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POEMAS

12

PARA MEMORIZAR

Crianças e Virtudes
@vazinhagalvao
Toda criança tem um
potencial de
memorização incrível.

Precisamos treiná-la.

E quando é divertido é
muito melhor, né?
SÃO 12 POEMAS PARA
TRABALHAR 1 POR MÊS.

DURANTE O ANO, 12 POEMAS


PODERÃO SER MEMORIZADOS.

MAS, É APENAS UMA


SUGESTÃO.
FAÇA CONFORME ACREDITAR
SER MELHOR PARA A CRIANÇA.
12 Poemas
Janeiro
As meninas
(Cecília Meireles)

Fevereiro
O leão e o camundongo
(Olavo Bilac)

Março
Segredo
(Henriqueta Lisboa)

Abril
Menina Passarinho
(Ferreira Gullar)

Maio
Mãe
(Sergio Capparelli)

Junho
O guloso
(Francisca Júlia e Júlio da Silva)

Julho
O sabão
(Monteiro Lobato)

Agosto
Por enquanto sou pequeno
(Pedro Bandeira)

Setembro
A Porta
(Vinícius de Moraes)

Outubro
Amarelinha
(Maria da Graça Rios)

Novembro
A Boneca
(Olavo Bilac)

Dezembro
Canto de Natal
(Manuel Bandeira)

As Meninas
(Cecília Meireles)
Arabela
abria a janela.

Carolina
erguia a cortina.

E Maria
olhava e sorria:
“Bom dia!”

Arabela
foi sempre a mais bela.

Carolina,
a mais sábia menina.

E Maria
apenas sorria:
“Bom dia!”

Pensaremos em cada menina


que vivia naquela janela;

uma que se chamava Arabela,


uma que se chamou Carolina.

Mas a profunda saudade


é Maria, Maria, Maria,

que dizia com voz de amizade:


“Bom dia!”
O Leão e o Camundongo
(Fábula de Esopo por
Olavo Bilac)
Um camundongo humilde e pobre
Foi um dia cair nas garras de um leão.
E esse animal possante e nobre
Não o matou por compaixão.

Ora, tempos depois, passeando


descuidoso,
Numa armadilha o leão caiu:
Urrou de raiva e dor, estorceu-se
furioso…
Com todo o seu vigor as cordas não
partiu.

Então, o mesmo fraco e pequenino rato


Chegou: viu a aflição do robusto animal,
E, não querendo ser ingrato,
Tanto as cordas roeu, que as partiu
afinal…

Vede bem: um favor, feito aos que estão


sofrendo,
Pode sempre trazer em paga outro favor.
E o mais forte de nós, do orgulho
esquecendo,
Deve os fracos tratar com caridade e
amor.
Segredo
(Henriqueta Lisboa)
Andorinha no fio
Escutou um segredo
Foi à torre da Igreja.
Cochichou com o sino.

E o sino bem alto


delém-dem
delém-dem
delém-dem
delém-dem!

Toda a cidade
Ficou sabendo.
Menina Passarinho
(Ferreira Gullar)

Menina passarinho,
que tão de mansinho
me pousas na mão
Donde é que vens?
De alguma floresta?
De alguma canção?

Ah, tu és a festa
de que precisava
este coração!

Sei que já me deixas


e é quase certo
que não voltas, não.

Mas fica a alegria


de que houve um dia
em que um passarinho
me pousou na mão.

Mãe
(Sergio Capparelli)

De patins, de bicicleta
de carro, moto, avião
nas asas da borboleta
e nos olhos do gavião
de barco, de velocípedes
a cavalo num trovão
nas cores do arco-íris
no rugido de um leão
na graça de um golfinho
e no germinar do grão
teu nome eu trago, mãe,
na palma da minha mão

O Guloso
(Francisca Júlia e
Júlio da Silva)
(A gulodice é imprudente)
O gato, com a vista acesa,
Olhava em cima da mesa
Um copo de leite quente

Namorou-o com meiguice;


E, como o leite é gostoso,
Teve o apetite guloso...
(É imprudente a gulodice.)

Chegou-se bem mansinho,


(A gulodice é imprudente.)
E o leite, que estava quente,
Queimou-lhe todo o focinho!
O Sabão
(Monteiro Lobato)
Azeite e água brigaram
Certa vez numa vasilha,
Vai tapona, vem tabefe,
Luta velha ali fervilha.

Eis então, a apaziguá-los,


A potassa se apressou,
Todos três se combinaram
E o sabão daí datou.
Por enquanto sou
pequeno
(Pedro Bandeira)
Por enquanto sou pequeno,
mas vou aprender a ler:
já sei ler palavra inteira,
leio pra cima, e pra baixo,
e plantando bananeira!

Por enquanto sou pequeno,


uma coisa vou dizer,
com certeza e alegria:
sei que nunca vou esquecer
da beleza da poesia!
A porta
(Vinícius de Moraes)

Eu sou feita de madeira


Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente


Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.

Eu sou muito inteligente!


Eu fecho a frente da casa


Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!
Amarelinha
(Maria da Graça Rios)

Maré mar
é maré
mare linha
sete casas a pincel.

Pulo paro
e lá vou
num pulinho
segurar mais um ponto
no céu.
A Boneca
(Olavo Bilac)
Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.

Dizia a primeira: "É minha!"


— "É minha!" a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.

Quem mais sofria (coitada!)


Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.

Tanto puxaram por ela,


Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.

E, ao fim de tanta fadiga,


Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca...
Canto de Natal
(Manuel Bandeira)
O nosso menino
Nasceu em Belém.

Nasceu tão-somente
Para querer bem.

Nasceu sobre as palhas


O nosso menino.

Mas a mãe sabia


Que ele era divino.

Vem para sofrer


A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.

Por nós ele aceita


O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.
Espero que
seja útil para
você e sua
família esse
material.
Deus
abençõe!
DICA!
Grave seu filho declamando o
poema memorizado e guarde
para rever com a família
toda.
Com certeza será um dia feliz!

Crianças e Virtudes
@vazinhagalvao

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