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19/01/2023 10:18 Saúde e segurança no trabalho

Ergonomia no trabalho

Ergonomia – Um breve histórico

A origem e a evolução da ergonomia estão relacionadas às transformações sociais,


econômicas e tecnológicas que estão ocorrendo no mundo do trabalho. De uma forma
mais organizada, a ergonomia surgiu oficialmente em torno de 1940, após a Segunda
Guerra Mundial, tendo o objetivo de buscar compreender a complexidade da interação
entre o ser humano e o seu ambiente de trabalho. Como ocorreu com outros setores
que se desenvolveram, a concepção de ergonomia surgiu associada às necessidades de
guerra, sobretudo na construção de instrumentos bélicos/armas de guerra, como, por
exemplo, aviões mais adaptáveis às características dos homens, tornando-os mais
manejáveis por pilotos, melhorando o desempenho, reduzindo a fadiga e,
consequentemente, os acidentes.

Com o passar do tempo, a ergonomia deixou de ser unicamente militar, ampliando o


horizonte e valorizando mais a questão da qualidade do sistema do que simplesmente
à adequação, ou seja, a adaptação do posto de trabalho perdeu força para a qualidade
do processo, da organização e da qualidade de vida como um todo.

Pode-se dizer que a ergonomia brasileira surgiu da junção da ergonomia


internacional de origem francesa complementada pela de origem anglo-
saxônica. Até hoje, é seguida a abordagem francesa nos estudos ergonômicos que foi
influenciada pela Analyse Ergonomique du Travail. Em 1983, foi criada a Associação
Brasileira de Ergonomia (Abergo), que é membro da Associação Internacional de
Ergonomia (International Ergonomics Association – IEA).

A ergonomia tem como objetivo modificar sistemas de trabalho para


adequar à atividade nele existente as habilidades, características e
limitações das pessoas a fim de promover desempenho eficiente,

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confortável e seguro. Sendo assim, a saúde das pessoas, a eficiência


dos serviços e a segurança das instalações estarão, a partir de então,
sendo efetivamente incorporadas à vida das organizações.

Essa definição que coloca finalidades, propósitos e critérios necessita ser


complementada por uma outra, que estabeleça qual a tecnologia a que a ergonomia
está referida. Essa tecnologia, portanto, é a tecnologia que consiste em um processo
contínuo e integrado de concepção, construção e manutenção de interfaces entre as
pessoas e os sistemas, melhor dizendo, estabelecendo uma relação de adequação
entre os aspectos humanos presentes na atividade de trabalho e os demais
componentes dos sistemas de produção: tecnologia dita física, meio-ambiente,
softwares, conteúdo do trabalho e organização. A interface é de certa maneira
qualquer forma de interação entre o componente humano e os demais componentes do
sistema de trabalho, sem que ocorra verdadeiramente uma interface ideal (boa
interface). As boas interfaces (adequadas) atenderão conjunta, integrada e
coerentemente aos critérios de conforto, eficiência e segurança.

Para se ter uma boa ergonomia, deve haver a adequação da tecnologia


e da organização do trabalho aos trabalhadores reais e conhecimento
do que está se tratando. Essa adequação é realizada considerando as
dimensões estáticas e dinâmicas do corpo, o funcionamento dos
sistemas fisiológicos em diversos regimes, a percepção de sinais, a
discriminação de indícios, a leiturabilidade de instrumentação, a
higiene e a toxicologia.

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Riscos ergonômicos

Riscos ergonômicos

Os riscos ergonômicos no trabalho estão previstos na Norma Regulamentadora 17


(NR-17). Esses riscos são determinados pela falta de adaptação das condições do
trabalho às características psicofisiológicas do trabalhador. Um exemplo de doença
relacionada à ergonomia é a LER (lesões por esforços repetitivos), que ganhou
dimensão a partir das Resoluções n.ºs 180 e 197/1992, da Secretaria Estadual de
Saúde de São Paulo, uma vez que a situação começava a fugir de controle devido ao
crescente atendimento aos estágios evolutivos da LER.

Atualmente, a terminologia LER está sendo substituída, por alguns especialistas e


entidades, por doenças osteomusculares relacionadas com o trabalho (DORT),
que incorpora dimensões ergonômicas e psicossociais e sugere uma reflexão sobre as
novas formas de trabalho.

Em certos casos, há situações operacionais que ocorrem nas empresas ou nos home
offices, pois muitas pessoas não se preocupam com as condições no trabalho. Então,
algumas doenças se tornam alarmantes devido aos movimentos repetitivos executados
ao longo de um tempo. Essas situações tornam-se propícias para o desenvolvimento
das doenças ocupacionais, principalmente pela exposição às seguintes condições, entre
outras:

Mesas de trabalho com alturas inadequadas

Cadeiras sem encosto ou sem apoio para os braços

Inexistência de equipamentos para içamento e transporte de cargas

Ambiente de trabalho com iluminação inadequada

Observe agora as patologias que podem ser desenvolvidas no ambiente de trabalho:

Algumas
Causas
Lesões Exemplos ilustrações
ocupacionais
importantes

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Lesões de Compressão do
Apoiar cotovelo em
bursite no cotovelo contra -
mesas
cotovelo superfícies duras

Compressão palmar
Dedo em Apertar alicates e
associada à -
gatilho tesouras
realização de força

Apertar parafusos,
Movimentos com
jogar tênis,
Epicondilites do esforços estáticos e
desencapar fios,
cotovelo preensão prolongada
tricotar, operar
de objetos
motosserra

Compressão da
Síndrome do
borda ulnar do Carimbar
canal de Guyon
punho

Realizar trabalhos
manuais curvado
Compressão sobre o
Síndrome do sobre veículos,
ombro, flexão lateral
desfiladeiro pintar paredes, lavar
do pescoço, elevação
torácico vidraças, apoiar
do braço
telefone entre o
ombro e a cabeça

Síndrome do Esforço manual do Carregar pesos,


pronador antebraço em praticar musculação, -
redondo pronação apertar parafusos

Movimentos
repetitivos de flexão, Digitar, fazer
Síndrome do extensão com o montagens
túnel do carpo punho, industriais,
acompanhados por empacotar
realização de força

Elevação com
Carregar pesos
Tendinite do abdução dos ombros
sobre o ombro, -
supraespinhal associada à elevação
jogar vôlei
de força

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Movimentos
Tenossinovite
repetitivos de flexão Digitar, operar
dos extensores
e extensão dos mouse
dos dedos
dedos

Tabela 1 – Imagens e conceitos das patologias desenvolvidas a partir da ausência de


ergonomia correta

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NR-17

NR-17

Observe agora alguns tópicos principais relacionados à NR-17. Lembre-se de que,


como regulamentado pela Portaria n.º 3.214/1978, esta NR deve ser cumprida por
todas as empresas. Você pode acessar essa norma na íntegra pelo site no Ministério do
Trabalho e Previdência.

NR-17 – Objetivo

Visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de


trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
o máximo de conforto e segurança e um desempenho eficiente.

As condições de trabalho incluem aspectos que se referem a:

Levantamento

Transporte e descarga de materiais

Mobiliário

Equipamentos

Condições ambientais do posto de trabalho

Organização do trabalho

Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas


dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a avaliação ergonômica preliminar
(AEP), que é a primeira etapa de identificação de pontos críticos e deve abordar, no
mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecidas na NR-17. Há, também, a
segunda etapa, a análise ergonômica do trabalho (AET), quando houver situações
complexas identificadas na AEP.

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NR-17 – Levantamento, transporte e descarga individual de materiais

Levantamento, transporte e descarga individual de materiais

No item 17.2.1.1 da NR-17 consta que transporte manual de cargas designa todo
transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador,
compreendendo o transporte e a deposição da carga.

Já o item 17.2.2 prevê que não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual
de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou
sua segurança.

Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de


cargas, as quais não sejam as cargas leves, precisará receber
treinamento ou instruções adequadas quanto aos métodos de trabalho
que utilizará para garantir sua saúde e prevenir acidentes.

O transporte e a descarga de materiais, feitos por impulsão ou tração de vagonetes


sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico, deverão ser
executados de modo que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível
com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.

A fim de evitar que o trabalhador tenha problemas na coluna, por exemplo, são feitas
as seguintes orientações quanto ao levantamento de cargas:

O levantamento de cargas deve ser realizado por dois trabalhadores, quando


possível.

Devem ser analisadas outras alternativas de levantamento e/ou transporte, como o


uso de carrinhos, guinchos, pontes rolantes, por exemplo.

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Se o levantamento for feito manualmente, deve ser realizado de modo a forçar os


joelhos e não as costas, como exemplifica a figura a seguir:

Figura 1 – Modelos de procedimentos certo e errado para carregar peso

Observe a seguir as orientações para outros movimentos.

A imagem apresenta uma descrição do movimento que um trabalhador deve realizar


para carregar uma carga:
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Figura 2 – Descrição do movimento que um trabalhador deve realizar para carregar


uma carga

Fonte: https://sites.google.com/site/ergonomiamovimentacaocargas/movimentacao-
manual-de-cargas-1.

Boneco em pé em frente à caixa. Escrito abaixo desse desenho está: O trabalhador


deve se posicionar junto à carga, mantendo os pés afastados por distância
equivalente à que existe entre os ombros.

Boneco com joelhos flexionados e braços estendidos em direção à caixa. Escrito


abaixo desse desenho está: Abaixar o tronco, dobrando o joelho, mantendo retos o
pescoço e as costas.

Boneco agachado, segurando a caixa na altura do peito. Escrito abaixo desse


desenho está: Segurar a carga firmemente e levantá-la de modo gradual com os
braços estendidos.

Boneco com joelhos flexionados e braços estendidos segurando a caixa. Escrito


abaixo desse desenho está: Ao caminhar, deve aproximar a carga do corpo e
mantê-la centralizada entre as pernas.

Boneco em pé com a caixa na mão. Escrito abaixo desse desenho está: Repetir o
processo inverso para colocá-la no chão. A frase finaliza com uma flecha na cor
preta direcionada para a esquerda que está localizada abaixo dessa última escrita.

A seguir são apresentados os exemplos correto e incorreto para se dispensar uma


carga:

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Figura 3 – Posição correta e incorreta para dispensar uma carga

Fonte: https://prevencaocuritiba.com.br/solucoes-seguranca-do-trabalho/ergonomia-
nr-17/.

Se o transporte de cargas for realizado por carrinhos e/ou paleteiras, por exemplo,
deve-se sempre fazer o movimento de empurrar ao invés de puxar. A figura a seguir
ilustra o modo correto desse movimento:

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Figura 4 – Transporte de carga com carrinho

Fonte: http://www.cipa.unicamp.br/pdf/manual%20sobre%20ergonomiae04a.pdf.

A imagem a seguir representa, respectivamente, as formas incorreta e correta de se


fazer transporte de carga com paleteira.

Figura 5 – Transporte de carga com a paleteira.

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Fonte: https://www.ergotriade.com.br/single-post/2016/07/29/os-10-mandamentos-
da-ergonomia-para-levantar-e-manusear-cargas.

A seguir, observe a ilustração dos modos incorreto e correto, respectivamente, de se


transportar materiais com um carrinho de mão.

Figura 6 – Transporte de carga com carrinho de mão

Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/ergo2.htm.

Desenho demonstrando a diferença entre as técnicas correta e incorreta de transporte


de cargas com carrinho de mão. Há dois bonecos em preto e branco empurrando um
carrinho de mão de uma roda somente com carga solta dentro. À esquerda, é
demonstrada a técnica incorreta de transporte de cargas, na qual o boneco se encontra
flexionando o dorso e a cabeça em formato côncavo ao segurar o carrinho de mão.
Acima do carrinho, está escrito, em vermelho, “técnica errada”, e entre parênteses está
escrito “dorso e tronco curvos” também na cor vermelha, porém, em tamanho de fonte
menor. À direita, é demonstrada a técnica correta de transporte de cargas, na qual o
boneco se encontra flexionando os joelhos ao segurar o carrinho de mão. Acima do
carrinho, está escrito, em verde, “técnica correta” e, entre parênteses, está escrito
“dorso plano e tronco com ligeira flexão”, também na cor verde, porém em tamanho de
fonte menor.

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NR-17 – Mobiliário dos postos de trabalho

Mobiliário dos postos de trabalho

Para trabalho manual que exija que o trabalhador esteja sentado ou de pé, as
bancadas, as mesas, as escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador
condições de boa postura, visualização e operação, e devem respeitar algumas
condições.

Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de conforto:

Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida

Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento

Borda frontal arredondada

Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar

Confira considerações sobre as atividades com o trabalhador em pé e sentado:

Atividades realizadas com o trabalhador sentado

Para as atividades realizadas pelo trabalhador sentado, a partir da análise ergonômica


do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da
perna do trabalhador.

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Figura 7 – Posição correta do trabalhador sentado

Atividades realizadas em pé

Para as atividades realizadas em pé, devem ser colocados assentos para descanso em
locais que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.

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NR-17 – Equipamentos dos postos de trabalho

Equipamentos dos postos de trabalho

Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às


características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser
executado.

Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou


mecanografia, deve ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser
ajustado, proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando
movimentação frequente do pescoço e fadiga visual.

Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de


vídeo devem observar o seguinte:

São necessárias condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela


do equipamento à iluminação do ambiente, diminuindo os reflexos e
proporcionando ao trabalhador corretos ângulos de visibilidade.

O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador


ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas.

A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de modo que
as distâncias entre os olhos e a tela, os olhos e o teclado e os olhos e o documento
sejam aproximadamente iguais.

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Os equipamentos devem ser posicionados em superfícies de trabalho com altura


ajustável.

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NR-17 – Condições ambientais de trabalho

Condições ambientais de trabalho

As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características


psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes, tais como salas de controle, laboratórios, escritórios,
salas de desenvolvimento ou de análise de projetos, entre outras, são recomendadas
as seguintes condições de conforto:

Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira


registrada no INMETRO

Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23°C

Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s (metro/segundo)

Umidade relativa do ar não inferior a 40%

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Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial,


geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.

Vale ressaltar que o trabalhador pode em qualquer momento


conversar com o seu gestor para uma possível troca de lugar/posição
no caso de não estar adaptado àquela situação. Um exemplo disso é a
troca de posição de trabalho entre pessoas que são mais suscetíveis
ao calor do que outras, para que fiquem mais próximas de uma saída
do condicionador de ar.

Ruído: a norma NBR 10152 fixa níveis de ruído compatíveis com o


conforto acústico em ambientes diversos. Para fazer esta avaliação, pode
ser utilizado equipamento chamado decibelímetro, que deverá estar
devidamente calibrado.

Iluminação: para medição de iluminamento, pode ser utilizado


equipamento chamado luxímetro. A calibração dele também é essencial. A
medição ocorre de acordo com as diretrizes da NHO-11 – Norma de
Higiene Ocupacional.

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NR-17 – Organização do trabalho

Organização do trabalho

A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos


trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. A organização do trabalho,
para efeito desta NR, deve considerar, no mínimo:

As normas de produção

O modo operatório

A exigência de tempo

A determinação do conteúdo de tempo

O ritmo de trabalho

O conteúdo das tarefas

Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço,


ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do
trabalho, deve ser observado o seguinte:

Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho, para efeito de remuneração


e vantagens de qualquer espécie, deve considerar as repercussões sobre a saúde
dos trabalhadores.

Devem ser incluídas pausas para descanso.

Para finalizar este conteúdo, o que pode ser afirmado sobre ergonomia?

O que é ergonomia?

Ajustar as exigências do trabalho às possibilidades do homem, com o fim de


reduzir a carga externa.

Conceber as máquinas, os equipamentos e as instalações refletindo sobre a


maior eficácia, precisão e segurança.

Estudar cuidadosamente a configuração dos pontos de trabalho, com o intuito


de assegurar ao trabalhador uma postura correta.

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Adaptar o ambiente físico às necessidades físicas do homem.

Benefícios que a ergonomia traz para a organização

Ergonomia, portanto, é a boa adequação dos meios de trabalho e do ambiente de


trabalho ao trabalhador para que se obtenha maior produtividade e máximo
desempenho, gerando satisfação para o trabalhador.

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Referências

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 17: informação e


documentação: referências. Rio de Janeiro, 2003. 95 p.

______. NHO: informação e documentação: referências. Rio de Janeiro, 2018. 66 p.

GUERIN, F.; LAVILLE, A; DANIELLOU, F; DURAFFOURG J.; KERGUELEN, A.


Compreender o trabalho para transformá-lo: a prática da ergonomia. São Paulo:
Edgar Blücher, 2001.

SILVA, J. C. P.; PASCHOARELLI, L. C. Orgs. A evolução histórica da ergonomia no


mundo e seus pioneiros. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica,
2010. 103 p. ISBN 978-85-7983-120-1 versão on-line. Disponível em:
http://books.scielo.org. Acesso em: 25 set. 2021.

VIDAL, M. C. Introdução à ergonomia. Curso de Especialização em Ergonomia


Contemporânea do Rio de Janeiro – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível
em:
http://www.ergonomia.ufpr.br/Introducao%20a%20ergonomia%20vidal%20ceserg.pdf.
Acesso em: 25 set. 2021.

WACHOWICZ, Marta Cristina. Segurança, saúde e ergonomia. Curitiba: Intersaberes


Dialógica, 2012.

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