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CURSO DE PEDAGOGIA
INTRODUÇÃO À PESQUISA
Pesquisa e Produção do Conhecimento
Acadêmicos ¹
Prof. Orientador ²
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Falar de pesquisa é construir conhecimentos, pois ela parte de várias fontes, e sob diferentes
aspectos. Por meio dela conseguimos ter uma visão mais ampla de tudo que nos ajuda a construir
conceitos, resolver problemas e refletir sobre a realidade. Com ela, é possível chegar a resolver
soluções e criar conclusões quantas foram possíveis e/ou imagináveis, sendo positivas ou negativas.
Serve também como base para análises em diversos seguimentos, pois proporciona parâmetros de
tomada de medidas e mudanças em qualquer atividade.
É uma chave da formação das pessoas, pois prepara para um olhar cientifico e indagador,
trazendo à tona o potencial humano. Neste trabalho será abordado como objetivo geral a
demonstração da importância da pesquisa na construção do conhecimento dos seres humanos, assim
também demonstrando porque o método de pesquisa é fundamental para o desenvolvimento
pessoal, a maneira de incrementar o conhecimento dentro do ambiente escolar e qual os melhores
métodos para absorção durante um ato de pesquisar.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conforme DEMO (2003, p. 2), “educar pela pesquisa tem como condição primeira que o
profissional da educação seja pesquisador, ou seja, maneje a pesquisa como princípio científico e
educativo e a tenha como atitude cotidiana”.
É muito importante que o docente ensine os alunos como pesquisar e que inicialmente
aborde temas que despertem o interesse deste. É necessário que tanto o aluno quanto o professor se
utilizem da pesquisa como prática do cotidiano e que usem técnicas elaboradoras que seja concisa.
De acordo com FONSECA (2002):
[...] o homem é, por natureza, um animal curioso. Desde que nasce interage com a natureza
e os objetos à sua volta, interpretando o universo a partir das referências sociais e culturais
do meio em que vive. Apropria-se do conhecimento através das sensações, que os seres e os
fenômenos lhe transmitem. A partir dessas sensações elabora representações. Contudo essas
representações, não constituem o objeto real. O objeto real existe independentemente de o
homem o conhecer ou não. O conhecimento humano é na sua essência um esforço para
resolver contradições, entre as representações do objeto e a realidade do mesmo. Assim, o
conhecimento, dependendo da forma pela qual se chega a essa representação, pode ser
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Problema de pesquisa trata de uma questão que conduz a necessidade do estudo. Ele pode se
originar de muitas fontes e pode provir de uma experiência dos pesquisadores. Muitas vezes
possuímos algumas dificuldades em resolver certos problemas, porém se é praticado o uso de
pesquisas, resolver um problema, será algo de mais facilidade. Conhecimento nunca será demais
para as pessoas, quanto mais aprende, mais saber terá.
A problemática, pode também surgir de um debate extenso ou não, vindo da literatura,
decisões políticas no governo, conhecer religiosos e outros. “Identificar e estabelecer o problema de
pesquisa não é considerado algo de facilidade, pois caso o problema não seja claro é de difícil
entendimento” (CRESWELL 2010, p. 128).
Para GIL (2007, p. 55), “pesquisa tem sido alvo de controvérsia devido ao envolvimento
ativo do pesquisador e à ação por parte das pessoas ou grupos envolvidos no problema”. Apesar das
críticas, essa modalidade de pesquisa tem sido usada por pesquisadores identificados pelas
ideologias reformistas e participativas.
Dentro das pesquisas, existem vários tipos, as mais conhecidas são: pesquisa qualitativa,
pesquisa quantitativa, pesquisa exploratória, pesquisa descritiva, pesquisa explicativa, pesquisa
experimental, pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa de campo, pesquisa de
levantamento, estudo de casos.
pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe
uma metodologia própria” (GOLDENBERG, 1997, p. 34).
deseja pesquisar. “Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada
realidade” (TRIVIÑOS, 1987, p. 48).
Essa pesquisa tem como objetivo descrever as características de um assunto já é conhecido,
assim a pesquisa se torna algo que proporcione uma nova visão sobre tal realidade existente.
Pesquisa explicativa relaciona teoria e pratica, justificando fatores que levaram a realização
do que se é estudado.
Segundo GIL (2007, p. 43), “uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra
descritiva, posto que a identificação de fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja
suficientemente descrito e detalhado”.
É considerada a pesquisa mais complexa e delicada, pois ela aprofunda o conhecimento da
realidade e explica a razão.
Pesquisa bibliográfica trata da etapa inicial, com objetivo principal de reunir todas as
informações e dados coletados que servirão como base para construção do trabalho.
Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao
pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém pesquisas
científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências
teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios
sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).
Pesquisa documental é realizada em fontes que ainda não receberam olhar analítico ou que
ainda podem ser reelaborados conforme os objetivos da pesquisa.
Pesquisa de campo corresponde a coleta de fatos que ocorrem dentro de cenários naturais de
vivência. “A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa
bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, como recurso de
diferentes tipos de pesquisa” (FONSECA, 2002, p. 47).
Pesquisa de campo tem como objetivo compreender os diversos aspectos da sociedade e
assim descobrindo novos fenômenos e suas relações. Nela o pesquisador vai até o local ou fonte
original da informação para assim coletar os dados reais.
O estudo de caso apresenta um problema mal estruturado onde não existe uma solução
predefinida, com isso exige do leitor identificar o problema e fazer analises propondo soluções.
Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida
como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade
social. Visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação
que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de mais
essencial e característico. O pesquisador não pretende intervir sobre o objeto a ser estudado,
mas revelá-lo tal como ele o percebe. O estudo de caso pode decorrer de acordo com uma
perspectiva interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista dos
participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa simplesmente apresentar uma
perspectiva global, tanto quanto possível completa e coerente, do objeto de estudo do ponto
de vista do investigador (FONSECA, 2002 , p. 33).
Esse estudo é um método de investigação qualitativa, pois são transportados para casos
gerais fatos observados num determinado caso, assim aprofundando a ideia de que se pretende
chegar.
A literatura desde cedo vem mostrando uma força de concepções dos professores quanto aos
ensinamentos, com isso os profissionais precisam estar habilitados a trabalhar e criar situações por
meio das quais os alunos aprendam a gerenciar os conhecimentos de forma competente e com
significado, pois é de importância que mesmo antes da criança aprender a ler verdadeiramente, é
preciso incentivar e ensinar a compreender e interpretar figuras, assim assimilando com o que real
diz a imagem.
Considerando que a escola não é mais a única transmissora de conhecimentos, já que hoje o
conhecimento disponível está em diversos lugares: “nos livros, nas bibliotecas, videotecas,
universidades, institutos de pesquisa, escolas, computadores e bancos de dados tornando-se, sob o
peso da informática e da instrumentação eletrônica em geral, cada vez mais acessível”, fica evidente
a necessidade de uma mudança no papel da escola e do professor.
O professor encontra seu papel insubstituível hoje na reconstrução do conhecimento, o que
se dá por meio da pesquisa. Assim, a reflexão constante a respeito da pesquisa como fonte principal
da sua capacidade inventiva, passa a ser emergente. (DEMO, 2003, p. 27) “Pensar na educação
infantil é envolver as crianças dentro do espaço, realizando troca de informações importante para a
formação, atribuindo um espirito dinâmico.
O papel da escola não é apenas passar conteúdos, mas ensinar a aprender, pois não deve
apenas mostrar o caminho, mas orientar para que o aluno desenvolva um olhar crítico e sua vida.
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres se encontram um no
corpo do outro. Enquanto ensino continua buscando, procurando. Ensino por que busco,
porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando,
intervenho intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e
comunicar ou anunciar a novidade (FREIRE, 2002, p. 97).
Considera-se uma pesquisa escolar como pesquisa para a aprendizagem, pois se identifica
com o projeto que realizam os alunos dentro do contexto escolar.
Sem dúvida a pesquisa escolar é um relevante instrumento metodológico de ensino
aprendizagem, sendo que, através dela é possível desenvolver ações que levem a
interdisciplinaridade, palavra de ordem no atual contexto educacional.
“Sua utilização induz ao desenvolvimento de competências e habilidades indispensáveis à
for mação do educando. Sua prática permite que o aluno aprenda ao transformar informação em
conhecimento” (PORTILHO e ALMEIDA, 2008, p. 19).
O ensino médio é o fim da vida escolar e início para a vida acadêmica para os que
pretendem ingressar numa faculdade. É uma etapa importante na vida de um jovem.
A pesquisa é para o ensino superior uma ferramenta indispensável. Muitas vezes os alunos
recém-chegados nessa fase da vida têm certo impacto de transição, pois trata de um período muito
rigoroso onde exige muita leitura e reflexão, assimilando informações para amadurecerem o
raciocínio onde pôr fim criam uma visão crítica para construção de um novo conhecimento.
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Esse problema não é novo nem se restringe aos estudos de caso, mas, sem dúvida, é mais
frequente nesse tipo de pesquisa. Talvez por focalizar apenas a unidade ou por enfatizar o
interesse intrínseco pelo “caso”, pelo que ele tem de singular, muitos pesquisadores tendem
a trata-lo como algo a parte, tanto em sua gênese, apresentando-o de modo desconectado da
discussão corrente na área, como em seu desenvolvimento, no qual não se observa qualquer
preocupação com o processo de construção coletiva de conhecimento (ALVES –
MAZZOTTI, 2006, p. 639).
No meio acadêmico a pesquisa é um dos pilares da vida, em que os pesquisadores têm como
objetivo produzir conhecimento para uma disciplina acadêmica, dessa forma contribuindo para o
avanço do desenvolvimento.
Escrever é o princípio da pesquisa, trata de uma arte de grande importância. Para isso é
necessário que o aluno possua habito de escrita desde cedo, mais precisamente no ensino
fundamental. Como define Marques (2008, p. 90), “importa escrever para buscar o que ler; importa
ler para reescrever o que se escreveu e o que se leu. Antes o escrever, depois o ler para reescrever.
Isso é procurar; é aprender: atos em que o homem se recria de continuo, sem se repetir”.
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Segundo FREIRE (2002, p. 68), “É preciso que a leitura seja um ato de amor”. De acordo
com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S) – língua portuguesa é no período escolar que o
aluno passa a conhecer a estrutura de um texto, sua finalidade é para quem se destina. Com isso,
espera-se que o aluno utilize mecanismo discursivo e linguístico de coerência e coesão textual.
3. METODOLOGIA
A metodologia usada para a elaboração deste trabalho se deu pela pesquisa bibliográfica,
através de leituras diversas, obras que apresentam estudos a respeito da (COLOCAR A
TEMÁTICA). Tendo como principais autores (DEMO, 2003; FONSECA, 2002; FREIRE, 2002;
GIL, 2007; GOLDENBERG, 1997; LAKATUS, 1985), que contém a sua linha teórica centrada no
construtivismo, onde se remete a ideia de que nada está pronto ou mesmo acabado. Foram
utilizados, como material de uso: livros de vários autores, artigos e revistas pesquisados na internet,
referentes (AO TEMA). Neste sentido, este estudo foi desenvolvido buscando o tipo de pesquisa de
cunho documental e bibliográfico; e tem como intuito demonstrar (FAZER COMENTÁRIO
PRÓPRIO).
Para a realização de uma pesquisa cientifica é importante ter em mente a amplitude de seu
trabalho. Delimitar o objeto de estudo faz com que seja mais direto o processo de investigação.
Assim, compreender o conceito de pesquisa e como agir para sua conclusão é primordial para o
sucesso de seus esforços.
Juntamente, é necessário compreender como este processo se desdobra no trabalho como um
todo:
Figura 1: Como Elaborar um Trabalho Científico
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Fonte: https://producaoacademicaonline.wordpress.com/2017/03/01/conceito-de-pesquisa/
Uma vez com o trabalho escrito, é de suma importância realizar uma revisão para garantir
que o trabalho está correto e tudo está dentro do esperado. É interessante pedir que pessoas de fora
da pesquisa leiam o texto final para procurarem incongruências na sua argumentação. Você também
pode pedir que façam verificação da ortografia e procurem erros gramaticais.
Por fim, é de suma importância que se verifiquem as normas técnicas, em especial as da
ABNT, de forma que a pesquisa acadêmica esteja dentro das regras esperadas. Esse deve ser o
último passo.
Assim podemos concluir que, como a maioria das pesquisas acadêmicas ocorrem nas
universidades, vale a pena lembrar que, toda pesquisa acadêmica deve, após concluída, ser
verificada em sistemas de similaridade, tais como o Turnitin ou Similarity Check, evitando
futuramente problemas de plágio e autocitação por parte de quem a fez. Solicitar ajuda nas
bibliotecas universitárias é sempre necessário, pois as mesmas estão equipadas com essas
ferramentas de checagem acadêmica.
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5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 6. Ed. Campinas: Autores Associados, 2003 -
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/1587-2073-1-PB.pdf <Acessado 25 de Abril de 2022.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São
Paulo: Paz e Terra, 2002. - http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0225.html
<Acessado 25 de Abril de 2022.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007 – Apud - Método e
Técnicas de pesquisa social - https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil-a-c-mc3a9todos-e-
tc3a9cnicas-de-pesquisa-social.pdf <Acessado 25 de Abril de 2022.
GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record, 1997 - Apud - Método e Técnicas
de pesquisa social - https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil-a-c-mc3a9todos-e-
tc3a9cnicas-de-pesquisa-social.pdf <Acessado 25 de Abril de 2022.
MARQUES, Mario Osório. Escrever é preciso: o princípio da pesquisa. 5. Ed. rev. Ijuí: Ed. Unijuí,
2006. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br//download/texto/me002673.pdf -
<Acessado 25 de Abril de 2022.