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PEDAGOGIA
PORTEL - PARÁ
2023
4
SILMARA LEÃO
PORTEL - PARÁ
2023
5
Banca examinadora:
_____________________________________________________
Orientadora: Profa. Dra.
Instituição: Faculdade Unopar
_____________________________________________________
Membro da banca:
Instituição
_____________________________________________________
Membro da banca:
PORTEL-PARÁ
2023
6
Pitágoras.
7
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
This research aims to highlight playfulness as a facilitating tool for learning in the
early years of fundamental education, with the specific objectives of analyzing the
importance of working with playfulness, as well as highlighting the contribution of
playfulness to the development of children in different areas of learning, in addition to
analyzing the teaching-learning process through play. It is known that many children
have difficulties in assimilating the syllabus in the classroom. Based on this
consideration, the research problem that guides the research is summarized in the
following questions: What is the importance of working with the ludic? How do
recreational activities contribute to the teaching-learning process in early childhood
education? What are the difficulties in implementing the ludic as a pedagogical
resource in the school context? For this work, a bibliographic work was developed.
The analytical method was adopted for data analysis within a qualitative approach.
The collected data evidenced the importance and the need to develop teaching-
learning in students through playful activities, leading to the confirmation that games
should be part of the literacy process, and inserted in the political pedagogical project
of schools, as part of of the curriculum. It is concluded that the ludic can contribute to
the training process by providing a pleasant and meaningful literacy, in addition to
proving that play is an important instrument for the teacher to mediate the process of
building learning in a more dynamic and attractive way, enabling that qualitative
leaps occur in the teaching-learning process.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................12
2. JUSTIFICATIVA..........................................................................................14
3. PROBLEMÁTICA........................................................................................16
4. OBJETIVOS................................................................................................19
4.1 OBJETIVO GERAL.....................................................................................19
4.2 ESPECÍFICOS............................................................................................19
5 REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................20
5.1 O LÚDICO NO BRASIL..............................................................................21
5.2 A RELEVÂNCIA DO LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL.......22
5.3. O LÚDICO COMO RECURSO PEDAGÓGICO........................................24
6. METODOLOGIA........................................................................................31
6.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA.............................................................31
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................32
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................42
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................44
ANEXOS
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho discute a importância do lúdico no ensino-aprendizagem
de crianças que estão iniciando uma vida estudantil, descobrindo por meios de
brincadeiras e jogos o conhecimento e o raciocínio lógico perante os conteúdos
desenvolvidos dentro da sala de aula.
A escolha pela temática se justifica pela compreensão de como as atividades
lúdicas podem contribuir no processo de ensino- aprendizagem de alunos do ensino
fundamental. Desta forma, a escola deve facilitar a aprendizagem utilizando-se de
atividades lúdicas que criem um ambiente para favorecer o processo de aquisição
de autonomia de aprendizagem. Para tanto, o saber escolar deve ser valorizado
socialmente e a aquisição do conhecimento deve ser um processo dinâmico e
criativo feito através de jogos.
Na década de 90, documentos como a Lei de Diretrizes e Bases (LDB
9394/96) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (2001) resgataram em
seus textos a importância de se trabalhar com o lúdico em sala de aula. Dessa forma
inúmeros profissionais passaram a incluir em seus trabalhos o uso de jogos e
brincadeiras com vistas a atingir uma aprendizagem que fosse realmente
significativa.
O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real.
Por meio das descobertas e da criatividade, o aluno pode se expressar, analisar,
criticar e transformar a realidade. Se bem aplicada e compreendida, a educação
lúdica poderá contribuir para a melhoria do ensino, quer na qualificação ou formação
crítica do educando, quer para redefinir valores e para melhorar o relacionamento
das pessoas na sociedade.
Na escola, o aluno permanece durante muitas horas em carteiras escolares
nada adequadas, em salas pouco confortáveis, sem possibilidades de mover-se
livremente. Pela necessidade de submeter-se à disciplina escolar, muitas vezes o
aluno apresenta uma certa resistência em ir à escola. O fato não está apenas no
total desagrado pelo ambiente ou pela nova forma de vida e, sim, por não encontrar
espaço para as suas atividades preferidas. Com a utilização desse recurso
pedagógico, o professor poderá utilizar-se, por exemplo, de jogos em atividades de
leitura, escrita, matemática e outros conteúdos, devendo, no entanto, saber usar os
13
recursos no momento oportuno, uma vez que os alunos desenvolvam seu raciocínio
e construam seus conhecimentos de forma descontraída.
É sabido que muitos alunos sentem dificuldades em assimilar os conteúdos
programáticos em sala de aula. Desta feita, o problema de investigação que orienta
a pesquisa sintetiza-se nas seguintes questões: De que forma as atividades lúdicas
contribuem no processo de ensino-aprendizagem nos anos iniciais da educação
fundamental?
Questiona-se, também: Quais as dificuldades em implantar o lúdico como
recurso pedagógico no contexto escolar?
O lúdico é acessível para todas as idades e ensino, podendo variar a respeito
das complexidades de cada etapa escolar, podendo ser um pilar na construção da
aprendizagem. Além de, trazer vantagens que possibilitam ao estudante as diversas
estratégias para alcançar a vitória, e consequentemente contribuir para o
desenvolvimento do raciocínio lógico, possibilitando a compreensão imediata de
determinados problemas matemáticos ao longo da vida estudantil.
Desse modo, o inciso IV do artigo 16 da Lei 8.069/90, que dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), destaca que toda criança tem o direito
a brincar e divertir-se, e tal direito fundamental deve ser assegurado pela família,
sociedade e Estado (BRASIL, 2005a). Portanto, a utilização do lúdico como
ferramenta didática dentro da sala de aula e essencial para a construção do saber,
pois apresenta-se como uma ferramenta de ensino para o desempenho e
desenvolvimento integral dos alunos. Os jogos e brincadeiras na escola trazem
benefícios a todos os alunos proporcionando momentos únicos de alegria, diversão
comprometimento com o aprender e responsabilidade, possibilitando, assim, que
ocorram saltos qualitativos no processo de ensino-aprendizagem.
Na intenção de ampliar conhecimentos e estudos sobre o lúdico na educação
e no processo de aprendizagem foi utilizada como metodologia a pesquisa
bibliográfica e documental com uma abordagem qualitativa.
O estudo contribuirá para reflexões acerca da utilização do lúdico, além de
aprofundar os conhecimentos acerca da importância do lúdico no desenvolvimento
da criança, bem como será válida para a sociedade, para a academia e o setor
educacional, no sentido de orientar a importância de trabalhar o lúdico nas salas de
aula do ensino fundamental, já que é uma prática pedagógica muito utilizada, haja
vista que estudos já demonstraram que tal prática é um elemento importante para o
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2. JUSTIFICATIVA
Este trabalho começou a ser esboçado a partir das seguintes indagações: De
que forma as atividades lúdicas contribuem no processo de ensino-aprendizagem na
educação fundamental? Quais as dificuldades em implantar o lúdico como recurso
pedagógico no contexto escolar? Qual a importância de se trabalhar o lúdico?
Desse modo, justifica-se no sentido de evidenciar a importância que se tem
de trabalhar o lúdico nas salas de aula nas séries iniciais, já que é uma prática
pedagógica que é pouco utilizada depois que a criança sai da educação infantil, visto
que estudos já demonstram que tal prática é um elemento importante para o
desenvolvimento do conhecimento.
Assim sendo, o estudo possibilita repensar os métodos utilizados para se
trabalhar as práticas pedagógicas na perspectiva de ter melhores resultados no
processo ensino e aprendizagem.
A escola deve aproveitar todas as manifestações de alegria na criança e
canalizá-la emocionalmente através de atividades lúdicas educativas. Tais atividades
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3. PROBLEMATIZAÇÃO
É sabido que muitos alunos sentem dificuldades em assimilar os conteúdos
programáticos em sala de aula. Assim, a feitura deste artigo partiu da necessidade
de se investigar a importância dos jogos lúdicos para educandos com dificuldades
de aprendizagem no ensino fundamental.
A partir dessas considerações, o problema de investigação que orienta a
pesquisa sintetiza-se na seguinte questão: De que forma as atividades lúdicas
contribuem no processo de ensino-aprendizagem na educação infantil? Questiona-
se, também: Quais as dificuldades em implantar o lúdico como recurso pedagógico
no contexto escolar? Qual a importância de trabalhar o lúdico?
Na escola, o aluno permanece durante muitas horas em carteiras escolares
nada adequadas, em salas pouco confortáveis, sem possibilidades de mover-se
livremente. Pela necessidade de submeter-se à disciplina escolar, muitas vezes a
criança apresenta uma certa resistência em ir à escola. O fato não está apenas no
total desagrado pelo ambiente ou pela nova forma de vida e, sim, por não encontrar
espaço para as suas atividades preferidas. Com a utilização desse recurso
pedagógico, o professor poderá utilizar-se, por exemplo, de jogos em atividades de
leitura, escrita, matemática e outros conteúdos, devendo, no entanto, saber usar os
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4. OBJETIVOS
4.1. GERAL
Evidenciar a ludicidade como uma ferramenta facilitadora de aprendizagem
nos anos iniciais da educação fundamental.
4.2. ESPECÍFICOS
Analisar a importância de trabalhar o lúdico;
Evidenciar a contribuição do lúdico para o desenvolvimento das crianças nas
distintas áreas de aprendizagem;
Analisar o processo de ensino-aprendizagem através do lúdico.
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5. REFERENCIAL TEÓRICO
5.1. O LÚDICO NO BRASIL
Pinto (2003) afirma que a educação no Brasil sempre foi muito influenciada
pelas figuras e pelos movimentos que lideravam na Europa e ressalta que tivemos e
temos muitos profissionais da Educação e de outras áreas que podemos chamar de
renovadores. Temos figuras admiráveis que, apesar da educação e da infância, em
nosso país, não serem prioridades, trabalham e lutam pela humanização e pela
otimização da educação e saúde da criança.
Segundo Kishimoto, em Recife, no ano de 1929, José Ribeiro Escobar,
Diretor de Instrução, aderiu ao movimento da Escola Nova e implantou as salas-
ambiente, utilizando jogos, brinquedos, materiais montessorianos, dentro e fora das
salas de aula. Mandou construir “Playgrounds” nas praças e parques com balanços,
gangorras, barras e campos de jogos. Escobar implantou o primeiro Espaço Lúdico,
que ele denominou de “sala de passa tempo”, anexa a uma escola de ensino
fundamental.
Outro passo importante no que diz respeito ao lúdico no Brasil foram as
creches, que segundo Pinto (2003),
As primeiras creches instaladas em São Paulo no início da República, como
as de Anália Franco, confundem-se com os asilos infantis, para atender
crianças órfãs. Anália Franco (1856-1919) foi a primeira educadora a utilizar
termos como creche e escolas maternais para denominar suas instituições
destinas à infância.
As crianças antes não eram tratadas como crianças, e sim como adultos em
miniaturas. As creches e escolas que foram criadas não ofereciam um local com
atrativos infantis e as mesmas eram colocadas lá por falta de opção dos pais por
não terem com quem deixar os filhos enquanto trabalhavam.
Voltando aos renovadores da educação no Brasil, ainda em São Paulo,
Florestan Fernandes, em 1947, demonstra, em estudo realizado em bairros como
Bom Retiro, Lapa, Bela Vista, Brás e Pinheiros, como brincadeiras tradicionais
infantis penetram no cotidiano das crianças.
No final da década de 70, o Instituto de Psicologia da USP abre espaço para
pesquisa na área da psicologia do brinquedo, sob a responsabilidade de Nelson
Rosamilha e Edda Bomtempo.
Esse processo de valorização do brinquedo foi crescendo e, na década de 80,
atingiu escolas, universidades e, em 1981, a professora Nylse Cunha criou a
21
por esta mistura e não seria com certeza diferente o caso das brincadeiras infantis.
O folclore português foi passado de geração em geração por meio da oralidade,
sendo conhecido das lendas contos e superstições, objeto de estudo nas escolas e
nas brincadeiras infantis.
atraente para a criança, pois o que ficou evidente para nos é que tais recursos são
utilizados apenas na semana das crianças, por se tratar de uma data especial. Seria
muito importante que ludicidade não se limite apenas a uma semana como recurso
pedagógico, e sim que ela esteja presente em todo o ano letivo e que não se limite
apenas a educação infantil mas que ela se estenda por todo o período escolar da
criança que seria da educação infantil ao ensino fundamental.
De acordo com Freire (1997, p. 44):
Compreender a atividade infantil capacita o professor a intervir para facilitar
o desenvolvimento da criança. Isso contribuiria para reforçar a ideia de que
a escola, na primeira infância, deve considerar as estruturas corporais e
intelectuais de que dispõem as crianças, utilizando o jogo simbólico e as
demais atividades motoras próprias da criança nesse período.
É importante observar que no brincar as crianças tornam-se agentes de sua
experiência social, estabelecem diálogos, organizam com autonomia suas ações e
interações, construindo regras de convivência social e de participação nos jogos e
brincadeiras.
Os conteúdos veiculados durantes as brincadeiras infantis bem como os
temas de brincadeiras, os materiais para brincar, as oportunidades para as
interações sociais e o tempo disponível são todos fatores que dependem
basicamente do currículo proposto pela escola. (KISHIMOTO, 2005, p. 39).
O brincar em situações educacionais, proporciona não só no meio real de
aprendizagem como permite também que adultos perceptivos e competentes
aprendam sobre as crianças sobre as crianças e suas necessidades. No contexto
escolar isso significa professores capazes de compreender onde as crianças estão
em sua aprendizagem e desenvolvimento geral, o que por sua vez, da aos
educadores o ponto de partida para promover novas aprendizagens nos domínios
cognitivos e afetivos, das crianças de ensino infantil e fundamental.
O brincar “aberto”, aquele que poderemos chamar de verdadeira situação
de brincar, apresenta uma esfera de possibilidades para a criança,
satisfazendo suas necessidades de aprendizagem e tornando mais clara
sua aprendizagem explícita. Parte da tarefa do professor é proporcionar
situações de brincar livre e dirigido que tentem atender as necessidades de
aprendizagem das crianças e, neste papel, o professor poderia ser chamado
de um iniciador e mediador da aprendizagem (MOYLES, 2002, p. 37)
Infelizmente ainda há muitas escolas que tratam a criança da Educação
Infantil como adulto em miniatura. Não valorizam a fantasia e as atividades motoras
próprias dessa etapa da vida que é a infância. A ideia de ludicidade nessas escolas
está intimamente ligada à instrumentalização apenas, pois o processo ensino-
aprendizagem baseado numa metodologia tradicional contribui para o
desenvolvimento da “consciência bancária”.
24
crianças que só encontram a alegria na sala de aula. Como diz Shada, o jogo não
pode ser visto, apenas, como divertimento ou brincadeira para desgastar energia,
pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral. (in
KISHIMOTO, pg. 95, 2008)
Com a ludicidade podemos observar uma aula bem mais rica em
aprendizagem por parte dos alunos, transformando assim a sala de aula em um
ambiente gostoso de ser trabalhado. Essas atividades proporcionam nos alunos uma
maior confiança, um ambiente mais alegre e um envolvimento maior por parte dos
alunos, até mesmo aquele aluno mais quieto e tímido entram no clima da brincadeira
e acabam aprendendo a socializar-se com os amiguinhos.
Apesar de muitos ainda pensarem que o jogo não tem uma lógica e não
passa de uma brincadeira de criança, é um grande aliado para trabalhar o
desenvolvimento pessoal (autodescoberta, autonomia e autoestima) e o cooperativo
(convívio, cooperação e habilidade de liderar e de ser liderado). Com isso podemos
trabalhar diversos jogos para atrair e ganhar a atenção dos alunos desde jogos
tradicionais, no qual só é preciso um giz para fazer uma amarelinha no chão da sala,
como um jogo mais abrangente que será preciso outros materiais. Por este motivo é
preciso criar uma brinquedoteca por ser um espaço de brinquedo, tornar-se aos
olhos da criança como uma fábrica dos sonhos, um local, no qual as crianças viajam
e se transportam para um mundo da fantasia, que mexem com a imaginação e os
desejos mais íntimos. Como ressalta Santos “A brinquedoteca escolar, além de ser
o espaço da criança, deve ser um espaço de experiência, estudo e disseminação de
novas ideias sobre o lúdico, de tal forma que contagie todo o professores da escola.
As experiências que mais se destacam, têm provado que a pedagogia do prazer e o
educador lúdico tem as chaves do construtivismo” (SANTOS, 2000. P. 59).
O que falta em nossa educação professores mais ousados e menos voltados
para o passado, que saibam aproveitar os novos recursos que estão ao nosso
alcance para ajudar na alfabetização dos alunos e se for uma brinquedoteca, por
que não aderir e se divertir junto com os alunos. Dohme afirma que o jogo é um
importante aliado para o educador conhecer as suas crianças e jovens. Durante os
jogos, o educador pode observar atentamente a atuação de cada um deles com os
colegas, poderá perceber as suas qualidades e defeitos, como se relacionam com
os demais, se têm valores, como lealdade, bondade e cortesia, pois o calor e o
envolvimento que o jogo provoca fazem com que as crianças (e os adultos também)
27
tenham uma tendência maior em mostrar o seu verdadeiro caráter, o que é mais
difícil acontecer na vida cotidiana. (DOHME, 2008, pg.23)
O jogo pode ser um auxílio se for utilizado com um objetivo bem definido e
claro, ou seja, terá que transmitir um conhecimento para a formação do individuo.
Como diz Dohme “o jogo pode ser o condutor de um determinado conteúdo. Através
de sua aplicação, pode-se despertar a motivação para determinado aspecto de uma
disciplina que se irá abordar ou mesmo avaliar o entendimento de determinado
conteúdo, sem contar que existem conhecimentos possíveis de serem transmitidos
através de jogos alegres e ativos.” (DOHME, 2008 pg. 22)
O brincar é um importante recurso pedagógico se for bem explorado pelo
professor junto à turma. Muitos são os jogos que podem ser incluídos dentro do
contexto escolar com o proposito de auxiliar o trabalho do professor nas disciplinas
escolares. No decorrer desta pesquisa podemos perceber que em todas as matérias
do currículo da para usar o lúdico como recuso pedagógico, basta que o professor
se disponha a tirar um tempinho para construir tais recurso, um exemplo disso é o
jogo de bingo que pode ser usado a partir da educação infantil quando as crianças
começam a ter contato com a leitura, pois através do bingo elas podem conhecer as
letras, os números, as palavras entres outras utilidades que podem ter o um jogo de
bingo. E esse é um recurso que o custo é muito baixo e pode ser utilizado em mais
de uma disciplina e de formas diferentes, vai depender da criatividade do professor.
O professor, ao assumir o potencial que tem o jogo na educação, será o
responsável pela arrumação do espaço do físico-cultural. Nesta
organização, ele não pode suprimir a criança, mas deve criar um espaço
para sua decisão, valorizando ao máximo as possibilidades do jogo sem a
intervenção adulta. (KISHIMOTO, pg.13)
Assim sendo o aluno tem total liberdade para explorar no máximo o
brinquedo. O que não pode acontecer é de o professor entregar o brinquedo ao
aluno e deixa-lo agir sozinho, como se ele por ser criança tenha a obrigação de
saber brincar e descobrir por si mesmo as regras de um jogo. Isso não pode
acontecer se a intenção do brinquedo é o de auxiliar nas atividades pedagógicas de
sala de aula, portanto o professor deve a todo o momento estar atento ao material
utilizado junto a criança. Este deve ser adequado a sua idade dos alunos assim
como deve respeitar também as suas inteligências.
Muitos dos conteúdos ministrados em salas de aulas as crianças aprendem
só por aprender, pois não sabem em que momento essa aprendizagem vai ser
necessário utilizar em sua vida, acreditamos com isso que a criança tenha interesse
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pelo conteúdo ministrado em sala de aula torna-se necessário que que o professor
use recursos como jogos, brinquedos e brincadeiras tornando assim a disciplina mas
atraente para a criança, pois o que ficou evidente para nos é que tais recursos são
utilizados apenas na semana das crianças, por se tratar de uma data especial. Seria
muito importante que ludicidade não se limite apenas a uma semana como recurso
pedagógico, e sim que ela esteja presente em todo o ano letivo e que se estenda por
todo o período escolar da criança que seria da educação infantil ao ensino
fundamental.
De acordo com Freire (1997, p. 44):
Compreender a atividade infantil capacita o professor a intervir para facilitar
o desenvolvimento da criança. Isso contribuiria para reforçar a ideia de que
a escola, na primeira infância, deve considerar as estruturas corporais e
intelectuais de que dispõem as crianças, utilizando o jogo simbólico e as
demais atividades motoras próprias da criança nesse período.
É importante observar que no brincar as crianças tornam-se agentes de sua
experiência social, estabelecem diálogos, organizam com autonomia suas ações e
interações, construindo regras de convivência social e de participação nos jogos e
brincadeiras.
Ao planejar atividades lúdicas, é fundamental ter como ponto de partida a
realidade, os interesses e as necessidades da criança que faz parte da Educação
Infantil. Nessa perspectiva, Kishimoto afirma que é necessário que o educador se
conscientize de que ao desenvolver o conteúdo programático, por intermédio do ato
de brincar, não significa que está ocorrendo um descaso ou desleixo com a
aprendizagem do conteúdo formal e sim uma adaptação do lúdico ao conteúdo, mas
de maneira nenhuma vai haver uma negligencia do professor em descumprir com o
programa educacional, ele só vai melhorar sua metodologia de ensino para ter mas
eficácia na aprendizagem.
Os conteúdos veiculados durantes as brincadeiras infantis bem como os
temas de brincadeiras, os materiais para brincar, as oportunidades para as
interações sociais e o tempo disponível são todos fatores que dependem
basicamente do currículo proposto pela escola. (KISHIMOTO, 2005, p. 39).
O brincar em situações educacionais, proporciona não só no meio real de
aprendizagem como permite também que adultos perceptivos e competentes
aprendam sobre as crianças sobre as crianças e suas necessidades. No contexto
escolar isso significa professores capazes de compreender onde as crianças estão
em sua aprendizagem e desenvolvimento geral, o que por sua vez, da aos
educadores o ponto de partida para promover novas aprendizagens nos domínios
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6. METODOLOGIA
6.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
Para a realização deste trabalho, foram utilizadas as pesquisas: bibliográfica e
documental, além de se consistir em uma análise qualitativa a respeito do tema. Na
primeira, buscou-se o referencial teórico, mediante a leitura de vários livros sobre o
assunto, para se conhecer a opinião de diversos autores acerca do tema.
Para Severino (2007, p.122), “a pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a
partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos
impressos como livros, artigos, teses etc. utiliza-se de dados ou categorias teóricas
já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registradas”.
A abordagem qualitativa fundamenta-se em dados coligidos nas interações
interpessoais, na coparticipação das situações dos informantes, analisadas a partir
da significação que estes dão aos seus atos. O pesquisador participa, compreende e
interpreta. (Chizzotti, 2006, p. 52)
Na análise de Gil (2002, p. 45) a pesquisa documental se apresenta próxima a
da bibliográfica. Assemelha-se muito a pesquisa bibliográfica. A diferença essencial
entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se
utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado
assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um
tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os
objetos da pesquisa.
Segundo Gil (2009), a pesquisa documental trata-se de materiais que ainda não
receberam um tratamento analítico, sendo considerado o primeiro passo a
exploração das fontes documentais.
32
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após o recolhimento das informações necessárias passou-se à análise e
discussão dos dados obtidos, tendo como base as pesquisas realizadas através de
uma revisão de literatura cujas fontes consultadas se constituíram de registros
documentais através de dissertações, teses, livros e artigos científicos da
literatura nacional.
A pesquisa bibliográfica permitiu saber que muitos professores entendem a
ludicidade como sinônimo de jogos e brincadeiras. Segundo Kishimoto (1994), o
jogo é uma atividade física ou intelectual que integra um sistema de regras; as
brincadeiras se relacionam ao ato de entreter e distrair. Algumas docentes indicam
que a atividade lúdica se resume ao ato de brincar, buscando promover o interesse
dos alunos pelo conteúdo e pela aula, ou apenas como preenchimento de tempo
livre.
De acordo com Sant’Anna e Nascimento (2001), a ludicidade é o jogo, a
brincadeira que torna o aprendizado mais atrativo e divertido, ajudando a
desenvolver o gosto pela leitura, desenhos e outras atividades educativas. Tendo
isto em vista, alguns professores indicam que a ludicidade é dada por meio de
atividades que aproximam a criança do mundo da brincadeira, tornando assim a
construção do conhecimento mais prazerosa.
De maneira geral, percebe-se que as professoras entendem que a ludicidade é
bastante relevante no fazer docente, se relacionando principalmente a jogos e
brincadeiras expressos como um instrumento ou recurso pedagógico.
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O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo".
Originalmente, o termo lúdico se referia apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento
espontâneo. A evolução do significado da palavra "lúdico", entretanto, não parou nas
suas origens e acompanhou as pesquisas sobre psicomotricidade. O lúdico passou
a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento
humano, de modo que a definição deixou de ser apenas utilizada como sinônimo de
jogo e as implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do
brincar espontâneo. O lúdico passou a ser entendido como aquilo que desperta o
prazer, quando estimulamos a criatividade e desenvolvemos o conhecimento.
(SANT’ANNA e NASCIMENTO, 2001, p. 20)
As produções literárias revistas neste trabalho possibilitaram entender sobre a
importância de trabalhar o lúdico em sala de aula. Os profissionais de ensino
concordam que é imprescindível trabalhar o lúdico porque brincar é linguagem que
as crianças usam para se manifestar, descobrir o mundo, interagir com os outros.
Quando ela é incentivada adquire novas habilidades e desenvolve a imaginação e
autonomia. Os jogos e brinquedos têm papel fundamental no desenvolvimento da
criança. Para que eles cumpram bem essa função não basta deixar o acervo da pré-
escola ao alcance dos pequenos, imaginando que, por brincarem sozinhos em casa,
eles saberão o que fazer. É essencial oferecer objetos industrializados e artesanais,
organizar momentos em grupo para que construam seus próprios brinquedos e
ampliar as experiências de socialização. Tudo isso sempre equilibrando qualidade e
variedade, o que significa exemplares variados seguros, e resistentes. O professor
seguindo esses cuidados vai ter um bom resultado na aprendizagem dos alunos
associando aprendizado com ludicidade. Assim, durante o processo de pesquisa,
constatou que a ludicidade é um recurso de fundamental importância para auxiliar a
prática docente dentro da sala de aula, pois contribui bastante para a aprendizagem
dos alunos. O lúdico possibilita a formação integral dos educandos, pautado na
concepção de que a “criança aprende melhor brincando”, isto é, quando as crianças
se interagem por meio de atividades lúdicas, elas próprias constroem o seu
conhecimento e se apropriar de um saber significativo.
Os docentes sabem da importância do lúdico (jogos e brincadeiras) no
processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil e considera importante a
prática de jogos e brincadeiras dentro de sala de aula. A ludicidade é um recurso de
34
fundamental importância para auxiliar a prática docente dentro da sala de aula, pois
contribui bastante para a aprendizagem dos alunos.
Nessa perspectiva, destaca-se que o lúdico é de extrema importância, pois, é
brincando que a criança vai aprender e se tornar algo até mais atrativo, que prende
a atenção da criança. Por meio do lúdico, o aprendizado vai ter mais significado para
o aluno, tendo em vista que vai se explorar o material concreto e colorido, ajudando
a criança a fixar o conteúdo.
Desse modo, Machado ressalta: Brincar é também um grande canal para o
aprendizado, senão o único canal para verdadeiros processos cognitivos. Para
aprender precisamos adquirir certo distanciamento de nós mesmos, e é isso o que a
criança pratica desde as primeiras brincadeiras [...] através do filtro do
distanciamento podem surgir novas maneiras de pensar e de aprender sobre o
mundo. Ao brincar, a criança pensa, reflete e organiza-se internamente para
aprender aquilo que ela quer, precisa, necessita, está no seu momento de aprender;
isso pode não ter a ver com o que o pai, o professor ou o fabricante de brinquedos
propõem que ela aprenda. (MACHADO 2003, p.37).
A pesquisa bibliográfica deste trabalho permitiu observar que jogos e
brincadeiras facilitam a transmissão dos conteúdos. Segundo Kishimoto (2001, p.
56), é brincando que a criança aprende, ou seja, a brincadeira também apresenta
fins educativos, pois por intermédio de tal ato, o educador fornece diretrizes para o
desenvolvimento moral da criança, como por exemplo: noções de certo e errado, de
limites, etc. É dessa forma que a aprendizagem ocorre de modo prazeroso e
significativo à criança.
O brincar infantil é um processo importante na construção de conhecimentos e
no desenvolvimento integral da criança, independente do local em que vive, do
grupo e da cultura da qual faz parte, proporcionando a mediação entre o real e o
imaginário. O brincar estimula a inteligência porque faz com que a criança solte sua
imaginação e desenvolva a criatividade, possibilitando o exercício da concentração e
de atenção, levando a criança a absorver-se na atividade. Desta forma, é possível
afirmar que a criança e o brincar se completam.
O brincar ajuda o participante a desenvolver confiança em si mesmo e em suas
capacidades e ajuda-os a julgar as múltiplas variáveis presentes nas interações
sociais e a ser empáticos com os outros. Através do lúdico elas podem aprender a
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se socializar. Quando ela brinca, a criança toma certa distancia da vida cotidiana,
entra no mundo imaginário.
As atividades lúdicas contribuem para o desenvolvimento Intelectual da
criança, através dos jogos e da brincadeira a criança aprende com mais facilidade e
dificilmente irá esquecer o conteúdo que foi passado, por que este foi trabalho de
uma forma diferente então ficará na memória aquele momento de descontração e
aprendizagem.
Kishimoto (1994, p.21) afirma que “o brincar e o jogar vinculam-se ao sonho, à
imaginação, ao pensamento e ao símbolo. É uma proposta para a educação de
crianças (e educadores de crianças) com base no brincar e nas linguagens
artísticas”.
De acordo com o embasamento teórico desta pesquisa a ludicidade
historicamente faz parte do contexto da criança e por isso se torna mais prazeroso o
ato de aprender e também de ensinar, levando em consideração as fases de
desenvolvimento da criança. As crianças precisam de atividades lúdicas para
estimular o interesse pelo ensino aprendizagem. Os jogos e brincadeiras ajudam
muito no ensino aprendizagem do discente, e o mais importante, aprende a conviver
em grupo e respeitar os limites.
Conforme nos coloca Piaget (1976) “a atividade lúdica é o berço obrigatório das
atividades intelectuais da criança” e a educação lúdica contribui e influencia na
formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento
permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em
uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca,
criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte
compromisso de transformação e modificação do meio.
Para Santos (2002), a atividade lúdica é indispensável para o ser humano, pois
possibilita a apreensão de conteúdo de forma mais natural, para o pesquisador:
O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o
desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental,
prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização,
expressão e construção do conhecimento (Santos, 2002, p. 12).
Para Vygotsky (1984), a criança ao brincar se desenvolve, porque ela mesma
cria os problemas cotidianos bem como suas resoluções. Isto a torna segura e
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capaz de lidar com as dificuldades cotidianas. Além disso, as crianças que criam sua
“zona de desenvolvimento proximal” conseguem auxiliar outras crianças a encontrar
soluções e assim constroem relações sociais de solidariedade mútua.
Essas atividades facilitar a aprendizagem e são capazes de estimulando
mudanças no comportamento de crianças e são cada vez mais utilizadas pela saúde
profissionais. Considerando que o brincar faz parte do mundo da criança, é
compreensível, linguagem familiar.
Santos (1997), em uma pesquisa acerca da importância do lúdico, verificou que
a criança ao brincar apreende diversas características dos objetos e utiliza estes
para associar a coisas que não conhece, então assim conhece outras coisas por
associação, segundo ele.
Uma das vantagens de aplicação do lúdico em sala de aula é importantíssima
no processo de aprendizado da educação infantil. Deve-se usar a naturalidade do
brincar para que a criança alcance rendimento escolar, isto porque, “ao utilizar as
brincadeiras dentro de sua própria cultura, o educador pode proporcionar uma
aprendizagem que realmente impere no cognitivo da criança” (Santos, 2015).
A ludicidade facilita a interação social da criança com a equipe escolar. Por
meio da ludicidade, os profissionais encontram alternativas para abordar a criança,
como contar histórias, e então descobrem que são capazes de colaborar,
consequentemente, ajudam nas rotinas de trabalho.
Portanto, a ludicidade é de grande valor para o processo de aprendizagem,
uma vez que é rica em significado (Bernardo, 2009). Uma atividade lúdica envolve
crianças de uma maneira que estimula sua imaginação criativa e permite a
aprendizagem indireta, pois os alunos não estão focando linguagem, mas usando-o
de verdade. Através de atividades lúdicas os alunos podem aprender novos
conceitos, criar vínculos com seus colegas, estimular seu raciocínio e sinta-se mais
à vontade e motivado; ao usar atividades lúdicas, não estamos apenas buscando os
alunos se divertindo, mas, extremamente importante, estamos levando em conta o
desenvolvimento da criança, social, emocional e cognitivamente.
As maiores dificuldades para trabalhar a ludicidade no contexto escolar são a
não inclusão desse importante recurso no planejamento pedagógico. Em alguns
casos, a inexperiência do profissional da educação em relação ao trabalhar a
ludicidade em sala de aula. Muitos professores, ainda, não se sentem seguros
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totalmente para trabalhar o lúdico com suas turmas. Em outros casos a carência de
material apropriado para o desenvolvimento de atividades lúdicas também se
mostram com entrave. Os próprios pais, às vezes, se mostram resistentes ao
desenvolvimento do trabalho escolar através do recurso da ludicidade.
Assim, os docentes possuem dificuldades em desenvolver a ludicidade em sua
rotina de trabalho em sala de aula. Essa constatação é um preocupante, uma vez
que existem amplas evidências destas dificuldades nas escolas de educação infantil
e de ensino fundamental onde o brincar é frequentemente relegado a atividades,
brinquedos e jogos que as crianças podem escolher depois de terminarem seu
trabalho.
Devido à relevância do brincar para as crianças e a sua motivação para ele, o
brincar deve estar impregnado às atividades de aprendizagem apresentadas às
crianças, em vez de ser considerado um estorvo ou atividade residual. (MOYLES,
2002, p.100).
Nesse sentido, é importante que se reflita ainda sobre a utilização dos jogos e
brincadeiras dentro da alfabetização, uma vez que as próprias crianças afirmam
sentir prazer e aprenderem durante a realização das mesmas.
Durante a pesquisa, foi visto que docentes usam o lúdico, mas encontram
dificuldades, pois a maioria da turma não é participativa como eles gostariam, e que
só há participação quando é brincadeiras ao ar livre e não em sala de aula, pois de
certa forma acham que a ludicidade deve ser expressa em seus movimentos, e em
sala estão se sentindo presos e obrigados a realizar esta atividade.
De acordo com os resultados obtidos foi possível observar que apesar do
lúdico ser um instrumento rico que auxilia no processo ensino aprendizagem, há
ainda alguns professores que se negam a inseri-las em suas atividades em sala de
aula, negando a possibilidade de perceber que com o lúdico, o acesso das crianças
ao conhecimento torna-se mais fácil, pois através da vivência alegre e divertida do
brincar, da troca, da experiência, temos uma educação mais sadia e significativa.
Para Vygotsky (1998), a arte de brincar pode ajudar a criança com
necessidades educativas especiais a desenvolver-se, a comunicar-se com os que a
cercam e consigo mesma.
O lúdico para auxiliar no desenvolvimento da criança, é uma ferramenta que
possibilita as crianças o prazer de aprender de uma forma divertida, que desperta na
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término desta pesquisa, pode-se perceber que a ludicidade é assunto que
tem conquistado espaço no panorama nacional, principalmente por seu uso permitir
um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da
aprendizagem e do desenvolvimento. Desse modo, tornou-se evidente a importância
do “lúdico” e como ele, os jogos, os brinquedos e as brincadeiras podem ser
importantes para o desenvolvimento e para a aprendizagem das crianças.
No decorrer da pesquisa verificou-se que o tema abordado se apresenta
como algo difícil de ser colocado no contexto de sala de aula. Isso se dá pelo fato de
alguns professores terem dificuldade de planejar suas aulas com mais ludicidade,
por temerem perder o controle da turma ou perderem o respeito dos alunos ou ate
mesmo por ignorar a importância que essa importante ferramenta tem dentro da sala
de aula.
Assim, ficou notório que há muitas dificuldades para trabalhar a ludicidade no
contexto escolar. Em alguns casos, há a inexperiência do profissional da educação
em relação ao trabalhar a ludicidade em sala de aula. Muitos professores, ainda, não
se sentem seguros totalmente para trabalhar o lúdico com suas turmas. Em outros
casos a carência de material apropriado para o desenvolvimento de atividades
lúdicas também se mostra como entrave.
Este trabalho mostrou que é bastante relevante utilizar o lúdico no currículo
da Educação Fundamental, pois os jogos e brincadeiras necessitam ganhar um
lugar e um tempo planejados para seus adequados fins. É direito do educando ter
uma educação de qualidade e o brincar dentro das instituições de ensino é uma
ferramenta para que esse aprendizado aconteça.
Na realização deste trabalho, foi possível perceber a importância de trabalhar
o lúdico na educação fundamental. Quando a criança é incentivada adquire novas
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sua origem, os teóricos que estudaram o tema ludicidade, tudo foi uma experiência
gratificante. Aprendi bastante com a realização do trabalho e me motivou a continuar
estudando e aprimorando meus conhecimentos a respeito da ludicidade.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOHME, Vânia. O Valor Educacional dos Jogos (Jogos e dicas para Empresas
e Instituições de Educação). Petrópolis: Vozes, 2008, pg. 22-23.
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GIL, A. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas S.A., 2009.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas,
2002.
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trad. Por Dirceu Accioly Lindoso e Rosa
Maria Ribeiro da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.
_____, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5.ed. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2002