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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 3
1.1 Metodologias ........................................................................................................................ 3
2. Nomenclatura Zoológica ........................................................................................................ 4
2.1 Regras da nomenclatura ....................................................................................................... 4
3. Conclusão ............................................................................................................................... 8
4. Referências bibliográficas ...................................................................................................... 9
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1. Introdução
A comunicação entre os diversos campos da ciência biológica se dá principalmente pelo nome
científico das espécies estudadas. Por exemplo, num estudo interdisciplinar em que existe a
cooperação de profissionais de diversas áreas da biologia, um ecólogo poderá fazer o
levantamento da fauna de determinada região, um geneticista fará a caracterização do
cariótipo daquela fauna, um morfologista descreverá as características morfológicas, e, assim
por diante.
Sem um nome científico universal, ditado segundo regras aceitas por toda a comunidade
científica, que caracteriza cada espécie estudada e catalogada, ficaria difícil a comunicação
entre os diversos campos da biologia. Quem dita tais regras é o código de nomenclatura
zoológica. Tal código é universal, ele rejeita nomes que possam causar confusão ou
ambiguidade, o que garante a universalidade dos nomes científicos, fazendo com que estes
sejam reconhecidos por cientistas de qualquer nacionalidade.
O presente trabalho, tem como objectivo, identificar regras internacionais de nomenclatura
zoológica; descrever as regras internacionais de nomenclatura zoológica e Exemplifica-las.
1.1 Metodologias
Para a realização deste trabalho de campo, recorreu se a pesquisa bibliográfica, tendo-se feito
criterioso levantamento bibliográfico na literatura científica, a partir da compilação de
trabalhos publicados e alguns livros que versam acerca do tema em causa, e que se encontram
devidamente citadas ao longo do trabalho e referenciadas no final.
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2. Nomenclatura Zoológica
Quando falamos em nomenclatura, taxonomia, classificação e sistemática devemos saber que
estes são conceitos, que, apesar de terem alguma relação entre si, se referem a matérias
distintas, muitas vezes confundidas.
Sistemática é o termo que define o estudo científico das classes, diversidade dos organismos
e suas inter-relações. Compreende a Classificação, a Taxonomia e a Identificação. (LEITE &
SÁ, 2010)
Taxonomia é o estudo teórico da classificação, incluindo bases, princípios, procedimentos e
regras. Seu objectivo são as classificações e trata de como se classifica e se identifica.
Identificação é a colocação e um animal não identificado na Classe ou grupo a que
corresponde, conforme uma Classificação previamente estabelecida.
Classificar é agrupar objectos em grupos, segundo um objectivo que se quer atingir. Os
objectivos da classificação biológica são o conhecimento das leis gerais e das relações entre
grupos.
Nas classificações os animais são distribuídos conforme seus caracteres, em grupos que
denominamos táxons. Os níveis em que os táxons são dispostos são denominados Categorias,
que podem ser principais (em negrito) ou secundários.
A espécie é um grupo de populações naturais efectiva ou potencialmente capazes de
intercruzar-se e isoladas reprodutivamente de outros grupos semelhantes.
Um género é formado por uma ou mais linhagens de espécies aparentadas.
Igualmente, cada táxon mais alto é um conjunto de táxons inferiores aparentados.
REINO Animalia
FILO Chordata
CLASSE Mammalia
ORDEM Primata
FAMÍLIA Hominidae
GÊNERO Homo
Binomiais: Usados para designar táxons da categoria espécie. Consiste no nome do gênero no
qual a espécie está classificada seguido do nome específico. Ex.: Aphis mellifera. O nome da
espécie é grifado e não pode ser acentuado.
Trinomiais: Quando há um subgênero ou uma subespécie; todos devem ser grifados. Ex.:
Glenea (Paraglenea) tigrinata (Subgênero); Papilio thoas brasiliensis (Subespécie). Quando o
subgênero tem o mesmo nome que o gênero, costuma-se abreviá-lo, como por exemplo:
Formica (F.) rufa.
Tetranomiais: Quando um nome contém quatro termos: gênero, subgênero, espécie e
subespécie. Ex.: Partamona (Partamona) Cupira helleri (uma abelha Meliponínea).
4. Tipificação dos nomes científicos. É recomendado que os táxons, especialmente dos
níveis de Infratribo a Superfamília sejam tipificados, isto é, seus nomes baseados no nome de
seu Gênero tipo. Assim, o nome da Família Aspidosiphonidae foi tipificado a partir do nome
de seu Gênero tipo: Aspidosiphon + idae (terminação proposta para o nível de Família).
5. Sufixos indicativos da categoria taxonômica. Recomenda-se o uso de sufixos para cada
categoria taxonômica especialmente nas seguintes categorias: Superfamília - oidea; Família -
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idae, Subfamília - inae, Tribo ini. No nível de Ordem são comumente utilizados os sufixos ida
para invertebrados e formes para vertebrados. Ainda existem recomendações para Filo – a e
Classe – ea.
6. Nome da categoria da espécie. Oficialmente, a partir de 1901, adotou-se a nomenclatura
binomial proposta por Linné. As espécies são designadas por dois nomes (binomes): o epíteto
genérico (inclusivo) e o epíteto específico (restritivo). O nome genérico é um nome próprio
enquanto o nome específico é comum. Os dois nomes devem ser destacados no texto
(sublinhados isoladamente ou escritos em itálico ou ainda negrito). Nunca se deve referir a
uma espécie apenas pelo nome específico isoladamente. Seguem exemplos de nomes de
espécies: Ursus arctos (urso pardo); Ursus maritmus (urso polar).
7. Nome da categoria de subgênero. Quando necessitamos nomear uma espécie com seu
subgênero forma-se um trinome: Phascolosoma (Edmondsius) pectinatum. Há neste trinome
dois nomes próprios. Para destacar o Subgênero e não confundir com o nome genérico,
coloca-se o nome subgenérico entre parênteses.
8. Nome da categoria da subespécie. Quando nos referimos a subespécies, também formam-
se trinomes: Mysis oculata relicta. O nome próprio é do Género, o primeiro nome comum
sempre será o da espécie e o segundo nome comum sempre será da subespécie. Não há como
confundir pois, para escrever o nome de uma subespécie sempre usaremos um trinome. Nunca
poderemos nos referir a uma subespécie como Mysis relicta, pois esta forma binomial é para
espécie; se isto fizer estamos dizendo que a subespécie foi elevada ao status de espécie. Há
casos onde o nome da subespécie cria um tetranome. Isto ocorre quando citamos também o
nome do Subgénero: Phascolosoma (Edmonsius) pectinatum pectinatum, na sequência temos
nome Genérico, Subgenérico, específico e subespecífico. Em relação as categorias da espécie,
de subgênero e de subespécie, podemos escrever o nome de um Gênero: Phascolosoma; o
nome de um Subgénero: Phascolosoma (Edmonsius); o nome de uma espécie: Phascolosoma
(Edmondsius) pectinatum ou (sem citar o Subgênero) Phascolosoma pectinatum; o nome de
uma su-bespécie: Phascolosoma (Edmondsius) pectinatum pectinatum ou (sem citar o
Subgênero) Phascolosoma pectinatum pectinatum.
9. Nome do autor de um táxon. Em trabalhos taxonômicos, é usual acrescentar-se ao nome
de um táxon o nome do autor e o ano de publicação de sua descrição original. Como exemplo,
Para colocarmos esta informação no nome da espécie devemos escrever da seguinte forma:
Aspidosiphon laevis Quatrefages, 1865. Note que apenas o binome está grifado em itálico. O
nome do autor e data funciona como uma referência bibliográfica, porém, note que não há
parênteses, pois estes indicam mudança de Género.
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10. Lei da homonímia. Dois Géneros diferentes não podem ter o mesmo nome. Esta norma é
estendida aos táxons superiores, isto é, táxons das categorias de Família, Ordem etc. Da
mesma forma duas espécies do mesmo género também não podem ter o mesmo nome. No
entanto, como os nomes das espécies são binomiais, espécies pertencentes a Géneros
diferentes podem ter o mesmo nome específico, pois não será uma homonímia. Como
exemplo, podemos citar: Aspidosiphon brasiliensis (uma espécie de verme marinho do Filo
Sipuncula), Megacephala brasiliensis e Hoplopyga brasiliensis (duas espécies de insetos
coleópteros).
11. Lei da prioridade ou sinonímia. Dentre todos os nomes propostos para um mesmo
táxon” (denominados sinónimos) “o mais antigo é que tem validade” (sinónimo Sénior). Os
demais nomes são considerados sinónimos juniores e não serão nomes válidos. Assim, se uma
espécie for descrita, em dois momentos diferentes, com nomes diferentes o nome que terá
validade será o mais antigo.
12. Mudança de Género. No caso de uma espécie ser descrita originalmente dentro de um
determinado Género e após uma revisão mudada de Género. Por exemplo: Physcosoma
stephensoni Stephen, 1942 foi o nome citado na descrição original; entretanto estudos
taxonômicos realizados por WesenbergLund em 1963 invalidaram o género Physcosoma,
sendo todas suas espécies transferidas para o Género Phascolosoma. Então, esta espécie passa
a ser chamada de Phascolosoma stephensoni (Stephen, 1942). Neste exemplo observe que
seguindo o nome actual, quando citado o autor e data, estes vão entre parênteses, assinalando
que houve mudança de Género. Pode-se também adicionar o autor da mudança:
Phascolosoma stephensoni (Stephen, 1942) Wesenberg-Lund, 1963.
3. Conclusão
Terminada a pesquisa, foi possível concluir que, a nomenclatura assegura nome único e
distinto para cada táxon, e promove a estabilidade e a universalidade dos nomes científicos.
As regras de nomenclatura apenas prescrevem a maneira de nomear a espécie e as outras
categorias, não como definir os táxons. É importante salientar que os códigos não interferem
na liberdade do pensamento biológico, uma vez que não exercem influência sobre os
conceitos biológicos seguidos pelos sistematas
Uma característica importante do CINZ é que suas regras e princípios se aplicam somente a
táxons do grupo de família, género e espécie.
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4. Referências bibliográficas
1. LEITE. Germano Leão Demolin & SÁ. Veríssimo Gibran Mendes de. (2010).
Apostila: Taxonomia, Nomenclatura e Identificação de Espécies. Montes Claros / MG
2. MARTINS, U. R. (1983). A nomenclatura zoológica. In: N. PAPAVERO
(Organazador), Fundamentos Práticos de taconomia zoológica: coleções bibliografia,
nomenclatura. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi / CNPq / SBZ.
3. Classificação Biológica. https://antigo.uab.ufsc.br/biologia//files/2020/08/Cap_02.pdf.
Acesso aos 30.08.2023