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SÚMARIO

INTRODUÇAO 2

IMPERADOR ADRIADO 3

CONCLUSÃO 7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8
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INTRODUÇAO

O imperador Adrinano um dos seus grandes méritos entre tantos outros,


um período sem grandes excursões contra outros povos, um tempo de paz
dentro do império; mas sua trajetória para chegar a ser imperador foi essa: ficar
órfão tem como tutor o seu primo Trajano, que o adota e o faz seu herdeiro. No
ano de 117 ascende à dignidade imperial. A sua política exterior consiste em
assegurar a tranqüilidade do Império Romano. Para isso, fortifica as fronteiras
à base de enormes obras públicas na Grã-Bretanha (a muralha de Adriano), na
Germânia (desde Mogúncia — ou Mainz — até Ratisbona — ou Regensburg) e
ao longo do Danúbio. Pessoalmente, percorre as províncias onde defende
reformas administrativas e ergue monumentos. Embeleza Roma e os seus
arredores: manda construir a Vila de Adriano, a ponte de Sant’Ângelo, o castelo
do mesmo nome (que é o seu mausoléu). Suaviza a condição dos escravos e
modera as perseguições contra os cristãos.
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IMPERADOR ADRIADO

Adriano homem culto e interessado nas questões jurídicas reorganiza o


conselho privado do imperador e promulga o chamado «édito perpétuo»,
compilação judicial que rege o império até ao tempo de Justiniano. Suaviza a
condição dos escravos e modera as perseguições contra os cristãos. Graças à
sua disciplina e à sua prudente concepção da administração pública, dá ao
mundo romano vinte e um anos de paz e prosperidade. Na sua época há
apenas uma guerra: a campanha contra os judeus sublevados (132-133), que
são reprimidos com grande dureza.

Muitos dizem, no entanto, que tal adoção teria sido uma farsa
engendrada pela viúva de Trajano, a imperatriz Plotina. Seja como for, a
ascensão de Adriano ao trono imperial foi imediatamente seguida pela
execução sumária de quatro importantes ex-cônsules - entre eles o príncipe
mouro e comandante de um contingente de cavalaria moura no exército
romano Lúsio Quieto - expoentes da política de conquistas militares de
Trajano. Estas execuções, ordenadas pelo imperador sem o acordo prévio
do Senado, fizeram muito para alienar a velha assembléia do imperador e
deram o tom da política imperial subseqüente, que foi dirigida no sentido de
ampliar a base de apoio do Principado para além de Roma, mediante o
contato direto do imperador com as elites provinciais, em oposição à velha
política de manutenção de Roma como cidade imperial hegemônica.
Segundo Dião Cássio, Adriano teria também ordenado a demolição
da ponte construída por Trajano sobre o Danúbio, de forma a evitar uma
invasão das províncias danubianas tradicionais a partir da Dácia. Com o
intuito de proteger as demais fronteiras romanas contra os bárbaros,
construiu grande número de fortificações contínuas na Germânia e na
Inglaterra (por exemplo, mandou construir, em 112, a chamada Muralha de
Adriano , que marcou durante séculos a fronteira entre a Inglaterra e a
Escócia). Adriano implementou uma profunda reforma na administração,
transformando o Conselho do príncipe um órgão de governo, e procurou
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unificar a legislação (Édito Perpétuo, 131). Durante o seu reinado, foi um


viajante incansável, visitando as várias províncias do império: parece ter
passado 12 anos do seu reinado fora de Roma.

Letrado, Adriano era um grande admirador da cultura grega, sendo


um dos responsáveis pela propagação do helenismo no mundo antigo.
Realizou grandes viagens pelo império, realizando obras e melhorando a
infra-estrutura e a economia das províncias. Como gesto simbólico, ordenou
uma série de emissões monetárias honrando as províncias, que eram
representadas nestas moedas por alegorias que lhes davam uma
personalidade moral distinta.

Foi o arquiteto responsável pela construção do Panteão de Roma


reconstruindo um antigo prédio muito menor erguido por Marco Vipsânio
Agripa, porém mantendo a velha fachada com o nome do antigo construtor.
Construiu perto de Roma a grande villa que leva seu nome (Villa Adriana).
Foi um imperador ambulante, viajava sempre e por onde passava ia
levantando cidades,construindo estradas, erigindo monumentos. Estes
monumentos tinham um significado político: sua construção geralmente
significava uma aliança em pé de igualdade abstrata entre Roma e a cidade
onde eram erguidos. Assim, Adriano mandou completar em Atenas a
construção de um gigantesco templo a Zeus, o Olympeion, cuja construção
já se arrastava desde a época do tirano Pisístrato, do século VI a.C.. Nas
vizinhanças desta construção, organizou um bairro dentro do estilo romano
de urbanismo, de maneira a poder igualar-se a um rei mítico de Atenas,
Teseu. Esta Atenas "romana" era separada da antiga cidade por um pórtico
na entrada do qual estava inscrito: "Esta é a cidade de Adriano, e não a de
Teseu".

Ao mesmo tempo, Adriano fez de Atenas a sede de uma fórum


regional de discussão de assuntos comuns das cidades helênicas, o
Panhellenion (131-132). Esta reelaboração da legitimidade política do
império em torno, não mais da cidade de Roma e do seu Senado, mas de
uma cultura helênica comum, que prenunciava já de certa forma o Império
Bizantino, permitiu ao historiador francês Paul Veyne chamar Adriano de
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"um Nero bem sucedido". Precisamente por isto é que tal política
encontraria sua maior contestação entre o povo que havia oposto,
historicamente, maior resistência a esta matriz cultural grega: na Judéia, os
judeus reuniam-se preparando uma nova (e última) revolta contra o
elemento greco-romano. Essa revolta estalou porquanto Adriano mandara
recontruir Jerusalém, destruída por Tito em 70 d.C., como uma cidade
grega, e os judeus de então sentiam que a sua cidade sagrada estava
sendo profanada por estrangeiros. De fato, em toda parte surgiam estátuas,
banhos públicos, centros ruidosos de vida profana. Durante o final do
reinado de Adriano, um movimento armado anti-romano estourou no interior
da Judéia, comandado pelo rebelde messiânico que viria a ser conhecido
pelo nome de Bar Kochba (o Filho da Estrela).
Assim que Adriano soube do levante dos judeus, determinou que as
legiões localizadas nas províncias vizinhas atacassem os judeus e os
destruissem. Não se sabe com certeza se Adriano participou ativamente da
guerra judaica, e em que medida. O certo é que esta guerra foi longa e
terrível, durou mais de dois anos e as tropas romanas após muitos revezes,
muitas vezes cruentos, foram encurralando os judeus em seus subterrâneos
das montanhas onde foram sendo dizimados. O exército romano sofreu um
tal desgaste que Adriano teria, segundo Dião Cássio, eliminado dos seus
despachos militares ao Senado a fórmula usual de abertura: "o Exército e o
Imperador vão bem". Os sobreviventes foram vendidos como escravos.
Roma decretou a exclusão dos judeus de Jerusalém, que foi reconstruída
como cidade grega e passou a chamar-se Aelia Adriana. No lugar do antigo
templo judaico ergueu-se a estátua de Zeus e junto ao Gólgota (onde foi
crucificado Jesus) ergueu-se um templo à deusa grega Afrodite. A antiga
província da Judéia passou a chamar-se Palestina - forma de tentar apagar
a memória da presença judaica na região pela recordação dos filisteus,
também antigos habitantes da região nos tempos bíblicos.
Por isso no Talmud, essa revolta ficou sendo chamada "a guerra do
extermínio". De fato, por mais que a diáspora judaica tivesse-se iniciado
séculos antes de Adriano,e que as narrativas sobre a guerra judaica
tenham-se cedo revestido de características legendárias, é certo que a
guerra eliminou definitivamente qualquer possibilidade de renascimento de
um judaísmo centrado no Templo de Jerusalém e na sua casta sacerdotal,
dando origem, assim, ao judaísmo como uma expressão puramente
religiosa e cultural, e não mais política, situação esta que se perpetuaria até
o surgimento do sionismo no século XIX.
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Adriano morreu em 138, em Roma. Seu corpo foi depositado num


mausoléu, que veio a ser o castelo de Santo Ângelo, em Roma. A sucessão
de Adriano foi complicada: a princípio ele havia pensado em adotar como
filho e sucessor um dos seus muitos antigos favoritos (tal como o
adolescente grego Antinoo) Lucius Ceionius Commodus - e efetivamente o
fez, mas tendo Ceionius falecido prematuramente, Adriano acabou por
adotar o senador T. Aurelius Fulvius Boionius Antoninus - que viria a ser
conhecido como o imperador Antonino Pio - sob a condição, no entanto, de
que este adotasse como seu filho e sucessor o parente distante de Adriano,
o jovem Marcus Annius Verus, o futuro imperador Marco Aurélio, assim
como o filho do falecido Lucius Ceionius, Lúcio Vero, que viria a ser co-
imperador junto com Marco Aurélio. Entrementes, Adriano acabou por
ordenar o suicídio de outro dos seus parentes, o nonagenário senador
Serviano Urso, que ele desconfiava buscar a sucessão imperial para seu
neto (que também foi obrigado a suicidar-se). Tal decisão fez muito para
confirmar a alienação mútua entre Adriano e o Senado romano, que levaria,
após sua morte, a uma tentativa fracassada do Senado de invalidar seus
atos, o que foi impedido por Antonino Pio.
Como prova das políticas autoritárias de Adriano, deve ser assinalado
que credita-se a ele a criação de um corpo de polícia política no Império
Romano, os frumentari, cujos agentes foram destacados do corpo de
funcionários imperiais dedicados à supervisão do abastecimento de trigo da
cidade de Roma, daí seu nome em latim. O imperador Adriano sempre
preocupado com a estabilidade do império romano e principalmete dos de
Roma e seus entornos.
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CONCLUSAO

O imperador Adriano por entender que o Império esgotara sua


capacidade de expansão, Adriano abandonou as conquistas de Trajano,
adotando uma política nitidamente defensiva, optando pela via diplomática
para resolver questões relativas ao relacionamento com povos vizinhos. Na
prática, isso significou renunciar às conquistas recentes - e, a esta altura,
pouco mais do que teóricas - de Trajano na Mesopotâmia. Adriano também
retificou os limites de uma outra conquista de Trajano, esta já antiga, a
Dácia (atual Romênia) cedendo aos Sármatas a planície do Baixo Danúbio
e concentrando a ocupação romana na região da Transilvânia, protegida
pela barreira natural dos Cárpatos. Trabalhou mais para a undiade do
império romano, e as consolidações das leis. Letrado, Adriano era um
grande admirador da cultura grega, sendo um dos responsáveis pela
propagação do helenismo no mundo antigo. Realizou grandes viagens pelo
império, realizando obras e melhorando a infra-estrutura e a economia das
províncias.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cf. CESAREIA.E, História eclesiástica. São Paulo: Vozes, 2000. C. IV,9

Cf. BIHLMEYER. TUECHELE. H História da igreja. Tradução de: Pe. Ebion

de Lima. São Paulo: Paulinas, 1963. p. 87-90, 179-183

Cf. ROPS. D A igreja dos apóstolos e mártires. Tradução de: Eduardo

Pinheiro. Impresso Porto, livraria tavares martins, 1957, 724.

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