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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

História da Química

Julaica Pedro Manhique, 708201092

Curso: Licenciatura em Ensino de Química

Disciplina: História da Química

Ano: 4º

Docente: Filomeno Inrroga

Maputo, Junho de 2023


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Capa 0.5
Índice 05
Estrutura Aspectos Introdução 0.5
organizacionais Discussão 05
Conclusão 0.5
Bibliografia 05
Introdução Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia 2.0
adequada ao
objectivo do trabalho
Conteúdo Análise e Articulação e 2.0
discussão domínio do discurso
académico
(expressão escrita
cuidada, coerência/
coesão textual)
Revisão 2.0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração de dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Formatação Paginação tipo e 1.0
Aspectos tamanho de letra,
gerais paragrafo,
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6 Rigor e coerência
Referencias edição em das citações/
Bibliográficas citação e referências 4.0
bibliografia bibliográficas
ÍNDICE

Conteúdo Páginas
CAPÍTULO: I ............................................................................................................................... 1

1. Introdução .............................................................................................................................. 1

1.1. Objetivos: ........................................................................................................................... 1

1.1.1. Geral: .............................................................................................................................. 1

1.1.2. Específicos: ......................................................................................................................... 1

CAPÍTULO: II REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 2

2. História da química ............................................................................................................... 2

2.1. Mariotte Boyle ................................................................................................................... 2

2.2. Joseph Priestley ................................................................................................................. 2

2.3. Lavoisier ............................................................................................................................ 3

2.4. Nicolau Copérnico ............................................................................................................. 3

2.5. Leonardo Da Vinci ............................................................................................................ 4

2.6. Galileu Galilei .................................................................................................................... 5

2.7. Robert Boyle ...................................................................................................................... 6

2.8. Significado da teoria de evolução ...................................................................................... 6

2.9. Método cientifico ............................................................................................................... 7

2.10. Conhecimento cientifico ................................................................................................ 8

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 10

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 11


CAPÍTULO: I
1. Introdução

Para estudarmos o conhecimento científico, precisamos entender que ele não é o único
conhecimento que os seres humanos possuem, ou seja, os conhecimentos, em geral, se expressam
em dois mundos, cotidiano e cientifico. Apesar da diferenciação existente entre eles, não se pode
negar a condição imersa de todo indivíduo na cotidianidade, já que a atividade social é inerente
ao sujeito. Ao considerar essa dinâmica não se justifica ceder uma valorização excêntrica ao
conhecimento cientifico em detrimento do conhecimento comum ou cotidiano.

Com o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da indústria no final do século XIX, surge


um entusiasmo e crença no progresso humano, exaltado pela corrente filosófica denominada
positivismo, que teve como precursores Augusto Comte (1789- 1857), Herbert Spencer (1820-
1903), Émile Durkheim (1858-1917), e como característica principal o primado da ciência, ou
seja, a busca do conhecimento através de dados empíricos e das leis que regem a natureza.

O presente trabalho tem objetivo principal elaborar um resumo sobre história da química.

1.1. Objetivos:
1.1.1. Geral:
 Elaborar um resumo sobre história da química.

1.1.2. Específicos:

 Descrever os ideais de Mariotte Boyle, Joseph Priestley, Lavoisier, Nicolau Copérnico,


Leonardo Da Vinci, Galileu Galilei e Robert Boyle;

 Debruçar sobre significado da teoria de evolução;

 Caracterizar o método e conhecimento cientifico.

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CAPÍTULO: II REFERENCIAL TEÓRICO
2. História da química
2.1. Mariotte Boyle

O cientista Robert Boyle (1627-1691), aperfeiçoou a já existente máquina pneumática,


diferenciou uma combinação química de uma mistura, fez estudos sobre o vácuo e a pressão
atmosférica, e também enunciou a lei da compressibilidade dos gases. Dezessete anos depois
Edme Mariotte (1620-1684), utilizando o mesmo aparelho utilizado por Boyle também estudou
o comportamento do volume dos gases estáticos submetidos a diferentes pressões a temperatura
constante. Desta forma a Lei Boyle-Mariotte foi enunciada como: “Sob temperatura constante
(T), o volume (V), ocupado por uma certa massa de gás é inversamente proporcional à pressão
(P) a qual o gás é submetido” (Mariotte, 1985).

A Lei de Boyle-Mariotte é rigorosamente válida para os gases ideais e se aproxima em gases


reais.

Partindo-se da lei para os gases idéias:

P𝑥V=n𝑥R𝑥T

Sendo os parâmetros n (quantidade de substância), R (constante universal dos gases reais ou


perfeitos) e T (temperatura são constantes, tem-se:

P 𝑥 V = constante

Logo,

P1 𝑥 V1 = P2 𝑥 V2 = P3 𝑥 V3 = PN 𝑥 VN = Constante

Nessa expressão a pressão total (P) é a soma da pressão atmosférica (p°) e a pressão exercida
pelo manômetro (p), logo reformulando a expressão:

(p°+ p) 𝑥 V = constante.

2.2. Joseph Priestley

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Profundamente interessado em química e física, e autor de um livro de sucesso, A história e o
estado atual da eletricidade (1767), Priestley decidiu que também devia fazer experiências com
o ar. Priestley também descobriu que as plantas “restauravam” o ar respirado por um rato ou
alterado pela presença de uma vela acesa. Lavoisier detona a teoria do flogisto O homem que
finalmente resolveu o problema, rejeitando a teoria do flogisto foi Antoine-Laurent de Lavoisier.
Nascido em 1743, era funcionário do governo parisiense com talento para a ciência. Foi
certamente uma grande perda para a comunidade científica o fato de ter sido morto na guilhotina,
em 1794, durante o reinado do Terror da Revolução Francesa. O matemático Lagrange observou:
“Eles precisaram apenas de um instante para cortar aquela cabeça, e uma centena de anos podem
não vir a produzir outra semelhante” (GREENBERG, 2009).

2.3. Lavoisier

Lavoisier realizou várias experiências, não apenas produzindo água, mas também investigando a
ação precisa dos ácidos sobre os metais e a produção, durante essas últimas experiências, de “ar
inflamável”. O resultado foi reconhecer que a água se divide em certas circunstâncias, dando seu
principe oxygine, por um lado, e um princípio da água principe hydrogen (do grego “hydor”,
“água”), por outro

Lavoisier mostrou como o oxigênio e o hidrogênio realizavam cada qual uma parte, e foi capaz
de formular uma máquina totalmente nova sem invocar o “elemento fogo”, o flogisto. Em 1789,
Lavoisier apresentou seu famoso Tratado Elementar de Química, o qual, com sua clareza e
abrangência, popularizou as novas ideias. Um novo dia para a química tinha raiado afinal. As
descobertas de Lavoisier Uma vez realizado esse reconhecimento, uma porção de reações
químicas podia, agora, ser explicada de modo mais eficaz, e isso se aplicava especial- mente ao
caso de reações que envolviam ácidos que atuavam sobre metais.

2.4. Nicolau Copérnico

Do princípio do século XVII ao fim do século XVIII, o aspecto geral do mundo natural alterou-
se. A revolução que Copérnico iniciou transformando a astronomia e a física: houve o completo
rompimento com os últimos vestígios do universo aristotélico. A matemática tomou-se uma
ferramenta cada vez mais essencial para as ciências físicas; os resultados eram expressos em

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números. Do princípio do século XVII ao fim do século XVIII, o aspecto geral do mundo natural
alterou-se. A revolução que Copérnico iniciou transformando a astronomia e a física: houve o
completo rompimento com os últimos vestígios do universo aristotélico. A matemática tomou-
se uma ferramenta cada vez mais essencial para as ciências físicas; os resultados eram expressos
em números (GREENBERG, 2009).

2.5. Leonardo Da Vinci

Leonardo vive um tempo histórico que sem define a si mesmo como um tempo de Renascimento.
E entende Renascimento, no seu significado literal, como renascença do homem, nascimento,
outra vez, do homem, de um homem novo e renovado (por oposição ao homem medieval).
Nascimento ou, mais precisamente, renascimento do homem para o homem, para uma vida
autenticamente humana, porque fundada naquilo que o homem tem de mais seu: as artes, a
instrução, a investigação, e que fazem dele um ser diferente de todos os outros. Enfim, regresso
do homem a si mesmo, regresso do homem à sua dimensão humana. Para que o homem se possa
reencontrar a si mesmo como homem, o renascimento aponta como caminho o "regresso às
origens", o "regresso às fontes". As fontes originais encontram-se na antiguidade clássica e nas
suas produções culturais. O que devia renascer eram, portanto, a arte e a cultura clássicas e,
através delas, o homem (FONSECA, 1997).

A Idade Média aparece, aos olhos dos renascentistas, apenas como "uma longa noite de mil anos",
uma época de trevas e de obscurantismo, um tempo em que o homem, totalmente esquecido de
si, morre para fazer viver Deus e, por isso, uma época a esquecer, um interregno na vida do
homem - eis porque lhe chamaram Idade Média, isto é, uma idade que medeia, que está entre
parêntesis e que é um parêntesis na vida e na história do homem, época de sono em que o homem
adormeceu. Após a longa. Idade Média trata-se, agora, de recordar o homem, de recomeçar a
partir do ponto em que a vida foi interrompida pelo sono, de renascer. E esse ponto original,
brutalmente interrompido pela medievalidade, essas fontes esquecidas, encontram-se na clara
luminosidade da época clássica, na antiguidade grega e latina, sobretudo nos textos que produziu.
Conhecer em primeira mão os textos clássicos e os autores clássicos, ler, no original, em grego e
em latim - os textos que esses autores escreveram, beber a cultura original. Exige-se, pois, uma
leitura directa dos grandes autores clássicos, recusando os processos medievais do conhecimento

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através de comentários. E eis o traço mais característico do renascimento, o humanismo
(ABBAGNANO, 1984).

O humanismo renascentista é também um humanismo muito mais individualista que o da época


clássica. Não somos apenas homens, com algo comum a todos os homens, somos também
indivíduos, com algo único. Esta ideia deu origem, no Renascimento, a uma veneração do génio.
O ideal de homem e todas as épocas o têm, é precisamente aquilo a que hoje chamamos o homem
renascentista, isto é, um homem que se ocupa e se interessa por todos os domínios da vida, da
arte e da ciência, um homem a que nada do que é humano pode ser alheio. E, neste aspecto,
Leonardo da Vinci, é o homem típico do renascimento porque, mais que em nenhuma outra
personalidade, nele se realiza esse ideal (ANDRÉ, 1987).

2.6. Galileu Galilei

Galileu Galilei (1564 - 1642) foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano e teve um
papel fundamental revolução científica. Ele desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do
movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e
enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da
mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e terá sido o
primeiro a utilizá-lo para fazer observações astronômicas. Com ele descobriu as manchas solares,
as montanhas da Lua, as fases de Vênus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as
estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do
heliocentrismo (NEVES, 2008).

Contudo a principal contributo de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava
numa metodologia aristotélica. Desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança
hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termômetro
de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu,
constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a este
Galileu é considerado como o “pai da ciência moderna. Durante os séculos XVII e XVIII, novos
desenvolvimentos da química deveram sua origem a várias experiências, realizadas no século
XVII, sobre a combustão e a respiração com o emprego de bombas de vácuo Foi Galileu quem,

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em 1638, em seus Discursos referentes a duas novas ciências, mostrou que, apesar da declaração
de Aristóteles de que não podia haver algo como o vácuo, este podia ser gerado sem grandes
dificuldades. Essa pesquisa foi continuada por seu discípulo Torricelli e por Otto von Guericke,
na Alemanha (FARIAS, 2008).

2.7. Robert Boyle

Um notável pesquisador foi Robert Hooke (1635-1703) Filho doentio de um pastor protestante,
Hooke que na universidade, conheceu vários homens interessados em ciência que fundariam
depois a Royal Society. Entre eles estava Robert Boyle (1627-1691), filho do primeiro conde de
Cork, que era o patrão de Hooke. Boyle já havia escrito um livro sobre propriedades físicas do
ar e, intrigado com o trabalho de Von Guericke, instruiu Hooke a aperfeiçoar uma bomba de
vácuo. Hooke tinha forte inclinação para a mecânica mais tarde inventaria a junta universal e um
relógio acionado por mola e construiu uma bomba altamente satisfatória (GREENBERG, 2009).

Hooke, em 1662, foi designado “curador de experiências” da Royal Society e, realizou algumas
pesquisas para si mesmo em meteorologia, desenhou higrômetros, barômetros e um anemômetro
e na elasticidade dos materiais, assunto no qual ainda é relembrado pela lei de Hooke (a que
estabelece a proporcional idade entre a tensão que atua sobre um corpo e a deformação que ela
provoca). Com Boyle, e usando sua bomba de vácuo aperfeiçoada, Hooke ajudou a determinar.
A relação que conhecemos como a lei de Boyle, a que estabelece ser constante o produto da
pressão pelo volume de um gás. Outro produto da cooperação Boyle-Hooke foi a publicação por
Boyle, em 1661, de seus livros O Químico Cético e Alguns Ensaios Fisiológicos. Eles tomam
claro seu apoio às teorias de tipo atômico com referência às substâncias materiais e seu desejo
de se libertar da combinação aristotélica de substância e forma (NEVES, 2008).

2.8. Significado da teoria de evolução

A teoria da evolução, proposta por Charles Darwin, foi publicada pela primeira vez em 1859, e
desde então, tem causado polêmica nos meios acadêmicos, filosóficos e religiosos, pois entra em
choque com os ensinamentos bíblicos segundo os quais o homem, assim como os outros seres
vivos e tudo o que existe no Universo, é criação de um ser superior. Ocorre que muitos
professores, até mesmo os de Ciências e Biologia, fogem do assunto, omitindo-se a respeito de

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seu posicionamento sobre a origem e a diversidade da vida, o que se configura em grave
problema, considerando que a escola pública, assim como o Estado, é laica e deve divulgar e
mediar o conhecimento científico (CARVALHO e SOARES, 2010).

Base da moderna teoria sintética (neodarwinismo), a teoria da evolução afirma que é o ambiente,
por meio de seleção natural, que determina a importância da característica do indivíduo ou de
suas variações, e os organismos mais bem adaptados a esse ambiente têm maiores chances de
sobrevivência, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados
são, portanto, selecionados (escolhidos) pelo ambiente e, assim, ao longo das gerações a atuação
da seleção natural mantém ou melhora o grau de adaptação dos organismos, fixando suas
características no ambiente (USP, 2014).

À época da publicação da obra de Darwin, as leis da Genética ainda não eram conhecidas, mas
posteriormente, com os trabalhos de Mendel (1822-1884), os princípios da genética foram
incorporados às ideias de Darwin, sendo que sua mais importante contribuição foi substituir o
conceito antigo de “herança através da mistura de sangue” pelo conceito de “herança através de
partículas” (genes). Surge, assim, o termo Neodarwinismo, que mantém a teoria da evolução à
luz dos novos conhecimentos trazidos pela genética, que considera “a população como unidade
evolutiva”, completando, de maneira inequívoca, a veracidade e confiabilidade da teoria da
evolução inicialmente proposta por Darwin (SOBIOLOGIA, 2014).

2.9. Método cientifico

O método científico é um processo de pesquisa que segue uma determinada sequência de etapas
(CHIZZOTTI, 1991).

Além disso, pode ser definido também como a maneira ou o conjunto de regras básicas
empregadas em uma investigação científica com o intuito de obter os resultados mais confiáveis,
quanto for possível. Entretanto, o método científico é algo mais subjetivo, ou implícito, do modo
de pensar científico, do que um manual com regras explícitas sobre como o cientista, ou
pesquisador, deve agir. O método é caracterizado por um texto científico cuja função é relatar os
resultados, sendo que os fatos são calcados de originalidade, provenientes de uma pesquisa pré-
determinada (MARCONI; LAKATOS, 2003).

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A criação do método científico foi atribuída a Descartes, mas, na verdade, tem suas raízes
anteriores a ele, com dois grandes pensadores: Roger Bacon e Francis Bacon. O método científico
surgiu no século XII, durante o período do Renascimento, após uma decadência geral da
civilização na Idade Média, em que não houve praticamente nenhum avanço científico
importante (DESCARTES, 2006).

Marconi e Lakatos (2003), definem que o método científico é dividido em quatro etapas, sendo
elas: a) A observação que é a etapa em que há execução dos questionamentos sobre o fato
observado, a formulação de uma hipótese que é uma possível explicação para o problema em
questão; b) A experimentação, onde o pesquisador realiza experiências para provar a veracidade
de sua hipótese; c) A interpretação dos resultados, momento em que o pesquisador interpreta os
resultados de sua pesquisa; e, por fim, d) A conclusão, onde é feita uma análise final e
considerável sobre o fato em questão.

2.10. Conhecimento cientifico

De acordo com Fachin (2003, p.12), “a literatura metodológica mostra que o conhecimento
científico é adquirido pelo método científico e, sem interrupção, pode ser submetido a testes e
aperfeiçoar-se, reformular-se ou até mesmo avantajar sem e diante o mesmo método”.

Porém, Oliveira (2000, p. 77) defende que “o conhecimento científico não é superior ao
conhecimento comum em todas as instâncias da vida: ambos resolvem problemas nos campos do
existir que lhes são próprios”. O que corrobora com as ideias de Aranha e Martins (1993, p. 127)
os quais destacam que “se a Ciência precisou se posicionar muitas vezes contra as “evidências”
do senso comum, não há como desprezar essa forma de conhecimento tão universal”. Destacando
ainda, que por mais que o cientista seja rigoroso, com relação ao senso comum, quando não está
no seu campo de pesquisa, é também um homem comum e que na sua cotidianidade faz uso do
conhecimento do senso comum.

Nesse contexto, Heller (2004, p. 17), enfatiza que “Ninguém consegue identificar-se com sua
atividade humano-genérica a ponto de poder desligar-se inteiramente da cotidianidade”. Assim,
percebemos que o ser humano faz uso dos conhecimentos dependendo do contexto que esteja
inserido, ao cruzar a rua: jamais calculamos com exatidão nossa velocidade e aquela dos veículos.

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Até agora nunca fomos parar debaixo de um carro, embora isso possa ocorrer; mas se, antes de
através sarmos, resolvêssemos realizar cálculos cientificamente suficientes, jamais chegaríamos
a nos mover.

Isso mostra-nos que o conhecimento científico apesar da sua importância não é o único e que
todo ser humano faz uso do senso comum, porém não devemos deixar de lado o saber cientifico
para que possamos nos defender de discursos falsos. O domínio do conhecimento científico é
necessário, principalmente, para nos defendermos da retórica científica que age ideologicamente
em nosso cotidiano. Para vivermos melhor e para atuarmos politicamente no sentido de
desconstruir processos de opressão (LOPES, 1999,p. 108).

Com isso, fica evidente a valia da aprendizagem do conhecimento cientifico nas nossas vidas,
pois só assim poderemos questionar e criticar algo que esteja prejudicando a nossa sociedade
para que não sejamos enganados por falsos cientistas. Vale lembrar inclusive os inúmeros
benefícios ofertados por essa forma de conhecimento, os quais expressam-se em farmacologia,
tratamentos de doenças, meios de transportes, enfim, pesquisas em geral para à proporcionar
contribuições para a sociedade.

A partir, desse estudo foi possível perceber a importância dos dois conhecimentos. Enquanto o
senso comum é o conhecimento espontâneo, no seu caráter acrítico, difuso, fragmentário,
dogmático, é possível transformá-lo em bom senso ao torná-lo organicamente estruturado
coerente e crítico. Desta forma, percebemos que ao nos interessar pelo estudo do conhecimento
científico estaremos transformando o que era senso comum em bom senso, pois passaremos a
indagar e deteremos a detalhes que passariam despercebidos. O senso comum precisa ser
transformado em bom senso, este entendido como a elaboração coerente do saber e como
explicitação das intenções conscientes dos indivíduos livres. Apesar de que na literatura há uma
diversidade de conhecimentos (o mítico, o popular ou empírico, o religioso ou teológico, o
estético ou artístico, o filosófico, o técnico e o científico) sendo que para este estudo nos
detivemos apenas aos conhecimentos do senso comum e ao científico (ARANHA e MARTINS,
1993, p. 35).

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Findado o trabalho constatou-se que A busca pela compreensão sobre como foi desencadeado o
processo que originou o universo atual, proporcionou e ainda proporciona vários debates,
pesquisas e teorias que possam explicar tal fenômeno. É um tema que desperta grande
curiosidade dos humanos desde os tempos mais remotos e gera grandes polêmicas, envolvendo
conceitos religiosos, filosóficos e científicos. Ela apoia-se, em parte, na teoria da relatividade do
físico Albert Einstein (1879-1955) e nos estudos dos astrônomos Edwin Hubble (1889-1953) e
Milton Humason (1891-1972), os quais demonstraram que o universo não é estático e se encontra
em constante expansão, ou seja, as galáxias estão se afastando umas das outras. Portanto, no
passado elas deveriam estar mais próximas que hoje, e, até mesmo, formando um único ponto.

A pesquisa é vital para todo campo de estudo somente com a incorporação de novos
conhecimentos torna-se possível o seu ajustamento às novas realidades e a manutenção da sua
utilidade.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NEVES, L. S. e FARIAS, R. F. (2008). História da Química um livro texto para a graduação.


Editora Átomo. SP.

DESCARTES, R. (2006). Discurso do Método. Coleção Fundamentos do Direito. São Paulo:


Ícone Editora Ltda.

MARCONI, M. A, LAKATOS, E. M. (2003). Fundamentos da Metodologia Científica. São


Paulo: Editora Atlas.

GREENBERG, A. (2009). Uma breve história da química. Editora Edgard Blucher. SP.

SOBIOLOGIA. (2014). A teoria de Darwin. [s.d.].

KUHN, T, La estrutura de las revolutiones cientificas, Trad de Agustín Contín, Ed. Fundo de
Cultura Econémica, Madrid, 1975.

USP. Instituto de Biociências. (2014). Seleção natural. [s.d.].

MARIOTTE, B. (1985). Produtos para laboratório.

MOREIRA, M.A. A. (2006). Teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em sala


de aula. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

ABBAGNANO, N. (1984). História da Filosofia, 3ª ed., vol V e VI, Lisboa, Editorial Presença

ANDRÉ, J, M. (1987). Renascimento e Modernidade. Do poder da magia a magia do poder,


Coimbra, Livraria Minerva.

FONSECA, M. (1997). Leonardo Da Vinci: um génio universal. Millenium.

FACHIN, O. (2003). Fundamentos de metodologia. 4.ed. São Paulo: Saraiva.

OLIVEIRA, R.J. (2000). Bachelard: O filósofo professor ou o professor filósofo In OLIVEIRA,


R.J. A escola e o ensino de ciências. São Leopoldo: Ed. UNISINOS, p.59-101.

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ARANHA, M.L. (1993). da A; MARTINS, M.H.P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 2ed.
rev. atual. São Paulo: Moderna.

HELLER,A. Estrutura da vida cotidiana. In HELLER, A. (2004). O Cotidiano e a História. São


Paulo: Editora Paze Terra S/A.

LOPES, A. C. Saberes em relação aos quais o conhecimento escolar se constitui: Conhecimento


científico; conhecimento cotidiano. In LOPES, A.C. (1999). Conhecimento escolar: ciência e
cotidiano. Rio de Janeiro: Ed. UERJ.

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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