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Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR.

Curso de Licenciatura em Letras/Português.


Disciplina: Origens das Literaturas Portuguesa e Brasileira.
Docente: Marcelo Franz.
Discente: Vanessa Rocha (Matrícula: 01866249).

Exercício de entendimento da disciplina de Origens das Literaturas


Portuguesa e Brasileira.

Escolha duas das três questões abaixo e redija, para cada uma
delas, textos que tenham entre 3 (três) e 5 (cinco) parágrafos.
Use informações trabalhadas nas aulas e os textos de apoio
disponibilizados.

1. Observe a sequência abaixo, da abertura de “Os Lusíadas”, de


Camões:

Canto I

1
As armas e os barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

2
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas

1
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

3
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

a) Destaque um verso da sequência citada que especifique a visão


antropocêntrica da época de Camões.
b) De que forma Camões justifica o imperialismo português no Oriente?
c) Relacione os dois últimos versos do texto citado ao nacionalismo do
período das grandes navegações.

2. Com base no que lemos e no que temos discutido nas aulas, comente
criticamente o seguinte ponto:
a) Há alguma importância literária nos relatos de viagem dos primeiros
desbravadores do Brasil no período colonial?
b) As representações do Brasil e dos brasileiros presentes nestes textos
têm alguma relevância para explicar a nossa compreensão do Brasil ao
longo de sua história (incluindo a compreensão expressa pela literatura
brasileira)?

3. Salvatore D’Onofrio, citando Aguiar e Silva, destaca a importância da


temática religiosa na poesia barroca nesses termos:
"O homem, sabendo-se simultaneamente grande e miserável, anjo e besta, eterno
e transiente, sente o terror pascaliano de se saber suspenso entre dois abismos, o
infinito e o nada; as antíteses violentas, a tensão da alma, o sentimento de
instabilidade do real, a luta do profano e do sagrado, do espírito e da carne, do

2
mundano e do divino são feições diversas dessa crise multiforme, religiosa,
estética, filosófica, que se verifica na Europa desde meados do século XVI".

a) Com base nessa definição, e atendo-se ao que é proposto pela citação,


analise o poema que se inicia com o célebre verso: “Pequei, Senhor,
mas não porque hei pecado”. Atenha-se à construção do pensamento do
“eu” lírico diante da divindade.

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