Você está na página 1de 5

OS LUSÍADAS

Análise da terceira estrofe

@ivina.farias
Os Lusíadas
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre lusitano,
A quem Netuno e Marte obedeceram!
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta!

1
@ivina.farias
O que significa essa estrofe?
Aqui, Camões engrandece os versos que serão
escritos, e em que estarão narradas as grandes
obras dos portugueses. Para isso, o poeta ordena
que os feitos dos romanos e dos gregos parem de
ser cantados, porque o dos portugueses são
maiores. Aqui, os gregos estão representados por
Alexandre, o Grande, e os romanos, por Marco
Úlpio Trajano.
Alexandre Magno nasceu em 356 a.C. e
morreu em 323 a.C. Tornou-se rei da Macedônia,
na Grécia, aos 20 anos, após a morte de seu pai,
Filipe II. Durante o reinado desse jovem rei, foram
iniciadas campanhas militares expansionistas, e foi
nesse período que a Grécia anexou territórios da
Ásia. Outro fato conhecido da vida de Alexandre,
o Grande, é que Aristóteles foi seu tutor. O rei
Filipe II queria que seu filho recebesse a melhor
educação possível, e por isso escolheu o filósofo
socrático.

2
@ivina.farias
Já o imperador romano Trajano nasceu em 53
e morreu no ano 117, e se tornou conhecido pelas
conquistas territoriais e pelas melhorias na
infraestrutura de Roma. Durante seu reinado, ao
território romano foram anexadas as regiões
dominadas pelos décios (que viviam no que hoje é
a Romênia) e pelos partos (habitavam a região
que corresponde, hoje, à Armênia, Síria e Iraque).
Com isso, Camões evidencia a força do povo
português, que é maior do que a desses homens e
também mais poderosa, pois são os barões
assinalados, isto é, marcados pelo sinal divino, os
grandes vencedores, tanto nas guerras armadas,
quanto nas lutas marítimas.
Aqui, os mares estão representados por
Netuno (na mitologia grega, é Posêidon) e a
guerra, por Marte (Ares). A nomenclatura de
ambos é romana. Camões também faz referência
à Calíope, ao falar da Musa antiga. Ela é a musa
da eloqüência e da poesia heróica.

3
@ivina.farias
Este material é totalmente gratuito e
distribuído através do meu perfil:
@ivina.farias.
Se você gostou, compartilhe nos stories
e me marque, ou, se desejar, me mande
um direct contando sua experiência.

Você também pode gostar