Você está na página 1de 10

ESPCEX_ LITERATURA_ CLASSICISMO e QUINHENTISMO_ RENATA BONORA

1. Leia o soneto a seguir e marque a alternativa correta quanto à proposição apresentada.

Se amor não é qual é este sentimento?


Mas se é amor, por Deus, que cousa é a tal?
Se boa por que tem ação mortal?
Se má por que é tão doce o seu tormento?

Se eu ardo por querer por que o lamento


Se sem querer o lamentar que val?
Ó viva morte, ó deleitoso mal,
Tanto podes sem meu consentimento.

E se eu consinto sem razão pranteio.


A tão contrário vento em frágil barca,
Eu vou por alto-mar e sem governo.

É tão grave de error, de ciência é parca


Que eu mesmo não sei bem o que eu anseio
E tremo em pleno estio e ardo no inverno.

O artista do Classicismo, para revelar o que está no universo, adota uma visão
a) subjetiva.
b) idealista.
c) racionalista.
d) platônica.
e) negativa.

2. Leia poesia a seguir.

Não indagues, Leucónoe

Não indagues, Leucónoe, ímpio é saber,


a duração da vida
que os deuses decidiram conceder-nos,
nem consultes os astros babilônios:
melhor é suportar
tudo o que acontecer.
[…]
Enquanto conversamos,
foge o tempo invejoso.
Desfruta o dia de hoje, acreditando
o mínimo possível no amanhã.

A segunda estrofe da poesia horaciana faz referência ao(s)


a) teocentrismo.
b) amor cortês.
c) feitos heroicos.
d) carpe diem.
e) amor platônico.

3. Em relação ao momento histórico do Quinhentismo brasileiro, podemos afirmar que


a) a Europa do século XVI vive o auge do Renascimento, com a cultura humanística
recrudescendo os quadros rígidos da cultura medieval.
b) o século XVI marca também uma crise na Igreja: de um lado, as novas forças burguesas e,
de outro, as forças tradicionais da cultura medieval.
c) os dogmas católicos são contestados nos tribunais da Inquisição (livros proibidos) e no
Concílio de Trento, em 1545.
d) o homem europeu estabelece duas tendências literárias no Quinhentismo: a literatura
conformativa e a literatura dominicana.

Página 1 de 10
ESPCEX_ LITERATURA_ CLASSICISMO e QUINHENTISMO_ RENATA BONORA
2

e) a política das grandes navegações coíbe a busca pela conquista espiritual levada a efeito
pela Igreja Católica.

4. As manifestações da literatura do Brasil-Colônia estão ligadas ao Quinhentismo português


e ao Seiscentismo peninsular. Assim, entre os anos de 1500 a 1600, encontram-se importantes
produções, como as de José de Anchieta e a de Bento Teixeira, as quais marcam presença
nas origens da literatura brasileira.

Texto 1

Primeiro Ato

(Cena do martírio de São Lourenço)

Cantam:

Por Jesus, meu salvador,


Que morre por meus pecados,
Nestas brasas morro assado
Com fogo do meu amor.

Bom Jesus, quando te vejo


Na cruz, por mim flagelado,
Eu por ti vivo e queimado
Mil vezes morrer desejo.

Pois teu sangue redentor


Lavou minha culpa humana,
Arda eu pois nesta chama
Com fogo do teu amor.

O fogo do forte amor,


Ah, meu Deus!, com que me amas
Mais me consome que as chamas
E brasas, com seu calor.

Pois teu amor, pelo meu


Tais prodígios consumou,
Que eu, nas brasas onde estou,
Morro de amor pelo teu.

(Auto de São Lourenço, de José de Anchieta)

Texto 2

PROSOPOPEIA

I
Cantem Poetas o Poder Romano,
Sobmetendo Nações ao jugo duro;
O Mantuano pinte o Rei Troiano,
Descendo à confusão do Reino escuro;
Que eu canto um Albuquerque soberano,
Da Fé, da cara Pátria firme muro,
Cujo valor e ser, que o Ceo lhe inspira,
Pode estancar a Lácia e Grega lira.

II
As Délficas irmãs chamar não quero,

Página 2 de 10
ESPCEX_ LITERATURA_ CLASSICISMO e QUINHENTISMO_ RENATA BONORA
3

que tal invocação é vão estudo;


Aquele chamo só, de quem espero
A vida que se espera em fim de tudo.
Ele fará meu Verso tão sincero,
Quanto fora sem ele tosco e rudo,
Que per rezão negar não deve o menos
Quem deu o mais a míseros terrenos.

III
E vós, sublime Jorge, em quem se esmalta
A Estirpe d'Albuquerques excelente,
E cujo eco da fama corre e salta
Do Cauro Glacial à Zona ardente,
Suspendei por agora a mente alta
Dos casos vários da Olindesa gente,
E vereis vosso irmão e vós supremo
No valor abater Querino e Remo.

IV
Vereis um sinil ânimo arriscado
A trances e conflictos temerosos,
E seu raro valor executado
Em corpos Luteranos vigurosos.
Vereis seu Estandarte derribado
Aos Católicos pés victoriosos,
Vereis em fim o garbo e alto brio
Do famoso Albuquerque vosso Tio.

V
Mas em quanto Talia no se atreve,
No Mar do valor vosso, abrir entrada,
Aspirai com favor a Barca leve
De minha Musa inculta e mal limada.
Invocar vossa graça mais se deve
Que toda a dos antigos celebrada,
Porque ela me fará que participe
Doutro licor milhor que o de Aganipe.

(Bento Teixeira)

Sobre tais produções e seus autores, analise as proposições a seguir.

I. Em geral, a produção de José de Anchieta tem como finalidade prestar serviço à Companhia
de Jesus; assim, é intencional o caráter estético-doutrinário e pedagógico de suas obras.
II. O Auto de São Lourenço é dotado de técnica tomada de empréstimo de Gil Vicente e possui
forte influência barroca, como imaginação exaltada, ideia abstrata e valorização dos
sentidos.
III. Prosopopeia é um poemeto épico com a finalidade de louvar o Governador de Pernambuco,
Jorge de Albuquerque Coelho.
IV. Pode-se dizer que o Texto 2 distancia-se tanto na forma como no estilo de Os Lusíadas, de
Camões.
V. Bento Teixeira compromete o valor estético de sua Prosopopeia, quando emprega um tom
bajulatório no poemeto, apresentando pobre motivo histórico e inconsistência nos recursos
nele utilizados.

Estão CORRETAS apenas:


a) I, II e IV.
b) II, III e V.
c) I, III e IV.

Página 3 de 10
ESPCEX_ LITERATURA_ CLASSICISMO e QUINHENTISMO_ RENATA BONORA
4

d) IV e V.
e) I, II, III e V.

5. Considere as afirmações a seguir em relação ao período de formação da literatura


brasileira.

I. Ao longo do século XVI, a literatura brasileira é formada, predominantemente, por textos


informativos sobre a natureza e o homem brasileiro, escritos por viajantes e missionários
europeus.
II. Nos séculos XVII e XVIII, verificam-se influências do Barroco europeu na incipiente literatura
brasileira e, também, nas artes plásticas e na música nacionais, sendo que as produções
relativamente originais dessas últimas artes permitem que se fale de um “Barroco brasileiro”.
III. De meados do século XVIII até a eclosão do Romantismo, na primeira metade do século
XIX, o estilo literário dominante nas letras nacionais é o Arcadismo, caracterizado por uma
oposição sistemática ao avanço do racionalismo iluminista, cuja influência busca neutralizar
através da celebração da natureza e da vida no campo.

Está correto apenas o que se afirma em:


a) I e III.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

6. Leia atentamente os textos verbais e não verbais a seguir.

Texto 1

Meus Oito Anos

Oh! que saudades que eu tenho


Da aurora de minha vida.
De minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Da rua de Santo Antônio
Debaixo dos laranjais

(Casimiro de Abreu)

Texto 2

Meus Oito Anos

Oh que saudades que eu tenho


Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra!
Da rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais

(Oswald de Andrade)

Página 4 de 10
ESPCEX_ LITERATURA_ CLASSICISMO e QUINHENTISMO_ RENATA BONORA
5

Texto 3

Texto 4

CARAMURU

Canto VI

XXXVII

Copiosa multidão da nau francesa


Corre a ver o espetáculo, assombrada;
E, ignorando a ocasião de estranha empresa,
Pasma da turba feminil, que nada.
Uma, que às mais precede em gentileza,
Não vinha menos bela do que irada;
Era Moema, que de inveja geme,
E já vizinha à nau se apega ao leme.

XXXVIII

— “Bárbaro (a bela diz:) tigre e não homem...


Porém o tigre, por cruel que brame,
Acha forças no amor que enfim o domem;
Só a ti não domou, por mais que eu te ame.
Fúrias, raios, coriscos, que o ar consomem,
Como não consumis aquele infame?
Mas apagar tanto amor com tédio e asco...
Ah que corisco és tu... raio... penhasco?
(...)

Página 5 de 10
ESPCEX_ LITERATURA_ CLASSICISMO e QUINHENTISMO_ RENATA BONORA
6

(José de Santa Rita Durão)

Texto 5

Texto 6

Com base nos textos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, analise as afirmativas a seguir e assinale com V as


Verdadeiras e com F as Falsas.

( ) É considerado um intertexto todo aquele texto que cruza com outro texto e estabelece
com este uma inter-relação nova e singular. Dessa forma, pode-se afirmar que os Textos
1 e 2 são considerados um intertexto.
( ) O Texto 3 se trata de um cartaz sobre uma campanha publicitária promovida pelo
Ministério da Educação, em 2003. Nele se observa a predominância de uma função da
linguagem, que é a função emotiva ou expressiva.
( ) O Texto 4 é um trecho do poema lírico do Barroco brasileiro, o qual narra os feitos
heroicos de Diogo Álvares Correia, que ensina aos índios tupinambás as leis e a cultura
dos europeus. Esse poema foi parodiado no filme Caramuru – A Invenção do Brasil,
conforme está indicado no Texto 5.

Página 6 de 10
ESPCEX_ LITERATURA_ CLASSICISMO e QUINHENTISMO_ RENATA BONORA
7

( ) A paródia é a recriação de um texto com a finalidade de ironizar, criticar, provocar humor,


satirizar um outro texto que serviu de referência. Assim, pode-se afirmar que o Texto 6 é
um exemplo de paródia.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:


a) V – V – F – V
b) F – V – V – F
c) F – F – V – F
d) V – F – V – F
e) V – F – F – V

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


O dia em que nasci moura e pereça

O dia em que nasci moura e pereça,


Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.

A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,


Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.

As pessoas pasmadas, de ignorantes,


As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.

Ó gente temerosa, não te espantes,


Que este dia deitou ao Mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!

CAMÕES, Luis Vaz de. 200 sonetos. Porto Alegre: L&PM, 1998.

7. No poema de Camões a visão de mundo expressa pelo eu lírico está baseada na ideia de:
a) alegria de viver.
b) valorização da natureza.
c) sentimento órfico.
d) manifestação divina.
e) desconcerto do mundo.

8. No poema é possível localizar uma crise do humanismo renascentista que se expressa de


forma:
a) realista.
b) fatalista.
c) romântica.
d) otimista.
e) idealista.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


Leia o soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, do poeta português Luís de Camões (1525?-
1580), para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Alma minha gentil, que te partiste


tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.

Página 7 de 10
ESPCEX_ LITERATURA_ CLASSICISMO e QUINHENTISMO_ RENATA BONORA
8

Se lá no assento etéreo, onde subiste,


memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te


alguma coisa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,

roga a Deus, que teus anos encurtou,


que tão cedo de cá me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou.

Sonetos, 2001.

9. No soneto, o eu lírico
a) suplica a Deus que suas memórias afetivas lhe sejam subtraídas.
b) expressa o desejo de que sua amada seja em breve restituída à vida.
c) expressa o desejo de que sua própria vida também seja abreviada.
d) suplica a Deus que sua amada também se liberte dos sofrimentos terrenos.
e) lamenta que sua própria conduta tenha antecipado a morte da amada.

10. De modo indireto, o soneto camoniano acaba também por explorar o tema da
a) falsidade humana.
b) indiferença divina.
c) desumanidade do mundo.
d) efemeridade da vida.
e) falibilidade da memória.

Página 8 de 10
ESPCEX_ LITERATURA_ CLASSICISMO e QUINHENTISMO_ RENATA BONORA
9

Gabarito:

Resposta da questão 1:
[C]

A sucessão de indagações transcritas na primeira e metade da segunda estrofes do poema de


Petrarca permite deduzir que o eu lírico busca, através de um raciocínio discursivo e lógico,
extrair conclusões que lhe permitam entender a razão dos conflitos que o atormentam. Assim,
é correta a alternativa [C], pois o racionalismo é, em parte, a base da Filosofia, que prioriza
a razão no caminho para se alcançar a Verdade.

Resposta da questão 2:
[D]

A segunda estrofe remete à expressão latina “carpe diem” mencionada na alternativa [D].
Trata-se de um tema desenvolvido no poema de Horácio (65 a.C.-8 a.C.), em que o eu lírico
aconselha a sua amiga Leucone (“...carpe diem, quam minimum credula postero" que traduzido
corresponde a “...colha o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã”) a aproveitar o
tempo presente, sem pensar no futuro.

Resposta da questão 3:
[B]

O Quinhentismo corresponde ao período inicial da literatura brasileira: a partir do ano 1500,


início da colonização. Apesar de essa crise na Igreja caracterizar melhor o momento histórico
vivido na Europa, essa oposição entre material (“forças burguesas”) e espiritual (“forças
tradicionais da cultura medieval”) também se dava no Brasil na medida em que a literatura se
dividia em relatos de natureza pragmática (informações a respeito das riquezas da terra
conquistada à coroa portuguesa) e a literatura jesuítica.

Resposta da questão 4:
[E]

O poema de Bento Teixeira é notadamente influenciado por Os Lusíadas, de Camões: além de


ambos serem épicos, possuem versos decassílabos, oitava rima, inversões e, até mesmo,
estrutura semelhante (proposição, invocação e dedicação).

Resposta da questão 5:
[D]

A proposição [III] é incorreta ao afirmar que o Arcadismo estabeleceu uma oposição


sistemática ao avanço do racionalismo iluminista. Ao contrário, o Iluminismo, cujos preceitos se
inspiravam nos lemas dos ideais da revolução francesa (liberdade, igualdade e fraternidade),
influenciou os pensamentos arcádicos da época, na Europa e no Brasil. Como as demais são
verdadeiras, é correta a opção [D].

Resposta da questão 6:
[E]

[V] O poema de Oswald de Andrade dialoga com o de Casimiro de Abreu. Outros poetas
modernistas também utilizaram esse recurso, geralmente para satirizar poetas de outros
movimentos literários, como o Romantismo e o Parnasianismo.
[F] No texto 3 se observa a predominância da função apelativa ou conativa, já que é evidente o
intuito de influenciar o destinatário, de modo a convencê-lo da importância do livro na
infância.
[F] O poema de Santa Rita Durão (texto 4) pertence ao Arcadismo: os versos são camonianos;
a epopeia, clássica; há referências frequentes à mitologia grega, entre outros aspectos.
[V] A “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci é parodiada no texto 6.

Página 9 de 10
ESPCEX_ LITERATURA_ CLASSICISMO e QUINHENTISMO_ RENATA BONORA
10

Resposta da questão 7:
[E]

No soneto “O dia em que nasci moura e pereça”, o eu poético lamenta o acontecimento fortuito
e totalmente alheio à sua vontade de ter nascido no dia aziago que só lhe trouxe amarguras.
Deste modo, atribui a origem do seu mal-estar ao destino adverso que o pôs no mundo no dia
errado, ou seja, justifica o fato pelas contingências da própria existência humana, obrigada a
conviver com a instabilidade e o desconcerto do mundo, como se afirma em [E].

Resposta da questão 8:
[B]

No poema “O dia em que nasci moura e pereça”, o eu lírico expressa o seu desespero e
impotência perante o destino adverso que lhe foi traçado no dia em que nasceu. Assim, é
correta a opção [B], pois a visão fatalista da existência estabelece, como premissa, a ideia de
que todos os acontecimentos ocorrem de acordo com um destino fixo e inexorável, não
controlado ou influenciado pela vontade humana.

Resposta da questão 9:
[C]

No soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, Camões revela influência da filosofia platônica,
na voz do eu poético que sublima a perda da amada ao visualizá-la em um plano superior e
eterno onde espera reencontrá-la depois da própria morte. No último terceto, pede a Deus que
lhe abrevie a vida, da mesma forma que o fez com ela: “roga a Deus, que teus anos encurtou, /
que tão cedo de cá me leve a ver-te”. Assim, é correta a opção [C].

Resposta da questão 10:


[D]

No soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, o eu lírico lamenta o fato de o destino ter levado
a vida da sua amada demasiado depressa, o que é reforçado no segundo verso com o
advérbio de intensidade “tão” associado ao adjetivo “cedo”. Ao afirmar que ela morreu ainda
muito nova, o soneto camoniano acaba também por explorar, indiretamente, o tema da
efemeridade da vida, como se afirma em [D].

Página 10 de 10

Você também pode gostar