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Transportes nas plantas

Biologia e Geologia
10º Ano
1

José Luís Alves


Transporte nas plantas

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José Luís Alves


Transporte nas plantas

Sistema radicular
A água e os sais minerais são absorvidos pela raiz.
Os pêlos radiculares contribuem para o aumento da área de absorção.

José Luís Alves


Transporte nas plantas

Sistema radicular
Responsável pela absorção de água e sais
minerais.
É permeável (não apresenta cutícula) e muito
ramificado. A sua área é aumentada através
da presença de pêlos radiculares.

Folhas
O CO2 é fixado durante a fase química da
fotossíntese, entrando na planta através
de estomas presentes nas folhas. Pelos
estomas também pode sair água –
transpiração.
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José Luís Alves


Transporte nas plantas

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que as substân
eficazmente.

Surgem os sistemas de
transporte.

José Luís Alves


Transporte nas plantas

Plantas avasculares
São simples, de pequenas dimensões e não
possuem tecidos condutores (sem xilema e
floema).
A água movimenta-se célula a célula por osmose.
Os produtos da fotossíntese movimentam-se por
difusão ou transporte ativo.
Exemplo: Musgos

Plantas vasculares
Mais evoluídas, de grandes dimensões e com
sistemas de transporte. Possuem tecidos
especializados no transporte de substâncias:
xilema e floema.

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Transporte nas plantas

Translocação
Movimento de água e solutos no interior da
planta através de tecidos condutores ou
vasculares.
As nervuras das plantas correspondem aos
vasos condutores, os quais se encontram
agrupados em feixes vasculares.

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Transporte nas plantas

A maioria das plantas necessita de um sistema de transporte.

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Transporte nas plantas

Tecidos condutores
São tecidos complexos, formados por diferentes tipos de células especializadas,
que se estendem das raízes até às folhas.

Xilema, lenho ou tecido traqueano


Transporta seiva bruta (xilémica),
constituída por água e sais minerais,
das raízes até às folhas.

Floema, líber ou tecido floémico


Transporta seiva elaborada
(floémica), constituída por água e
substâncias orgânicas, das folhas
até aos outros órgãos das plantas.

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Transporte nas plantas

Raíz

Existem pêlos radiculares (unicelulares) na epiderme.


A seguir à endoderme, existe uma camada de células, o periciclo, que é
responsável pelo desenvolvimento de raízes secundárias. 10

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Transporte nas plantas

Caule

Nas plantas dicotiledóneas, o xilema e o floema são colaterais (lado a lado),


ficando o floema do lado de fora.
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Transporte nas plantas

Folha

Os tecidos no interior das folhas constituem o mesófilo.


A cutícula existente na epiderme, é uma cera impermeável.
Geralmente, os estomas predominam na epiderme inferior.
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Transporte nas plantas

Xilema
Tecido composto, constituído, na generalidade, por
células mortas e quase sem conteúdo celular.
Tende a formar tubos contínuos por onde a seiva
bruta circula.

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Xilema
Elementos dos vasos
Células mortas, dispostas topo a topo e sem paredes
transversais – formam colunas contínuas. As paredes
laterais são espessadas devido à deposição de lenhina,
que confere rigidez a toda esta estrutura.

Traqueídeos ou tracoides
Células mortas, mais estreitas e alongadas, com
espessamentos de lenhina. Ajudam na condução da seiva
bruta.
Fibras lenhosas
Células mortas que conferem suporte e resistência.
Parênquima xilémico
Células vivas, de paredes finas com função de reserva. 14

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Transporte nas plantas

Floema
Tecido composto, constituído na generalidade por
células vivas. Tende a formar tubos contínuos por
onde circula a seiva elaborada.

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Transporte nas plantas

Floema Células do tubo crivoso


São vivas, alongadas e dispostas topo a topo.
As paredes transversais têm orifícios – placas
crivosas, que permitem a manutenção da
pressão durante o transporte.

Células de companhia
São vivas e estão associadas às células dos
tubos crivosos, ajudando no seu funcionamento.

Parênquima floémico
Células vivas, de paredes finas com função de
reserva.

Fibras floémicas ou liberinas


Células mortas alongadas que conferem suporte
e resistência. 16

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Transporte nas plantas

Absorção radicular
Movimento da água e sais minerais desde os pelos radiculares até aos vasos
xilémicos situados no cilindro central da raiz.
O transporte dessas substâncias ocorre célula a célula, até atingirem o xilema
da raiz.

Posteriormente ocorre a subida da seiva bruta desde o xilema da raiz até ao


xilema dos órgãos fotossintéticos.
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Transporte nas plantas

Absorção radicular
As plantas absorvem sais minerais por difusão simples e por transporte
ativo, de tal forma que, geralmente, as células da raiz têm maiores
concentrações de sais que o solo – meio hipertónico. Assim, ocorre entrada
de água por osmose.

Através de um transporte célula a célula, a água e os solutos atingirão os


tecidos vasculares. 18

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Transporte nas plantas

Movimento de substâncias na raiz


A deslocação da água e sais minerais da
epiderme da raiz até ao xilema, faz-se por duas
vias:

Apoplasto – a água e os sais


passam entre as paredes
celulares e os espaços
intercelulares.
Simplasto – a água e os sais
atravessam a parede celular,
pelos plasmodesmos, seguindo
pelo citoplasma das células.

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http://bio1152.nicerweb.com/med/Vid/Campbell8e/36_Animations/36_12TransportInRoots_A.swf

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Transporte nas plantas

Movimento de substâncias na raiz


As bandas de Caspary constituem uma barreira impermeável à passagem
de solutos.
Ocorre a deslocação de solutos do apoplasto para o simplasto, passando
pelo interior das células da endoderme, que controla seletivamente os
solutos que entram no xilema.

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Transporte nas plantas

Translocação no xilema
No xilema, água e os sais minerais – seiva
bruta – terão de efetuar um movimento
ascendente. Se as plantas forem de pequena
dimensão não há dificuldade. O mesmo não
acontece com árvores de dezenas de metros.

Como explicar estes movimentos em


plantas com dezenas de metros?...

O movimento da seiva bruta no xilema é explicado por duas teorias:


• Teoria da pressão radicular
• Teoria da coesão-tensão-adesão

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Transporte nas plantas

Curiosidade
 Uma árvore adulta com 15 metros de altura
tem cerca de 177 000 folhas, e uma área de
superfície foliar total de 675 m2.

 Durante um dia de Verão, essa árvore perde


para a atmosfera 220 litros de água por hora,
por evaporação nas folhas.

 Para evitar o murchamento, a cada hora o


xilema precisa de transportar 220 litros de
água das raízes para as folhas.

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Translocação no xilema

Teoria da pressão radicular


A ascensão da seiva bruta no xilema deve-se à existência de uma pressão
radicular, devido à constante entrada de água por osmose, e de solutos por
difusão e transporte ativo, para as células.

Segundo esta teoria, a absorção


radicular é o motor do transporte
ascendente.

A acumulação de água na raiz


provoca uma pressão radicular
(pressão positiva da raiz) que força
a seiva bruta a subir.

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Teoria da pressão radicular

Argumentos favoráveis

Exsudação caulinar
Ao podar uma planta, observa-se a saída de
seiva bruta.
Exemplo: “choro” das videiras.

Gutação
Ao amanhecer, em algumas plantas,
acumulam-se gotas de água nas margens das
folhas, devido à existência de hidátodos. Isto
acontece devido à pressão que se gerou na
raiz.
Exemplo: morangueiros.

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Transporte nas plantas

Teoria da pressão radicular


A manutenção de um gradiente de concentração de solutos entre o solo e
a raiz aumenta o potencial osmótico nas células da raiz. A entrada de água
nas células provoca uma pressão osmótica que faz com que a água e os
sais minerais subam pelo xilema.

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Teoria da pressão radicular

Argumentos desfavoráveis

A pressão radicular medida em várias plantas não é suficiente para elevar


a água até ao ponto mais alto de uma árvore.

A maioria das plantas não apresenta gutação nem exsudação.

Existem determinadas coníferas (ex: Pinheiro) que apresentam pressão


radicular nula.

Conclusão
A pressão radicular não é o principal fenómeno responsável pela subida da
água no xilema.

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Transporte nas plantas

Teoria da Coesão-Tensão-Adesão
Pressupõe que a transpiração é a força motriz responsável pela subida
da seiva bruta nas plantas, pois quanto maior e mais rápida é a
transpiração maior e mais rápida é a absorção radicular.
Evapotranspiração
Água perdida pela planta, através dos estomas, sob a forma de vapor, que
é provocada pela energia solar.

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Transporte nas plantas

Teoria da Coesão-Tensão-Adesão
Durante o dia, a transpiração excede a absorção e durante a noite a absorção
excede a transpiração.
Assim, de dia, gera-se um défice de água, que provoca uma pressão negativa
– tensão – nas células foliares.

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Transporte nas plantas

Teoria da Coesão-Tensão-Adesão
A perda de água por transpiração gera
uma deficiência desta nas folhas, que
diminui o potencial hídrico e aumenta
o potencial de soluto e o potencial
osmótico. Este défice em água cria uma
tensão.
As células do mesófilo ficam hipertónicas
e sai água do xilema para o mesófilo.
Devido às forças de coesão entre as
moléculas de água e de adesão entre
estas e as paredes do xilema, as
moléculas de água formam uma coluna
hídrica que ascende.
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Transporte nas plantas

Teoria da Coesão-Tensão-Adesão
A ascensão de água, cria um défice desta no xilema
da raiz que fica, por isso, hipertónico. O que provoca
a entrada de água na planta por osmose.

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Transporte nas plantas

Teoria da Coesão-Tensão-Adesão
A transpiração põe em movimento uma coluna contínua e ascendente de água
e soluto através de toda a planta.
A seiva bruta é “sugada” e há tendência para uma maior absorção radicular.

Como a molécula de água é polar,


facilmente se criam ligações
químicas – pontes de hidrogénio –
entre várias moléculas de água, o
que as mantém unidas umas às
outras (coesão) e “agarradas” às
paredes do xilema (adesão).

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Transporte nas plantas

Teoria da Coesão-Tensão-Adesão
Se a corrente contínua de água for quebrada, que pode acontecer por
interposição de bolhas de ar, o vaso xilémico deixa de ser funcional. Neste caso
a seiva bruta passa para outros elementos dos vasos ou traqueídos e o
transporte contínua.

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Transporte nas plantas

Teoria da Coesão-Tensão-Adesão
As características do xilema ajudam a que este
processo seja extremamente eficaz, pois a
ausência de conteúdo celular não cria
obstáculos ao movimento da coluna de água; a
parede relativamente espessa dos vasos
xilémicos impede o colapso dos mesmos e o
diâmetro reduzido dos elementos dos vasos
facilita a adesão e a coesão.

Efeito de capilaridade
Quanto mais reduzido for o diâmetro dos vasos, mais alta é a coluna de água
que sobe naturalmente.
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Transporte nas plantas

Teoria da Coesão-Tensão-Adesão
O movimento de água no xilema tem início
na parte superior da planta só depois se
propaga para a parte inferior.

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Teoria da Coesão-Tensão-Adesão

Controle da transpiração
As plantas tem necessidade de
controlar os índices de
transpiração, principalmente as
plantas adaptadas ao ambiente
terrestre, que vivem em climas
mais secos.
Os estomas são estruturas
existentes na epiderme dos órgãos
aéreos das plantas que regulam as
trocas gasosas com o exterior.

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Teoria da Coesão-Tensão-Adesão

Controle da transpiração
Os estomas são muito importantes pois absorvem CO2. Se estiverem sempre
abertos sairá muita água por transpiração.
Para os estomas estarem abertos as suas células-guarda tem de estar
turgidas. Em solos muito secos, os estomas fecham.

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Teoria da Coesão-Tensão-Adesão

Controle da transpiração
Quando as células-guarda ficam turgidas, aumentam o seu volume,
ocorrendo pressão de turgescência sobre a parede e como esta é mais fina
distende-se e o estoma abre.
Quando a célula estomática perde água, a pressão de turgescência diminui e
o estoma fecha.

http://iespoetaclaudio.centros.educa.jcyl.es/sitio/upload/estomas.sw 37
f
José Luís Alves
Transporte nas plantas

Translocação no floema

te s e n ã o o c o rr e em todas
Como a fotossín
s ub s tâ n c ias o rg ânicas
as células, as
ó rg ão s fo to s s in téticos têm
produzidas nos
d o s p e lo fl o e m a para as
de ser transporta
tante s c é lu las d a planta!
res

Isso ocorre muito rapidamente, logo a


difusão não será o processo
responsável pelo movimento.

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Translocação no floema
Malphigi retirou um anel à volta de uma árvore e reparou que, com o passar do
tempo, ela continuava viva, mas apareceu uma tumescência imediatamente
acima do corte. Passadas algumas semanas a árvore morreu.

A figura C corresponde ao esquema A ou B?


Apresenta uma hipótese explicativa do aparecimento da tumescência em C?
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Translocação no floema
No caule, o floema tem uma posição periférica em relação ao xilema.
O anel cortado removeu o floema,
mantendo o xilema. A translocação de
seiva bruta manteve-se, ocorrendo a
fotossíntese nas folhas da planta. Daí
resultarem açúcares, que se acumulam
acima do corte porque a translocação
floémica foi interrompida.

A planta sobrevive algum tempo devido às


reservas de alimento existentes na parte
inferior. Quando essas reservas se
esgotam, a planta morre.

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Translocação no floema
A seiva elaborada, que circula em células vivas do floema, além de água e
açúcares, pode conter hormonas, sais minerais, aminoácidos, lípidos, etc.

Com os seus aparelhos bucais, os afídeos


penetram nas partes tenras da planta e
estabelecem comunicação com o floema,
passando a extrair seiva elaborada.
Esta relação de parasitismo permitiu concluir
que a seiva elaborada circula sobre pressão:
entrou no tubo digestivo dos afídeos e sai pelo
seu ânus – existe uma pressão de
turgescência no floema.

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Translocação no floema
Hipótese do fluxo de massa

Modelo Físico de Münch

A B A B A B

Um recipiente é cheio com uma solução concentrada de sacarose e o outro


com água. Os recipientes, com uma membrana semipermeável, são ligados por
um tubo e mergulhados numa tina com água.
A entrada de água para o recipiente com sacarose, causa aumento de pressão
e a solução desloca-se no tubo até ao recipiente B, arrastando consigo a
sacarose. No recipiente B a água vai novamente para a tina.
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Translocação no floema

Hipótese do fluxo de massa

Floema
Devido à maior concentração
de sacarose, entra maior
quantidade de água em A do
que em B – aumenta a pressão
em A e a solução desloca-se
até ao recipiente B arrastando
consigo a sacarose.
No floema acontece um
Órgãos Órgãos de fenómeno semelhante.
fotossintéticos reserva

DE ONDE VEM ESTA ÁGUA? XILEM


A 43

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Translocação no floema

Hipótese do fluxo de massa

Elevada concentração de sacarose

O transporte no floema deve-se


a um gradiente de
concentração de açúcares que
se estabelece entre uma fonte
(órgão da planta onde o açúcar
é produzido) e um local de
consumo (órgãos da planta
onde o açúcar será consumido
ou permanece em reserva.

Baixa concentração de sacarose

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Translocação no floema

Hipótese do fluxo de massa


A glicose é transformada em sacarose antes de entrar nas
células crivosas por transporte ativo, passando depois para
o floema, onde será transportada para os locais de consumo
ou de reserva.

A sacarose entra no floema


aumentando a concentração de
soluto (diminui o potencial hídrico e
aumenta a pressão osmótica nas
células floémicas) e, por isso, a água
(vinda do xilema) entra para o seu
interior por osmose – aumentando a
pressão de turgescência.

Transporte ativo da sacarose das células do mesófilo para o floema.


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Translocação no floema

Hipótese do fluxo de massa


O aumento da pressão de
turgescência faz com que o
conteúdo dos tubos crivosos (fluxo
de massa) atravesse as placas
crivosas ocorrendo um movimento
para as zonas de menor pressão
de turgescência.
A sacarose sai do floema por
transporte ativo e passa para as
células dos órgãos de reserva onde
é convertida em amido ou glicose. A
água também sai do floema e
diminui a pressão de turgescência.

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Translocação no floema

Hipótese do fluxo de massa

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Translocação no floema

Hipótese do fluxo de massa

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