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GEYSIANE PINHEIRO COELHO

GILDILANE PINHEIRO CORRÊA


MARIA MARTA DA SILVA MIRANDA

O PAPEL DO LÚDICO NAS ATIVIDADES EDUCATIVAS DA


EDUCAÇÃO INFANTIL

Belém
2022
GEYSIANE PINHEIRO COELHO
GILDILANE PINHEIRO CORRÊA
MARIA MARTA DA SILVA MIRANDA

O PAPEL DO LÚDICO NAS ATIVIDADES EDUCATIVAS DA


EDUCAÇÃO INFANTIL

Artigo Científico apresentado como requisito parcial


para obtenção do grau de Licenciatura Plena em
Pedagogia, UNINASSAU, Curso de Licenciatura Plena
em Pedagogia.

Orientadora: Prof.ª. Dra. Ana D’Arc Martins de


Azevedo.

Belém
2022
AGRADECIMENTOS

GEYSIANE PINHEIRO COELHO


Agradeço primeiramente a Deus pela minha vida por está comigo em todos os
momentos difíceis no decorrer deste curso.
A minha família meus pais em especial a meu esposo que foi o meu maior
incetivador esteve sempre presente me apoiando e me dando forças para continuar a
conclusão do meu curso.
As minhas amigas de tcc por todo apoio e compromisso que tivemos para a
realização e conclusão do nosso curso.
Minha sincera gratidão a nossa orientadora prof Dra Ana D'arc Martins
Azevedo agradeço a orientação que nos deu cheia de conhecimentos sabedoria e
paciência para que então obtivessemos êxito na conclusão do nosso trabalho.
A todos os professores pelos incasaveis ensinamentos eles foram fundamentais
para que hoje nos conseguíssemos estar preparados profissionalmente.
E por fim aos meus colegas por compartilharmos conhecimentos ao longo
deste curso.

GILDILANE PINHEIRO CORRÊA


Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter me dado forças para concluir esta
etapa e à minha família por todo apoio.
Às minhas parceiras de TCC por todo companheirismo e apoio que demos umas às
outras.
À orientadora Profa Dra. Ana D’arc Martins de Azevedo e aos nossos demais
professores por todo aprendizado compartilhado, conselhos e ensinamentos que foram
de suma importância para nossa formação.
MARIA MARTA DA SILVA MIRANDA

Primeiramente quero agradecer a Deus por ter me ajudado até aqui, por ter feito com
que tivesse forças para não desistir, pois não foi fácil, principalmente no período da
pandemia, mas graças a Ele consegui concluir minha graduação.
Aos meus pais e meu filho que me deram forças,
À nossa orientadora Profa Dra. Ana D’arc Martins de Azevedo que nos acompanhou
nesta caminhada.
À todos os outros professores que me ajudaram na aquisição de conhecimento.
Às minhas companheiras de equipe, sempre estivemos dando forças uma para outras e
conseguimos concluir esta etapa tão importante em nossas vidas.
Por fim, à Brenda e ao Kamilo Nagem (In memoriam), que sempre me ajudaram quando
precisei de auxílio.
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O PAPEL DO LÚDICO NAS ATIVIDADES EDUCATIVAS DA


EDUCAÇÃO INFANTIL

GEYSIANE PINHEIRO COELHO


GILDILANE PINHEIRO CORRÊA
MARIA MARTA DA SILVA MIRANDA

Resumo
O papel do lúdico nas atividades educativas da educação infantil foi o tema escolhido
para nortear este trabalho, buscando uma resposta para a seguinte pergunta: como o
lúdico pode ajudar nas atividades educativas na educação infantil? Apesar de ser um
assunto muito comum, ainda há tabus a serem quebrados acerca do lúdico, pois alguns
pais e professores ainda veem este recurso como sendo algo voltado apenas para a
distração das crianças, sem fins metodológicos. Dessa forma, os objetivos específicos
deste trabalho foram compreender o conceito do lúdico na Educação Infantil, descrever
os mecanismos de ensino através do lúdico e demonstrar como o lúdico pode ajudar no
processo de aprendizagem na Educação Infantil. Os principais autores escolhidos foram
Jean Piaget, Maria Cristina Rau, Tizuko Kishimoto e G. Brougère. Como metodologia
utilizou-se revisão bibliográfica. Os resultados encontrados apontam o lúdico possui
grande importância para o desenvolvimento pessoal e intelectual das crianças.

Palavras-chave: Ludicidade; Atividades Educativas; Educação Infantil.

Abstract
The role of play in educational activities in early childhood education was the theme
chosen to guide this work, seeking an answer to the following question: how can play
help in educational activities in early childhood education? Despite being a very
common subject, there are still taboos to be broken about the ludic, as some parents and
teachers still see this resource as something aimed only at distracting children, without
methodological purposes. Thus, the specific objectives of this work were to understand
the concept of playfulness in Early Childhood Education, describe the teaching
mechanisms through playfulness and demonstrate how playfulness can help in the
learning process in Early Childhood Education. The main authors chosen were Jean
Piaget, Maria Cristina Rau, Tizuko Kishimoto and G. Brougère. As a methodology, a
bibliographical review was used. The results found point out that play is of great
importance for the personal and intellectual development of children.

Keywords: Playfulness; Educational Activities; Child education.

1 Introdução

O conhecimento caracteriza-se como o elemento chave para que se possa


entender melhor o mundo e suas implicações, constituído no decorrer do tempo e
vinculado ao homem pelo protagonista. Isso resulta em um entendimento apurado, pois
a necessidade exige um esforço maior, guiando os passos do homem para novas
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descobertas que lhe permitirão preencher as lacunas não respondidas sobre sua própria
espécie e o universo circundante.
Pautando-se no objetivo de diversificar as possibilidades da linguagem e da
criatividade acredita-se que o lúdico é uma ferramenta na construção do conhecimento,
onde a possibilidade de acerto e erro é trazida à tona, visto que o conhecimento exige do
trabalhador no esforço de construção, mas também experiência, para vivenciar livre e
agradavelmente o próprio conhecimento, o qual não deve limitar-se somente a si
mesmo, é necessário expandir para o mundo.
Diante disso, segundo Wajskop (2012), desde os primórdios via-se a brincadeira
como sendo um mecanismo voltado também para o ensino, entretanto, somente após a
quebra do pensamento romântico é que se passou a dar valor à importância do brincar,
isto porque, tempos atrás a sociedade tinha uma visão da brincadeira como sendo um
modo de se negar ao trabalho, sendo a definição de desrespeito pelo que se tinha como
sério. E, apesar do passar dos anos, o lúdico ainda não possui uma definição clara
perante a sociedade.
A ação que as crianças desempenham enquanto colocam em pauta as regras do
jogo, ao adentrar no meio lúdico, caracteriza a brincadeira. Desse modo, compreende-se
que o lúdico pode ser considerado ação (KISHIMOTO, 2011). Ao ir além, buscando
compreender a brincadeira como sendo um fator social, torna-se possível compreendê-la
como um espaço favorecido para o entrosamento infantil e de constituição do sujeito-
criança, como sujeito humano, produto e produtor de história e cultura.
O ato de brincar se resume ao faz de conta dentro de uma brincadeira, sendo ela
protagonizada ou até mesmo aquela em que se faz uso de papeis como elemento para
atividade do brincar configura o conceito de brincadeira. Porém, o mais importante
neste ponto é o papel que as crianças assumem e que revela e permite, ao mesmo tempo,
a inserção de regras e da fantasia, do imaginário por meio dos gestos e ações. Além
disso, pode-se classificar o brincar (lúdico) brincadeiras convencionais, jogos de regras
e jogos de construção (WAJSKOP, 2012).
Com os avanços tecnológicos, a utilização da ludicidade no processo de
aprendizagem apresenta um grande papel, pois permite que o educador estimule as
habilidades de seus alunos, fazendo com que este se envolva em tudo o que faz de
forma significativa.
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O artigo se trata de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, pois a partir de


materiais já publicados se pauta na subjetividade, ou seja, não apresenta números e
estatísticas, mas sim pontos de vista sobre o assunto. Além disso, encontra-se
estruturada da seguinte forma: a primeira sessão trata acerca do conceito do lúdico,
tomando como base a opinião de diversos. Na segunda sessão abordam-se os
mecanismos de ensino através do lúdico, ou seja, retrata sobre os instrumentos que
podem ser utilizados e que são considerados lúdicos. Por fim, a terceira sessão retrata
sobre a utilização do lúdico no processo de ensino-aprendizagem explicitando como
acontece este processo, quais os pontos positivos e como o docente deve se posicionar
durante o uso.

1.1 Tema

Para Rau (2011), a ludicidade pauta-se em duas funções: a lúdica e a voltada


para a educação. A função lúdica se caracteriza pelo brincar livre, sem estar presa em
obrigações e reflete em si o gosto e o prazer de brincar. A função educativa volta-se
para a sistematização do ato de brincar de modo que o conhecimento produzido possui
tanto significado quanto o brincar em execução.

De acordo com Rolim, Guerra e Tassigny (2008) O ato de brincar é importante


em todos os momentos da vida do ser humano, principalmente quando se é criança, pois
não se trata apenas de um entretenimento, mas também de uma forma de aprendizagem,
por meio da brincadeira a criança vai descobrindo o mundo e construindo seus saberes.
O lúdico como metodologia para a aprendizagem possibilita que as crianças agucem seu
lado criativo e imaginário, permite que o aprendizado seja mais fácil e prazeroso, de
modo que tanto os professores como os alunos sejam beneficiados.

A ludicidade é um método a ser seguido, tanto por causa da sua infinidade de


recursos e de possibilidades como pelo fato de trazer benefícios para o desenvolvimento
das crianças.

Para tanto, não basta apenas entregar um brinquedo na mão de uma criança, é
necessário mostra-lo o que pode trazer para seu crescimento intelectual, social, etc,
sendo preciso que o professor esteja preparado para transformar brincadeiras em algo de
relevante aprendizado. A ludicidade pode ajudar no processo educacional, mas o
professor necessita estar apto para saber trabalhar.
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A escolha do presente tema se resume justamente na necessidade de se mostrar a


importância do lúdico e como este pode ser sim um recurso muito útil, tanto para o
trabalho do educador como para a compreensão e aprendizagem do educando.

1.2 Justificativa

O lúdico ainda é visto, por algumas pessoas, como uma brincadeira, sem fins
metodológicos, entretanto, muitos autores explicitam que o ato de brincar é importante
meio para o processo de ensino-aprendizagem, de modo que, ao inseri-lo neste contexto
permite que os alunos aprendam de modo mais dinâmico, desenvolvendo não somente a
imaginação, mas também o desenvolvimento intelectual.

Piaget (1976) pautou que a atividade que envolve ludicidade compreende ao


berço obrigatório das atividades intelectuais que as crianças devem se envolver, de
modo que não são e nem devem ser pensadas como sendo um escape ou entretenimento
para apenas fazer as crianças gastarem energia, mas devem ser vistas como um
elemento voltado para o desenvolvimento como um todo. Portanto:

O jogo é, portanto, sob as suas formas essenciais de exercício sensório-motor


e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a
esta seu alimento necessário e transformando o real em função das
necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das
crianças exigem que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de
que, jogando elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem
isso, permanecem exteriores à inteligência infantil (PIAGET, 1976, p. 160).

Durante o início da fase de desenvolvimento das crianças, estas passam por


diversas mudanças em seu ambiente, além da infinidade de objetos dispostos à ela, no
qual poderá dominar. E nesse contexto o lúdico domina o método ideal para a
aprendizagem, pois seus traços novos nas mãos dos pequenos estimulam o interesse,
aguçam a vontade de descobrir cada vez mais novas coisas, pois as crianças tornam-se
mais atentas. Nas mãos do professor o jogo pode enriquecer o as aulas, permitindo que
além de professor seja condutor e estimulador da aprendizagem.

Além disso, o ato de brincar fortifica o exercício das relações sociais, dentro e
fora da sala de aula, fortalecendo o vínculo do educador e o educando. Os jogos fazem
parte do patrimônio cultural da sociedade, traduzem os valores e costumes, assim como
o modo de pensar. Para isso, faz-se necessário que o educador estabeleça metas e
objetivos a serem alcançados, e as regras a serem seguidas. Os jogos e brincadeiras
oferecem às crianças a oportunidade de ser um sujeito ativo, de construir seus próprios
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conhecimentos e de torná-las cada vez mais independentes frente aos estímulos do seu
meio.

Diante do exposto, a escolha do presente tema se divide em dois momentos:


primeiramente devido a prática que tivemos por meio do estágio curricular obrigatório,
ou seja, a vivência dentro do âmbito escolar e todo o processo na busca para desvendar
quais mecanismos podem ser melhores para aguçar o desenvolvimento das crianças sem
deixar que caia na rotina e acabe se tornando algo monótono e sem interesse para eles.
E, através do lúdico, podemos perceber que este mecanismo oferece uma vasta gama de
possibilidades para se trabalhar diariamente, onde, além de fazer com que as crianças
voltem sua atenção para os assuntos tratados, com mais vontade de aprender,
especialmente aqueles ditos mais chatos de serem trabalhados, como também sobre a
relação que se fortifica entre alunos e professores, pois os docentes passam a serem
vistos como legais, e toda e qualquer criança deseja aprender com ele, pois a dinâmica é
bem aceita.

Por segundo, o fato de que, apesar de ser uma metodologia bem aceita por parte
das crianças, por se ter estudos que comprovem a sua eficácia, ainda há não apenas
certo receio de se trabalhar, mas também, tanto por parte dos docentes como pelos pais,
pois muitas vezes estes veem o lúdico como uma simples forma de brincar, sem se
atentar ao fato de que através dele as crianças tornam-se mais atentas e têm mais
vontade de participar de atividades.

Portanto, a escola deste tema se resume na busca de reforçar e explicitar como os


mecanismos que o lúdico possui podem facilitar o aprendizado dos alunos e ajudar os
professores no que se refere ao repasse do conhecimento acerca dos assuntos abordados.

1.3 Problematização

A relevância da escolha do presente tema remete-se ao fato do lúdico ainda se


apresentar como sendo um meio mais voltado para a brincadeira, não somente pelas
instituições e por seus docentes, mas também por parte dos pais dessas crianças/alunos,
e consequentemente, possui a necessidade de ser explorado e desenvolvido de maneira a
se explicitar e conscientizar a todos acerca da sua importância e seriedade, uma vez que
o lúdico também se apresenta como um bom exercício das relações sociais, dentro e
fora de sala de aula, desperta o interesse, faz com que os educandos aprendam de
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maneira mais satisfatória e envolvente, por mais que se coloquem regras nas
brincadeiras.

Para Navarro (2006, p. 95) “o processo da aprendizagem e as dificuldades


enfrentadas nesse contexto, refere-se aos métodos empregados para fazer com que as
crianças aprendam”. Além disso, o método dentro da ludicidade deve ser variado, pois
cada criança possui suas características e necessidades em particular, ou seja, o
entendimento e aprendizado é diferente de uma para as outras, pois ao mesmo tempo em
que uma criança consegue compreender a linguagem dos docentes, por outro lado
algumas crianças necessitam de uma brincadeira que ensine a mesma coisa só que de
uma forma mais dinâmica. Deve-se atentar a este fato, pois a quando uma criança não
consegue aprender e estar no mesmo nível que seus demais colegas, esta acaba por ser
afetada emocionalmente, passando a não mais ter vontade de ir às aulas, de participar
das atividades.

Desse modo, um ponto a se preocupar é com o preparo dos docentes, isto porque
estes devem estar em constante aprendizado e evolução, buscando sempre novas
técnicas para usar em sala de aula e, consequentemente, ganhar seus alunos. Entretanto,
muitos docentes não dão essa continuidade constante, permanecem com a sua formação
e só. Também se ressalta o papel das instituições, pois estas, pensando no lúdico como
proposta metodológica acham que são simples brincadeiras, acabam não dando a devida
importância.

O lúdico não compreende ao brincar, propriamente dito, pelo menos não em


suma, ele se refere à brincadeira com fundamento. Um outro ponto importante é o fato
de que atualmente, na era da tecnologia, utilizar o lúdico torna-se ainda mais
interessante e fácil, devido a infinidade de opções disponíveis (MARTINS, 2018).

Usar o lúdico não é enrolar o aprendizado, mas sim reforçar. Uma aula com
quadro, caneta e lápis, o falatório do professor, não é a mesma coisa que uma
brincadeira com o mesmo propósito, de certo os alunos irão se interessar pela segunda
opção.

Portanto, a discussão deste tema possui o objetivo de reforçar e até mesmo fazer
com que as pessoas vejam o lúdico não sendo apenas um instrumento do ato de brincar,
mas também um ponto primordial para a construção do conhecimento, fazendo com que
seu público-alvo tenha interesse em aprender, além de ter a intenção de servir como
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estímulo para o aprofundamento de pesquisas relacionadas ao tema e suscitar maior


discussão acadêmica.

Diante disso, o presente trabalho busca a resposta para uma pergunta específica,
isto é, a investigação da resposta para a seguinte questão: Como o lúdico pode ajudar
nas atividades educativas na educação infantil?

1.4 Objetivos:

Geral: Analisar o papel do lúdico nas atividades educativas da educação infantil.

Específicos:

- Compreender o conceito do lúdico na Educação Infantil.

- Descrever os mecanismos de ensino através do lúdico na Educação Infantil.

- Demonstrar como o lúdico pode ajudar no processo de aprendizagem na


Educação Infantil.

2 Metodologia

O caminho metodológico considerado para o desenvolvimento desta


investigação de revisão bibliográfica envolve características específicas de coletas de
dados de maneira detalhada e explicativa, sempre buscando velhas e novas respostas e
levantando outras indagações durante o processo investigativo.

Segundo Vergara (2016), buscando explicar o método bibliográfico, utilizado


neste trabalho, discorre que este corresponde a coleta e análise de materiais já
publicados que se encontram disponibilizados em forma de livros, artigos, periódicos e
sites seguros disponíveis para estudo e pesquisa na internet. Ao se fazer uso desses
materiais para a elaboração de um novo está gerando novos conhecimentos voltados
para futuros e novos debates acadêmicos sobre a questão retratada.

Corroborando deste pensamento, o autor Gil (2012) discorre que o ato de


posicionar o trabalho é de suma importância tanto para o elaborador quanto para os
leitores, isto porque, para quem escreve é fundamental tanto a escolha dos autores, desse
modo, este deve possuir uma gama de conhecimento para saber escolher, e pelo fato de
necessitar uma vasta leitura para então elaborar seu ponto de vista sabendo se
posicionar.
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Assim, será incluído e mencionado na construção dos argumentos que


fundamentaram a pesquisa, autores clássicos da temática “capturados” da internet, de
bibliotecas, etc. que abordam e discutem os aspectos científicos relacionados ao objeto
de estudo, possibilitando a instrumentalização, com intuito para uma melhor
compreensão da realidade desvelada, no momento em que os dados da pesquisa foram
evidenciados.

A análise dos dados consistirá no agrupamento de ideias em indicadores teóricos


selecionados, em torno dos aspectos conceptuais e metodológicos sobre o objeto de
estudo que serão organizadas na fase exploratória do estudo e redefinidas, a partir da
fundamentação teórica e dos objetivos da pesquisa.

3 Conceituando sobre o lúdico na Educação Infantil

Segundo Ximenes (2001) o termo lúdico refere-se a jogo ou diversão, ou seja,


indica que este pode ser uma brincadeira que possibilita o divertimento durante a sua
realização facilitando a aprendizagem. Reforçando e seguindo este pensamento, para
Santanna e Nascimento (2011) a palavra ludicidade/lúdico, no latim “ludus”, advém do
ato de brincar ou jogar e neste sentido refere-se a espontaneidade depositada durante a
realização de uma atividade na qual não se encontra estruturada, pois não possui regras,
apenas a interação e diversão dos envolvidos.
Nesse ponto torna-se essencial distinguir o que é jogo, diversão e brincadeira. O
jogo nada mais é do que uma atividade que possui uma finalidade e regras pré-
estabelecidas, ou seja, ao final uma pessoa sairá vencedora. A diversão caracteriza-se
por algo que distrai e diverte. Por fim, a brincadeira compreende a todas as atividades
ditas livres, ou seja, aquelas em que não necessita de regras e no final todos são
vencedores, porque na verdade não há um vencedor propriamente, pois o objetivo é
apenas gerar prazer para o praticante. Trazendo esses conceitos para o lúdico pode-se
perceber que este se caracteriza como todas as atividades, onde algumas não possuem
regras e outras possuem como é o caso do método lúdico aplicado em algumas
instituições, onde apesar de buscar divertir a criança, possui a finalidade de passar o
conhecimento acerca de determinado assunto.
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Desde os primórdios o lúdico está presente na história e é caracterizado por ser


algo natural na vida dos indivíduos. Os povos do Egito e da Grécia ensinavam seus
povos através das lições de casa. O filósofo Platão demonstrava a importância do lúdico
para o aprendizado, em especial na matemática. François Rabelais, escritor renascentista
francês, declarava que o ensino deveria ocorrer por meio dos jogos, dizia que as crianças
deveriam tomar gosto pelo ato de ler, por desenhar, por jogar cartas e fichas, pois
ajudava no ensino da aritmética e da geometria (SANTANNA; NASCIMENTO, 2011).
De acordo com o pensamento de François Rabelais e parando para se atentar ao
cotidiano as crianças possuem diversos meios para serem estimulas através do lúdico,
uma vez que ao se dar um papel e lápis as formas que veem serão desenhadas e cada vez
mais aperfeiçoadas. Ao se jogar cartas, primeiramente a criança não vai saber do que
trata, nem os números, mas aos poucos tomará conhecimento sobre, até aprender. Ao se
dar um livro, ela são saberá ler, mas ficará encantada principalmente com as figuras e
ficará curiosa para compreender o que adulto está lendo, conforme for se ensinando,
chegará um momento que ela saberá o nome das figuras e até ler. Sendo assim, pode-se
dizer que o lúdico é tudo aquilo que nos leva ao aprendizado do mundo e das coisas ao
nosso redor, ele nos ajuda a distinguir formas, nomes, lugares, entre muitas outras
coisas.
O ato de brincar já se fazia presente na vida dos seres humanos antes mesmo das
primeiras pesquisas sobre o tema, e desde a antiguidade e no decorrer do tempo, em
diversas regiões geográficas, existem indícios de que o homem sempre brincou, porém,
muito provável que por causa da limitação do espaço físico e temporal destinado a essa
atividade, ocasionado pelo surgimento das instituições, pelo aumento das indústrias de
brinquedos e por influência do avanço tecnológico, tenha-se iniciado uma preocupação a
respeito da diminuição do ato de brincar, assim como surgiu um movimento para tenta
recuperá-lo na vida das crianças por parte da necessidade de explicitar a sua importância
nos estudos e pesquisas. Uma vez que:
O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro
de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo
regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias,
dotado de um fim em si mesmo acompanhado de um
sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser
diferente da “vida quotidiana (HUIZINGA, 2014, p. 33).

Segundo Brougère (2010), o uso do brinquedo proporciona para a criança como


um suporte de ação, de manipulação, de conduta lúdica, que possibilita o conhecimento
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das formas e imagens, símbolos para serem usados. Desse modo, torna-se útil considerar
o brinquedo não somente a partir de sua dimensão funcional, mas também, a partir
daquilo que podemos denominar sua dimensão simbólica.
E, durante o ato de brincar, a crianças pode fazer uso de recursos próprios
utilizando o corpo como fazer caretas, correr, pular, fazer gestos, e ao mesmo tempo em
que associa com os recursos que se encontram disponíveis no ambiente, trazendo para o
contexto, situações vivenciadas por ela ou por outras pessoas (imitação), ou seja, se uma
criança vê um adulto ou outra criança brincando de ou com algo ela irá observar e tentar
reproduzir da sua maneira pelo simples fato de ter-se encantado com aquilo que viu,
construindo assim novos significados, e aprendendo a compreender e separar aquilo que
mais convém à ela. Para esclarecer esta ideia, Oliveira (2000, p. 55) cita Pedroza, ao
afirmar que:
As crianças constroem suas brincadeiras recortando pequenas
ações das outras, ajustando-se a elas, quer seja repetindo-as
integralmente ou parcialmente, quer seja acrescentando-lhes
algo e, até, substituindo parte delas. Cada uma das crianças
parece fazer uma „previsão‟ do que é brincadeira e age nessa
direção, mas a cada instante é confrontada com as ações, das
outras crianças e o efeito de suas próprias ações.

Segundo Friedmann (2012, p.23), em seus estudos sobre culturas infantis,


discorreu sobre o fato de que as crianças já nascem inseridas em uma determinada
cultura, e a partir disso irão desenvolver suas competências pessoas, ou seja, suas
características, e consequentemente adquirir conhecimentos prévios e historicamente
definidores de um ou outro grupo social.
Desse modo, para uma criança qualquer objeto ou local serve para brincar, e
dependendo da idade esta não consegue distinguir o que é ou não perigoso. Como
exemplo, o ato de jogar bola, para um adulto possui diversos significados e esta faixa
etária já sabe como brincar, mas para uma criança, principalmente o primeiro contato é
uma grande descoberta, pois ela vai tentar colocar em prática mediante o modo como
ela credita que é feito, aprendendo a força que se deve colocar, a direção, entre outras
coisas. Parando para pensar tudo que é trabalhado nesta atividade, especificamente,
podemos perceber que não apenas a recreação está sendo colocada, mas também o
desenvolvimento neuropsicomotor, a cognição, compreensão de espaço e lateralidade e
outras habilidades.
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E na próxima vez que for brincar vai se lembrar de tudo que aprendeu, além
disso, cada uma tem o seu jeito de brincar, assim como umas gostam de chutar, outras
preferem jogar a bola com as mãos, assim os gostos vão se formando.
Voltados para essa questão e inseridos ao longo da história, diversos autores
apresentaram interesse, de modo direto ou não, sobre o brincar, o jogo, o brinquedo e a
brincadeira. E tais termos ainda são objeto de muito estudo em variadas áreas do
conhecimento como a filosofia, a psicologia, a sociologia, a antropologia e a pedagogia.
Entretanto, em tempos anteriores, a atividade lúdica não se voltava somente para a
infância, mas para todas as fases e idades, de modo que, filósofos como Platão e
Aristóteles viam o brinquedo/brincar como um meio para a ideia de estudo ao prazer
(WAJSKOP, 2012).
A ludicidade permite que os participantes dos jogos e das brincadeiras sejam
quem eles quiserem, ou seja, podendo ser um líder, um crítico, mediador ou um
questionador, trabalhando todos os aspectos (motor, social e afetivo). Todavia, para
Antunes (2003) é necessário que os jogos e brincadeiras utilizados pata fins
metodológicos sejam estudados, pois há alguns tipos que podem acabar se tornando um
desestimulante para a criança.
Atualmente há um consenso acerca do lúdico como sendo um agente para o
aprendizado no ensino, pois por meio dele pode-se criar ambientes bastante atraentes e
estimulantes para o desenvolvimento como um todo das crianças, confirmando o que
fora mencionando anteriormente, por isso há em diversos lugares brinquedotecas,
diversos jogos com fins educativos e brinquedos especialmente voltados para o lado
pedagógico (EDUCA BRASIL, 2022).

4 Os mecanismos de ensino através do lúdico na Educação Infantil

O uso dos jogos nas escolas como um método didático faz com que os alunos
compreendam melhor os conteúdos ministrados, pelo fato de possibilitar que consigam
comparar o real e o imaginário. Em algumas disciplinas, a utilização do lúdico tem se
tornado uma ferramenta motivacional para docentes e alunos, pois além de ajudar na
compreensão dos assuntos, faz com que as aulas sejam mais dinâmicas e prazerosas, e
consequentemente reduz a falta de atenção e motivação dos alunos (DE SOUZA
GUIMARÃES, et al. 2019).
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O jogo simbólico ou o jogo de faz de conta mostra-se como um objeto para que
a criança seja estimulada à fantasia, e esta ferramenta é primordial para o ganho de
autonomia, criatividade, exploração do mundo e de seus significados. O brincar pode se
mostrar como um meio para a expressão e de aprendizagem das regras da sociedade
(OLIVEIRA, 2011).
Segundo Leontiev (2014), a atividade lúdica é considerada como a principal
atividade nesse estágio de desenvolvimento da criança no período pré-escolar pelos
seguintes motivos: Se apresentam como a atividade pela qual os processos psíquicos
tomam forma ou são reorganizados; É no brincar, por exemplo, que se formam
inicialmente os processos imaginativos da criança; Atividade responsável qual
dependem, mais estreitamente, as mudanças psicológicas fundamentais da personalidade
infantil; É através da brincadeira que a criança, no período pré-escolar, se apropria, por
exemplo, das funções socais das pessoas e das normas de comportamento apropriado; É
a atividade sob cuja forma surge novas atividade e o motivo para isso está no processo e
não no resultado.
Quando se participa de um jogo, a criança elabora e reelabora o uso dos jogos
nas escolas como um método didático faz com que os alunos compreendam melhor os
conteúdos ministrados, pelo fato de possibilitar que consigam comparar o real e o
imaginário (DE SOUZA GUIMARÃES, et al. 2019)
O lúdico configura-se como uma ferramenta fundamental para o
desenvolvimento do ser humano, em especial as crianças, pois ajuda no processo de
socialização, na maneira de expressar e comunicar, e trazendo para o contexto
pedagógico, possibilita uma que os alunos tenham mais atenção e vontade de estudar,
compreendam melhor os conteúdos ministrados, e ao mesmo tempo ativa o sentido
imaginário e criativo, a memória, as regras e a interação com os demais alunos e os
docentes (AGUIAR, 2020).
Quando participa de um jogo, a criança elabora e reelabora suas
atitudes, organiza estratégias e pensamento, utiliza o raciocínio
e a memória. Expressa seus sentimentos de alegria na vitória e
frustação na perda, sozinha e junto aos seus colegas,
fortalecendo-se emocionalmente ao lidar com suas reações
emocionais, desenvolvendo o autoconhecimento, a autonomia e
a perseverança (RAU, 2011, p. 103).

O ambiente escolar deve ser acolhedor, pois isto possui relação direta com a
aprendizagem das crianças, de modo que as salas devem possuir materiais diversificados
que permitam a descoberta e incentive o pensamento, a criatividade e a imaginação em
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todas as disciplinas. Entretanto, não apenas a parte física necessita estar preparada, mas
deve haver planejamento para uma melhor adaptação das atividades lúdicas, tendo
objetividade em seu uso (MARTINS, 2018).
As atividades lúdicas reduzem as dificuldades e permitem uma maior e melhor
interação dos alunos tanto entre si como com os temas trabalhados (OLIVEIRA et al.,
2015). As práticas lúdicas se configuram como uma estratégia que proporciona um
ambiente harmonioso e agradável, de modo que, os alunos tornam-se participativos por
livre e espontânea vontade, pelo simples fato de fluir as aulas, além dos materiais serem
de baixo custo, pois tudo torna-se utilizado para o brincar (BARBOSA et al., 2014).
Os tipos de atividades lúdicas são infinitos e cada fase possui suas
particularidades, além disso, todas as matérias apresentam aberturas para trabalhá-la
com o brincar. O lúdico não se limita apenas ao deixar a criança brincar com um
brinquedo ou jogo sem fim metodológico, pois todo e qualquer jogo, mesmo que não
seja intencional, vai ensinar algo, o ato de trabalhar com esta metodologia abre um leque
de opções, como: pintar, desenhar, cantar, pular, correr, aprender os números e as cores
de forma diferente; aprender as formas, entre outras infinitas possibilidades.
Ademais, não há uma regra em relação aos tipos de jogos e suas respectivas
faixas etárias definidas, ou seja, uma mesma brincadeira trabalhada com crianças de 6
anos pode ser usada para trabalhar com crianças de 3, obviamente que algumas coisas
irão mudar, principalmente as regras. O lúdico se resume no ato de produzir,
transformar, inovar, e interagir com regras.

5 O lúdico como suporte no processo de aprendizagem na Educação Infantil

De acordo com a LDBEN n 9.394\1996, em seu art. 29:

A integração das áreas de desenvolvimento e aprendizagem quando aponta


que “a educação infantil”, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação
da família e da comunidade (RAU, 2011, p.102).

A LDBEN reforça que no que compete ao desenvolvimento da criança deve-se


dar importância a relação dos envolvidos, ou seja, a importância do contato, isto porque
é a partir disso que uma ira conhecer e respeitar o outro, compreender seus gostos. Para
o desenvolvimento da socialização, o educador deve trabalhar com atividades que
correspondam às faixas etárias, sendo, portanto, o mediador que irá estimular a
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criatividade dos pequenos, de modo a desenvolver a afetividade, o cognitivo e o lado


social de forma contextualizada.
O brinquedo, desse modo, não deve ser visto como um simples “passatempo"
nas mãos das crianças, apenas com fim de distraí-los, mas sim como um elemento
fundamental na educação escolar. Dependendo da atividade proposta, o lúdico estimula
o crescimento, a coordenação muscular, o equilíbrio, entre muitas outras habilidades.
Através dele é possível testar hipóteses de modo a trabalhar a criatividade das crianças.
Sobre os anos iniciais do ensino fundamental, a BNCC discorre o dever de se
enfatizar as atividades lúdicas, pois aponta que esta é fundamental para a junção de
conhecimentos vivenciados no período da educação infantil, de modo a proporcionar a
experiência do aprender brincando (BRASIL 2017; PINHEIRO, 2018).
Desse modo, as atividades devem ser pensadas com um objetivo, tendo
significado para o aluno, fazendo com que os alunos sejam mais ativos e participativos,
e no futuro, quando adultos, sejam assim em seus afazeres (SOARES, 2012).
O docente é o principal responsável na estimulação da participação dos alunos,
pois este deve se preocupar com quais atividades deve-se trabalhar, elaborando aulas
agradáveis, respeitando cada faixa etária. O professor é o espelho até mesmo para o
futuro profissional, onde muitos adultos tornam-se docentes pela boa experiência com
seus professores na infância (MASSERU, 2010).
O brinquedo estimula e reproduzem imagens, aspectos da realidade, do
cotidiano, da natureza e das construções humanas, o que possibilita e objetiva que as
crianças tenham um substituto dos objetos reais bem nas palmas de suas mãos, podendo
manipulá-los (KISHIMOTO, 2011).
Os docentes devem se atentar na utilização do lúdico para o desenvolvimento
integral e dinâmico das crianças, onde os conteúdos correspondam aos conhecimentos
daquela idade, de acordo também com os interesses e das necessidades (FRIEDMANN,
2012).
O ato de brincar faz com que as crianças desenvolvam suas próprias
habilidades de pensamento, superem cada fase da sua infância, cada obstáculo no
aprendizado, se desafiam de modo prazeroso.
Para Leontiev (2014, p.125), sobre as crianças se espalharem nos adultos: “uma
necessidade de agir como um adulto surge na criança, isto é, de agir da maneira como
ela vê os outros agirem, da maneira que lhe disseram e assim por diante”.
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Cabe ao docente sempre buscar atualizarem-se no assunto, buscando sempre


novas brincadeiras, novos métodos a se trabalhar com lúdico. Os professores devem
propor também as instituições o trabalho voltado para o lúdico, pois as escolas devem
estar preparadas e possuir material necessário para todo e qualquer tipo de atividade.
O ato de educar nada mais é que o cuidado, a atenção, interação, respeito,
compreensão do professor para com o aluno, pois a criança depende disso para se
desenvolver, visto que através da ludicidade ela irá adquirir de forma espontânea a sua
autonomia.
A possibilidade de recursos para se trabalhar são diversas, pode ser através de
música, pintura, contação de história, tudo isso irá contar como recurso lúdico,
entretanto, o professor deve se atentar para saber conduzir o lúdico como seu aliado no
ensino, pois caso este não coloque metas e objetivos a brincadeira será apenas um ato de
brincar.
O professor deve estar atento ao desenvolvimento de seus alunos para saber por
quais caminhos seguir, o que está sendo eficaz ou não, pois educar e usar a ludicidade
não é tão simples como parece, uma vez que estamos falando da formação intelectual de
uma pessoa e tudo aquilo que for aprendido, independente de como foi ensinado, será
levado para a vida.
Um fator importante a ser mencionado é a educação continuada dos
professores, um processo muito importante e que nem sempre é seguido, mas que possui
muita influência no seu trabalho, tanto pelo fato da sua formação, visto que quanto mais
se aprende melhor será o seu destaque profissional, como para seu método didático de
dar aula, pois quando um professor conhece diversos meios que ele pode utilizar isto
facilita o processo de ensino-aprendizagem.

6 Considerações Finais

A elaboração desse artigo possibilitou uma melhor percepção em relação às


atividades lúdicas, pois, apesar de ser um tema muito comum, ainda há um tabu a ser
quebrado, e por meio deste trabalho tivemos a oportunidade de compreender a
relevância do brincar no aprendizado da educação infantil, no qual o lúdico tem uma
grande importância no desenvolvimento intelectual fazendo com que esta não apenas
aprenda assimilar melhor o conteúdo, mas também aprenda a conviver e se socializar
com outras pessoas de forma satisfatória.
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O ato de brincar proporciona a criança inúmeros benefícios, possibilita que ela


desenvolva seu lado criativo e use para melhor compreender as coisas ao seu redor.
Além disso, é importante que o professor saiba trabalhar com o lúdico em sala, não
apenas para o ato reacreativo, mas sim como um mecanismo facilitador para o processo
da aprendizagem de seus alunos.
Ressalta-se o fato de que muitas crianças tem mais facilidade em aprender de
maneira mais lúdica do que a tradicional pelo fato de não haver tanta cobrança. As
crianças precisam sentir-se livres para criar e explorar, aprendendo paralelamente, de
modo que chame sua atenção. Percebe-se que mesmo com todas as pesquisas
relacionadas ao tema ainda há essa barreira a ser ultrapassada nas escolas, por isso é
necessário mais estudos e aprofundamento no tema.
Por ser uma pesquisa bibliográfica, não tivemos contato com os educandos
como a pesquisa de campo nos possibilita, mas através dos estudos realizados
conseguimos ter uma visão ampla das atividades Lúdicas a ser trabalhada em sala de
aula.
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Referências

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