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• “As armas e barões assinalados”, ou seja, os guerreiros e homens ilustres que saíram
de Portugal, atravessaram mares desconhecidos, enfrentaram perigos e guerras e
edificaram o império português no Oriente;
• “Daqueles Reis que foram dilatando”, ou seja, os reis (D. João I a D. Manuel) que
contribuíram para que a fé cristã se espalhasse por terras não cristãs da África e da
Ásia, que foram sendo descobertas, alargando assim o Império Português;
• “E aqueles que por obras valerosas”, ou seja, todos os que são dignos de serem
recordados pelos feitos heroicos cometidos em favor da pátria e que, por isso, nem
mesmo a morte os pode votar ao esquecimento, “Se vão da lei da Morte libertando”
pois foram imortalizados.
•
Para levar a cabo uma tarefa tão grandiosa quanto a apresentada, Camões afirma
necessitar de talento (“engenho”) e de eloquência (“arte”).
Em seguida, e num tom imperativo, (est.3) o poeta afirma que não se deverá mais cantar
os feitos de Ulisses e de Eneias, nem vitórias de Alexandre Magno e do Imperador Trajano.
Agora, surge um valor que supera os da Antiguidade – o povo português (“peito ilustre
lusitano”) – a quem Neptuno e Marte, deuses do mar e da guerra, respetivamente
obedeceram.