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Filemon e Báucis

Numa terra chamada Grécia, viviam os gregos, vestidos com túnicas e


mantos e sandálias nos pés.

Acreditavam em vários deuses, tendo estátuas e templos, diziam que os


Deuses vivam num monte, Olimpo e que por vezes vinham disfarçados ver
quem se portava bem ou mal.

Um dia Jupiter e Mercurio, vestidos de pobres visitaram um cidade, Frigida,


onde todos eram maus, até os cães, continuaram a andar até encontrarem uma
casa pobre, com um velho e uma velha sentados à porta, Filemin e Baucis.

Apesar de pobres, os receberam bem e ofereceram a comida e o leite que


tinham, quando este acabou, Báucis ficou muito preocupada, mas Mercurio fez
um milagre e haviam mais leite no jarro, nunca terminando.
Assim os velhos souberam que tinham Deuses em casa, que para
recompensar a sua bondade, ofereceram:

 Que o jarro tivesse sempre leite


 Que houvesse sempre pão
 Que haja sempre mel puro
 E muita alegria naquela casa.

Quando perguntaram qual o seu maior desejo, ambos responderam, morrer


no mesmo dia, para que nenhum ficasse sozinho, os Deuses concordaram.

Filemon e Baucis viveram muitos e bons anos e um dia transformaram-se


ambos em árvores, lado a lado, durante muitos anos oferecendo descanso e
sombra a todos os que precisavam.
A História dos Argonautas

1 – De como um carneiro de velo de oiro salvou Fricso

Na Grécia antiga viviam um Rei e uma Rainha, com 2 filhos, Fricso e Hele,
um dia a rainha morreu e o rei casou com uma mulher muito má, que queria
matar Fricso.

O Deus Hermes, que gostava muito do menino, enviou um carneiro de velo


de oiro (pêlo de ouro) e que conseguia voar, salvá-los.

Ambos subiram no carneiro e voaram em direcção ao reino da Cólquida,


pelo caminho, Hele caiu ao mar e Fricso chorou muito, ao chegar a Cólquida o
carneiro morreu.

Fricso, cortou o velo de oiro e pendurou num carvalho, onde ficou guardado
por um dragão.

2 – De como o Rei Pélias mandou Jasão à conquista do velo de oiro

Na Grécia vivia um Rei chamado Pélias, que tinha um sobrinho Jasão, que
vivia no campo com o pai.

Um dia disseram-lhe que um homem descalço ia lhe tirar o reino...


Ao convidar Jasão para um jantar, este pelo caminho perdeu 1 sandália num
riacho e chegou descalço.

Pélias com medo, mandou-o embora e proibiu que voltasse a menos que
trouxesse o velo de oiro.

3 – De como Jasão e os Argonautas partiram para Colquida

Como teria que lutar com homens maus e animais ferozes, Jasão reuniu
um grupo de homens, mandou construir um barco, e com a ajuda da Deusa
Palas, tinha um mastro que lhe dizia o que fazer.
O navio chamava-se Argo, e a todos eles deram o nome de Argonautas
(Marinheiros do Argos).

Entre eles estava Hérculos, os irmãos Zetes e Calais, que voavam e o


guerreiro Pólux.

4 – De como os Argonautas livraram Fineu das harpias

Num dos primeiros portos onde pararam, viva o Rei Fineu, que fora
castigado pelo Deus Zeus, ficou cego e sempre que ia comer, surgiam umas
aves com pele de metal e muito sujas, que comiam e estragavam tudo.

Fineu quase a morrer de fome, pediu ajuda aos marinheiros, na hora da


comida, quando apareceram as harpias, foram preseguidas pelos céus, pelos
irmãos Zetes e Calais, até se cansarem e cairem no mar, afogando-se.

Assim Fineu passou a comer em paz.

5 – As rochas simplégadas

Como recompensa Fineu contou aos Argonautas acerca de duas grandes


rochas colocadas no mar por Zeus, para impedir que alguém chegasse a
Cólquia.

Elas se apróximavam sempre que algo tentasse passar, esmagando


animais ou barcos, mas depois afastavam-se bastante.

6 – De como o navio Argo passou pelas rochas simplégadas

Seguindo o conselho de Fineu, aproximaram-se ao máximo das rochas,


com uma pombinha na mão, quando ela voo entre as rochas, elas fecharam-se
arrancando apenas algumas penas da pombinha, que logo cresceram.

Quando as rochas começaram a se afastar, Jasão e os argonautas


remaram muito depressa e conseguiram passar pelas rochas.
7 – De como os Argonautas chegaram a Cólquia e o que lhes fez o Rei
Eetes

Ao chegar a Cólquia, Jasão e alguns argonautas foram até ao Rei Eetes e


pediu para lhe dar o velo de oiro.

Eetes, que tinha uma filha Medeia, não podia recusar entregar o velo, pois
Zeus lhe disse que entregasse a quem viesse da grécia, mas como não queria
entregar preparou um armadilha a Jasão.

Disse que podia levar o velo, depois que lavrar a terra com os toiros de
bronze e usando os dentes de dragão:

 Toiros de oiro: lançavam fogo pelo nariz e boca, muito fortes e bravos
 Dentes de dragão: ao tocarem no solo nasciam guerreiros de ferro que
matavam quem os semeasse

Eestes achava que ou os toiros ou os guerreiros matariam Jasão.

8 – De como Medeia ajudou Jasão

Medeia quando viu Jasão, gostou dele e não queria que se morresse, então
fez um unguento (pomada) mágico, com ervas.

Para aplicar em todo o seu corpo e equipamento, ele ficou mais forte e
protegido do fogo e ferro, suas armas cortavam ferro como manteiga.

9 – De como Jasão domou os toiros de bronze

No dia combinado, toda a corte e povo se reuniram para ver Jasão lavrar a
terra, Eetes contente porque achava que Jasão ia morrer, o povo triste porque
sabia que Jasão era um bom homem.

Ele coberto pelo unguento mágico de Medeia, entrou onde estavam os


toiros, trouxe-os para rua agarrados pelos chifres, furiosos, deitavam fogo pelas
ventas, com força, Jasão os obrigou a ajoelhar-se.
10 – De como Jasão lavrou o campo do rei Eetes e semeou os dentes de
dragão

Pólux ajudou Jasão a prender o arado aos toiros, com uma corrente de
ferro amarrada ao braço de Jasão, que apesar dos toiros querem ir rápido, os
fez irem devagar e deixar o campo bem areado.

Depois como os toiros estavam cansado, foi facil prende-los de novo,


Jasão depois foi até o Rei Eetes e pediu os dentes de dragão para semear.

Depois de tudo semeado e pronto, ele deitou-se a descansar.

11 – De como Jasão se aveio com os guerreiros saidos dos dentes de


dragão

Quando Jasão acordou, por todo o campo haviam guerreiro de ferro a sair
da terra, com espadas e lanças, seguindo o conselho de Medeia, atirou para o
campo uma bela pedra de mármore.

Os guerreiros que já tinham saido da terra lutaram entre si para ficarem


com a pedra, enquanto Jasão ia pelo campo cortando as cabeças daqueles
que estavam presos na terra.

Eetes estava furioso, mas o povo, Medeia e os argonautas estavam felizes


com a vitoria de Jasão.

12 – De como Jasão ficou com o velo de oiro e casou com Medeia

No dia seguinte, Jasão foi ao palácio buscar velo de oiro, mas Eetes
mandou vir mais tarde, era um truque para matá-lo e Medeia contou a Jasão.

Como o velo de oiro era protegido por um dragão imortal e que só


obedecia a Eetes, mas que era guloso, Medeia fez muitos bolos de mel cheio
sumo de ervas para dormir.
Quando lá chegou, Jasão atirou os bolos ao dragão, que comeu e
adormeceu, tirou o velo de oiro da árvore e voltou com Medeia para o navio.

Os argonautas ficaram muito felizes, e Jasão casou com Medeia, partindo


depois para a Grécia.

13 – De como os argonautas voltaram para a grécia e o que aconteceu ao


seu barco

Eetes achava que os Argonautas iam voltar à grécia pelo mesmo


caminho, então mandou vários navios os espera para recuperar o velo de oiro.

Mas os Argonautas foram por terra, transportando o barco numa espécie


de carro até ao oceano, indo para a grécia.

 O tio de Jasão tinha morrido e o seu pai era Rei, viveu por muitos anos
 Eetes perdeu: o velo de oiro, os dentes de dragão e a filha Medeia
 A Pombina e o navio Argo foram transformados em constelações
(conjunto de estrelas), pela deusa Pala.
O Cão de Ulisses

Tal o navio de Jasão, Argo era também o nome do cão de Ulisses, ele
junto com outros gregos partiram para conquistar a cidade de troica, deixando
para trás a sua mulher Penélope, filho Telémaco e cão Argo.

Após vinte anos perdido por mares e terras, conseguiu voltar à sua cidade
Itaca, chegou disfarçado de mendigo e encontrou o guardador de porcos
Eumeu, que o levou a onde viva Penélope.

Quando lá chegou viu Argos, o cão estava velhinho que quase nem se
mexia, mas que o reconheceu, levantou a cabeça e abanou a cauda, para não
ser descoberto, passou sempre, limpando as lágrimas.

Argos morreu pouco tempo depois, logo após ver o seu dono mais uma
vez.

Esta história foi escrita pelo poeta Homero, do livro Odisseia.

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