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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
4 RISCOS ERGONÔMICOS.......................................................................... 9
12.2 Antropometria.................................................................................. 51
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12.3 Critérios par dimensionamento dos postos de trabalho .................. 54
13 BIBLIOGRAFIAS ................................................................................... 57
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora
que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 CONCEITOS E ETIMOLOGIAS
Fonte: pt.slideshare.com
3 DEFINIÇÕES DE ERGONOMIA
Fonte: comunidadesebrae.com.br
Fonte: render.com.br
Fonte: conclusao.pt.com.br
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sobre os principais riscos que comprometem as atividades e a saúde do trabalhador
(KASSADA, LOPES, KASSADA, 2011).
Os fatores de nível ergonômico estão relacionados a movimentos e esforços
musculares excessivos e postura inadequadas, os de nível organizacional estão
relacionados a gestos repetitivos, jornadas de trabalho prolongadas e ritmo intenso de
trabalho, já os níveis de natureza psicossocial relacionam-se ao ambiente se este for
tenso, se houver hierarquia na organização do trabalho, pressão de chefia e as
relações interpessoais (BIGOTTO, SILVA, SAILER, 2009).
Trabalho físico pesado, posturas incorretas, treinamento
inadequado/inexistente, trabalhos em turno, Trabalho noturno, monotonia,
repetitividade, ritmo excessivo, pressão explícita ou implícita para manter este ritmo,
metas estabelecidas sem a participação dos empregados e colaboradores, patamares
de metas de produção crescentes sem a adequação das condições para atingi-las,
incentivo a maior produtividade por meio de diferenciação salarial e prêmios,
induzindo as pessoas a ultrapassar seus limites, jornada de trabalho prolongada, falta
de possibilidade de realizar pequenas pausas espontâneas, quando necessário,
manutenção de postura fixa por tempo prolongado, mobiliário mal projetado, ambiente
de trabalho desconfortável(muito seco, muito frio, muito quente, pouco iluminado,
barulhento, apertado) (BIGOTTO, SILVA, SAILER, 2009).
Fonte: tourinews.es.com.br
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No fim do século XIX surgiram os trabalhos de Frederick Winslow Taylor, que
sistematizaram o conceito de produtividade, ou seja, a procura incessante por
melhores métodos de trabalho e processos de produção, com o objetivo de obter
melhoria da produtividade com o menor custo possível (SILVA, SILVA, SILVA,
SOUZA, SANTOS, 2009).
Taylor acreditava que, para resolver um dos principais problemas da época, os
salários, era necessário descobrir, de maneira científica e exata, qual a velocidade
máxima em que o trabalho poderia ser executado. Sua resposta para esse problema
foi o que ele chamou de “estudo sistemático e científico do tempo”, que consistia em
dividir cada tarefa em seus elementos básicos e, com a colaboração dos
trabalhadores, cronometrá-la e registrá-la. Em seguida, eram definidos tempos padrão
para os elementos básicos (MAXIMIANO, 2004).
Para Robbins (2006), Taylor conseguiu, utilizando técnicas de administração
cientificas, definir a melhor maneira de fazer cada trabalho. Dessa forma, ele poderia,
depois de selecionar as pessoas certas para os trabalhos, treiná-las para que os
executassem precisamente do melhor modo. Para motivar os trabalhadores, era
favorável a planos de incentivo salarial. No geral, Taylor obteve melhorias constantes
na produtividade, algo em torno de 200% ou mais.
Frederick W. Taylor desenvolveu estudos a respeito de técnicas de
racionalização do trabalho dos operários. Suas ideias preconizavam a prática da
divisão do trabalho. A característica mais marcante do estudo de Taylor é à busca de
uma organização científica do trabalho, enfatizando tempos e métodos e por isso é
visto como o precursor da Teoria da Administração Científica. Taylor via necessidade
de aplicar métodos científicos à administração para assegurar seus objetivos de
máxima produção a mínimo custo, para tanto seguia os seguintes princípios:
Seleção científica do trabalhador - O funcionário desempenha a tarefa
mais compatível com suas aptidões. É importante para o funcionário que
é valorizado e para empresa, que aumenta sua produtividade e aumenta
seus lucros;
Tempo padrão - O funcionário deve atingir a produção mínima
determinada pela gerência. Esse controle torna-se importante pelo fato
do ser humano ser naturalmente preguiçoso;
Plano de incentivo salarial - O funcionário ganha pelo que produz;
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Trabalho em conjunto aos interesses da empresa e dos funcionários
quando aliados, resultam numa maior produtividade;
Gerentes planejam, funcionários executam - Cabe aos gerentes
planejarem e aos funcionários agirem;
Divisão do trabalho - A tarefa subdivide-se ao máximo, dessa forma se
ganha velocidade, produtividade e o funcionário garante lucro de acordo
com seu esforço;
Supervisão - É especializada por áreas. Controla o trabalho dos
funcionários verificando o número de peças feitas, assegurando o valor
mínimo da produção;
Ênfase na eficiência - Há uma única maneira certa de se fazer o trabalho.
Para descobri-la, a administração empreende um estudo de tempo e
métodos, decompondo os movimentos das tarefas exercidas.
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estímulo à alienação dos funcionários, falta de consideração do aspecto humano e
deficiência das condições sociais da época.
Fonte: senaigo.com.br
Fonte: ergonomiadaatividade.com
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Fonte: br.pinterest.com
Fonte: 9project.net.com.br
Ainda, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu art. 157, inc. II, atribui
às empresas a obrigação de instruir os empregados, mediante ordens de serviço,
sobre precauções para evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. No
Brasil, o governo tem demonstrado cada vez mais interesse e preocupação com os
aspectos relacionados à segurança e à saúde do trabalhador sobretudo face aos
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prejuízos econômicos decorrentes de fatos danosos à integridade física e mental dos
empregados (SILVA, SILVA, SILVA, SOUZA, SANTOS, 2009).
A Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador tem por finalidade a
promoção da melhoria da qualidade de vida e da saúde do trabalhador, mediante a
articulação e integração, de forma contínua, das ações de governo no campo das
relações entre produção-consumo, ambiente e saúde (SILVA, SILVA, SILVA, SOUZA,
SANTOS, 2009).
Tradicionalmente, no Brasil, as políticas de desenvolvimento têm se restringido
aos aspectos econômicos e vêm sendo traçadas de maneira paralela e pouco
articulada com as políticas sociais, às quais cabe arcar com os ônus tanto de possíveis
danos gerados à saúde da população, dos trabalhadores em particular, quanto da
degradação ambiental (SILVA, SILVA, SILVA, SOUZA, SANTOS, 2009).
Fonte: portal-administracao.com
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As organizações estão cada vez mais empenhadas na criação de um dinamismo
facilitador para sua evolução, produtividade, economia, ou seja, meios que otimize
tempo e o alcance de suas metas. Nesse contexto um dos fatores de grande
importância influencia é a ergonomia, que segundo Iida (2005), é o estudo da
adaptação do trabalho ao homem.
O trabalho em uma acepção bastante ampla, abrangendo não apenas aqueles
executados com maquinas e equipamentos, utilizados para transformar os materiais,
mas também toda a situação em que ocorre o relacionamento entre o homem e uma
atividade produtiva (MARQUESZ, TUARES, SOUZA, MAGALHÃES, LÉLLIS, 2010).
Fonte: reliza.com.br
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A interação homem-máquina-ambiente é foco do estudo ergonômico, e a
participação dos colaboradores e da empresa é fundamental para aprimorar, atualizar
os meios de trabalho e mostrar a todos os benefícios de uma eficiente e comprometida
ergonomia (MARQUESZ, TUARES, SOUZA, MAGALHÃES, LÉLLIS, 2010).
Para uma empresa a aplicação de métodos ergonômicos é essencial, pois reduz
o absenteísmo, aumenta à produtividade, qualidade do produto, motivação e
qualidade de vida no trabalho proporcionando mais do que um posto de trabalho
melhor, mas também uma vida melhor no trabalho; além de levar a organização a um
crescente desenvolvimento, contribuir para que permaneça competitiva e alcance o
sucesso (MARQUESZ, TUARES, SOUZA, MAGALHÃES, LÉLLIS, 2010).
De acordo com Iida (2005), posto de trabalho pode ser considerado como a menor
unidade produtiva, geralmente envolvendo um homem e o seu local de trabalho. Entre
os vários enfoques de análise do posto de trabalho, destaca-se mais o de caráter
ergonômico, no qual se observa o homem como centro das atenções. Para Iida (2005),
o enfoque ergonômico tende a gerar resultados que possam ser aplicados no design
de postos de trabalho que reduzam as exigências biomecânicas, elevam as condições
de trabalho e facilitam a percepção de informações.
Para Slack et al (2002), entender como os locais de trabalho afetam o
desempenho, a fadiga o desgaste e os danos físicos é parte da abordagem
ergonômica do posto de trabalho. A análise ergonômica é um trabalho construtivo e
participativo para a resolução de problemas complexos que exige o conhecimento das
tarefas, da atividade desenvolvida para realizá-las e das dificuldades enfrentadas para
se atingirem o desempenho e a produtividade exigidos.
Iida (2005) aponta alguns critérios para avaliar a adequação de um posto de
trabalho, dentre eles estão o tempo gasto na operação, o índice de erros e acidentes,
a postura e os esforços físicos exigidos dos trabalhadores, onde é possível determinar
os principais pontos de concentração de tensões, que tendem a provocar dores e
desconforto.
Com relação à iluminação, para evitar reflexos, as superfícies de trabalho,
paredes e pisos, devem ser foscas, é recomendado que se equilibre as iluminâncias
usando cores suaves em tons mate. Os coeficientes de reflexão das superfícies do
ambiente, devem estar em torno de: 80% para o Teto; 15 a 20% para o piso; 60% para
a parede (parte alta); 40% para as Divisórias, para a parede (parte baixa) e para o
mobiliário (MARQUESZ, TUARES, SOUZA, MAGALHÃES, LÉLLIS, 2010).
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8 O PROCESSO DE ERGONOMIA
Fonte: reliza.com.br
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consequência, concorra para um menor desgaste e um maior resultado (BARBOSA
FILHO, 2010).
Observa-se que os autores concordam que esta ciência veio para ajudar o
trabalhador e organização para manter os trabalhadores satisfeitos e com isso
conseguir alcançar as metas almejadas.
O objetivo da ergonomia está voltado ao estudo das condições de trabalho que
não apenas evitem a degradação da saúde, mas, também, favoreçam a construção
da saúde. Esta perspectiva ativa é incapaz de ser focalizada prioritariamente pela
ergonomia. Na maioria das vezes, ela é focalizada sobre uma visão instantânea do
indivíduo (FALZON, 1996).
Vale ressaltar a opinião de Barnes (1977), sobre o objetivo da ergonomia, ele
afirma que a ergonomia pode ser definida como sendo o estudo da adaptação do
trabalho ao homem. Tendo como objetivo principal o estudo do ser humano, suas
habilidades e limitações. A partir dessas informações se torna fácil identificar quais
são as ferramentas, materiais e métodos de trabalho que melhor atendem as
necessidades dos trabalhadores.
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Segundo Prates (2007), a questão da busca pela qualidade de vida no trabalho,
está ligada a melhoria da produtividade; de maneira que os esforços para melhorar a
qualidade de vida do trabalhador, deve atender as necessidades de produção da
organização; e ser adaptado às exigências das tarefas almejando uma otimização do
conforto, da segurança e da eficácia; assim conscientizando o trabalhador a usufruir
os benefícios dos postos de trabalho com as limitações do seu corpo, certificando que
o trabalhador permanece seguro e confortável, sendo assim mais produtivo e eficiente
em suas atividades.
De acordo com Limongi-França (2004), a QVT é um conjunto de ações que
envolve diagnostico e implantação de melhorias e inovação gerenciais, tecnológicas
e estruturais; quanto mais melhorias e condições plenas de desenvolvimento humano
para e durante a realização do trabalho; mais produtiva e eficiente será a organização,
podendo assim levar a resultados satisfatórios; à medida que, modificando os
elementos parciais dos postos de trabalho como dimensões, iluminação, temperatura,
dispondo de comodidade e tendo uma interação entre o homem, sistema e ambiente.
Conforme Mario Persona (2010), ações voltadas a QVT nem sempre exigem
grandes investimentos; porem exigem necessidades fundamentais para o
enriquecimento do cargo capaz de trazer reconhecimento, motivação, satisfação e
condições físicas para uma atividade eficiente e produtiva; visto que se sintam bem
com seus colegas de trabalho, confiante com seu trabalho ao mesmo tempo que
cooperam com o grupo; dado que com a competitividade do mercado, as
organizações tem buscado melhorar o desempenho dos seus colaboradores cm
ginastica laboral antes e depois do expediente, trazendo benefícios tanto para o
colaborador quanto para a empresa.
Segundo Jair Lot Vieira (2011), a ergonomia é o entendimento das interações
entre seres humanos e outros elementos de um sistema; não só otimizar o bem-estar
humano como o desempenho geral para uma boa produtividade; de forma que se a
qualidade do trabalho for elevada conduzirá a um clima de confiança e respeito mútuo,
no qual as pessoas tendem a aumentar suas contribuições e elevar suas
oportunidades; buscando resolver problemas de doenças ocupacionais, por
intermédio da consciência corporal, estimulando o seu próprio corpo com exercícios
de compensação aos movimentos repetitivos ou a posturas desconfortáveis
assumidas durante o período de trabalho.
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O enfoque ergonômico tende a desenvolver postos de trabalho que reduzam
as exigências biomecânicas e cognitivas, procurando colocar o operador em uma boa
postura de trabalho. Os objetivos a serem manipulados ficam dentro da área de
alcance dos movimentos corporais. As informações colocam-se em posições que
facilite a sua percepção. Em outras palavras, o posto de trabalho deve envolver o
operador como uma “vestimenta” bem adaptada, em que ele possa realizar o trabalho
com conforto, eficiência e segurança. Um exemplo típico são as centrais de controle
operacional de sistemas complexos (MÁSCULO, 2011).
No enfoque ergonômico, as máquinas, equipamentos, ferramentas e materiais
são adaptados às características dos trabalhos e capacidades do trabalhador, visando
promover o equilíbrio biomecânico, reduzir as contrações estáticas da musculatura e
o estresse geral. Assim, pode-se garantir a satisfação e segurança do trabalhador e a
produtividade do sistema. Procura-se também eliminar tarefas altamente repetitivas
(IIDA, 2005).
Fonte: designeinova.wordpress.com
10 SISTEMA LOCOMOTOR
Fonte: conteudos.com.br
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10.1 Sistema Esquelético
Fonte: susttexchile.com.br
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10.2 Coluna vertebral
Fonte: ergonomiaaplicada.com.br
Fonte: fisioterapeutico.com.br
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Hérnia de disco
A hérnia de disco é um problema ainda mais grave que a protusão discal. Na
hérnia, o NP, após ter rompido todos os anéis, consegue extravasar-se de dentro do
anel e sai do disco intervertebral, empurrando os tecidos da região, pressionando-os
(veja a Ilustração 6, abaixo). Esta lesão se verifica mais na região lombar,
principalmente quando o indivíduo flexiona o tronco para erguer cargas (hérnia
posterior) e quando o rotaciona lateralmente, movimentando a carga da direita para a
esquerda, por exemplo, (hérnia póstero-lateral). É possível ver uma hérnia
pressionando uma terminação nervosa (SIQUEIRA, SILVA, 2011).
A formação da hérnia inicia-se com o surgimento de fissuras no anel fibroso,
por onde o conteúdo gelatinoso nuclear pulposo infiltra, acometendo as raízes
nervosas espinhais de diferentes formas e graus. Nesse processo, pode haver desde
o abaulamento do disco, até o rompimento da parede discal com extravasamento do
conteúdo nuclear para o canal medular, o que chamamos respectivamente de
protrusão e extrusão com sequestro (SUSSELA, BITTENCOURT, RAYMONDI,
TERGOLINA, ZIEGLER, 2012).
Estes eventos podem ocorrer em quatro zonas do disco - central, póstero
lateral, foraminal ou extraforaminal - e, dessa forma, provocar apresentações clínicas
distintas. Os danos às raízes nervosas podem ocorrer de duas formas principais, seja
através da compressão mecânica direta, seja através da irritação nervosa pela ação
de mediadores inflamatórios liberados durante este processo (SUSSELA,
BITTENCOURT, RAYMONDI, TERGOLINA, ZIEGLER, 2012).
Osteofitos marginais
Caracteriza-se pela formação de protuberâncias ósseas nas paredes externas
do corpo da vértebra, mais precisamente em locais onde há contato de um corpo de
vértebra com outro, ocasião em que os dois entram em atrito. Este contato entre uma
vértebra e a outra se dá pela ausência do Núcleo Pulposo no disco intervertebral, já
herniado (extravasado) (ZAVANELA, RIENTE, MOREIRA, FERNANDES, OLIVEIRA,
2008).
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Fonte: dornacoluna.fst.br
Dor ciática
É uma das consequências mais comuns dos problemas anteriores. A dor ciática
se dá a partir da pressão que o núcleo pulposo herniado ou o Osteofitos fazem sobre
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o conjunto de raízes nervosas que formam o nervo ciático. Estas raízes saem do
espaço existente entre as vértebras L4 e L5 (ou seja, quarta vértebra lombar e quinta
vértebra lombar) e S1 (primeira vértebra sacral). Também pode surgir dor proveniente
das raízes que formam o nervo femoral, provenientes dos espaços entre L2 e L3
(SCHMITT, HAHN, 2013).
A síndrome do músculo piriforme é um termo aplicado a um tipo de dor ciática
relacionada a uma condição de espasmo ou hipertrofia do músculo piriforme tendo em
vista sua íntima relação topográfica com o nervo ciático. Aparentemente não existe
uma causa comum que determine o aparecimento dessa síndrome (SCHMITT, HAHN,
2013).
Na literatura encontram-se múltiplas etiologias que incluem hipertrofia do
músculo piriforme, pseudoaneurisma da artéria glútea inferior, excesso de exercícios,
esforço repetitivo, inflamação e espasmo do músculo piriforme, traumas diretos ou
indiretos nas regiões sacrilíaca ou glútea, contratura em flexão do quadril, infecção,
variações anatômicas (SCHMITT, HAHN, 2013).
Essa síndrome representa uma entidade clínica caracterizada por distúrbios
sensitivos e motores na área de distribuição do nervo ciático. Os sintomas consistem
principalmente na dor lombar, estendendo-se ao membro inferior. Pode ocorrer
também atrofia glútea, parestesia do lado afetado e ligeira claudicação (SCHMITT,
HAHN, 2013).
Fonte: fisioterapia.com.br
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10.4 Músculos
Fonte: naturallser.com.br
10.5 Tendões
São feixes de fibras formadas de tecido conjuntivo, denso e modelado, vez que
tais fibras encontram-se orientadas em direções bem definidas, de modo a oferecer
resistência alta em relação às forças que atuam sobre o tecido. Os tendões são
estruturas anatômicas visco-elásticas, ou seja, possuem certo grau de elasticidade,
mas este é inferior à elasticidade apresentada pelas fibras dos músculos, cuja
capacidade de contração e expansão é muito maior, pois os músculos, como acima
vimos, são abastecidos por sangue, o que não se dá com os tendões (VIEGAS,
CAMANHO, 2003).
Uma das características mais importantes dos tendões, em fisiologia, refere-se
ao tempo de repouso necessário para que o tecido que os formam consiga retornar
ao seu estado natural. Quando se sobrecarrega um tendão, solicitando-o em demasia,
o mesmo tende a sofrer lesões nas fibras do tecido conjuntivo, pois o limite de
elasticidade é facilmente ultrapassado (VIEGAS, CAMANHO, 2003).
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A reparação do tendão não é efetuada pelos fibróticos (fibroblastos
quiescentes), mas sim pelos fibroblastos da bainha interna, na ausência da bainha,
isso ocorre pelo tecido conjuntivo frouxo circunjacente. Essas células crescem em
direção ao interior da lesão e depositam novos feixes de fibras colágenas, restaurando
assim a continuidade do tendão (ENWEMEKA, 2001).
Por haver baixa vascularização, oxigenação e nutrição, o tendão possui baixa
capacidade de regeneração. Os tendões consistem em feixes paralelos de fibras
colágenas firmemente agrupadas, tendo entre as mesmas, fileiras de fibroblastos,
formando um tecido denso e modelado, orientando as fibras do tendão e tornando-o
resistente a uma resposta tensora. Os feixes de colágeno do tendão denominados
feixes primários, se agrupam com feixes menores denominados feixes secundários,
onde são envolvidos por tecido conjuntivo frouxo contendo poucos vasos sanguíneos
e nervos, dando suprimento aos tendões (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004).
O colágeno é o maior componente da matriz extracelular, e abrange cerca de
90% do peso úmido do tendão. No tendão, as fibras de colágeno possuem uma
disposição que é resultado do seu processo de maturação, sendo usualmente
denominados em fascículos de fibras que contêm unidades menores denominadas
fibrilas, que se apresentam longas, cristalinas e extremamente alinhadas. O
desenvolvimento dessa estrutura acontece devido à adaptação funcional normal dos
tendões (BIRK, TRELSTAD, 1986).
Os tendões são providos de receptores de Golgi, capazes de avaliar a tensão
no tendão e transmitir essa informação ao sistema nervoso central. Este estudo tem
por finalidade realizar uma revisão de literatura dos últimos seis anos, sobre os
diversos tipos de tratamentos de lesões de tendões (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2004).
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11 POSTURA INADEQUADA
Fonte: imgrum.net.com
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Fonte: pt.slideshare.net
11.1 Repetitividade
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Além das posturas inadequadas, temos um agravante: fazer isto durante muitas
horas e muitas vezes. Claro está que se os nervos, tendões e músculos ficarem
pressionados por horas a fio, pelo fato da pessoa fazer só uma coisa o dia todo, o
problema será agravado. Quando a repetitividade é um problema isolado, a lesão
também pode se manifestar (ou seja, sem postura inadequada e sem o uso da força),
mas isto é raro de acontecer, pois normalmente um posto de trabalho apresenta de
dois a quatro diferentes riscos para o aparecimento de DORT (MORAES, BASTOS,
2017).
Fonte: slideshare.net.com
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como pernas, joelhos, tornozelos e pés, podendo ser ocasionados devido ao tempo
prolongado em uma só posição.
Segundo Saldanha et al (2013) Distúrbios Osteomusculares (DORT) afeta
grande parte dos trabalhadores, sendo mais ou menos 30% da população mundial
com mais de 25 anos, são um dos principais agravos à saúde, que ocasiona
afastamento do trabalho e consequentemente levam a recorrer ao auxílio doença.
A incidência de LER e DORT vêm aumentando progressivamente nos
últimos anos em todo mundo, dentre as doenças ocupacionais, as mais comuns no
Brasil foram relacionadas como sinovite, lesões no ombro, dorsalgia, tenossinovite,
lombalgia e doença de Quervain, sendo que este conjunto que correspondeu mais o
menos 10,8% do total de acidentes notificado pela previdência social (SALDANHA et
al, 2013).
Foram analisados com o ano anterior, o total de acidentes de trabalho
registrados apresentou uma baixa de 4,3%. Apesar da redução nos números de
assistência médica em 5,8%, incapacidade temporária em 4,1% e incapacidade
permanente em 3,5%, em trabalhadores (SALDANHA et al, 2013).
Sendo assim as LER e DORT são responsáveis pelo grande número de
trabalhadores que estão devidamente afastados do trabalho, grande parte de
trabalhadores em plena idade produtiva e tem como consequência incapacidade seja
ela temporário ou permanente (SALDANHA et al, 2013).
Este tema se deu por se tratar de doenças ocupacionais que causam danos
aos trabalhadores, que geralmente podem levar afastamento permanente do trabalho
e a fatores que afetam tanto o físico como o psicológico e emocional dos
trabalhadores.
Qualquer que seja o DORT que a pessoa venha a manifestar, sempre
apresentará quatro fases distintas, que demonstram a evolução (piora) do quadro
clínico:
Fase I - Nesta fase o portador da doença pode referir sensação de peso e
desconforto no membro afetado, dor espontânea localizada nos membros
superiores ou cintura escapular, as vezes com pontadas que aparecem
esporadicamente durante a jornada de trabalho e sem interferência com a
produtividade. Não há irradiação nítida de dor e a melhora ocorre com o
repouso. É em geral leve e fugazes estando geralmente ausentes alguns sinais
clínicos característicos das afecções. O prognóstico é bom.
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Fase II - a dor é em geral mais persistente e intensa e aparece durante a
jornada de trabalho de forma intermitente. É tolerável e permite o desempenho
das funções laborais, mas já com reconhecida redução de produtividade nos
períodos de exacerbação. A dor torna-se mais localizada e pode estar
acompanhada de Parestesia e calor, além de leves distúrbios de sensibilidade.
Pode haver uma irradiação definida, sendo a recuperação em geral mais
demorada. Ocasionalmente pode aparecer quadro doloroso fora do ambiente
de trabalho, durante atividades domésticas e ou sociais. O prognóstico é
favorável.
Fase III - a dor torna-se persistente, mais forte e com irradiação mais definida.
O repouso em geral só atenua a intensidade da dor. São frequentes a perda de
força muscular e Parestesia. Há sensível queda de produtividade e pode
surgir impossibilidade de exercer as funções laborais. Os sinais clínicos estão
presentes, com edema frequente e hipertonia muscular constante. Ocorrem
alterações de sensibilidade e força. Aparecem quadros com comprometimento
neurológico compressivo. Neste estágio o retorno às atividades laborais é
problemático. O prognóstico é reservado.
Fase IV - a dor é forte, intensa e contínua, por vezes insuportável, levando o
paciente a intenso sofrimento. Os movimentos acentuam consideravelmente a
dor, que em geral se irradia por todo o membro afetado. A perda de força
muscular e a perda dos movimentos se fazem presentes. As atrofias,
principalmente dos dedos, são comuns. A capacidade laboral é anulada e a
invalidez se caracteriza. Neste estágio são comuns alterações psicológicas
com quadros de depressão, ansiedade e angústia.
11.2 Prevenção
Fonte: protecao.com.br
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ombros, dorso e membros superiores e inferiores, a partir da análise ergonômica do
trabalho, deve ser observado o seguinte:
Todo sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e
vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as
repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
Devem ser incluídas pausas de descanso.
O resultado do programa de prevenção depende da participação e
compromisso dos diferentes profissionais da empresa: trabalhadores, supervisores,
cipeiros, engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, médico do trabalho,
gerentes e diretores (MAENO, SARLENO, ROSSI, FULLER, 2006).
Os dois programas obrigatórios previstos desde 1.994 pelo MTE também
devem estar integrados à Análise Ergonômica do Trabalho: o PCMSO (exames
médicos) e o PPRA (identificação de riscos, adoção de medidas de controle). A Nota
Técnica 060/01 do MTE deverá ser consultada em conjunto com a NR 17.
Fonte: novorumo.com.br
Fonte: dornacoluna.fst.br
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A postura em pé adotada pode influenciar diretamente no aparecimento de
dores ou desconfortos musculoesqueléticos, por exigir uma constante verticalização
do corpo durante o trabalho. O que pode implica em um aumento da sobrecarga nas
estruturas da coluna vertebral o que pode levar a alguma forma de patologia. Patologia
essa que pode ser resultado do efeito acumulativo de repetidos e pequenas
sobrecargas durante um longo período de tempo ou de constantes sobrecargas
anormais durante um curto período de tempo. Este fato torna-se ainda mais
preocupante se a postura for inadequada e estiver associada ao levantamento manual
de carga, flexão, torção e inclinação da coluna com movimentos repetitivos (MAGEE,
2002).
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Fonte: instrusul.com.br
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Um estivador que trabalha junto a uma correia transportadora de sacos
de café, no cais do porto. Seu trabalho implica em permanente
movimentação e esforço físico.
Fatores Dimensionais
Fatores Temporais
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São de grande importância, derivados de atividades desenvolvidas sob pressão
de tempo, em função da tensão nervosa à qual o trabalhador se expõe.
Vamos imaginar a situação de uma operária numa linha de montagem com
esteira: O controle da velocidade da esteira rolante que corre junto às bancadas de
trabalho não é da operária, sujeitando-a à velocidade imposta por sua chefia. Ela sabe
muito bem que se a velocidade é aumentada na linha de montagem, um “recado” está
sendo enviado à todas as operárias: “trabalhem mais rápido” (NUNES, 2016).
Tal situação às leva muitas vezes a um descontrole emocional, pois estão
sendo pressionadas a aumentar o ritmo de trabalho. Esta situação costuma fazer com
que a concentração mental das trabalhadoras aumente muito, implicando-as a
aproximar o tronco e a cabeça ao plano de trabalho da bancada, alterando a postura.
É uma tentativa de se ficar “mais perto do trabalho” (NUNES, 2016).
Nunca projetar um posto de trabalho levando em conta APENAS o assento
(cadeira, banqueta, etc.). É importante considerar o assento e a superfície de trabalho
com a qual o assento está relacionado (NUNES, 2016).
Fonte: trabalho.facafisioterapia.net
A posição sentada, por sua vez, é definida como a situação na qual o peso
corpóreo é transferido para o assento da cadeira por meio da tuberosidade isquiática,
dos tecidos moles da região glútea e da coxa, bem como para o solo por meio dos
pés. No entanto, sentar é uma ação dinâmica que deve ser vista como um
comportamento e não somente como uma condição estática (MARQUES, HALLAL,
GONÇALVES, 2010).
A adoção de posturas inadequadas na posição sentada altera a atividade
muscular e desencadeia mecanismos que põem em risco a integridade do sistema
musculoesquelético. Resultados de estudos sobre a atividade eletromiográfica e das
pressões intradiscais revelaram que o ângulo de inclinação assento/encosto deve ser
de aproximadamente 120º horizontalmente, considerando a região posterior do
assento no máximo 10º inclinada para trás (MARQUES, HALLAL, GONÇALVES,
2010).
A altura correta do assento deve ser menor que a distância do joelho ao pé, o
que elimina a pressão na fossa poplítea. Os encostos devem estar um pouco abaixo
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dos ombros (pelo menos 6 cm) para evitar que ocorra extensão na coluna lombar com
um consequente aumento na lordose dessa região, gerando assim interiorização da
vértebra L5. As cadeiras dinâmicas, que têm molas e amortecedores, aumentam a
possibilidade de movimentação do indivíduo na posição sentada. Isso contribui para
a difusão dos nutrientes através da placa vertebral terminal, o que promove a nutrição
do disco intervertebral (MARQUES, HALLAL, GONÇALVES, 2010).
O uso de bolas de exercícios em comparação ao uso de cadeiras de escritório
convencionais não apresenta diferenças significativas na atividade eletromiográfica
dos músculos do tronco. Entretanto, sentar-se em uma bola de exercícios gera
coativação dos músculos flexores e extensores de quadril, o que possibilita maior
estabilidade da coluna lombar e melhor controle neuromuscular (MARQUES, HALLAL,
GONÇALVES, 2010).
O ideal é que a estrutura do assento seja em prancha de madeira moldada e
revestida de espuma com uns 05 centímetros de espessura. A borda frontal deve ser
arredondada. O dimensionamento das cadeiras deve, desde 1997, respeitar ao
conteúdo da NBR 13962, da ABNT. O apoio para os pés está previsto na NBR 13965,
que trata de mobiliário para informática. O item que o especifica é o 4.2.1 apoia-pés
(MARQUES, HALLAL, GONÇALVES, 2010).
12.2 Antropometria
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Fonte: drsergio.com.br
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A mediação entre informações antropométricas e seu uso social - embora não
totalizadora pode, nesse sentido, ser assumida por designers e arquitetos. Peritos na
organização espacial, esses profissionais podem incorporar as contribuições das
medidas corporais estatísticas dos grupos humanos ao exercício de sua atividade
profissional – também relacionada ao campo da promoção da saúde ocupacional.
Assim, a filosofia da engenharia humana seria aplicada na medida em que reconhece
que tudo é projetado para as pessoas a partir do próprio homem" (PANERO, ZELNIK,
2008).
Na antropometria, existem dois tipos de medidas: estruturais e funcionais. Por
medidas estruturais, entendem-se as dimensões das várias partes do corpo humano
e de sua constituição (alturas ou larguras totais, por exemplo). Para os designers e
arquitetos, as medidas corporais usuais são (PANERO, ZELNIK, 2008):
Altura, peso, altura quando sentado, comprimento nádegas-joelho, e nádegas
sulco poplíteo, largura entre os cotovelos e entre os quadris em posição sentada;
altura do sulco-poplíteo, dos joelhos e espaço livre para as coxas" (PANERO, ZELNIK,
2008).
Medidas funcionais, por sua vez, são as dimensões relativas ao exercício ou
movimentação do corpo humano, ou de suas partes, para determinados fins. É a partir
delas que, por exemplo, podem-se estabelecer parâmetros básicos de medidas
lineares e áreas de circulação (de corredores ou entre mobiliários, por exemplo), de
dimensões e organização espacial de mobiliários (mesas, prateleiras, armários,
arquivos, balcões, apoios para livros e documentos, etc.), dentre outros (PANERO,
ZELNIK, 2008).
Dentre os grupos aos quais a antropometria pode ser imprescindível à melhoria
e preservação da saúde de seus integrantes estão os idosos e deficientes com
mobilidade reduzida. Acerca disso, é importante que se compreendam os seus
equipamentos de auxílio motor (cadeiras de roda, muletas, andadores, etc.) enquanto
extensões de seus corpos e, de tal modo que devem ser considerados na mensuração
do espaço de mobilidade e alcance de seus usuários (PANERO, ZELNIK, 2008).
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12.3 Critérios par dimensionamento dos postos de trabalho
Fonte: slideplayer.com.br
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máquinas, painéis, bancadas, etc. Sendo assim estarão se adaptando ao ser humano
(SLACK, 2002).
Observe como os conhecimentos adquiridos são aplicáveis com esta simples
situação de trabalho (NUNES, 2016):
A banqueta tem assento em madeira = as tuberosidades isquiáticas estão
“gritando”, pois não há qualquer revestimento macio (em espuma);
O apoio para os pés não existe, apenas o da banqueta = os pés são obrigados
a permanecer numa única posição;
As borneiras localizadas ao fundo da área de teste estão em alcance máximo
= o Eletricista, para que alcance as borneiras, deve esticar os braços e, ainda,
deslocar o tronco do encosto da banqueta. Em antropometria, nunca o alcance
motor de um fundo de bancada que é muito usado poderia ser aceito em tal
profundidade;
Os músculos ao redor da coluna vertebral ficam tensos = dor;
As gavetas da bancada (para ferramentas) obstruem o espaço lateral das
pernas, apesar da banqueta ser giratória (não dá quase para girá-la...). Seria
melhor um gaveteiro móvel ou um carrinho e a retirada das gavetas;
A banqueta desta vez é estofada, mas o Eletricista não a usa. Não dá (não há
espaço para as pernas quando se senta defronte à bobina) = trabalho constante
em pé;
Os cavaletes usados para se apoiar a bobina não têm regulagem de altura = o
Eletricista se abaixa para ver o que está fazendo e alcançar os contatos a
serem refeitos: aqui, várias são as consequências:
Cervical, dorsal e lombar em flexão = dor;
Trabalho constante em pé = mais dor para a lombar e dificuldade para
circulação venosa nas pernas (carga hemodinâmica);
Repare que a articulação do carpo constantemente fica em desvio ulnar, além
de prono-supinações = risco de DORT;
Os braços trabalham sem apoio, mas em área de alcance ótimo (que, neste
caso, não adianta nada...) = risco de DORT.
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisiológicos do projeto
do trabalho, isto é, com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente. Isso
envolve dois aspectos: primeiro: como a pessoa confronta-se com os aspectos físicos
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de seu local de trabalho, onde "local de trabalho" inclui mesas, cadeiras,
escrivaninhas, máquinas, computadores e assim por diante; segundo: como uma
pessoa relaciona-se com as condições ambientais de sua área de trabalho imediata
(SLACK, 2002).
A Ergonomia e uma disciplina científica que proporciona uma visão holística e
sistêmica e centrada no ser humano para melhorar a produtividade e a motivação dos
colaboradores dentro das organizações. As pessoas buscam muito mais do que um
trabalho, elas desejam realizar suas necessidades, auto realizar-se. De que o
processo motivacional e a satisfação no trabalho também são consequências de um
ambiente capaz de estabelecer um projeto ergonômico que abarque as expectativas
das pessoas na empresa (SLACK, 2002).
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13 BIBLIOGRAFIAS
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SCHMITT, CRISTIANE; HAHN, PAOLA TRINDADE. A fisioterapia na síndrome do
músculo piriforme: uma revisão da literatura. Revista Uningá Review, 2013.
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