
Noções de fisiologia aplicada ao trabalho

 Postura inadequada combinada com esforço (alto ou repetitivo) causa lesões e afastamento
da atividade produtiva.

 Os cuidados devem ser ainda maiores


em função da idade e nível de fadiga.

Fonte: o autor
Noções de fisiologia aplicada ao trabalho

 A fisiologia pode estimar a demanda energética cardiopulmonar em função do esforço


muscular. Longos períodos de esforço muscular também podem levar à exaustão física
do coração e pulmões.
 Gastos energéticos superiores a 250 W: deve-se fazer pausas intermediárias ou alternar com
atividade mais leve.
Tabela 1 – Gastos energéticos médios por atividade pesada (> 250 W)

Atividade Gasto energético (watts)

Andar a 4 km/h com peso de 30 kg 370


Fonte: o autor
Levantar peso de 1 kg, 1 vez/seg 600

Correr a 10 km/h 670

Pedalar a 20 km/h 670

Subir escada de 30 degraus, 1 km/h 960


Noções de biomecânica

 Regra é manter-se abaixo dos limites seguros de força x tempo.

 Trabalho estático: altamente fatigante, deve ser evitado!


Duração versus esforço muscular
1000

100

Duração (minutos)
10
Fonte: o autor

0,1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Esforço muscular (%)

Figura 3 – Limitação de esforço muscular localizado contínuo


Noções de biomecânica

 Trabalho dinâmico: mudança de postura, proporciona maior resistência à fadiga.

Recuperação da capacidade muscular (%)


100
90
80

Recuperação (%)
70
60
50
Fonte: o autor 40
30
20
10
0
0 5 10 15 20 25 30
Tempo de descanso (minutos)

Figura 4 – Recuperação muscular conforme o tempo de descanso


Interatividade

 Trabalhadores da construção civil executam atividades que superam 250W de gasto


energético e, por isso, necessitam de pausas programadas para sua recuperação. Uma
atividade típica nesse contexto pode atingir um consumo de 600W. Sabendo-se que em
repouso o gasto energético basal é de 80W, indique quais valores em horas correspondem,
respectivamente, à atividade produtiva e ao descanso desse trabalhador em um dia de 8h
de jornada.

a) 4; 4
b) 3,5; 4,5
c) 2,6; 5,4
d) 5,3; 2,7
e) 2; 6
Resposta

 Trabalhadores da construção civil executam atividades que superam 250W de gasto


energético e, por isso, necessitam de pausas programadas para sua recuperação. Uma
atividade típica nesse contexto pode atingir um consumo de 600W. Sabendo-se que em
repouso o gasto energético basal é de 80W, indique quais valores em horas correspondem,
respectivamente, à atividade produtiva e ao descanso desse trabalhador em um dia de 8h
de jornada.

a) 4; 4
b) 3,5; 4,5
c) 2,6; 5,4
d) 5,3; 2,7
e) 2; 6
Resposta

O cálculo de horas de trabalho e de descanso é baseado no consumo médio de 250W para as


8h de jornada. Portanto, chamando-se de t1 o tempo da atividade e de t2 o tempo de descanso,
pode-se estabelecer a seguinte relação:

 (600)t1 + (80)t2 = (250)(t1 + t2)


 t2 = (2,06)t1
 Como, t1 + t2 = 8 horas, então:
 t1 = 2,6 horas
 t2 = 5,4 horas

 Portanto, a alternativa correta é a C.


Antropometria

 Estudo das dimensões e proporções LARGURA


CORPORAL ALCANCE FRONTAL
DE BRAÇO
MÁXIMA
do corpo humano (Vitrúvio, séc. I a.C.) ALCANCE LATERAL
DE BRAÇO PROFUNDIDADE
CORPORAL
MÁXIMA

ALCANCE VERTICAL DE APREENSÃO


ALTURA DE ALCANCE VERTICAL SENTADO
 Dados antropométricos levantados pelas
OMBRO

forças militares americanas e NASA para

ALTURA DE DESCANSO
os projetos de seus artefatos. Atualmente

DO COTOVELO

ALTURA QUANDO SENTADO


ALTURA DOS OLHOS EM PÉ
OLHOS, SENTADO
PARA AS COXAS
são base para muitos outros,

ESTATURA
ESPAÇO LIVRE

ALTURA DOS

ALTURA ATÉ O MEIO


estabelecendo-se os percentis de grupos

DO OMBRO
ALTURA DO COTOVELO

SENTADO
populacionais de usuários específicos.

ALTURA DO JOELHO
DO SULCO
POPLÍTEO
ALTURA
COMPRIMENTO LARGURA
NÁDEGA-SULCO DO
POPLÍTEO QUADRIL
COMPRIMENTO LARGURA
NÁDEGA-JOELHO COTOVELO
COMPRIMENTO A COTOVELO
NÁDEGA-PONTA DO PÉ

COMPRIMENTO NÁDEGA-PERNA

Fonte: Adaptado de livro-texto.


Figura 5 – Tabela antropométrica da Norma DIN 33402:1981
Postos de trabalho: postura e movimentos

 Historicamente, a evolução da elaboração do projeto de postos de trabalho apresenta dois


enfoques distintos: o taylorista e o ergonômico.
 A postura é determinada pela natureza da tarefa ou pela configuração do posto de trabalho.
Posturas prolongadas podem prejudicar a estrutura ósseo-muscular e comprometer o
sistema vascular. 40 cm a 75 cm

mín. 20º

90º a 100º

54 cm a 78,5 cm

72 cm a 75 cm
38 cm a 55 cm
Fonte: Adaptado do livro-texto. Figura 8 – Variação recomendada para o ajuste da altura da superfície de trabalho
Postos de trabalho: postura e movimentos

 A postura em pé, exigida para trabalhos sobre superfície plana alta, deve cuidar para que
não obrigue o indivíduo a reclinar-se sobre a mesa, causando dores na sua coluna cervical.
O apoio de pé é bastante útil nestes casos.

Figura 9 – Comparação entre posturas em pé. Uso recomendado para o apoio de pé

Fonte: Adaptado do livro-texto.


Postos de trabalho: postura e movimentos

 Os alcances com os braços, para frente Zona de alcance máximo


100
e para os lados, devem ser limitados 100
Zona preferencial
80

para evitar a inclinação ou rotação do corpo. 80 60

60 40

40 20

20 0

0 20

60 40 20 0 20 40 60 80 100 20 0 20 40 60 80 100
Plano transversal Plano sagital
20 cm acima do cotovelo 10 cm à direita do plano de simetria
Área ótima
Alcance máximo para trabalho Alcance ótimo
com duas mãos

30 50

25

100 160
Dimensões em cm

Figura 10 – Zonas de alcance para a posição sentada Fonte: Adaptado do livro-texto.


Interatividade

Solicitou-se ao ergonomista projetar um vaso sanitário para crianças em uma escola de ensino
fundamental. Realizou-se o levantamento antropométrico das crianças da escola. Para a altura
do vaso sanitário, o percentil que fornecerá a medida para confecção de um vaso com altura
adequada para as crianças é:
a) 99%
b) 1%
c) 5%
d) 50%
e) 95%
Resposta

Solicitou-se ao ergonomista projetar um vaso sanitário para crianças em uma escola de ensino
fundamental. Realizou-se o levantamento antropométrico das crianças da escola. Para a altura
do vaso sanitário, o percentil que fornecerá a medida para confecção de um vaso com altura
adequada para as crianças é:
a) 99%
b) 1%
c) 5%
d) 50%
e) 95%
 Percentis “indicam a percentagem de pessoas dentro da
população que têm uma dimensão corporal de um certo
tamanho (ou menor)”. A altura do sulco poplíteo é a dimensão
importante neste caso.
Postos de trabalho: postura e movimentos

 No trabalho dinâmico que envolve o manuseio de cargas, como ocorre no empilhamento


de pacotes, é frequente a má postura do tronco. A causa de dores lombares é associada
à repetição desse gesto ao longo das horas de trabalho.

Figura 11 – Manuseio de carga com excessiva inclinação do tronco

Fonte: Adaptado do livro-texto.


Postos de trabalho: postura e movimentos

 Movimentos associados ao transporte de cargas são limitados ao esforço de 23 kg,


conforme estudos desenvolvidos pelo National Institute for Occupational Safety and Health
dos EUA (NIOSH).


A
C
LPR = 23 kg x CH x CV x CA x CD x CF x CM
D
 CH = Coeficiente de localização horizontal da carga
H
V
 CV = Coeficiente de localização vertical da carga
 CA = Fator de assimetria (rotação do tronco)
Figura 12 – Fatores de carga considerados na equação de NIOSH
 CD = Coeficiente de deslocamento vertical da carga
 CF = Coeficiente de frequência de levantamentos
 CM = Fator de manuseio (fácil, regular, difícil)

 Nota: estes coeficientes são obtidos por meio de cálculos com


as variáveis A, C, D, H, V ou tabelados.
Fonte: Adaptado do livro-texto.
Postos de trabalho: captação de informações

 São os nossos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) que nos capacitam a
receber as informações do ambiente externo. A idade e diversidade cultural influem bastante.
 A fisiologia trata os órgãos sensoriais como meros receptores (no modelo homem-máquina).
O ergonomista considera o ambiente onde a atividade se realiza. Operador recebe a
informação e age com base nesta.
 Há poucos estudos a respeito de informações olfativas!

Figura 15 – Exemplos de diversidade cultural


Figura 13 – Exemplo de interação com tablet

Fonte: Adaptado do livro-texto.


Postos de trabalho: captação de informações

 A visão é o sentido mais importante e imediato para a aquisição de informação. A leitura de


textos e de sinais é tanto mais eficiente quanto melhor adaptada à percepção do olho
humano.
 Textos contínuos, uso de letras minúsculas para melhor
diferenciação entre suas alturas gráficas facilita
a visualização (placas de sinalização).
 Letras de cartazes: separadas em doze
minutos (0,2º) para que 95% dos indivíduos
possam lê-las!

Figura 14 – Exemplos de sinalização em hospital


Fonte: Adaptado do livro-texto.
Postos de trabalho: captação de informações

 A audição é a captação passiva e indiferenciada de todos os sons presentes e a escuta


é a aquisição ativa de informação.
 Espectro de frequência audível entre 20 e 20.000 Hz. É preciso também ter uma intensidade
suficiente, estimada em torno de 40 dB acima do limiar absoluto.
 Baixas frequências (graves) são melhores para o som se propagar, superando cantos
e obstáculos.
 Na monitoração de um processo, por exemplo, pode ser necessário utilizar um sinal sonoro
conjugado ao sinal luminoso para avisar que algo precisa ser corrigido.
Postos de trabalho: captação de informações

 A inspeção, pelo tato, de pneus, de produtos plásticos ou metálicos saindo do molde, do


acabamento de carrocerias de automóveis, são exemplos dessa forma complementar de
captação de informações sobre a qualidade desses produtos.
 Uso de luvas de algodão ou seda por operadores envolvidos em inspeção tátil promove
melhor percepção dos defeitos de relevo, pois essas reduzem o atrito entre a pele e o objeto.
 Um produto pode exigir do operador algum tipo de reconhecimento do efetivo comando feito
às cegas, recorrendo unicamente à informação tátil.

Figura 17 – Rodas com marcha: acionamento da segunda velocidade

Fonte: Adaptado do livro-texto.


Postos de trabalho: captação de informações

 O uso do olfato e paladar como sentidos para aquisição de informações merece cuidados
especiais. Só devem ser usados para captar sinais de alerta, como é o caso, por exemplo,
da adição de odores específicos em gases venenosos.
 Devem ser usados apenas esporadicamente e não se prestam à combinação de efeitos.
A mistura de dois odores, por exemplo, pode ser de difícil diferenciação.
 O uso de diferentes sentidos para captação de uma informação pode ser utilizado de forma
vantajosa, pois o fluxo da informação é realizado por canais específicos. Por exemplo,
as ambulâncias usam luz pisca-pisca junto com a sirene (visual + sonoro).
 Porém, não utilizar o telefone celular ao dirigir seu veículo!
A visão, neste caso, não deve ser compartilhada!
Postos de trabalho: dispositivos de controle

 A interação (ou “cooperação”) homem-máquina é realizada por meio dos controles


operacionais pelos quais as pessoas podem transmitir suas intenções à máquina controlada
via controles fixos à mesma ou à distância.
 Diferenciação de formas evita enganos, mesmo sem o acompanhamento visual (somente
pela diferenciação tátil, utilizando-se materiais ou texturas diferentes, por exemplo).
 Posicionamento dos membros que acionam o controle: telas touchscreen são ótimas quando
aplicadas a tablets (aparelhos portáteis), porém exigem um esforço a mais do operador de
mesa de controle.

Evitar:
 muitas funções no
mesmo controle;
 teclas com alta
sensibilidade ao Figura 18 – Posto de trabalho de um centro
de controle de uma usina nuclear
toque muito próximas.
Fonte: Adaptado do livro-texto.
Postos de trabalho: dispositivos de informações

 Formam a parte do sistema de interação com o operador que permite a sua captação de
dados para possibilitar a tomada de decisão.
 Eficiência da captação de informações pelo homem está associada à organização e à forma
de apresentá-las. Os modos de apresentação são basicamente dois: visual e auditivo.
 Visual: informações complexas em ambiente ruidoso.
Ruim Bom
 Auditivo: exigem do usuário um esforço adicional
Contornos fortes
de memorização (memória de curta duração).
Simplicidade
de forma

Figura fechada

Estabilidade
de forma

Simetria

Figura 20 – Recomendações para desenho de símbolos

Fonte: Adaptado do livro-texto.


Trabalho em turno

 As restrições temporais obrigam empresas a funcionarem continuamente: hospitais, polícia,


bombeiros, indústrias de processos contínuos (químicas, energia...), no setor de serviços
(turismo, imprensa, restaurantes). O tempo de presença dos funcionários no seu posto de
trabalho fica então sujeito às necessidades de funcionamento da empresa.
O trabalho em turnos deve considerar: 37,4

a) o ritmo biológico circadiano → alternância periódica

Temperatura corporal (ºC)


37,2
Vespertino
37,0
de comportamento decorrente de funções biológicas 36,8
Matutino
e processos psicofisiológicos. 36,6

b) as implicações sociais da vida fora do trabalho → 36,4

26,2

falta de previsibilidade de horário pode gerar conflitos. 36,0


6 12 18 24 6 12 18 24 6
c) as dinâmicas dos processos técnicos Horas do dia

de trabalho → não permite seccionar 6000

atividades de qualquer modo entre 5000

trabalhadores sucessivos.

Erros cometidos
4000

3000

2000

1000
Fonte: Adaptado de: I. Iida, Ergonomia: projeto e produção, 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 2 4 6h
São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2005, pp 21, 23 vol.2 Horas do dia
Interatividade

O manuseio de cargas de forma incorreta é uma das causas mais recorrentes nas lesões
de coluna identificadas em trabalhadores. A coluna vertebral é bastante resistente ao
carregamento axial, porém é frágil para cargas excêntricas, como mostrado. Supondo que um
indivíduo levante uma carga situada a 80 cm de altura (V = 80) e a 40 cm do corpo (H = 40),
deslocando-a até 150 cm de altura (D = 150-80 = 70), rotacionando o corpo em 45° (A = 45),
com frequência de repetição de 6 vezes por minuto durante 1 h/dia, admitindo-se um fator CF
igual a 0,75 e de manuseio CM igual a 0,90, qual é o limite de peso recomendado?

a) 23 kgf
A
b) 7,3 kgf C
c) 11,5 kgf D

d) 30 kgf
H
e) 5,5 kgf V

Fonte: Adaptado do livro-texto. Figura 12 – Fatores de carga considerados na equação de NIOSH


Resposta

O manuseio de cargas de forma incorreta é uma das causas mais recorrentes nas lesões
de coluna identificadas em trabalhadores. A coluna vertebral é bastante resistente ao
carregamento axial, porém é frágil para cargas excêntricas, como mostrado. Supondo que um
indivíduo levante uma carga situada a 80 cm de altura (V = 80) e a 40 cm do corpo (H = 40),
deslocando-a até 150 cm de altura (D = 150-80 = 70), rotacionando o corpo em 45° (A = 45),
com frequência de repetição de 6 vezes por minuto durante 1 h/dia, admitindo-se um fator CF
igual a 0,75 e de manuseio CM igual a 0,90, qual é o limite de peso recomendado?

a) 23 kgf
A
b) 7,3 kgf C
c) 11,5 kgf D

d) 30 kgf
H
e) 5,5 kgf V

Fonte: Adaptado do livro-texto. Figura 12 – Fatores de carga considerados na equação de NIOSH


Resposta

Pela equação NIOSH:


25 0,003 4,5
𝐿𝑃𝑅 = 23𝑥 𝑥 1− 𝑥 0,82 + 𝑥 1 − 0,0032 ∙ 𝐴 𝑥𝐹𝑥𝐶
𝐻 𝑉 − 75 𝐷

25 0,003 4,5
𝐿𝑃𝑅 = 23𝑥 𝑥 1− 𝑥 0,82 + 𝑥 1 − 0,0032 ∙ 45 𝑥0,75𝑥0,90
40 80 − 75 70
𝐿𝑃𝑅 = 7,3 𝑘𝑔𝑓

 Portanto, a carga limite para essa atividade, nessas condições


enunciadas, é de 7,3 kgf. Esse nível de carga assegura que o
indivíduo não sofreria danos na estrutura musculoesquelética.
Resposta correta: B
ATÉ A PRÓXIMA!

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