Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 3
2 INTRODUÇÃO A ARQUITETURA....................................................... 4
9 REFERÊNCIAS ................................................................................. 40
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
3
2 INTRODUÇÃO A ARQUITETURA
4
3 ARQUITETURA COMO NECESSIDADE HUMANA
5
4 GRANDES NOMES DA ARQUITETURA
Wordpress.com.br
6
ofício e de um forte domínio do processo projetual e construtivo (PIANO, 1989, np,
tradução nossa).
Nascido em Gênova, Itália, em 1937, Piano vem de uma família de
construtores. Apesar da tradição familiar, sua opção foi pela arquitetura, área em
que se graduou em 1964 na Politécnica de Milão.
Essas instituições influenciaram menos sua forma de compreender a
arquitetura do que sua infância e suas referências familiares, assim como
determinados mentores formidáveis, alguns italianos e outros não, com quem ele
teve contato durante e após a graduação. Com base nessas experiências Piano
extraiu ensinamentos que certamente guiaram sua formação e o seu
desenvolvimento como arquiteto (JODIDIO, 2014, p.22).
7
vezes, que eram projetados e construídos de acordo com as propriedades
específicas de cada material (BUCHANAN, 1993, v.1, p.54, tradução nossa).
Nessa época ele projetou sobretudo estruturas efêmeras, como o pavilhão
italiano para a Exposição de Osaka de 1970. Nessas construções já era possível
ver uma característica marcante na obra de Piano, o apreço por belíssimas junções
pré-fabricadas. Nas palavras dele:
Richard Rogers mal tinha começado a emergir como uma das principais
figuras do Hightech quando Piano, enxergando interesses comuns, procurou-o em
Londres (BUCHANAN,1993, v.1).
Os dois, ainda jovens arquitetos, aproximaram-se e iniciaram uma parceria.
Fundava-se aí o escritório Piano & Rogers, sociedade que durou de 1971 a 1978.
Se o Studio Piano era relativamente modesto e um escritório local, a próxima prática
se tornou rapidamente algo totalmente diferente. Logo no início um projeto elevou
a dupla à condição de expoente internacional.
O projeto naturalmente é o do Centro Georges Pompidou , que consolidou
uma boa parte do zeitgeist, capturando a imaginação de arquitetos por todas as
partes do planeta, quando foi selecionado vencedor em um concurso internacional
(BUCHANAN,1993, v.1).
A mais básica intenção por trás do Pompidou era definir uma nova relação
com a cultura. Ele foi concebido como um fórum público, um bazar de intensa
interação entre as pessoas e a arte. Para alcançar esse objetivo o projeto uniu e
levou ao extremo uma série de conceitos de arquitetura novos para a época. O
Pompidou é a última expressão, ainda que caricata, dos ideais modernistas do
edifício como máquina e das noções posteriores do edifício como um kit de
montagem (BUCHANAN,1993, v.1).
8
Ele causou um grande clímax, sendo um ícone do seu período. No entanto
muito mais do que um inaugurador de uma nova era, ele trouxe um fim às ideias
dos anos 1960, como a das megaestruturas e a da flexibilidade alcançada através
de explícitos aparelhos mecânicos (BUCHANAN,1993, v.1).
9
Aeroporto Internacional Kansai. Osaka, 1994.
10
NEMO Science Museum. Amsterdã, 1997.
11
Edifício-sede do jornal The New York Times. Nova York, 2007.
12
Zentrum Paul Klee. Berna, 2015
13
5 "FRANK LLOYD WRIGHT"
www.google.com.br
14
Em 1876, em visita à Exposição Centenária da Filadélfia, sua mãe descobre
os Froebel Kindergarten Gifts, ou blocos Froebel1, que tiveram papel muito
importante, segundo o próprio Wright, para o desenvolvimento das noções de
módulo e geometria espacial. Sua arquitetura orgânica está intrinsecamente ligada
a esse método (HEINZ, 2002).
A infância de Wright foi marcada por frequentes viagens à fazenda do tio,
onde desenvolveu seu apego especial, já embutido em sua educação, ao campo e
à agricultura, os quais tiveram um sentido emblemático em sua carreira. Além disso,
o ensino dado pela sua mãe, a partir dos nove anos de idade, enfatizou ainda mais
o sentimento de aprendizado pela natureza e o introduziu à geometria formativa que
depois se tornou a base de sua arquitetura. (HEINZ, 2002).
Outra figura importante na carreira de Wright foi o arquiteto Louis Sullivan,
para quem trabalhou quando chegou à Chicago. Sullivan é da segunda geração da
Escola de Chicago e trabalhou com Le Baron Jenney e em 1880 se tornou sócio do
arquiteto Dankmar Adler. Sullivan lutava por uma arquitetura americana inovadora,
adaptada à região e distinta da européia. Segundo Zevi, Sullivan “é a maior figura e
personalidade mais inspiradora de todos os arquitetos americanos”. Foi ele quem
começou a usar novos materiais e a nova técnica moderna. “Ele é a fórmula Forma
segue Função”, pois acreditava que o edifício nascia orgânico, que seu espaço
interior construía seu exterior. Seu maior discípulo foi Wright, que se identificou com
essa arquitetura e tomou para si toda a problemática dessa questão (PFEIFFER,
1997).
Wright também foi muito influenciado pelo movimento Arts & Crafts (Artes e
Ofícios), o qual surgiu na Inglaterra no final do século XIX, como resposta à rápida
industrialização que estava ocorrendo no país e às mudanças no modo de vida em
consequência desse fenômeno. Seu principal idealizador foi William Morris, que
defendia veementemente a produção artesanal. Além de Morris, John Ruskin,
Walter Crane e Philip Webb estão ligados ao Arts & Crafts. Esse movimento inspirou
muitos outros, como por exemplo, o Art Nouveau e muitos autores o consideram
uma das raízes do movimento moderno (PFEIFFER, 1997).
15
Em contraposição ao Arts & Crafts, Wright aceitava a máquina e todos os
conhecimentos técnicos, porém acreditava que o homem deveria ser o mestre da
máquina e não o contrário. Em 1900, ele já havia discursado sobre a questão da
máquina. Em seu texto “The Architect”, desse ano, ele alertou seus colegas de
profissão ao afirmar que o comércio nos EUA havia triunfado sobre a arte. Defendeu
que o desejo pelo dinheiro havia transformado o arquiteto em um servente. Mais
adiante, disse que o arquiteto, que antes tinha um espírito independente, se tornara
um vendedor. Porém, ele ainda tinha esperança, acreditava que o senso comum
iria prevalecer e que as pessoas iriam perceber que qualquer original americano,
mesmo ruim, era melhor do que uma cópia de estilos da Europa, pois o original
americano era honesto (PFEIFFER, 1997).
Em “The Art and Craft of the Machine”, de 1901, Wright discursou: “Na
máquina está o único futuro das artes e ofícios”. Diz que os artistas precisavam
mudar sua atitude em relação à máquina. Não poderiam culpá-la pela destruição
dos métodos tradicionais e sim aceitá-la como um instrumento característico da era
moderna. Dizia que os arquitetos tinham mal interpretado o valor da máquina, ao
invés de usá-la para explorar novos recursos e criar uma estética apropriada para
esse novo tempo. Usavam a técnica, mas adornavam seus edifícios com “estilos”
gregos, romanos, ingleses ou franceses. Era tempo de aprender com a máquina e
ter controle sobre ela. Esse foi o primeiro texto importante do arquiteto, que o usou
em uma palestra na Arts & Crafts Society. Esse discurso foi um choque para os
membros ali presentes e causou muita polêmica, já que defendia o uso da máquina
numa Sociedade que defendia o oposto disso (PFEIFFER, 1997).
Definir em palavras o conceito de organicismo é difícil. Mesmo o próprio
Wright, que, em toda sua vida, escreveu inúmeros textos e proferiu diversas
palestras, era confuso ao tentar definir a sua arquitetura orgânica. Um dos conceitos
fundamentais é o de unidade. Nesse sentido, Wright dizia que uma arquitetura
orgânica significava uma sociedade orgânica e que o ideal era um edifício integral,
ou seja, em que a arte, a ciência e a religião iriam se unir para formar uma unidade.
“Nesta era moderna de Arte, Ciência, Religião – esses três vão se unir e se
16
transformar em um, unidade conquistada com a arquitetura orgânica como centro”
(Wright, Frank Lloyd in Zevi, Bruno (1949), p. 66).
A arquitetura orgânica de Wright tinha um cunho psicológico. O arquiteto
acreditava que o arranjo dos cômodos em uma casa devia ser planejado para a
felicidade, não apenas material, mas também para a psicológica e espiritual do
Homem. Não é sem razão que a lareira é um elemento integrador importante em
seus projetos de residências. Além de sua importância indiscutível nos países de
clima frio, na arquitetura de Wright a lareira é o elemento a partir do qual a residência
se desenvolve, tendo um caráter marcadamente agregador (Twombly, Robert C.
(1979), p. 312).
17
Frank Lloyd Wright: Casa da Cascata (frente)
18
Frank Lloyd Wright: Museu Guggenheim
19
6 "OSCAR NIEMEYER"
Gestãoeducacional.com.br
20
O contato precoce com JK, ainda em 1940, permitiu que Niemeyer
participasse de grandes obras públicas, tais como o conjunto da Pampulha e as
sedes do governo da nova capital, Brasília, em 1956, que havia sido projetada por
seu mentor, Lúcio Costa (Ana Carolina Harada, 2018).
Militante de esquerda, Niemeyer se exila na França quando os militares
tomam o poder em 1964. Longe da ditadura, ele assina a Sede do Partido
Comunista na França. Quando volta ao Brasil em 1979, recebe o Prêmio Pritzker
de Arquitetura e em 1996, é condecorado com outra honraria internacional, o Prêmio
Leão de Ouro da Bienal de Veneza (Ana Carolina Harada, 2018).
O profissional foi casado com Anita Baldo por 76 anos, até outubro de 2004,
quando fica viúvo. Dois anos depois, casa-se com sua secretária, Vera Lúcia
Cabreira. Além de arquiteto, trabalhou também como escritor, designer, desenhista
e escultor (Ana Carolina Harada, 2018).
Apesar de ter conquistado fama mundial pelos projetos, Niemeyer jamais
deixou de ressaltar a solidariedade como o valor que importava acima de qualquer
curva de concreto. No dia 5 de dezembro 2012, ele falece no Rio de Janeiro, aos
104 anos, deixando para trás um legado de vida que, definitivamente, é maior que
a arquitetura (Ana Carolina Harada, 2018).
“Oscar Niemeyer jamais foi um mestre da arquitetura, foi um gênio”, explica
o professor e pesquisador de Arquitetura da FAU-USP, Rodrigo Queiroz. A obra de
Niemeyer não influenciou o trabalho das gerações de arquitetos que sucederam,
como o de alguns de seus contemporâneos influenciaram, porque suas criações
são extremamente particulares (Ana Carolina Harada, 2018).
Tanto na arte quanto na arquitetura moderna buscava-se uma maneira de
excluir a individualidade do artista, valorizando mais o processo criativo e a
austeridade do produto final do que os grandiosos rebuscamentos pretendidos pelo
Barroco ou pelo Neoclássico. As casas de vidro de Mies Van Der Rohe e as pinturas
de Mondrian são grandes exemplos da tradição modernista (Ana Carolina Harada,
2018).
Na arquitetura, especificamente, o objetivo eram as construções urbanas,
novas propostas de cidade que poderiam ser replicadas em grande escala; um
21
verdadeiro “estilo internacional”. As novas obras em vidro, aço e concreto
apresentavam um verdadeiro contraponto aos imponentes prédios históricos que
preenchem as cidades na Europa Ana Carolina Harada, 2018).
Foi no Novo Mundo, porém, que o Modernismo ganhou sua força plena. No
Brasil, o peso do passado não se deitava sobre os ombros dos jovens arquitetos,
que podiam, então, erguer projetos e mais projetos em cidades que começavam a
crescer rapidamente, nos anos 1940 e 1950 Ana Carolina Harada, 2018).
A característica que diferencia e sobressalta Oscar Niemeyer dos demais
nomes do Modernismo é sua capacidade de criar edifícios, casas e complexos em
estilo moderno, mas possuindo identidade individual. Oscar trazia aos projetos e
técnicas aprendidas na Escola de Belas Artes os elementos inesperados. As linhas
de Niemeyer não são industriais, como uma reta ou um círculo perfeito. Suas
amadas curvas são orgânicas, soltas, feitas pelo movimento de mãos humanas.
Apesar das formas extraordinárias, os croquis são enxutos, permeados de uma forte
ideologia de esquerda Ana Carolina Harada, 2018).
➢ Brasília
22
(Reprodução Wikimedia/CASACOR)
(Reprodução Wikimedia/CASACOR)
(Reprodução Wikimedia/CASACOR)
23
(Reprodução Governo Federal/CASACOR)
(Reprodução/CASACOR)
24
➢ Museu Oscar Niemeyer
(Reprodução ArchDaily/CASACOR)
25
7 "LE CORBUSIER"
Google.com.br
26
ele, as máquinas apresentam uma função além da utilitária, passando a representar
uma forma de expressão artística (Portobello, 2020).
O segundo fator é que a cidade de La Chaux, anos antes de seu
nascimento, tinha sido reconstruída após um incêndio devastar grande parte dos
edifícios. O novo planejamento urbano propôs vias mais largas e uma disposição
das ruas que privilegiasse a luz natural. Assim, as construções foram alinhadas para
estarem mais expostas à radiação solar e continham grandes janelas,
que facilitavam a entrada de luz (Portobello, 2020).
Em contrapartida, anos depois, Corbu declara publicamente seu desprezo
pela cidade natal.
O contato de Le Corbusier com a arte teve início quando o arquiteto
completou 13 anos: ele entrou para uma escola de arte com o objetivo de se formar
escultor e entalhador. Aos 15 anos, já demonstrava talento e recebeu um prêmio
pelo desenho de um relógio (Portobello, 2020).
Sua habilidade chamou a atenção de um de seus professores, que era
formado pela Escola de Belas Artes de Paris. O professor, então, apresentou para
Corbu a área de arquitetura (Portobello, 2020).
O arquiteto franco-suíço se casou em 1930 com uma modelo francesa,
Yvonne Gallis, passando a ser cidadão francês. Em 1940, quando Paris foi tomada
pelos alemães, o arquiteto fechou seu escritório e se mudou para o sul da França.
Os anos posteriores foram marcados por novos contatos no exterior, aumentando
o prestígio mundial de Corbu e alavancando o movimento modernista (Portobello,
2020).
Os projetos de reconstrução das cidades destruídas foram definitivos para
a sua carreira, e de 1945 a 1949 ele atuou como consultor para tais assuntos. Seu
reconhecimento como um dos arquitetos mais influentes aconteceu apenas na fase
final de sua vida, entre 1950 e 1965, ano de seu falecimento (Portobello, 2020).
Le Corbusier foi muito mais do que arquiteto. Ele atuou também na área
acadêmica e intelectual, aplicou seu conhecimento em diversas artes e deixou seus
pensamentos registrados em publicações e artigos de revistas (Portobello, 2020).
27
Para a arquitetura, deixou mais de 30 obras pelo mundo, importantes teorias
e práticas avançadas, que até hoje guiam obras e projetos de urbanismo e
paisagismo. O arquiteto é conhecido por elaborar processos de construção
racionalistas e funcionais, além de desenvolver, por exemplo, táticas que
possibilitam paredes mais leves por meio de técnicas modernas de concreto armado
(Portobello, 2020).
Le Corbusier utilizava referências estéticas e conceituais que ele reuniu em
viagens por todo o mundo — principalmente Europa, América do Sul, África e
Oriente Médio —, e as aplicava em suas obras, considerando o que ele acreditava
ser mais apropriado e condizente com seus conceitos de arquitetura (Portobello,
2020).
O planejamento urbano de muitas cidades europeias e africanas, como
Argel, capital da Argélia, contou com a visão revolucionária de Corbu, que foi um
dos primeiros a antecipar como o automóvel tomaria espaço nos centros urbanos e
pensar a importância da orientação da engenharia e da arquitetura para aspectos
naturais e para a integração com a natureza (Portobello, 2020).
O primeiro projeto registrado do arquiteto é a casa de um fabricante de
relógio.
Após inaugurar essa nova jornada, escolhendo a arquitetura como
profissão, Corbu inicia uma série de viagens para cidades europeias, começando
pela região da Toscana e passando depois por Budapeste, Munique, Viena, Paris e
outras. Em um dos relatos, Corbu comenta a “arquitetura humana” das celas dos
monges em um monastério da Toscana. As viagens foram feitas em 1907 e, para o
arquiteto, eram uma maneira de adquirir conhecimento (Portobello, 2020).
Em 1908, o artista começa a estagiar em um escritório em Paris. Por dois
anos, trabalha com os irmãos Perret, reconhecidos pelo pioneirismo e modernidade
das construções de concreto armado, técnica muito utilizada em toda a sua carreira.
A partir de 1910, Corbu passa uma temporada na Alemanha, trabalhando
como desenhista em um estúdio, tendo grande influência da construção moderna.
Os próximos anos são de mais descobertas e aprendizados: o arquiteto viajou por
28
grande parte da Europa Central e Oriental, com destaque à arquitetura clássica
grega e às mesquitas de Istambul (Portobello, 2020).
Entre 1912 e 1914, Le Corbusier participou de eventos da Escola de Chaux-
de-Fonds como professor. Também projetou residências, uma cidade-jardim e a
reconstrução de cidades francesas, que foram destruídas durante a Primeira Guerra
Mundial.
No ano de 1917, o arquiteto se muda definitivamente para Paris e se
arrisca na pintura e em novos ofícios. Corbu fez associações com importantes
figuras da época, como o pintor Amédée Ozenfant, com quem publicou o artigo
“Après le cubisme” — importante crítica ao movimento cubista, valorizando a forma
rigorosa de cada objeto e fundamentando o início da corrente purista (Portobello,
2020).
O nome Le Corbusier começou a ser usado nessa época, na assinatura de
seus quadros. O pseudônimo é derivado do sobrenome de seu bisavô, Lecorbésier.
A parceria com Ozenfant acarretou no lançamento da revista “L’Esprit
Nouveau”, a qual se tornou um dos principais meios de atuação do artista, uma vez
que o mercado de arquitetura estava em baixa e quase não havia encomendas e
projetos. Ficou conhecido, portanto, pela vanguarda parisiense, mesmo sem muitas
obras construídas. Tal reconhecimento possibilitou alguns projetos, a maioria casas
de campo, restritas à elite francesa (Portobello, 2020).
Corbu ainda lançou um livro, publicado em 1923, “Vers une Architecture”
(“Por uma arquitetura”), no qual aborda 5 pontos e fundamentos que são as bases
do movimento modernista.
Aos 35 anos, se associa a seu primo, Pierre Jeanneret, e, juntos, montam
um escritório de arquitetura, tendo oportunidade de explorar os conceitos e as ideias
desenvolvidas por anos (principalmente o conceito de casa como “máquina de
morar”). O trabalho desenvolvido no escritório, em meados dos anos 30, rendeu
muitos projetos na Europa e fora, como na África e América do Sul, inclusive no
Brasil (Portobello, 2020).
29
7.1 Obras de Le Corbusier
30
Le Corbusier: Maison La Roche
31
Le Corbusier: Cabanon
32
8 "ZAHA HADID"
Google.com.br
33
das Finanças e da Indústria do seu país. Filha de pais liberais, apesar de
muçulmana, estudou em escola católica, por ser considerada, na época, a melhor
de seu país. Desde a infância, já sonhava em se tornar arquiteta. Em uma
entrevista, relatou que seu primeiro contato com a arquitetura foi aos seis ou sete
anos de idade, quando sua tia estava construindo uma casa em Mossul, norte do
Iraque: “O arquiteto era um amigo íntimo de meu pai e costumava vir à nossa casa
com os desenhos e modelos. Lembro-me de ver o modelo na nossa sala de estar e
eu acho que despertou algo em mim, me deixou intrigada”. (HADID, 2015).
Naquela época, entre as classes mais altas, como a de Hadid, era comum
estudar no exterior; em 1966 viajou para a Suíça para completar seus estudos. Aos
22 anos de idade, se formou em Matemática pela American University of Beirut
(AUB). Em seguida, mudou-se para Londres para estudar arquitetura na
Architectural Association School of Architecture (AASA), a mais antiga escola
independente de arquitetura do Reino Unido (ZAHA HADID ARCHITECTS, 2016).
Em 1977, depois de formada, foi convidada por seu professor e renomado
arquiteto Rem Koolhaas1 para trabalhar no O.M.A (Office for Metropolitan
Architecture), um famoso escritório de arquitetura com sede em Roterdã, Holanda
e filiais na América do Norte (OMA New York) e Ásia (OMA Beijing), onde teve a
oportunidade de atuar com o também conceituado Elia Zenghelis . Dois anos depois
abriu em Londres seu próprio escritório de arquitetura, o Zaha Hadid Architects
(ZAHA HADID ARCHITECTS, 2016).
Aos trinta e dois anos venceu seu primeiro concurso internacional, uma
prova para construção de um clube desportivo para substituir o Peak Leisure Club
em Hong Kong. Nele a arquiteta propôs a escavação de colinas para construir
penhascos artificiais com vigas suspensas que parecem desafiar a gravidade.
Porém, devido a sua complexidade, o projeto nunca saiu do papel (ZAHA HADID
ARCHITECTS, 2016).
Dez anos após seu primeiro prêmio, em 1993, foram concluídas as obras
do Vitra Fire Station, construído para abrigar a Estação de Fogo da Empresa de
Móveis Vitra, localizada na cidade de Weil Am Rhein na Alemanha, que havia sido
34
afetado por um incêndio em 1981. Tal obra foi o primeiro grande projeto de seu
escritório e é considerado o responsável por seu reconhecimento internacional.
Uma das técnicas utilizadas pela arquiteta nesse projeto foi uma
composição de planos irregulares que se dobram, formando um ritmo e criando uma
sensação de instabilidade e inquietude ao observador. De acordo com o Zaha Hadid
Architects, o edifício exprime “um estado de alerta, uma estrutura pronta para
explodir a qualquer momento” (ZAHA HADID ARCHITECTS, 2016).
Com 950 projetos em 44 países, o Zaha Hadid Architects possui 400
funcionários e atua em espaços culturais, corporativos, residenciais, entre outros.
Segundo o site oficial da empresa, seus projetos se baseiam na interface entre
arquitetura, paisagem e geologia, integrando à topografia natural a tecnologia de
ponta. Além de projetos arquitetônicos, o escritório se dedica também a desenvolver
peças de design, entre eles, artigos de presentes e acessórios de decoração para
casa, incluindo travessas, bandejas, vasos, bancos, etc., onde “contraste é a
palavra-chave em todo o conjunto, em termos de materiais e cores [...] O que
permanece consistente é o uso da estética de Zaha Hadid: as formas são fluidas,
livres, cada peça é inequivocamente Zaha Hadid”. (ZAHA HADID DESIGN, 2016).
Durante sua carreira, Hadid também ocupou cargos relevantes em várias
universidades do mundo nas áreas de artes, arquitetura e design, incluindo a
Universidade de Harvard; Universidade de Illinois, Faculdade de Arquitetura de
Chicago; Faculdade de Belas Artes de Hamburgo, Escola de Arquitetura Knowlton
e Universidade de Columbia em Nova York. Foi também Membro Honorário da
Academia Americana de Artes e Letras e membro do Instituto Americano de
Arquitetura.
Zaha Hadid faleceu aos 65 anos de idade, no dia 31 de março de 2016, em
Miami, EUA, vítima de um ataque cardíaco, um mês depois de se tornar a primeira
mulher a receber a Medalha de Ouro do British Architects Gold Medal (RIBA Royal
Gold Medal).
35
8.1 Principais obras de Zaha Hadid
Museu Lois and Richard Rosenthal Center of Contemporary Art, Estados Unidos
36
Riverside Museum, Reino Unido
37
The Heydar Aliyev Cultural Center, Azerbaijão
38
Nordpark Railway Stations, Austria
39
9 REFERÊNCIAS
40
PFEIFFER, Bruce Brooks. Frank Lloyd Wright – Master Builder. Editado por
David Larkin e Bruce Brooks Pfeiffer. Texto de Bruce Brooks Pfeiffer.
London: Thames and Hudson Ltd.;1997.
TWOMBLY, Robert C. Frank Lloyd Wright – His Life and his Architecture.
Série Wiley-Interscience Publication series. Nova York: John Wiley and
Sons; 1979.
41