Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
ÍNDICE
PARTE I
Página
2. ANTROPOMETRIA E ARQUITETURA..........................................................03
2.1. Dimensões do corpo e medidas sem régua
2.2. Ergonomia
3. PROJETO GRÁFICO.....................................................................................06
3.1. Tipos, tamanhos e dobragem de papéis
3.2. Carimbo
3.3. Escala
3.4. Tipos de desenho e outros recursos
3.5. Simbologia e representação de objetos
3.6. Materiais mais utilizados
4. ROTEIRO DE PROJETO..............................................................................17
4.1. Tipos de projetos / clientes
5. FASES DO PROJETO..................................................................................23
5.1. Primeira reunião com o cliente
5.2. Levantamento de dados iniciais
5.3. Estudo Preliminar
5.4. Anteprojeto
5.5. Projeto Básico
5.6. Projeto Legal
5.7. Projetos Complementares
5.8. Projeto Executivo
5.9. As Built
6. ELEMENTOS CONSTRUTIVOS...................................................................27
6.1. Piso
6.2. Paredes
6.3. Portas
6.4. Janelas
6.5. Teto e forro
6.6. Pilares e Vigas
6.7. Telhado
6.8. Escadas e rampas
2
1. APRESENTAÇÃO E CONCEITOS INICIAIS
1.1. Arquitetura
2. ANTROPOMETRIA E ARQUITETURA
Antropometria é o conjunto de técnicas utilizadas para medir o corpo
humano ou suas partes. Sua relação com a arquitetura se dá pelo fato de que as
edificações são construídas para serem habitadas e utilizadas por pessoas e, em
cada projeto, as dimensões e os movimentos do corpo humano devem ser os
determinantes das formas e dimensões dos equipamentos, mobiliário e espaços.
Ernst Neufert (15 de março de 1900 – 23 de fevereiro de 1986), em 1936
lançou o livro Arte de projetar em arquitetura, que é até hoje uma importante
referência desta relação Homem X Ambiente que habita.
Neufert salienta que “todos os que pretendem dominar a construção devem
adquirir a noção de escala e proporções do que tenham que projetar: móveis, salas,
3
edifícios, etc; e, só obtemos uma ideia mais correta da escala de qualquer coisa
quando vemos junto dela um homem, ou uma imagem que represente as suas
dimensões.” O autor enfatiza ainda que todos os que projetam devem conhecer as
relações entre os membros de um homem e qual é o espaço que este necessita
para se deslocar, trabalhar ou descansar, em várias posições.
É importante que os arquitetos observem também em seus projetos as
dimensões e adaptações necessárias para pessoas portadoras de necessidades
especiais, para que os espaços possam também ser utilizados por elas de maneira
confortável.
4
Na figura acima pode se observar uma cozinha. Suponha que precisássemos
saber sua largura ou altura aproximadas e não tivéssemos nenhum equipamento
para medi-la, como faríamos? Existem varias formas possíveis para fazer isso, e
quanto mais partes do próprio corpo soubermos a dimensão, de mais maneiras
diferentes poderemos fazer. Algumas das opções mais simples são:
- Calcular o número de pés de um lado ao outro do cômodo e multiplicar esse
número pela medida que você conhece, o tamanho do seu pé, assim terá a largura
ou comprimento!
- Utilizar o palmo ou a polegada para medir as dimensões de um azulejo e
multiplicar pela quantidade de peças em cada sentido, assim conseguiria também a
altura!
É importante lembrar que essas medidas são muito boas para nos dar uma
noção ou chegar facilmente a uma média de tamanho (área) do ambiente, mas elas
serão sempre aproximadas, para ter as dimensões exatas precisamos de
ferramentas adequadas.
2.2. Ergonomia
5
Manter 30cm de diferença entre a altura do assento e da bancada.
Assim, para uma bancada de 75cm de altura, o assento deve ter 45cm;
para uma bancada de 90cm de altura, o assento deve ter 60cm;
mantendo esta proporção, assegura-se o conforto do usuário.
Bancadas de pia devem estar 5cm abaixo da altura do cotovelo do
usuário.
No caso de cadeiras de trabalho, estas devem ser totalmente
ajustáveis, pois deverão garantir que o usuário esteja com os pés
apoiados no chão, coluna sustentada e ereta, com os cotovelos
apoiados nos braços da cadeira. Caso a mesa de trabalho esteja na
altura correta, os cotovelos poderão ser apoiados na mesa.
Obs. Muitas vezes, o mesmo espaço de trabalho (nos turnos
diferentes), é utilizado por pessoas com biótipo diferente, por esta
razão, e para padronizar os espaços, as mesas de trabalho são
escolhidas de forma padrão e fixa, ficando as regulagens de altura por
conta das cadeiras.
3. PROJETO GRÁFICO
Para representar as ideias pensadas, o arquiteto pode utilizar diversos
recursos, entre eles os gráficos (como fachadas decoradas, perspectivas, plantas
baixas decoradas, croquis, maquetes físicas e eletrônicas, dentre outros) e os
desenhos que são feitos em escala, seguindo a proporção real de todos os
elementos, chamados de desenho arquitetônico.
O desenho arquitetônico é um desenho técnico normatizado voltado à
execução e a representação de projetos de arquitetura. Em uma perspectiva mais
ampla, porém, o desenho de arquitetura poderia ser encarado como todo o conjunto
de registros gráficos produzidos por arquitetos ou outros profissionais durante, ou
não, o processo de projeto arquitetônico. O desenho de arquitetura, portanto,
manifesta-se como um código para uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o
desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto).
A representação gráfica do desenho em si corresponde a um conjunto de
normas internacionais, porém, geralmente, cada país costuma possuir suas próprias
versões das normas, adaptadas por diversos motivos. No Brasil, as normas são
editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as
principais:
ABNT NBR - 6492 – Representação de projetos de arquitetura
ABNT NBR - 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico
6
elaborar desenhos, que exijam uma facilidade de leitura maior por parte de leigos ou
para se adequarem a diferentes publicações, por exemplo.
Exemplos de
papeis semi-
transparentes
e opacos.
Exemplo de
A0
A1 A0 como fazer
papel em
A1 ESTENDIDO tamanho
estendido.
A1
7
Para a dobra das folhas em formato A4 existe um padrão que deve ser
seguido e pode ser encontrado na NBR 6492 – Representação de Projetos em
Arquitetura.
8
Ilustrações retiradas da ABNT NBR 6492 – Representação de projetos de arquitetura
9
3.2. Carimbo
O canto inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado ao carimbo,
que contém informações, legenda e numeração dos desenhos.
As Informações mínimas são:
Identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto;
Identificação do cliente, nome do projeto ou do empreendimento;
Título do desenho;
Indicação sequencial do projeto (números ou letras);
Escala do desenho;
Data;
Autoria do desenho e do projeto;
Indicação de revisão.
3.3. Escala
10
Escalas de Ampliação: Caso precisemos obter representações gráficas
maiores que os objetos utilizamos escalas de ampliação. São mais utilizadas em
outras profissões que trabalham com objetos muito pequenos, como a fabricação de
jóias, por exemplo, onde é necessário mostrar o objeto em tamanho maior do que o
real.
Escala Real: É a representação do objeto com as suas dimensões reais.
Utilizamos algumas vezes em detalhamentos.
11
Para cada planta serão necessárias informações específicas, entretanto, as
informações básicas que devem estar sempre presentes independentemente do tipo
de planta são: carimbo, orientação (norte), escala e hierarquia de linhas.
12
Vista – Projeção vertical de um dos lados da edificação, ou de seu interior ou
de elementos da construção. Resumidamente é o mesmo tipo de representação do
corte, porém sem espessura de parede, teto ou piso, pois ela representa o que o
olho veria estando exatamente de frente para o objeto/edifício.
13
Maquete – É a representação física em escala (normalmente em “miniatura”)
e em três dimensões do edifício, terreno ou objeto. Ela auxilia na visualização da
obra ou na escolha da solução a ser adotada no projeto.
Croquis – desenhos feitos à mão livre que servem para conceituar uma
proposta, podem ser esquemas, perspectivas, etc.
14
Outra questão que deve ser observada é o desenho das aberturas de acordo
com o seu funcionamento, para tornar mais claro o entendimento dos elementos no
projeto. Ou seja, ao invés de indicar apenas um vão, é importante desenhar a porta
com a representação apropriada de cada tipo.
Escalímetro
Um escalímetro é, normalmente, uma espécie de “régua” que tem 3 faces e 6
escalas, mas também pode ser encontrado como um conjunto de réguas que
possuem diferentes graduações. A ideia principal do escalímetro é poupar cálculos
de proporção, já mostrando o quanto cada tamanho representa em cada nível de
15
ampliação e redução, ou seja, ele facilita a medição e o
desenho em escalas diferentes.
Exemplo: Tenho que desenhar uma parede de 4 m.
Nós sabemos que 4 m não cabe no papel A4, A3, A2, A1 e
nem no A0. Se torna necessário então a
redução dessa representação sem que o desenho perca a
proporção (as escalas mais trabalhadas são 1:50, 1:100
e 1:200). Iremos reduzir nossa parede 100 vezes, então,
no escalímetro utilizaremos a escala 1:100. Como cada
medida no escalímetro equivale a 1 metro (esta medida é o
centímetro no caso da escala 1:100 e muda nas outras
escalas) então 4 cm seria a dimensão da nossa parede no
desenho. É simples usar essa ferramenta que é muito
prática, entretanto, seu uso exige atenção para utilizar
apenas a escala correta no desenho.
Esquadros
Os esquadros são utilizados como instrumento de
desenho que auxiliam no traçado de paralelas e também
para marcar ângulos retos (90°) com mais precisão. O par
de esquadros é composto por um esquadro triângulo
retângulo isósceles de 45º / 45º / 90º e outro triângulo
retângulo escaleno de 30º / 60º / 90º.
16
Trena
A trena, também conhecida como fita métrica é
um instrumento de medida usada para medir distâncias.
Pode ser construída com tecido ou outro material flexível
(chamada mais comumente de fita métrica) ou pode ser
retrátil e de material mais rígido como metal, plástico ou fibra
de vidro. Serve para medições diversas, especialmente de
ambientes por profissionais de arquitetura.
4. ROTEIRO DE PROJETO
O roteiro é a ordem que um projeto deve seguir para garantir o sucesso após
sua finalização. O inicio de um projeto é um trabalho de pesquisa, onde o arquiteto
colhe informações, analisa e organiza todos os fatores que estarão envolvidos no
projeto. À primeira vista um projeto pode parecer muito complicado devido à
quantidade de quesitos que têm que ser cumpridos e, por esta razão, o profissional
precisa processar toda a informação que recolheu. A melhor forma é setorizar estas
informações para conseguir chegar a um universo menor e mais compreensivo.
É muito importante fazer um organograma do espaço a ser projetado, desta
forma o projeto final irá garantir o cumprimento de todas as funções que o espaço
precisa cumprir. Para garantir o fluxo adequado das atividades a serem executados
dentro do espaço que esta sendo projetado, deve-se fazer um fluxograma.
ÁREA GARAGEM
EXTERNA
PISCINA JARDIM
LAZER SOCIAL
QUIOSQUE
SALA
SERVIÇO ÍNTIMO
COZINHA
LAVABO QUARTOS
Exemplo de organograma de LAVANDERIA
uma residência.
Relaciona os setores em Exemplo de fluxograma de uma residência.
grandes blocos de função. Relaciona os fluxos entre os ambientes.
17
4. Definição do local – neste momento deverão ser estudadas as
características espaciais, com pontos positivos e negativos. E qual o
tamanho físico do projeto (porte).
5. Definição das características, estilo e caráter – identidades de marca da
empresa, cores padrão, materiais a serem usados, qual a impressão que
deseja causar no cliente. Definição das tecnologias que serão usadas
neste projeto.
6. Definição de orçamento – deve ser definido junto ao cliente. Em
orçamentos maiores podemos usar mais recursos para atingir os objetivos
propostos, mas o importante é adequar os objetivos e as expectativas ao
orçamento disponível.
7. Definição do layout – com todas as informações, passaremos para a etapa
de desenho, e, neste momento, iremos trabalhar para a solução de layout
mais adequada ao projeto em questão. (As forma de representação gráfica
possíveis de serem usadas para expressar uma ideia estão descritas no
capitulo 4)
8. Checagem avaliativa do projeto – após uma definição do layout devemos
fazer uma checagem com pontos de fundamental importância para o
sucesso do projeto. Por exemplo (considerando um projeto comercial de
uma empresa):
- Quanto à empresa: Todos os setores da empresa estão contemplados no
projeto? A setorização está de acordo com o organograma da empresa? A
imagem da empresa está representada?
- Quanto à função e objetivos do espaço: Todas as atividades previstas
têm espaço para sua realização? Os setores possuem os equipamentos
necessários para o desenvolvimento de suas atividades? As circulações
estão corretas? A proporção entre espaço e usuário está a contento? A
iluminação está adequada? Foram atendidas as normas de
acessibilidade? Foram atendidas as normas do projeto legal?
- Quanto ao material escolhido: Os materiais estão em acordo com a
atividade do local? A facilidade de manutenção está satisfatória? Os
materiais são de qualidade e com boa relação custo X benefício? Atendem
aos quesitos de segurança?
- Quanto ao resultado estético: a imagem da empresa está bem
representada? A mensagem que está sendo passada está correta? O
público-alvo está corretamente identificado?
- Quanto às leis e normas técnicas: Foram checados os órgãos
competentes? Está de acordo com o código de obras atual? Está de
acordo com as normas brasileiras?
- Quanto ao orçamento: O projeto está dentro da meta de orçamento?
Onde se pode reduzir custo, sem perda de estética?
Para um bom projeto a primeira coisa a fazer é conhecer seu cliente e suas
necessidades para definir os parâmetros do projeto.
É importante atentar que, muitas vezes, o que o cliente diz querer não é
exatamente a real necessidade dele. Então o arquiteto, processando todas as
18
informações que recebe, deve decifrar a verdadeira necessidade do seu cliente.
Alguns clientes chegam ao arquiteto com uma definição certa do que querem
contratar, outros têm um terreno e não sabem bem o que querem fazer!
Porém, cada tipo de cliente/projeto terá necessidades diferentes para serem
atendidas, vamos observar alguns:
1. Projeto residencial
1.2. Casa
19
distribuição da planta baixa de um apartamento. No momento da escolha dos
acabamentos finais, deve-se escolher cores e texturas neutras e que se adaptem as
decorações de seus futuros proprietários.
1.4. Apartamento
Quanto mais organizada uma empresa, mas fácil fica de definir suas
necessidades de espaço. O organograma de uma empresa deverá ser levado em
consideração na definição da planta baixa, pois ele indicará a necessidade de
comunicação entre os diversos setores. Este então será o ponto de partida de um
projeto, conhecer a estrutura da empresa, compreender o papel de cada setor, a
inter-relação entre os departamentos e a função de cada pessoa que trabalha no
departamento e a relação entre elas.
20
Por exemplo, o diretor de marketing precisa estar diretamente em contato
com seu staff (equipe), inclusive fazendo-se necessária que a parede que separa o
diretor de seu staff seja de vidro. O arquiteto deverá também, além de entender o
funcionamento físico da empresa, compreender as necessidades de autoridade de
cada cargo. Muitas vezes a importância do cargo naquela empresa torna necessária
uma sala maior para aquele determinado diretor.
Entrada, sala de espera, recepção de um espaço comercial, são os primeiros
contatos do cliente, estes espaços deverão ter coerência que a imagem da empresa,
com o conceito adotado no projeto arquitetônico como um todo.
3. Shoppings e lojas
4. Edifícios comerciais
5. Edifícios mistos
Os edifícios mistos são aqueles os quais, normalmente, possuem dois ou
mais tipos de usos. O mais comum é: comércio / serviços nos primeiros pavimentos
e residencial nos pavimentos seguintes. Acontece também do comércio na planta
térrea e serviços nas plantas superiores de uma mesma edificação. Se vê muito
desse tipo de edifício nos centros comerciais das cidades.
21
6. Igrejas e templos religiosos
9. Indústrias
22
5. FASES DO PROJETO
23
5.4. Anteprojeto
24
Pontos de ligação elétrica
O projeto elétrico completo deve ser feito por um profissional especializado,
engenheiro eletricista. O arquiteto deverá fornecer a este profissional uma planta
com a localização desejada para tomadas, interruptores, computadores, telões,
pontos de iluminação, equipamentos elétricos, e tudo que necessitará de
eletricidade. Deverá também listar os equipamentos que serão utilizados para que o
dimensionamento das tomadas seja correto. Nesta planta é necessário ter uma
legenda com a identificação correta de cada símbolo usado. Em casos de utilização
de equipamentos especiais devem-se ter projetos específicos.
Pisos suspensos facilitam as instalações elétricas. Deve-se evitar ao máximo fazer
instalação por baixo do piso (caso este não seja suspenso), pois uma manutenção
será mais cara e difícil, sempre que possível é melhor faze-las pelas paredes ou
forro.
Tratamento acústico
Janelas e portas podem deixar passar o barulho externo e prejudicar o
conforto acústico dos espaços. Alguns materiais de acabamento ajudam a absorver
os ruídos do ambiente.
Em projetos onde uma boa acústica é fundamental, como teatros e auditórios,
por exemplo, são necessários estudos mais aprofundados e projetos específicos.
Ar condicionado
Sistemas de ar condicionado devem ser escolhidos de acordo com cada
projeto. Existem casos de projetos como hospitais, áreas de saúde, que devem ter
sistemas especiais que evitem a proliferação de bactérias. Alguns espaços como
laboratórios, salas de cirurgia, tem normatização especifica que deve que ser
seguida. Mesmo nos casos em que não existem exigências técnicas específicas, a
escolha do sistema correto e do dimensionamento adequado dos aparelhos
resultará em maior eficiência do sistema e economia significativa de energia e água.
Entre os sistemas de ar condicionado temos:
Centrais de ar condicionado – São indicadas para edificações onde não se
podem utilizar aparelhos individuais, como edifícios comerciais por exemplos. As
centrais de ar precisam de um espaço físico com instalação elétrica adequada e
água para fazer a refrigeração das máquinas (casa de máquinas), dimensionada
durante o projeto. São também necessários dutos ligando a central aos espaços a
25
serem condicionados. A chegada destes dutos nos espaços será finalizada com
grelhas nas aberturas que ficarão locadas no teto dos ambientes, esta locação será
estudada pelo arquiteto na planta de forro.
Outro ponto a atentar na escolha da central é a possibilidade de controle
individual de temperatura por ambiente, muitas vezes é necessário reduzir ou
aumentar a temperatura por ambiente, como por exemplo, em salas de exame de
consultório médico, onde normalmente o paciente está despido e sente frio se a
temperatura estiver muito baixa.
Aparelhos tipo janela – Menos utilizados a cada dia, por gastar mais energia
que os splits, são instalados na parede ou janela dos ambientes, e precisam apenas
da tomada de energia. Este aparelho drena a água por meio de uma mangueira fina,
instalada atrás dele e normalmente direcionado para uma jardineira externa.
Splits – São aparelhos compostos de 2 unidades: unidade condensadora que
fica em uma área externa e necessita de energia e dreno de água, e a unidade
evaporadora que fica dentro do ambiente e é ligada a unidade externa por dutos. A
locação da unidade interna dos ambientes deve ser estudada pelo arquiteto para
que se tenha o melhor condicionamento do ambiente.
Algumas premissas devem ser observadas, tais como: locar a unidade na
dimensão mais comprida do ambiente; evitar locar em frente à cama para que o ar
frio não incomode a pessoa deitada; evitar instalar em cima de armários para que,
caso ocorra entupimento de dreno e vazamento de água pela unidade, estes não
sejam danificados; locar de forma a encurtar a distancia entre as unidades, pois
quanto maior a tubulação menos eficiente a máquina se torna; dimensionar a
máquina considerando a área e o uso do ambiente a ser condicionado e o número
de usuários do espaço.
Segurança
O ambiente projetado deve ser seguro para a pessoa que irá utilizá-lo. Para
isso os materiais utilizados devem ser adequados ao uso que, o layout e detalhes
construtivos e de mobiliário devem garantir o pleno desenvolvimento das atividades
a serem realizadas no espaço determinado e com segurança.
Os projetos devem estar de acordo com as normas de segurança
estabelecidas por órgãos responsáveis por supervisão e liberação de licenças e
alvarás de funcionamento e estas devem ser respeitadas e seguidas na execução
do projeto e obra. Cada tipo de empreendimento será submetido a diferentes regras,
estas normas podem inclusive variar de cidade para cidade, país para país. Porém,
além de atender às normas oficiais, o arquiteto precisa também se preocupar em
garantir a segurança do usuário do espaço. Materiais e detalhes construtivos
adequados ao uso do local garantem a prevenção de acidentes. Em áreas
molhadas, ou que recebam chuva, como entradas de edificações, não devem ser
instalados pisos escorregadios, em escolas infantis não se pode deixar quinas e
acabamentos que coloquem em risco as crianças que utilizarão o espaço.
26
O projeto de combate a incêndio e pânico deve seguir as normas locais, e vai
estudar a rede de hidrantes, rota de fuga, extintores, sinalização de emergência e
outros equipamentos necessários, mas cabe ao arquiteto na escolha de materiais os
quais atente para sua composição não inflamável. O projeto de incêndio irá também
dimensionar o reservatório de água específico para uso em casos de incêndio.
Empresas que trabalhem com estoque de material altamente combustível, como
postos de gasolina, fábricas de roupa, papel, etc., deverão redobrar o cuidado com a
prevenção a incêndios.
Outra forma de cuidar da segurança nos projetos é sinalizar corretamente
desníveis, adequar escadas e corrimãos às normas, iluminar corretamente estes
espaços de transição e desnível, acrescentar barras de segurança em locais a
serem utilizados por pessoas idosas, quando optar por tapetes soltos utilizar
antiderrapantes que evitem que saiam do lugar, garantir a circulação mínima
necessária entre os mobiliários do ambiente, dentre outras.
5.9. As Built
6. ELEMENTOS CONSTRUTIVOS
6.1. Piso
O piso é uma das maiores superfícies de um ambiente, por esta razão, exerce
influência grande no resultado final do projeto. Sua interferência pode ser estética,
acústica, na reflexão de luz, na manutenção do ambiente, ou seja, mesmo que
esteticamente ele seja neutro, ele irá influenciar na qualidade da acústica do
ambiente, etc.
27
A escolha de pisos na mesma tonalidade, em diferentes ambientes do projeto,
pode ser um recurso para dar uma sensação de amplitude em espaços pequenos.
A diagramação do piso (o desenho com a disposição do piso assentado) pode
ser um recurso para utilizar de forma diferenciada um material, quando dispomos um
piso na diagonal obteremos um resultado diferente da diagramação do mesmo piso
de forma reta. Em um corredor, se o piso for assentado no sentido longitudinal criará
a sensação de um corredor mais comprido. Um piso em tabuas, assentado
perpendicular às paredes de um corredor estreito ajudam a dar a sensação de
alargamento deste corredor.
Uma diagramação utilizando vários tipos de piso e cores deixam o ambiente
“cheio”, se esta for a opção, deve-se escolher um mobiliário mais neutro, para não
pesar na decoração geral do ambiente.
Na diagramação o piso pode ser usado como divisor de ambientes ou
direcionador de transito.
Quanto mais duro o piso, pior será a acústica do ambiente, pois o piso irá
refletir o som e não absorvê-lo. Se o ambiente necessitar de uma boa acústica,
deve-se optar por pisos como carpete e madeira. A baixa absorção de som pelo piso
pode ser corrigida com o uso de tapetes e cortinas no ambiente, ou forros acústicos.
A dimensão do piso também influencia no resultado final. Um piso com maior
dimensão, como uma cerâmica de 80x80 terá muito menos juntas do que um piso de
30x30, deixando o ambiente mais “uniforme”, mais “limpo”.
Pisos com maior área de rejuntamento não são indicados para áreas
molhadas, pois acumulam água e sujeira, dificultando a higienização e manutenção.
Em boxe de sanitários, além de utilizar piso antiderrapante, é aconselhável optar por
pedras maiores para ter menos rejuntamento e evitar estes problemas.
Existem inúmeros materiais para piso disponíveis no mercado, mas escolher
o piso de um ambiente é uma das tarefas mais difíceis da especificação do projeto.
Na escolha do piso devem ser levadas em conta algumas características como:
Tráfego – A maioria dos pisos trás em sua especificação técnica o índice PI,
que indica a resistência do piso. Quanto mais trafego for ter no ambiente, mais
resistente deverá ser o piso. Portanto, pisos próximos a elevadores, piso de
shopping center, etc., devem ter um PI elevado (PI 5) para que o seu desgaste
ocorra em um prazo mais longo.
Pisos de garagens e locais de acesso de veículos deverão ser específicos
para este tráfego. Quando o tráfego for de veículos pesados/caminhões deverão ser
utilizados pisos resistentes para aguentar a carga definida e, neste caso, também
deve-se atentar para que a fundação (ou seja, o preparo do terreno abaixo do piso)
tenha sido calculada para suportar a carga destes veículos.
Localização – De acordo com o local onde será colocado, o piso deve ser
escolhido com cuidado. Devemos atentar especialmente para a localização interna
ou externa ao edifício.
Uso externo: pisos a serem utilizados em áreas externas deverão ser
antiderrapantes (para evitar escorregões) e resistentes a sol e chuva. Pisos usados
em bordas de piscinas e áreas de lazer, além de atender a estes itens citados,
devem ser atérmicos, pois as pessoas estarão descalças nestas áreas e se o piso
esquentar fica impossível de transitar sem sapatos.
28
Uso interno: o uso em áreas internas é bem mais amplo, deverão ser
observadas as características do projeto e adequação ao estilo e estética. Deve ser
levado em consideração também para qual cômodo/ambiente será especificado e o
tipo de projeto.
29
Bastante utilizados no Brasil, tem uma variedade enorme no mercado, podem
ser assentados com diagramações bem variadas. Atentar para a resistência de cada
produto e suas indicações de uso.
Madeira
Existem vários pisos de madeira, como o parquet, tábua larga, taco, carpete
de madeira, etc. e diferentes acabamentos, como verniz, clareamento, pátina, etc. O
uso da madeira escura pode dar mais sobriedade no ambiente, mas para não torná-
lo muito escuro deve-se complementar a decoração com cores claras.
Laminados
Existem várias opções no mercado e sua qualidade depende de suas
especificações técnicas, por exemplo, podem ser mais resistente ao risco, umidade,
etc. Ele é vendido em réguas ou placas e a qualidade do produto, juntamente com a
colagem/instalação, determinará sua durabilidade.
Pisos vinílicos
Com grande variedade, atende a diversos níveis de exigência, podem ser
bastante resistentes, para tráfego intenso de pessoas, antiderrapante, acústico, etc.
São fáceis de aplicar e uma boa opção para hospitais, e salas de cirurgias onde se
deve evitar pisos com rejuntamento. Não são indicados para áreas molhadas.
Pisos de borracha
Econômicos, de fácil manutenção, são comumente usados em academias,
vestiários, clinicas de fisioterapia.
Aço
Chapas de aço podem ser usados de modo específico para caracterizar um
ambiente, como uma loja com cara de hightech por exemplo.
6.2. Paredes
30
Parede de alvenaria de bloco
É um dos materiais mais comuns para construção de paredes no Brasil. Tem
como vantagem a resistência, nelas podem ser fixados quadros e prateleiras, com
parafusos comuns e sem muita preocupação em caírem.
Antigamente o custo de uma parede de bloco era muito menor do que de uma
parede drywall, mas hoje, com o aumento dos custos de mão de obra e material, a
de drywall pode ficar até mais barata.
O peso de uma parede de bloco é grande, o que é uma desvantagem, muitas
vezes numa reforma a laje de piso não está preparada para aguentar a sobrecarga
de uma nova parede de blocos, nestes casos a parede terá que ser de material mais
leve como o drywall.
Parede de gesso acartonado (Drywall)
Sua principal vantagem é ser de rápida execução e pouco peso. Entretanto,
qualquer coisa que se deseje instalar na parede drywall terá que ser planeja antes
de sua execução, isso porque se faz necessário um reforço estrutural interno para a
sustentação de armários, quadros, televisores, etc, na drywall. Outro ponto
importante é que a parede deve ser bem executada, com alinhamento das placas e
emenda perfeita, caso contrário se gastará muita massa corrida para cobrir os
defeitos da instalação.
Esta parede pode ter isolamento acústico e térmico, se forem colocadas na
sua estrutura mantas isolantes. Não pode ser usada como parede estrutural.
Vidro
Uma parede de vidro será uma divisória e nunca uma parede estrutural.
Pode-se utilizar diversos tipos de vidro. Uma parede em vidro duplo permite
isolamento acústico sem bloquear a visão, assim, muitas vezes são usadas nos
“aquários” que servem como salas de reunião em espaços coorporativos. As
paredes de vidro opaco (que não permite a visão através dele) podem ser usadas
em divisórias de sanitários públicos, por ser de fácil de higienização e ter grande
resistência a arranhões e vandalismo. Paredes feitas com tijolos de vidro podem
permitir a entrada de luminosidade.
O vidro também pode ser usado como revestimento de uma parede estrutural,
de alvenaria de bloco por exemplo.
6.3. Portas
31
cuidadosamente escolhida para melhor se adequar a funcionalidade e estética
desejada.
Inicialmente é necessário estudar a localização correta da porta, verificando
as atividades que ocorrerão no ambiente, a melhor circulação interna, a disposição
do mobiliário, a incidência de luz natural, etc. A locação correta de uma porta
representa o melhor aproveitamento do espaço.
Para atender a função devemos avaliar o bloqueio visual necessário,
privacidade, segurança, etc. Devemos ainda avaliar qual a frequência do uso para
decidir a forma de abertura e até para optar entre acionamento manual ou
automático. Avaliar a manutenção que a porta irá necessitar e, por fim, mas não
menos importante, o impacto visual que trará ao projeto.
De modelos tradicionais ou diferenciados, a porta principal (de entrada) é
sempre um convite a quem entra. Em um espaço comercial a porta poderá fazer
grande diferença na primeira impressão de um cliente.
As portas são compostas por diversos
elementos que podem estar presentes ou
serem diferenciados de acordo com cada
tipo de porta, entretanto, um elemento
sempre presente é a folha, que é a parte
móvel da porta (que corre, que gira, etc.). O
batente é o elemento que guarnece o vão da
parede e contra o qual a folha da porta é
fixada, existem vários tipos de batentes que
são conhecidos por diferentes nomes como
aduela, marco e caixão. A guarnição dá o
arremate à parede, ela é presa ao batente e
serve como moldura da porta. Já as
ferragens, como são chamadas em geral as
várias peças metálicas, tem função de
sustentar, fixar, movimentar ou trancar as
portas, entre elas citamos dobradiças,
fechaduras, ferrolhos, rodízios, maçanetas,
fixadores, puxadores, etc.
32
- As portas, inclusive de elevadores, devem ter pelo menos uma folha de 80
cm de largura em qualquer modelo escolhido, respeitando sempre um vão livre
mínimo de 0,80 m e altura mínima de 2,10 m. Em academias e outros locais
destinados ao esporte, o vão mínimo deve ser 1,00m.
- As maçanetas utilizadas devem ser do tipo alavanca, instaladas a uma altura
entre 0,90 m e 1,10 m do piso.
- Em sanitários e vestiários em instalações de saúde, os puxadores devem
ser horizontais, com pelo menos metade da largura da porta.
- Em sanitários adaptados para pessoas com mobilidade reduzida e
cadeirantes, as portas devem abrir para fora.
- O acionamento de abertura de portas por sensores deve ser regulado para a
altura de crianças, pessoas de baixa estatura e cadeirantes.
- Trilhos inferiores de portas de correr não devem ter mais que 15mm e tem
que estar nivelados com o piso.
- Portas de saídas de emergência devem abrir para fora, no sentido da rota de
fuga.
33
que a estrutura pivotante suporte o peso da folha, para evitar empenos e dificuldade
no manuseio da porta.
Porta giratória
Gira em torno de um eixo central. É muito usada como porta de segurança em
estabelecimentos como bancos e hotéis, já que pode ser regulada para girar apenas
em um sentido e ainda aliar a um dispositivo de travamento acionado por detectores
de metal.
Porta vaivém
Usada em restaurantes, tem abertura nos dois sentidos, com a vantagem de
permitir a passagem sem o uso das mãos, as folhas retornam à posição original.
Deve-se observar que se torna perigosa quando não se tem a visão de quem esta
do outro lado.
De correr
Existem variedades desta porta que pode correr interna ou externamente à
parede. A grande vantagem é não ocupar espaço do ambiente, como as portas que
precisam do vão livre para fazer o giro.
Sanfonada / camarão
Abre fazendo dobras, pode correr em trilhos ou não. Quando suas folhas de
porta são menores, ocupa menos espaço ao abrir. É bom para espaços pequenos,
mas não é ideal para uma porta que se abra com muita frequência.
34
diversas tonalidades, de acordo com o efeito desejado no projeto, além de películas
ou vidros especiais para diminuir a transmissão de calor através dele. Este tipo de
porta não permite isolamento acústico.
Madeira
Portas que estarão expostas às intempéries, terão que ser feitas com madeira
maciça para serem resistentes e isto também lhes dará grande propriedade acústica.
O MDF, que hoje é mais comumente utilizado, é mais leve e também menos
resistente. O acabamento de uma porta de madeira pode variar e assim sua
manutenção. Uma porta lisa pintada exigirá mais cuidados do que uma porta
laminada em melaminico resistente. Uma porta laqueada também necessitada de
manutenção, porém menos que a pintada com tinta comum, já que no processo da
laca a pintura é mais resistente. Mesmo as portas com acabamento em madeira
natural precisam de verniz ou seladora.
6.4. Janelas
Tipos de janelas:
De abrir
35
Abertura pode ser para dentro ou para fora do ambiente. Deve-se atentar no
caso de colocar grades na janela, pois se as folhas abrirem para fora, a grade irá
dificultar o seu fechamento. Permite abertura total, aproveitando toda luz e
ventilação possível. Pode ser em diversos materiais como madeira, vidro, alumínio,
veneziana, etc.
De correr
Corre em trilhos, na sua abertura as folhas são acumuladas em um dos lados,
diminuindo o vão aberto. É bastante usada, pois não ocupa espaço dentro do
ambiente.
Fixa
Na verdade funciona mais como um visor, um pano de vidro que permite a
visualização e/ou a entrada de luz, a depender do vidro escolhido.
Maxi-ar
Abertura do vão total, porém a própria folha bloqueia parte da entrada de ar.
Guilhotina
Com uma folha fixa e outra móvel, que corre no sentido vertical, terá apenas
metade da abertura do vão.
Pivotante
O eixo pivotante pode ser deslocado ou central, se for com eixo central
precisará do espaço de seu raio, livre, dentro do ambiente, se for deslocado
precisará do espaço do seu diâmetro.
Basculante
De uma ou mais folhas, que abrem em conjunto, podem ser em vários
materiais. As folhas móveis podem direcionar a entrada do vento e impedir a entrada
de chuva, podendo ficar aberto o tempo todo. São muito usados em áreas de serviço
e sanitários, com altura de peitoril que impedem a visão.
36
6.5. Teto e forro
37
- Há uma facilidade maior para executar forros curvos e detalhes dessa
natureza no teto.
Desvantagens:
- Quando a estrutura não é aparente, a remoção é difícil e normalmente
destrutiva.
- Custo é relativamente mais alto.
Forro de madeira
Existem os forros de madeira prontos que são de instalação simples: as ripas
vêm com um encaixe do tipo macho e fêmea e devem ser pregados ou parafusados
a distâncias regulares, numa estrutura de madeira auxiliar, ou diretamente na laje.
No entanto, os forros de madeira incluem também os forros projetados, ou seja
forros de madeira diferentes, em ripas, curvos, em placas, em OSB, ou qualquer
possibilidade que o projetista desejar. Nesses casos de forros sob medida, é
interessante conversar longamente sobre os detalhes de acabamento e fixação com
o marceneiro que for executar.
Vantagens:
- Estética - Existem vários tipos de madeira e acabamentos e ainda é possível
realizar variações com vernizes e tintas;
- Material renovável e biodegradável (deve-se sempre optar pelos que utilizam
madeira sustentável).
Desvantagens:
- Baixa resistência ao fogo;
- Baixa resistência à umidade;
- Remoção difícil, não acessível, porém algumas vezes pode ser desmontado.
Forros metálicos
Existem tipologias bastante diferentes, com dois grandes grupos: os forros
metálicos lisos e os forros metálicos compostos. Os forros metálicos lisos são em
geral constituídos por finas chapas metálicas, usualmente perfuradas. Essas
perfurações podem ter muitas variações, compondo o desenho do forro, assim como
o acabamento da chapa metálica. As chapas também podem ser estampadas com
alto ou baixo relevo. Já os forros compostos, em geral produzidos por grandes
fabricantes, são como que elementos vazados colocados na horizontal. Existem
muitos tipos, mas o mais comum é o do tipo colméia: um quadriculado com cerca de
10 centímetros de altura.
Vantagens:
- Resistente ao fogo;
- Resistente à umidade;
- Vários tipos de formas e cores;
- Totalmente removível (acessível);
Desvantagens:
- Baixa absorção térmica e acústica;
Forros de PVC
Composto por basicamente lâminas de PVC com uma pequena estrutura
interna e que se encaixam entre si. Essas lâminas possuem diferentes larguras,
conforme os padrões de cada fabricante e são afixadas conforme cada sistema.
38
Vantagens:
- Facilidade de limpeza e manutenção;
- Leve;
- Boa resistência a umidade;
- Remoção fácil, quando em placas;
- Custo baixo em relação às demais opções;
- Rápida execução.
Desvantagens:
- Baixa resistência ao fogo;
- Baixa absorção térmica e acústica;
- Remoção difícil, quando em réguas;
- Pouca variedade de acabamentos e também não é indicado para pintura.
Forros modulares
Os forros modulares são muito comuns em escritórios e ambientes
corporativos. São chamados de forros modulares ou removíveis porque são
formados por um conjunto de estrutura metálica (que, em geral, fica aparente ou
semi-aparente), e fechamentos, que são placas de tamanhos variáveis apenas
apoiadas sobre essas estruturas metálicas.
Vantagens:
- Totalmente acessíveis
- Os elementos de fechamento dos módulos podem ser de diversos tipos,
como os forros minerais, de lã de vidro, de isopor, dentre outros.
As principais vantagens e desvantagens serão determinadas pelo material e
acabamento escolhido para fechamento.
39
6.6. Pilares e vigas
Existem outros casos em que se exploram estes elementos como algo decorativo,
esse recurso é muito utilizado com estruturas metálicas, que são intencionalmente
pintadas com cores diferentes do teto para marcar e tirar partido da própria estrutura.
40
Outra solução que pode ser interessante é “abandonar” toda estrutura e
instalações que existam no teto e criar um “segundo teto” – um forro – em uma altura
mais baixa. Este pode ser um forro aberto (tipo colméia), com treliças, etc. neste
caso, ainda pode-se aliar a uma iluminação também baixa e direcionada para baixo,
que deixará no escuro tudo que estiver cima da luz.
6.7. Telhado
41
As telhas de vidro proporcionam a entrada de luz nos ambientes. São
utilizadas em ambientes que precisam de iluminação conjugadas com as telhas
cerâmicas ou de concreto, por isso possuem os mesmos modelos/formatos.
Telha metálica
O uso de telhas metálicas tem crescido nos últimos anos, principalmente
quando há necessidade de coberturas leves e vencer grandes vãos, por isso são
muito utilizadas em galpões e obras industriais.
Telha termoacústica
Normalmente é constituída por duas telhas metálicas convencionais
preenchidas por material inerte (poliuretano, isopor, lã de vidro ou lã de rocha)
formando um "sanduíche". É uma ótima solução para coberturas onde se deseja
conforto térmico e acústico, tendo essa vantagem aliada ainda às características das
telhas metálicas.
A largura das rampas e escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo
de pessoas. A largura livre mínima recomendável em rotas acessíveis (para rampas
e escadas) é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m.
As rampas para pedestres devem ter inclinação de acordo com os limites
estabelecidos na tabela abaixo. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser
previstas áreas de descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso. Estes
patamares devem ter dimensão longitudinal mínima de 1,20 m, sendo
recomendáveis 1,50 m. Os patamares situados em mudanças de direção devem ter
dimensões iguais à largura da rampa.
42
Nas rotas acessíveis não devem ser utilizados degraus e escadas fixas com
espelhos vazados.
Rampas e escadas têm que ter corrimão lateral contínuo de ambos os lados
sem arestas vivas. O corrimão deve ter de 3 a 4,5cm de largura (em caso de secção
circular o diâmetro máximo admissível é de 6,5 cm) e ser, no mínimo, distante 4 cm
da parede.
Guarda-corpo para escadas e rampas deve ser a 105cm do piso, e os
corrimãos a 92cm.
43