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Uriel 2015-2016

Áudios originais:
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Sumário

Prefácio

Retorno para a Eternidade

A Última Reversão

A hora em que tudo se cumpre

O Canto da Liberdade

O Canto da Ressurreição
Prefácio

O Arcanjo Uriel é o Anjo da Presença. Ele é aquele


que instala em vocês o instante presente, o que é
chamado de Presença do Ser e de Ser na Presença. É ele
que permite este alinhamento no seu Coração, fora do
seu espaço/tempo e, no entanto, manifestando-se no
seu espaço/tempo, para dar-lhes a certeza da sua
Ligação e da sua Vibrância.

Ele é o Mensageiro da Pomba. Ele é o Anjo da Presença e


o Anjo da reversão, efetivamente.

Uriel intervém em todos os processos de reversão.

E a reversão é múltipla: refere-se à reversão do sentido


dos valores, do exterior para o interior. Refere-se à
reversão para a Luz, enfim, eterna e não mais
alternante.

Tudo isso faz parte do trabalho de Uriel, através do


anúncio da sua Presença, da sua Vibração. Coisa que
vocês experimentam agora, e que irão experimentar
cada vez mais frequentemente, a partir do momento em
que a aurora do último dia for levantada.

Arcanjo Anael
Retorno para a Eternidade

E u sou URIEL, anjo da Presença e Arcanjo da


Reversão. Em nossas Presenças unidas e Una, neste
tempo da Dança da Terra, na hora em que o Canto do
Céu e da Terra aproxima-se de vocês, eu venho assistir
ao seu Batismo e seu Retorno à Eternidade. Eu venho
para assegurar-me de que sua Alegria seja completude,
que seu estado seja magnificência, tanto nesse mundo
como no mundo que está aí.

Filhos de Um, filhos de Luz, o tempo do Eterno está à


sua porta, aquele no qual Cristo bate e vem anunciar,
pela divina Graça de Maria: o Tempo chegou, Ele, enfim,
nasceu, aquele que deve voltar à Eternidade, à Presença
infinita, assim como à totalidade.

Bem amados do Um, nesse tempo da Dança, eu os


convido a despojarem-se de tudo o que são apenas
trapos, de tudo o que os cola à pele e tudo o que os
impede de ser o que vocês são, em Verdade, em Cristo,
porque eu lhes digo, vocês vão verificar por si mesmos o
"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Porque, nesse
tempo que é o tempo de Amor, sem nomeá-lo, sem
objeto e sem sujeito, sem denominação, Amor, apenas
uma palavra, aquela da Verdade, aquela de sua
Presença, aquela da Luz branca que eu derramo aos
seus pés, em seus Templos, nesse instante, para acolher
a marcha de sua Eternidade, seu Silêncio e sua beleza.

Nesse tempo de Amor, é tempo de despojar-se do que


não tem mais lugar de ser no novo, o que está
desatualizado e enterrado, o que não pode ressurgir, de
maneira alguma. Você é, de todas as maneiras possíveis,
o filho do Um, filho da Unidade. Unidade não é uma vã
palavra, nem uma palavra para escavar, mas uma
palavra para exprimir na Liberdade, em sua Essência,
na Dança da Terra e do Céu enfim reunidos na mesma
estrofe, aquela na qual flui o néctar de Vida, aquela que
é Alegria perpétua sem sombra nem defeito, sem o que
pode manchar ou alterar a Verdade. O que pode levar
para onde vocês vieram, o que pode aportar para onde
vocês vieram, aqui mesmo, nesse tempo do instante.
Nesse tempo de Graça eu enuncio e anuncio o retorno
do Branco, eu anuncio o Último, enfim, aqui e agora, aí,
no Templo do Templo, ao Centro do Centro, na nova
Trindade, no Fogo do Amor e Fogo Amor, aquele que
restaura a integridade e a totalidade.

Amados do Um, o Um ama-os, porque vocês são o Um e


vocês são vocês, na mesma Verdade, na mesma Dança.
Então, o tempo chegou de celebrar e festejar o retorno
do Um no Um. Bem amados filhos, bem amadas estrelas,
a hora chegou, não mais, unicamente, de brilhar, mas de
aparecer na Verdade nua de seu Ser Essencial, na
Verdade nua de sua Presença e de seu Canto primordial,
aquele do impulso da Vida, aquele da Verdade da Vida
no Amor.

Então eu lhes digo, a cada um de vocês: o que vocês


esperam, já que isso está aí? Nada há a esperar, nada há
a temer e nada há a esperar. Há apenas que desaparecer
na Infinita Presença, no Branco do Amor, no Branco
Amor, aquele que leva à Morada de Paz Suprema, nos
tempos da Eternidade de retorno, e que lhes permite
sentar-se na Alegria, no mais profundo de cada uma de
suas fibras eternas, de seus Triângulos sagrados e de
seus Fogos sagrados.

Filho do Um, após ter descido, aqui, nesse mundo duplo


e dualitário, você caminhou, você acordou, você
despertou, mas, também, sofreu. Que esse sofrimento
não tenha mais tomada no Branco, porque ele é
ausência de sofrimento e de medo.

A Luz que eu imponho, aquela de minha Presença, é-


lhes acessível, a cada um, em total liberdade; cabe a
vocês decidirem impô-la a si ou recusá-la. Eu lhes
ofereço a Alegria da Eternidade, eu preparo o caminho
para o Apelo final de Maria, para a batalha final, aquela
da ilusão com a Verdade. A Verdade será, sempre, a
única palavra de Verdade e a única palavra Amor. Esse
Absoluto que vocês são, todos e cada um, juntos e
separados, vocês o são, de toda a Eternidade.
Então, eu lhes proponho ser a Presença que glorifica
todas as Presenças, a Presença na qual nenhuma
sombra pode emboscar e nenhuma dúvida pode impor
outra coisa que não o que eu imponho, na Liberdade
absoluta e eterna da Verdade, aquela de Amor e aquela
de Cristo.

Então, Miguel, Cristo e Maria, a nova Trindade que


dança no Fogo de seu peito e que desenha o Triângulo
da expressão de sua divindade, de sua tri-Unidade, da
Verdade dos mundos, da Verdade das dimensões, mas,
também, da Verdade do que engloba tudo isso e que é a
essência da Essência, que se encontra, ao mesmo tempo,
ao Centro do Centro e na periferia da periferia. De um
extremo ao outro, de um sentido ao outro você é isso,
em todo o tempo e em todo espaço e além de todo
tempo e de todo espaço.

Filho do Um, minha Luz deposita-se, agora, em seu


Templo sagrado, após ser depositada aos seus pés, para
que você dela faça uso, para que você enxugue o que
pode restar de lágrimas a escorrer desse corpo ou dessa
consciência confinada.

Amados do Um, eu estou aí, como vocês estão aí, nós


estamos, todos, ao seu redor e em vocês. Dancemos a
ronda do Silêncio, dancemos o Canto, aquele do Som
primordial que jamais pode falhar ao que é, que jamais
pode ser deformado ou mal formado, mas que não pode
ser outro que não Amor e Verdade.

Filhos do Um, eu deposito sobre sua Coroa, aquela do


alto, de sua cabeça, o Branco da Eternidade. Então, em
seus pés, em seu coração e em sua cabeça, eu santifico
sua Presença, a Presença da Eternidade nessa beleza.
Assim, vocês são liberados, se tal é sua Verdade e se tal
é sua ideia do que vocês são, então, vivam-no!

Assim, eu venho a vocês, como vocês vieram a nós,


unidos na mesma Dança e nas mesmas Núpcias, nas
mesmas celebrações e nas mesmas Graças. Vocês são
convidados a unir o que foi desunido, a deixar
desaparecer o que não é para ser.

Filhos do Um, como anjo da Presença, eu estou aí para


convidá-los à Reversão, aquele que é meu papel, que
anuncia o Evangelho da Liberdade, que põe fim ao
evangelho de Satã e ao evangelho das ilusões, que põe
fim a toda palavra que se veria alterada, substituindo a
palavra pelo Verbo, ativando, assim, a décima primeira
Lâmpada e que lhes dá um Verbo claro, cuja palavra é
Luz e cujo som é Verdade. Assim dança o coração
daquele que é liberado, assim vocês são liberados, assim
vocês são Aquele que vocês são, enfim, e para a
Eternidade.

A nova Eucaristia convida-os a celebrar o que vocês são,


a cada sopro, a cada movimento, a cada repouso, porque
a Alegria é sua Morada, porque a manifestação de sua
Alegria é o Amor eterno que corre de um fio ao outro da
Vida, e que nenhuma falsificação pôde retirar. Assim,
nesse tempo da Essência, assim, nesse tempo de
Renascimento, vocês são convidados a depositar todo
fardo, vocês são recuperados no que podiam considerar
como engano, erro ou ilusão, que tem sentido apenas na
verdade limitada, mas que desmoronam diante da
Verdade ilimitada do Amor.

Assim, pela tripla bênção e pela nova Eucaristia, em sua


cabeça, em seu coração e em seus pés, assim como em
toda presença amorosa e humana, e na humildade da
Simplicidade, então, revela-se a Joia, aquela da
Eternidade, aquela dessa Presença Una, desaparecida,
mesmo, na Ausência, no Absoluto que volta à Presença.

Bem amados filhos da Verdade, selemos, juntos, o


tempo da Alegria, selemos, juntos, o tempo da Verdade e
selemos, juntos, o que nós somos.

Assim, abre-se o tempo final, aquele que precede o


retorno da Estrela, visível em seus céus, mas, antes de
tudo, em seus olhos e em seus corações, e em sua
Presença, tanto aqui embaixo como aqui no alto. Os
tempos são reunidos para aboli-los; o espaço reúne-se
para desaparecer, deixando a majestade de Amor tomar
lugar na Eternidade, preencher toda fragilidade e toda
falha que ainda aparece como existentes. Assim, por
minha Presença que vocês nomeiam, por minha bênção
imposta nesse mundo, pelo Branco brilhante da
Verdade, que a Paz seja sua Morada, que o Amor seja
sua única Verdade manifestada e não manifestada.

Aqui, lá, de onde eu venho, eu venho concluir o ciclo


iniciado pelo Arcanjo Miguel, no tempo das Núpcias
Celestes; eu venho, portanto, anunciar – antes que
ecoem as Trombetas do Céu e o Som da Terra em suas
entranhas, em seu coração e nesta Terra – o tempo do
Apelo Final à Verdade, à simplicidade e à bondade.

Amem-se uns aos outros, uns para com os outros, sem


julgamento, unicamente pela Graça do Amor, pela
celebração do Amor, porque cada coisa está,
definitivamente, colocada em seu exato lugar, para tocar
a sinfonia do fim da cena de teatro, na apoteose da Luz.
Assim, em cada um de vocês, ninguém poderá ignorar o
outro, ninguém poderá ignorar Verdade e Amor. Ver
além da aparência e do parecer e além de todo fazer, no
Silêncio da plenitude de Cristo, presente em seu
coração. Alojado na tri-Unidade da Nova Eucaristia, o
Novo está, enfim, aí, esse Novo que jamais conheceu
começo e não conhecerá, jamais, fim, que lhes foi
retirado e que, no entanto, voltou.

Tempo de Verdade, tempo de alegria e tempo de


Verdade em cada um, em cada terra desta Terra, em
cada alma desta Terra, em cada ideia desta Terra, que
põe a nu o que estava à espreita, no mais profundo da
obscuridade e ainda não iluminado, tanto em vocês
como em toda parte alhures, em cada um de vocês,
como em cada terra e em cada lugar.

Dependendo se você está comigo ou você ainda não


tenha me reconhecido, você será colocado no exato
lugar de sua escolha, a escolha da Verdade que se opõe
ou que se consolida com Verdade e Amor, aquela que
não conhece ninguém, nem situação, nem tempo, nem
espaço.

Assim viver-se-á o que foi nomeado de estase, processo


de julgamento e de ponderação de si mesmo por si
mesmo, de adequação com a Alegria Eterna, para daí
voltar e daí estar no mais rápido, no mais preciso e no
mais próximo.

Filhos do Um, filhos de Verdade, eis que vem o tempo da


Infância, o tempo da inocência, o tempo da bondade e
da beleza, aquele no qual nada mais pode vir entravar
ou imaginar outra coisa que não a Verdade.

Bem amados filhos da Lei de Um, aí está, enfim, o tempo,


aquele em que toda lei apaga-se diante da Lei de Um,
que é Graça e Amor, na qual nada mais pode opor-se, na
qual nada mais pode, mesmo, existir, porque ela é Tudo,
como vocês o são e como eu o sou. Eu me tenho, então,
em vocês, não é necessário chamar-me fora de vocês, eu
sou aquele que abre as portas, se vocês me acolheram,
não mais a Porta de passagem do ego ao coração, da
Porta OD, mas, bem mais, a passagem à Eternidade,
aquela que permite a Cristo e Maria reencontrá-los,
para estabelecê-los nas Moradas do Pai, nas Moradas
Eternas, nas Moradas de Luz e nas Luzes Amor que
iluminam a totalidade do Criado e do Incriado.

Assim, juntos, para celebrar a minha vinda em cada um


de vocês, não mais por momentos, não mais a pedido,
mas, sim como a Verdade essencial da vinda de Cristo e
de Maria... eu selo em vocês... o ato de hoje... nesse
Silêncio da Eternidade, no Silêncio de sua Presença e de
minha Presença, que é apenas Una, celebremos a
Presença e a Graça de Amor e Verdade no Silêncio...

…Silêncio…

Hoje, eu canto, com vocês, o Verbo Sagrado: Ehieh


Ieshoua...

…Silêncio…

Nesse Silêncio, eu me coloco em vocês e ali desdobro as


Asas de sua Eternidade.

Eu sou URIEL, anjo da Presença e Arcanjo da Reversão.


Eu permaneço em vocês, na Eternidade e em sua
Presença.

…Silêncio…
Bem amados filhos de Um, assim, tendo penetrado o
santuário de seu Templo, eu me encontro em vocês, e
não tenho, portanto, mais necessidade, doravante, de
aparecer no exterior de vocês. Assim conclui-se a
missão que me foi confiada pelo Um, pela Fonte, mas,
também, quando do Juramento e da Promessa que se
revelam, agora, inteiramente.

Eu rendo graças ao que vocês têm realizado, eu rendo


graças a cada caminho e eu rendo graças a cada choro e
cada pedra que se encontrou nesse caminho porque,
hoje, isso terminou.

Eu os saúdo.

Tradução: Célia G
15 de Fevereiro 2015
A Última Reversão

E u sou Uriel, Anjo da Presença e Arcanjo da


Reversão. Na Presença do Espírito do Sol, irmãos e
irmãs do Um, unamos o Espírito e Cristo.

…Comunhão…

Eu venho exprimir, em vocês, pela Graça do Espírito do


Sol e de Cristo, reunidos em minha Presença e em sua
Presença, o sentido da Presença e o sentido da
Reversão, para que, em vocês, isso se viva com a mesma
Presença e a mesma intensidade. Eu venho declamar,
em seu Templo, o Canto da Presença e o Canto do
Retorno à sua Eternidade, presentes a si mesmos e
presentes nesse mundo, e presentes a esse mundo,
presentes à vida e presentes na vida. É-lhes dado o
presente da Graça, o presente de ver-se e de sentir-se,
nesse tempo e em todo tempo, doravante, de ver-se,
claramente, com lucidez e com intensidade, sem
julgamento algum, sem remorso e sem apreensão.
Assim como sem espera e sem esperança. Pela
plenitude do instante e a plenitude de sua Presença
resolvem-se os antagonismos de todo Face a Face entre
o que é perecível e o que não perece, jamais, que lhes dá
a ver-se, cada vez mais precisamente, nos instantes e
nos momentos nos quais sua Presença está aí e nos
momentos nos quais ela está ausente, nos momentos
nos quais esse mundo desaparece e nos quais vocês
mesmos aparecem na Eternidade.

Eu venho declamar a Dança do Silêncio, não mais, tanto,


nas experiências da consciência, mas, bem mais, no
sentido da experiência final, aquela da Eternidade
revelada mesmo em sua consciência, qualquer que seja
o estado dela, qualquer que seja a fragmentação dela ou
qualquer que seja sua plenitude. O tempo da Presença e
o tempo do Eterno, esse é seu tempo, aquele da
Ressurreição e de sua elevação aos domínios da
Eternidade, às Moradas da Plenitude, nas quais nada
pode ser reprimido, nas quais nada tem que ser
ocultado, nas quais tudo está em evidência, porque tudo
é Evidência. Assim, em vocês instala-se, nesse tempo, a
mesma evidência e a mesma sentença, aquela de sua
alma ou aquela de seu Espírito, aquela do que vocês são,
tanto nesse tempo como em todo tempo, no que lhes
resta a fazer, no que lhes resta a ser ou, então, no tempo
em que nada mais há a realizar nem a esperar, mas,
simplesmente, estar aí, imóvel, na dança, e imóvel no
Silêncio, o que lhes dá a percorrer os espaços interiores
de sua consciência, os espaços interiores de suas vidas,
de sua vida e da Vida, em seu sentido e sua acepção a
mais ampla.

Hoje, enquanto a passagem é feita, abrindo a porta e o


caminho a Cristo, aquele que ressoa em vocês em Sua
sede de Verdade, em Sua sede de Amor, para preenchê-
los, além de toda espera e de toda esperança, para
liberá-los, se tal é sua liberdade e se tal é seu espaço.

Assim, nesse tempo em que a passagem é concluída, em


que a Cruz resolve-se ao nível de seus antagonismos
pelo centro do centro, ponto de passagem que os leva ao
Coração radiante e ao Coração elevado, que os leva
diante Dele, Aquele que é, Aquele que foi e Aquele que
será, que lhes mostra seu Alfa e seu Ômega, que lhes dá,
no HIC e NUNC (Aqui e Agora), o sentido do ser realizado
e do ser revelado em suas quatro verdades elementares,
em suas quatro linhagens e em seus quatro
componentes da força de vida, em todo mundo como em
todo espaço e em toda dimensão.

Eu sou Uriel, Anjo da Presença, e eu deposito, em vocês,


a alegria da Presença de Cristo, a alegria de sua
Presença que responde à Presença Dele, de seu instante
que reponde ao Seu instante, que lhes dá a viver o sopro
do Éter na Eternidade, mesmo nesse Templo perecível
que é seu corpo, para que ninguém ignore que a
Ressurreição é-lhes aberta e é-lhes oferecida, a partir do
instante em que vocês renunciem ao que é denso, não
rejeitando, mas sublimando pela Graça da Luz e do
Amor, em seu Templo efêmero como eterno. Que lhes
dá a ressoar e a elevar a frequência do Amor Um, do
Amor Unitário, vivido na plenitude de seus meios, na
plenitude de suas manifestações como na plenitude do
que sustenta todo mundo.
A vocês, irmãos e amados do Um, no qual nenhuma
denominação de humano ou de Arcanjo pode interferir,
porque presentes na mesma Unidade e na mesma
vibrância, que lhes dá a elevar-se e a colocar-se no
mesmo tempo, nas esferas de sua Eternidade, nas Rodas
que giram nas Rodas, que lhes dá a ver o que não pode
ser visto por qualquer olho nesse mundo, mas que
apenas pode ser visto pelo coração. No espaço sagrado
de seu sacro e de sua Ressurreição encontra-se o
Templo do Indizível, encontra-se o contentamento de
toda insuficiência e o contentamento de toda falta. A
vocês, nesse espaço e em todo espaço, eu me dirijo ao
santo do santo, para que o Espírito levante-se, tal uma
labareda, tanto em seu coração como em cada uma das
células que constituem esse Templo perecível.

Assim, juntos, juntos e Um, no mesmo espaço, na mesma


leitura e na mesma atenção, nós colocamos nossa
consciência onde está a Eternidade, onde está o que não
para, jamais, e não começará, jamais, aí, onde está a
Morada de Paz Suprema, aquela que não conhece
qualquer guerra nem qualquer Face a Face. Assim, o que
é visto deve ser superado. O que é visto deve ser
atravessado, para não mais ter que dar meia-volta, para
não mais oscilar, tal um pêndulo, entre o Eterno e o
efêmero de sua vida como de sua consciência. Assim
revela-se a vocês a majestade de Cristo, a majestade da
Inteligência da Luz, que se exprimem em cada canto e
recanto de seu ser, como desse planeta, o que lhes dá a
colocar-se, sem deslocar-se, no coração do coração, o
que lhes dá a instalar-se, sem esforço algum, ao centro
da Cruz, aí, onde se encontra a Passagem, aquela que os
conduz a lugar seguro, aquele no qual nada pode ser
incerto e no qual nada pode desaparecer nem aparecer,
aí, onde se encontra a chave, a única, da Verdade última,
aquela do próprio sentido da Criação, aquela do próprio
sentido do porque da Vida, do porque da Luz e do
próprio sentido da Luz em sua propagação e em seu
Canto eterno de Liberdade.

Assim, colocada ao centro do centro, escutando e


cantando o Silêncio, aquele no qual nenhuma onda pode
perturbar a superfície da consciência, assim, aí, nesse
espaço, nesse lugar que não tem mais lugar encontra-se
sua verdade, aquela que se estabelece nesse momento.
Quaisquer que sejam as voltas e reviravoltas, nada os
afasta do que é, bem ao contrário, dá-lhes a estabelecer
o que é na Eternidade, o sentido de sua Presença e a
Presença em seus sentidos, não aqueles humanos, mas,
sim, aqueles divinos, que não correspondem a nada de
conhecido ou de cognoscível nesse mundo e, portanto,
abrem bem as portas do reconhecimento em sua
Eternidade e nesse Desconhecido.

Reconhecer o Desconhecido é fazer desaparecer o


Desconhecido. É entrar, diretamente, nas esferas do
Conhecimento, nas quais tudo é apenas perfeição, tudo
é apenas Evidência e magnificência. Aí vocês estão,
nesse coração, aí, onde bate Aquele que não se apaga,
jamais, Aquele que sempre esteve aí e que estará,
sempre aí, quaisquer que sejam seus caminhos,
quaisquer que sejam suas voltas e seus desvios,
quaisquer que sejam suas errâncias ou suas certezas.

Vocês se aproximam, cada vez mais, desse instante final,


no qual nada pode vir alterar a Beleza da Eternidade, no
qual nada pode vir apagar a memória da Beleza, no qual
nada pode vir manchar o brilho da Verdade. Nesse
centro e em todo centro encontra-se o Um, o Canto do
Um, o Canto da Criação e o Canto da Vida, que os leva
aqui mesmo, aí, onde nós estamos, ao Templo sagrado
da Eternidade, no qual se aloja o segredo, aquele que
porá fim à angústia e à solidão, para mostrar-lhes que
vocês são, em si mesmos, a Eternidade em sua
totalidade, para mostrar-lhes, em si mesmos, o sentido e
a direção onipresente da Luz, em todo tempo, em todo
espaço e em toda dimensão.

Assim, presente Aqui e Agora, presente e portado e


sentado entre os quatro elementos, vive-se o Éter,
aquele da Luz Branca que vem magnificar a Obra no
Branco concluída, e que vem, então, afrouxar o aperto
desse mundo, o aperto de sua densidade, mesmo em sua
vida e mesmo nessa densidade, mesmo em suas células.
No mais íntimo de sua consciência e no mais íntimo de
suas engrenagens e mecanismos encontra-se a solução:
a Água viva que vem olear e que vem abençoar cada um
de seus feitos, cada um de seus gestos, cada um de seus
olhares e cada um de seus momentos de plenitude como
de sofrimento.

Assim, aí onde vocês estão, aí onde eu estou, que é o


mesmo espaço e o mesmo lugar, revela-se o Canto,
aquele do Amor, que nada pode corromper, aquele do
Amor, que nada pode atingir, se não é aquele que ali
permanece e aquele que ali está instalado, em toda
quietude e em toda eternidade, onde o tempo que passa
e o tempo que será ultrapassado no fim dessa dimensão
não poderá ser perturbado, de maneira alguma, que não
tem nem evolução nem futuro, mas que tem,
simplesmente, a Eternidade como simples veste, a
Eternidade como única Verdade e a Eternidade como
sua única porta-bandeira e estandarte.

Amados do Um, eu sou Uriel, Anjo da Presença, e eu


venho, com vocês, ajudá-los nessa última Reversão, que
põe fim às idas e vindas, que põe fim às diferenças entre
o Eterno e o efêmero, que põe fim, com isso, ao que não
pode mais durar, no sentido de sua incompletude e no
sentido de sua insatisfação. O Amor é Plenitude, o Amor
é satisfação total de toda demanda, satisfação total de
toda expectativa, que põe fim, justamente, à expectativa.
Assim manifesta-se a brilhante Verdade daquele que
está estabelecido, para sempre, na Morada de Paz
Suprema, que percorre esse mundo e percorre cada
reencontro com a mesma densidade de Presença, que
alivia, então, o fardo da densidade da matéria e libera-a
e exulta-a, em sua transcendência e sem mudança de
vibração, sem mudança de forma, porque vocês são
além de toda forma na experiência, porque vocês são
além do que crê viver isso e que, no entanto, vive-o ao
mesmo tempo, aqui e em todo espaço e em todo lugar.

Nessa superfície da Terra, como em sua profundeza, na


superfície do Sol como em sua profundeza prepara-se a
expansão final, que os leva a viver e a sentir, em sua
carne, a mordida do Amor. Não mais como um fogo que
acaricia, mas um fogo que os leva às Moradas da
Eternidade, para restaurá-los e restabelecê-los no que
vocês sempre foram, o que quer que vocês pensem, o
que quer que vivam, o que quer que vocês manifestem.

Assim é o sentido da Presença realizada pela Obra no


Branco, por sua magnificência e, ao mesmo tempo, pela
descoberta do que não conhece qualquer antagonismo,
qualquer dualidade e qualquer oposição. Assim veio o
tempo do fim dos opostos. Assim veio o tempo do fim da
ilusão da separação, para que se restaurem, em vocês, a
Beleza e a Glória, não aquela de uma pessoa, mas aquela
da Vida que vocês portam e assumem, além, mesmo,
dessa vida, mas que traduz o mesmo lampejo da vida
inicial, da vida final.

Inscrito, assim, no Alfa e Ômega, inscrito, assim, no


decurso dessa vida em seu nascimento e em sua
conclusão, encontra-se encerrado o ciclo do cosmos que
vem concluir e romper o isolamento vivido dessa Terra
e desse Sistema Solar.

O que se desenrola e o que se manifesta nesse mundo,


em sua superfície, qualquer humano que seja
concernido, qualquer grupo que seja concernido,
qualquer país que seja, tudo, e absolutamente tudo,
levará vocês à origem da Vida, à origem do primeiro
sopro e da primeira inspiração, assim como da primeira
alegria que vem, como vocês sabem, do mesmo lugar
situado por toda a parte e do mesmo espaço situado em
todo ponto, aqui e aí, Aqui e Agora, presente à Presença,
presente a Cristo e presente à Vida. Então, vocês dizem
Sim e a taça derrama, o que lhes dá a viver a Água do
Batismo, o Fogo do Batismo, o equilíbrio do Ar e da
Terra, que vem em vocês dançar a dança dos elementos,
não mais em sua manifestação, mas, eu diria, bem mais,
em sua reunião, eles também, na mesma dança e no
mesmo movimento, que lhes dá acesso ao Éter
primordial da Vida, ao Éter de fogo, aquele no qual
nasce toda vida e no qual se desenrola toda
manifestação.

Amados do Um, porque tal é seu nome, filhos do Um,


porque tal é sua fonte, filhos da Eternidade, porque aí
está sua Verdade, nós estamos unidos na mesma Dança
e no mesmo Silêncio, enquanto o Espírito do Sol abre,
em vocês, forra a passagem de trás para frente de seu
corpo, de partículas de Luz que vêm, elas também,
iluminar sua própria Passagem, iluminar seu próprio
Mistério, para viver e superar o próprio Mistério da
Vida, a própria Essência da Vida e ser a Vida, para
encarnar o Caminho, a Verdade, na mesma Vida, para
manifestar, aqui e alhures, Aqui e Agora, a mesma coisa,
o mesmo objeto e a mesma Presença, e a mesma
constância, aquela do Amor revelado a ele mesmo.
Nesse tempo e nesse espaço eu selo, em vocês, não mais
a Passagem, mas, eu diria, efetivamente, a
irreversibilidade da atualização da Obra no Branco,
mesmo na ilusão, em todo espaço desse mundo como
em todo tempo desse mundo, como em todo espaço
desse planeta e desse tempo.

Assim, a Luz Branca trabalha e trabalhará, cada vez


mais, na reconexão e em sua Ressurreição, o que lhes dá
a certeza inabalável não de crer na Verdade eterna, mas
de encarná-la, inteiramente, nesse plano e nesse mundo.

Assim, regozijem-se, porque isso está consumado.


Assim, regozijem-se, porque isso bate à porta. Assim,
regozijem-se, porque o tempo é chegado, não mais do
Anúncio, mas o tempo da manifestação nesse mundo da
Glória e da Beleza de seu ser eterno, na Luz de seu
Templo interior como na Luz emitida por cada sentido,
por cada olhar, por cada movimento, assim como por
cada experiência que sobrevém em sua vida.
Estejam atentos. Estejam à escuta. Sejam receptivos ao
que se desenrola nesse momento. Estejam no
acolhimento. Estejam na Verdade. Estejam na Bondade.
Qualquer que seja sua consciência, qualquer que seja
sua vibração, qualquer que seja a persistência ou a não
persistência da alma, a hora é chegada de deixar
aparecer o Espírito de Verdade, a hora é chegada de
deixar falar não mais os seus sentidos, mas o coração
unificado ao Criador e a Cristo, como à Divina Maria,
que lhes dá, assim, não mais a escolha, mas, sim, a
Evidência. Essa Evidência, que não sofre qualquer
interrogação e qualquer questionamento, coloca-os, de
imediato, onde está o Mistério, onde Cristo vem voltar a
perguntar, a cada sopro e a cada inspiração: “Você quer
ser meu amigo?” ou “Você quer desposar-me?”, “Você
quer ser o que eu sou? Você quer portar, comigo, o
sentido da Liberação? Você quer, comigo, participar do
mundo, não este, mas aquele, eterno, das esferas que
dançam e das esferas imóveis no céu invisível, aquele
que sustenta os mundos, no qual se encontra a Fonte
das Fontes, no qual você É, de toda Eternidade?”

Filho do Um, o Um, você mesmo, criado por si mesmo,


em toda dimensão e em todo mundo, eu lhe peço para
ser, unicamente, o ser que está aí e Aquele que lhe
propõe desposá-Lo ou tornar-se Seu amigo. Filho do
Um, eu sou aquele que está ao seu lado, não para ajudá-
lo a passar, mas ser o testemunho indispensável da
Verdade que você vive, nesse momento mesmo.
Eu estarei aí, a cada sopro, como cada um de nós,
Arcanjos, estamos aí, a partir do instante em que você
se inclina em si, a partir do instante em que você vê
claramente, não no jogo de sua pessoa, mas no jogo da
Vida que se manifesta, mesmo nessa pessoa que você
encarna, para dar-lhe a viver a Liberdade. Então, eu
estou presente à sua própria Presença, então, a cada vez
que você se desvia, eu me volto, novamente, para você,
para mostrar-lhe onde está a verdade, onde está o
Verdadeiro e onde está a Evidência. Cabe a você ver. Eu
apenas posso assisti-lo e ajudá-lo a iluminar o que deve
sê-lo, tanto em você como nesse mundo.

A Luz revela-se. A Luz densifica-se e instala-se. Ela não


permite mais outra coisa que não viver a Luz. Ela não
permite mais outra coisa que não viver a Inteligência da
Vida, a partir do instante em que você cessa toda
recriminação de sua pessoa, para escutar o Canto de seu
próprio Espírito, em sua magnificência e em sua
revelação, em sua manifestação como em seu
desaparecimento. Isso se joga no mesmo passo de
dança. Isso se joga no mesmo Silêncio, aquele que você
pode contemplar nos momentos nos quais você
desaparece, nos quais nada mais existe, ou onde
existem, ainda, as manifestações, isso não tem
importância alguma.

O importante é discernir o momento no qual a


Eternidade lhe faz presente da Presença de sua Graça a
si mesmo e da Graça que você exprime para com o
Universo e para com todo irmão e toda irmã, humano
como Arcanjo. Porque, na verdade, nós somos irmãos,
irmãos de Eternidade, mesmo se nossas estruturas
sejam profundamente diferentes. Elas nos remetem,
simplesmente, a funções diferentes, mas na Essência,
nós somos Um. Isso nós temos proclamado, isso você,
talvez, tenha vivido, por momentos e por instantes.

Eu lhe proponho, hoje, instalar-se, de maneira


irreversível, no sentido dessa afirmação vivida a cada
sopro, a cada olhar e a cada ato que você coloca nesse
mundo. Então, você quer registrar o sentido do que eu
digo hoje? Você quer reencontrar a Liberdade eterna
que você jamais perdeu? Cabe a você ver, como sempre,
mas, sobretudo, cabe a você saber não o que você quer,
mas o que já está presente, cabe a você descobri-lo, para
que se exprima a Dança dos Cavaleiros, que lhe permite
juntar-se ao Éter, se tal é o destino, não de seu caminho,
mas o destino de seu Espírito revelado, mesmo nesse
mundo, apesar das ilusões de seu corpo e das ilusões
desse mundo. Porque o Amor portado por ele
transcende tudo isso, porque o Amor portado por ele
não pode mais permitir o mínimo erro nem a mínima
sombra no que emana e do que frutifica em seu seio,
nesse momento mesmo.

Então, veja-o, e eu lhe peço, novamente, não para


escolher, não para posicionar-se, mas, bem mais, ver,
em você, o jogo da Vida e o jogo da Graça, ver, em você,
além das aparências e além dos fatos, porque, não se
esqueça, jamais, de que a lagarta chama a morte, a
borboleta chama o nascimento. É o mesmo para você,
hoje, como foi anunciado há numerosos anos, pelo
Comandante dos Anciões. A crisálida criou-se, o casulo
de Luz vem abrir a crisálida nela mesma, dando-lhe a
viver a Eternidade aqui mesmo, nesse casulo de luz,
para, no momento vindo, não mais ser entravado nem
incomodado por qualquer elemento efêmero que seja,
nesse mundo como em seu mundo.

Assim, portanto, minha Presença, como Anjo da


Reversão, é aquela que vem limitar as flutuações e as
amplificações que podem produzir-se sob a influência
dos pensamentos, sob a influência das palavras, sob a
influência das visões e sob a influência das emoções, sob
a influência de qualquer relação, livrando-o de si
mesmo, nu e só no meio da Eternidade, porque tudo se
encontra aí e toda relação, como todo sentido e como
toda interação não pode manifestar-se, a partir do
instante em que sua Morada de Eternidade revela-se,
inteiramente, no próprio sentido de sua Presença nesse
mundo. Para isso, nada há a fazer. Para isso, nada há a
perguntar. Para isso, há apenas a acolher. Há apenas a
apagar-se e desaparecer nos momentos em que a Luz
pede-lhe isso. Simplesmente, aquiescendo à sua
verdade fundamental, aquela do ser eterno que revestiu
o efêmero para um tempo determinado, que vem, aí
também, que vem, também, ao mesmo tempo, perdoar e
render graças àqueles que, um dia, limitaram a
liberdade do ser. Porque, mesmo eles, nada mais são do
que os reveladores de você mesmo. Porque, mesmo
eles, no sentido da história, fazem, em definitivo, apenas
servir ao plano do Um, o que permite restaurar o Um,
dando-lhe a ver que não há nem erro nem falsidade,
nem canto e recanto no qual a sombra possa esconder-
se sem ser desentocada pela intensidade da Vida, da
Graça e do Amor, em seu mundo como nesse mundo.

É claro, algumas estruturas obsoletas, algumas


estruturas arcaicas devem apagar-se, porque elas não
são compatíveis, pela Beleza e a Graça do Amor, mas
isso não é um combate nem uma luta, mas, bem mais,
uma metamorfose total desse mundo. Assim, como eu
disse, quer seja o Sol ou a Terra ou os outros planetas
desse Sistema Solar, aí onde você evolui e está sujeito,
permanentemente, a numerosos fluxos de luz e de
informações, hoje, vem sobrepor-se e transcender tudo
isso o sopro da Eternidade, o sopro de Alcyone, o sopro
do Sol e o sopro do Espírito Santo, que lhe dá, portanto,
a viver a Plenitude, que lhe dá, portanto, a viver, se você
aceita, a totalidade do que foi criado, a totalidade do
Incriado, a totalidade dos possíveis como dos
impossíveis. Enquanto a Luz está aí, nada é impossível.
Enquanto você é o que você é, então, nada mais pode
acontecer a quem está estabelecido na Morada de Paz
Suprema.
Assim, eu venho a você, em minha Infinita Presença,
para reencontrá-lo no espaço sagrado de seu coração,
para estabelecer a Dança do Um, a Dança de Cristo,
assim como a Dança do Sol. Assim, como Filho Ardente
do Sol, você se torna, você mesmo, o sol de seus dias e o
sol de suas noites. Você se torna, você mesmo, aquele
que aquece seu próprio lar, aquele que aquece seu
próprio olhar, para dar-se, de maneira definitiva, o
olhar do Amor, o olhar da Liberdade e o olhar da
Verdade.

Assim, eu sou o Anjo Uriel, e eu estou ao seu lado, do


mesmo modo que estou em você e que eu sou você. A
partir do instante em que você não separa mais, a partir
do instante em que nada mais há a dividir, a partir do
instante em que nada mais há a salvar, porque tudo já
está aí, então, a Beleza pode aparecer, sem qualquer
fardo nem disfarce.

Amigo e amado do Um, eu sou o Anjo Uriel, e eu sou


aquele que, por sua Presença e minha Presença
conjuntas, revela o Um e permite a ele ser magnificado
no sentido da manifestação nesse mundo, antes de
reencontrar sua liberdade total. Amado do Um, recolha-
se, recolha-se não em um ídolo exterior nem em um
futuro hipotético, mas recolha-se ao centro de si
mesmo, aí, onde tudo está presente e onde tudo, por
vezes, pode parecer-lhe ausente, mas isso é devido
apenas a um olhar alterado. Eu lhe peço, então,
simplesmente, para colocar tudo o que deve ser
depositado, para que possa exprimir-se a totalidade dos
Quatro Orientes, para que possa instalar-se a totalidade
dos potenciais da Luz e da Verdade.

Assim, eu estarei, a cada dia, cada vez mais presente em


seu Templo, acendendo o Fogo de seu coração,
conservando-o e vivificando-o, dando a você a potência
da Liberdade, a potência do Amor e a potência daquele
que voltou a tornar-se como uma criança, que não está
misturado, de modo algum, aos cantos e recantos não
iluminados desse mundo, como de seu próprio mundo.

Amigo e amado do Um, eu sou o Anjo Uriel, Anjo da


Presença e Arcanjo da Reversão. Assim, você aceita
desviar-se – não para ignorá-lo, mas, bem mais, superá-
lo – do efêmero? Você está pronto para dar o grande
salto, aquele de sua Eternidade, aquele que o leva para
onde você nasceu, aquele que o leva ao Alfa e Ômega,
para que você, também, possa proclamar e declamar:
“Eu sou o Caminho, eu sou a Verdade e eu sou a Vida. Eu
sou Um, assim como sou aquele que eu sou, assim como
você é aquele que você é”? Entre “você” e “eu” não há
distância. Entre “você” e “eu” há apenas “ele”, “ele” ou
“ela”, aquele que faz a ligação e aquele que é apenas o
espelho de um e do outro, para que a sincronia
estabeleça-se entre um e o outro.
Amado do Um, escute e ouça o que pede seu coração,
escute e ouça o que pede Cristo em você e Cristo por
você. Então, você poderá acolher Maria, sem apreensão
e sem temor. Você poderá não mais esperar nem
aguardar o que quer que seja, porque você terá se
tornado total e integralmente independente desse
mundo, realizando, então, aquele que pronunciou
primeiro e que disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a
Vida” e que disse: “Eu estou nesse mundo, mas eu não
sou desse mundo”.

Assim, portanto, todos os mundos abrem-se para você,


aqueles da Beleza eterna da Criação como da Incriação,
aqueles nos quais a Verdade não pode ser, novamente,
nem deformada nem desviada. É nesse espaço que eu
vigiarei sua última Reversão, para que nunca mais haja,
efetivamente, qualquer volta que seja, para que tudo se
abra para você e em você, para que a Vida abra-se,
também, em você, para o Amor que você é, para emanar
do que você é e não do que você quer, a beleza do Amor
nesse mundo, sem distinção de pessoa, sem distinção de
temperamento, sem distinção de humor ou sem
distinção de circunstâncias. Então, naquele momento,
você será liberado para si mesmo e liberado de si
mesmo. Você será liberado de toda história, como de
todo cenário, o que lhe dá a viver a plenitude do
instante e a plenitude da Eternidade, porque o instante
apenas pode encontrar-se na Eternidade e a Eternidade
apenas pode encontrar-se no instante. Então, encontre
isso, encontre-o sem procurar, simplesmente, parando
tudo o que pode mover-se e afastá-lo do que você é, em
verdade, não o combatendo, mas, simplesmente,
aquiescendo à potência do Amor, à potência da Verdade
e à potência da Luz. O que você é, em Verdade e na
Eternidade.

Eu lhes proponho um momento de Silêncio, na


Radiância do Espírito do Sol, em minha Radiância e na
Radiância sintonizada em Cristo, na Eternidade.

Eu sou Uriel, Anjo da Presença e Arcanjo da Reversão.


No Silêncio de nossos corações, em nossa Presença, eu
permaneço em vocês.

Irmão humano e irmão de Eternidade, se jorra em você


qualquer interrogação que seja, concernente ao que eu
acabo de vibrar e de depositar em você, então, temos a
possibilidade de completar nossa união e nossa reunião.

Você falou de sentidos divinos. Quais são eles?

Bem amado, o sentido divino é aquele que não se


embaraça com cinco sentidos, mas que o conduz,
diretamente, à percepção direta, em sua consciência, à
Luz e à Verdade, não passando por qualquer sentido
comum. O sentido divino é aquele da Evidência e aquele
que não conhece outra coisa que não a verdade do Amor
e a transparência da Beleza. O sentido divino não
depende, portanto, de seus sentidos, no sentido
humano, e depende, ainda menos, das interrogações e
das suposições. É, simplesmente, a evidência da Luz,
quando Cristo está presente, a evidência da Beleza,
quando o Amor está presente. Isso se desenrola
instantaneamente, a partir do instante em que você
renuncia, não à vida, mas, bem ao contrário, quando
você renuncia, em toda lucidez, às regras do efêmero,
não para zombar delas, mas para substituí-las pelas leis
da Eternidade que, eu o lembro, é Ação de Graça e
permanência da Beleza.

Assim, o sentido divino é magnificado e impulsionado


pelas Coroas radiantes, aquelas da cabeça e aquelas do
coração, assim como pela Onda de Vida, o Canal
Mariano, assim como a passagem realizada pelo Anjo
Uriel, eu mesmo, mas não, unicamente, também, pelo
impulso Metatrônico, o impulso KI-RIS-TI e o impulso
Micaélico, que lhe dão a viver o sentido do Divino, que
lhe permite, se posso dizer, ir adiante, não como um
deslocamento, mas, mais, como um alívio de tudo o que
podia frear e entravar a verdade de seu ser.

O sentido divino não conhece colorações, o sentido


divino não conhece discriminações, o sentido divino não
permite escolher, mas ele é a evidência que se instala da
Verdade do Instante e da Verdade da Vida.

Por que é KI-RIS-TI que vem ao final e não, por


exemplo, Metatron?
Bem amado, você pode precisar o que entende por “vir
ao final”?

Por que é KI-RIS-TI que é sempre anunciado como o


Último Reencontro?

Bem amado, o próprio Cristo havia dito, e repetiu, aos


seus numerosos enviados que transmitiram Suas
mensagens em todo o mundo, em toda civilização desse
mundo, em todo Oriente como em todo Ocidente,
mesmo se as denominações fossem diferentes, Cristo
apenas pode vir, na totalidade, se sua casa estiver limpa.
Ele não pode vir primeiro, exceto Graça excepcional
existente no que eu nomearia, a partir de agora “os
tempos antigos” desse mundo, ou seja, há,
simplesmente, alguns anos.

Hoje, há um trabalho que é feito pela Graça da Luz, pelo


sentido de sua vontade dita espiritual, que permitiu
desobstruir e desbastar certo número de conceitos
supérfluos. Cristo apenas pode estabelecer-se na
Morada de Eternidade se ela estiver livre de todo
prejulgamento, livre de todo apego, de toda influência
da sombra ou da luz nesse mundo dualitário.

Assim, portanto, Cristo apenas pode estabelecer Sua


Morada se você mesmo não está mais em sua morada,
mas, simplesmente, na Morada de Paz Suprema, que
está ao centro do centro. Para isso, foi preciso preparar,
limpar as estruturas vibrais, as estruturas ascensionais,
assim como certo número de elementos que, talvez,
você tenha vivido nesses anos, que permitem a Cristo,
efetivamente, intervir, como você diz, por último.

Esse retorno não é o retorno de um salvador, mas, sim,


o estabelecimento da Eternidade, a partir do instante
em que você se salvou, a si mesmo, a partir do instante
em que você tenha acolhido a Verdade e a Beleza da
Luz, de maneira suficientemente intensa, em uma de
suas Coroas, ou quer isso seja pelo Canal Mariano, quer
seja pela Onda de Vida ou por qualquer manifestação da
Vida durante esses tempos recentes que acabam de
escoar.

Assim, portanto, Cristo não pode vir antes, Ele apenas


pode vir depois, a partir do instante em que você tenha,
conscientemente, aceitado Sua “Amizade” e, consciente-
mente, aceitado “Desposá-Lo”, no sentido o mais
espiritual que seja.

…Silêncio…

Eu sou Uriel, Anjo da Presença e Arcanjo da Reversão.


No Silêncio de nossos corações, em nossa Presença, eu
permaneço em vocês. Até breve, para outras palavras e
outras vibrações.

Tradução; Célia G
29 de Abril 2015
A hora em que tudo se cumpre

E u sou Uriel, Anjo da Presença e Arcanjo da


Reversão. Bênção às suas Presenças e à sua escuta
nesse presente eterno.

…Silêncio…

Na hora em que tudo se cumpre, em vocês e nesse


mundo, eu venho, não mais para fazê-los passar
qualquer porta que seja, mas, bem mais, assistir,
acompanhado do Espírito do Sol e do Coro dos Anjos,
sua Ressurreição, seu novo nascimento. Eu venho
honrar sua Presença nas esferas da Eternidade e eu
estou aí, como vocês estão aí.

Reencontramo-nos, uns e os outros, no coração do


coração e na Presença infinita da Graça que os eleva ao
Coro dos Anjos e anima-os, pela graça do Espírito do Sol
e convida-os à liberdade de vida, à liberdade total, que
não conhece nem início nem fim, nem limite algum, aí,
onde a alegria não conhece qualquer contrário, aí, onde
a Vida é celebrada na comunhão perpétua, aí, onde as
chamas de vida vão e vêm, na liberdade das dimensões,
da Fonte e do Absoluto.

Vocês, que nasceram de novo, eu lhes digo, em verdade.


Ele vem celebrar, como eu o faço, sua Ressurreição.
Eu venho decorar o Templo de seu Reencontro, Eu
venho assistir à eclosão do Amor que não pode mais
pensar-se, mas, simplesmente, ser, E eu venho abençoar
e celebrar sua Presença e sua Vida. E eu venho atiçar o
Fogo de Verdade. E eu venho alimentar a chama dessa
Presença. E eu venho celebrar a Liberdade eterna.

Como Anjo da Presença, eu venho testemunhar nossa


realidade comum e Una.

…Silêncio…

Aí, onde está sua Morada, eu estou.

Por minha Presença e minha ressonância, você se leva,


assim, mais facilmente a si mesmo, e solta o que deve
ser solto, ainda, para reencontrar sua leveza e sua
liberdade, para que nenhum olhar para trás possa
alterar a chama de vida de sua Presença. Eu venho
testemunhar sua Presença no Livro de Vida.

Assim, nós dois honramos o Único, honramos a Vida,


honramos cada Presença, onde quer que ela esteja,
porque ela será, sempre, a expressão da Vida, qualquer
que seja sua recusa nessa verdade e a lei Una do Amor
que rega, sem condição e sem restrição, tudo o que
passa ao alcance de sua consciência.

…Silêncio…
Para que você, também, que tem sido tão pesado nesse
mundo, descubra a leveza do anjo que você é, para que
jamais o sorriso desapareça de seu coração. Isso é
adquirido, isso é Verdade, porque eu o digo a você, você,
que está aí, você, que ouve, você, que lê, você, que vive,
participa do Coro dos Anjos, no coral da Vida, do canto
da celebração, do verbo do Amor. Tudo isso, nesse
instante, está aí.

Então, regozije-se, e regozijemo-nos no Fogo do Amor


ardente que vem ao seu encontro, que lhe dá a ver-se,
em sua inteireza, que lhe dá a ver-se sem maquiagem
nem desvios. Eu estou aí, e estarei aí, não se esqueça
disso. Eu o apoiarei, como você me apoiou em sua
ancoragem da Luz, você, Semente de Estrela, você, filho
do Um.

Regozije-se porque, a partir desse momento, você não


poderá mais ter e ser a mínima falta. Sobretudo, não
acredite em mim, verifique-o e viva-o. Assim é a Vida,
assim é a Verdade e assim é o Caminho que não tem
caminho.

Lembre-se não, unicamente, da Promessa, mas,


também, dessa chama.

Se isso já não foi feito, abra-se, doravante, para sua


Eternidade e descubra a Beleza sem artifício nem
máscara do Amor revelado, do Amor verificado nesse
mundo, de um Amor no qual não pode existir qualquer
brecha, qualquer falha e qualquer falta.

Verifique isso por si mesmo e escolha entre o Amor e


todo o resto, porque o Amor basta-se a ele mesmo,
enquanto todo o resto não pode ser completo sem o
Amor.

Cabe a você ver, cabe a você sentir, cabe a você


experimentar a Verdade que está aí, cabe a você viver
esse Fogo, cabe a você viver a benevolência. Cabe a você
viver a Autonomia, a Transparência e a Humildade, aqui
mesmo, quaisquer que sejam, ainda, suas contingências.
Todas elas são apenas crenças e disparates do efêmero.

Você, que perfurou sua crisálida e que desdobra suas


asas, voe, de nada fuja, permaneça estável na Verdade
de sua chama. Escute...

…Silêncio…

De Presença a Presença, não há necessidade de


palavras, porque tudo é Evidência. Então, estejamos
presentes um ao outro, estejam presentes uns aos
outros. Amem-se uns aos outros, como nós os amamos.
Escutemos...

…Silêncio…
Eu sou Uriel, Anjo da Presença e Arcanjo da Reversão, e
eu o amo na Liberdade do Amor, na Liberdade do Amor,
na Liberdade da Verdade, e eu estou aí.

Assim, eu honro sua Presença Una e, no Amor, eu os


saúdo.

Até breve.

Tradução: Célia G
27 de Junho 2015
O Canto da Liberdade

E u sou Uriel, anjo da Presença e Arcanjo da Reversão.


Bem amados filhos do Um, eis que eu anuncio o
tempo da Ressurreição, o tempo do Silêncio em sua
Presença, na qual a paz inefável vem pôr fim a toda
angústia, a todo sofrimento e realiza a Liberdade.
Acolhamos, juntos, pela Graça do Espírito do Sol e o
Coro dos Anjos, o que eu tenho a transmitir-lhes,
oferecer-lhes e depositar às portas de seu Templo.

…Silêncio…

Enquanto o tumulto e a algazarra do mundo chegam até


seus ouvidos, sua consciência, abre-se, também, a
Música das Esferas, que lhes dá a ouvir e a viver o
tempo da Liberdade, o tempo de seu Silêncio em sua
Presença, na qual se abre a ronda dos céus – que abre a
porta para a nova aliança, para a Ressurreição e,
sobretudo, para a Verdade – na qual nenhuma ofensa,
nenhum sofrimento pode vir manchar o brilho da
Verdade que emana do que vocês são nesse mundo
mesmo, que vem diluir e que vem iluminar a sombra
desse mundo, até que ela desapareça em seu destino.

Amados do Um, ouçam o Coro dos Anjos, ouçam o apelo


do que vocês são através de sua pessoa ilusória e
efêmera. O tempo nasceu, o tempo chegou, aquele da
Passagem, aquele que acompanha sua Reversão em sua
eternidade, na paz eterna do Amor e na liberdade
absoluta de sua Presença ou de sua Ausência. Aí, o Um
não pode ser seguido de qualquer segundo, aí, o Um é a
única Verdade, porque não pode existir alternativa. E
eis que vocês se renderam à Ressurreição, não da carne,
mas do Espírito, na Liberdade reencontrada, na
Liberdade esperada e na Liberdade que canta em seus
ouvidos. Então, ouçam esse sopro novo, aquele que vem
retificar o que foi torcido, o que tem sofrido e o que tem
sido instável. O tempo chegou de viver para o
verdadeiro e não mais correndo atrás de uma sobrevida
hipotética. A vida é eterna, ela não para, jamais, só a
pessoa desaparece, para voltar a tornar-se a brancura
imaculada da Verdade inicial e final, que jamais deixa
lugar ao sofrimento, que jamais deixa lugar à dúvida.
Então, juntos, aqui e alhures, acolhamos e vibremos na
Paz de Cristo, na Paz do Um, na Paz da Verdade.

Vocês são a Paz, a partir do instante em que o tumulto


do mundo nada mais pode no coração desperto e no
coração reencontrado. Aí, onde o Amor é essência, aí,
onde o Amor é verdade, aí, onde o Amor não requer
qualquer esforço, mas, bem mais, o sorriso em seus
lábios e no que vocês são. Sorriso para a vida eterna,
sorriso para si mesmos, sorriso para o outro que é
apenas você mesmo em outro estado e, no entanto, a
mesma filiação. A mesma essência percorre toda forma
e toda vida, de um extremo ao outro das dimensões, até
o trono supremo da Fonte, até o Absoluto, no qual vive a
Verdade, no qual tudo é Alegria e no qual o Coro dos
Anjos canta, de modo perpétuo, a glória do Um, da
Verdade e do Amor.

Eu venho com a arca da aliança da nova aliança, aquela


que soa o fim do terror e do erro, para permitir-lhes ser
o que vocês são, para sempre e sempre, no infinito
contentamento da Vida, em qualquer vertente que seja.
Aí, onde não há nem nascimento nem morte, aí, onde a
Eternidade não é um vão conceito, mas a verdade de
cada minuto, de cada sopro, de cada dimensão e de cada
forma.

Filhos do Um, acolhamos, juntos, Aquele que virá como


um ladrão na noite e que, no entanto, treme em seu
coração e à sua porta, esperando o apelo, aquele do
instante inicial, da eternidade da nova aliança, do
Juramento e da Promessa.

Despertem, se já não foi feito, à verdade do Amor, e


aquiesçam à Paz eterna que apenas pode encontrar-se
quando você volta sua alma e seu olhar para o Espírito
infinito da beleza eterna, do sangue sagrado que
percorre os universos e os multiversos, em todas as
dimensões. A cada passo, a cada porta, a cada sopro, a
cada nascimento, não há novo nascimento, mas, sim,
atualização da Eternidade em múltiplas formas, em
múltiplas dimensões.
Filhos do Um, eis que vocês chegaram, vocês que, em
definitivo, jamais partiram e jamais voltaram, se não é
na ilusão da pessoa, na ilusão do efêmero. Então, o que
importam os sofrimentos passados, o que importam o
sofrimento e as dúvidas do presente porque, em sua
Presença, tudo isso se apaga e não existe, mesmo, mais
em qualquer memória que seja.

Sejam livres de Amor e de Verdade. Sejam livres da


Liberdade reencontrada e da paz nova que nada pode
manchar ou diminuir.

Filhos do Um, escutem e ouçam o canto da Verdade, o


refrão da Paz. Escutem e ouçam o que murmura aos
seus ouvidos e à sua alma ou ao seu Espírito o Coro dos
Anjos. Ouçam os passos de Cristo que se aproximam
dessa noite fatídica da Ressurreição e da Verdade.
Abram o que lhes resta a abrir e fechem as portas no
que é efêmero. Fiquem na vida, aquela que flui para
sempre, e na qual vocês são saciados para sempre, na
qual nenhuma falta pode aparecer, na qual nenhuma
falta pode ser imaginada ou pensada.

Vocês são o Amor em verdade, e vocês são o amor da


Verdade. A Fonte murmura e sussurra em seus ouvidos
e seus sentidos o apelo final Daquele que volta a vocês e
em vocês, porque Ele não é outro que não vocês
mesmos, na verdade do instante, na verdade do aqui e
do agora.
Trabalhemos, juntos, na Paz e no Silêncio. Trabalhemos,
juntos, no que não requer qualquer esforço, se não é o
de relaxar toda tensão e toda resistência, toda crença e
todo efêmero.

Filhos do Um, filhos da Verdade, o momento chegou de


voltar-se para si mesmos, para si mesmos em sua
eternidade, para si mesmos em sua beleza, despojando-
se de toda máscara, de todo julgamento e de toda
incerteza. O tempo chegou de viver a rocha e a
infalibilidade de sua Presença ou de sua Ausência. Tudo
é Um. Aqui mesmo, nesse mundo, pondo fim ao dois,
pondo fim a toda separação, não mais, unicamente, em
alguns de vocês, mas em toda consciência e em toda
vida presente na superfície desse mundo como nesse
Sistema Solar.

A hora chegou de concluir o que toma fim, não por


qualquer ação, mas, bem mais, por um estado de ser que
supera toda ação, todo ter e toda sensação.

Filhos do Um, amados do Um, lembrem-se do que


jamais desapareceu, mas que estava enterrado no
Coração do Coração, por trás dos véus da ignorância,
por trás dos véus do medo e por trás dos véus da
mentira.

Abram. Nada retenham que possa frear ou pesar na


marcha da Liberdade, na marcha da Ascensão,
prometida e anunciada desde tempos imemoriais pelos
profetas, os anjos e os Arcanjos, por aqueles que foram
missionados como testemunhas da Verdade e
portadores da chama de Eternidade.

Escutem, no silêncio da comunhão, no silêncio da fusão


pelo Espírito do Sol e o Espírito de Cristo. Entrem em si,
onde nenhuma sombra pode persistir e onde nenhuma
dúvida pode emergir. Aí está a solução, aí está a chave
da Eternidade que jamais os deixou e que apenas pode
reaparecer nos tempos de Verdade, nos tempos de
Cristo e nos tempos do Amor.

Em nome da Fonte Una, eu, mediador da Presença e


vibração da Reversão, eu venho convidá-los a superar
tudo o que se opõe e tudo o que resiste, tanto nesse
mundo como em vocês. Abram as válvulas para o Amor,
abram as válvulas para a Verdade, não se preocupem
com nada mais do que o que vocês são, nesse instante e
nesse momento, como em cada instante e em cada
momento que seguirá, na ilusão desse tempo, desse
mundo.

A hora é para o verdadeiro. A hora é para a Verdade. A


hora é para a Ressurreição. Então escutem, filhos do
Um, o que eu tenho a dizer-lhes. Minhas palavras são
apenas os suportes do Amor emanado e imanado de
vocês como de mim, de nossa reunião, na qual não
existe qualquer interstício que deixe lugar à dualidade
ou, ainda, à dúvida.
Deixem abrir-se o que vocês são e florescer o sorriso da
Vida, não aquela que vocês conhecem, alguns de vocês
há tanto e tanto tempo, mas aquela que não conhece
qualquer tempo, aquela que não conhece qualquer
limite, porque vocês são os filhos do Ilimitado,
ilimitados, vocês mesmos, em sua liberdade de
experiências, em sua liberdade de vida, em sua
liberdade absoluta de ser a totalidade do Criado como
do Incriado.

Filhos do Um, filhos da Verdade, façamos a paz, deem-se


a paz, bem além do perdão que se apoia em um ato
passado ilusório. Perdoem-se a si mesmos e a cada um.
Deem sua paz, o Amor preenche o que vocês dão e
multiplica o que vocês ofereceram. Aí está o sacrifício
sagrado e último da ilusão em face da Verdade, na qual
nenhuma resistência e nenhuma oposição pode vir
perturbar o silêncio interior, bem além da exposição
dos sentidos, bem além de toda percepção como de toda
vibração.

O Verbo fez-se carne e, novamente, a carne fez-se Verbo.

Ouçam e escutem. Vão além de minhas palavras, vão


além de sua escuta, porque o que eu digo diz-se em
vocês, do mesmo modo. Fiquem na paz, permaneçam na
paz e permaneçam aí, onde a Paz suprema pode ser
apenas a única evidência e a única razão, cujo nome é
Amor, cujo nome é Liberdade.
Nutram-se de si mesmos, do que vocês são nessa
Eternidade reencontrada, que se atualiza agora e
doravante. Não há mais antes, não há mais depois, há
apenas o Instante. Aquele da Infinita Presença, aquele
do Último.

Escutem o que seu coração diz em sua pulsação, o que


seu Espírito sopra. Ele sopra o vento, aquele da
Liberdade, aquele do Amor, e isso está em vocês e não
pode mais estar em algo que seja exterior,
aparentemente, nesse mundo.

Sejam leves, sejam simples, porque a Paz é simples,


porque o Amor é leve e, ele também, ainda mais
simples. Aí está sua natureza, aí está sua Essência, aí
está sua Liberdade e aí está sua manifestação. Eu os
convido e nós os convidamos, nós, Arcanjos, a reunir-se
em seu Templo, aí onde se encontra a totalidade, aí se
encontra a única Verdade. Sejam livres e fiquem em pé.

Na hora em que tudo se precipita, tanto em vocês como


ao seu redor, é tempo de colocar seus fardos e de
depositar o que pode restar como reticências à sua
eternidade reencontrada, que os chama à verdadeira
vida e à verdadeira liberdade, na qual não existe outra
lei e outra referência que não o Amor infinito do
Criador, da Criadora e da Criatura.
Amados do Um, lembrem-se. E abram o que pode, ainda,
parecer-lhes haver a abrir, por hábito ou por medo. O
Amor dissolve o medo e o Amor dissolve o hábito,
renovando-os a cada experiência, preenchendo-os de
graça e de contentamento. Cabe a vocês escolher, cabe a
vocês levantar-se, os pés na terra, para elevarem-se às
Moradas de Paz suprema, onde nada pode afetar, onde a
única lei de Amor basta para manter sua Presença e sua
Ausência.

Então, no Fogo do Coração, na Onda do Éter, no canal


transdimensional por onde virá Maria, se ela já não veio,
acolham, sem condições e sem contemplações, a cada
sopro do ritmo de sua vida aqui embaixo. O Muito Alto
revela-se, doravante, cabe apenas a vocês deixar
florescer a flor eterna, a rosa de Amor.

Amados do Um, eu venho, com minha Brancura, facilitar


esse basculamento final na verdade eterna do Amor, na
verdade eterna do que vocês são. Deixem o Fogo, o Fogo
do Espírito, o batismo do Espírito e do Amor abrasar,
doravante, o coração e abrasar esse corpo, cuja finitude
não tem mais lugar de ser. Esqueçam-se das regras,
esqueçam-se das leis. Retenham apenas a lei de Amor.
Em qualquer circunstância, em qualquer ocasião do
tumulto desse mundo, a Paz está em vocês e ela está
inscrita desde sempre e na Eternidade. Desde o
primeiro sopro do Espírito, desde o primeiro mundo até
o último mundo, em cada experiência da consciência,
em cada estado do caminhante de Eternidade e do
peregrino de Eternidade. Aí, onde nenhum passo é
pesado, aí, onde nenhum caminho pode ser obstruído
por outra coisa que não a Liberdade, por outra coisa que
não os perfumes da Verdade, por outra coisa que não o
canto dos anjos.

Amados do Um, eu deposito aos seus pés as chaves da


Liberdade, eu deposito em seu Templo, se já não foi
feito, a verdade de sua Presença e de minha Presença.
Em minha irradiação e em sua irradiação conjuntas,
aqui e alhures, acolhamos a Graça, na qual nada pode
fazer falta, na qual nenhuma falta pode aparecer. E aí,
no silêncio de seu Templo, alimentado pelo Coro dos
Anjos que cantam em seus ouvidos e que anunciam o
apocalipse em curso, aquele da revelação, no qual
nenhuma mentira poderá manter-se em pé, para que
vocês mesmos permaneçam em pé na Eternidade de sua
Infinita Presença, como no Alfa e Ômega do Absoluto e
da Fonte.

Recolham em vocês a Água de Vida e o Fogo do Espírito.


Acolham em vocês a nova Terra e os novos céus.
Percebam e sintam o sopro dessa Liberdade, que
nenhuma liberdade de seu mundo pode acolher nem
mesmo considerar.

Escutem e ouçam, no silêncio de minhas palavras como


no ritmo de minhas frases, o que está além e envolve
isso com o perfume da Verdade, com a fragrância do
Amor, no qual a Paz é infinita. Então, eu os convido não
a seguir-me, mas a permanecer em sua Presença Una,
em qualquer circunstância desse mundo; a Paz está em
vocês, a Paz está com vocês.

Filhos do Um, cantemos juntos o canto do Silêncio e o


canto da beleza.

Nada mais há a fazer, bem ao contrário. Há apenas a


depositar todas as armas que possam restar em vocês,
aquelas de seu mental, aquelas de suas emoções e
aquelas dessa história falaciosa no confinamento.

Cantem, vocês mesmos, a Liberdade reencontrada, e


que ela irradie de sua Presença como de sua Ausência, a
cada minuto que se engrena e passa na ampulheta do
tempo, tal como foi isolado nesse mundo, o que os leva a
reencontrar o espaço sem fim e sem limite, o espaço
profundo que vai e que percorre de universo em
multiverso e que trabalha na revelação do Amor e no
retorno do Amor.

No Silêncio e na ausência de movimento criam-se cada


movimento e cada som, que nada pode frear nem
obscurecer.

Escutem e ouçam o batismo do Espírito que canta, em


seu coração, a alegria da Vida Una reencontrada. Então,
caminhem na paz. Então, escutem e abram sem freios
nem retenção. Para ver o que deve ser visto: a Verdade
nua e una. No silêncio de minhas palavras, eu abençoo
sua Presença e eu abençoo sua radiância, e chamo seu
coração à abertura infinita dos possíveis, e chamo seu
coração à cura da ilusão e à cura de todo sofrimento.

…Silêncio…

Assim, o batismo do Fogo regenerará essa Eternidade,


isso é agora e isso já está presente. Assim, ao escapar do
tempo que flui, o Fogo do Espírito porá fim à ilusão do
tempo, à ilusão desse mundo. O dia chegou de estar
vivo, o dia chegou de esquecer-se da morte, de
esquecer-se de si mesmo e de toda história. Voltando a
ser virgem no batismo do Espírito, o Fogo celeste
acompanhará o Fogo da Terra, o Fogo da alma exultará
no Espírito.

…Silêncio…

Escutem e ouçam o canto do céu e da Terra, que vem


ressoar na vida de cada um, e na vida de todos, que vem
oferecer-lhes aquilo em que vocês trabalharam,
ancoradores e semeadores de Luz, porta-estandartes de
Cristo em glória. Fiquem aí, porque nós estamos aí.

Escutem. A Coroa de glória coloca-se sobre sua cabeça, o


Coração Ascensional ressoa e canta o mesmo canto, a
mesma sinfonia, aquela da Paz que canta nos universos
e nos multiversos.
Uma harmonia perfeita vem retificar o tumulto. Fiquem
em acordo com o canto da Liberdade, fiquem em acordo
com a única lei eterna, aquela do Amor e do estado de
Graça, para que o Coro dos Anjos cante os louvores da
Ressurreição consumada.

Amados do Um, ousem ser, na totalidade, o que vocês já


vivem ou o que pressentem em si e que, no entanto, não
está, ainda, sempre atualizado na totalidade. Sejam
abençoados, porque vocês são, vocês mesmos, a bênção
da Vida.

Não escutem mais os barulhos do mundo, mas, bem


mais, fiquem na escuta e atentos ao canto da
Ressurreição, que canta em seus ouvidos e em seu
coração, elevando o Coração Ascensional.

…Silêncio…

Coloque-se nesse centro, no qual tudo é perfeito.


Coloque-se nesse centro, no qual só o Amor é a regra,
que restaura a Verdade Una. Coloquemo-nos, juntos, na
comunhão do Silêncio, ritmado por algumas palavras e
algumas frases que vêm apenas apoiar a vibração do
Amor e da Vida.

…Silêncio…

Tenham-se em pé, porque nada pode fazer cair a


verdade do Um.
Então, o Fogo do Coração ganhará em presença e em
intensidade, e vem apagar não, unicamente, em vocês,
mas em todo seu redor, o que pode opor-se, o que pode
ter medo, o que pode resistir.

…Silêncio…

Escutem, no silêncio da Presença, o canto da Eternidade


e da Paz. Aí está sua única nutrição autêntica, aí está o
único lugar nesse mundo, no qual a bênção é
permanente, de vocês para vocês, da Vida para vocês e
de vocês para toda a vida.

…Silêncio…

Voltem-se e revertam-se, aí, onde tudo é sustentado, aí,


onde tudo é resolução, aí, onde tudo é leveza. Aí, onde
nada pode interferir com a beleza de seu ser, que é a
beleza da Vida.

…Silêncio…

Deixem apagar-se o que apenas pede para morrer e


desaparecer, porque é ilusório. Vocês são a fonte de
água viva, é tempo de vivê-la. Assim, no espaço de
minhas palavras, aqui e alhures e em cada instante, eu
deposito o sopro regenerado da lei de Um. Instante de
Verdade, instante de passagem da morte à Vida.

…Silêncio…
Eu os convido ao esplendor, não aquele das aparências
ou da materialidade, mas aquele do Espírito vivo. Eu os
convido a ser vocês mesmos, sem condições e sem
resistências. Eu os convido ao Amor. Eu os convido a
estar prontos sem esperar amanhã, para viver a
Eternidade, em qualquer evolução desse corpo como da
história, porque aí está a fonte de água viva, aí está a
única nutrição, o maná celeste que não requer qualquer
cultura nem qualquer esforço.

…Silêncio…

Assim eu deposito, em vocês, a Luz branca, não mais


aquela da Obra no Branco, mas aquela da Obra Coroada,
na qual nenhuma cor prevalece sobre outra.

…Silêncio…

O semeador de Luz e o ancorador de Luz é chamado,


agora, a ser o farol de Luz, sem hipocrisias e sem
condições da lei de Amor, da lei de Verdade, na qual
nenhuma justiça é necessária, porque a justiça não pode
ser, mesmo, imaginada ou pensada.

Eu os convido ao riso infinito da Vida, ao riso infinito da


leveza. Eu os convido não mais ao banquete celeste, mas
ao banquete da Terra, que festeja, agora, sua Ascensão e
a verdade de sua Liberdade.

O Sol, em breve, reencontrará a Terra e a batizará em


seu nascimento em um mundo regenerado, no qual
nenhum entrave é permitido, no qual nenhum laço pode
aparecer. Aquele da transparência, aquele da criança
eterna maravilhada dela mesma, maravilhada da vida.

Eu lhes anuncio o maravilhoso, que se torna seu


quotidiano. Eu os convido a cantar a Liberdade em cada
silêncio, em cada alinhamento, em cada oração como em
cada meditação.

…Silêncio…

Então, cabe a vocês convidar o que é, de toda


eternidade, para nutrir a chama da Verdade.

Eu os convido, também, ao Silêncio, no qual toda forma


de consciência apaga-se, que o ego apavorado chama
o Neant e que, no entanto, é bem mais do que o Tudo,
porque engloba, também, o neant, e não deixa qualquer
lugar para a incerteza e qualquer lugar para o que vocês
nomeiam o acaso. Há necessidade, para cada um de
vocês, de ser a Verdade e de superar toda aparência e
toda ilusão, de acolher a Eternidade nesse efêmero, para
finalizar a fusão de seus corpos efêmeros e de seu corpo
eterno.

Eu os batizo no Espírito, em nome de Cristo e em nome


da Verdade, em nome do Amor, sinônimos, cada um, um
do outro. Eu os convido não mais à espera, nem mesmo
à esperança, porque tudo está consumado e tudo se
atualiza de maneira visível e sensível, mesmo para
aquele que se desvia, por medo, da verdade do Amor, da
verdade do Um.

Eu os convido à dança do Silêncio, na qual a harmonia


dos Elementos reanima o Éter de vida, o Éter de
Eternidade.

…Silêncio…

Cada dia ganhará, em vocês, a paz e a evidência. Cada


dia e cada sopro mais importante, mais intenso e, se
posso dizer, mais verdadeiro, que põe fim à presunção
da competição e ao efêmero de tudo isso.

A Água e o Fogo, enfim, unidos no mesmo ato de amor,


manifestam-se em vocês. Além, mesmo, do que vocês
nomeiam energia e vibrações, além, mesmo, do que
vocês nomeiam estruturas eternas, encontra-se o que
vocês são. Eu os convido a sê-lo. Eu os convido ao
Infinito do Amor.

…Silêncio…

Ouçam e escutem o canto da Imaculada Conceição e da


Imaculada Brancura, na qual nenhuma sombra e
nenhuma mancha podem aparecer. Eu os convido a
amar cada um, além de todo antagonismo ou de pessoas
residuais.

O Amor convida-os a superar todo sofrimento, toda falta


como toda incompreensão, porque o Amor é a
compreensão final, atualizada nesse mundo, do que
vocês são. A pessoa ali verá, sempre, a destruição, o
Espírito ali verá a glória da Ressurreição.

Eu os convido, também, a ajustar seu ponto de vista,


ampliando, sempre mais, a abertura ao Amor, para que
vocês também possam dizer, nesses últimos momentos:
“Pai, perdoe-os, porque eles não sabem o que fazem”.
Assim o Amor trabalhará na cura daqueles que estão,
ainda, doentes, naqueles que estão, ainda, adormecidos
nos horrores desse mundo, apesar da beleza da vida
que ali é mantida.

…Silêncio…

É tempo, agora, de pôr em prática o novo evangelho do


Amor para comungar com cada um na nova Eucaristia.
Eu venho aquecer, também, o que pode estar, ainda,
congelado, devido à história, devido à idade, devido ao
tempo, devido às obrigações, em qualquer domínio que
seja, impostos para adormecê-los, sempre mais, nos
horrores da sobrevivência e nos horrores do
esquecimento.

Escute. Escute e ouça o que eu lhe digo. Vá além,


mesmo, do sentido de minhas palavras.

Vá além de si mesmo no que você crê ser nesse mundo.


Supere toda aparência, junte-se à Infância, junte-se ao
simples e tudo se tornará evidente, se já não foi feito.
O parto da Terra já aconteceu, resta a você acompanhá-
lo, por sua própria libertação. No coração do Amor você
tem todos os recursos para reencontrar a fonte de seu
ser e sua eternidade. Você não tem necessidade de
outra coisa do que ser isso, sem nada excluir, portando
o mesmo olhar de Amor e a mesma vibração de Amor,
tanto em si como ao seu redor. Supere todo
antagonismo, toda luta, toda recriminação para com
quem quer que seja como para consigo mesmo. O
estado de Graça e a ação de Graça têm por efeito
realizar o grande perdão. Não aquele que é festejado a
cada ano, mas aquele do céu, que se produz nesse
momento. Eu não venho pedir-lhe para jejuar, mas ser
você mesmo, no jejum desse mundo. Eu não venho
pedir-lhe para isolar-se, mas, bem mais, revelar-se,
inteiramente. Quer seja pelas palavras, pelos atos, quer
seja em seu sono como em sua Infinita Presença.

Ouça o canto de seu ser e escute o que lhe diz a Vida no


interior de si, para que suas vestes efêmeras sejam
lavadas no sangue do cordeiro, reencontrando, assim,
sua virgindade, para deixar lugar ao corpo de
Eternidade. A cada sopro, o Amor tornar-se-á cada vez
mais Evidência, que se basta por si só, na qual nada
mais é necessário, porque o Amor está por toda a parte,
a partir do instante em que os véus são lavados no
sangue do cordeiro.

…Silêncio…
Não perca mais tempo, porque o tempo não é mais nem
contado nem descontado, porque os tempos estão aí,
em evidência, no interior de si e em evidência, também,
onde se porte seu olhar. A mentira está rachando, tanto
em você como em toda vida na superfície desse mundo,
para que nada do que lhe é, ainda, escondido,
permaneça.

Eu o convido à comunhão perpétua do Amor, à


simplicidade da vida. Eu o convido à sua própria
Liberdade.

Ouça e escute o que lhe diz o céu, o que lhe diz a Terra,
porque o céu e a Terra estão em seu coração, antes de
serem perceptíveis por seus sentidos. O momento
chegou para que o Sol junte-se à Terra, o momento
chegou para que o gêmeo do Sol desvende-se aos seus
olhos, o que assinala o decreto da Ascensão e da
Liberação. Ignore as últimas resistências, tanto as suas
como aquela do mundo, ligadas ao hábito, ligadas às
últimas predações, que tentam resistir à verdade do
Amor.

…Silêncio…

Peça, nesses tempos de Amor, o que você quer na co-


criação consciente, em seu feminino sagrado. Peça não a
satisfação dos sentidos, não a satisfação do efêmero,
mas a satisfação infinita de sua Eternidade.
Não há formulário a preencher, não há outra luz a
acender que não aquela que você é. Não há outra oração
que não aquela de estar na vida, além da vida desse
mundo, mesmo permanecendo e acompanhando esse
mundo em sua Ascensão e para sua Liberação.

…Silêncio…

Escute. Escute, no silêncio, esse canto da Liberdade, que


murmura em seu coração o Coro dos Anjos, anunciando
Aquele que vem – mas que jamais partiu.

…Silêncio…

Amado do Um e amado do Amor, o que você pode


temer, no Amor e na Paz, no Amor e na felicidade da
Graça? Olhe bem em si, porque o que pode temer não é
você, porque o que tem medo não é você, mas,
simplesmente, o obstáculo desse mundo, confinado há
tanto tempo e privado de liberdade. Mais do que nunca,
também, hoje, perdoe e ame aqueles que agiram ao
contrário do que você é, para controlar, refrear a
verdade do Amor. Nada lhes reprove porque, em face
disso, sua única arma é o Amor e a pureza da criança,
que nada pode poluir nem desviar.

Então, no silêncio de seu ser, a Graça cresce e a leveza


surge, enquanto vem a noite desse mundo. No mais
profundo da noite você renasce, não de suas cinzas,
mas, sim, do Fogo do Espírito, do Fogo da Criação.
Você deve ter, como Ele, os braços abertos, para tomar,
em seu coração, aquele que atravessa a tela de sua
consciência, seja ele seu amor ou seu inimigo, porque
não há qualquer diferença, se não é para a pessoa – mas
você não é mais isso.

…Silêncio…

Permita-me insistir para estar em você, porque eu sou,


também, o que você é, e isso, de toda a eternidade.
Então, eu derramarei em seu coração o bálsamo
consecutivo à espada de Miguel, que lhe dá a leveza.
Qualquer que seja o sofrimento do efêmero, de seu
corpo ou desse mundo, a Eternidade desvenda-se na
Graça e na felicidade. No momento final, você
permanecerá em êxtase durante a estase, que o nutre do
Amor e do êxtase infinito do gozo eterno, que não será
mais, unicamente, limitado a um ato nomeado sexual ou
afetivo, mas, bem mais, que se gera de si mesmo a cada
sopro.

…Silêncio…

Então, eu posso, eu também, dizer-lhe: “Meu amigo, meu


amado”.

…Silêncio…

Em cada canto de seus espaços, tanto interiores como


exteriores, eu serei a Brancura da Verdade, que não é
outra que não você mesmo, a partir do instante em que
você acolhe a simplicidade e a Infância, inteiramente, e
sem condições. Sim, você, que duvida, ainda, da
Verdade, você, que se segura, ainda, a esse corpo ou a
essa vida, mais do que à sua própria eternidade, abra-
se, para que a prova da Eternidade derrame-se em você,
inteiramente, o que põe fim, assim, a toda questão e a
toda interrogação.

Meu amigo, meu amado, você ouve o canto da


Liberdade? Nesse momento, não é mais questão de
espera ou de esperança, mas sim, verdadeiramente, da
verdade do instante, da verdade do Amor.

Você ouve suas células cantarem e crepitarem no fogo


de alegria do batismo da Ressurreição?

Você ouve Aquele que se aproxima e que já está aí, e que


virá como o ladrão na noite? Doravante, sua casa está
limpa. O que quer que você pense e o que quer que diga,
o que quer que você sofra ou o que quer que lhe falte, a
Verdade não está aí. No Amor nada há a preencher,
nada há que falte. Então, escolha, em lucidez e em
conhecimento de causa, supere, assim, o mundo da
causalidade e acolha o mundo da Graça, no qual nada é
separado, no qual nada domina, no qual nada força. Isso
já está aí, na totalidade. Não no que seus sentidos
percebem, mas, bem mais, no fim de toda busca, no fim
de toda falta.
Você, que está aí, você, que está em outros lugares,
escute e ouça.

…Silêncio…

Acolha e recolha o sorriso da Vida. Não aquele que você


vive aqui embaixo, mas, sim, aquele da eternidade de
sua Presença, pondo fim aqui embaixo.

…Silêncio…

Não hesite mais e ouse, enfim, ser a Verdade. Ouse e


coloque-se onde você está, aqui ou alhures, e dancemos,
juntos, a dança do Silêncio e a dança da Evidência.

Nutra-se da alegria, nesse instante, aqui e alhures, como


em todo instante doravante.

…Silêncio…

Repouse, enfim, porque você chega ao fim do caminho


ilusório da vida nesse mundo, na qual o fazem crer que
há algo a melhorar, a ganhar, até o momento em que
você desaparece, nada levando do que é efêmero e que
renasce, sem parar, no sofrimento e na falta.

Por três vezes eu canto em você o grito de alegria da


Liberdade ritmada pelo Amor.

…Silêncio…
Assim, vá na paz. Assim, seja a Paz. Assim seja. E,
também, eu posso dizer-lhe, de meu coração ao seu
coração, que é apenas o mesmo coração: “Eu o saúdo”.
Assim, eu posso calar-me, após ter depositado em você
o Verbo vivificante e eterno. Assim o Verbo Criador
descerra seus lábios e seu coração, para que tudo o que
você possa dizer ou pensar seja marcado a ferro quente
do Amor verdadeiro e não mais por qualquer
preocupação do efêmero.

Assim se descerram seus olhos, para que nenhuma


palha ou nenhum feixe possa impedi-lo de ver com o
coração, através de toda aparência. Então, eu lhe digo, e
essa será minha última palavra neste dia: “Eu o amo”.

Eu sou Uriel, anjo da Presença e Arcanjo da Reversão.

Eu lhe digo até sempre e sempre, no coração do Um. E


permita-me selar com meus lábios o seu coração, para
que ele esteja selado para sempre, na Liberdade e no
Amor. Aqui e alhures, quer você me escute, quer você
me leia, eu lhe dou a minha Paz, e eu o devolvo a si
mesmo.

Tradução: Célia G
16 de Março 2016
O Canto da Ressurreição

E u sou Uriel, anjo da Presença e Arcanjo da Reversão.


Bem amados filhos da lei de Um, por minha
Presença, por meus silêncios e por minhas palavras,
acolhamo-nos na Paz do Único.

…Silêncio…

Na hora em que Miguel rasga o céu com Sua Presença, a


minha Presença no Branco do Único vem em vocês,
despertando-os a si mesmos. Assim é a hora da
Ressurreição e da Paz, assim é o tempo do Amor, que
não conta mais o tempo e que não desconta mais as
horas, para viver a serenidade e a eternidade da Paz, em
qualquer circunstância que seja. Então, como Ele disse,
há dois mil anos, eu lhes digo: “Paz”. Paz a vocês, Paz em
vocês e Paz nesse mundo, em qualquer dor de parto que
seja.

Escute, filho do Único, você, que está aí, você, que ouve,
você, que lê e você, que faz silêncio em minha presença.
Unamo-nos no Um e no Único. Na Verdade e no Único,
no Branco imaculado da virgindade, eu o acolho, como o
acolhem os Mundos Livres na ronda dos planetas, na
ronda das estrelas. Na Fonte, como no Absoluto, revela-
se a consciência livre e liberada de toda ofensa e de toda
coação. Você, ouça. Ouça a hora de sua ressurreição,
porque soa o canto do céu e da Terra, porque canta seu
coração exultante à verdade e ao inefável de Cristo.

Coloque-se, aí onde você está. Deposite todo fardo e


toda queixa no coração do Único, no qual o Fogo Ígneo
vem transfigurar o que deve sê-lo, ainda, e forja sua
imensidade e sua eternidade. Coloque-se, em todo lugar
e em todo tempo. Deposite as ofensas feitas à sua
eternidade, como feitas a cada um, no confinamento.

Veja e escute. A hora é para a Luz, a hora é para Maria, a


hora é para a sua Presença, como para sua Ausência. A
hora é para o Único, o tempo não é mais contado, nem,
mesmo, descontado. No espaço em que se abole o
tempo, no tempo em que se abole o espaço, é chegado o
tempo da Ressurreição. Anunciadas pelo Coro dos
Anjos, as Trombetas do apocalipse soam a hora do fim
para o que não é verdadeiro, e a hora do renascimento e
da Ressurreição para o que jamais pôde desaparecer.
Então, apareça para si mesmo, no esplendor do Fogo
Ígneo, no esplendor de Cristo, na Graça do Espírito do
Sol e pelo canto do Coro dos Anjos. Eu venho convidá-lo,
por minha vez, a reencontrar-se na totalidade, a
reencontrar-se, a si mesmo, e a reencontrar cada um, no
coração do Um, no Coração do Coração.

Ouça, ouça seu coração, que canta sua própria


Ressurreição. Ouça seu coração, que vibra e que vive
diferentemente, em uma nova oitava da manifestação
livre nos Mundos Livres. Abra o que deve, ainda,
aparecer-lhe como que necessite de uma abertura
qualquer. Nada foi, jamais, fechado, nada, jamais,
desapareceu, mas apenas afastou-se do olho de sua
consciência. Filho do Único, filho do Verdadeiro, filho do
belo, a hora é para o parto, a hora é para o nascimento, a
hora é para a Ressurreição.

Faça silêncio dos ruídos desse mundo, faça silêncio das


vontades da pessoa, faça silêncio do que não dura, e
deixe a Eternidade tocar e aparecer, mesmo em seu
mundo, aí, onde o tempo e o espaço vivem seus tempos
contados, seus tempos finais. É chegado o tempo do
cordeiro, no qual o sacrifício de suas vestes passará à
Eternidade, na qual ninguém julga quem quer que seja,
se não é sua própria consciência no posicionamento em
que ela se tem, no posicionamento em que ela sonha
estar para que você seja saciado, para que nenhuma
falta possa aparecer segundo o jogo de sua consciência,
segundo o jogo da vida.

Bem amado filho único, você, gerado nas dores nesse


mundo, gerado na saída na Alegria, na Paz e na
serenidade, não há qualquer fim, exceto para o que tem
um fim, não há qualquer início para o que jamais
desapareceu, não há qualquer meio para o que está no
meio de si, a cada instante e a cada momento. Abra as
válvulas do Amor, abra o que merece aparecer na
beleza, na Verdade. Ouça e escute e, sobretudo, veja,
agora, a consequência e o regozijo de suas ações
realizadas na superfície desse mundo, a procurar sua
eternidade.

Agora, voltado para si e em si, você se descobre só, e


onde há o Tudo presente. De um a um, de todos a cada
um, a mesma dança, o mesmo silêncio, o mesmo
estupor, a mesma alegria, o mesmo terror, a única
mesma verdade que tem por nome Amor e Luz, na qual
nenhuma dúvida pode aparecer, na qual nenhum
mental pode cavalgar sozinho, e deixa a sela aos
Cavaleiros que vêm dos Elementos e que abrem a ronda
do Éter, que restabelecem o Éter de vida e de verdade
nesse mundo, em suas profundezas como em sua
superfície. Olhe seu céu, olhe a Terra, para ver o
Verdadeiro. Tenha-se a meia distância de um e do outro,
ao Centro do Centro, no Coração do Coração, aí, onde
vive a Verdade, aí, onde vive a Eternidade.

E lembre-se, escute e ouça, por minha Presença e meu


Silêncio, o canto do Verdadeiro, o canto do Silêncio, a
verdade da Infância, a verdade do Amor. Aquele que não
conhece qualquer condição, qualquer restrição, como
qualquer entusiasmo. Seja imutável. Qualquer que seja o
jogo de sua consciência nesse mundo, como em
qualquer mundo, qualquer que seja sua origem e
quaisquer que sejam suas linhagens, qualquer que seja
sua idade e qualquer que seja seu sexo, qualquer que
seja aquilo a que você tenha aderido, deixe cair e
esvanecer-se tudo isso, porque nada disso lhe pertence
em verdade, e nada disso é verdade.

Eu o convido, por minha vez, a entrar no Branco


imaculado do renascimento e da Ressurreição. Eu o
convido a nutrir-se desse Branco, a nutrir-se dessa
Unidade que provém não mais de mim, não mais de uns
e dos outros, mas, unicamente, de si mesmo, em face de
si mesmo. Deixe ressoar o que deve aparecer, deixe ser
visto o que deve ser visto e deixe esvanecer-se o que se
esvanece por si só, nos tempos do efêmero que tocam
ao seu fim. Aí está o momento, aí está o espaço no qual
você se situa, no qual se desenrola o que deve
desenrolar-se, agora e a cada sopro.

Ouça-me, filho do Único, escute-me e veja-me, para ver-


se na imaculada concepção de sua beleza virginal e
eterna na qual você está, doravante, inscrito, o que o
prepara, o melhor possível, aos ritos da Passagem e aos
ritos da transmutação, o que lhe dá a emergir, na
finalidade, o que você é. Cada fim é um início e cada
início é um fim, assim são os ritmos nesse mundo que
você pisa. Eles estão, no entanto, bem ausentes naqueles
que você pisará, na aurora de sua eternidade, e que o
leva a situar-se ainda mais na Alegria, ainda mais na Paz
e ainda mais, se posso dizer, na verdade eterna de sua
essência.
Filho do Único, você, sim, veja. Veja o que você é e
aceite, integralmente, a verdade de seu ser, a verdade
de sua essência, além de todo parecer e além de todo
nascimento. Você, que renasceu pelo Fogo Ígneo, no
Coro dos Anjos e na presença do Espírito do Sol, na
presença dos anjos, na presença das Estrelas, dos
Anciões e de tudo o que vive na Unidade e na
consciência, você é convidado não mais às núpcias
efêmeras, mas, sim, à realidade da Eternidade, à
Verdade Una e indissociável de cada consciência, de
cada ser, na qual tudo é Um, em verdade e em unidade.

Amado do Um, você que se tem aí, em pé ou deitado,


você que se tem aí, de olhos fechados ou abertos, você
que espera seu próprio coração em sua magnificência,
despoje-se de todos os seus ornamentos, de todas as
suas crenças, de todas as suas palavras e de todas as
suas histórias, porque nada disso pertence-lhe no
efêmero. Tudo isso faz apenas passar e morre, agora,
nos espasmos da felicidade enfim reencontrada ou em
vias de ser recuperada.

Coloque-se e deposite todo fardo, seja livre para ser


liberado. Seja liberado, para ser livre de sua própria
consciência. Abrase, com o mesmo olhar e o mesmo
amor, o conjunto de circunstâncias desse mundo como
de seu corpo, e reencontre-se. Eu lhe lanço o meu apelo,
aquele de minha Presença e de minha Ausência, assim
como de meus silêncios no Templo sagrado de seu
coração, aí, onde vive e aí, onde vem Aquele que jamais
nasceu e que jamais morreu.

Esqueça-se das dores de toda separação e de toda falta


porque, na vida eterna ressuscitada, nada pode faltar do
que faz o ornamento real e eterno da própria
consciência, em qualquer plano que seja. Você, de
qualquer plano que você venha, estabeleça-se além de
todo plano, na Morada de Paz Suprema, aí, onde não
existe qualquer interferência e qualquer dissonância. Eu
o convido a estar presente, eu o convido a desaparecer
no contentamento eterno do Amor, que lhe traz, então, a
Água de Vida, que põe fim a toda sede e a todo
sofrimento.

Coloque-se e escute, agora, no silêncio, o que eu tenho a


dizer-lhe no Templo de seu coração. Coloque-se e
repouse, para que eu me coloque em seu centro e em
seu silêncio, para fazê-lo ver o que você é, para fazê-lo
viver o que você é, agora e já, se você o acolhe e aceita.
Assim flui a verdadeira Vida no Único, assim flui a
experiência privada de todo sofrimento e de toda
dualidade.

Eu o convido a colocar-se em seu coração, eu o convido


a recolher-se comigo, em seu Templo, no qual você e eu
somos apenas Um. Eu o convido a ouvir-se no repouso,
a ouvir-se no silêncio, a colocar-se e a deixar a obra da
Ressurreição operar-se. Ela não tem necessidade de
você, nem de suas dúvidas, nem de seus pedidos, mas
apenas de seu sim, definitivo, real e irremediável, para
sua eternidade.

No Branco de minha Presença, na brancura virginal de


seu coração ardente, eu deposito, em você, o Fogo Ígneo,
eu deposito, em você, as sementes da vida eterna, que se
revelam nesse mundo, como em você.

Eu o convido, enfim, a amar sem diferença e sem


distinção o que a vida dá a você. Eu o convido à vida
eterna. Escute o som de sua própria ressurreição.
Escute o silêncio de sua liberdade. Veja o Branco
imaculado da pureza que transcende, assim, toda forma
e todo limite de forma.

Eu o convido a descobrir e a redescobrir o sem forma e


o sem nome.

…Silêncio…

Aí, agora e de imediato, repousemos juntos, mão na mão


e coração no coração. Do mesmo modo, convide,
também, tudo o que pode parecer-lhe, tanto em si como
fora de você, oposto à Luz, reticência, resistência ou
medo, para fundir-se no sem nome e no sem forma de
meu Branco.

…Silêncio…
Eu o convido ao Éter de vida, eu o convido,
simplesmente, à verdadeira Vida. Recolha, em seu
Templo, vaso sagrado da Eternidade, o sangue do
cordeiro. Eu o convido à comunhão perpétua, à
celebração eterna do Amor e da Luz. Isso, mesmo se
está, ainda, adormecido em você, não poderá mais ficar,
porque a hora do despertar soou.

Então, soam as Trombetas de seu coração. Então, soam,


em você, os cantos da alma ou os cantos do Espírito.
Então, revela-se, em você, o canto do amor, sinfonia
perpétua do Coro dos Anjos, louvando a Vida e vivendo,
eles mesmos.

…Silêncio…

Ofereça-se à Verdade, ofereça-se ao regozijo infinito do


êxtase perpétuo. Aí onde você está colocado, os pés na
terra, transmute, deixe efusionar-se o que já está aí e
ouça-o.

Eu poderia dizer-lhe: meu amigo, meu amado, meu


irmão. Mesmo se eu não seja humano, você é, tanto
quanto eu, esse anjo de luz, esse ser de perfeição que faz
apenas viver a vontade da experiência, a vontade da
Fonte, sem qualquer distância e sem qualquer errância.

…Silêncio…
Eu venho ressoar em você, como você ressoa em mim,
para que nenhuma razão possa interferir nesse canto do
Amor.

…Silêncio…

Você, cujo coração palpita e levanta-se de alegria, e vem


ao encontro Daquele que volta como partiu, pelos céus.
Revestido de seu hábito de luz ou hábito de eternidade,
de sua veste sem costura, deixe o Coração do Coração
trabalhar e repouse. Nada mais há a esperar, nem
mesmo a temer, porque a tela do mundo como a tela de
sua pessoa mostra-lhe o que está presente em seu
coração e à sua porta.

…Silêncio…

Coloque-se e veja o que nenhum olho humano jamais


viu, e veja o que nenhum discurso pode traduzir, o que
nenhuma palavra pode atingir, o que não tem
necessidade de qualquer razão nem de qualquer
causalidade.

Você, que renasce outra vez, coloque-se em mim.

…Silêncio…

Então, juntos, nós nos colocamos. Então, juntos, nós


acolhemos o coroamento de sua obra. Então, juntos,
colocamos sob a terra o que deve retornar à terra e
remetemos ao céu o que provém do céu, para que nunca
mais o céu e a terra sejam separados ou divididos. Veja
o canto e a dança do Amor, tais como eles se
apresentam para além de toda forma e de toda
dimensão.

…Silêncio…

Escute. Escute e veja o que eu quero fazê-lo ouvir, o


canto da Evidência, o canto do Amor, o canto do Único.
Você, Filho Ardente do Sol, renasça outra vez, seque
todas as lágrimas do passado e substitua-as pelas
lágrimas da alegria dos reencontros. Você, cuja palavra
torna-se Verbo, levante-se e ande. Voe comigo, nos
espaços da Liberdade, nos espaços da Unidade.

…Silêncio…

Coloquemo-nos, você e eu. Aí, onde você está e aí, onde


eu estou, não há mais distância, não há mais barreiras,
há apenas a ressonância do Único.

…Silêncio…

Veja, veja sua Infinita Presença. Veja sua Morada de Paz,


para que nunca mais a Luz pareça apagar-se.

…Silêncio…

Abrande o que lhe parece ter necessidade de ser


abrandado. Abrande-se, e deixe a confiança em sua
eternidade revelar-se, na totalidade.
Na ronda de nossas duas Presenças, que faz apenas Um,
nós cantamos, juntos, os louvores da Luz e do Amor.
Coloquemo-nos onde nenhuma palavra pode descrever
o que é.

Aí, no eterno repouso, no qual nada custa, no qual


nenhum esforço é aparente, eu o convido a todos os
possíveis do Amor, eu o convido a reconhecer-se, enfim,
e a ver-se, assim, em sua eternidade. Acolha o batismo
do Espírito e celebre sua ressurreição, como eu a
celebro, com você e em você.

…Silêncio…

E aí, juntos, onde não há mais diferença entre você e eu,


eu o convido a estar no ser ou além de todo ser, e
celebrar, juntos, o mistério da Ressurreição e o mistério
da Vida.

…Silêncio…

Escute e veja.

…Silêncio…

Deixe o batismo do Espírito caminhar em seu coração.


Acolha cada um, como eu acolho cada um, mesmo
aquele que o renegue ou que exprima sua raiva. Acolha,
sem restrição e sem exceção, e veja, aí, o resultado e as
consequências.

…Silêncio…
Sinta essa verdadeira Vida nova florir em você e
respirar.

…Silêncio…

Dê-se integralmente, porque tudo o que você não dá a si


mesmo é perdido. No Amor não pode existir perda,
porque tudo é ganho e tudo é lucro, não lucros venais da
Terra, mas lucros da experiência da consciência e da
Vida.

…Silêncio…

Assim, você descobre que tudo está consumado e que


tudo está realizado. Permaneça na paz e na eternidade.

Coloque-se onde nada pode opor-se, onde nada pode


ser contraditado. Venha e siga-me, e ande, assim, em
seus próprios passos, aqueles de sua eternidade.

…Silêncio…

E aí, juntos, em meu Branco e em seu Branco,


desaparece toda ideia e toda sensação de ser alguém
nesse mundo.

…Silêncio…

Veja e escute esse silêncio tão pleno de todos os cantos


e de todas as danças da vida. Assim, eu aponho, em
você, não o meu selo, mas o selo da Liberdade, que não
conhece qualquer traçado nem qualquer geometria,
porque essência livre de toda vida.

…Silêncio…

Assim se traça, em você, o equilíbrio do aquário, a Água


fecundada e vivificada pelo Fogo Ígneo.

…Silêncio…

Você, que me ouviu e que me viu, você se vê, enfim, tal


como você é, além da forma e além da história.

…Silêncio…

Veja o que eu lhe ofereço, que o restitui a si mesmo.

…Silêncio…

Assim eu canto, em você, o canto da Ressurreição, assim


eu danço, em você, a dança do Silêncio.

…Silêncio…

Vamos sorrir, juntos, à felicidade da vida eterna, e rir,


juntos, do que está morto e do que morre no efêmero.
Participando, juntos, da mesma vida e da mesma
liberdade, então, eu lhe digo: meu irmão, você, o
humano irmão do anjo, irmão de sangue no sangue de
Cristo.

…Silêncio…
Enfim, você se juntou a mim e eu a você.

…Silêncio…

Fique aí e não nos deixemos mais.

Ouça, ouça e veja Aquele que vem. Ouça e veja aquela


que o recobre com seu Manto de Graça. Ouça e veja a
beleza que você é. Escute, escute meus silêncios, eles
são ricos e plenos de sua Presença.

…Silêncio…

Assim eu permaneço e assim você permanece. Então,


juntos, nós podemos dizer: “Assim seja”. Em seu nome
eu aponho, em você, o selo da Liberdade. Assim se
coloca, em você, o selo da Verdade.

…Silêncio…

Eu lhe peço sua bênção para experimentar seu Amor e


dele aproveitar, porque ele é doação, doação da Graça e
doação de si mesmo.

…Silêncio…

Ame, porque você é amado, porque você é o Amor.

Permaneça assim, com evidência. Permaneça assim,


qualquer que seja sua morada.
Então, agora, deposite as suas palavras, enquanto eu
deposito as minhas palavras.

Nesse batismo, você ressuscita. Nesse batismo, você se


abrasa de Amor. Nesse batismo, você renasceu.

…Silêncio…

Veja sem restrição. Você, o amigo, o irmão e o amado, eu


lhe dou vida, como você me deu vida.

Permaneça assim, na extinção de minhas palavras.


Permaneça assim.

Eu o abençoo em meu Branco e em seu ilimitado.

Eu sou Uriel, anjo da Presença e Arcanjo da Reversão.


Eu sou você, anjo revelado e que passa pela porta da
Eternidade.

…Silêncio…

Assim é a Eternidade esculpida em letras de fogo


imortal em seu Templo de vida.

Permaneça assim alguns instantes. Eu o saúdo.

Paz a você e Paz em você.

Até logo.
Tradução: Célia G
4 de Maio 2016
O Canalizador

Jean-Luc Ayoun nasceu na França e


hoje reside na Espanha. É médico
especializado em medicina chinesa e
cristaloterapia.

Como médium canalizador, canalizou mais de 60 seres


(Intervenientes) que trouxeram ensinamentos e ajustes
necessários a cada um, com o propósito de facilitar o
processo do despertar espiritual, para a realidade de
quem somos, nosso reencontro com o Estado Natural e
a vivência de Agapè, o Amor indizível.
Edição, Diagramação e Arte

https://www.facebook.com/editorashantinilaya

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