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Universidade Rovuma
Cabo Delgado
2023
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Universidade Rovuma
Cabo Delgado
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2023
Índic
Introdução.........................................................................................................................................3
Objectivos do trabalho:.....................................................................................................................3
Metodologia......................................................................................................................................3
Conclusão.......................................................................................................................................10
Referências bibliográficas..............................................................................................................11
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Introdução
Objectivos do trabalho:
Geral
Específicos:
Metodologia
Segundo Fahat (2007) define o Grupo de interesse como sendo um todo grupo de pessoas físicas
e/ou jurídicas, formal ou informalmente ligadas por determinados propósitos, interesses,
aspirações ou direitos, divisíveis dos de outros membros ou segmentos de sua união.
Grupo de interesse, segundo Bobbio et al (1991, p. 563), é “qualquer grupo que, à base de um ou
vários comportamentos de participação leva adiante certas reivindicações em relação a outros
grupos sociais, como fim de instaurar, manter ou ampliar formas de comportamento que são
inerentes às atitudes condivididas”.
Os grupos de pressão são genericamente derivados dos grupos de interesses. Isso significa que
em primeiro lugar, existem os grupos de interesse, posteriormente ele poderá ou não se
transformar em grupos de pressão.
A diferença entre os dois grupos pode ser transitória. Pode ocorrer uma mudança de
postura dos grupos de interesses, passando a actuar activamente e politicamente em defesa
de suas ideias. E a partir desse momento deixam de ser grupos de interesses e passam a ser
de pressão, em virtude dessa possibilidade de mudança de atitude é que se consideram os
grupos de interesses potenciais grupos de pressão.
No entanto, a grande discussão que se insere na dicotomia entre grupos de interesses e grupos de
pressão é quanto ao objecto a ser influenciado por suas acções e que estão em consonância com a
proposição de Oliveira (2004):
Genericamente podemos dizer que, num dado momento, os grupos de pressão são um
subconjunto dos grupos de interesse que visam pressionar uma qualquer instância do
poder político (...) a alterar as suas políticas num sentido favorável ao grupo ou a mantê-
las caso elas já sejam favoráveis ao interesse do grupo a. Neste sentido as actividades dos
grupos de pressão passam sempre pela sua relação com entidades públicas. Isto já não
acontece necessariamente com um grupo de interesse que pode prosseguir o seu interesse
de forma completamente à margem do poder político, caso a acção não vise a alterar
políticas públicas e caso o seu financiamento não dependa (no todo ou em parte) de
organismos públicos (p. 144).
Por conseguinte, o conceito de Bobbio, converge com o conceito exposto por Oliveira (2004)
para quem “lobby é o processo pelo qual os grupos de pressão buscam participar do processo
estatal de tomada de decisões, contribuindo para a elaboração das políticas públicas de cada
país”. No entanto, esse processo de convergência está relacionado com a influência nas políticas
públicas. É nesse contexto em que o lobby atua, ou seja, de influenciar as decisões políticas no
âmbito do Estado.
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As cooperativas, assim como todas as organizações, se caracterizam como sistemas abertos, que
interagem com o meio onde estão inseridas, e que, com o decorrer do tempo, adoptam práticas
para se adaptar à realidade e manter a competitividade no mercado. Nas últimas décadas, vem
crescendo a preocupação das organizações no que se refere a sua actuação e função na sociedade,
novas práticas referentes à responsabilidade social surgem e norteiam a gestão das mesmas. No
entanto, antes de iniciarmos o estudo sobre os conceitos e práticas da responsabilidade social,
vamos entender como ela surgiu e sua evolução histórica.
A responsabilidade social e a ética estão presentes nos negócios desde o século XIX, mas
foi a partir de 1919 que esses conceitos ganharam maior atenção com o caso Dodge versus
Ford. O presidente e accionista majoritário da Ford, Henry Ford, contrariou os interesses
dos demais accionistas John e Dodge, alegando objectivos sociais, ele defendia a não
distribuição de uma parte dos dividendos, os quais reverteriam para uma série de acções,
como investimentos na produção e aumentos de salários. No entanto, o julgamento foi
favorável a Dodge, justificado pelo fato de que a organização existia para beneficiar os
accionistas, e que o lucro não deveria ser utilizado para outros fins que não fosse em
benefício dos mesmos. Nesse caso, o investimento em filantropia e na imagem da
organização só poderia ser feito se beneficiasse o lucro dos accionistas (p. 15).
melhor para todos. Outro caso, na década de 50, também instigou o debate a respeito da ética e da
responsabilidade social, foi o da companhia americana A. P. Smith Manufacturing versus
Barlow. Porém, neste caso, diferentemente do primeiro, a justiça foi favorável à doação de
recursos a uma universidade, sendo essa uma decisão contrária aos interesses dos accionistas
(Ávila & Morcelli, 2016, p. 16).
Esses foram os dois casos que deram início ao debate da temática responsabilidade social nas
organizações, a partir disso tem-se uma evolução do conceito e as diferentes perspectivas
abordadas, assuntos que veremos na seção a seguir.
O conceito da responsabilidade social apresenta uma mudança gradual ao longo das últimas
décadas. O termo responsabilidade social corporativa, Social Responsabilities of the
Businessmen, foi criado em 1953 por Howard Bowen. De acordo com Bowen a responsabilidade
corporativa social refere-se “às obrigações dos homens de negócios de adoptar orientações,
tomarem decisões e seguir linhas de acção, que sejam compatíveis com os fins e valores da nossa
sociedade”.
Até os anos 70, havia muita resistência por parte dos gestores das corporações em relação
à adopção da responsabilidade social, a mesma era vista como um custo pelos gestores e
que não representava um retorno em termos de lucros, foi à razão dos entraves judiciais do
caso Ford versus Dodge. No entanto, no fim de 1990, o tema da responsabilidade social
tornou-se universalmente estabelecido e promovido por todos os componentes da
sociedade por parte dos governos e corporações para as organizações não-governamentais
e consumidores individuais (Ávila & Morcelli, 2016, p. 18).
Para Drucker (1984, apud Ávila e Morcelli, 2016), a responsabilidade social ocorre em razão de a
organização ser bem-sucedida, inserida num mercado em que cresce a necessidade de ser
socialmente responsável, visando minimizar os problemas sociais.
Srour (1998, apud Ávila e Morcelli, 2016) afirma que, a responsabilidade social “reflecte tanto
um sentido de realidade quanto um olhar para o futuro... a responsabilidade social reflecte em
síntese a constituição de uma cidadania organizacional no âmbito interno da empresa e a
implementação de direitos sociais no âmbito externo”.
Na visão de Garcia (1999, apud Ávila e Morcelli, 2016) frisa que, a responsabilidade social
corporativa envolve, por exemplo, tratar com dignidade seus funcionários, fabricar produtos ou
prestar serviços com qualidade, veicular propaganda verdadeira, realizar limpeza no ambiente de
trabalho, não sujar ruas ou dificultar o trânsito, colaborar com as causas da comunidade, não
explorar mão-de-obra infantil, escrava ou incapaz de se defender.
De acordo com Ashley (2002) diz que, o conceito de responsabilidade social pode ser definido
como o compromisso que uma organização tem com a sociedade, expresso por meio de atitudes
que a afectem positiva e coerentemente no que se refere ao seu papel específico na sociedade e à
sua prestação de contas para com ela.
Segundo Oliveira (2002) alega que, a responsabilidade social pode ser entendida como “o
objectivo social da empresa somando a sua actuação económica. É a inserção da organização na
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sociedade como agente social e não somente económico... é ser uma empresa cidadã que se
preocupa com a qualidade de vida do homem na sua totalidade”.
Como podemos perceber, as definições a respeito da responsabilidade social nas organizações são
dinâmicas e variadas, algumas têm um maior enfoque no comportamento ético, outros destacam
com maior profundidade a contribuição social para com a sociedade ou com algumas práticas
específicas.
A actuação das empresas deve estar voltada, segundo Almeida (1999), principalmente para
práticas sociais, económicas e ambientais que envolvam os direitos humanos dos colaboradores e
dos demais stakeholders, protecção ambiental, envolvimento comunitário, relação com
fornecedores e clientes e o monitoramento de desempenho.
A responsabilidade social nas empresas, conforme a teoria de Carrol (1991, apud Ávila e Morcelli,
2016), compreende expectativas económicas, legais, éticas e filantrópicas, elas podem ser
divididas em quatro dimensões:
Conclusão
Em o trabalho tentou trazer à tona uma discussão mais abrangente que merece ser aprofundada,
sobre as definições a respeito da responsabilidade social nas organizações que são dinâmicas e
variadas, algumas têm um maior enfoque no comportamento ético, outros destacam com maior
profundidade a contribuição social para com a sociedade ou com algumas práticas específicas.
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Referências bibliográficas
Ashley, P. A. (2006). Ética e responsabilidade social nos negócios. 2. ed. São Paulo: Saraiva.
Ávila, L. V.; Morcelli, A. T. (2016). Responsabilidade Social. Santa Maria – RS. Brasil.
Farhat, S. (2007). Lobby: o que é: como se faz: ética e transparência na representação junto a
governos. São Paulo: Peirópolis.
Thomas, Clive S. (2004). Research Guide to U.S. and International Interest Grousp. Westport:
Praeger.