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AULA #30

Programa Ergonomizando com Debora Dengo


Aula ao vivo toda segunda às 17h
07/06/2021
INTRODUÇÃO À ERGONOMIA
O que é Ergonomia?
Vem do grego “Ergon” (trabalho) + “Nomos” (leis) a ergonomia é a
adaptação do trabalho ao homem. Ergonomia é o estudo das
condições de trabalho a fim de adaptar o trabalho ao homem para
evitar queixas, dores, desconfortos e doenças do trabalho.

Homem Vitruviano, Leonardo da Vinci (Século XV)

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Qual é atuação do profissional?
O profissional da ergonomia atua primariamente nas empresas,
estudando e analisando o dia a dia dos funcionários, identificando se
há riscos ergonômicos e propondo ações de eliminação dos riscos
ergonômicos para as empresas. Atua também com treinamentos e
palestras de conscientização.
Mas o profissional também pode atuar no desenvolvimento de
projetos ergonômicos, tanto de produtos quanto arquitetônicos, atuar
em perícias trabalhistas etc.
Exemplos de atuação:

• Em uma empresa, houve queixas de dor lombar e há manuseio


de cargas. O profissional da ergonomia vai analisar o trabalho,
identificar se tem riscos e propor melhorias para a empresa
executar.

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• Em uma empresa houve queixas de dores no pescoço. O
profissional da ergonomia foi contrato para realizar a
investigação das queixas. Descobriu que o mobiliário não é
ergonômico, então sugeriu o mobiliário adequado para o
trabalho no computador.

Quais são os 3 pilares da ergonomia?


Segurança, conforto e eficiência (produtividade) no trabalho.
Ao aplicar a boa ergonomia, você promoverá os 3 pilares da
ergonomia para esse trabalho.

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Como surgiu a Ergonomia?

Pré história:
Supõe-se que na pré-história o homem tenha adaptado a pedra às suas
necessidades, respeitando a anatomia da mão para tornar seu
manuseio mais seguro e eficaz. Essa suposição se baseia no formato
dos utensílios daquela época, como as ferramentas utilizadas para
caça e defesa pessoal:

Martelo pré-histórico

Primeira Guerra Mundial

Com a Primeira Guerra Mundial (entre 1914 e 1917), foram aplicados,


na Inglaterra, estudos de fisiologistas e psicólogos no aprimoramento
da indústria bélica. Houve necessidade de aumentar a produção de
armamentos, por isso os fisiologistas e psicólogos foram chamados
para melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores a fim de
aumentar a produtividade, com o fim da guerra, essa comissão foi
transformada no Instituto de Pesquisa da Fadiga Industrial.

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Segunda Guerra Mundial
Durante a II guerra mundial (1939–1945), houve um incremento na
velocidade e no número de desenvolvimento de projetos bélicos com
novas armas e tanques com características mais complexas, com isso
aconteciam inúmeros acidentes na área militar.

Esses acidentes foram atribuídos a falhas dos projetos de


equipamentos que não eram adequados aos seus operadores, seja
pelo peso, pelo conforto ou mesmo pela segurança do manuseio.

Na tentativa de solucionar as falhas dos projetos, foram organizadas


equipes de engenheiros, médicos e psicólogos para realizarem a
adequação dos projetos sob o ponto de vista anatômico, fisiológico e
psicológico. Como consequências, muitos destes equipamentos foram
redesenhados para adaptarem-se melhor ao desempenho do ser
humano.

Estes profissionais especialistas voltaram a se reunir em 12 de julho


de 1949, após o fim da segunda Guerra, na Inglaterra, com
intenção de discutir e formalizar a existência desse novo ramo da
aplicação interdisciplinar da ciência, surgindo assim, oficialmente, a
ergonomia como uma forma de melhorar as condições de trabalho e o
bem-estar do ser humano.

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No Brasil
No Brasil, a ergonomia começou a ser estudada nos anos 60. Já a
formalização de referências de segurança e adaptação do trabalho ao
trabalhador veio em 23 de outubro de 1990, foi instituída a Norma
Regulamentadora nº. 17 (NR-17) pelo Ministério do Trabalho.

Frentes de estudo e aplicação da ergonomia


Ergonomia Física
Ocupa-se das características da anatomia humana, antropometria,
fisiologia e biomecânica, relacionados com a atividade física.

Os tópicos relevantes incluem a:


• Postura no trabalho;
• Manuseio de materiais;
• Movimentos repetitivos
• Distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho;
• Projeto de postos de trabalho, segurança e saúde do
trabalhador.

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Os estudos antropométricos, (análise das medidas do corpo humano)
possibilitam a classificação de biótipos que são utilizados para o
dimensionamento de máquinas, equipamentos e ferramentas de
trabalho, visando o melhor desempenho humano na realização das
tarefas.

Ergonomia Cognitiva
Ocupa-se dos processos mentais, como a percepção, a memória, o
raciocínio e a resposta motora, relacionados às interações entre às
pessoas e outros elementos de um sistema.

Os principais aspectos da Ergonomia Cognitiva são:


• Carga mental;
• Processos de decisão;
• Interação homem-máquina;
• Estresse profissional;
• Falta de treinamentos/ capacitação

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Ergonomia Organizacional
Ocupa-se da otimização dos sistemas sociotécnicos, abrangendo
estruturas organizacionais, políticas e processos.

Os tópicos relevantes incluem:


• Comunicações;
• Projeto de trabalho;
• Programação do trabalho em grupo e projeto participativo;
• Trabalho cooperativo;
• Cultura organizacional;
• Organizações em rede;
• Gestão.

Link da vídeo aula: Youtube


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