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Projeto Telaris – Anos finais 7

Capitulo 5
CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS
Biodiversidade é a variedade de espécies de todos os seres vivos existente em determinado
lugar ou no planeta como um todo. Já foram descritos e nomeados cerca de 2 milhões de espécies
de seres vivos em toda a Terra, mas ainda não se sabe seu número total – ele pode variar de 10
milhões a 100 milhões.
Os cientistas organizam os seres vivos reunindo-os em grupos segundo algum critério: o grupo
das aves, o grupo dos mamíferos, o grupo dos insetos, etc. Essa classificação serve para facilitar o
estudo dos seres vivos e nos ajuda a entender a origem e a evolução das espécies, como você vai ver
neste capítulo.

1. Critérios de classificação
A parte da Biologia que estuda a classificação dos seres vivos é chamada taxonomia.
os
seres vivos com base em semelhanças no corpo dos seres vivos, no funcionamento e no
desenvolvimento do organismo, no modo de reprodução e até por semelhanças entre seus genes.

2. O trabalho de Lineu
Carl Linneaus criou esse sistema de nomenclatura (Sistema Binominal) que se tornou usado
mundialmente e unificou a comunicação entre os pesquisadores. Assim foram criados os nomes
científicos que são usados para identificar qualquer espécie em qualquer lugar do mundo. Os nomes
científicos são compostos por dois nomes que são criados com base no latim. O primeiro nome é
sempre escrito com a primeira letra maiúscula e identifica o gênero ao qual aquele indivíduo
pertence. O segundo nome é escrito com todas as letras minúsculas e identifica especificamente o
indivíduo. Os dois nomes juntos identificam a espécie, como por exemplo o tubarão
branco Carcharodon carcharias. Toda vez que escritos, esses nomes devem ser destacados em
negrito, itálico ou sublinhados.
3. Os arquivos da vida
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O reino animal (Animalia, em latim), por exemplo, reúne organismos pluricelulares que ingerem
outros organismos. Já no reino vegetal encontram-se os organismos pluricelulares que fazem
fotossíntese.
Um reino pode ser dividido em grupos menores, chamados filos. No filo dos artrópodes, por
exemplo, estão os animais que apresentam esqueleto externo rígido e pernas articuladas. Esse filo
reúne, entre outros, animais como baratas, aranhas, camarões, siris e lacraias.
• No filo dos cordados (Chordata, em latim) encontram-se os animais que apresentam coluna
vertebral. Nele estão incluídos o ser humano, os cães, os tubarões, os sapos e muitos outros
animais. O nome cordado vem do fato de os embriões desses animais possuírem uma estrutura
semelhante a um bastão na posição da coluna vertebral. Esse bastão de células é chamado corda
dorsal. Na maioria dos cordados, a corda dorsal é substituída no adulto pela coluna vertebral. Cada
filo, por sua vez, pode ser subdividido em grupos menores, chamados de classes. Exemplos: o filo
dos cordados inclui, entre outras:
• a classe dos anfíbios, animais como os sapos e as rãs, que passam a primeira fase da vida na
água;
• a classe das aves, que reúne os animais com penas, como as corujas, os papagaios, os patos e as
harpias;
• a classe dos mamíferos (Mammalia, em latim), formada por animais com pelos e glândulas
mamárias, como os seres humanos, a onça-pintada, o urso-pardo, o lobo-guará, entre outros.
Cada classe é dividida em ordens. Na classe dos mamíferos estão, por exemplo, a ordem dos
carnívoros (onças, gatos, lobos, cães, leões, etc.) e a ordem dos primatas
(macacos, ser humano).
Cada ordem é dividida em famílias. Veja, por exemplo, a ordem dos carnívoros. Ela inclui, entre
outras:
• a família dos canídeos, que tem como representantes o lobo, a raposa, o cão, o coiote, etc.;
• a família dos felídeos, que tem como representantes o leão, a onça, o tigre, o gato, etc.
Uma família é composta de gêneros. Na família dos felídeos, estão o gato doméstico e o gato
selvagem europeu, que pertencem ao gênero Felis, enquanto o leão e a onça-pintada fazem parte do
gênero Panthera.
Espécie é o conjunto de organismos semelhantes entre si e capazes de cruzar e gerar descendentes
férteis.

4. Os reinos dos seres vivos

• Reino Monera. Nele estão as bactérias, incluindo-se nesse grupo também as cianobactérias (antes
denominadas de cianofíceas). As cianobactérias têm a capacidade de realizar fotossíntese. Algumas
bactérias podem nos causar doenças como: cólera, tuberculose, tétano, sífilis, etc. Outras espécies
de bactérias são importantes para a decomposição da matéria orgânica. Outras, ainda, são
utilizadas pelo ser humano na fabricação de alimentos, como iogurtes e alguns queijos.

• Reino Protista. Abriga todos os seres unicelulares que possuem núcleo. Os protistas
heterotróficos, ou seja, aqueles que se alimentam de outros organismos são chamados protozoários.
Um exemplo são as algas unicelulares, que realizam a maior parte da fotossíntese nos ambientes
aquáticos. Muitos cientistas incluem aqui as algas vermelhas, verdes e pardas, que, em geral, são
pluricelulares, mas não possuem tecidos verdadeiros.

• Reino Fungi. Engloba os fungos. A maioria é pluricelular. O corpo desses seres é formado por uma
série de fios chamados hifas. Todos têm células com núcleo e são heterotróficos: absorvem
substâncias orgânicas (açúcares, gorduras, proteínas e outras substâncias típicas dos seres vivos)
do ambiente.

• Reino Animalia. Compreende os animais. São pluricelulares e têm células dotadas de núcleo.
Ingerem a matéria orgânica de que necessitam de outros seres vivos. São capazes de
movimentação, pelo menos em alguma fase do ciclo de vida, como as larvas dos corais.

• Reino Plantae. Corresponde às plantas. São seres pluricelulares com células dotadas de núcleo.
Como são autotróficos, realizam fotossíntese. Apresentam tecidos e órgãos especializados, e suas
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células são cobertas por uma substância dura, a celulose. Para muitos autores, algumas algas, como
as algas verdes, são plantas; outros classificam todas as algas como

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