Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANTROPOMETRIA
1
www.estetus.com.br
Antropometria
SUMÁRIO
Simulação......................................................................................................... 28
Diagramas ........................................................................................................ 36
Formatos gráficos............................................................................................. 37
Mapas .............................................................................................................. 37
2
www.estetus.com.br
Antropometria
Manequins ........................................................................................................ 37
3
www.estetus.com.br
Antropometria
Antropometria aplicada
Existe uma grande variabilidade nas dimensões e dos tipos físicos entre
os indivíduos. Muitas razões contribuem para estas diferenças, tais como o
sexo, raça, idade, clima, nutrição, etc. Assim, mesmo em pequenos grupos
encontramos uma grande variedade de dimensões.
Como nos habituamos a conviver com pessoas de vários tamanhos e
tipos, aceitamos estas diferenças como naturais, bem como as dimensões das
coisas que usamos: as portas que são suficientemente altas (pelo menos para
a grande maioria), cadeiras e mesas que aceitamos usar, não poucas vezes
com evidente desconforto. Quando nos encontramos em situações nas quais
as dimensões dos objetos que necessitamos de utilizar nos colocam
dificuldades acrescidas, usamos da nossa capacidade para nos adaptarmos às
condições existentes.
As lesões músculo-esqueléticas, em particular na região dorso-lombar,
têm vindo a assumir cada vez maior importância nas questões de saúde
ocupacional. As atividades profissionais tornam-se cada vez mais sedentárias
e as pessoas passam mais tempo sentadas durante o trabalho quer em
escritórios quer em veículos motorizados. A incidência de dores na região
4
www.estetus.com.br
Antropometria
5
www.estetus.com.br
Antropometria
Antropometria laboral
6
www.estetus.com.br
Antropometria
Planos de referência
7
www.estetus.com.br
Antropometria
8
www.estetus.com.br
Antropometria
9
www.estetus.com.br
Antropometria
10
www.estetus.com.br
Antropometria
11
www.estetus.com.br
Antropometria
12
www.estetus.com.br
Antropometria
13
www.estetus.com.br
Antropometria
Erro padrão
14
www.estetus.com.br
Antropometria
15
www.estetus.com.br
Antropometria
Estatística pretendida K1
1.96
1.39
Média
Desvio-padrão Percentis 2.46
50º 2.46
45º e 55º 2.49
40º e 60º 35º e 65º 2.52
30º e 70º 2.58
25º e 75º 20º e 80º 2.67
15º e 85º 2.80
10º e 90º 3.00
5º e 95º 3.35
4º e 96º 4.14
3º e 97º 2º e 98º 4.46
1º e 99º 4.92
5.67
7.33
NOTA: Se a dimensão da amostra inicial (Ni) for inferior a 100,
poderemos obter na prática uma estimativa mais precisa de n para a média
usando o valor K2 em vez de K1:
16
www.estetus.com.br
Antropometria
Coeficiente de variação
Dimensão CV (%)
Estatura 3-4
Alturas do corpo (sentado, do cotovelo, etc.) 3 -5
Segmentos dos membros 4 -5
Larguras (ancas, ombros, etc.) 5 -9
Espessuras do corpo (abdominal, peito, etc.) 6 -9
Alcance dinâmico 4 - 11
Peso 10 - 21
Amplitude de movimentos das articulações 7 - 28
Força muscular (estática) 13 - 85
17
www.estetus.com.br
Antropometria
Cálculo de percentis
Como se disse, uma distribuição normal fica perfeitamente definida pela
média e pelo desvio padrão. Sendo estes conhecidos, pode-se calcular
qualquer percentil sem necessidade de utilizar as medições originais.
O percentil de ordem p de uma variável é dado por
Px = m + s . z X
em que z é uma constante para o percentil considerado, que se pode
obter em tabelas estatísticas (ver tabela normal). Suponhamos que queremos
calcular o 95º percentil da estatura de uma população normalmente distribuída
com média de 175 cm e desvio padrão de 9,8 cm, ou seja, N ≈ (175 ; 9,8). Na
tabela da distribuição normal vemos que a p=0,95 (ou 95%), corresponde
z=1,64.
Aplicando a equação 2.9 obtemos
P95 = 175 + 9,8 x 1,64 = 191,07 cm.
Por vezes é necessário fazer o cálculo inverso para determinar a que
percentil corresponde uma certa dimensão. Assim, se quisermos saber, por
exemplo, a que percentil corresponde uma estatura de 163 cm, teremos,
resolvendo a equação 2.9 em ordem a z:
18
www.estetus.com.br
Antropometria
NOTA: no caso, mais habitual, de não ser necessária muita precisão não
é necessário fazer a interpolação, podendo considerar-se de imediato o valor
mais aproximado, neste exemplo p = 0,39.
Exemplo 3
Outro tipo de problema consiste em calcular um determinado percentil
duma população normal.
Seja:
Para a população definida no exemplo anterior, X ≈ N (164,5 ; 24),
calcular o 90º percentil.
Trata-se do problema inverso do exemplo anterior:
Determinar z tal que p = 0,9. (Por vezes representa-se por z90). Pela
tabela da distribuição normal padronizada, temos que para p = 0,90 então z
=1,28
Resta apenas aplicar a equação 2.9 para calcular
Frequência cumulativa
Outra forma de representar dados antropométricos consiste na curva de
frequência cumulativa de que se mostra um exemplo na figura abaixo. Nesta
curva, os percentis estão em ordenadas e em abcissas temos os valores da
dimensão correspondente ou valores de z se calibrarmos a curva em desvios-
padrão. A curva é também designada por ogiva normal. A vantagem desta curva
19
www.estetus.com.br
Antropometria
20
www.estetus.com.br
Antropometria
existe uma resposta simples para esta questão. Caso a caso as condições são
diversas e não pode haver uma regra, mesmo que muito geral, aplicável a
todos. Todavia, em muitas circunstâncias é aplicada uma regra que, apesar de
arbitrária, é considerada satisfatória: trata-se de projetar para a faixa
compreendida entre o 5º e o 95º percentis, ou seja, abrangendo 90% da
população centrada na média. Esta prática parece ser um compromisso
razoável – mas é preciso não perder de vista as consequências da eventual
falta de ajustamento para os 10% que ficarão fora da amplitude dos limites do
"design". Haverá apenas um ligeiro incómodo ou desconforto ou ficará
comprometida a operacionalidade do sistema? Haverá riscos para a saúde ou
a segurança do trabalhador, a curto, médio ou longo prazo? Um indivíduo de
dimensões inferiores ao 5º percentil sentado à mesa de jantar numa cadeira
demasiadamente alta poderá sentir-se algo desconfortável no final da refeição;
mas se não for capaz de pisar o travão do seu carro com eficiência ou se não
conseguir ver bem a estrada, as consequências poderão ser mais sérias. O
projetista deve ponderar muito bem estes aspectos.
21
www.estetus.com.br
Antropometria
formular um critério secundário: que a altura do assento não deve ser maior que
a distância vertical entre a base do pé e a concavidade posterior do joelho (esta
dimensão é designada por altura do popliteu). Poderemos obter a distribuição
desta dimensão numa tabela de dados. Pareceria razoável escolher o valor do
5º percentil (por hipótese 355 mm), pois se uma pessoa com um comprimento
de perna tão curto como o 5º percentil ficasse acomodada, também os restantes
95% da população ficariam. Isto leva, mais ou menos diretamente, a uma
especificação para o projeto ou critério terciário: que a altura do assento não
deve ser maior que 355 mm.
Na prática, de um modo geral, é necessário ir descendo ao longo de
níveis sucessivos da hierarquia antes de se chegar a um conjunto de
recomendações operacionais realmente úteis. Em qualquer nível da hierarquia
podem ocorrer conflitos entre critérios cuja solução exige compromissos. No
exemplo atrás referido, o nosso critério secundário diz-nos quando um assento
está muito alto mas não quando está baixo demais. Os critérios para este caso
são menos bem definidos – poderíamos chamar-lhes imprecisos. Na realidade,
é perfeitamente possível que um homem alto se possa sentir muito
desconfortável numa cadeira desenhada para acomodar as pernas curtas de
uma mulher do 5º percentil, e em situações desse tipo terá que se encontrar um
compromisso satisfatório no sentido de conseguir o maior conforto para o maior
número. Do mesmo modo, poderá haver circunstâncias em que seja necessário
chegar a compromissos como, por exemplo, o conforto contra a eficiência ou a
segurança. Não serão muito comuns circunstâncias conflituais deste tipo, mas,
quando existem, levantam habitualmente problemas interessantes sobre que
critério utilizar para as avaliar em conjunto.
Em termos práticos, o meio da hierarquia é muitas vezes o melhor ponto
de começo para o ataque de um problema (há quem lhe chame "abordagem
pelo meio"). Nesta linha, consideraremos quatro tipos de limitações que entre
si condicionam a grande maioria dos problemas mais comuns de aplicação e,
por consequência, uma parte considerável da ergonomia. Pheasant chama-lhes
as "quatro limitações cardinais" da antropometria: espaço, alcance, postura e
força. Seguem-se alguns comentários acerca dessas limitações.
22
www.estetus.com.br
Antropometria
23
www.estetus.com.br
Antropometria
utilizadores. Os critérios para a postura são em geral menos óbvios que os dos
espaços livres ou dos alcances pois dependem de considerações de natureza
biomecânica, tais como amplitudes de movimento das articulações e dos
segmentos do corpo.
O quarto tipo de limitação diz respeito aos limites aceitáveis para a força
a exercer em tarefas de controlo ou noutras tarefas de manipulação. Em geral,
os limites da força humana impõem de uma forma natural uma limitação de um
só sentido, bastando estimar qual o esforço máximo aceitável para os
indivíduos mais fracos. Porém, em alguns casos este procedimento pode ter
consequências indesejáveis para os indivíduos mais fortes, como, por exemplo,
um manipulo ficar leve demais, correndo-se o risco do seu acionamento
involuntário.
24
www.estetus.com.br
Antropometria
25
www.estetus.com.br
Antropometria
Embora este talvez seja o tipo de solução que ao leigo possa parecer
mais óbvia, facilmente se demonstra ser o tipo de abordagem menos
recomendável. Imaginemos a especificação da altura para o assento de uma
cadeira não ajustável de uso geral. Aplicando este princípio, a solução mais
evidente seria escolher uma altura igual ao valor médio dos 50º percentis da
altura do popliteu das populações masculina e feminina, que admitiremos serem
caracterizadas, respectivamente, por (440 ; 29) mm e (400 ; 27) mm. O valor
médio seria 420 mm. Calculando os correspondentes percentis para as duas
populações, conforme foi exemplificado em 2.1, tem-se:
Para os homens,
Isto significa que mais de metade dessa população ficaria mal servida
com a referida cadeira, pelo que se pode considerar uma solução muito fraca.
26
www.estetus.com.br
Antropometria
Testes de ajustabilidade
27
www.estetus.com.br
Antropometria
Simulação
Uso de manequins
Simulação em computador
28
www.estetus.com.br
Antropometria
29
www.estetus.com.br
Antropometria
30
www.estetus.com.br
Antropometria
daria certamente uma boa ajuda). A figura mostra os resultados de uma série
de cálculos desses. Verifica-se sem surpresa que os valores "óptimos"
descrevem uma curva normal (e); enquanto os valores "muito altos" e "muito
baixos" originam ogivas normais com inclinações opostas (a, b, c, d). Se
juntarmos os valores "óptimos" com os "um pouco altos" e "um pouco baixos"
numa categoria de "satisfatórios" curva (f), deixaremos de fora os residuais "não
satisfatórios" curva (g) fora desses limites (26% não satisfatórios e 74%
satisfatórios para 1000 mm de altura de trabalho). Pela figura se vê que o valor
ideal seria 1050 mm.
AC -
150 (965 ; 52) 75 25% demasiadamente baixa
AC -
100 (1015; 52) 39 61% muito baixa
31
www.estetus.com.br
Antropometria
32
www.estetus.com.br
Antropometria
33
www.estetus.com.br
Antropometria
34
www.estetus.com.br
Antropometria
35
www.estetus.com.br
Antropometria
Tabelas antropométricas
Diagramas
Uma das respostas a essa pressão surgiu sob a forma de diagramas que
permitem apresentar os dados de uma forma mais compreensível. Neste tipo
de dados incluem-se as medições das zonas de alcance dos membros
anteriores complementadas com tabulações de dados com percentis. Esses
diagramas dão uma imagem clara da natureza espacial dos dados e facilitam a
obtenção da informação.
Outro exemplo de utilização de diagramas são as medições
biomecânicas das forças estáticas apresentadas na figura
36
www.estetus.com.br
Antropometria
Formatos gráficos
Mapas
Manequins
37
www.estetus.com.br
Antropometria
e de que existem versões em vária escalas até ao tamanho natural. Uma das
características práticas interessantes dos manequins é a possibilidade de
combinar membros e tronco correspondentes a diferentes percentis, assim
permitindo ao projetista considerar a variação de proporções, além das
dimensões corporais. Contudo, há um inconveniente quanto à aplicação destes
manequins representando homens de percentis "híbridos": em geral, é difícil
obter a localização correta de alguns pontos de rotação das articulações, que
podem não ser compatíveis com outras dimensões (por exemplo, a articulação
do ombro quando se combinam braços e tronco de percentis de extremos
opostos).
38
www.estetus.com.br
Antropometria
Sistemas computadorizados
39
www.estetus.com.br
Antropometria
40
www.estetus.com.br
Antropometria
41
www.estetus.com.br
Antropometria
42
www.estetus.com.br
Antropometria
perímetros; alturas com outras alturas, comprimentos, etc.). Por estas razões,
o projetista deve ser muito cuidadoso quanto à escolha das variáveis se
pretende obter estimativas com precisão. A premissa essencial para estas
técnicas serem de confiança é haver boa correlação entre as variáveis.
Podem ainda usar-se outros métodos para prever dimensões corporais
desconhecidas e outras estimações antropométricas entre indivíduos da
mesma população, ou mesmo entre médias de populações diferentes. Estes
métodos baseiam-se no conhecimento das relações (coeficientes) conhecidas
entre dimensões ou das proporções entre segmentos do corpo.
43
www.estetus.com.br
Antropometria
44
www.estetus.com.br
Antropometria
REFERÊNCIAS
45
www.estetus.com.br
Antropometria
46
www.estetus.com.br