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Trabalho da Unidade Curricular

Comunicação Oral e Escrita

Trabalho elaborado por: Sílvia Maranhão


nº 12564
turma c
Objetivos
- Levar a plateia a contatar com o expoente
máximo da literatura renascentista portuguesa,
motivando ao conhecimento e leitura integral
da obra
- Sensibilizar a plateia para a beleza estética da
obra
- Transmitir a bravura e espirito aventureiro com
que o povo português outrora foi caracterizado
Características do povo
português
gente ousada não prudente
gentes tão pouco m
edrosa
audazes e animosos gent
e ilu
stre
ar s em pre
ça er a an d
c u j a u s an
Gentes nq u ista ndo
terras co valentes gentes

venc Aventureiros
gente guerreira edor
es

Esforço, e arte, e valentia


da s
sí a
s Lu
O
gente ousada não prudente
(V: 41) (I:46)
gentes tão pouco m
edrosa
auda (I: 68)
zes e
anim gent
(VI:37 osos e ilu
)
(IV:1 stre
rras 5)
m pre te
e ra a nd ar se
c uja us a nça 8)
Gentes n do ( III: 6
conquista
valentes gentes
venc (III:86)
gente guerreira edor
(III:5 es
(I:86) 9)

Esforço, e arte, e valentia Aventureiros


( III:68) (V:83)
Biografia de Camões
De Luís Vaz de Camões poucos são os aspetos que com exatidão
se conhecem relativos à sua vida.

• Data de nascimento – 1524 ou 1525; ?


• Local de Nascimento – Lisboa ou Coimbra; ?
• Provável formação académica em Coimbra; ?
• Na qualidade de soldado perdeu o seu olho direito, em Ceuta
na luta contra os Mouros; ?
• 1552 - Esteve preso durante nove meses devido a um
desentendimento com Gonçalo Borges, membro da casa real.
• 1553 embarcou para Goa – “mancebo” e “pobre”;
• 1567 Camões regresso a Portugal;
• Entre 1553 e 1567 redigiu os Lusíadas;
• 1572 o poema foi publicado;
• 10 de Junho de 1580 faleceu vítima de uma epidemia;
• Reconhecimento e fama só surgiram depois da morte.
Análise da obra
Os Lusíadas
Estrutura Externa

- Organizada em 10 cantos;

- Composta por 1102 estâncias (nº variável por canto, 87


canto VII 156 canto X);
- Cada estância é uma oitava

- Formada por 8816 versos na maioria decassilábicos


heroicos;
- Esquema rimático emparelhado e cruzado.
Análise Rimática
As armas e os Barões assinalados A

Que, da Ocidental praia Lusitana, B

A
Rima
Por mares nunca de antes navegados B Cruzada

Passaram ainda além da Taprobana, A

Em perigos e guerras esforçados, B


Mais do que prometia a força humana,
C Rima
E entre gente remota edificaram Emparelhada
C
Novo Reino, que tanto sublimaram;
Análise Silábica
As armas e os Barões assinalados

As – ar – mas - e os – Ba – rões – a – ssi – na – la – dos

verso decassilábico heroico


Estrutura Interna
Dividido em 4 partes

Onde o poeta apresenta o assunto


• Proposição
Onde o poeta pede inspiração a entidades
superiores para escrever o poema
• Invocação - Ninfas do Tejo e Calíope -

Onde o poeta faz a dedicatória do poema


• Dedicatória - D. Sebastião -

Onde o poeta desenvolve o assunto


• Narração
Plano da
Viagem

Plano do Planos da Plano da


História de
Poeta ação Portugal

Plano da
Mitologia
CANTO CANTO CANTO CANTO CANTO CANTO CANTO CANTO CANTO CANTO
I II III IV V VI VII VIII IX X

Plano da Viagem
Plano da História de Portugal
Plano da Mitologia
Plano do Poeta
Excerto Selecionado

• Designação
- “Proposição”

•Localização
- canto primeiro
- estâncias primeira, segunda e terceira
Leitura
da
“Proposição”
RUY, José, Os Lusíadas (1987),
Lisboa, Editorial Notícias.
Análise Interpretativa
I
As armas e os Barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosa


II

Daqueles Reis que foram dilatando


A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Cessem do sábio Grego e do Troiano


III

As navegações grandes que fizeram;


Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Análise dos Planos
I
As armas e os Barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Plano da Viagem
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
Plano da História
E também as memórias gloriosas
II

Daqueles Reis que foram dilatando


A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando: Plano do Poeta
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Cessem do sábio Grego e do Troiano


III

As navegações grandes que fizeram;


Cale-se de Alexandro e de Trajano
Plano da Mitologia
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Análise Estilística
I
As armas e os Barões assinalados Metonímia
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados Sinédoque/ Perífrase
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas


II

Daqueles Reis que foram dilatando


A Fé, o Império, e as terras viciosas Enumeração
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Perífrase
Se vão da lei da Morte libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Antonomásia
Cessem do sábio Grego e do Troiano
III

Elipse
Anáfora

As navegações grandes que fizeram;


Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram; Hipérbole
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram. Metonímia
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
• Um dos raros exemplares da
primeira edição de Os Lusíadas é
propriedade do Ateneu Comercial
do Porto, que atualmente o
disponibilizou em fac-simile.

• Está avaliado em cerca de um


milhão de euros.
(fonte: página web do Jornal Público)

• Os manuscritos nunca foram


encontrados.
Fim

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