Aarya é uma loba de 19 anos que nunca se considerou uma romântica
incurável até que o menino que ela amava a deixou pela companheira dele. Com o coração partido, ela relutantemente vai ao Baile Lycan, onde conhece o Rei Lycan Dimitri Adonis — e a conexão entre eles é instantânea. Agora o ardente casal deve navegar pelo perigoso mundo da intriga imperial enquanto enfrenta ex-amantes rejeitados, subordinados ciumentos e muito mais. Classificação etária: 18+
E-book Produzido por: Galatea Livros e SBD
https://t.me/GalateaLivros Sumário dos Livros Livro 1 Livro 2 – Ainda não Lançado Livro 1 Capítulo 1 — Ele me beijou profundamente e eu sabia, naquele momento, que estaríamos bem. — Fechando o livro agora acabado, suspirei. Normalmente eu não era o tipo de garota obcecada por histórias românticas, mas na semana passada isso mudou. Tudo o que tenho feito é ler estas histórias românticas irrealistas e obviamente me imaginar como a protagonista feminina. Quem é o protagonista masculino, você pode estar se perguntando? O mesmo cara que roubou meu coração quatro anos atrás, Hunter Hall. — Aarya, você quer ir fazer compras comigo? — Gritou minha mãe escada a cima com sua voz inconfundível. — Não, mãe. — Eu respondi. Aarya Bedi, esse é o meu nome. Tenho dezenove anos, e se você não notou pelo meu nome, eu sou indiana, e sim, sou uma lobisomem. Atualmente, vivo com meus pais, Sid e Tara; eles são acasalados/casados há vinte e sete anos. Meu irmão mais velho, Sai, tem vinte e quatro anos e sua companheira, Zoya, também tem vinte e quatro anos. Nossa alcateia se chama Lua Negra; eu amo nossa comunidade. Todos se conhecem e crescer aqui foi incrível. No momento, estou treinando para ser uma médica da alcateia; sempre foi algo que eu quis fazer. Lembro-me quando eu costumava ser provocada quando dizia que queria me tornar uma médica da alcateia. A cor da minha pele e os estereótipos eram o motivo, é claro. Todos pensavam que essa era a carreira perfeita para mim, já que sou indiana, e todos nós aparentemente somos médicos, advogados ou contadores. Costumava me incomodar, mas agora eu não ligo. Minha mente estava a mil com pensamentos sobre Hunter Hall; ele era nosso Beta. Ele e nosso alfa, Carter Ward, foram enviados para treinamento há quatro anos, e voltariam hoje. Ainda me lembro do dia antes deles partirem. Hunter veio até mim com seus lindos olhos azuis e me disse para esperar por ele. Eu tinha apenas quinze anos na época, mas eu sabia que esperaria por ele. Afinal de contas, eu estava totalmente apaixonada pelo Hunter. Foi nele que dei meu primeiro beijo; ainda me lembro da sensação de seus lábios contra os meus. A maioria dos lobos encontra seus companheiros aos dezoito anos, e como Hunter não estava aqui quando eu fiz dezoito anos e não encontrei meu companheiro, eu estava convencida de que Hunter era meu companheiro. Suspirando, saí da cama e caminhei até a minha estante. Tive que pensar em outra coisa, senão eu ficaria louca. Minha estante estava repleta de livros. Pode-se dizer que eu era uma bibliófila. Meus dedos passaram pelas capas de muitos livros antes de parar em um. Peguei ele e suspirei. Era a história dos humanos, lobisomens e Lycans. Não história de ficção, mas de fatos. Eu sabia que se lesse outra história romântica, meus pensamentos irracionais nunca me deixariam descansar. Me acomodei na cama e comecei a ler. Humanos, lobisomens e Lycans viviam todos em paz, e vivemos assim há milhares de anos. Não era segredo que os Lycans governavam a nós todos; eles eram muito mais fortes e poderosos do que nós, lobisomens. Nossa família real era composta inteiramente de Lycans. Sempre os achei extremamente intimidadores; eles tinham essa aura sobre eles. Passando pela história de como nós nos reunimos para uma importante batalha, cheguei ao capítulo que sempre me intrigou. Companheiros dos Lycans. Eles eram considerados tão preciosos para os Lycans. Dizia-se que se um Lycan perde o seu companheiro, eles entram em erupção e podem matar milhares e destruir cidades. Existe um exército especial que é treinado para lidar com tais situações. Os Lycans só podem ter um companheiro. Eles são incapazes de selecionar e acasalar com outro alguém se seu parceiro morrer, como nós, lobisomens, fazemos. Eu sempre achei isso tão fascinante. Se um lobisomem perde o companheiro, podemos encontrar a felicidade escolhendo e acasalando com outra pessoa, mas os Lycans não eram capazes de fazer isso. É por isso que o companheiro de uma Lycan era tão precioso, e também tornava os Lycans extremamente leais. Ao continuar lendo, me deparei com a parte do envelhecimento. Os Lycans param de envelhecer aos vinte anos. Muitos continuam celebrando seus aniversários, apesar de continuarem tecnicamente com vinte anos; podem viver centenas de anos. Antes do nosso rei atual, o rei anterior governou por quinhentos anos antes de passar o comando ao seu filho. Conta-se que ele foi viajar com sua companheira, e ninguém mais ouviu falar deles desde então. Nós, lobisomens, também vivemos por muito tempo, mas não tanto quanto os Lycans; envelhecemos lentamente. A história também dizia que se o parceiro de uma Lycan é um humano ou um lobisomem, seu corpo se ajusta para se tornar uma Lycan. Eles se tornam mais fortes e mais poderosos e são considerados como um Lycan. Essa parte sempre me assustou, mas eu sabia que era verdade. Afinal, minha melhor amiga era agora uma Lycan. Apesar de nunca ter admitido isso a ela, sempre me senti intimidada por ela. Ela mudou, e isso me assustou. Como o livro não era novo, ele não mencionava nosso novo rei, Adonis Dimitri Grey. Aparentemente, todos o chamavam de Dimitri, e somente aqueles que eram suficientemente próximos a ele podiam chamá-lo de Adonis. Nosso rei era estranho; ele assumiu o trono sem nenhuma companheira ao seu lado, o que era inédito. Todos os reis Lycan antes dele haviam encontrado suas companheiras antes de se tornarem reis. Ele também odiava fotos, aparentemente; havia apenas três. Uma quando ele nasceu, outra quando seus irmãos nasceram, e a última quando ele assumiu o trono. Eu era apenas uma criança quando ele assumiu o trono; já se passaram dez anos. Ninguém sabe realmente a verdadeira idade do rei, e suspeito que ele provavelmente também não conta a ninguém. Um som familiar começou a tocar, e eu rolei para pegar meu telefone, que estava carregando. Ao ver o nome piscar na tela, sorri e respondi rapidamente. — Sophia Butler, há quanto tempo, — provoquei. — Aarya Bedi, não me provoque. Você sabe que tenho estado ocupada, — lamentou minha melhor amiga Sophia. — Você tem estado realmente ocupada? Ou o Luke tem mantido você presa? — continuei provocando. Sophia riu: — Você é horrível. Você sabe que eu tenho estado ocupada. Aliás, o Baile Lycan está chegando! Você não está animada? Ah sim, o Baile Lycan. A maneira do reino de garantir que todos da alcateia possam ver o palácio e conhecer o rei. Eu odiava isso. Esta foi a segunda vez que nossa alcateia foi escolhida para ir, mas seria a minha primeira vez. Sempre detestei bailes, formaturas escolares, recepções de casamento. Não sei o porquê, já que adoro me vestir. Tenho a sensação de que a razão pela qual eu odiava o Baile Lycan, mesmo nunca tendo ido, era porque eu estava intimidada pelos Lycans. Na primeira vez que fomos escolhidos, eu estava com uma gripe terrível. Meus avós voaram do Canadá, onde moram, para vir cuidar de mim enquanto o resto da minha família ia ao Baile. Foi assim que minha melhor amiga conheceu seu companheiro Lycan, Luke. Ela é aquela que eu mencionei antes. Sophia conheceu Luke no baile há quatro anos, e desde então, ela mudou muito. Não me entenda mal, fiquei muito feliz quando ela me ligou e me disse, mesmo que ela estivesse vomitando. Mas uma parte de mim sabia que eu iria perder minha melhor amiga. Afinal, ela era uma Lycan agora, e eles tinham papéis e responsabilidades muito importantes. Seu companheiro, Luke Martin, era o chefe dos guerreiros, então Sophia permanecia ocupada o tempo todo. Como ela adorava organizar, ela ficou encarregada de organizar eventos importantes, e o Baile Lycan era o mais importante que Sophia organizaria. — Oh sim. Estou tão ansiosa por isso, — respondi sarcasticamente. — Bem, o bom é que você vai poder me ver. — Sophia tentou me animar. — Isso é verdade. Não nos vemos há um ano. Não desde que você voltou para casa para ver seu sobrinhozinho. — Suspirei. — Eu também sinto sua falta. Gostaria de poder voltar mais vezes. — Sophia também suspirou. — Você está ocupada, eu entendo. Mas ainda bem que temos a tecnologia. Podemos conversar sempre mesmo que não estejamos juntas, — disse eu. — Isso é tão verdade. Oh, Aarya! Mal posso esperar para ver você! Você vem amanhã, né? — perguntou Sophia. — Sim, amanhã. Bem cedo. — Suspirei: — Pare de suspirar! Pelo menos tenta ficar um pouco animada, — reclamou Sophia. — Está bem, me desculpe. Vou tentar. — Ri. — Bem, tenho que ir agora. O dever me chama, mas mal posso esperar para vê-la amanhã, — respondeu Sophia. — Vejo você amanhã, — disse eu, desligando. Não demorou muito para minha mãe entrar no meu quarto com Zoya, carregando uma bolsa. Eu sabia o que tinha dentro: meu vestido para o baile. — Aarya, você precisa fazer as malas. Você sabe que amanhã partimos cedo, — disse mamãe, abanando a cabeça para mim. Gemendo, Zoya riu e disse: — Vou ajudá-la a fazer as malas. Mamãe acenou com a cabeça e saiu. Zoya me arrastou para fora da cama e me ajudou a fazer as malas. Foi uma distração para não pensar em Hunter. Assim que terminamos, perguntei a Zoya: — Então, alguma notícia de quando Hunter e Carter voltarão? — Por quê? Impaciente, né? — Zoya riu. — Não, só estou curiosa, só isso. — Eu virei meus olhos. Zoya era a única da minha alcateia que sabia que Hunter me beijou e que eu o amava. Todos os outros pensavam que eu tinha apenas uma queda por ele. Eu não queria que meus pais soubessem, e especialmente meu irmão. Ele não aceitaria muito bem a notícia, mas eu sabia que podia confiar em Zoya. — Bem, eles devem estar aqui muito em breve. Você está nervosa? — Zoya perguntou. — Um pouco. Mal posso esperar para vê-lo, — admiti. Zoya e eu sentamos na minha cama e conversamos por um tempo. Adorei o fato de poder me abrir com Zoya; ela era basicamente minha irmã. Sai disse que adorava ver que sua irmã e sua companheira tinham um relacionamento incrível. Tive muita sorte de Zoya ser tão legal! Depois que Sophia partiu, eu me senti só, mas Zoya estava sempre lá para me apoiar. Pouco tempo depois, minha audição de lobisomem captou o som dos carros a caminho. Eu pulei, meu coração batia tão rápido quanto os meus nervos que começavam aflorar. Finalmente chegou a hora. Eu iria ver o Hunter depois de quatro anos. Zoya segurou minha mão enquanto descíamos juntas. Eu parecia bem? Passei minhas mãos pelo cabelo e Zoya balançou a cabeça. Respire fundo, Aarya, você conseguiu. Está tudo bem. Felizmente, nossa casa era perto da casa da alcateia, onde o alfa e o beta viviam com suas famílias. Sai estava esperando por nós lá embaixo e segurou a mão de Zoya. — Vamos ver nosso alfa e beta. Zoya não largou minha mão enquanto andávamos a curta distância até os carros que já estavam estacionados. Meu coração batia tão rápido, que eu só queria ver Hunter. Caminhamos até os carros, e minha loba estava inquieta. Era esse o sinal que eu estava procurando? Meu companheiro estava aqui? Meus sonhos estavam se tornando realidade. O Hunter sairia daquele carro e saberia que somos companheiros. Ao ouvir a porta do carro abrir, minha cabeça se girou ao som. Primeiro, nosso alfa, Carter Ward, saiu. Ele não havia mudado nem um pouco. Bem, exceto que ele ficou musculoso. Seus olhos verdes brilharam com malícia e felicidade. Sim, o mesmo Carter de sempre. Ele tirou um pouco dos seus cabelos loiros do rosto antes de abraçar seus pais e seu irmão mais novo. Observei ele cumprimentar a todos antes de parar em mim. Tive sorte de o futuro alfa querer ser meu amigo. Durante toda a escola, Carter sempre esteve presente ao meu lado e eu não conseguia lhe agradecer o suficiente. Eu o considerava um dos meus melhores amigos, junto com Sophia. Um sorriso contagiante tomou conta de seu rosto, e eu me vi sorrindo também. Quando dei por mim, Carter me pegou e me girou, fazendo os adultos rirem. — Aarya! Oh, como eu senti sua falta! Você mudou um pouco. Puberdade, hein? — Carter provocou. Revirei os olhos e o abracei. — É bom ver você também, Carter. Você não mudou nada. Não se preocupe, às vezes as pessoas demoram a amadurecer, — brinquei, ganhando risadas dos pais de Carter. Carter sorriu e me abraçou novamente. — Eu realmente senti sua falta, Risonha. — Eu também senti sua falta, — rindo do apelido de Carter para mim, que ele não havia esquecido. Ao ouvir a porta do carro ser aberta, olhei sobre os ombros de Carter para ver um corpo familiar saindo do carro. Suas costas estavam voltadas para mim, então ele não sabia que eu estava atrás dele. Eu queria ver seus olhos azuis cheios de amor e adoração por mim. Carter saiu do caminho e ficou ao meu lado, o que eu achei um pouco estranho. Ele não deveria ter continuado a cumprimentar a todos? Talvez ele quisesse ver o momento em que eu e Hunter nos reconheceríamos como companheiros. Sim, deve ser isso. Minha loba continuava lá, alimentando meus pensamentos de que Hunter era de fato meu companheiro. Eu observava como seu cabelo castanho claro soprava ao vento. Suas costas ainda estavam voltadas para mim; eu só queria que ele se virasse. O que ele estava esperando? Bem quando eu pensava que ele estava prestes a se virar, e aquele momento mágico com o qual eu sonhava iria acontecer, Hunter voltou para o carro e estendeu sua mão. Meu coração parou quando vi uma mão bem cuidada pegar a de Hunter. O sorriso sumiu do meu rosto e foi substituído por um olhar de traição. Capítulo 2 Carter segurou minha mão, e agora percebi porque ele estava ao meu lado. Ele sabia sobre o beijo entre mim e Hunter, ele sabia sobre minha paixão por Hunter, e ele sabia que eu ficaria arrasada quando o visse. Meus olhos não saíram das costas de Hunter enquanto ele ajudava uma garota deslumbrante a sair do carro. Bastava um olhar para os dois para saber que eles eram companheiros. Meu coração parecia partido em milhões de pedaços. Meu ritmo de lobo não batia porque Hunter era meu companheiro, mas porque Hunter tinha uma companheira. Era uma grande diferença. As lágrimas ameaçavam cair, mas eu me recusei a deixá-las. Hunter não podia ver o quanto isso me afetava; eu precisava ser forte. Virei-me para olhar para Carter, que tinha um olhar de culpado no rosto. Eu sorri tristemente para ele e balancei minha cabeça. A culpa não foi dele, e não foi de Hunter, realmente; você não pode escolher seu companheiro. Embora esta seja a única vez que eu desejei que você pudesse. Ver a pessoa que você esperou ser sua companheira aparecer com outra, foi como receber uma facada no estômago. Quatro anos desperdiçados, sentada e esperando por ele como uma completa idiota. Hunter estava a caminho com a sua companheira. O sorriso em seu rosto foi outro golpe para mim. Eu gostaria que ele tivesse aquele sorriso quando olhou para mim, mas aquele sorriso estava reservado para sua companheira, e não era eu. Soltei a mão de Carter e limpei minhas palmas suadas no meu jeans. Hunter estava apresentando sua companheira a Sai e Zoya; eu era a próxima. Eu não podia deixá-lo ver o quanto eu estava chateada. Em vez disso, eu deveria ficar feliz por ele, como todos os outros. Esperava passar pela apresentação sem chorar. Eu respirei fundo enquanto Hunter veio até mim. De repente, as lembranças de nós, há quatro anos, passaram diante dos meus olhos. Seu sorriso lindo, aquele beijo incrível, suas promessas. Fechando os olhos, mergulhei no meu devaneio. Quando eu os abri, Hunter estava sorrindo para mim, não como costumava fazer. Apenas um sorriso amigável, como ele tinha sorrido para todos os outros. — Aarya, gostaria que conhecesse minha companheira, Lana Reed. — E fez um gesto em direção à sua companheira. — É um prazer conhecê-la, Lana. Boa sorte em domar este aqui, — brinquei. Lana riu e disse: — Eu gosto de você! Você é engraçada. Espero que possamos sair mais. Eu preciso de mais amigas. Meu intestino se contorceu com as suas palavras; ela era tão simpática. Isso tornou mais difícil odiá-la. — É claro. Adoraria sair com você. — Sorri. Maldito seja eu por ser muito educada. Por que eu não poderia dizer que não queria sair com ela? Lana sorriu de volta, e o casal avançou a fila. Carter tinha ido embora, e eu fiquei parada ali apenas com meus pensamentos. Zoya tocou gentilmente meu ombro, me fazendo pular. Olhei para ela e vi a tristeza em seus olhos. Suspirei e balancei a cabeça. Eu não queria falar, e não queria compaixão. Eu só queria sentar no meu quarto e chorar, mas não podia sair ainda. Ao invés de meus olhos seguirem Hunter e Lana, me concentrei em Carter, que estava conversando com os membros do conselho. Quando ele terminou de falar com os membros do conselho, voltou o olhar para mim, provavelmente sentindo meu olhar, que estava firmemente preso a ele. Ele veio até mim e sussurrou: — Vá para casa, Aarya. Eu lhe dou permissão. Não fique aqui enquanto você está se despedaçando. Você precisa ir para casa. Olhei para ele com lágrimas nos olhos e sussurrei: — Por que não me contou? Carter parecia chateado. Ele limpou uma lágrima perdida que havia escapado. — Oh, Risonha. Eu não sabia como fazer. Eu não queria lhe dizer por telefone ou por carta. Queria lhe dizer pessoalmente, mas não tive a oportunidade. Lamento muito. Fungando, suspirei: — A culpa não foi sua. Tenho que seguir em frente, mas também preciso de algum tempo para chegar a um acordo quanto a isto. Carter acenou com a cabeça, entendendo o que eu estava dizendo. Beijou minha testa e eu me virei, voltando para minha casa. Ouvi Carter dizer à minha família e a todos que ele me deixou ir para casa porque eu estava cansada. Assim que cheguei em minha casa, corri para cima e me transportei para roupas confortáveis. Eu costumava usar a camiseta de Hunter todas as noites para dormir, mas a tirei do meu armário e a joguei direto no lixo. Não deveria mais usá-la; perdi todo o direito sobre Hunter quando ele encontrou sua companheira. Sua companheira. Meu coração se partiu ainda mais, se é que isso era mesmo possível. Desabando na minha cama, deixei as lágrimas caírem. Deixei que elas ensopassem o meu travesseiro e me deixei chorar. Todo este desgosto foi demais para mim. Depois de todo esse tempo de querer um companheiro, de querer o que meus pais tinham, eu me vi sem querer um companheiro. Eu não queria que alguém me amasse; eu estava quebrada. Eu não queria a dor de ter um companheiro. Os companheiros foram feitos para serem algo mágico, e eu costumava acreditar nisso de todo coração, mas agora não acreditava mais. Companheiros causam dor e tristeza. Quem quer isso? As lágrimas não cessaram quando minha família chegou em casa. Ouvi minha mãe parar do lado de fora da minha porta esperando que ela não entrasse. Prendi a respiração para parar meus soluços. Se mamãe me ouvisse chorar, ela não hesitaria em entrar no meu quarto. — Tara, deixe-a dormir. Temos que acordar cedo amanhã, — disse silenciosamente a voz de meu pai. Ouvi os passos se afastarem e olhei para o teto. Papai tinha razão, amanhã levantaremos cedo. Precisava dormir um pouco. Fechando meus olhos, me deixei perder no meu mundo de sonhos.... Um zumbido alto me fez gemer quando rolei e desliguei o alarme telefônico. Hoje era o dia do Baile Lycan. Eu estava com medo porque sabia que estaria cansada. Com sorte, eu conseguiria dormir no carro. Me forcei a sair da cama, me vesti e me encolhi quando vi as olheiras. Claramente, a noite não foi uma boa noite de sono. Suspirando, me arrumei e coloquei maquiagem para parecer um pouco mais viva. Quando desci as escadas, meus pais estavam bebendo suas xícaras de chá, e Sai e Zoya estavam tomando o café da manhã. De repente, quatro pares de olhos se viraram para me olhar e vi a mesma coisa neles. Simpatia. Eu não queria a simpatia deles. Tudo o que eu realmente queria era deitar na cama e chorar o dia inteiro, mas eu sabia que isso não iria acontecer. Eu precisava provar para Hunter e para mim mesma que era forte. Meu pai me deu uma xícara de café e eu sorri. Mamãe e Zoya falaram sobre como o baile seria incrível para mim, já que seria a minha primeira vez. Fiquei grata pela distração. Após comermos, era hora de pegar a estrada. Entrei no carro e imediatamente saquei meus fones de ouvido, dei play na música e coloquei minha cabeça contra o vidro frio. Papai e Mamãe me deixaram em paz enquanto eu deixava a música me levar para o meu próprio particular. Em pouco tempo, o sono tomou conta de mim, dando ao meu corpo a tão necessária pausa. — Aarya, acorda. — Minha mãe gentilmente me sacudiu. Esfreguei o sono dos meus olhos e percebi que estávamos em um posto de gasolina. Estiquei meus braços e saí do carro. Zoya e Sai saíram de seu carro e acenaram para mim. — Vá e pegue algo para comer e certifique-se de ir ao banheiro. Ainda nos restam duas horas, — disse a mamãe, entregando-me algum dinheiro. Suspirando, entrei na loja para comprar algo para comer. Acho que tinha uma cara feia permanente gravada em meu rosto porque todos olharam para mim, mas depois rapidamente desviaram o olhar. — Risonha. Ou devo dizer cara feia? Por que esse cara? — Carter bagunçou meu cabelo. — Urgh, sério? Porque o cabelo? — Reclamei, empurrando Carter para longe e arrumando meus cabelos. — Porque não posso fazer isso há quatro anos e sua reação não tem preço, como sempre. — Carter riu. Revirando os olhos, eu rastejei pela loja, mas parei quando ouvi o riso doentiamente doce de Lana. Oh ótimo, a última coisa que eu precisava era ver Lana e Hunter. — Vamos lá, Risonha. Vamos pegar um pouco de comida, rápido, — disse Carter suavemente, me levando a outra direção da loja. Peguei um embrulho junto com uma barra de chocolate e uma garrafa de água. Enquanto estava na fila, ouvi novamente aquela risada. Eles estavam atrás de mim. Respire fundo, Aarya, respire fundo. Tudo que você precisa fazer é pagar e partir. Não dê atenção a ele, eu disse a mim mesma. Coloquei meus artigos no balcão e revirei os olhos enquanto ouvia Lana rir mais uma vez. O que diabos Hunter estava dizendo para ela? Na verdade, esqueça isso, eu não queria saber. Depois de pagar, saí correndo da loja, precisando desesperadamente de ar fresco. Eu queria esperar por Carter, mas também não queria correr o risco de encontrar Hunter e Lana. Decisões, decisões. Obviamente escolhi a melhor opção, que era ir até o carro e evitar ver Hunter e Lana. Por sorte, papai já estava no carro. Ele sorriu quando me viu subir para o banco de trás. Eu me peguei olhando para fora da janela quando vi Hunter e Lana. Mesmo com apenas um olhar, eles pareciam aquele casal amoroso que todos odeiam. Os que estão sempre dando demonstrações públicas de afeto, e irritando todos em volta. Hunter tinha seu braço sobre o ombro de Lana e a beijava no pescoço, em público! Se eu pudesse ver, então todos os outros também poderiam. Lana parecia estar gostando, no entanto. Fiz uma careta e, ao mesmo tempo, fiz contato visual com Carter, que estava engasgando atrás deles. Isso me causou gargalhadas. Ele sorriu para mim, quando me viu rindo, e fingiu cortar a garganta dele. Pelo menos eu sabia que não era a única que odiava ver isto. Assim que mamãe voltou ao carro, papai nos disse que ainda restavam pouco menos de duas horas. Já eram 11 da manhã, então estaríamos lá por volta de uma hora. Quando papai começou a dirigir, passei a primeira hora comendo minha comida e lendo meu livro que eu havia empacotado. Chega de romances para mim, esse era um livro de mistério, emocionante. Definitivamente, mais o meu estilo. Na segunda hora, adormeci novamente. Provavelmente foi uma boa ideia; eu precisava dormir antes do Baile Lycan, esta noite. Mamãe me acordou quando chegamos ao hotel. Carter veio até nosso carro e sorriu quando me viu esfregando o sono dos meus olhos. — A Bela Adormecida finalmente desperta, — diz ele, estendendo a mão. Peguei sua mão e disse: — Tanto faz. Eu precisava dormir, caso contrário, não conseguiria sobreviver esta noite. — Eu também precisava dormir, mas não, eu tive que dirigir essa maldita viagem até aqui, — reclamou ele enquanto entrávamos na recepção do hotel. Eu ri da cara de Carter e disse: — Bem, durma um pouco quando fizermos o check-in. — Então, Risonha. Hoje à noite, seja minha acompanhante no Baile Lycan. Não consigo me imaginar indo com mais ninguém. Você é o oxigênio que eu respiro, o..., — disse Carter dramaticamente. Eu bati nele de brincadeira: — Está bem, Sr. Dramático. Diminua o tom. Acho que vou com você. — Bom. Se você tivesse dito não, eu a teria forçado de qualquer forma. — Carter piscou o olho para mim e foi para onde seus pais estavam se registrando. Eu ri de como ele era bobo. Carter estava fazendo um bom trabalho para me distrair, e eu sabia que era por isso que ele estava agindo mais bobo do que de costume. Enquanto caminhava até meus pais, meus ouvidos zonearam involuntariamente a conversa de Hunter e Lana. — Mal posso esperar até chegarmos ao nosso quarto. Só quero arrancar essas roupas de você, — disse Hunter. — Você não pode dizer isso! Todos podem ouvir você, — exclamou Lana. — Deixe que ouçam. Não me importo. Só quero mostrar você esta noite no baile, — respondeu Hunter. Agitando minha cabeça, me concentrei em qualquer outra coisa. Senti que me intrometi na conversa particular deles, mas ainda doeu. Hunter claramente não se lembrava do que aconteceu quatro anos atrás, ou ele não se importava. Ele está feliz, e seguiu em frente. Meu plano era ir com o Hunter esta noite porque, em meu mundo de sonho, eu pensava que seríamos companheiros. Eu estaria na posição em que Lana estava, mas eu não estava. Quanto mais cedo eu percebesse isso, melhor seria para mim. Suspirando, fui até meus pais, que me entregaram a chave do meu quarto. Graças a Deus, eu tinha meu próprio quarto porque eu me esforçava para não deixar caírem as lágrimas. Papai e a mamãe estavam em um andar diferente do meu, então fui para o meu quarto. Mamãe disse para eu começar a me preparar às 16h porque os carros estariam aqui às 19h para nos buscar. Zoya e Sai estavam no mesmo andar que meus pais, então eu estava sozinha neste andar. A sorte estava finalmente do meu lado, pois Hunter e Lana não estavam no meu andar. Zoya me enviou uma mensagem quando entrei no meu quarto e disse que estavam no andar dela. Carter me mandou uma mensagem perguntando em que andar eu estava, e é claro que ele estava no meu andar. Desembrulhei as roupas rapidamente e coloquei meu telefone para carregar. As imagens de Hunter e Lana me assombravam. Eram 14 horas da tarde, eu tinha que fazer algo antes que meus pensamentos me consumissem. Entrei no banheiro e tirei a roupa, ligando o chuveiro. Quando entrei no chuveiro quente, as lágrimas começaram a cair. Elas não paravam e eu decidi simplesmente deixá-las cair. Eu precisava tirar isso do meu sistema. Deixei que afogasse minhas lágrimas e minha tristeza. Capítulo 3 Quando finalmente terminei o banho, meu telefone estava tocando, mas decidi não atender. Em vez disso, me vesti com minhas roupas confortáveis e escovei meu cabelo recém-lavado. Uma batida na minha porta me fez pular. Quem será? Suspirando, me aproximei e olhei pelo olho mágico. Era só a Zoya. Abri a porta e fui esmagada em um abraço. O abraço de Zoya me fez relaxar e a abracei de volta. Eu não percebi o quanto eu precisava desse abraço. — Eu sinto muito, Aarya. Queria falar com você ontem, mas não queria te machucar ainda mais. Só quero que você saiba que você é tão forte, e que estou muito orgulhosa de você não fazer uma cena, mas apenas aceitar. Deve ser difícil para você, — disse Zoya, ainda me abraçando. — Obrigado por estar lá para mim, Zoya, e me dar o tempo e espaço que eu precisava. Então, o que te traz aqui? Meu irmão está incomodando você? — provoquei. Zoya riu e respondeu: — Não, hoje não. Ele recebeu instruções estritas para não me irritar hoje. Não pretendo ir ao baile Lycan com um companheiro que está me chateando. Na verdade, há outra razão pela qual estou aqui. Levantei minhas sobrancelhas em dúvida, e Zoya sentou-se na minha cama e deu um tapinha no espaço ao lado dela. Sentei e olhei confusa para ela. — Não é nada ruim. Mamãe só queria que eu te lembrasse de algo importante. Eu sabia que você provavelmente esqueceu depois de tudo. Lembre-se, esta noite não somos o único bando no baile. Há outro bando importante chegando. A matilha das suas primas! — Suspirei. Como eu me esqueci disso? Meu pai tinha uma irmã mais nova que encontrou um companheiro em outra matilha, então ela se mudou para lá. Eles têm filhas gêmeas, minhas primas. Sou muito próxima de ambas e elas são apenas um ano mais novas do que eu. A última vez que as vi foi no Natal do ano passado. Eu mal podia esperar pelo baile. Todos os pensamentos sobre Hunter voaram para fora da minha cabeça. Agora eu estava super animada para ver minhas primas novamente. Niya e Diya Chopra, gêmeas idênticas que foram minhas melhores amigas durante minha infância. Oh, como eu senti falta delas. Ao ver o sorriso no meu rosto, Zoya disse: — Adoro esse sorriso! Sabia que você ficaria feliz quando eu te contasse isso. Agora descanse um pouco antes de se arrumar. Depois de me despedir de Zoya, deitei-me na cama e decidi terminar o livro que estava lendo no carro. Eu tinha uns quarenta minutos antes de ter que começar a me arrumar, tempo suficiente para terminar meu livro. Então, fui puxada para dentro do mundo do meu livro de mistério. Quando finalmente terminei de ler, me estiquei e estendi a mão para pegar o meu telefone, que ainda estava carregado. Recebi algumas mensagens de Sophia dizendo estar animada para me ver, e de Niya e Diya também dizendo que mal podiam esperar para me ver. Após responder às mensagens, como tinha tempo entrei no Instagram.. Logo depois, tive que deixar a cama quente e confortável e começar o processo tedioso de me arrumar. Meu cabelo foi a primeira coisa que peguei, já que ele ainda estava molhado. Depois de secá-lo, resolvi enrolá-lo. Mas antes disso, coloquei meu vestido. Era um vestido marrom que ia até em cima dos meus joelhos. Era um daqueles vestidos mais curtos na frente e mais compridos nas costas. Meu vestido também deixava os ombros de fora. Adorei porque era simples, e também combinava comigo. Comecei a mexer no meu cabelo, que era relativamente longo e fácil de ondular. Após enrolado, decidi fazer um penteado meio para cima e meio para baixo. Olhando no espelho, fiquei satisfeita com o meu penteado. Agora era a hora da parte mais longa: maquiagem. Sentando na mesa do hotel, tirei toda a maquiagem que trouxera e meu espelho de confiança, que uso sempre. Trinta minutos depois, minha maquiagem estava pronta e fiquei satisfeita com ela. Decidi usar apenas o básico e não dar o melhor de mim na maquiagem, embora tivesse colocado cílios postiços, algo que raramente faço. O próximo estágio eram as jóias. Coloquei brincos simples em todos os meus furos. Sim, eu uso alguns piercings. Escolhi um colar que era uma corrente de ouro simples com um pendente em forma de coração. Meus avós compraram para mim quando fiz dezesseis anos. Botei uma pulseira que ganhei dos meus pais quando tinha dezoito anos. Estava pronta para ir. Claro que, antes de sair, tirei algumas fotos, até perceber que estava atrasada. Calçando os meus saltos rapidamente e colocando em uma pequena bolsa tudo o que eu precisava, saí do meu quarto. Mamãe mandou uma mensagem e me disse para ir ao quarto dela, então foi para lá que eu fui. Assim que a minha mãe abriu a porta, ela se espantou. — Oh, minha bebê está tão linda. Ri e agradeci enquanto entrava no quarto dos meus pais. Papai sorriu e disse que eu parecia uma princesa, e Zoya o corrigiu, dizendo que eu parecia uma rainha. Revirei os olhos com esse comentário. Sai anunciou que iria ficar de olho em mim porque, aparentemente, toda a população masculina tentaria me pegar. Zoya bateu nele e disse para relaxar. Depois que Zoya repreendeu Sai por ser superprotetor, tiramos algumas fotos juntos e descemos as escadas. Carter estava parado no saguão e sorriu quando me viu. — Uau, Risonha. Quem diria que você poderia ficar bem? — Uau, quem diria que você era um idiota? Oh! Isso mesmo, pessoal. — Provoquei. Carter revirou os olhos, me fazendo rir. Por insistência de todos os pais, tiramos fotos. Carter me fez tirar fotos bobas, dizendo que ficaria perfeito em seu Instagram. Disse que seus três seguidores realmente apreciam as fotos. Carter era o melhor em me fazer voltar ao normal. Brincadeiras e provocações faziam parte da nossa amizade. A melhor coisa é que eu estava tão ocupada me divertindo que nem notei Hunter e Lana parados ali. Só quando os carros chegaram e tivemos que sair é que percebi que eles estavam parados ali o tempo todo. Olhei para Hunter, que olhava fixamente para mim. Antes, eu teria me derretido só dele olhar para mim, mas eu apenas sorri e me virei. Carter segurou minha mão quando entramos no carro. Já que Carter era o alfa, o carro em que estávamos era apenas para ele e seu beta. Felizmente, sentei-me na frente com Carter, enquanto Hunter e Lana estavam atrás. O palácio ficava a apenas quinze minutos de distância; eu poderia aguentar uma viagem de carro com Hunter. Assim que o carro começou a se mover, Hunter e Lana começaram a chupar a boca um do outro. Os barulhos que eles faziam eram terríveis. Eu olhei para Carter, que tinha uma expressão zangada no rosto. — Hunter. Não estou confortável com os sons que você e sua companheira estão fazendo. Estou tentando ter uma conversa aqui, para com isso. — Carter disse duramente. Eles pararam de se beijar imediatamente. Nunca havia visto Carter tão sério, mas fiquei feliz por ele agir dessa forma. Esses barulhos iam me deixar doente. — De qualquer forma, Risonha. Esta noite é melhor você não sair do meu lado... Os machos sem companheiras adorariam ficar com você — disse Carter. — Uau. Sai disse algo assim. Mas não estou indo para ficar com nenhum macho solteiro. Quero passar um tempo com Sophia e minhas primas. Prioridades, — respondi. — Essa é a minha Risonha. Sempre quer estar com amigos e família. — disse Carter com orgulho. — Ei, e se você encontrar sua parceira? Quer dizer, vão ter muitas pessoas lá. Sua parceira pode estar entre elas. — Disse, notando como os olhos de Carter se iluminaram quando mencionei a palavra — parceira. — Sim, talvez. Isso não seria incrível? — Carter respondeu. — Hmmm... nesse caso eu teria que avisá-la, que você é louco e não tem amigos. — Brinquei. — Diga o que você disser, Risonha. Sei que você me ama. — Disse Carter piscando para mim. Não conseguimos conversar mais depois que chegamos ao palácio. Carter me ajudou a sair e esperamos nossas famílias. Quando todos chegaram, passamos pela revista pessoal.. Depois que a revista acabou, entramos no palácio e me espantei. Sophia me soltou rapidamente e se desculpou. Eu a provoquei dizendo: — Alguém não tem noção da própria força. Foi quando Luke apareceu como sempre faz. — Isso porque ela treina comigo todos os dias. Ela é uma lutadora incrível. — Gabou-se. Revirei os olhos quando Luke me deu um abraço amigável. — Claro que você diria que ela é uma lutadora incrível. Ela é sua companheira. — Eu ri. Luke também riu e apertou a mão de Carter ao se apresentar. Ao perceber que Hunter e Lana passaram por nós, os olhos de Sophia de repente encontraram os meus. Balancei minha cabeça e seus olhos ficaram frios. — Não importa. Minha melhor amiga está absolutamente deslumbrante, ela é definitivamente a mais bonita aqui. — irrompeu Sophia. Notei que ela havia dito aquilo mais alto do que o necessário. Um, pois conheço minha melhor amiga, e dois, porque Hunter se virou e Sophia tinha um sorriso satisfeito no rosto. Eu balancei minha cabeça para ela; ela nunca mudaria, Lycan ou não. — Bem, não tão bonita quanto você. Alguém está com muita dificuldade em manter os olhos longe de você. — Provoquei. Sophia não teve a chance de reagir quando Carter nos entregou duas bebidas, e começamos uma conversa fiada. Passaram-se cerca de dez minutos depois, quando duas vozes muito familiares gritaram meu nome, e Carter virou a cabeça muito rápido, dizendo a palavra que eu detestava, — parceira. Capítulo 4 Niya e Diya estavam paradas com olhares de espanto em seus rostos. Niya se virou para sua irmã gêmea com um sorriso malicioso. Olhei para Carter e então para Diya e sorri. Agradeci silenciosamente ao responsável pela formação dos pares de companheiros. Meu melhor amigo merecia uma companheira incrível e ele conseguiu uma. E minha prima teve sorte de ser o Carter. Quando olhei para os dois, eles ainda estavam apenas se encarando. Suspirando, empurrei Carter na direção de Diya. Ele nitidamente precisava de um empurrão. Carter olhou para mim e eu ri e apontei para minha prima. Niya também deu um pequeno empurrão em Diya antes de vir até mim. Os novos companheiros precisavam de um pouco de privacidade, ao que parecia. Niya me abraçou e eu disse que ela estava linda. Nosso momento foi interrompido por Sophia e Luke. — Bem. Isso é uma surpresa boa, — disse Sophia. Balancei a cabeça e sorri. Fiquei muito feliz por Carter e Diya serem companheiros. Quando me virei, eles conversavam e sorriam. Carter segurava a mão de Diya, e eles formavam um casal muito fofo. Talvez eu esteja sendo tendenciosa. — Bem, Senhoritas, tenho que deixar vocês. Preciso falar com alguns dos outros convidados. — Luke disse, beijando Sophia na testa. Acenamos em adeus para Luke, e Sophia arrastou Niya e eu para uma mesa. Ficamos confortáveis e Niya começou a conversar sobre a vida na matilha. Ela nos contou como desde que ela e Diya completaram dezoito anos, os machos da sua matilha que não tinham parceiras as seguiam por toda parte. Eles queriam ser parceiros de uma das gêmeas porque o pai delas é o Beta do bando. Niya nos disse como era irritante e tinha um membro da matilha que não aceitava não como resposta. Disse a Niya que eles não chegariam perto dela hoje porque ela estava com os Lycans. Olhei para Sophia para ver sua reação, mas vi a tensão em seu rosto. Olhando em volta, vi muitos Lycans tensos. Tentavam parecer felizes, mas não estava funcionando. Eu via que eles estavam tensos e queria saber o porquê. Voltei-me para Sophia, e estava prestes a perguntar-lhe, mas a tensão que vi antes não estava mais lá. Ela conversava feliz com Niya. Éramos amigas há dois anos, e eu sabia que algo estava errado. Sophia evitou olhar para mim então tomei a iniciativa. — Ok, qual é o problema? Não diga que não é nada, Sophia, porque eu te conheço muito bem. — eu disse, cruzando os braços. — É que não sei se isso é uma bênção ou uma maldição, — murmurou Sophia. Levantei minhas sobrancelhas, sabendo que ela tentava mudar de assunto. — Tudo bem, vou te dizer, — Sophia cedeu. — Bem, há um grande problema em relação ao rei. Os conselhos de alfas expressaram seu descontentamento sobre nosso rei governar sem uma parceira. — Isso foi há apenas dois dias, mas era claro que eles queriam dizer isso há muito tempo. Eles reclamaram que o rei não está estável porque ele não tem uma parceira e parceiros mantêm um ao outro em equilíbrio. — Ninguém está lá para apoiar o rei da maneira que ele precisa. Ele está ficando tão instável que quando fica com raiva, precisa ser preso. — Há uma sala especial onde ele é acorrentado para impedir que seu lado Lycan surja, caso contrário, ele destruiria tudo. — O conselho alegou que isso era um perigo e que o reino não estava seguro, então eles propuseram um acordo. Há uma fêmea Lycan cujo companheiro é um lobisomem, mas ele está morrendo. — Já que eles nunca escolheram um ao outro, o conselho pensa ser possível que o rei e essa fêmea acasalem. Acredito que eles não sabem o que estão falando. Afinal, eles são lobisomens. — Nosso rei estaria em um relacionamento forçado. Seu Lycan nunca aceitará ninguém além da sua verdadeira parceira e forçá-los a acasalar pode ser mais perigoso do que o conselho pensa. Sophia fez uma pausa para respirar. Sentei chocada; pobre rei. Ele está sendo forçado a acasalar com outra. Porque ele não se recusa? — Mas ele não poderia simplesmente dizer não? Afinal, ele é o rei. — disse Niya, lendo meus pensamentos. — Não, ele não pode. Se fizer isso, estaria ignorando a maioria dos alfas, e não é assim que um rei deveria agir. — Sophia suspirou. — Só não entendo como os alfas podem fazer isso com ele. — Niya balançou a cabeça. — O que me irrita é que a parceira do rei está lá fora, e ela nasceu para ser rainha. Essa fêmea Lycan não. Todos nós, Lycans, estamos resistentes à decisão do conselho. Você sabe que somos muito leais, não podemos aceitar que nosso rei seja forçado a acasalar com outra fêmea que não a sua parceira real. É uma loucura. — Sophia balançou a cabeça. — Eu me sinto tão mal pelo rei. Ele está fazendo tudo isso apenas para acalmar os alfas. — Suspirei. Por algum motivo, senti um aperto no peito. Sophia concordou com a cabeça. Ela então contou que o rei não saiu de seu quarto desde que o acordo foi discutido. Sophia ainda disse que ele tem todo o andar só para ele, mas que mesmo assim não saiu do quarto nenhuma vez. Ela suspeitava que ele se sentia culpado pelo acasalamento arranjado porque ele provavelmente acreditava estar traindo sua parceira. Niya disse que gostaria que ele encontrasse sua parceira logo. Sophia emendou dizendo que essa é uma das razões dos bailes, para que o rei encontre sua companheira. Até agora, ele não teve sorte, o que significa que sua parceira é muito jovem, é humana ou não está viva. Eu esperava que o destino não fosse tão cruel com nosso pobre rei a ponto de levar a parceira do rei antes mesmo deles se conhecerem. Mudamos de assunto rapidamente e começamos a conversar sobre outras coisas. Niya mencionou como ela desejava encontrar seu companheiro o mais rápido possível e impedir que os membros da matilha a desejassem. Desde que Diya encontrou seu companheiro, ela agora se mudaria e viria para a minha matilha. Isso significava que Niya ficaria sozinha com os machos de sua matilha. Eu sabia que as meninas queriam perguntar sobre Hunter, então disse logo que não queria falar sobre isso. Hunter encontrara sua companheira e eu estava seguindo com minha vida. Sophia perguntou se eu queria que ela assustasse Hunter e eu ri, mas recusei. De repente, a atmosfera mudou; a tensão era evidente. Minha loba começou a se mexer, então olhei ao redor. Todos os Lycans estavam focados em alguém que subia as escadas. Minha loba começou a ficar com raiva e eu não tinha ideia do porquê. Me agarrei à mesa tentando impedir que eu me transformasse. Nunca na minha vida eu senti tanta raiva antes, e nunca me transformei porque minha loba não conseguisse se controlar e eu não consigo controlá-la. — É ela. Essa é a fêmea Lycan, Savanah. — sussurrou Sophia. Fiquei olhando enquanto Savanah subia as escadas com tranquilidade, como se ela estivesse alheia a todos os olhares sujos e frios que recebia Ela era linda, no entanto. Seu longo cabelo loiro caía em ondas por suas costas, e ela usava um incrível vestido preto que ficava muito bem nela. Senti minha loba se mexer novamente e respirei fundo para acalmá-la. Lycans olhavam para Savanah com nojo, mas ela manteve a cabeça erguida enquanto desaparecia. — Ela provavelmente foi ver o rei, — disse Sophia, suspirando. Assim que ela disse isso, minha loba rosnou. Senti sua raiva tomar conta de mim. Eu precisava sair dali o mais rápido possível. Levantei-me rapidamente e, sem dizer nada, corri para fora do palácio em busca de ar fresco. Acabei sentada em um banco perto dos jardins. Fechando os olhos, me concentrei em acalmar minha loba. Não era a hora nem o lugar para me transformar; eu precisava controlá-la. Após ficar um tempo sentada, minha loba se acalmou. Ela não estava feliz comigo. Eu sabia disso, só não sabia o motivo dela estar agindo assim. Tinha um relacionamento muito bom com a minha loba. Sentia que nos entendíamos e que tínhamos uma boa conexão. Algo estava errado com ela. Talvez ela se sentisse chateada e com raiva por conta da situação do rei; ela pode ter percebido a irritação da Lycan de Sophia. As duas eram próximas antes dela se tornar uma Lycan, então talvez fosse por isso que ela reagiu dessa forma. Decidi que seria melhor ficar do lado de fora, no ar fresco. Eu não queria correr o risco de deixar minha loba com raiva novamente. Não tinha certeza se seria capaz de controlar minha transformação se ela ficasse com raiva de novo. Porém, algo não parecia certo. A reação da minha loba não se encaixava comigo. O que tinha de errado comigo? Capítulo 5 — Aarya, o que aconteceu? — gritou minha melhor amiga com uma voz de pânico. Virei-me e vi Sophia correndo em minha direção com um olhar assustado no rosto. Ela se sentou ao meu lado, e eu a observei enquanto seus olhos me percorriam, como se ela estivesse verificando se não faltava nada. — Eu não tenho ideia do que há de errado com a minha loba. Ela estava com tanta raiva que quase me transformei. Por isso sai correndo de lá. — Suspirei. — O quê? Sua loba nunca foi assim. — Sophia exclamou. — É eu sei. Por isso que estou tão confusa. Ela parece estar mais calma agora, enfim. — respondi. Sophia olhou para mim com cautela. — Tem certeza que quer voltar para dentro? Se a sua loba está agindo de forma estranha, talvez você deva voltar para o quarto. Balancei minha cabeça. — Não, não posso fazer isso. Vim com Carter, e pegaria mal na matilha se eu fosse embora. Agora estou me sentindo bem. Levantando, sorri para provar. Sophia ainda estava cansada enquanto caminhávamos em direção ao palácio. Com toda a franqueza, eu também, mas não queria preocupar ninguém. Assim que entramos no palácio, Carter correu olhando para mim para ver se eu estava ferida. — Você está bem? Você não está ferida? — Carter parecia preocupado. Eu sorri e balancei a cabeça. — Estou bem, Carter, honestamente. Eu só precisava de um pouco de ar fresco. Eu me sinto muito melhor agora. Carter olhou para mim sem estar convencido, mas acenou com a cabeça mesmo assim. Sophia tossiu. — Eu preciso ir encontrar Luke. O rei chegará em breve. Carter, cuide de Aarya. Ela se afastou e eu me virei para Carter, que estava de mãos dadas com Diya. Eu sorri. — Uau, parceiro da minha prima, hein? — Ela é minha companheira, sua Luna agora, — Carter disse presunçosamente. — Antes de ser minha Luna, ela é minha prima, idiota, — respondi. — É verdade, eu sou, — respondeu Diya, sorrindo para mim. — Ei, você deveria estar do meu lado. — Carter protestou. — Primas antes de Alfas. — Coloquei minha língua para fora. — Vocês dois estão discutindo como crianças, — Niya riu. — É a sua prima. Ela que começou. — Carter revirou os olhos. — E isso é algo que uma criança diria. Assuma suas ações. — Levantei minhas sobrancelhas. — Tanto faz, — Carter murmurou, fazendo nós três rirmos. Fiquei com Carter e minhas primas. Não ficamos muito tempo conversando enquanto a multidão se acalmava. Olhei para cima e vi um Lycan parado, aguardando que todos ficassem quietos. Acima de nós havia uma varanda com dois tronos; era o lugar onde o rei e Savanah sentariam. Por alguma razão, minha loba não aceitou muito bem isso. Como eu não queria correr o risco dela enlouquecer novamente, pensei em outra coisa rapidamente. — Senhoras e senhores, obrigado a todos por virem aqui hoje. Em nome do rei, sejam bem-vindos ao Baile Lycan. Espero que esta seja uma noite agradável para todos vocês. Muito em breve, o rei se juntará a nós, e ele será acompanhado esta noite por Savanah Willows. Observei enquanto o homem tentava não sentir vergonha depois de dizer o nome de Savanah. Meus olhos encontraram Sophia e Luke, que também pareciam super desconfortáveis. Minha loba de repente se mexeu novamente, a raiva crescendo. Oh não, de novo não. O rei estava chegando; eu não podia perder o controle. Para me distrair, encontrei Hunter e Lana, que estavam de mãos dadas, e observei Hunter beijar Lana na bochecha. Mesmo que eu odiasse ver isso, foi o único pensamento que distraiu minha loba, então ela se acalmou. — Mal posso esperar para ver o rei, — Diya jorrou. — O rei tem uma certa aura sobre ele que faz todo mundo querer olhá-lo. — disse Carter. Uma certa aura? Talvez minha loba quisesse desesperadamente ver o rei então? Não, isso não fazia sentido. Eu tinha certeza de que ficaria louca antes que esta noite acabasse. Não havia tempo para pensar nisso, pois todos de repente ficaram quietos novamente. Os guardas vieram e se postaram nas laterais. O rei estava chegando. Apertei a mão de Niya assim que o locutor gritou: — Apresentando sua Alteza Real, o Rei Adonis Dimitri Grey, acompanhado por Savanah Willows. Observei com admiração enquanto o rei passava confiantemente pelo locutor. Todos se curvaram, e eu segui o exemplo, meus olhos olhando para cima para ver seu cabelo castanho escuro penteado com perfeição. Ele acenou com a cabeça para a multidão e sentou-se em seu trono, sua capa envolvendo-o. Meu olhar se voltou para Savanah, que estava atrás do rei. Ela estava prestes a se sentar no segundo trono, quando foi impedida pelo rei. Observei o rosto de Savanah cair ligeiramente quando o rei fez sinal para um guarda. O guarda a orientou a ficar ao lado do rei. Meus olhos reencontraram o caminho para o cabelo do rei, e me peguei pensando como seria passar minhas mãos por ele. Arregalei os olhos e desviei meu olhar. Caramba, Aarya, controle esses pensamentos perigosos; isso não vai acabar bem. Em vez disso, olhei para meus sapatos. Era uma aposta segura, assim não poderia fazer nada para me envergonhar olhando para os meus sapatos. — Meu Deus, olha o que o rei está fazendo? — Niya sussurrou para mim. Não, Aarya, não olhe, disse a mim mesma. Não faça isso, você vai se arrepender. Urgh, droga, não pude evitar. Olhei para cima e vi o rei farejando o ar. Bem, não era isso que eu esperava ver. O que diabos ele estava fazendo? Savanah estava olhando para ele de forma estranha, mas o rei não se importou. Em uma fração de segundo, seus olhos castanhos se conectaram aos meus e eu engasguei. Puta merda, eu nunca vira olhos tão bonitos antes. Eu estava completamente perdida neles. O rei levantou-se rapidamente, me acordando do meu transe. Oh não, por favor me diga que isso não estava acontecendo. Minha loba pulava para cima e para baixo, e eu sabia exatamente o que isso significava, mas não significava que eu queria. Quando o rei se levantou, a multidão começou a passar por mim enquanto iam em sua direção. Claramente eles pensaram que ele iria cumprimentá-los. Seus olhos castanhos nunca perderam os meus, seu olhar estava firmemente preso em mim. O ar estava pesado enquanto nos encarávamos; parecia que não havia ninguém além de nós no salão. Por alguns segundos esqueci de todos os meus problemas, meu coração partiu quando me vi perdida nos cativantes olhos cor de avelã. A conexão foi interrompida conforme mais e mais pessoas se moviam, fazendo-me tropeçar para trás e perder o contato visual. Niya também havia partido; o mesmo aconteceu com Carter e Diya. Eu estava sozinha nos fundos. Apenas alguns lobos estavam ali. Todos queriam ver o rei. Todos menos eu. Eu respirava com dificuldade e torturava meu cérebro. Devo correr? Este é o momento perfeito para fazer isso. Não terei outra oportunidade. Minha loba protestou, mas eu não dei ouvidos. Corri para fora. Desta vez, passei correndo pelo banco e entrei no jardim. Calafrios percorreram minha espinha quando ouvi um rugido poderoso. Merda! Esse era definitivamente o rei. Gemendo, corri em direção a uma fileira de arbustos e me sentei, recuperando o fôlego. Esses filmes em que as personagens femininas correm de salto são falsos. Você não pode correr de salto sem perder os pés; é simplesmente impossível Enquanto recuperava o fôlego, ouvi a porta do palácio se abrir. Meus olhos se arregalaram e engoli o nó na minha garganta. Eu estava com problemas e sabia disso. Minha loba estava orgulhosa, como se ela soubesse que isso aconteceria. Era bem provável que ela estava gostando de me ver daquele jeito... Que irritante. — Você pode correr, pequena parceira, mas eu sempre vou te encontrar, — uma voz profunda disse, colocando minha loba em um frenesi. Ele disse aquela palavra que eu temia. — Parceira. — Meu parceiro era o rei. Ou seja, de todas as pessoas, eu tinha que ser a parceira do rei. O mesmo rei que estava procurando por uma parceira há dez anos. Por quê? Eu não queria um parceiro. Eu não preciso de um parceiro. Estou feliz sozinha, mas por alguma razão uma vozinha dentro da minha cabeça me disse que eu nunca seria completamente feliz. Prendendo a respiração, rezei para que ele não me encontrasse. Eu não era realmente religiosa, mas estava orando. Tudo que eu queria era que ele não me encontrasse para eu ir embora do baile. De jeito nenhum eu voltaria para dentro. Iria para o hotel e diria aos meus pais que me sentia mal e queria ir embora. Sim, esse era um bom plano. Meus pensamentos foram interrompidos quando fui levantada de trás dos arbustos. Engolindo o nó na minha garganta, me vi cara a cara com o rei, seus olhos castanhos penetrando nos meus. Meu coração disparou quando ele se abaixou e sussurrou em meu ouvido: — Porque agora que a encontrei, não tenho planos de deixá-la ir. Nunca. Bem, ferrou. Capítulo 6 Eu ainda olhava para o rei, que era meu parceiro. Minha loba estava em êxtase, mas eu não tinha certeza do que estava sentindo. Não tinha como negar que o vínculo entre a gente era forte, mais forte do que eu pensava. O silêncio foi interrompido quando o rei afastou uma mecha de cabelo do meu rosto. — Nunca na minha vida eu vi uma garota tão bonita quanto você, — o rei sussurrou em meu ouvido. Faíscas desceram pelo meu corpo e eu engasguei. Porque suas palavras tinham efeito tão grande em mim? Isso não era normal, mas nada naquela situação era normal. O rei segurava minhas mãos atrás das costas como se tivesse medo de que eu fugisse. — Você poderia... você poderia liberar minhas mãos, por favor? — Consegui dizer. O rei ergueu as sobrancelhas e respondeu: — Como posso ter certeza de que você não fugirá? Por mais que eu ame perseguir, eu realmente não quero ter que ir atrás de você novamente. Eu estremeci com o desejo em seus olhos. Por mais que eu tentasse me convencer de que o rei não era lindo de morrer, meu corpo dizia o contrário. Eu me vi querendo ser pega pelo rei novamente. Minha mente estava confusa, essa foi a única conclusão a que pude chegar. — Posso saber o nome da bela senhorita que será minha rainha? — perguntou o rei. — Esses elogios seus funcionam com todas as mulheres? — Eu respondi, meu atrevimento sempre me surpreendia. — Eu não sei, você é a primeira dama com quem tento. — o rei respondeu, sorrindo para mim. Tentei desviar o olhar de seus olhos; que eram perigosos. O rei, com a mão livre, moveu meu rosto me colocando de volta na direção dos seus olhos castanhos. Ele olhou para mim como se dissesse: Diga-me seu nome, e eu suspirei. — Aarya. Aarya Bedi. — Eu cedi e disse meu nome. — Aarya, — o rei disse lentamente. Caramba! Ele teve que dizer meu nome desse jeito? Meu corpo estremeceu, e eu senti faíscas descerem pela minha espinha. Ele dizia o meu nome de uma maneira. Não, Aarya. Para de pensar assim. Sai dessa, me repreendi. — Nome bonito. Você já sabe meu nome, não é, amor? — ele perguntou. Eu não confiava na minha voz, então apenas balancei a cabeça. O jeito como ele me chamou me pegou de surpresa. Tudo isso estava acontecendo rápido, rápido demais. Eu não sabia o que fazer, mas algo me disse que não havia nada que eu pudesse fazer de qualquer maneira. Afinal, eu não tinha um lobisomem normal como parceiro nem mesmo um Lycan normal. Meu parceiro era o rei Lycan. Ele era o mais forte de todos. O que quer que eu fizesse, ele me pegaria. Foi então que caiu a minha ficha. Eu não tinha como escapar do rei; eu estava presa a ele para sempre. O som de passos se aproximando me fez girar a cabeça e o rei soltar minhas mãos. Eram minha família e meus amigos. Fiquei aliviada ao ver os rostos familiares deles. Luke e Sophia pareciam aliviados, e eu sabia por quê. Dei alguns passos em direção a eles, mas saltei para trás em choque quando vi todos se curvaram para mim. O quê? Eu não queria que as pessoas que eu mais amava se curvassem diante de mim. Eu não era da realeza. Carter piscou para mim, fazendo-me revirar os olhos. Obviamente, ele estava se divertindo com aquilo. Mas eu não tive tempo para pensar em nada. O rei agarrou minha mão, fazendo voar faíscas, e eu engasguei com aquele contato repentino. Ele não me deixou conversar com a minha família. Em vez disso, ele passou por eles e me levou para dentro. Olhei para trás e vi todos virem atrás da gente... O rei me levou direto aos tronos. Meu coração disparou. O que ele estava fazendo? Eu não seria coroada, certo? Eu mal conhecia o rei. Meu cérebro lento percebeu que Savanah não estava mais no topo e, quando chegamos lá, eu a vi na multidão abaixo. Ela não parecia nem um pouco feliz. — Meus súditos leais. Hoje é uma ocasião monumental. Hoje encontrei minha companheira, sua rainha, e não poderia estar mais feliz. — o rei anunciou, puxando-me para seu lado. O anúncio foi seguido por fortes aplausos. Meu olhar encontrou meus pais, que estavam derramando lágrimas de felicidade. Carter gritava e Diya o repreendia. Isso me fez sorrir. Eu olhei para todos os Lycans, que antes estavam estavam tensos. Agora eles pareciam muito mais felizes e aliviados. Tudo isso parecia tão errado, mas também tão certo. Por que eu estava em conflito? Olhei em volta, mas não consegui ver Niya em lugar nenhum. Onde ela estava? A preocupação tomou conta de mim enquanto olhava para a multidão. Ela realmente não estava lá. — O que há de errado? — o rei sussurrou em meu ouvido. Eu olhei para ele, que deve ter visto a preocupação em meu rosto. Ele olhou para a multidão e sorriu antes de me levar embora. Assim ficamos sozinhos, eu deixei escapar: — Niya. Minha prima Niya está desaparecida. Não consigo encontrá- la em lugar nenhum. O rei olhou para mim e respondeu: — Tudo bem, acalme-se. Será que ela não foi tomar um ar? — Ela não iria, ainda mais agora que eu encontrei meu parceiro. Algo está errado. Eu posso sentir isso. — Eu olhei para o rei com lágrimas nos olhos. Ele chamou alguns nomes e os guardas surgiram correndo. — Diga a eles como é a sua prima e o que ela está vestindo. Eles vão procurar por ela. — ele me disse. Depois de explicar como era a aparência de Niya e o que ela estava vestindo, eles saíram para procurá-la. Olhei para o rei e disse: — Obrigada, hum... Eu parei, sem saber como chamá-lo de verdade. Ele sorriu para mim e respondeu: — Eu faria qualquer coisa por você. E só você pode me chamar de Adonis. Só você tem esse direito. — Engoli em seco quando o ar tornou- se sufocante. Eu queria correr minhas mãos naqueles cabelos e provar aqueles lábios maravilhosos. — Venha, deixe-me apresentá-la a algumas pessoas muito importantes para mim. — disse Adonis, pegando minha mão. Descemos as escadas e todos conversavam. Minha mente estava focada em Niya tentando encontrá-la. Eu só esperava que aqueles guardas encontrassem Niya logo. — Bem, bem, bem, o que temos aqui? — uma voz desconhecida interrompeu meus pensamentos. Eu nem percebi que Adonis tinha nos levado a um grupo de pessoas. Dois homens olharam para nós dois com sorrisos enormes em seus rostos. Um deles deu um passo à frente e sorriu. Ele tinha cabelo castanho escuro; quase preto. Seus olhos castanhos escuros brilharam de felicidade. — Sou Evan Clark. Não posso te dizer o quão feliz estou que esse idiota finalmente te conheceu. — Evan apertou minha mão. Sorri educadamente e Adonis balançou a cabeça. — Estes são os meus melhores amigos. Evan já se apresentou, e aquele ali é Gabe Davis. — Prazer em conhecê-la. — Gabe apertou minha mão. Seu cabelo loiro era comprido para um menino; realmente combinava com ele. Uma mulher veio à nossa frente. Ela tinha cabelos ruivos na altura dos ombros e seus olhos azuis se destacavam. Ela era linda. — Eu sou Lexi Robinson, a companheira de Gabe. Tenho que dizer que você está tão linda. — Lexi sorriu. — Obrigada, adorei sua roupa, — respondi. — Você sabia que nós três somos amigos de longa data? Às vezes me pergunto como aguentei esses dois. — Evan suspirou dramaticamente. Adonis revirou os olhos e Gabe olhou para Evan. — É o contrário, idiota. Não sei como Gabe e eu aguentamos você. A quantidade de vezes que tivemos problemas por sua causa. — Adonis balançou a cabeça. — Eu concordo. Evan, você dá muito trabalho. Sinto muito por ela. — Gabe balançou a cabeça. Eu olhei para Adonis, que tinha um grande sorriso no rosto. Mesmo tendo acabado de conhecer ele, por algum motivo, vê-lo sorrir assim me deixou muito feliz. Este encontro repentino estava fazendo coisas malucas com meus sentimentos, eu juro. — Até hoje eu não acredito como esses dois suportaram você por tanto tempo. Quero dizer, Gabe e eu somos companheiros há apenas sete anos, mas isso é o suficiente para saber como você é difícil. — Lexi balançou a cabeça. Evan engasgou dramaticamente. — O que é isso? Agrupar a hora do Evan? Você está me envergonhando na frente da rainha. A menção da palavra rainha me fez endurecer. Eu não queria ser rainha. Isso era muita responsabilidade, e como eu poderia me comprometer com alguém depois do desgosto que experimentei? — Tá bom. Você é quem está se envergonhando. Vá e certifique-se de que todos estejam felizes. Vou conhecer a família da minha parceira. — disse Adonis. Seu rosto sério estava de volta. Evan e Gabe concordaram e partiram para cumprir as ordens do rei. Adonis gentilmente pegou minha mão; aquelas malditas faíscas me fizeram engasgar. Seria assim sempre? Não sei como ele sabia, mas Adonis foi até meus pais. Assim que minha mãe me viu, ela me envolveu em um grande abraço. O abraço de uma mãe deixa tudo melhor. — Porque você está chorando? — Eu perguntei, enxugando as lágrimas do rosto da minha mãe. — Porque estou muito feliz. Minha filhinha encontrou seu companheiro. Alguém que cuidará muito bem dela. O que mais uma mãe poderia querer? — Minha mãe fungou. Ela se virou para Adonis e sorriu. — Tudo que eu quero é que você cuide da minha filha. Trate-a como uma rainha. Adonis acenou com a cabeça e respondeu: — Não se preocupe. Sua filha será sempre feliz. — Uau, minha princesa não é mais uma princesa, mas uma rainha. Eu não posso acreditar. — Meu pai piscou. — Pai. — Revirei meus olhos. Ele riu e me abraçou antes de dizer: — Aarya, quero que saiba que sua mãe e eu temos muito orgulho da mulher que você se tornou. Você agora está entrando no próximo estágio de sua vida. Aproveite. As palavras de papai me fizeram querer chorar quando percebi que era um adeus. Eu não queria deixar meus pais e ficar aqui. Eu queria voltar para o meu quarto confortável. — Vou sentir sua falta, minha irmãzinha. — Sai foi o próximo a me abraçar. — Você acha? Ou você só vai sentir falta de me provocar? — Eu levantei minhas sobrancelhas. Sai riu. — Você me pegou. Vou sentir falta de te provocar e te deixar animada. Zoya me puxou para um abraço. — Eu disse que ela parecia uma rainha. Aarya, você é uma mulher incrível, nunca se esqueça disso. — Isso não é justo. Acabei de voltar e agora você está me deixando, Risonha. — A voz de Carter veio de trás. — Agora você tem uma companheira para cuidar de você. — Eu sorri. Carter suspirou e me puxou para um abraço. Eu tentei o meu melhor para não chorar. Não foi assim que planejei minha noite. Nunca, em meus sonhos mais loucos, pensei que encontraria meu companheiro no baile e teria que dizer adeus a todos os meus entes queridos. — Você sabe que vou cuidar dele. — Diya sorriu. — Eu sei. É melhor ele cuidar bem de você também. — Olhei para Carter. Ele ergueu as mãos em sinal de reverência. — Sim, sua Majestade. — Mesmo? — Eu balancei minha cabeça. — Eu não disse nada errado; você vai ser uma rainha incrível. — Carter beijou minha testa. Meus olhos encontraram os de Hunter; ele estava atrás de Carter. Ele estava olhando para mim com uma expressão ilegível no rosto. Lana estava falando com outra pessoa, mas a atenção de Hunter estava em mim. Isso me deixou desconfortável, então desviei o olhar. Em transe, não percebi que os guardas foram até Adonis. — Ei, você viu a Niya? — Diya me perguntou. Eu balancei minha cabeça. — Não, ela está por aqui em algum lugar. Diya acenou com a cabeça. — Vou procurá-la. — Foi um prazer conhecer todos vocês. Aarya e eu precisamos ir a um lugar. Logo estaremos de volta., — disse Adonis. Todos concordaram educadamente e Adonis me levou embora. Subimos as escadas e meu coração disparou. — Os guardas? Eles encontraram Niya? — Eu perguntei. Adonis não disse nada. Paramos do lado de fora de uma porta e Adonis olhou para mim. — Pode entrar. Respirei fundo e abri a porta. Nada poderia ter me preparado para o que vi ao entrar... Capítulo 7 Meus olhos lutavam para compreender o que estava diante deles. Niya estava sentada no chão da sala, nua e machucada. As lágrimas escorriam por seu rosto, mas ela não se movia nem emitia nenhum som. Ela ficou sentada. Notei a mancha de sangue na cama e vi o vestido de Niya rasgado junto com suas roupas íntimas. Meu sangue gelou quando percebi a tortura que minha pobre prima havia sofrido. Imediatamente peguei um cobertor de uma cadeira e cobri Niya com ele, mas minha atitude fez Niya pular. Ela olhou para mim com muito medo em seus olhos e meu coração se partiu ainda mais. Vê-la assim deixou minha loba com raiva. Nós duas queríamos saber quem causou tanta dor a Niya, mas agora minha prioridade era ter certeza de que Niya estava bem. — Niya, quem fez isso com você? — Perguntei suavemente. Niya apenas olhou para mim com lágrimas nos olhos. Meus olhos lacrimejaram quando vi o estado em que minha prima estava. — Niya, por favor. Diga-me quem fez isso com você. — Implorei. Novamente, nenhuma resposta. Niya estava muito traumatizada. Então, me sentei ao lado dela e enxuguei suas lágrimas. Esse simples ato fez Niya pular de choque. Observei minha prima, que antes era tão feliz e radiante, agora parecia apavorada e destruída. Minha raiva estava aumentando e eu lutava para mantê-la sob controle, eu tinha que controlá-la. Niya não precisava de mim com raiva; agora ela precisava do meu conforto e do meu amor. Quando eu estava prestes a dizer algo para Niya, algo chamou minha atenção. Peguei um anel, que não me parecia familiar. Definitivamente não era de Niya. Percebi de quem era; isso pertencia ao estuprador de Niya. Meu dedo sentiu as iniciais gravadas no anel. Este bastardo doente não iria se safar. Eu iria matá-lo pelo que ele fez com a minha prima. Ele teria uma morte lenta e dolorosa. Meus pensamentos foram interrompidos pela voz de Niya. — Sou impura agora. Meu companheiro não vai me querer mais porque aquele monstro tirou minha virgindade. Desta vez, não pude evitar que as lágrimas caíssem. Ouvir a tristeza na voz da minha prima foi de partir o coração. Levantei-me e fui até Niya, que olhou para mim. Lentamente, eu a fiz se levantar e a enrolei um cobertor em volta dela. Eu a fiz sentar em uma cadeira e a cobri com outro cobertor. — Niya, o que esse monstro fez com você não define quem você é. Isso não a torna impura e não significa que seu parceiro não a queira. Niya, você é uma das pessoas mais fortes que conheço e vai superar isso. Você vai provar para aquele bastardo que ele não pode te destruir. Lutei para conter minhas emoções enquanto enxugava as lágrimas que caíam dos meus olhos. Niya olhou para mim e depois olhou para o cobertor. — Não me deixe afogar. — ela sussurrou. — Nunca. Vou ajudá-la a nadar. — respondi. Niya apenas balançou a cabeça e eu apertei meus punhos. Seus olhos que antes viviam cheios de malícia e alegria agora estavam cheios de incerteza e medo. Peguei o anel e saí correndo. Era hora de encontrar esse cara. As chances de ele ainda estar no baile eram bastante altas, e eu iria mostrar a ele que mexeu com a família errada. Com raiva, nem notei Adonis do lado de fora da porta quando passei por ele. Só quando ele agarrou minha mão e me puxou para ele é que percebi. Adonis provavelmente poderia ver e sentir minha raiva. Ele olhou para mim com a mesma raiva em seus olhos. — Vamos encontrar o culpado. Não vou deixar esse bastardo doente fugir. — ele rosnou. Ouvi-lo dizer isso me fez sentir segura. Era como se meu corpo soubesse que o que Adonis estava dizendo era verdade. Minha loba ficava mais irritada conforme minha sede de encontrar esse cara aumentava. Não respondi a Adonis quando me virei, queria encontrar o estuprador de Niya. Mais uma vez, fui puxada de volta para o corpo de Adonis. Desta vez, ele balançou a cabeça para mim. — Você precisa se acalmar. Essa raiva não vai ajudar você a encontrá- lo. — disse ele. Meus olhos se fecharam quando senti sua mão acariciar minha bochecha. Faíscas dispararam pelo meu corpo e me senti inclinando em direção ao seu toque. O que estava acontecendo comigo? Porque seus toques eram tão viciantes? Eu queria ser tocada por ele. Não queria que esse momento acabasse. Quando ele afastou a mão, senti frio e vazio, o que me fez abrir os olhos. Adonis estava olhando para mim, seus olhos perfurando os meus. — Aarya, o estuprador provavelmente ainda está aqui e muito provavelmente está cansado. Para pegá-lo, precisamos fingir que nada aconteceu. Se sairmos gritando atrás dele, ele entrará em pânico e fugirá. Droga, Adonis estava certo. Por mais que eu quisesse entrar lá gritando e berrando, era melhor não, eu não podia arriscar que ele fugisse. — Encontrei algo no quarto de Niya. Deve pertencer ao estuprador, — eu disse, mostrando o anel. Adonis tirou o anel da palma da minha mão. Mesmo algo tão simples me causou faíscas. Ele observou as iniciais e olhou para mim. — Você não reconhece essas iniciais? Balancei minha cabeça. — Nem eu. Talvez eu possa ver se temos uma lista de convidados, e podemos combinar as iniciais, — Adonis sugeriu. — Não vai demorar muito? Você não deve sumir do baile por tanto tempo; as pessoas podem ficar desconfiadas — eu o lembrei. Adonis rosnou de frustração antes de ligar para alguém. Dois guardas apareceram e Adonis pediu que eles examinassem a lista de convidados em busca de alguém com as mesmas iniciais que encontramos no anel. Os guardas acenaram com a cabeça e saíram. Adonis me devolveu o anel e parecia estar prestes a dizer algo, mas foi interrompido por uma voz feminina. — Como você pôde fazer isto comigo? Virei-me e vi Savanah caminhando em nossa direção com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Você me envergonhou na frente de todos, Dimitri. — Savanah disse, enxugando as lágrimas. Uau, eu devo ser um robô ou algo do tipo. Nem mesmo uma pequena parte de mim teve pena dela. Digo, ela estava envergonhada, mas eu não senti nada; talvez um pouco de raiva, mas era só. Esqueci que Adonis era muito meticuloso sobre como as pessoas o chamavam. Ficou claro que Savanah não tinha permissão para chamá-lo de Adonis. Por alguma razão estranha, me senti orgulhosa. Eu devo estar ficando louca. Essa foi a única explicação que eu encontrei. Revirando os olhos, me virei para Adonis e Savanah. — Eu tenho que ir. Não tenho tempo para ouvir o choro das suas amantes, infelizmente. — No entanto, não consegui sair porque Adonis me prendeu em seus braços. A sensação dele me segurando era diferente de tudo que eu já senti. Eu nunca queria ir embora. — Savanah, por favor, vá embora. Aarya, nem pense em ir a lugar nenhum. — Adonis ergueu as sobrancelhas para mim. — Adonis, tenho coisas a fazer, — retruquei enquanto tentava escapar de seus braços, embora sem querer. — Adonis? Por que você o está chamando assim? — Savanah parecia chocada. — Ela pode. Savanah, se você não sair, vou chamar os guardas para escoltá-la para fora. — Adonis agora tinha um tom sério novamente. Savanah olhou para nós dois e balançou a cabeça antes de finalmente sair. — Agora você pode me soltar? — Eu perguntei. — Pensei que nunca iria te encontrar; já tinha desistido. — Adonis disse suavemente. Olhei para a sinceridade estampada em seus olhos e quase me derreti. Era o momento perfeito para eu dizer algo romântico, mas é de mim que estamos falando, então, em vez disso, deixei escapar: — Bem, após ter meu coração partido eu não queria mais um parceiro. O comportamento de Adonis mudou e ele me segurava com mais força. Sua fisionomia mudou; ele estava definitivamente com raiva. — Quem diabos teve seu coração antes de mim? — ele rosnou. Bem, não seria fácil sair dessa. Capítulo 8 — Não me diga que ninguém nunca partiu seu coração antes? — Perguntei, chocada. — Isto não é sobre mim; é sobre você. Você é quem disse isso. — Adonis me apertou ainda mais. Droga, ia ser mais difícil do que eu pensava. Mais uma vez, tentei escapar de seus abraços, mas não consegui. — Não podemos falar sobre isso mais tarde? — Tentei negociar. Adonis me olhou como se eu fosse louca. — Eu quero saber agora. Quem foi que teve seu coração antes de mim? Engolindo em seco, tentei uma tática diferente. — Adonis, por favor. Eu imploro, me deixe ir. Tenho que encontrar o estuprador de Niya. Ele está andando por aí como se nada tivesse acontecido. Por favor. — supliquei. Finalmente consegui. Os olhos de Adonis arrefeceram e ele me soltou. — Você tem razão. Vamos encontrar o filho da puta que fez isso com sua prima. Suspirei em alívio por sair daquela situação. Adonis olhou para mim com as sobrancelhas levantadas. — Não pense que vou esquecer isso. Assim que resolver esse problema, vou descobrir quem partiu seu coração. A sinceridade em sua voz fez com que faíscas disparassem pela minha espinha e me fizessem estremecer. Adonis pegou minha mão e estávamos prestes a descer as escadas. Puxei a mão de Adonis e apontei para Diya que olhava freneticamente ao redor. Eu sabia que ela estava procurando por sua irmã. Adonis suspirou e gesticulou para que os guardas a trouxessem. Diya ficou confusa quando dois guardas apontaram para nós, mas ela veio correndo. — Você viu Niya? — Diya me perguntou. — Não sei por que, mas estou com um pressentimento tão ruim. — Diya parecia assustada. — Niya... Niya está naquela sala ali. — apontei para Diya. — Oh! Graças a deus. Por que ela está aqui? — Diya perguntou enquanto caminhava em direção à sala. Eu a puxei de volta e a olhei nos olhos. — Niya foi machucada esta noite. O rosto de Diya se contorceu em perplexidade, que depois se transformou em compreensão. Ela olhou para mim com lágrimas nos olhos. — Não me diga que ela foi estuprada? Balancei a cabeça lentamente, e Diya quase sucumbiu em lágrimas. — Você tem de ser forte por ela. Faça companhia a ela enquanto nós dois descemos e tentamos encontrar o filho da puta. — eu disse a ela. Diya acenou com a cabeça e olhou para Adonis. — Por favor, quando você encontrar o homem que fez isso com minha irmã, não tenha piedade dele. Adonis respondeu solenemente. — Criaturas desprezíveis como ele não merecem misericórdia. — Diya acenou com a cabeça e correu para o quarto encontrar Niya. Niya precisava do apoio da irmã agora mais do que nunca. Era importante para Niya estar perto da família. Adonis olhou para mim novamente e eu balancei a cabeça. Ele segurou minha mão enquanto descíamos as escadas. Meu corpo reagiu a um simples toque de mão. Este homem estava fazendo coisas malucas com meu corpo. Quando descemos, Carter se aproximou e perguntou: — Você viu Diya? Ela acabou de sair. Adonis foi quem respondeu. — Sim, ela está lá em cima. Em breve ela estará de volta. Carter assentiu antes de se virar para mim com um brilho malicioso nos olhos. — Contanto que ela não me tenha deixado por outro homem. Revirei os olhos e dei um tapa no ombro de Carter. — Não diga isso sobre minha prima. Percebi como Adonis ficou tenso quando toquei em Carter. Droga, talvez ele pensasse que Carter foi quem partiu meu coração. — Você pode ser como meu irmão, mas mesmo assim... — Eu olhei para Carter. Adonis relaxou e Carter apenas riu. Ele nos deixou sozinhos e Adonis me levou para dar uma volta. Passamos muito tempo conversando com pessoas diferentes. Todos eles dizendo parabéns e Estou tão feliz que nosso rei encontrou sua companheira. O sorriso falso que coloquei estava cansando minha mandíbula. Mesmo que não houvesse nada de errado com essas pessoas. Eles eram doces, mas não era por isso que eu estava aqui. Eu precisava encontrar o estuprador de Niya antes que ele fosse embora. Senti o anel na minha mão. Droga, esqueci de perguntar a Diya se ela o reconhecia. Era tarde demais para voltar e subir. Eu não queria chamar atenção para mim. Como Adonis continuava sendo educado e falando, olhei ao redor do corredor. Engasguei quando meus olhos encontraram os de Hunter. Seu olhar estava firmemente conectado ao meu, o que me deixou muito desconfortável. Por que ele me olhava assim? Desviei meu olhar para Adonis. Talvez ele tenha percebido que algo estava errado porque assim que eu olhei para ele, seu olhar estava no meu. Eu sorri, mas não o convenci. Ele segurou minha mão mais uma vez e nos afastamos. Enquanto caminhávamos em direção a outras pessoas, meu olhar se concentrou em um homem brincando com o dedo indicador. Ele estava esfregando o local onde podia estar um anel. Imediatamente meu olhar aguçado notou a marca de um anel. Ele parecia calmo e controlado, mas o anel que faltava era um sinal. Puxei a manga de Adonis e ele me questionou com o olhar. Notei que ele estava tão entediado de falar com todas aquelas pessoas que ficou grato por tê-lo interrompido. Mas assim que apontei para o cara, seus olhos escureceram de repente. Antes que eu percebesse, os guardas cercaram o cara e a multidão silenciou. Adonis parecia ameaçador enquanto caminhava em direção ao cara, que estava agora muito nervoso. Adonis pegou o anel da minha mão e estendeu-o para o sujeito. O que ele estava fazendo? Eu observei quando Adonis olhou para o cara cujos olhos se arregalaram em estado de choque. Finalmente eu compreendi. Adonis não queria perguntar nada ao cara, apenas queria ver a reação dele. — Sua reação me diz tudo que eu preciso saber, — Adonis rosnou. O cara baixou os olhos para seus sapatos. Minha loba estava com raiva e queria o sangue dele por te machucado Niya. Um toque familiar fez com que meus pensamentos acalmassem. Adonis balançou a cabeça para mim, mas em vez de ficar com raiva como pensei que eu ficaria, fiquei grata por ele ter me impedido. — Leve-o para as celas. — Adonis cuspiu. O cara tremia de medo e parecia querer dizer algo, mas não teve a menor chance. Ele foi arrastado pelos guardas e a multidão ficou em silêncio. As pessoas pareciam confusas e apavoradas. Adonis emitia uma vibração perigosa, mas não me assustava. Estranhamente, eu me sentia segura. Gabe veio até nós, com o rosto sério. — Você quer que eu lide com esse canalha? Posso extrair dele as informações que você precisa. Adonis balançou a cabeça. — Eu quero lidar com isso. Olhando para ele, forcei uma tosse alta e Adonis suspirou: — Queremos lidar com isso. Gabe olhou para mim entretido enquanto eu balançava a cabeça, satisfeita. Como se Adonis fosse o único a ter assuntos a resolver com esse idiota. Eu tinha todo o direito de fazer o que quisesse com ele; afinal, ele machucou minha prima. — Onde está Evan? — Adonis perguntou ao Gabe. Gabe respondeu: — Oh, ele ouviu alguns ruídos no andar de cima e disse que ia verificar. Barulhos? Andar de cima? Merda, é onde estão Niya e Diya. Adonis e eu nos olhamos ao mesmo tempo. Enquanto eu estava com uma expressão de choque no rosto, Adonis estava com uma expressão de incômodo. — Vamos. — Adonis agarrou minha mão. Quando estávamos prestes a subir as escadas, um grito alto nos paralisou. Sem perder mais um minuto, nós dois subimos correndo. Capítulo 9 Quando chegamos ao quarto onde Niya e Diya estavam, Evan estava parado com a boca aberta. Niya estava histérica, chorando no ombro de Diya. Era uma cena comovente. Evan se virou para nós com os olhos cheios de preocupação. — Ela é minha parceira, mas está com medo de mim. Pobre Evan, ele não fazia ideia. Uma parte minha estava feliz por Evan ser parceiro de Niya. O humor dele ajudaria Niya a se recuperar, pelo menos era o que eu esperava. Adonis olhou para mim e eu balancei a cabeça. Evan tinha o direito de saber o que havia acontecido com Niya. No entanto, Adonis nem teve a chance de explicar, já que o olhar de Evan encontrou os hematomas no corpo de Niya. Seu corpo começou a tremer e seus olhos escureceram. Niya chorou mais e segurou Diya, que me olhou preocupada. Adonis rosnou, fazendo Evan parar. — Acalme-se, você está assustando sua parceira. Evan parecia envergonhado quando seus olhos voltaram ao normal. Ele sussurrou pausadamente: — Quem fez isso com você? A preocupação demonstrada por Evan com a minha prima me deixou muito feliz por Niya ter um parceiro como ele. Niya ergueu os olhos com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Por favor, eu imploro, me rejeite. Evan olhou para Niya, horrorizado. Até eu olhei para ela, chocada. Eu sei que tudo o que aconteceu com ela destruiu sua confiança, mas implorar a seu companheiro para rejeitá-la? O que esse monstro fez com minha prima? — O que você está dizendo? Eu nunca vou rejeitar você. — Evan disse suavemente. Niya ergueu os olhos em choque, como se realmente esperasse que Evan a rejeitasse. Antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, a porta se abriu e os pais de Niya e Diya entraram correndo. — Eu ouvi o grito do meu bebê, — disse minha tia, com lágrimas escorrendo pelo rosto ao olhar para Niya. Niya chorou enquanto sua mãe a segurava e seu pai a olhava, despedaçado. Minha família entrou e engasgou em choque. Diya se levantou para deixar seus pais sentarem com sua irmã e foi até Carter, que a segurou com força. Carter se virou para Adonis, com os olhos frios como gelo, um comportamento seco. Não era Carter com o qual eu estava acostumada. — O idiota do salão? Adonis confirmou com a cabeça e respondeu: — Ele terá o que merece. Niya ergueu os olhos e sussurrou: — Você o encontrou? Desta vez, abaixei-me para ficar frente a frente com seu rosto manchado de lágrimas. Enxugando algumas lágrimas, respondi: — Depois do que ele fez com você, ele nunca mais tocará em outra garota. Niya desabou sobre mim, seus ombros tremendo enquanto ela chorava. Olhei para Adonis, que parecia tenso e com raiva. Evan praguejou baixinho e saiu furioso. Não deve ser fácil ver seu companheiro sofrendo tanto e saber que o cara que causou isso está aqui. Niya olha para a figura de Evan se afastando e chorou mais. — Ele me odeia. Eu sabia. Adonis foi quem respondeu desta vez, explicando a Niya: — Pelo contrário, ele se odeia por não ter estado com você, a parceira dele. — Parceira? Meu bebê também encontrou seu parceiro? — Minha tia olhou para mim com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Aarya? Niya encontrou seu parceiro também? — meu tio me perguntou. — Sim, Evan é o parceiro dela — Eu confirmei. Minha tia gritou, e meu tio parecia segurar um soluço. — Meus dois bebês encontraram seus companheiros. — Minha tia parecia tão feliz. Meu pai olhou para sua irmã e sorriu. — Nossas filhas cresceram. Minha tia concordou e enxugou as lágrimas do rosto de Niya. Não consigo imaginar como minha tia e meu tio devem estar felizes por Niya. Todos aqui sabem que ser acasalado com um Lycan é uma das melhores coisas que podem acontecer com você. Eles são ferozmente leais, e acredito que isso deu uma sensação de segurança para minha tia e meu tio. Niya não será uma sem par. — Eu... eu quero vê-lo. — A voz de Niya me tirou do meu processo de pensamento. — Huh? Você quer vê-lo? — minha tia perguntou, chocada. Niya acenou com a cabeça e olhou para mim. Não via problemas em levá-la, mas não tinha certeza sobre Adonis. Quando olhei para ele, ele parecia tenso, mas acenou com a cabeça em sinal positivo. — Não se preocupe, eu vou cuidar dela, — assegurei a minha tia e meu tio. — Eu posso ir? — Perguntou Diya. Carter balançou a cabeça e a puxou. — Não bebê. Sua irmã precisa fazer isso sozinha. Posso dizer que Diya ficou chateada, mas ela aceitou. Depois que a ajudei a se levantar, Niya ajeitou as roupas e saímos. A pressão que ela fazia na minha mão aumentava conforme nos aproximávamos das celas. Adonis caminhava à nossa frente, sua autoridade era muito evidente. Atrás de nós estavam dois guardas; parecia que Adonis queria que estivéssemos seguras. Adonis parou de repente, seus ombros enrijeceram antes de se virar para nós. — Evan chegou antes de nós. Ah não. Definitivamente não era uma boa notícia. Corremos para as celas e, de fato, Evan estava lá. Intercalando socos no cara e gritando: — Bastardo. Eu vou te matar por machucar minha companheira. No curto espaço de tempo que conhecia Evan, nunca pensei que ele fosse um cara que ficava tão zangado, mas não podia culpá-lo. Sua raiva era justificada. Niya choramingou e agarrou minha mão. Esse pequeno som dela fez Evan parar de bater e se virar para nós. Seus olhos mostraram preocupação; ele não queria que sua companheira tivesse medo dele. Tive a sensação de que o gemido de Niya não era dirigido a Evan, mas ao bastardo presunçoso que estava olhando para Niya como se ela fosse um pedaço de carne. — Ei, seu pedaço de merda. É melhor você tirar seu olhar da minha prima. — eu cuspi. O cara olhou para mim em choque por eu dizer aquilo. Evan se virou para o cara, rosnando. — Evan. Você precisa ajudar sua parceira. — Adonis afirmou, seu tom não deixava espaço para discussão. Evan parecia relutante, mas finalmente foi até Niya e eu. Niya pode não ter percebido, mas ela me soltou. Adonis foi até o bastardo na cela. — Eu vi o jeito que você olhou para ela. Eu vi a fome em seus olhos. Evan rosnou e se aproximou de Niya, protegendo-a do olhar do estuprador. — Estou quase decidido a arrancar seus olhos das órbitas para que você nunca mais olhe para uma garota daquele jeito, — Adonis rosnou, fazendo com que o covarde recuasse. Mas ele não foi rápido o suficiente para Adonis, que o pegou e o jogou contra a parede. Adonis forçou o cara a olhar para Niya e disse: — Olhe para ela. O que você tentou destruir. Deixe-me te contar algo. Você nunca vai conseguir quebrá-la. Ela é mais forte do que você jamais será. Você sempre será conhecido como um bastardo, ela será conhecida como a heroína. Niya choramingou e sussurrou: — Por favor, posso sair? Eu olhei para Evan, que estava olhando para mim com um olhar hesitante no rosto. Niya se virou para Evan e perguntou: — Por favor? Evan não perdeu mais um segundo. Ele gentilmente pegou a mão de Niya e uma expressão de raiva apareceu em seu rosto quando Niya se encolheu. Mas ele a levou embora e eu me virei para Adonis. Seu comportamento mudou ao sorrir e lamber os lábios. — E hora de se divertir de verdade agora. Adonis jogou o cara contra a parede novamente e encheu ele de socos. — Por favor. Eu sinto muito. Por favor, tenha misericórdia. — O cara implorava por sua vida. Adonis zombou, e o cara tentou mais uma vez. — Eu sinto muito. Eu a vi caminhando, e a achei muito bonita. Mas ela não queria nada comigo. Adonis rosnou: — Então você deixou seu pau pensar? Você estuprou uma garota inocente? Porque ela não estava interessada. — Achei que ela ficaria interessada quando eu mostrasse a ela. Mas ela tentou fugir e eu não pude deixar isso acontecer. — o cara tentou se explicar. — Você é patético pra caralho, — eu cuspi. O cara olhou para mim com horror e se virou para Adonis, que rosnou. — Exatamente o que minha companheira disse. Você não merece misericórdia pelo que fez e não terá nenhuma. Sem esperar nem um segundo, Adonis arrancou o coração do cara. Meu olhar viu o cadáver do sujeito cair no chão, e Adonis jogar o coração no chão. Não senti medo, nem mesmo vontade de correr. Pelo contrário. Eu estava em transe; completamente hipnotizada pelo meu companheiro perigoso. Capítulo 10 — Livre-se do corpo, — disse Adonis antes de sair, sem nem mesmo olhar para trás. Sem dizer nada agarrou minha mão e me tirou daquele lugar. Voltamos para cima e, felizmente, Niya não estava chorando, mas ainda era consolada pela nossa família. Gabe e Lexi se juntaram a nós, e Gabe veio até nós e disse: — Mandei todos para casa. Foi a melhor coisa a fazer depois dos eventos desta noite. Adonis apenas balançou a cabeça. Evan olhou para nós dois antes de perguntar: — Ele está...? — Ele está morto, — respondeu Adonis sem rodeios. — Foi você? — Gabe perguntou. — Eu o matei, — disse Adonis. A surpresa que tomou conta das faces dos Lycans me deixou confusa. Porque todos eles estavam chocados? Com certeza Adonis já teve que matar pessoas antes? Os três olhavam para mim fixamente, me fazendo engolir o nó na garganta. O que eu fiz de errado? — Eu tenho que verificar uma coisa. Fique aqui. — Essa última frase foi dirigida a mim. Assisti Adonis partir. Sophia e Luke entraram e pareciam preocupados. Gabe sussurrou algo para os dois, e os dois olharam para mim, chocados. Instintivamente, olhei para o meu vestido para ver se havia uma mancha ou algo do tipo nele, mas não havia. — Aarya, você estava lá quando...? — Sophia parou. — Quando Adonis matou aquele pedaço de merda? — Eu perguntei. Sophia acenou com a cabeça e eu respondi: — Sim, eu estava lá. Eu assisti à coisa toda. De repente, seus rostos se iluminaram. Sophia riu e disse: — Você não sabe como ficamos felizes em ouvir isso! — Feliz em saber que testemunhei alguém morrendo? — Eu perguntei, confusa com seus sorrisos. — Não boba! Feliz que Adonis não perdeu o controle. Normalmente ele teria que ser contido; ele não conseguia nem fazer uma tarefa simples como matar alguém sem perder o controle. Não passou nem um dia inteiro desde que ele encontrou você, mas sua presença o está ajudando a se manter sob controle. — Sophia sorriu. Oh, isso fazia sentido. Será que minha presença realmente é a razão de Adonis estar conseguindo se manter no controle? Parecia improvável, mas os rostos atônitos dos Lycans me fizeram pensar o contrário. A companheira de um Lycan era tão importante para ele assim? Não tive muito tempo para pensar sobre isso, pois Adonis entrou. Ele estava diferente, e eu não posso deixar de admitir o quão sensual ele estava. Minha mãe veio até mim e me deu um grande abraço. — É hora de irmos agora. Meu coração afundou. De maneira alguma eu não voltaria para casa com eles. Sem chance. — Eu vou com vocês. — eu disse, e a cabeça de Adonis girou. — Não filha. Você deve ficar. Vou embalar suas coisas e mandá-las para cá. — Mamãe acariciou meu rosto. Eu zombei e respondi: — De jeito nenhum. Voltarei sim. Com todo o respeito, mamãe, mas toda a minha vida está naquela casa, e eu sou a única que pode empacotá-la. Adonis rosnou, ele não parecia feliz com aquilo, mas eu apenas revirei os olhos. Ele não podia me controlar. Minha mãe olhou para nós dois, preocupada. Ela não gostava de brigas. Carter se aproximou e piscou para mim. — Risonha, eu sei que você vai sentir falta do meu corpo lindo, mas não se preocupe, vou te enviar fotos. Eu ri e empurrei Carter para longe. — Por favor, não quero ver fotos dessa sua barriga de chopp. Carter engasgou, mas eu não o deixei dizer nada. — Voltarei para casa porque só eu tenho o direito de empacotar tudo o que me pertence. Ninguém disse mais nada para mim; todos estavam esperando para ver a reação de Adonis. Não que isso importasse para mim. Eu voltaria para casa de qualquer maneira. Finalmente Adonis suspirou. — Tudo bem. Você pode voltar para casa, mas só tem dois dias. Em dois dias, estarei lá para buscá-la. Seu tom não deixou espaço para discussão. Droga, dois dias não é muito tempo, mas o suficiente para escapar. De jeito nenhum eu voltaria para cá. Eu não queria um parceiro e muito menos ser rainha. Eu precisava fugir antes que fosse tarde demais. Meus pensamentos foram interrompidos pelo tom áspero de Adonis. — Enviarei duas pessoas em quem confio para protegê-la. Nem pense em escapar de mim. Seu olhar penetrou o meu e eu congelei. Como ele sabia o que eu pensava? A esperança se esvaiu quando percebi que eu não conseguiria escapar. Adonis olhou para todos e acenou com a cabeça antes de indicar que os outros Lycans deveriam segui-lo. Quando eles finalmente saíram, minha mãe olhou para mim e suspirou: — Aarya, o que há de errado com você? Dei de ombros, sem querer responder, mas mamãe não iria desistir.. — Você é a companheira de um Lycan. Esqueça que ele é rei, você sabe o quanto um companheiro é importante para um Lycan e ainda sim está agindo assim. Por quê? — Não quero abandonar meu sonho de ser uma médica da matilha só porque eu tenho que ser rainha. Não quero ficar presa e ter que abandonar meus sonhos. — Suspirando respondi e me afastei da minha mãe. Ela me puxou e disse: — Eu criei uma mulher forte, não uma covarde. Todos sabemos que quando você quer algo, você luta até o fim. Então, não me venha com essa baboseira. Realmente é difícil crescer e ter que deixar sua família, mas a sua presença é importante aqui. Pense no seu companheiro. Eu não podia argumentar. Definitivamente minha mãe estava certa. Como sempre. O que ela não suspeitava é que minha relutância tinha a ver com meu coração partido. Carter encontrou meus olhos e me enviou um sorriso simpático; ele sabia o motivo. Luke e Sophia entraram e sorriram. — Nós seremos os seus guardas. — Assim posso passar mais tempo com a minha família. — Sophia sorriu. A esperança reacendeu em mim; talvez fosse possível escapar. Luke olhou para mim com uma expressão séria no rosto. — Esqueça, Aarya. Eu não vou deixar você escapar; você vai acabar matando nosso rei. Tão rápido quanto a esperança surgiu, ela desapareceu. Sem confiar na minha voz, apenas balancei a cabeça. Não havia como tentar qualquer coisa com Luke por perto, e sem dúvidas de que Sophia também não me deixaria escapar. — Uau, eu não posso acreditar que minha Risonha vai ser rainha. Não se esqueça de nós, plebeus, quando estiver sentado naquele seu trono enorme. — disse Carter, colocando os braços em volta dos meus ombros. Revirando os olhos, dei uma cotovelada nele, e Carter apenas riu antes de agarrar a mão de Diya e sair. — Certo, é hora de voltar para o hotel. Temos que sair cedo amanhã, ou devo dizer, daqui a pouco. — Papai suspirou, esfregando a testa. Niya saiu amparada por seus pais. Sophia disse que me mandaria uma mensagem sobre o plano e saiu com Luke. Saí do palácio sentindo que arrancavam a minha liberdade. Capítulo 11 A manhã seguinte foi um caos completo. Todo mundo acordou tarde e meu pai ficou extremamente irritado, é claro. No entanto, conseguimos pegar a estrada às 10 da manhã, o que eu achei uma grande conquista, considerando a noite passada. Diya decidiu voltar conosco. Não era um problema para ela porque ela ainda tinha família na matilha de seu companheiro. Niya voltou para casa com seus pais. Ela parecia melhor pela manhã, mas eu sabia que ela tinha um longo caminho até que voltasse ao seu estado natural. Carter dirigia e Diya, Hunter e Lana estavam com ele. Eu estava com meus pais, e estava feliz com aquilo. Luke e Sophia estavam em um carro atrás de nós. Mamãe conversava com papai enquanto eu lia e ouvia minhas músicas. A noite passada foi a pior noite de sono que já tive. Minha loba ficou inquieta a noite toda. Isso me deixou temperamental, mas evitei demonstrar por causa de mamãe. Ela iria dizer que eu estava daquele jeito porque eu não estava com meu companheiro, e eu odiava admitir que ela provavelmente estava certa. Meu telefone tocou, me afastando dos meus pensamentos. Eu olhei para baixo e li a seguinte mensagem: — Dois dias e depois irei pegar o que é meu. — A Como ele conseguiu meu número? E quem ele pensa que é se referindo a mim como se eu fosse sua propriedade? A raiva tomou conta de mim e respondi: — Um, como você conseguiu meu número? Dois, não se refira a mim como sua propriedade. Eu sou dona de mim mesma. Que descarado. Não estava acreditando que ele disse aquilo para mim. Rapidamente chegou à resposta. — Sophia me deu seu número e não estou me referindo a você como minha propriedade, mas como minha companheira. Com ironia digitei minha resposta: — Não é o que parece. Agora eu estou indo dormir. Tchau. — Aarya, você está esgotando o meu autocontrole com esse atrevimento. Pare ou vou entrar em um carro e ir buscá-la agora mesmo. A resposta de Adonis me fez estremecer. Eu sentia o perigo naquelas palavras. Por que eu estava excitada? Corpo estúpido e traidor me fazendo sentir coisas que eu não deveria estar sentindo. — Ok, me desculpe. Estou cansada. — respondi, com cuidado para não irritá-lo mais. — Bons sonhos, Aarya. Obrigado por entrar em minha vida e, por favor, me envie uma mensagem quando estiver em segurança na sua casa. A resposta de Adonis não deveria deixar meu corpo todo agitado, mas deixou. Minha loba estava ficando louca e com raiva por eu ter deixado Adonis. Parecia que meu próprio corpo estava contra mim. Embora, a sensação de calor que dominou meu corpo depois que li a mensagem de Adonis foi a melhor sensação que eu já tive. Meus olhos se fecharam e deixei o sono tomar conta de mim. — Aarya, acorde. Estamos em casa. — Minha mãe gentilmente me acordou. Esfreguei o sono dos meus olhos e olhei para minha mãe. — Casa? Já? Eu dormi o caminho todo! Meu pai deu uma risadinha. — Você foi nocauteada, não acordou nem quando chegamos ao posto de gasolina. Seu companheiro ligou também, mas como você ainda estava dormindo, mamãe atendeu e disse que você estava desmaiada. Ah! E provavelmente Carter tirou algumas fotos suas. — Uau, não podia acreditar que eu estava tão cansada a ponto de parecer morta... Espere um segundo, papai disse que Carter tirou fotos minhas? Aquele palhaço! Vai usar as fotos para me chantagear. Gemendo, saí do carro e fui procurar Carter. Ele estava conversando com Luke e Sophia, mas parou quando me viu chegando. Ele tinha um sorriso enorme no rosto, o que significava que as fotos que ele tirou de mim com certeza eram horríveis. — Carter, apague essas malditas fotos agora! — Olhei para ele. — Não. Elas são um bom material de chantagem, Risonha. Podem ser úteis. — Carter bagunçou meu cabelo. Franzindo a testa, me virei para Diya e sussurrei: — Você está do meu lado. Exclua essas malditas fotos. Diya sorriu para mim e sussurrou de volta: — Não se preocupe. Conte comigo. Sorrindo triunfante, voltei para o carro de papai para ajudar a trazer tudo para dentro. Luke estava atrás de mim e eu suspirei, — Você sabe que não tem que me seguir em todos os lugares, certo? — Não preciso, mas eu vou. — Luke respondeu. Excelente. Meus últimos dois dias em casa e não terei privacidade alguma. Depois de trazer tudo para dentro, desabei na minha cama e saquei meu telefone. Não sei por quê, mas liguei para Adonis e coloquei o telefone no ouvido. Ele atendeu no primeiro toque. — Você está em casa? — Sua voz profunda causou arrepios na minha espinha. — Sim, acabei de chegar em casa. Papai me disse que você ligou; desculpe, eu estava dormindo. — eu respondi, tentando não gaguejar. — Ah sim. Disseram que você parecia muito cansada. Por que será? Você não dormiu bem na noite passada? — Adonis perguntou. — É claro que dormi bem, — retruquei. — Mesmo? — O tom de Adonis me fez pensar que ele não acreditava em mim. — Sim, por que você está me perguntando? — Eu disse. — Porque, minha pequena companheira, eu sei que você não dormiu bem na noite passada. Eu sei que você está mentindo para mim. — disse Adonis. Eu podia ver o sorriso do outro lado. — Como... como você sabia? — Suspirei. — Eu também tive a pior noite de sono ontem à noite. Eu só relaxei após mandar uma mensagem para você. — Adonis respondeu. — Mas por quê? Não entendo. — Eu estava sem palavras. Como nós dois tínhamos tido uma péssima noite de sono? Não fazia nem um dia que sabíamos que éramos parceiros. — Você realmente não sabe? A razão pela qual eu estava hesitante em deixar você partir é porque meu Lycan e sua loba desejam um ao outro e separá-los só traz dor para nós dois. Sem mencionar que já começou sua transição para uma Lycan. — explicou Adonis. Merda. Agora me sentia uma idiota. Eu fui precipitada ao pensar que Adonis era um parceiro possessivo e que não me queria fora da sua vista. Muito bem, Aarya, sempre tirando conclusões precipitadas. — Eu... eu não tinha ideia. Mas, porque tão cedo? Os lobisomens não mudam somente após o processo de acasalamento? — Eu perguntei. — Lobisomens normais acasalados com Lycans normais, sim. Porém, você não é uma lobisomem normal, e certamente não está acasalada com um Lycan normal. — Adonis deu uma risadinha. Essa risada enviou faíscas por todo o meu corpo. Nunca tinha ouvido um som tão bonito. — Oh. Certo. — eu respondi desajeitadamente. — Eu tinha desistido de encontrar você. Eu tinha aceitado meu destino de acasalar com outra Lycan para agradar ao conselho. Vê-la ontem reacendeu meu coração adormecido. — disse Adonis suavemente. Eu engasguei e respondi: — Adonis... — Não. Não diga nada. Eu só quero adormecer com a sua respiração; me faz sentir como se você estivesse bem ao meu lado. — Adonis lentamente adormeceu. Esperei algum tempo antes de dizer gentilmente: — Boa noite, Adonis. — E então desliguei. Meu telefone caiu das minhas mãos e eu suspirei. Adonis estava fazendo coisas malucas comigo, fazendo-me sentir coisas que nunca havia sentido antes, e eu não tinha certeza do que fazer. Em vez de querer escapar de Adonis, descobri que queria ficar junto dele e esse pensamento me apavorou... Capítulo 12 Os próximos dois dias aconteceram mais rápido do que o esperado. Eu me vi afundada até o pescoço em meio às caixas da mudança. Sem falar que ele me ligou todos os dias, e eu realmente estava ansiosa para receber minhas ligações. Ele me perguntou como foi fazer as malas e eu respondi — chato, — e ele me respondeu dizendo que deveria ter ficado em casa com ele. Expliquei a ele que eu queria me despedir de verdade do lugar em que cresci, e ele entendeu. Carter assumiu seu papel de alfa com Diya ao seu lado. Ver os dois juntos às vezes me fazia sentir mal e outras vezes feliz. Eu acho que Carter propositalmente tentava me fazer sentir mal, beijando minha prima na minha frente. Fiel à sua palavra, Luke me seguiu por toda parte. Eu poderia dizer que ele era super cauteloso. Eu, aceitei o fato de que não poderia escapar desta vez, embora sem desistir completamente. Sophia também estava sempre por perto; ela me ajudou a fazer as malas e falou sobre as mudanças que eu enfrentaria. Pareceu muito assustador para ser honesta, mas eu apenas balancei a cabeça e sorri. Houve uma pessoa que começou a me dar arrepios. Hunter. Por alguma razão, toda vez que eu olhava para ele, ele já estava olhando para mim. Eu não sentia mais a dor que costumava sentir, mas me sentia muito desconfortável. Parecia que ele estava me reivindicando, e isso não acabaria nada bem para ele. Não consigo imaginar Adonis me entregando de bom grado para Hunter nunca. Adonis me ligou às 9 da manhã para me dizer que estava a caminho da minha matilha. Essas palavras me fizeram pular da cama e me preparar rapidamente. Saber que esta seria minha última vez no meu quarto me deixou triste. Afinal, meu quarto sempre fora meu santuário e eu não queria deixá-lo para trás. Mamãe colocou a cabeça pela porta e disse: — Tudo embalado? — Não confiei em minha voz, então apenas balancei a cabeça e mamãe suspirou. — Querida, eu sei que você está achando isso difícil, mas este é um novo capítulo para você. Se anime! Esta sempre será sua casa, não importa o que aconteça, você sabe disso. — Oh mãe. Como posso deixar tudo para trás? Isso é tudo que eu já conheci. — Eu desabei no abraço quente de minha mãe. Ela passou as mãos pelo meu cabelo antes de responder: — Aarya, eu sei que criei uma garota forte. Mudar é sempre difícil, mas tenho certeza que você vai superar. Suspirei antes de concordar. — Vou tentar. — Essa é minha garota. — Mamãe sorriu para mim. Passei as duas horas seguintes empacotando o restante das minhas coisas e levando tudo para baixo. Carter e Diya vieram ajudar, embora Carter passasse a maior parte do tempo me irritando. — Risonha, não vá embora. — Carter me deu um sorriso triste. — Não comece porque se não vou chorar. — Eu balancei minha cabeça. — Eu tenho colocado isso no fundo da minha cabeça pensando que tenho muito tempo de sobra com você. Meu deus, vou sentir sua falta, Risonha. — Carter me puxou para um grande abraço, Eu mergulhei em seu abraço e respondi: — Como vou sobreviver sem suas provocações constantes? — Você é muito importante e poderosa para isso agora, — Carter me provocou. Dizer adeus ao meu grupo era muito difícil e lágrimas não paravam de escapar dos meus olhos úmidos. Eu estava enxugando algumas delas quando um carro parou. Adonis saiu e imediatamente as pessoas se curvaram a ele. Seu olhar encontrou o meu, e fiquei hipnotizada enquanto ele caminhava em minha direção. — Companheira, senti sua falta, — Adonis sussurrou, causando arrepios na minha espinha. Eu dei a ele um pequeno sorriso e observei enquanto seu olhar endurecia ao ver meu rosto umedecido. — Lágrimas? Quem fez minha rainha chorar? — Adonis rosnou. As pessoas olharam para o chão preocupadas e eu olhei para o rosto do meu companheiro. Ele estava olhando para todos, tentando descobrir por que eu estava chorando. — Ninguém me fez chorar. Só estou chateada por estar indo embora. — eu disse suavemente. Adonis olhou para mim e suspirou: — Deveria saber. Desculpe a todos, eu exagerei. — Não, você estava apenas preocupado com sua companheira. — Carter respondeu. Adonis acenou com a cabeça e olhou para mim. — Está tudo pronto para irmos? Eu balancei a cabeça e Adonis acenou para os guardas parados atrás dele para levarem minhas coisas embora. Lágrimas ameaçaram cair novamente quando vi todos os meus pertences sendo levados e minha família ali sorrindo com tristeza. Antes de sentarmos no carro, uma voz chamou meu nome. — Aarya. Eu me virei para ver Hunter correndo em minha direção com algo na mão. Se eu ainda tivesse os mesmos sentimentos de antes, nesse momento meu coração aceleraria, mas tudo o que eu sentia era desconforto. — Não quero que vá sem que eu lhe dê seu presente. Toma. — Hunter me deu um colar. Era um colar simples, mas enquanto o segurava em minha mão, não pude evitar de pensar que provavelmente ele estava apostando em algum tipo de direito sobre mim. — Deixe-me colocar em você... — Hunter tirou a corrente da minha mão. — Não, — Adonis e eu dissemos ao mesmo tempo. Eu olhei para Adonis, que parecia que ia destruir Hunter. Merda, espero que ele não tenha descoberto que Hunter foi o único que partiu meu coração. — Obrigado pelo presente, Hunter, mas vou colocá-lo mais tarde. Precisamos ir agora. — expliquei. Hunter concordou, mas não pude deixar de notar o olhar derrotado em seu rosto. Avistei Carter, que estava de olho em Hunter. Isso só confirmou minhas suspeitas de que Hunter estava realmente agindo de maneira estranha. Não havia sinal de Lana em lugar nenhum, o que também era estranho. Adonis ainda estava olhando para Hunter quando tomei a iniciativa. — Vamos, Adonis, precisamos ir, — eu disse, puxando Adonis de seu transe alimentado pela raiva contra Hunter. Ele acenou para mim e eu me virei para minha família e sorri tristemente. — Amo todos vocês e sentirei muita falta de todos. — disse eu. — Nós também te amamos, Aarya. — respondeu meu pai. Adonis e eu entramos no carro e acenei tristemente antes de deixar minha família e meu bando. O único lugar que conheci como meu lar por todos esses anos. A primeira hora da viagem foi silenciosa; eu ouvia música enquanto Adonis dirigia. Duas horas depois paramos em um posto para ir ao banheiro e encontrei Sophia na fila da comida. Quando pegamos a estrada novamente, lembrei que Adonis não havia comido nada enquanto eu comia meu sanduíche. Em seguida, debati comigo mesmo se eu deveria ou não lhe oferecer um pedaço do meu sanduíche. Minha loba, é claro, estava dizendo para dar-lhe toda a minha comida, o que era um pouco demais. Afinal, uma garota também precisa comer. No final do debate, decidi por dividir meu sanduíche com ele, mas quando o ofereci a Adonis, ele me disse que não podia comer e dirigir. Que besteira, eu sempre comia e dirigia. Mesmo assim, senti uma certa necessidade de alimentar Adonis. Portanto, fiz a única coisa lógica possível. Eu levei o sanduíche até a boca dele. Acho que ele ficou chocado quando minha mão de repente passou na frente de seu rosto, segurando um sanduíche. Ele olhou para mim confuso, e eu olhei de volta para o sanduíche e disse: — Coma. — Ele balançou a cabeça lentamente e, concentrado na estrada, deu uma mordida no sanduíche. Estremeci. Honestamente, meu corpo iria reagir assim toda vez que Adonis fizesse algo? Eu não tinha certeza se conseguiria lidar com isso. Adonis continuou a morder o sanduíche e, quando ele terminou, eu percebi que ele estava satisfeito. Então comi a outra metade. Ficamos em silêncio por um tempo antes de eu dizer: — Não sei se você sabe, mas eu estava estudando para ser uma médica da matilha. Adonis olhou para mim e depois de volta para a estrada. — Sim, estou sabendo. Claro que ele sabia. Por que não fiquei chocada. Obviamente, ele fez algum tipo de pesquisa prévia sobre mim. — Bem, gostaria de me formar e trabalhar como médica. — Eu olhei para ver sua reação. — Claro, não vejo nenhum problema. — A resposta de Adonis me chocou. — Você... você está bem com isso? — Eu perguntei. — Sim, por que não estaria? — Adonis olhou para mim. — Eu pensei que ficaria ocupada com os deveres de rainha o dia todo, ou que não poderia porque eu seria uma rainha. — eu admiti. — Não há nenhuma razão para que você não possa ser médica e rainha. Você obviamente tem um talento e é apaixonada pela profissão de médica da matilha. Isso são coisas preciosas e eu nunca as tiraria de você. — Adonis sorriu quando viu minha reação. — Tenha um pouco de fé em mim, pequena. Não sou tão ruim quanto você pensa. — brincou Adonis. Com a voz embargada, apenas balancei a cabeça. Quem diria que Adonis concordaria tão facilmente? Eu planejei em minha cabeça os outros passos que eu daria após a negativa porque eu tinha certeza que ele discordaria, mas ele provou que eu estava errada. Foi nesse momento que bocejei e Adonis deu uma risadinha. Isso fez subir novas faíscas pela minha espinha. Sua risada me deixou toda confusa por dentro. — Acho que você não gosta de acordar cedo. — Adonis sorriu. Eu balancei minha cabeça e Adonis disse: — Durma, pequenina. Não precisou dizer duas vezes, meus olhos começaram a fechar quando eu relaxei, e as últimas palavras que ouvi antes de cair em um sono profundo foram: — Em breve estaremos em casa. Capítulo 13 Quando acordei, percebi que não estava mais no carro. Esfreguei meus olhos e olhei em volta do ambiente desconhecido. Ficou claro que eu estava em uma sala, provavelmente de Adonis, por seu cheiro forte estar em todos os lugares. Sentei-me e olhei em volta, mas ele não estava por ali. Meus pertences foram carregados até o quarto; eles estavam espalhados por toda a sala. Aproveitei para admirar o quarto. A cama era enorme, provavelmente uma king-size. Uma TV grande na parede e dois sofás perto das enormes janelas. Além de uma varanda. O esquema de cores era todo cinza e preto. Por mais que eu amasse o quarto, parecia que ele me dizia o quão ocupado Adonis estava. Todos os controles remotos de TV estavam sujos, como se ele não os pegasse há anos. Adonis deve trabalhar muito e tem pouco tempo para ficar no quarto, o que me fez admirá-lo muito mais. Por alguma razão, senti que era meu dever garantir que Adonis descansasse, porque ele claramente precisava. As palavras de Sophia na noite do baile vieram à tona; Adonis estava lidando com muita coisa porque ele não tinha encontrado sua companheira. Agora que eu estava aqui, isso tornaria a vida dele mais fácil? Eu esperava que sim. Saí da cama confortável e abri a porta do quarto. Não havia ninguém no andar, ou ao menos ninguém que eu pudesse ver. Talvez eu devesse ir encontrar Adonis? Minha loba certamente concordou. Acho que seria uma má ideia. Eu deveria ficar no quarto e desfazer as malas. Não há uma razão para eu encontrá-lo. Assim que fechei a porta, olhei para todas as minhas coisas e, em seguida, ao redor da sala. Havia muito espaço, mas o problema que eu tinha era onde deveria guardá-las?? Mexer nas coisas de Adonis para abrir espaço para as minhas parecia errado. Droga, talvez eu precisasse encontrá-lo. Suspirando, caminhei em direção à porta mais uma vez quando uma batida soou. Eu sabia que não era Adonias porque minha loba ficaria louca. Deveria ser algum guarda enviado por Adonis. Abri a porta e lá estava Savanah. Ótimo, ótimo. Ela era a última pessoa que eu queria ver, e estava claro por sua expressão facial que eu era a última pessoa que ela queria ver também. — Posso ajudar? — Eu perguntei. — Onde está Dimitri? — ela respondeu. — Por quê? — Eu questionei, não gostando do fato de ela querer ver Adonis. — Olha, você precisa aprender a cuidar da sua vida. Primeiro você me envergonha na frente de todas aquelas pessoas, e agora você está enfiando o nariz onde não é chamada. — cuspiu Savanah. — Oh, eu sinto muito, como se eu quisesse encontrar meu companheiro que por acaso era seu par. Supera e, se quiser falar com Adonis, encontre-o você mesma. É claro que tudo o que você quiser falar com ele não é da minha conta, de qualquer maneira. — Eu encolhi meus ombros. — Uau, você é tão patética e infantil. — Savanah suspirou. — Foda-se. E não quero ver você aqui. — Eu olhei para ela e estava prestes a fechar a porta quando a atmosfera mudou de repente. Tudo tornou-se mais elétrico e apenas uma pessoa que poderia fazer isso. — Adonis. Meu olhar encontrou o dele enquanto ele subia as escadas em minha direção. Engoli um nó na garganta. Ele era muito gostoso. Droga, não, Aarya. Você não deveria ter esses pensamentos perigosos. — O que está acontecendo aqui? — Adonis perguntou. Eu assisti enquanto Savanah arrumava seu cabelo e ajeitava seus seios. Essa garota era uma sem vergonha. Eu olhei para Adonis. — Você e sua namorada que resolvam suas merdas. Não tenho tempo para isso. Sem esperar por uma resposta, bati a porta e me inclinei contra ela. Eu havia acabado de chegar e já estava dentro de uma novela. O que eu deveria ter feito era sentar na cama e esperar que Adonis entrasse, mas em vez disso coloquei o ouvido junto à porta. Adonis soltou um grande suspiro e ouvi Savanah tentar falar, mas Adonis a interrompeu. — Este andar é destinado apenas para mim e minha companheira. Você sabe que não deveria estar aqui. Tudo o que você fez foi me causar mais problemas. A culpa começou a corroer meu coração. Fui muito cruel com ele? Sim, ele não estava impressionado com Savanah e queria sair dessa situação. Agora, se eu estivesse na plenitude das minhas faculdades mentais, teria deixado os dois lidarem com o que quer que fosse. No entanto, eu não estava com os meus sentidos certos porque não fiz nada disso. Em vez disso, abri a porta, pegando os dois de surpresa. Enquanto Adonis parecia aliviado ao me ver, Savanah parecia lívida. Esta cadela precisava aprender seu lugar. — Na verdade, retiro o que disse. Preciso de Adonis e, como ele é meu companheiro, tenho prioridade máxima. Você deve marcar um horário, embora eu não possa garantir que ele a receberá. Ele é um homem muito ocupado. Agora tchau, tenho certeza de que você se lembra do caminho da saída. Sorri docemente para Savanah antes de pegar a mão de Adonis e trazê-lo de volta para dentro do quarto. Eu a ouvi murmurar — vadia — antes de sair. Talvez agora ela tenha entendido. Adonis tinha um sorriso enorme no rosto enquanto olhava para mim. — Não se iluda, ela estava me irritando e eu realmente preciso de você para alguma coisa, — eu disse a ele. Seu sorriso estúpido não foi embora; tornou-se maior. Isso fez todo o seu rosto se iluminar e seus olhos brilharem de alegria. Uau, ele estava tão sexy... Não! Balancei minha cabeça para limpar esses pensamentos. Maldito Adonis e seu sorriso sedutor. O que diabos ele estava fazendo comigo? Minha loba enlouquecia quando via Adonis sorrir daquele jeito. Ele olhou para mim e disse: — Você acabou de me reivindicar como seu, meu amor. Eu e meu Lycan estamos muito felizes. Suas palavras me fizeram engasgar. Eu realmente? Puta merda! Eu fiz! Reclamei Adonis como meu companheiro. Sem perceber. Virei-me para Adonis e perguntei: — E você? Ele sorriu para mim e agarrou minha mão me puxando para mais perto dele. Meu coração disparou. — Eu te reivindiquei na primeira vez que te Conheci? Lembra? — ele sussurrou em meu ouvido. Fiquei sem voz, então apenas balancei a cabeça. Adonis ergueu meu queixo para que eu olhasse em seus olhos. — Se você quiser, pequena, eu reivindico você na frente do mundo inteiro. Então todos saberiam que você é minha. — disse Adonis. Eu engasguei com a sincera volúpia com que ele me olhava. Era tudo verdade; não era difícil dizer. As paredes que eu havia construído estavam desmoronando lentamente e não havia nada que eu pudesse fazer para impedir. Adonis me deixava em transe, um transe do qual eu não queria sair. Capítulo 14 — Bem, você me chamou aqui por um motivo, então deixe-me ajudá- la a desfazer as malas — disse Adonis, sorrindo para mim. — O que? — Minha mente estava confusa. — Desfazer as malas? A menos que você tenha decidido que não precisava da minha ajuda... Então eu vou embora. — Adonis encolheu os ombros. — Espera! Eu preciso de sua ajuda para guardar as coisas mais pesadas. — eu divaguei. Desde quando eu divago? Ah, certo, desde que descobri que Adonis era meu companheiro. Adonis apenas ficou lá e sorriu. — Primeiro você me reivindica como seu companheiro, e agora você me chama de forte. Melhor dia de todos. — Eu não chamei você de forte! — Minhas bochechas estavam quentes. — Talvez não diretamente, mas você deixou subentendido. — Ele sorriu. Revirei os olhos e apontei para as caixas. — Certo, vamos desempacotar tudo então, — disse Adonis. Levamos cerca de meia hora para desempacotar todas as minhas coisas. Obviamente, Adonis não tinha permissão para desempacotar minhas roupas ou roupas íntimas, para sua desolação. Homens, como têm a mente limitada. Assim que desfizemos as malas, Adonis me levou para baixo, onde Gabe e Lexi estavam. — Uau, não achei que veríamos vocês dois hoje. — Gabe piscou. — Como se você e Lexi não tiveram um encontro ruim quando se conheceram. Na verdade, se bem me lembro, vocês dois ficaram três dias sem sair do quarto. — respondeu Adonis. Lexi corou e Gabe empurrou Adonis. — Ok, chega. O que devemos fazer agora? — Lexi perguntou. — Que tal um tour? Eu realmente não sei de nada deste lugar enorme. — sugeri. Os olhos de Lexi brilharam. — É uma ideia tão boa! Claro que você não conhece nada! Vamos, pessoal. Ok, Aarya, este é o momento em que você pode procurar pontos a serem usados em uma fuga. Lembre-se de anotar, são informações úteis. Eu não prestei muita atenção no que Lexi falava enquanto ela me levava no tour. Os homens vinham logo atrás. Notei que todas as saídas eram vigiadas. Adonis era realmente muito rígido sobre quem entra e quem sai. Por algum motivo, a ideia de não poder ir embora não me entristeceu. O pensamento de ir embora também me causava tristeza. Somente algumas horas na presença de Adonis e eu estava me sentindo assim? O vínculo de companheiro era realmente algo muito poderoso. Lexi me mostrou onde ficava a cozinha e, quando entramos, muitas pessoas saíram. Todas elas pararam e se curvaram para mim. Que chatice? Eu não queria ser reverenciada, me sentia estranha. Lexi percebeu meu desconforto e me puxou à frente dos meninos para sussurrar: — Eu sei que você não está acostumada com as pessoas se curvando a você, mas é a maneira deles de mostrarem que te respeitam. Aarya, essas pessoas oraram muito para que você chegasse e ajudasse seu rei. Suas palavras grudaram em mim. Adonis ficou sozinho por muito tempo; seu povo também deve ter perdido a esperança. Acho que Adonis me encontrar foi a melhor coisa para ele e seu povo. Uau, eu estava amolecendo, mas não estava brava com isso. Assim que o passeio terminou, Adonis e eu nos despedimos. Adonis me disse que me encontraria no andar de cima após pedir comida para nós. Eu abracei Lexi antes de voltar para o quarto. O perfume celestial de Adonis permaneceu no ar, e eu aspirei-o profundamente. Aquele cheiro me aqueceu; uma sensação incrível. O colar de Hunter chamou minha atenção e eu fui até ele. Se ao menos ele tivesse me dado antes, pensei enquanto corria minhas mãos sobre o colar. Se ele tivesse retribuído meus sentimentos antes, eu não estaria nessa confusão. No entanto, algo dentro de mim me disse que Hunter nunca foi meu, ele nunca iria me fazer plenamente feliz. Suspirando, peguei o colar para jogar no lixo. Por mais que eu não quisesse, era o melhor a fazer. Aqui eu não precisava de lembranças do passado. Antes que eu pudesse jogá-lo na lixeira, Adonis entrou e seu olhar imediatamente se encerrou no colar. — Por que você está segurando essa coisa? — ele perguntou, fechando a porta. — Bem, eu estava... — Eu não tive a chance de responder quando Adonis se aproximou ainda mais de mim, seu peito arqueando. — Qual o problema com este colar? — Sua voz profunda me deixou arrepiada. — Nenhum problema. Na verdade, eu ia... — Mais uma vez, minha frase ficou incompleta quando olhei nos olhos de Adonis. Seus impressionantes olhos castanhos estavam ficando pretos. Eu sabia o que aquilo significava. Seu Lycan estava assumindo o controle. Meu coração batia cada vez mais rápido, mas não de nervosismo, de excitação. Culpa da minha loba. — Diga-me a verdade. Eu vi o jeito que aquele garoto olhou para você, — Adonis cuspiu. Oh merda, não me diga que ele descobriu que Hunter é quem partiu meu coração. Minha boca se abriu, pronta para contar uma mentira, mas um aviso nos olhos de Adonis a fechou bem rápido. Sentime compelida a lhe contar a verdade. — Sim, Hunter é quem partiu meu coração. Mas agora tudo o que ele faz é me deixar desconfortável. Eu odeio estar na presença dele. Este colar estava apenas em minhas mãos porque eu iria jogá-lo no lixo. — expliquei. Soltei o colar e ele caiu na lixeira. Sem perder um segundo, Adonis me pegou e me colocou em cima da cômoda. Ele enterrou o rosto no meu peito, fazendo-me engasgar. O desejo de passar as mãos pelo cabelo dele aumentava consideravelmente. Sozinhas, minhas mãos encontraram o cabelo macio de Adonis. Ele soltou um gemido. Puxa, por que ele era tão sexy? Esse som fez meu corpo enrijecer e eu juntei minhas coxas. Adonis não podia sentir o cheiro do meu desejo, embora estivesse tentando escondê-lo. Os lábios de Adonis caminharam pelo meu rosto até pararem no meu pescoço me fazendo fechar os olhos, saboreando aqueles lábios úmidos. Engasguei quando o senti beliscar meu pescoço. — Se você pensar em fugir, eu vou te encontrar, e quando o fizer, vou te mostrar porque as pessoas têm pesadelos comigo. — Adonis sussurrou em meu ouvido. Ele saiu da sala me deixando nervosa e extremamente excitada.... Capítulo 15 Meu cérebro ainda estava processando o que acabara de acontecer, quando a porta se abriu. Meus olhos se arregalaram quando vi Adonis vindo em minha direção. O que ele vai fazer agora? — Pensando bem, não vou dar a você a chance de me deixar. — afirmou. Antes que eu pudesse responder, Adonis me beijou! Seus lábios quentes pressionaram os meus e enviaram uma descarga elétrica por todo o meu corpo. Puta merda, por que ele tem lábios incríveis? Meus pensamentos foram consumidos pelo beijo e pelos lábios quentes de Adonis. Por favor, não deixe este momento acabar. Quero beijar esses lábios até o fim dos meus dias. Uma batida na porta nos separou. Tive vontade de gritar! Maldito seja quem está do outro lado. Uma criada nervosa entrou e colocou a bandeja de comida na mesa antes de se retirar rapidamente. Pobre mulher, não precisava ser um gênio para saber que algo estava acontecendo antes que ela entrasse. Que vergonha! Ela provavelmente pensa que somos dois pervertidos. Ao contrário de mim, Adonis tinha um sorriso malicioso no rosto. Eu queria dar um soco naquele sorriso maroto, ou eu queria beijá-lo? Um beijo e estou agindo assim. Ótimo. — Gostou? — ele perguntou. — Sim... quero dizer, não. — Eu balancei minha cabeça. — Você sabe que é injusto para você me distrair com seus lábios pecaminosos e deliciosos, — reclamei. — Mesmo? Era eu quem deveria dizer isso. Seus lábios inchados deixam você ainda mais sexy, — Adonis disse, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Eu estremeci com seu toque. — Foi um longo dia hoje; você precisa comer e descansar um pouco. Amanhã começaremos a treinar, — disse Adonis. — Treinamento? Eu? — Fiquei confusa. — Quero que minha rainha seja capaz de se defender e sei que você é mais do que capaz, — explicou Adonis. Minha boca abriu em estado de choque. Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Com um leve sorriso, Adonis fechou minha boca. — Sua falta de fé me entristece, pequena. Mantenha a mente aberta e você não ficará tão chocada da próxima vez. — Adonis deu uma risadinha. Adonis me disse que voltaria mais tarde e me deixou sozinha com meus próprios pensamentos, o que também era um perigo. Bem, agora eu me sentia uma idiota. Eu deveria saber que Adonis era diferente quando ele não demonstrou nenhuma objeção quando disse querer continuar meu treinamento para ser uma médica da matilha. Na minha cabeça, o tratei como um tirano que não deixa sua companheira fazer nada, mas ele estava provando que eu estava errada em todos os aspectos. Esses livros estúpidos de romance, é por isso que eu não deveria lê- los. Uma parte de mim era pura ansiedade com o treinamento. Seria muito diferente do meu treinamento na matilha, já que aqui todos eram Lycans. Eu pulei da cômoda e fui até a bandeja de comida. Tudo cheirava divino! Eu precisava ser a melhor amiga do chef porque a comida era muito boa. Depois do meu delicioso jantar, me preparei para dormir, e foi quando vi a marca do ataque de Adonis no meu pescoço. Na verdade, não me importei nem um pouco; era como se aquela marquinha mostrasse às pessoas que fui pega. A cama chamava meu nome depois de hoje. Obviamente não dormi logo, algo que seria estranho. Passei uma hora no telefone, atualizando-me nas redes sociais e avisando à minha família que eu estava viva. Mas ninguém estava preocupado. Mamãe presumiu que eu passaria um tempo com Adonis e ficou chocada ao ver minha mensagem. O que eu já esperava. Eles provavelmente pensavam que eu faria sexo ou algo assim. Antes eu teria ignorado o sexo por um tempo, mas depois de sentir o gosto daqueles lábios, eu não tinha certeza de quanto tempo eu duraria. Eu cruzaria a ponte quando chegasse a hora. Agora eu precisava dormir. Colocando meu telefone para carregar, deixei meus olhos fecharem e o sono assumir.... Eu sempre acordei com minha mãe gritando meu nome escada acima, ou com meu alarme idiota, alto e irritante. No entanto, esta manhã nada disso aconteceu. Acordei porque senti alguém brincando com meu cabelo. Acanhada, abri meus olhos e vi Adonis deitado e mexendo em meu cabelo. Ele parecia tão relaxado enquanto enrolava meu cabelo com os dedos. Definitivamente, a melhor maneira de acordar de todos os tempos! — Finalmente acordou? — Adonis sorriu. — Eu provavelmente teria dormido mais se você não começasse a brincar com meu cabelo, — eu admiti. — Se eu pudesse, ficaria assim para sempre, mas precisamos nos levantar para treinar. — Adonis suspirou. Enquanto eu me espreguiçava e pegava meu telefone para checar minhas mensagens, Adonis saiu da cama e foi se arrumar. Felizmente para mim e minha sanidade, Adonis estava vestindo roupas. Ele não dormia sem camisa, embora seu peito parecesse que fosse rasgar a camisa quando ele se espreguiçasse. Mandei uma mensagem para Carter, que me disse que não responderia nos próximos dias com um rostinho piscando. Nojento, eu não queria saber disso. No momento em que mexia no meu telefone, Adonis estava pronto. Puxa, ele parecia gostoso, mas eu não deveria ficar olhando. A blusa grudada em seus músculos e o short mostrava um volume impressionante. Não, Aarya! Pare de olhar! Pulei da cama e corri para me arrumar; minha mente estava ficando louca. Eu me preparei em tempo recorde vestindo short e regata. Eu estava com um sutiã esportivo por baixo, mas decidi não sair com ele, pelo meu bem e pelo bem de Adonis. Adonis estava sentado na cama, mas seus olhos travaram nos meus quando eu saí. Ele não disse nada, pegou minha mão e saímos. Por algum motivo, me senti diferente. Olhei para Adonis e percebi que ele tinha sardas nas bochechas, não havia percebido antes. É verdade que eram sinais sutis, mesmo assim. Eu também me sentia mais alta. Eu estava ficando louca? Adonis nos levou além da cozinha e direto para o campo de treinamento. Surpreendentemente, já havia muitas pessoas aqui. Obviamente, eles deveriam amar o treinamento. — Por que me sinto diferente? Minha visão está mais nítida e me sinto mais alta. — Sussurrei para Adonis. — Você vai descobrir, — respondeu ele e saiu com um olhar presunçoso no rosto. O que é que foi isso? Por que ele não pode simplesmente me dar uma resposta direta? Meu olhar encontrou Luke e Sophia. Sophia vai saber! Luke foi até Adonis e eu acenei para Sophia. — Ei, primeira sessão de treinamento com os Lycans! — Ela sorriu. — Sim, mas eu chamei você porque acordei hoje sentindo algumas mudanças estranhas. Por alguma razão, me sinto mais alta e minha visão definitivamente ficou mais nítida. Você acha que estou ficando louca? O que eu esperava de Sophia era que ela me olhasse como se eu estivesse enlouquecendo. No entanto, eu não esperava um grande abraço e que ela abrisse um grande sorriso no rosto. Isso me fez questionar o que raios eu não sabia, que Sophia e Adonis sabiam? — Você é tão engraçada, Aarya! Você está mudando para uma Lycan! É incrível ver seu corpo mudar, divirta-se. — Sophia riu. Ah, merda. Tinha me esquecido dessa parte ou não percebi como aconteceu cedo. Uma pequena parte de mim queria mudar logo. Ser um Lycan parecia tão legal e ter sentidos aguçados definitivamente seria ótimo... Meu olhar encontrou Adonis, que estava conversando com Luke. Agora eu entendia o olhar presunçoso em seu rosto. Obviamente ele não me contaria, porque para ele é mais divertido me ver descobrir sozinha. Meu olhar baixou para os lábios de Adonis. Urgh, eu queria tanto beijá-los. Uma pequena amostra deles e fiquei viciada. Meus pensamentos foram interrompidos pelo anúncio de Adonis de que o treinamento iria começar. Eu não tinha ideia para onde ir ou o que fazer, mas desta vez Adonis me chamou. Eu ouvi ele e Luke explicando como o treinamento de hoje iria progredir. Primeiro, Adonis e Luke iriam demonstrar uma técnica e então teríamos que praticar esse movimento. Então, nos separaríamos em grupos, para que aqueles que não haviam treinado antes (eu) pudessem aprender desde o início. Não parecia tão ruim até que eu soube que seria um dia de treinamento de quatro horas com pequenos intervalos entre eles. De repente, eu queria voltar para a minha cama, mas estava presa aqui. Sophia ficou ao meu lado enquanto Adonis e Luke mostravam a técnica. Eu me encontrei em transe, meus olhos focados em Adonis e apenas nele. Ele fez o treino parecer tão sexy que eu simplesmente não consegui desviar meu olhar. Eu só percebi o tempo que fiquei olhando quando Adonis fechou minha boca e me disse: — Você estava babando. Seus lábios se curvaram em um sorriso sexy enquanto ele se afastava de mim. Ele fez isso de propósito! Treinou bem na minha frente para ver minha reação. Bem, nós dois podemos jogar esse jogo, Adonis. É melhor se cuidar. Capítulo 16 Pensamentos sobre como eu poderia me vingar de Adonis sobrevoavam minha cabeça. Encontrar uma resposta foi muito mais difícil do que eu pensava porque ele não tirava os olhos de mim. Felizmente Sophia estava perto; a ajuda dela seria valiosa. Acenei para ela e ela veio com um sorriso enorme no rosto. — Ei, amiga. Ainda não creio que você está aqui, e posso vê-la sempre que quiser! — Ela sorriu. — Você é louca, mas eu ainda te amo. Enfim, chamei você aqui porque preciso da sua ajuda. Adonis estava treinando de propósito... — comecei a dizer. — Intencionalmente treinando de uma forma que te fez sentir quente e ter esse desejo por ele? — Completou instintivamente Sophia. Meu queixo caiu pela segunda vez, e Sophia riu antes de fechá-lo. — Não se esqueça que eu também tenho um companheiro e todos os homens são iguais. Eles querem obter uma reação nossa. — Ela revirou os olhos. — Como você se vingou de Luke? — Eu perguntei, desesperada por alguma ideia. — Simples, sem sexo por dois dias. Claro, depois disso, Luke nunca mais repetiu a provocação. Privar um Lycan de sexo com seu parceiro e eles farão absolutamente qualquer coisa para mudar isso. Sexo com companheiros é algo sem o qual os Lycan não podem viver, — explicou Sophia. — Hum... isso é bom saber, eu acho. Mas eu não fiz sexo com Adonis ainda, então isso não me ajuda em nada. — Suspirei. — O quê? — Sophia gritou. Eu olhei para ela em estado de choque, ela baixou a voz antes de responder: — Você ainda não fez sexo com o rei? Como isso é possível? — Hum... porque nós dois não estamos prontos? — Eu olhei para ela confusa. — Oh, por favor, Aarya. Nós duas sabemos que ele está mais que pronto. Você é o problema aqui. — Sophia ergueu as sobrancelhas. Por que me senti atacada? Sophia estava tentando me dizer algo? — Como chegamos a esse assunto? Não estou pronta para dar o próximo passo em nosso relacionamento. Mas ainda não tenho como me vingar dele. — Fiz beicinho. — Anime-se, talvez você possa provocá-lo com a ideia de sexo, — sugeriu Sophia. Isso parecia uma boa ideia até que olhei para Adonis e meus olhos viajaram até seus lábios sensuais. Sim, tenho a sensação de que seria para mim mais torturante provocá-lo. — Você vai pensar em algo — Sophia sorriu. Adonis fez com que todos nós praticássemos o movimento que ele demonstrou tantas vezes. Fiz dupla com Sophia, o que foi bom para mim. O problema é que senti o olhar de Adonis em mim o tempo todo. Eu queria tanto me virar e olhar seus olhos cativantes, mas não queria dar a ele essa satisfação. Assim que Adonis ficou feliz com a sessão de treinos, ele anunciou: — Bom, agora quero que todos os Lycans avançados vão e peguem aqueles dardos e lanças ali. Os outros Lycans, devem se sentar. — Ótimo, nosso rei nos ensina do jeito antigo. Por que não podemos simplesmente usar armas como outras matilhas? — reclamou um Lycan. Adonis soltou um rosnado baixo, o que fez todos congelarem no meio do caminho. Os cabelos da minha nuca se arrepiaram enquanto eu observava Adonis caminhar até o Lycan. Luke e Sophia olharam para mim preocupados. Eles temiam que Adonis perdesse a paciência. — E se suas armas ficarem sem balas? Você não quer aprender outra opção de luta por precaução? Você esquece que seu rei é velho, então aprender técnicas antigas é essencial. Eu treino meu povo para ter Lycans fortes também — sendo fortes em sua forma humana. Uma arma é inútil quando está sem balas. Não subestime meu treinamento. Sua punição é correr por este campo trinta vezes. Sem parar. — Adonis endireitou o Lycan macho. Luke e Sophia soltaram um suspiro de alívio quando Adonis desviou o olhar do Lycan e se afastou. O Lycan macho suspirou e começou a dar voltas pelo campo. Da próxima vez, ele pensaria duas vezes antes de dizer algo tão estúpido. Adonis olhou para mim e vi seus ombros relaxarem. Uau, eu não sabia que eu podia ajudá-lo. Isso me fez sentir quente por dentro. Depois desse fiasco, Adonis disse: — Iniciantes, por favor, sentem-se e observem os outros. Eu não quero que vocês machuquem a si mesmos nem a qualquer outra pessoa. Eu juro que ele olhou para mim quando disse isso. Ele pensa que sou tão estúpida? Tanto faz, pelo menos eu posso sentar e assistir Adonis lançar uma lança. Os músculos do braço dele em exibição. O que estou dizendo? Sai dessa, Aarya. Suspirando, eu estava prestes a me sentar em alguns dos lugares quando senti uma brisa sob minha blusa. Como isso? Eu olhei para baixo e vi que minha blusa estava levantada. Quando olhei para o lado, quase ri. Algum idiota estava segurando sua lança do lado errado e a ponta afiada conseguiu passar por baixo da minha blusa. Sério, esse cara estava pedindo para morrer. Se Adonis descobrisse, claro. Além disso, não posso morrer hoje porque ainda preciso pensar em uma maneira de me vingar de Adonis. Eu estava prestes a dar um tapinha no ombro do idiota quando ele começou a se afastar. Ah Merda! Minha blusa começou a rasgar e eu assisti com horror. Agora havia um grande rasgo na lateral da minha blusa. Filho da puta, este idiota precisava ser chutado nas bolas em qualquer lugar para ver se criava bom senso. Ninguém disse a ele como segurar uma lança? Não sou uma especialista, mas tenho quase certeza de que não se deve manter a ponta da lança longe. Meu olhar imediatamente foi para Adonis, que estava conversando com Luke. Graças a Deus, ele não viu isso. De repente, uma ideia surgiu na minha cabeça e eu sorri. A vingança é doce, Adonis. Sem que ele me visse, sentei-me em uma cadeira e me virei de forma que o único lado visível fosse o lado bom, que não estava rasgado. Comecei uma conversa com as pessoas ao meu redor, dando a impressão que eu estava assim para falar com as pessoas. Felizmente, todos foram super amáveis e me trataram como uma pessoa normal, não como uma rainha. Eles foram todos respeitosos, não perguntaram sobre meu relacionamento com Adonis, mas sim sobre minha vida anterior. Adonis e os outros continuaram lançando suas lanças enquanto eu conversava e olhava para ver se Adonis estava olhando para mim. Infelizmente, isso significava que eu não podia olhar para os músculos impressionantes dos braços de Adonis, o que era uma decepção, mas não importa. Eu teria outras oportunidades. — Ok, agora é a sua vez. Junte-se a um dos Lycans avançados. Eu estarei supervisionando, — Adonis me tirou da conversa. Sophia acenou para mim e eu corri. Sua boca abriu quando viu meu top. — Quem fez isso? — ela perguntou. — Um idiota, — respondi. — Precisamos colocar outro top em você antes que Dimitri veja e se transforme, — Sophia disse, seus olhos arregalados. — Bem, a questão é que eu não vou fazer isso. Eu tenho um sutiã esportivo por baixo de qualquer maneira. Não é um problema. — Encolhi meus ombros. A julgar pela reação de Sophia, claramente era. Eu não sou estúpida; eu sabia que Adonis reagiria ferozmente, e era isso que eu queria. Sem me importar, rasguei o resto da camisa e joguei fora. Os olhos de Sophia se arregalaram ainda mais e ela olhou em volta freneticamente. — Acalme-se e me ajude. — Eu revirei meus olhos. Ela olhou para mim e suspirou: — Você vai deixá-lo louco. — O que posso fazer? É hereditário, — eu sorri. Sophia me ajudou a segurar a lança e, após algumas tentativas, eu já havia dominado a técnica. Depois que eu joguei minha lança, um arrepio desceu pela minha espinha e um rosnado foi ouvido. — Que porra você está vestindo? — A voz profunda de Adonis me fez estremecer. Sophia me olhou preocupada e se afastou. Merda, Adonis era tão assustador? Eu me virei para vê-lo me encarando. Seus olhos enegrecendo, ele estava lutando para se manter no controle. — Minha blusa rasgou. — Apontei para minha camisa rasgada. — Então, você decide treinar assim? — ele perguntou, ofegante. — Sim, não é como se eu estivesse nua, ok. Eu estou usando um sutiã esportivo. — Eu revirei meus olhos. — Você está quase nua, — ele murmurou baixinho. — Ok, você está exagerando. Por favor, saia e me deixe treinar. — Eu sorri docemente. Adonis rosnou novamente, e eu vi todos darem alguns passos para trás. Seu olhar sedutor no meu corpo me fez sentir algo forte. Tesão. Acho que Adonis sentiu o cheiro porque tirou a camisa e me vestiu com ela. Puta merda, ter um corpo como o dele deveria ser crime. Desta vez, tinha certeza de que meus olhos estavam muito arregalados. Sem perder um segundo, Adonis me pegou e me jogou por cima do ombro. — O treinamento foi cancelado, — gritou Adonis enquanto se afastava comigo. — O que você pensa que está fazendo? Ponha-me no chão agora mesmo! Não sou uma boneca, — gritei. Em vez de uma resposta, recebi um tapa na bunda. — Que porra é essa? — Eu rosnei. — Continue falando, pequena, e eu vou continuar batendo em sua bunda até que esteja bem vermelha com a impressão da minha mão nela, — Adonis rosnou. Bem, isso me fez calar a boca. De jeito nenhum eu queria que ele continuasse batendo na minha bunda. Embora a ideia não tenha me incomodado tanto quanto eu pensei que incomodaria. É, eu estava mudando. Meu olhar desceu até a bunda de Adonis. Eita, ele tem uma bela bunda. Ave, pare de pensar na bunda do Adonis! Isso não era nada bom. Adonis passou por todos enquanto subia as escadas. O que ele vai fazer? Eu reconheci o andar e seu quarto. Adonis não me colocou no chão com delicadeza, mas me jogou na cama. Minha boca se abriu para gritar com ele, mas fechei quando vi seus olhos. Eles estavam gritando de desejo. — Quase perdi o controle lá fora e não foi de raiva. Você quase me fez perder o controle depois de sentir o cheiro do seu desejo. — Adonis passou as mãos pelos cabelos. Caramba, que gostoso. Meu corpo inteiro formigou depois de ouvi-lo admitir isso. Seus olhos escureceram ainda mais, e seu olhar de frustração foi substituído por um olhar determinado. — Agora que senti o cheiro do seu desejo, quero mais. Desta vez, quero provar o gosto. — Ele sorriu. Engoli em seco. Com a sensação de que uma mordida não seria o bastante. Capítulo 17 — P... Provar, — eu consegui soltar. O sorriso de Adonis ficou maior. — Sim, provar. Todo o seu corpo está me chamando, pequena. Engoli o nó na garganta quando Adonis se aproximou de mim. É claro que meu primeiro instinto foi tentar me afastar de Adonis. Seus olhos cerraram por uma fração de segundo antes de mudarem. De repente, me senti como uma presa de Adonis, o predador. Ele olhou para mim como se quisesse me devorar. Antes que eu pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, Adonis agarrou meus tornozelos e me puxou para ele, fazendo-me gritar. — Não há nenhum lugar onde você possa se esconder de mim. Senti o cheiro do seu desejo e agora estou desesperado para saboreá-lo. — Adonis se inclinou e sussurrou em meu ouvido. Puta merda, este homem vai me matar. Posso imaginar minha lápide, — Morte por desejo, causada por Adonis. Meu processo de pensamento foi interrompido por Adonis, que me deu beijos do meu queixo até o pescoço. Porque aqueles lábios eram tão bons na minha pele? Conforme ele me beijava, meus olhos se fecharam e me vi desejando que ele voltasse aos meus lábios. Sendo o provocador que ele é, Adonis beijou perto dos meus lábios, mas nunca neles. Ou ele não percebeu o efeito que estava causando em mim, ou ele sabia e estava gostando do meu desconforto. Bem, se ele não vai tomar a iniciativa, quem disse que não posso? Gemendo de frustração, abri meus olhos e agarrei a cabeça de Adonis antes de esmagar meus lábios nos dele. Ele rosnou e pressionou seus lábios contra os meus com mais força enquanto se posicionava sobre mim. Nossa, os lábios dele eram incríveis! Puxei a cabeça dele para mais perto da minha e dei um longo e profundo beijo. Se eu morrer depois disso, tudo bem. Pelo menos beijei um cara que me fez nunca mais querer parar de beijá-lo. Adonis pausou o beijo e pousou sua testa contra a minha enquanto nós dois prendíamos a respiração. — Bem, eu não esperava isso, — Adonis finalmente disse. — Por quê? Porque as meninas não podem dar o primeiro passo? — Eu retruquei. — Não, porque pensei que você sentia repulsa por mim, — respondeu Adonis. — Porque você pensaria isso? Definitivamente, não sinto repulsa por você. Eu sinto..., — eu parei. O olhar de Adonis perfurou o meu; era como se ele estivesse procurando por algo. — Sente o quê? — ele expirou. — Sinto delírio, — eu engasguei quando os lábios de Adonis encontraram meu pescoço. — Você tem um gosto tão bom, pequena, — Adonis gemeu contra meu pescoço. Eu não queria gemer, mas Adonis não me ajudava. Seu ataque no meu pescoço parou e seus lábios desceram abaixo no meu peito. Quando aqueles olhos castanhos se conectaram aos meus, juro que parei de respirar. Nunca na minha vida eu tinha visto olhos cheios de volúpia e amor por mim. Adonis olhou para mim antes de se arrastar de volta e sussurrar em meu ouvido: — Respire, pequena. Assim que ele disse essas palavras, soltei um suspiro profundo que eu nem sabia que estava segurando. — O que você está fazendo comigo, Adonis? — Eu perguntei. — Nada se comparado ao que você está fazendo comigo. — Adonis beijou minha orelha. Adonis se sentou e me pegou, então eu estava montada nele. Honestamente, eu não conseguia superar o quão quente Adonis era. — Eu só quero que você saiba que fazer aquele movimento para me beijar foi incrivelmente sexy, — Adonis me disse. — Você gostou? — Eu perguntei. — Eu adorei, pequena. Você provou a si mesma e a mim que é mais confiante do que pensa. Não há nada mais sexy do que ver uma mulher confiante. — Adonis sorriu. — Você sempre sabe as coisas certas a dizer para me deixar louca, — respondi. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, passei meus braços ao redor de seu pescoço e o puxei para perto, apenas para um abraço. Adonis riu e passou os braços em volta da minha cintura. — Não pense que você está livre de mim, pequena. Eu quero meu gosto, — Adonis sussurrou. — Você já não experimentou? — Eu perguntei. — Não o suficiente para saciar minha fome por você. Quero provar a parte mais íntima do seu corpo, — Adonis beijou meu pescoço. — Dimitri? — Uma voz gritou. — Ignore isso, — disse Adonis, encerrando o nosso abraço e passando o dedo pelo meu rosto. Eu estremeci de prazer. — Dimitri? Eu sei que você está aí! Por favor. — aquela voz irritante soou novamente. O desejo que turvou minha mente decidiu clarear uma vez e meu cérebro lento entendeu quem estava na porta. Rosnando, pulei do colo de Adonis e abri a porta para revelar ninguém menos que Savanah. Ela estava prestes a dizer algo, mas seus olhos me percorreram. Eu provavelmente parecia uma visão, com meus lábios inchados, cabelo bagunçado e vestindo a camisa de Adonis. — Sim? Posso ajudar? — Eu perguntei. — Por que você está vestindo a camisa dele? — Savanah cuspiu. Eu revirei meus olhos. — Por que você ainda está aqui? Acho que Adonis já disse que você não é bem-vinda aqui. — O que você quer? — Adonis perguntou, de pé atrás de mim. — Bem, eu queria te perguntar se..., — Savanah parou, seus olhos baixaram. Meus olhos se estreitaram sobre ela, e me virei para ver Adonis parado sem camisa. Esta cadela estava desejando meu companheiro. Rosnando, empurrei Adonis para longe e bati a porta, então agora éramos apenas eu e Savanah. — Você não tem vergonha de desejar meu companheiro, não é? — Eu olhei para ela. — Ele deveria ser meu companheiro, — disse Savanah. — Sim, ele quase foi seu, mas ele me encontrou, e você agora faz parte do passado. Este é o último aviso que você receberá de mim. É melhor você deixar eu e Adonis em paz. Não venha a este andar de novo porque você não é bem-vinda, — eu esbravejei. Sem nem dar a ela uma chance de responder, eu a deixei do lado de fora e voltei para dentro. Adonis estava parado ali com um olhar confuso no rosto. — O quê? Você pode me jogar por cima do ombro quando eu estiver usando um sutiã esportivo, mas não posso ficar com raiva quando sua ex está descaradamente olhando para você? — Revirei meus olhos. — Você fica sexy com raiva. O ciúme combina com você. — Adonis sorriu. — Da próxima vez, coloque uma camisa, — respondi, indo direto para o meu guarda-roupa outra camisa. Assim que me vesti, decidi sair do quarto. Ficar no mesmo ambiente com Adonis não seria uma boa ideia. — Onde você está indo? — Adonis perguntou. — Não sei, para algum lugar, — respondi. — Bem, eu acho que perdemos nosso momento. Vou ter que provar seu gosto outro dia. — Adonis piscou para mim. — Ou nunca, — retruquei. — Nós dois sabemos que logo terei esse prazer. O que eu quero, eu consigo. — Adonis olhou para mim, desafiando-me a desafiá-lo. — Veremos então. — Eu levantei minhas sobrancelhas e saí da sala antes que Adonis pudesse me segurar. O destino estava do meu lado porque, assim que desci as escadas, Lexi estava entrando. — Ei, Lexi, — eu gritei para ela. Ela se virou e me deu um sorriso enorme. — Aarya! Bom te ver! Venha me ajudar na cozinha. Ela avistou Adonis atrás de mim e acrescentou: — Se você não estiver muito ocupada. Eu olhei para Adonis e depois de volta para Lexi. — Não, eu não estou ocupada! Vou te ajudar. Adonis observou com uma cara feia no rosto enquanto eu me afastava com Lexi. Ver o desejo nos olhos de Adonis me fez pensar se brincar com ele acabaria bem para mim.... Capítulo 18 — Então, o que está acontecendo entre vocês dois? — Lexi perguntou assim que estávamos na cozinha. — Não tenho ideia do que você está falando, — respondi. — Uhum, claro que não. É por isso que Dimitri estava carrancudo quando você veio comigo. Vocês dois discutiram? — Lexi questionou. Suspirei. — Não, na verdade estávamos nos divertindo, mas Savanah bateu na porta e estragou tudo. — Para você ou para ele? — Lexi ergueu as sobrancelhas. — Eu, obviamente. Essa garota sempre aparece na hora errada, — reclamei. — Por causa dela, você está descontando sua raiva em Dimitri. — Lexi olhou para mim com um sorriso. — Bem, ela só bateu na nossa porta por causa dele. E ele foi à porta sem camisa, e ela o olhou sem pudor, — eu desabafei. — Ahh, então a coisa toda é porque você está com ciúmes. — Lexi riu. — O que é tão engraçado? Aposto que se a mesma coisa acontecesse com você, você também ficaria com ciúmes. — Eu revirei meus olhos. — Você está certa, mas é bom ver alguém agir assim por Dimitri. Ele precisava de alguém como você. — Lexi sorriu. — Você acha? — Eu perguntei. — Com certeza. Vocês dois se complementam tão bem. É inacreditável o efeito que você teve sobre ele em tão pouco tempo, — disse Lexi. — Hmm... acho que sim. — Pensei no comentário de Lexi. — Todos nós podemos ver a mudança em Dimitri, e eu sei que você foi empurrada para tudo isso de repente, mas eu posso ver uma mudança em você também, — Lexi comentou. — Eu? Qual? — Eu estava curiosa. — Você tem um brilho, como se estivesse em uma bolha de felicidade que ninguém pode estourar. Não é preciso ser um gênio para descobrir quem está fazendo você tão feliz. — Lexi me cutucou. — Você mudou para um Lycan? — Eu perguntei. — Não, mas acho que você está preocupada com a mudança? — Lexi adivinhou. Eu balancei a cabeça e ela suspirou. — A maioria dos lobisomens não luta porque as mudanças não são tão drásticas, nada que eles não possam lidar. No entanto, existem alguns que sofrem porque não conseguem lidar com as mudanças; eles acham demais. Ser acasalada com o rei significa que você terá sentidos aprimorados como os dele, o que pode ser difícil de lidar. Infelizmente, é tudo novo para todos, então não sabemos. Mas com Dimitri ao seu lado, tenho certeza que você ficará bem. Além disso, você não é uma lobisomem fraca. Uau, foi muita informação para assimilar, mas útil. Uma parte de mim estava apavorada com a mudança, mas a outra parte estava animada. Ser uma Lycan significaria que eu teria todos os meus sentidos aprimorados, o que era muito legal. Também significava que eu estaria no mesmo nível de Adonis. — Obrigada, Lexi. — Eu sorri e a abracei. — Disponha! Agora você pode me ajudar a assar alguns biscoitos ou pode ir para o seu companheiro. — Lexi piscou. — Não, eu vou te ajudar a assar biscoitos. Um tempo separado dele vai ser bom para gente, — eu respondi. Lexi riu. — Ele já passou muito tempo longe de você, mas assim você pode levar alguns biscoitos para ele. Tenho certeza que ele adoraria. Revirando os olhos, coloquei todas as minhas preocupações no fundo da minha mente e ajudei Lexi a assar os biscoitos. Honestamente, era bom ter algum tempo das garotas, mas sentia falta de Adonis. Era assim que sempre seria? Essa sensação de estar vazia sem ele? Eu queria perguntar a Lexi, mas decidi não fazer, para ela não pensar que eu estava sendo boba. Talvez eu estivesse sendo boba. Talvez eu estivesse sendo extremamente carente por causa das mudanças as quais meu corpo estava passando. Assim que os biscoitos foram assados, Lexi colocou alguns em um prato e me entregou. — Vá para o seu companheiro agora. — Ela deu uma risadinha. Desta vez eu não disse nada, apenas sorri. Saí da cozinha e olhei ao redor. Onde ele estaria? Seu cheiro viciante encheu minhas narinas e eu sorri. Meus pés se moveram por conta própria, seguindo aquele cheiro. Parei do lado de fora de uma porta, que presumi ser o escritório dele. Em educação, decidi bater, mas nem precisei. A porta se abriu e Adonis estava lá com um olhar tenso no rosto. — Hum... quer biscoitos? — Eu disse, olhando para ele. Sua expressão tensa desapareceu e ele sorriu. — Entre, pequenina. — Adonis saiu do caminho para que eu pudesse entrar. Sorrindo, entrei em seu escritório. Era enorme, além de muito organizado. Adonis tinha arquivos enormes e tudo estava etiquetado. Não havia papéis espalhados por toda parte e estava tudo muito limpo. Este homem sempre me surpreendendo. Adonis se sentou em sua cadeira e ergueu as sobrancelhas. — Você vai ficar de pé o tempo todo? — O quê? Não, eu estava apenas olhando para o seu escritório, — murmurei, sentando e colocando o prato de biscoitos na frente dele. — Você se divertiu com Lexi? — Adonis perguntou enquanto pegava um biscoito do prato. — Sim, foi bom conversar com ela, — respondi. Adonis acenou com a cabeça e deu uma mordida no biscoito. Ele gemeu e disse: — Estes são os melhores. Meu cérebro não conseguia nem formar uma resposta. Eu estava lutando para controlar meu desejo depois de ouvi-lo gemer. Adonis estava totalmente alheio ao meu perigo enquanto devorava todos os biscoitos. Ele fazia o simples ato de comer biscoito em algo quente. Como eu iria sobreviver? Minha mente estúpida me levou para a terra da fantasia, onde imaginei Adonis me deitando em sua mesa e seus lábios viajando cada vez mais para baixo até chegarem ao meu ventre.... — Aarya? — A voz de Adonis me fez pular. — Sim? — Eu perguntei, limpando minha garganta. — Você está bem? Você parece confusa. — Adonis olhou para mim, preocupado. — Eu? Estou bem! — Eu respondi. Adonis não parecia convencido, mas ele balançou a cabeça mesmo assim. Merda, isso não era nada bom. De repente, meu corpo inteiro estava em chamas. Eu me mexi desconfortavelmente em meu assento enquanto Adonis continuava a me olhar estranhamente. O que estava acontecendo comigo? — Hum... eu já volto. — Eu me levantei e corri para fora do escritório. Minhas pernas estavam fracas, mas me forcei a correr em direção ao quarto. Ignorei os olhares preocupados que recebi dos guardas, pois meu foco estava voltando para o meu quarto. Assim que cheguei lá, fui direto para o banheiro e tranquei a porta. Eu estava ofegante e joguei água fria no rosto. Não ajudou. Eu me sentia fraca e não tinha ideia do motivo. Meus joelhos cederam e eu caí no chão. Gemendo, tentei me levantar, mas continuei caindo. Puta merda, isso não era nada bom. De repente, senti vontade de vomitar e, como minhas pernas não queriam funcionar, tive que me arrastar até a privada. Usei todas as minhas forças para rastejar em direção a privada e esvaziar o conteúdo do meu estômago. Achei que me sentiria melhor depois de vomitar, porque pode ter sido algo que comi que estava me deixando enjoada. No entanto, não foi esse o caso. — Aarya? — A voz preocupada de Adonis chegou aos meus ouvidos. Desta vez eu não conseguia nem dizer nada, minha respiração estava ficando mais pesada. — Aarya, me responda. Você está aqui? — Adonis agora estava batendo na porta. Como eu ainda não conseguia formular uma única palavra, meus olhos se fixaram nos frascos de xampu e condicionador que estavam na borda da banheira. Usando toda a minha energia, me movi em direção à banheira e bati nas garrafas, fazendo com que caíssem na banheira e fizessem um barulho alto. — Aviso, estou entrando. — A voz de Adonis parecia frenética. A porta foi arrancada das dobradiças e lá estava Adonis. Ele parecia apavorado e eu me vi querendo confortá-lo. Ele colocou a porta do lado de fora e correu em minha direção, pegando-me com cuidado. — Aarya. Puta merda, o que está acontecendo? Preciso que você se concentre na minha voz e fique acordada. Não se atreva a fechar os olhos, está me ouvindo? — Adonis estava correndo. O calor irradiado por Adonis me deu vontade de fechar os olhos, mas não deixei. Adonis estava correndo tão rápido que seu medo era evidente. De novo, eu só queria abraçá-lo e dizer que tudo ficaria bem, mas não pude. Meu coração se partia pela dor que Adonis estava passando agora. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo comigo, e estava claro que ele também não. — Sai da minha frente, porra, — Adonis rosnou para alguns guardas, que limparam a área rapidamente quando seus olhos me encontraram. Honestamente, eu provavelmente estava um desastre. — Onde está a merda do médico? — Adonis gritou. Ele cuidadosamente me deitou na cama, me fazendo tremer. Eu perdi seu calor. Uma médica entrou correndo e ficou horrorizada quando me viu na cama. Eu parecia tão mal? — O que há de errado com minha companheira? — Adonis rosnou. Ele estava perdendo o controle e a pobre médica parecia muito assustada. Este homem precisava aprender a controlar seu temperamento. Eu levantei meus braços, chamando a atenção da médica, e ela olhou para Adonis antes de dizer: — Eu... acho que a rainha quer que você a segure. — O olhar de Adonis agarrou-se ao meu e suavizou-se. Ele nem esperou antes de me pegar novamente e me abraçar com seu calor. — Vou descobrir o que há de errado, não se preocupe. — A médica parecia determinada. Quando ela começou a me examinar, meus olhos começaram a fechar. Eu tentei o meu melhor para lutar contra, mas era uma batalha que eu estava perdendo. — Não, não, não. Pequena, fica comigo. — Adonis deu um tapinha no meu rosto na tentativa de me manter acordada. Nada estava funcionando; meus olhos estavam fechando. A última coisa que vi foram os olhos castanhos de Adonis cheios de preocupação e ele me dizendo: — Por favor, não me deixe... Capítulo 19 Você já se sentiu como se estivesse em um sonho incrível do qual nunca quer acordar? Sim? Então, você também deve conhecer a dor quando é ser acordada por alguma pessoa estúpida que não tem ideia de como você estava totalmente inebriada em seu sonho. Quer dizer, quem quer ser acordada e confrontada com a dura realidade da vida, onde nada acontece como nos sonhos? Foi o que aconteceu comigo. O bip idiota de alguma máquina, junto com alguém decidindo me cutucar com uma agulha, me acordaram. Não é nada bom. Imagine, meu sonho, que foi incrível, devo acrescentar, foi interrompido por causa disso! Gemendo, pisquei algumas vezes, dando aos meus olhos tempo para se ajustar à luz. Obviamente, eu esperava ver Adonis, mas não foi isso que vi quando abri os olhos. Eu vi uma enfermeira, que cutucou minha mão com uma agulha, mas nenhum sinal de Adonis. A luz forte me fez fechar os olhos novamente, mas os abri logo depois, olhando ao redor da sala. Adonis claramente não estava aqui. Onde ele estava? E porque eu estava achando aquela luz estúpida tão brilhante? — Oh, você está acordada? — A enfermeira parou perto de mim e lançou uma luz em meus olhos. Eu assobiei e a empurrei para longe. — Por favor, não faça isso. — Sinto muito! Deixe-me ir avisar a médica que você está acordada. — A enfermeira saiu correndo. Não demorou muito para que a médica corresse e soltasse um suspiro de alívio ao me ver olhando para ela. Percebi que ela diminuiu as luzes antes de vir em minha direção. O que foi isso? — Vossa Majestade, é um alívio vê-la acordada e bem. — A médica sorriu. — Obrigada, mas você pode me chamar de Aarya? — Eu perguntei. A médica ficou horrorizada e respondeu: — Porque chamaria? Você é minha rainha. — Agora, sou sua paciente. Por favor, me chame de Aarya, — eu implorei. — Ok, só desta vez, — a médica cedeu. — Bom! Qual o seu nome? Devo agradecer a pessoa que me salvou. — Eu sorri. — Jane. — Jane sorriu de volta. — Então, Jane, pode me dizer o que diabos aconteceu comigo? — Eu perguntei. — Bem, parece que seu corpo queria acelerar a sua transformação em Lycan. No entanto, como você não comeu muito, seu corpo não tem energia suficiente para acompanhar as mudanças. Portanto, sem energia nem para ficar de pé, você desmaiou, — explicou Jane. — Então, eu sou uma Lycan agora? — Eu questionei. — Sim, agora você é oficialmente uma Lycan! Você notará algumas mudanças, entre elas a visão aprimorada. — Jane me disse. — É por isso que você diminuiu as luzes. — Agora tudo fazia sentido. — Isso mesmo. Seu corpo pode ficar fraco pelo resto do dia, mas coma corretamente e você ficará bem, Aarya, — disse Jane. — Obrigada! Agora, minha próxima pergunta, onde está meu companheiro? — Eu olhei para Jane, cujo rosto ficou pálido. — O rei? Bem... ele..., — Jane parou. Imediatamente meu coração começou a disparar. Algo aconteceu com Adonis? Eu me endireitei e olhei para Jane. — Aconteceu alguma coisa? — Eu pressionei Jane. Jane parecia em conflito, como se ela não soubesse se deveria me contar ou não. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Lexi entrou e saltou em estado de choque. Ela não sabia que eu estava acordada. — Aarya, você acordou! — Lexi correu. — Sim, agora você pode me dizer onde Adonis está? — Eu não queria perder mais tempo. Lexi suspirou. — Eu deveria saber que seria a primeira coisa que você gostaria de saber. — Se você sabe disso, por favor, me diga, — implorei. — Dimitri, ele não estava com a cabeça no lugar quando você desmaiou. Ele ficou louco de raiva. Chegamos bem a tempo de segurá-lo. Achei que ele fosse atacar essa pobre médica. Ele nem mesmo deu ouvidos à razão. Ninguém poderia dizer nada a ele e seu Lycan... oh, Aarya, o Lycan não estava deixando você ir. Tentamos explicar que você poderia estar morrendo, mas o Lycan dele não queria soltar o seu corpo. Gabe e Evan tiveram que arrastá-lo para longe para que você pudesse ser tratada, — Lexi finalmente me disse. Demorou um pouco para que essas palavras fossem absorvidas. Adonis estava assim só porque eu desmaiei? Ele nem sequer largou meu corpo? Eu não queria pensar na possibilidade de eu não ter sobrevivido, se era assim que ele ficava com um simples desmaio. — Onde ele está? — Eu me virei para Lexi. — Ele está na cela, aquela em que ele teve que ser trancado antes de encontrar você.... — Lexi parou quando me viu levantando. — Aarya, as agulhas, por favor, tome cuidado, — Jane me avisou. Não prestei atenção nela enquanto tirava as agulhas, calçava os sapatos, que estavam ao pé da cama. Felizmente eu ainda estava vestida com minhas roupas. — Eu quero me desculpar por meu companheiro quase matá-la. — Virei para Jane. — Não, não. Não consigo imaginar a dor que ele estava sentindo ao ver você daquele jeito. — Jane abanou a cabeça. Nem eu, Jane, pensei comigo mesma. Depois de tudo que Adonis passou, a última coisa que ele precisava era que isso acontecesse. — Onde você está indo? — Lexi me chamou. — Vou encontrar meu companheiro, — eu disse, saindo do quarto do hospital. Não deveria ser tão difícil, especialmente com meu olfato intensificado. O pensamento de Adonis sendo preso me deu vontade de chorar. Como eu poderia deixá-lo ficar lá enquanto eu estava confortavelmente deitada em uma cama de hospital? Minha cabeça começou a girar quando pensei nas condições terríveis em que Adonis poderia estar. Eu tinha que chegar até ele o mais rápido possível. Como eu deduzi, meu olfato facilitou encontrar o lugar onde Adonis estava. Evan e Gabe estavam parados ao lado, conversando entre si. Normalmente eu não seria capaz de ouvir o que eles diziam, mas agora que era uma Lycan, o que tornava tudo muito mais fácil. — Espero que ela acorde logo, ver Dimitri assim de novo é horrível. — Gabe balançou a cabeça. — Eu concordo, mas vamos mantê-lo trancado até que Aarya melhore. Dimitri nos mataria se soubesse que deixamos Aarya ir e acalmá-la quando ela não estava cem por cento. — Evan suspirou. Adonis tinha muita sorte de ter amigos como Gabe e Evan; eles realmente se preocupavam com o amigo. O olhar de Gabe encontrou o meu e ele e Evan correram até mim. — Aarya, você está bem? — disse Gabe, o alívio em seu rosto era evidente. — Sim, Lexi me contou o que aconteceu. Eu preciso ver Adonis, — eu disse a eles. — Claro, nós nunca te impediriamos. Afinal, você é nossa rainha — provocou Evan. Gabe revirou os olhos, enquanto eu ria. — Você sempre sabe o que dizer. — Eu sorri. É — É um talento que ninguém mais tem. — Gabe bateu de brincadeira no ombro de Evan. — Fico lisonjeado. Mas falando sério, nós dois estamos muito felizes que você esteja bem. Para chegar até Dimitri, desça esta escada, há uma porta à direita; ele está lá, — Evan me disse. — Obrigada. — Eu sorri. Nenhum deles parecia preocupado; em vez disso, eles pareciam renovados. Depois de ouvir a conversa, não fiquei surpresa. Eles queriam Dimitri fora daquela sala, o que só aumentou minhas suspeitas de que era uma sala horrível. Segui as instruções de Evan e parei diante da porta. Meu coração estava disparado, não porque eu estava preocupada que Adonis pudesse me machucar, mas sim porque estava preocupada com as condições em que ele se encontrava. Antes que eu pudesse abrir a porta, um rosnado alto que só poderia ser Adonis me fez pular. Puta merda, isso foi muito mais alto do que eu esperava. Meus ouvidos captaram o som de correntes. Certo, era isso, Aarya. Você precisa tirar Adonis desta sala; sem recuar agora. Sem perder mais um segundo, abri a porta e sufoquei. Olhos negros perfuraram os meus. Porra, aquele não era Adonis.... Capítulo 20 Os olhos negros sem alma me encararam quando respirei fundo e fechei a porta. Na minha frente, Adonis estava parado, acorrentado e respirando pesadamente. Exceto que não era Adonis; seu Lycan estava totalmente no controle. Ter um companheiro zangado é uma coisa, mas ter um companheiro zangado que é um Lycan é algo totalmente diferente. Adonis nunca me machucaria. Eu sabia disso, mas seu Lycan nunca foi apresentado a mim, e isso me assustou. Adonis lutava contra as correntes. O som delas me fez estremecer. Eu não conseguia acreditar quantas eram, mas olhando para Adonis, não era um choque saber o porquê tantas correntes. Eu sabia que tinha que manter a calma e ir devagar. Este não era o Adonis que eu conhecia. — Adonis, — eu disse. Seus olhos se estreitaram quando me aproximei. Imediatamente ele começou a cheirar o ar, e novamente aqueles olhos negros se conectaram aos meus. — Parceira, — o Lycan de Adonis disse, sua voz profunda fazendo meu coração bater ainda mais rápido. Devo dizer mais alguma coisa? Meu cérebro ainda estava se decidindo, mas era muito lento para seu Lycan. Eu pulei para trás em choque quando Adonis se moveu para frente, mas as correntes o puxaram de volta, fazendo com que ele soltasse outro rosnado. — Companheira. Devo chegar à minha companheira. — Adonis estava lutando contra as correntes. Meus olhos encontraram as feridas na pele dele onde as correntes estavam cravadas, fazendo-o sangrar enquanto puxava as correntes com tanta força. — Pare, — eu disse. Eu tinha que fazer alguma coisa; eu não conseguia ver Adonis causando dor a si mesmo. Felizmente ele parou. Ele me olhou em dúvida e eu suspirei. — Por favor, não puxe as correntes. Eu preciso ver Adonis. Ele rosnou de novo, não parecia feliz com o que eu disse, mas tentei novamente. — Por favor, — eu implorei. Sua indecisão chegou ao fim quando ele fechou os olhos e respirou fundo. Desta vez, meus olhos se conectaram com os olhos castanhos de Adonis. O mesmo olhar que julguei que havia perdido. Mesmo que não tivesse passado tanto tempo, eu senti falta daqueles olhos. — Adonis. — Eu sorri. Desta vez, fechei os olhos ao ouvir sua voz familiar responder: — Aarya. Ouvir sua voz me fez dar um suspiro de alívio. Abri meus olhos novamente e o sorriso ficou maior. — Você está bem, — ele suspirou. — Sim, perfeitamente bem. Você saberia disso se não tivesse ficado totalmente maluco com aquela pobre médica. Queria ver seu rosto quando abrisse os olhos, mas, em vez disso, vi o rosto de uma enfermeira. — Eu revirei meus olhos. Adonis olhou para o chão. — Sinto muito, pequena. Quando você desabou em meus braços, meu Lycan não aguentou. Acabamos de encontrar você; não podíamos perder você. — E você não vai, mas você e seu Lycan precisam de algumas aulas de controle da raiva, — eu disse a ele. — Eu faria qualquer coisa por você, mas agora eu só quero sentir você em meus braços novamente. No entanto, isso é um pouco difícil para mim. — Adonis sacudiu as correntes. — Oh, certo. Como faço para tirar isso? — Procurei por uma chave. — No canto, prateleira do meio; as chaves estão lá, — respondeu Adonis. Deixe-me dizer uma coisa, remover todas essas correntes foi um trabalho árduo. Especialmente porque as correntes estavam todas emaranhadas e Adonis estava impaciente. Eu juro que queria prendê-lo de volta nas correntes. Cada vez que eu soltava uma corrente, ele queria me tocar. Eu tive que continuar batendo em suas mãos. Depois que tirei todas as correntes dele, ele não perdeu tempo em me pegar em seus braços. Eu gritei e envolvi minhas pernas em volta de sua cintura. Adonis pousou o rosto no meu pescoço e respirou. — Seu cheiro sempre consegue me acalmar. — Hmm... — Eu não estava prestando atenção porque estava gostando de estar em seu abraço caloroso. — Espere, você está ferido. Eu vi as correntes cravando em você. Adonis me coloque no chão. — Eu lutei em seus braços. A resposta de Adonis foi me abraçar com mais força. — Eu não ligo. Eu quero você em meus braços. Só desta vez, por favor, não discuta. Como eu poderia argumentar contra isso? Suas palavras enviaram aquela sensação de calor pela minha espinha, e eu me aconcheguei em seu abraço. — Você sabia que agora sou uma Lycan? — Murmurei. — Sim, eu posso sentir isso, pequena. — Adonis deu uma risadinha. Minha resposta foi colocar meu rosto no pescoço de Adonis enquanto ele me carregava escada acima. Ele me segurando parecia tão normal, e eu adorei. — Dimitri, você é... — Gabe parou. — Estou ocupado, — disse Adonis, afastando-se. — Sim, muito ocupado com sua companheira. Ela nem mesmo te salvou de matar aquela médica, mas é claro que você não se importaria, — Evan murmurou baixinho. — Eu posso ouvir você, — eu disse a ele. — Sério? — Evan gaguejou. — Idiota, ela é uma Lycan agora. — Gabe o acertou na cabeça. — Ah Merda. É melhor ter cuidado com o que eu digo, — Evan disse, fazendo Lexi rir e Adonis suspirar. Eu não pude deixar de sorrir; Evan era um figura. — Evan, ela me ajudou a me tornar uma pessoa melhor, muito mais do que você, — Adonis respondeu, sorrindo para o rosto de Evan. Evan sendo Evan, não deixou que isso o afetasse enquanto gritava: — Vamos garantir que ninguém perturbe vocês dois pombinhos. — Eu vou matá-lo, — Adonis murmurou. — Até parece. Ele é seu melhor amigo, — eu disse rindo. Adonis não disse mais nada enquanto caminhava para o nosso quarto. Os guardas se curvaram quando Adonis passou por eles. Eu ainda não estava acostumada com isso. Ele abriu a porta e eu me separei dele sofrendo. — Você não sabe o quanto eu estava preocupado, — disse Adonis, sentando-se na cama. — Bem, você estar preso não era uma prova grande o suficiente de que você sentiu minha falta, então você precisou não estar ao meu lado quando eu acordei provar mais ainda, — eu respondi, sentando ao lado dele. — Eu sinto muito. Meu Lycan, assumiu o controle quando você desabou em meus braços. Aconteceu tão de repente. — Adonis suspirou. — Bem, eu estava falando sério quando disse que vocês dois precisam de algumas aulas de controle da raiva. — Tentei aliviar o clima. A boca de Adonis se curvou em um sorriso. — Você sempre sabe o que dizer. — É um talento meu. — Eu pisquei. — Você está se sentindo bem, certo? Por favor, diga que você recebeu alta antes de vir me buscar. — Adonis deu um pulo e seus olhos percorreram meu corpo como se de repente se lembrasse que eu estava no hospital. — Estou bem, e quem precisa de alta, afinal? Eu me sentia bem, então saí e vim buscar você. Honestamente, ninguém poderia ter me impedido. Além disso, e você? Essas correntes cravadas em sua pele. — Eu estremeci. Adonis passou as mãos pelos cabelos em frustração. — Você nem mesmo avisou a médica? Você acabou de sair? Isso é tão irresponsável. E eu estou bem, vou me curar. É com você que estou preocupado. — Não. Jane, a médica, estava lá quando eu saí. Se fosse sério, ela teria tentado me impedir. Bem, você está preocupado comigo, e eu estou preocupada com você. — Eu revirei meus olhos. — Mas ainda assim, você deveria estar descansando. Não se preocupe comigo, pequena, eu me curo muito rápido. — Adonis parecia preocupado. — Adonis, estou bem. Não há nada de errado comigo. — Eu me levantei e me virei como se dissesse — veja — e fiz uma nota mental que os Lycans curam rápido. Adonis suspirou e respondeu: — Tudo bem, está claro que não vou vencer esta batalha. — Sim, e eu sou uma Lycan agora e me curo super rápido, — eu disse, usando suas próprias palavras contra ele. — Você é uma Lycan agora, — Adonis repetiu. — Sim, acabei de dizer isso. — Eu olhei para ele que estava confuso. Adonis de repente tinha um sorriso enorme no rosto. — Você sabe o que isso significa? — Não, mas claramente você sabe, — respondi. — Você ser uma Lycan significa que... — Adonis não conseguiu terminar a frase porque alguém bateu na porta. Claro que ele rosnou, mas eu dei uma cotovelada nele. Ele precisava aprender a controlar sua raiva. — Olha, eu sei que prometi não deixar ninguém perturbar os dois pombinhos, mas acho que isso é uma exceção, — a voz de Evan fluiu. Adonis não pareceu impressionado, então eu disse a ele: — Pare de pensar com seu pau pelo menos uma vez. Adonis sorriu e respondeu: — Se eu estivesse pensando com meu pau, você estaria nua nesta cama e eu estaria fazendo coisas que você nem pode imaginar. Bem, foda-se. Essa única frase causou faíscas e estremeceu meu ventre. Antes que algo pudesse acontecer, eu rapidamente me levantei e fiz meu caminho até a porta. — Evan. É melhor que seja importante, — disse Adonis. Abri a porta e engasguei. — Niya! Capítulo 21 — Aarya! — Niya sorriu e me puxou para um abraço. — Você está realmente aqui! Oh, eu senti sua falta. — Eu a apertei com mais força. — Sim, você deveria me agradecer por trazê-la aqui e ter de ouvir o que eu ouvi. — Evan suspirou dramaticamente. Niya cortou o abraço e olhou para mim confusa antes de dizer: — Estou perdida. — Você não quer saber o que ouvi antes de a porta se abrir. — Evan estremeceu. Meus olhos se arregalaram em choque quando percebi do que Evan estava falando, e murmurei baixinho: — Estúpido ouvido Lycan. Adonis então decidiu fazer sua presença conhecida. — Bem, suas orelhas inocentes poderiam ter sido poupadas, se você mandasse uma mensagem como uma pessoa normal. — Ah, mas não somos pessoas normais, e quem disse que meus ouvidos eram inocentes? — Evan piscou. — Tem certeza de que quer discutir isso na frente de uma certa pessoa? Eu tenho muito para dizer. — Adonis acenou para Niya. Evan praguejou baixinho e mudou rapidamente de assunto. — Bem, de qualquer maneira, pensei que Niya iria querer surpreender Aarya, — Evan respondeu, um rubor subia por suas bochechas. — Então, fez isso tudo por sua companheira? Seu rubor diz tudo. — Adonis sorriu. Felizmente, ele não mencionou nada. Niya olhou para o chão, enquanto Evan olhou para Adonis como se quisesse matá-lo. Eu cutuquei Niya, que olhou para mim e Adonis antes de um sorriso aparecer em seu rosto. — Bem, ouvi dizer que você também tem estado bastante ocupada, prima. Primeiro, se transformar em uma Lycan da maneira mais dramática possível, fazendo com que seu parceiro fosse preso. — Você me conhece, adoro ser dramática, — eu disse. Niya riu e respondeu: — Ahh, claro, é por isso que você fugiu quando viu seu companheiro pela primeira vez. Eu revirei meus olhos. — Oh vamos lá! Isso é passado agora. Niya riu ainda mais. — Você é muito fácil de provocar. Meu sorriso ficou maior quando Niya riu. Percebi que Niya tinha um pouco de seu brilho de volta, mas eu sabia que ela também estava se esforçando ao máximo para me mostrar que estava bem. Eu gostaria que Adonis tivesse feito aquele idiota sofrer mais, mas sua raiva ganhou. Mais uma razão pela qual ele precisava controlá-la. — Então, você está se mudando para cá? — Adonis perguntou a Niya. — Hum... sim. Posso ter ficado muito doente em casa e eles me disseram que eu precisava vir para cá. — Niya olhou para mim timidamente. — Você estava doente? Niya! Por que você não me ligou? — Eu suspirei. — Porque eu sabia que você iria se desesperar, e eu não queria isso. Além disso, quando conversei com minha terapeuta, ela disse que eu me curaria mais rápido se estivesse com vocês, — Niya respondeu. — Com vocês, quer dizer Evan. Afinal, ele é seu companheiro, — eu disse. Evan estufou o peito como se estivesse orgulhoso e, embora fosse pequeno, Niya abriu um sorriso acanhado! — Eu também preciso do seu amor e apoio. — Niya mudou de assunto. — E eu sempre estarei aqui para você. — Eu sorri. — Mesmo? Você não estará muito ocupada com seu companheiro, deveres de rainha e treinamento médico? — Niya brincou. — Vou arranjar tempo para você! Além disso, se eu não tiver tempo, seu companheiro ficará mais do que feliz em parar o que está fazendo. — Eu pisquei para Evan. Niya apenas revirou os olhos e se virou para Adonis. — Eu só quero dizer obrigado pelo que você fez.... — Adonis sorriu e respondeu: — Você não precisa dizer obrigado. Eu fiz o que qualquer pessoa decente faria. Além disso, bastardos como aquele não fazem parte do meu palácio. Niya, quero que saiba que você sempre estará segura em meu palácio. — Obrigada... — Niya parecia insegura sobre como chamá-lo. — Você pode me chamar de Dimitri, — disse Adonis a Niya. Ela simplesmente acenou com a cabeça e se virou para mim. — Evan me disse que vocês dois passaram por muita coisa hoje, então vou deixar vocês dois sozinhos. Eu preciso desfazer as malas. Quando eu estava prestes a responder a Niya, Adonis se intrometeu. — Obrigado, Niya. Sua prima encontrará com você amanhã. Divirta- se desfazendo as malas. Niya sorriu e acenou com a cabeça. Ela acenou um adeus antes de ir embora com Evan logo atrás dela. Esse cara era incrível; ele respeitava tanto Niya que estava andando atrás dela para lhe dar espaço. Adonis me arrastou para dentro e fechou a porta. — Eu não preciso descansar, você sabe. — Eu revirei meus olhos. Adonis não respondeu, ele apenas me pegou e me colocou na cama. — Você fala demais, — ele murmurou, ficando confortável na cama. — O quê? — Eu perguntei. Novamente, em vez de uma resposta, ele apenas me puxou para mais perto dele. Tentei me esquivar, mas Adonis me segurou com firmeza. — Tive um longo dia preso em correntes e não consigo dormir direito sem você, então nós dois estamos tirando uma soneca, — Adonis me disse. Uau, muito bem, Aarya. Nem pensou em Adonis e que ele estava acorrentado. Suas palavras passaram pela minha mente. Ele realmente não consegue dormir sem mim? Isso me fez sorrir. — Porque o grande sorriso? — Adonis bocejou. — Sem motivo, só quero sorrir, — respondi rapidamente. — Você é uma péssima mentirosa, mas não tenho energia para extrair a verdade. — Os olhos de Adonis se fecharam. — Apenas durma, você não precisa se preocupar. — Até meus olhos começaram a fechar. — Você é a melhor coisa que já aconteceu comigo, pequenina, — Adonis murmurou antes de sua respiração se estabilizar. Meu sorriso ficou ainda maior quando adormeci ao som das batidas do coração de Adonis. ***
— A hora da soneca acabou, pássaros do amor, — uma voz alta gritou,
fazendo-me enterrar meu rosto no ombro de Adonis. Que idiota acordaria uma mulher adormecida? Eu só conseguia pensar em uma pessoa. Evan. — Evan, vou matar você. — A voz sonolenta de Adonis confirmou meus pensamentos e enviou faíscas pelo meu corpo. Quem diria que sua voz sonolenta parecia tão quente? — Oh vamos lá! Você precisa se levantar agora! — Evan reclamou. Urgh, alguém diga a ele para calar a boca. Sua voz está muito alta. — Pelo amor de Deus, Evan, eu disse para você deixá-los em paz, mas você nunca escuta, — disse a voz familiar de Gabe. — Da próxima vez que ele não ouvir, tranque-o naquela sala em que você trancou Adonis, — bocejei. A risada profunda de Adonis fez seu peito vibrar e causou arrepios na minha espinha. Gabe também começou a rir. — Ei, isso não é muito legal. Você deveria estar no meu time, — Evan respondeu. Desta vez, sentei-me e esfreguei os olhos. — Um conselho, Evan. Nunca acorde uma mulher adormecida. Gabe acenou com a cabeça como se soubesse que era verdade, e Adonis apenas ficou lá olhando para mim com um sorriso malicioso no rosto. Juro, se ele não parar de sorrir, vou socá-lo. Ou talvez eu o beije em vez disso. Já faz um tempo desde que beijei aqueles lábios incríveis. O sorriso de Adonis ficou maior ao perceber que eu o olhava. Merda, muito bem, Aarya. Meus olhos encontraram Gabe e Evan. Gabe parecia satisfeito, enquanto Evan parecia enojado. — A sério? Primeiro, eu tive que ouvir sua conversa horrível, e agora eu tenho que ver vocês dois fazendo amor com os olhos? — Evan estremeceu. Fazer amor com nossos olhos? É assim que realmente parecia? Meus olhos se arregalaram em choque e, quando abri a boca para responder, alguém chegou antes de mim. — Hmm... bem de quem é a culpa? Sua. Em que quarto você está agora? No meu. E posso fazer o que quiser no meu próprio quarto. Você é bem-vindo para sair. — Adonis parecia presunçoso. Claro que sim. Ele acredita que eu estava fazendo amor com ele com os olhos. — Evan, deixe-os em paz. Eles virão para o jantar. Dimitri, lembre-se, você tem um monte de papelada para resolver, — Gabe lembrou Adonis. — Por que você não o chama de Adonis? — Eu soltei. Gabe sorriu e respondeu: — Posso, se quiser, mas suponho que Adonis está reservado apenas para você. — Esta noite, Gabe. Vou resolver tudo esta noite. — Adonis olhou para Gabe. Gabe acenou com a cabeça, enquanto Evan gemeu, — Uma noite inteira? Eu não faço isso há anos. — Você já parou de reclamar? — Eu perguntei, fazendo os homens rirem. — Que seja. — Evan apenas revirou os olhos e saiu do nosso quarto. Gabe sorriu se desculpando e fechou a porta atrás dele. Eu queria voltar a dormir, mas decidi não fazer isso porque sabia que não dormiria à noite. — Então, você ficou olhando para os meus lábios por um longo tempo. — Adonis tinha aquele olhar presunçoso em seu rosto. — Não, eu não estava olhando. Você está imaginando coisas, — eu zombei. — Um, certo. Então você estava fazendo amor comigo com seus olhos. — Adonis agora tinha um sorriso enorme no rosto; isso o fez parecer sexy. Espere o quê? Eu não disse isso. — Não, — eu neguei. — Continue dizendo isso a si mesma. — Adonis ainda tinha aquele sorriso no rosto. — Eu queria dar um soco em você porque você não para de sorrir. — Eu revirei meus olhos. — Me dar um soco? Sério? Você não queria me beijar? — Adonis sussurrou em meu ouvido. Porra, não me diga que ele me ouviu? Espere, como ele conseguiu? Eu nunca disse isso em voz alta. — A sua falta de comunicação e o fato de que seus olhos estão grandes como a lua cheia me dão todo o esclarecimento de que preciso. — Adonis parecia ter vencido uma batalha. — Enganar as pessoas não leva a lugar nenhum, — eu zombei, obviamente não impressionada com o fato de que ele conseguiu me entender tão rapidamente. — Bem, eu não culpo você, você sabe. Eu também quero beijar seus lábios. — Adonis encolheu os ombros como se não fosse grande coisa. — Olha, se você vai continuar me provocando... — Eu me virei para encará-lo, mas não consegui terminar o que estava dizendo Adonis me agarrou e colocou seus lábios quentes nos meus. O contato repentino me fez gemer. Meu Deus! Aqueles lábios eram tão bons. Adonis não perdeu tempo, me pegou e me colocou em seu colo. Minhas mãos encontraram seu cabelo e suas mãos envolveram minha cintura. Seus beijos fizeram meu corpo inteiro parecer geleia, ele era tão bom nisso. Nossa sessão de beijos quentes foi pausada para recuperarmos o fôlego. Nossas testas pressionadas juntas e os olhos fechados, saboreei aquele momento, em que nenhuma palavra era necessária. Parecia estranho até mesmo pensar em ir embora; todo o meu corpo protestou contra o fato. Agora que eu era uma Lycan, precisava de Adonis tanto quanto ele precisava de mim. Até mesmo pensar em ir embora fazia meu coração apertar. Como as coisas mudavam rápido em um período de alguns dias. — Você sabe que eu prefiro continuar assim contigo, mas acho que devemos ir jantar. — Adonis quebrou o momento. Eu olhei para ele, confusa, meu raciocínio lento ainda ofuscado pelo desejo. Adonis gemeu: — Ver esse desejo em seus olhos está tornando muito difícil me manter no controle, pequena. Estou com fome e não acho que você apreciaria se eu me saciasse com você. Meus olhos se arregalaram quando senti minhas bochechas esquentarem. Eu não esperava isso. Vendo minha reação, Adonis riu. — Exatamente como eu pensava. Venha, vamos comer comida decente. Não pude acreditar que Adonis acabou de dizer que queria se saciar comigo; não era preciso ser um gênio para descobrir o que ele queria dizer. Embora envergonhada, não senti repulsa pela ideia. Quero dizer, com Adonis, quem teria? Mas, lembrando-me de suas palavras sobre ele ver meu desejo e seu controle se esgotando, era melhor não pensar mais nisso. Do contrário, provavelmente não sairíamos daqui tão cedo. Nós dois nos levantamos e descemos as escadas. — Oh, olhe quem decidiu aparecer, — Evan anunciou enquanto caminhávamos para a cozinha. — Espere algumas semanas, que vou começar a provocá-lo. — Cutuquei Evan nas costelas. Ele esfregou o local e balançou a cabeça. — Tão maduro, Vossa Majestade. Eu apenas ri, enquanto Adonis revirou os olhos. — Pare de agir como uma criança, Evan. Evan fez beicinho, mas aquele beicinho logo desapareceu assim que Niya e Lexi entraram na cozinha. Ele se endireitou e parecia mais sério, mas também nervoso. Tanto Adonis quanto eu olhamos um para o outro ao mesmo tempo e sorrimos. Ver Evan mudar de fisionomia foi engraçado. — Oh, ei pessoal! Estão com fome? — Lexi perguntou, vindo até nós. — Sim, o que há para o jantar? — Adonis perguntou. — Hum... eu acredito que fizeram massa assada. — Lexi foi até o forno onde estava o macarrão. — Ahh, como é bom ter um chef — disse Evan. — Por quê? Você tem preguiça de cozinhar? — Niya perguntou, fazendo com que os olhos de Evan se arregalassem. — Não... não, o que quero dizer é... bem, é bom ter um quando você não se dá ao trabalho de cozinhar... espere, não, não é isso que quero dizer... Tive que morder as minhas bochechas para tentar não rir. O pobre Evan parecia tão nervoso, enquanto Niya apenas olhava para ele com as sobrancelhas levantadas. Ela não parecia impressionada, mas eu podia ver a sugestão de diversão em seus olhos. Ela estava brincando com ele e Evan mordeu a isca. — Vamos comer, — disse Adonis, com um leve sorriso no rosto. Gabe se juntou a nós quando todos nos sentamos para comer. Evan parecia desesperado para impressionar Niya, sempre perguntando se ela precisava de alguma coisa. Ela ainda estava um pouco apreensiva, mas pude ver que ela estava se abrindo lentamente com Evan. O vínculo de companheiros deve estar ajudando. Adonis, por outro lado, estava muito preocupado com a massa assada. Quando ele disse que estava com fome, ele realmente estava. Eu não conseguia acreditar em quantas porções ele havia comido. Quando eu disse que não conseguia terminar minha porção, ele pegou a minha também. — Perder o controle consome muita energia e ele precisa se recuperar, — Gabe explicou, vendo meu rosto chocado. Eu balancei a cabeça lentamente, absorvendo a informação. Não admira que ele estivesse tão cansado. Depois que o jantar acabou, Adonis disse a Gabe e Evan que eles começariam a trabalhar em uma hora. Evan parecia que ia reclamar, mas olhou para Niya e apenas acenou com a cabeça. Todos voltaram para seus quartos. Quando entramos em nosso quarto, olhei para Adonis. — Você realmente vai trabalhar a noite toda? — Sim, eu preciso, pequena. Perdi muito tempo hoje e tenho questões importantes com que lidar. — Adonis suspirou. Talvez ele tenha percebido minha mudança de humor porque disse: — Vou começar agora. Espero estar de volta antes de você acordar pela manhã. — Ele me beijou na testa e saiu. De repente, me senti sozinha. Meu coração ansiava por Adonis, embora eu acabasse de vê-lo. O vínculo de companheiro era tão forte. Nunca imaginei que seria assim. Suspirando, me arrumei em meu pijama e subi na cama. Meu humor havia piorado porque eu sentia falta de Adonis. Eu sei que parecia patético, mas não pude evitar. Para me distrair, assisti a um filme de comédia e depois a um filme de ação. Os eventos de hoje me esgotaram. Mesmo com o cochilo que tirei, meus olhos estavam fechando e eram apenas 22h. Desliguei a TV e decidi deixar meu corpo descansar. Quando a escuridão tomou conta de mim, eu desejei Adonis ao meu lado pela manhã.... Capítulo 22 Acordar sempre foi complicado para mim. Às vezes eu acordava enérgica e outras vezes não queria nem sair da cama. Hoje não tinha energia para abrir os olhos. Mas algo estava me induzindo a olhar o outro lado da cama. Então, minha mão apalpou o meu lado e senti o frio dos lençóis, confirmando meus pensamentos de que Adonis não voltou. Mesmo que eu conseguisse dormir, não era relaxante. Minha cabeça doía e eu me sentia muito sonolenta. Eu sentia muita falta de Adonis. Meus sentimentos mudaram, mas eu não estava brava. Passar um tempo com Adonis me fez sentir muito melhor, e ele não estar aqui realmente me entristeceu. Desde que tive aquela noite horrível de sono, meu corpo precisava dormir mais, mas antes que eu cedesse, meu nariz sentiu o odor de algo que cheirava a sangue. Imediatamente meu coração começou a disparar. Será que Adonis está ferido? Não, eu saberia se ele estivesse ferido. Assim que abri os olhos, uma gota caiu no meu rosto. Eu limpei com os dedos e olhei para minha mão. Puta merda, era sangue. De onde vinha o sangue? O cheiro forte fez meus olhos viajarem para cima e eu engasguei. Bem acima de mim estava o cadáver de uma menina, pendurado no lustre. Seus olhos sem vida me encaravam, e ficaram gravados em minha mente. Sem perder um segundo, arranquei as cobertas e tropecei para fora da cama. Foi então que percebi o horror da cena. A cama estava encharcada de sangue.. Como eu não havia sentido? De repente, parecia que recobrei os sentidos quando o forte cheiro de sangue me fez vomitar. Meu corpo inteiro ainda tremia enquanto eu caminhava até a porta, desesperada para sair antes que o cheiro me fizesse mais mal. Nem olhei para o cadáver porque sabia que se olhasse novamente, desmaiaria. Meu corpo estava fraco; eu tinha certeza de que tinha algo a ver com a cena horrível no meu quarto. Assim que abri a porta, meus joelhos cederam, fazendo-me cair. Porra, meu corpo estava mais fraco do que eu pensava. Como meu plano de conseguir ajuda com minhas pernas falhou, usei a segunda melhor coisa que tinha. Minha voz. — ADONIS, — eu gritei. — ADONIS, SOCORRO, — eu gritei novamente, rastejando para longe da porta. Eu tive que me afastar do meu quarto. Os guardas começaram a subir, mas meu companheiro passou por todos eles, seus olhos se estreitaram e seu corpo ficou tenso. Ver seu rosto me acalmou e me levantei soltando-me em seus braços, usando a última gota de energia que tinha. Eu precisava de seu abraço reconfortante. Seus braços me envolveram firmemente enquanto eu respirava seu delicioso perfume, tentando o meu melhor para não sentir o cheiro de sangue. Eu sabia que não precisava contar nada a ele; o cheiro de sangue estava forte no ar. Meus pensamentos foram confirmados pelo rosnado alto de Adonis, que fez as janelas tremerem. Instintivamente, agarrei-me a ele com mais força. Ele caminhou até o quarto e me forcei em manter os olhos fechados porque sabia que se os abrisse, aqueles olhos sem vida apareceriam novamente. Felizmente, eu estava de costas para aquela, de frente para a porta do quarto. Gabe e Evan correram para a sala, ofegantes, chocados e horrorizados. Isso era algo que ninguém queria ver, especialmente porque foi uma criança que foi morta. — Quem diabos entrou no meu quarto enquanto minha companheira estava dormindo? — Adonis estava furioso. — Quem diabos acha que não há problema em matar uma garotinha dessa maneira vil? Eu quero saber QUEM?! — Adonis fervilhava. Sua raiva fez com que alguns guardas dessem alguns passos para trás; eles provavelmente pensaram que ele perderia o controle. Gabe e Evan não pareciam preocupados, apenas apreensivos. Os guardas olharam para Gabe e Evan, esperando que eles contivessem Adonis. De jeito nenhum ele seria colocado naquela cela horrível de novo, não comigo aqui. Eu aspirei seu cheiro para me acalmar, e parecia que ele se acalmou também, apertando seu aperto em volta de mim, mas soltando um longo suspiro. Os guardas relaxaram e se aproximaram novamente, esperando para ouvir as ordens. — Descubra que idiota sádico que fez isso e traga-o para mim. Eu não preciso dizer a você para usar todas as medidas para garantir que esse filho da puta seja encontrado. — Adonis se virou para Gabe e Evan. — Você sabe que encontraremos. Agora você precisa cuidar da sua companheira, — disse Gabe. — Sim, ela é a minha prioridade. Encontraremos o idiota que fez esse ato desprezível. — Evan parecia sério, seu comportamento brincalhão havia sumido. — Estaremos em uma das outras salas neste andar, — Adonis disse a seus amigos antes de parar e pegar algumas coisas e sair. Eu nem percebi quando Adonis entrou em outra sala, colocando-me no assento do vaso sanitário enquanto preparava a banheira. Eu nem tive a chance de ficar envergonhada quando ele tirou meu pijama, me deixando de sutiã e calcinha. Minha mente estava muito ocupada pensando sobre os eventos que acabaram de acontecer. Somente quando Adonis me colocou no banho quente, meu rosto dilacerado pelas lágrimas olhou para ele. — Eu pensei que os Lycans deveriam ter sentidos aguçados. Por que não ouvi ninguém entrar? Como eu poderia ter dormido com alguém matando e colocando o corpo daquela garotinha em cima de mim? Como eu não senti o cheiro do sangue quando ele caiu nos lençóis? — Eu questionei. Lágrimas caíram quando me lembrei do corpo daquela garotinha pendurado no teto. Adonis enxugou as lágrimas e beijou minha testa. — Não se culpe, pequena. Eu nunca deveria ter deixado você sozinha. Nada disso é culpa sua, entendeu? Alguém está jogando um jogo doentio com a gente, mas não vai se safar. Visões dos lençóis encharcados de sangue invadiram minha mente e estremeci. Eu olhei para minha pele e balancei minha cabeça. Peguei a esponja e coloquei um pouco de sabonete antes de esfregar meus braços com força. Em minha mente, eu vi o sangue daquela garota inocente e enquanto me livrava dele. Só quando Adonis segurou minha mão para me impedir de esfregar é que percebi que minha pele tinha ficado vermelha. Ser morena significava que eu precisava esfregar com muita força até minha pele ficar vermelha. — Aarya, por que você fez isso com você mesma? Você não ouviu o que eu disse? — Adonis colocou meus braços vermelhos na água morna para acalmá-los. — O sangue dela estava na minha pele; eu tinha que tirá-lo. Eu dormi em seu sangue por sabe-se lá quanto tempo. Quão estúpida eu sou? — Eu balancei minha cabeça sem acreditar. — Você não é estúpida. Não se chame assim, — disse Adonis. Ele passou os próximos dez minutos cuidando de mim, lavando meu cabelo e meu corpo e se certificando de que eu estava bem. Assim que ele terminou, ele me tirou da água e envolveu uma toalha quente e fofa em volta de mim. — Vossa Majestade? — a voz familiar de Jane gritou. — Sim, entre, — respondeu Adonis. Jane abriu a porta com cautela e eu vi o nervosismo quando ela viu Adonis. Pobre garota, ela provavelmente estava apavorada com o que aconteceu com Adonis antes. — Fui chamado para verificar a causa da morte e procurar qualquer coisa suspeita em seu quarto. Achei que deveria relatar minhas descobertas para vocês, — Jane começou. Adonis apenas balançou a cabeça. — Bem, ainda não consigo saber a hora exata da morte, mas tenho certeza de que ela foi morta por múltiplas facadas. Isso, e estar presa do jeito que estava, explicaria por que havia tanto sangue. Estremeci e enterrei meu rosto no pescoço de Adonis. Pobre garota. Quem mataria uma criança inocente com tanta violência? Meu coração se partiu pensando na família dela. Eles provavelmente não tinham ideia de que a filha estava morta. — Mas também descobri outra coisa. A razão pela qual Aarya não acordou durante todo o ataque. — Jane suspirou. Minha cabeça disparou e Adonis perguntou: — Você quer dizer, alguém drogou Aarya? — Jane acenou com a cabeça. — A água dela estava misturada com uma droga. Não sei qual é a exata, mas conheço várias drogas com cheiro semelhante e todas têm o mesmo efeito. Isso a teria feito cair em um sono profundo, do qual ela não acordaria, mesmo que tudo desmoronasse ao seu redor. Diga-me, Vossa Majestade, você sentiu uma dor de cabeça quando acordou? — Sim, pensei que era porque não tive uma boa noite de sono, — respondi. Jane abanou a cabeça. — É o efeito colateral da droga. Quem quer que tenha feito isso com você sabia que você era uma Lycan. Do contrário, eles não teriam outro motivo para drogar você. Eles também sabiam quando drogar você. Este foi um plano cuidadosamente traçado. Os olhos de Adonis começaram a mudar; seu Lycan estava exigindo controle. O rosto de Jane empalideceu e ela deu alguns passos para se aproximar da porta. Não era hora de Adonis perder o controle. Eu preciso dele e não de seu Lycan. Peguei sua cabeça em minhas mãos. — Fique comigo, Adonis. Eu preciso de você, não do seu Lycan. Meus olhos permaneceram nos seus, recusando-se a deixar seu Lycan assumir o controle. Adonis fechou os olhos e respirou fundo. Quando seus olhos castanhos se conectaram aos meus, deixei escapar um suspiro de alívio. É — É difícil ouvir tudo isso, pequena. Meu Lycan quer o sangue de quem fez isso. — Adonis passou as mãos pelos cabelos. — Eu sei, mas seu Lycan não vai ajudar a encontrar esse idiota quanto antes. Você sim, então preciso que fique no controle, — eu respondi. — Eu preciso ir. Se algo mais surgir, eu os avisarei. — Jane foi embora. Adonis me pegou e me colocou no assento do vaso sanitário antes de desaparecer no quarto. Não demorou muito para ele voltar com algumas roupas. Eu rapidamente me vesti e Adonis agarrou minha mão com força. — Você não vai sair do meu lado, — disse ele, não deixando espaço para qualquer discussão. Eu apenas balancei a cabeça, secretamente feliz que ele disse isso porque eu não queria sair do seu lado de qualquer maneira. Saímos do quarto e abrimos caminho até a multidão de guardas. — Dimitri! — A voz familiar de Lexi chamou. Tanto Adonis quanto eu nos viramos para ver Lexi correndo em nossa direção. — Você... é melhor você descer.... — Lexi disse enquanto recuperava o fôlego. Os olhos de Adonis se estreitaram ao sentir o cheiro de algo no ar. Para mim, isso não significava nada, mas para Adonis, era claramente alguma coisa. Seu corpo ficou tenso mais uma vez enquanto ele descia as escadas. Olhei para Lexi com preocupação antes de correr atrás dele. Adonis parou na frente de um homem de meia-idade, que estava lá com um olhar presunçoso no rosto. — Quem é aquele? — Sussurrei para Lexi. — Ele foi o primeiro a propor a ideia do acasalamento de Adonis e Savanah, — Lexi respondeu de volta, fazendo meus olhos se arregalarem em choque. Como se este dia não pudesse ficar pior para nós. Eu só esperava que Adonis pudesse controlar seu Lycan, mas olhar para esse cara me fez duvidar seriamente disso. Bem, isso seria divertido. Capítulo 23 Adonis rosnou para o homem: — Como diabos você entrou aqui? Para minha surpresa, o homem não parecia assustado ou mesmo perturbado por Adonis estar a poucos segundos de perder o controle. Em vez disso, parecia que ele estava gostando. Isso foi confirmado por seu sorriso malicioso, e não era o sorriso sexy; era o terrível sorriso que ele dava quando estava inquieto. — Eu só vim ver sua companheira. Se acalme. — Aquele homem não tinha vergonha na cara. O corpo de Adonis estava muito tenso e Lexi se agarrou a mim, provavelmente nervosa com a possibilidade de Adonis perder o controle. Notei Niya parada ao lado com uma expressão confusa no rosto. Felizmente ela estava longe de todo o drama. Ela já tinha o suficiente para lidar. A última coisa que preciso hoje é que Adonis perca o controle na frente desse idiota, que obviamente quer lutar contra ele. — Eu sou o rei, e eu decido que escória pode entrar em minha casa, e aqui você não é bem-vindo. Então, pegue sua sobrinha chata e vá embora. — Adonis cerrou os dentes. Sobrinha? Espere... não me diga que a sobrinha dele é Savanah? — Você chama minha sobrinha de chata? Savanah não merece essas palavras duras. — O homem pareceu ofendido. É verdade, podia ver a semelhança. Ambos eram idiotas e irritantes que não sabem seus lugares, e ambos têm aquele olhar de quem não se deve confiar. Bem, o bom desse idiota estar aqui é que ele pode levar sua sobrinha vadia de volta para casa, então eu não teria que lidar com ela. Um estresse a menos na minha vida. Além disso, Savanah há muito tempo exagerou em suas boas-vindas, se você quer saber. — Eu não preciso explicar minha escolha de palavras para você, Mark. — Adonis estava cerrando os punhos. Isso não era bom. — Bem, eu ouvi sobre o ataque a sua companheira. Alguém conseguiu entrar sorrateiramente no quarto de vocês e pendurar o corpo de uma criança morta em cima dela. Onde você estava? Ouvi dizer que você estava em seu escritório, longe da sua companheira. Se você não é capaz de proteger sua própria companheira, então certamente não é capaz de governar um reino. Oh, merda, não. Alguém precisa avisar a Mark que se ele continuar, vou acabar com ele. Como ele ousa insultar meu companheiro assim? E ele realmente acredita que vou deixá-lo escapar ileso? Eu estreitei meus olhos e parei na frente de Adonis. Ele não me machucaria e assim permaneceria calmo. — Quem você pensa que é, dizendo a Adonis do que ele é ou não é capaz? Ele governou sem uma companheira por dez anos e fez um trabalho muito bom. Sua opinião é insignificante e uma grande merda só porque você está chateado que sua sobrinha não conseguiu ser a companheira de Adonis. Agora, é hora de você dar o fora daqui. Ah, e não se esqueça de levar a sua sobrinha chorona. — Eu sorri docemente no final. Ouvi Lexi rir baixinho e alguns dos guardas até esboçaram um sorriso. Olhei para um deles, que parecia entender a mensagem e acenei para tirarem aquela escória irritante dali para sempre. Mark ficou imóvel com a boca aberta, provavelmente chocado porque nenhuma mulher jamais falou com ele assim. — Ouça aqui, eu não recebo ordens de mulheres, — Mark zombou. Eu sorri e respondi: — Nunca pensei que usaria meu título, mas agora parece o momento perfeito porque significa que posso fazer o que bem entender com você. Saia do meu palácio antes que eu faça você sair. São ordens da rainha. Você tentou a sorte com sua sobrinha e, felizmente, não funcionou, agora chegou a hora de irem embora. Adonis colocou a mão no meu ombro, então me virei para ver seu sorriso enorme. — Minha rainha falou; você sabe onde está a porta. — O que você está fazendo? Tire suas mãos de mim, — uma voz familiar gritou. Deus, como aquela voz era irritante. Savanah foi derrubada pelos guardas e ficou claramente impressionada com a forma como estava sendo tratada. — Dimitri, diga a eles para tirarem as mãos de mim. Veja o que eles estão fazendo, — queixou-se Savanah. — Veja, Savanah, você ultrapassou todos os limites. Mas não se preocupe, seu amado tio veio buscá-la para levá-la para casa porque esta nunca foi sua casa e nunca será sua casa. — Fiz um gesto para Mark. — Tio Mark? — Savanah parecia chocada. Adonis não perdeu tempo antes de me pegar e chamar Gabe e Evan, que tinha acabado de entrar. — Tire-os daqui. — Oh cara. Por que sempre sinto falta dessa diversão? — Evan reclamou, fazendo-me rir. Adonis me carregou até nosso quarto temporário e me colocou na cama. — Você sabe como isso foi incrivelmente sexy? — Ele me olhou com orgulho. — Não, mas olhando em seus olhos, posso supor que você achou muito sexy. — Eu ri. — Você disse a Mark para ir embora e usou seu título contra ele. Pequena, isso foi incrível pra caralho. — Adonis balançou a cabeça em descrença. — Obrigada. Mas eu tive que fazer isso. Aquele idiota estava dizendo todo tipo de merda sobre você. — Eu revirei meus olhos. — Todos os dias você me surpreende. — Adonis sorriu para mim. — Sim, agora depois do dia que tivemos, merecemos uma boa surpresa, — respondi. De repente, a atmosfera mudou. Foi como se algo clicasse em Adonis porque agora parecia que ele queria me devorar. — Você tem razão. Depois dos eventos de hoje, eu preciso de uma distração, — Adonis disse, sorrindo. Meu coração estava acelerado enquanto eu sentia o desejo revirar aqueles lindos olhos castanhos. — Mas... mas agora não é a hora. Há muita coisa acontecendo..., — eu parei. — Exatamente por isso que preciso de uma distração, e acredito que não há distração melhor do que você... Eu não esqueci, pequenina, e agora parece o momento perfeito. Adonis parecia estar gostando do meu estado de perturbação. — Agora realmente não é a hora, Adonis, — eu tentei novamente. Claro que minhas palavras entraram por um ouvido e saíram pelo outro e Adonis veio em minha direção com um olhar predatório. Bem, merda, não havia Savanah para interromper agora. Adonis realmente iria sentir meu gosto. Meus olhos avistaram a janela. Talvez eu pudesse pular? Bem, não era porque eu não queria que Adonis me provasse, mas se ele só queria uma distração, eu não poderia facilitar para ele. Além disso, gostei de fazê-lo me perseguir. Deixava tudo mais divertido. — Você trancou a porta? — Eu perguntei. O sorriso de Adonis ficou maior. — Parece que alguém está pronta. Quando ele se virou para trancar a porta, pulei e corri em direção à janela. A adrenalina encheu meu corpo quando abri a janela e coloquei uma perna para fora. — O que você pensa que está fazendo? — Adonis me pegou. Agora eu estava sentada na janela, com uma perna para dentro e a outra para fora. Muito bem, Aarya. Eu era muito lenta para Adonis. — Você acha que eu deixaria você ir embora sem provar o seu gosto? — Ele lambeu os lábios. — Você queria uma distração, então estou lhe dando uma. — Eu agitei meus cílios. — Nem pense em pular, pequena. Venha para dentro para que eu possa te provar. — Os olhos de Adonis estavam fixos em minhas pernas. Desta vez, eu sorri, embora ele não pudesse ver. — Onde está a diversão nisso? — Eu disse. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, balancei minha perna e pulei. Graças à Deus, eu era uma Lycan e caí no chão com segurança. A cabeça de Adonis saltou para fora da janela e ele rosnou. — Então, você quer brincar. Vamos brincar, mas é melhor você correr rápido porque estou com fome. Estremeci ao ver aquele olhar predatório em seus olhos. Então meus olhos se arregalaram em choque quando entendi aquelas palavras. Porra, e agora? Meus olhos dispararam para frente do palácio e corri. A velocidade de Lycan me ajudou a ir mais longe pelos jardins. Não demorou muito para que seu rosnado alto fosse ouvido, fazendo-me correr mais rápido. Encontrei um antigo galpão coberto por árvores. Decidi que era o melhor esconderijo, por enquanto. Adonis me encontraria aqui. Eu precisava me livrar dessas roupas, mas como? Eu coloquei minha cabeça para fora e senti o cheiro de Adonis muito perto. Ok, hora de sair. Ele era muito rápido, e irritado o deixava mais rápido. Corri para mais longe e parei em uma árvore enorme. Se eu pudesse escalá-la, seria o esconderijo perfeito. Tinha apenas um pequeno problema com a minha ideia genial; eu nunca tinha subido em uma árvore na minha vida. Bem, sempre há uma hora e um lugar para aprender coisas novas. Embora este pudesse ser o lugar, certamente não era o momento certo, especialmente com Adonis correndo atrás de mim. Respirando fundo, eu estava prestes a pular quando uma rajada de ar me derrubou. Gemendo, tentei me levantar, mas me vi agarrada por ninguém menos que Adonis. — Isso me lembra de como eu te encontrei pela primeira vez, — ele sussurrou em meu ouvido. Merda, ele me encontrou. Por que não o ouvi ou mesmo não senti seu cheiro? Eu precisava aprender a me concentrar mais em meus sentidos. — Oh, certo, porque a primeira vez que você me encontrou, você me jogou no chão? — Eu revirei meus olhos. — Só fiz isso desta vez porque alguém tem o péssimo hábito de fugir. — Adonis beijou meu pescoço, me fazendo estremecer. Ele se levantou e me puxou para ele. Deus, ele parecia tão quente quando me olhava assim. Ele cheirou o ar e de repente a atmosfera ficou tensa. — Eu posso sentir o cheiro do seu desejo. — A voz de Adonis ficou rouca. Engoli o nó na garganta, mas não disse nada; eu não confiava na minha voz. Adonis iria me devorar agora. Não havia nada que eu pudesse fazer, mas eu também sabia que não queria resistir. Adonis gemeu e disse: — Não posso esperar mais. Ele não perdeu um segundo antes de me pegar e me jogar por cima do ombro. — Adonis, — eu engasguei. Ele nem mesmo respondeu e correu de volta para o palácio. Os arredores da floresta passavam em um grande borrão e meu coração estava disparado. Adonis voltou em tempo recorde e caminhou até a sala. Eu vi Niya, que estava na cozinha, rindo. Bem que ela poderia ter me ajudado a sair dessa situação, mas não, ela estava gostando do meu sofrimento. Adonis abriu a porta do quarto e trancou-a antes de me jogar na cama. — Você tem sido uma garota travessa. Acho que é hora da sua punição. — Adonis caminhou em minha direção. Ele agarrou meus tornozelos e me puxou em sua direção. Adonis tirou a camisa, me fazendo contemplar aquele corpo delicioso. Eu mal podia esperar para correr minha língua ao longo de seu abdômen. Espere o quê? Não acredito que acabei de pensar isso. Ele se abaixou e rasgou meu top ao meio, fazendo-me ofegar e cobrir meus seios com as mãos. — Não se atreva a se cobrir. Não me negue o que é meu. — Adonis removeu minhas mãos e as segurou acima da minha cabeça. — Porra, você é linda, — ele gemeu, soltando minhas mãos e arrastando beijos pelo meu corpo. Com um movimento, Adonis tirou minha calça e minha calcinha, deixando-me completamente nua. Mais uma vez, tentei me cobrir, meus nervos levando a melhor sobre mim. Desta vez, Adonis mantinha minhas mãos presas acima da minha cabeça para que eu não tivesse a menor chance de fugir. — Seus nervos estão no controle, — Adonis sussurrou em meu ouvido. Para me distrair, seus lábios reclamaram os meus em um beijo faminto. Sua língua invadiu minha boca, me fazendo gemer. Puta merda, eu nunca enjoaria daqueles beijos.. Quando nos separamos, minha mente estava nublada de desejo. Adonis mirou os meus seios, que eu tentava cobrir com o sutiã. Ele olhou para mim com os olhos estreitos. — Se você tentar se cobrir de novo, vou amarrá-la na cama. Meus olhos se arregalaram e eu balancei a cabeça. A última coisa que eu queria era ser amarrada à cama. Adonis parecia satisfeito e arrancou meu sutiã com uma mão enquanto eu me mantinha imóvel. E, deixe-me dizer a você, isso foi difícil. Eu encarei o corpo de Adonis para tentar me distrair, mas meus olhos desceram para a área da virilha, onde sua protuberância impressionante estava ficando maior. — Gostou do que está vendo? — Adonis sorriu, fazendo-me olhar para ele. — Sim, — respondi. — Bom, porque eu mal posso esperar para você ver o que está por baixo desse jeans. Mas hoje é sobre você, não sobre mim. — Adonis piscou. Antes mesmo que eu soubesse o que estava acontecendo, Adonis se abaixou e envolveu meu seio em sua boca, me fazendo gemer. Puta merda, isso era tão bom. Eu o senti sorrir contra meu seio enquanto ele continuava seu ataque e acariciava o outro seio com a outra mão. Tentei conter meus gemidos, mas Adonis apertou meu mamilo com força, fazendo-me engasgar, e olhou para mim. — Eu quero ouvir todos os seus gemidos, pequena. Depois que ele ficou satisfeito em atacar meus seios com sua boca incrível, ele espalhou beijos por todo o meu corpo. Eu sabia para onde ele estava indo e meu coração estava disparado. Nervosismo? Sim, mas principalmente porque estava animada. Nenhum homem jamais fez isso comigo, e me descobri extasiada com o prazer que Adonis me daria. — Alguém está animada, — Adonis respirou fundo, me fazendo gemer. — Eu posso ver o quão molhada você está. Tão molhada, e tudo para mim, — Adonis gemeu. Minha boca estava seca e olhei para ele em súplica. Ele bem que podia, por favor, se apressar? — Eu poderia fazer você esperar como você me fez esperar perseguindo você pelo palácio. — Adonis olhou para mim com diversão em seus olhos. — Você está falando sério? Você não estava deitado aqui nu, Adonis. Mas obrigado pela ideia porque da próxima vez vou deixá-lo... Puta merda. Eu nem tive a chance de terminar minha frase porque Adonis decidiu que era o momento perfeito para penetrar meu ventre com sua língua. A língua de Adonis sabia o que queria, e atacou minha vulva com golpes firmes, me fazendo gemer alto e agarrar os lençóis. — Você tem um gosto tão bom, amor. Eu mal posso esperar para provar seu líquido. — Adonis respirava em meu ventre continuar seu ataque. Desta vez, dois dedos se juntaram a língua dele, fazendo minhas costas arquearem. Que delícia, isso era outra coisa da qual eu nunca iria me cansar. Seus dedos bombeavam para dentro e para fora do meu útero, cada vez mais rápido, enquanto sua boca subia pelo meu corpo se prendia a um dos meus seios. — Oh Deus, oh Deus. — Eu me senti à beira do orgasmo. — Tá gostando? — Adonis sorriu. — Continue, — eu respirei, absorvida pelo prazer. Seus dedos continuaram um ataque contra mim até que gritei seu nome e encontrei minha real liberdade. Imediatamente Adonis desceu de volta, e sua língua lambeu todo o líquido da minha vagina que estava muito dolorida. — Acho que encontrei minha nova sobremesa favorita. — Adonis lambeu os lábios enquanto se arrastava de volta para mim. Eu queria dizer algo de volta, mas em vez disso bocejei. Os eventos desta manhã, mais o que acabou de acontecer, claramente drenaram todo o meu suprimento de energia. Eu senti o calor subir pelas minhas bochechas. Adonis riu antes de puxar meu corpo nu contra o dele. — Durma, pequena. Eu nunca vou sair do seu lado novamente. Desta vez, fui dormir, me sentindo segura nos braços de Adonis. Capítulo 24 — Juro por Deus, se vocês estiverem nus, vou arrancar os meus olhos, — gritou uma voz familiar, acordando-me de um sono tranquilo. — Espere até que ele comece a se aproximar da sua companheira, então eu vou perturbá-lo para ele ver como isso é irritante pra caralho, — Adonis murmurou baixinho. Meu cérebro sonolento finalmente pegou no tranco e eu suspirei. — Honestamente, ele é um pesadelo para o meu sono tranquilo. — Casal? — Evan gritou. — Evan, se isso não for uma questão de vida ou morte, então você está fodido, — Adonis rosnou. Espere um segundo, Evan não pode entrar aqui. Um, porque estou nua, e dois, porque o quarto estava uma zona. Havia roupas minhas em todos os lugares, inclusive minhas roupas íntimas. Os lençóis também estavam uma bagunça. — Certo, estou entrando, — disse Evan. Adonis apenas revirou os olhos, nem mesmo percebendo o que diabos estava acontecendo. — Não! — Eu gritei. Adonis olhou para mim como se eu tivesse enlouquecido. — Dê-me dois minutos, Evan, — eu disse. — Tudo bem, estou contando. — Evan suspirou. Pulando para fora da cama, peguei minhas roupas e corri para o banheiro. Eu molhei meu rosto com água fria para parecer mais acordada e troquei de roupa para ficar apresentável. Passei uma escova no cabelo e saí. Adonis ficou sentado sorrindo enquanto eu batia em seu ombro. — Eu não posso acreditar que você estava prestes a deixar Evan entrar enquanto eu estava nua e minhas coisas estavam por todo o chão. — Bem, pelo menos tive uma boa visão quando você saiu da cama. — Adonis riu. — Homens e suas mentes pervertidas, — murmurei. — Se Evan me visse nua, o que aconteceria? — Eu questionei. Adonis não pareceu muito feliz com minha pergunta e ficou quieto. — Exatamente, sua reação me diz tudo o que eu preciso saber. Da próxima vez, seja mais cuidadoso. Eu não quero o companheiro da minha prima morrendo porque ele me viu nua. — Sentei-me em cima das capas de edredom. Evan entrou lentamente, com as mãos sobre os olhos, o que me fez rir. — Evan, pode olhar. — Adonis disse. Lentamente, ele moveu a mão e suspirou quando viu que estávamos ambos vestidos. Adonis estava sem camisa, mas não acho que Evan estava preocupado em vê-lo sem camisa. — Bem, graças a Deus vocês dois estão vestidos. Ou quase. — Evan suspirou. — O que aconteceu? — Eu perguntei. O rosto de Evan ficou sério, fazendo com que Adonis e eu nos sentássemos eretos. Eles pegaram quem fez isso? — A garotinha. Nós descobrimos quem ela é, e seus pais estão a caminho. Gabe acha que você é quem deveria contar a eles, Dimitri. — Evan sorriu tristemente. — Claro. Alguma notícia de quem fez isso? — Adonis perguntou. — No momento, não temos muito para continuar. Talvez, os pais possam nos dar alguma informação, valiosa. O problema que estamos tendo é que o palácio tem muitas pessoas, guardas, chefs, servos. Precisamos de mais informações antes de começar a investigar. — Evan parecia frustrado. — Ei, você fez uma coisa boa em encontrar os pais. Tenho certeza de que conseguiremos algumas informações para nos ajudar, — assegurei a Evan. Evan olhou para mim com um olhar determinado. — Eu quero fazer justiça àquela menina. — E faremos. — Adonis se levantou e deu um tapinha nas costas de Evan. — Vamos conhecer os pais, — disse Adonis a Evan. Quando os dois se viraram para sair, tossi muito alto. — Quanto a mim? Não ouse dizer que tenho que ficar aqui. — Eu cruzei meus braços. — Sim, você tem. Não sei se os pais vão reagir mal e podem tentar machucar você, — respondeu Adonis. Eu zombei, — Aham, tá bom. Eu não vou ficar aqui; eu vou com você. — Que tal você passar um tempo com Niya? — Evan perguntou. Eu olhei para ele. Por que eles não queriam que fosse com eles? Minha boca se abriu para retrucar, mas vi o rosto de Adonis, a preocupação em seus olhos, e parei. Ele estava realmente preocupado que eu pudesse me machucar? Droga, se eu for, ele vai passar o tempo todo se preocupando comigo e não encontrará informações importantes. Suspirando, me virei para Evan. — Tudo bem. Onde ela está? O alívio no rosto de Adonis me fez sentir mal. Não era tão ruim passar um tempo com Niya. Dessa forma, Adonis poderia passar mais tempo conversando com os pais da garota. Evan me disse onde ficava o quarto de Niya, e seguimos nossos caminhos separados. Claro, antes de eu sair, Adonis agradeceu por eu o ouvir. Revirei os olhos e respondi: — Só desta vez. — Bom. Eu não gosto de uma companheira obediente porque isso significa sem punições, — ele sussurrou em meus ouvidos. — Acho que vou me tornar uma companheira obediente então, — eu provoquei. Adonis sorriu. — Você é muito teimosa para isso, pequenina. Antes que eu pudesse responder, ele saiu com Evan. As coisas que ele me fazia sentir eram diferentes de tudo que eu já havia sentido antes, e aos poucos eu estava ficando viciada. Fui até o quarto de Niya e bati na porta. Ela abriu e tinha um sorriso enorme no rosto quando me viu. Sem perder tempo, ela me arrastou para seu quarto e me sentou. — Então...? — Ela olhou para mim. — Então? O que então? — Eu perguntei. Niya revirou os olhos. — Então, como foi então? — O que você está falando? — Eu estava tão confusa. — Urgh, o que há de errado com você? Como foi o sexo? — ela perguntou. Meus olhos se arregalaram em choque, fazendo Niya rir. — Isso é bom? — ela brincou. — Não... quero dizer, eu não sei. Nós não fizemos sexo, — eu respondi. — O quê? Quando Adonis levou você embora, parecia que ele queria devorá-la! — Niya parecia chocada. Puta merda, ela viu isso também? — Não, nós não fizemos sexo, Niya. Existem outras maneiras de causar prazer sem fazer sexo, você sabe... — eu parei, vendo a alegria retornar nos olhos de Niya. — Oh! Então você fez outras coisas! Eu quero todos os detalhes. — Ela ficou confortável. — Acho que não, mocinha. Minha vida sexual permanece privada. — Eu ri. — Você não é engraçada. — Ela fez beicinho. — Aww, desculpe. — Eu não conseguia parar de rir. Niya dava a impressão que eu não a deixaria brincar com meu cachorro, e não que eu não contaria a ela sobre minha vida sexual. — Eu tenho que viver suas experiências Você precisa me dizer, — Niya implorou. — Viver minhas experiências? Você tem seu próprio companheiro, e logo, logo eu acho que não vou mais te ver, — eu provoquei. Niya revirou os olhos e se jogou na cama. — Que seja. — Meu, você perdeu a melhor parte. Savanah e seu tio partindo. — Niya riu. — O que aconteceu? — Eu estava animada. — Ela criou uma confusão, e seu tio estúpido estava gritando sobre como Dimitri iria pagar. Então Evan pegou o tio de Savanah e o expulsou, e Lexi empurrou Savanah para fora. Ela não parava de chorar. — Niya riu. Eu sorri, embora ouvir o que Mark disse me deixou um pouco nervosa. Esse cara conseguiu convencer o conselho de que Adonis deveria acasalar com sua sobrinha. Imagine o que mais ele poderia fazer. — Ei, não comece a pensar demais. — Niya estalou os dedos na frente do meu rosto. — É difícil, — admiti. — Vamos, a última coisa que Adonis precisa é de mais estresse. Independente de qualquer coisa, você deve ajudá-lo a relaxar. — Ela piscou. — Voltaremos ao assunto? — Eu levantei minhas sobrancelhas. Niya riu. — Não acredito que estamos aqui; agora nós temos companheiros. — Parece estranho, não é? — Eu sorri. — Estranho, mas também muito bom, — respondeu ela. Houve uma batida na porta, fazendo com que Niya se sentasse. Levantei-me para atender a porta, mas fiquei chocada quando não havia ninguém lá. Alguém estava brincando com a gente? Eu olhei em volta, mas realmente não havia ninguém no corredor. Porra, eu estava imaginando coisas? Não, Niya ouviu também. Eu me virei para perguntar a Niya, mas engasguei quando vi Niya agarrada por um cara. — Como diabos você entrou? — Eu perguntei, chocada. — Chama-se distração, querida. Você olhou e eu pulei pela janela. — Ele pressionou a faca mais perto da garganta de Niya. — Ei, não faça isso. Deixe ela ir. — Eu estava nervosa. Ele poderia matar Niya se eu não tomasse cuidado. — Até parece. Como posso deixar a rainha ir embora? — Ele olhou para mim. Oh não, esse cara pensava que Niya era a rainha. Niya olhou para mim, seus olhos implorando para que eu não contasse a verdade a ele. Mas como eu poderia deixá-lo tocar em Niya se ela não era quem ele queria? — O que você quer então? — Tentei uma abordagem diferente. — Tenho certeza que o rei ficará muito irritado ao ouvir que sua companheira foi capturada. Eu quero que você vá e diga isso a ele até que ele me dê o que eu quero. Sua companheira fica aqui. — O sujeito arrastou Niya ainda mais para trás. — O que é que você quer? — Meu coração estava disparado. — Vadia, vá buscar o rei, — o homem cuspiu em mim. Agora, em vez de nervosismo, a raiva começou a crescer. Quem diabos esse idiota pensa que é? Ele pressionou a faca com mais força contra a garganta de Niya, fazendo-a gemer de dor. O rastro de sangue que saiu da garganta de Niya fez com que uma raiva incontrolável se apoderasse de mim. Meu controle sobre minha loba era incrível. No entanto, hoje eu não ia conseguir controlá-la. Eu não tive força para controlar minha Lycan enquanto a raiva corria em minhas veias. — Você vai pagar por machucar minha prima, — disse minha voz que não soava mais como a minha. Era uma voz mais grave e o homem parecia nervoso. Minhas unhas agora estavam longas e afiadas, e eu me vi querendo usá-las no idiota parado na minha frente. — Seus olhos — Niya disse, maravilhada. Quando me virei, meus olhos castanhos estavam negros como a escuridão. Eu estava mais alta, todos meus sentidos potencializados. Um sorriso malicioso apareceu no meu rosto. Virar-se para ver o medo dançando nos olhos do sujeito deixou meu Lycan feliz. Corri minha língua sobre meus dentes afiados. Eu queria o sangue dele. Niya olhou para mim com admiração enquanto eu o perseguia. Foquei na faca e, em uma fração de segundo, arranquei-a dele e empurrei Niya para um lugar seguro. — Você machucou minha prima, eu disse, balançando a cabeça. — Grande erro. — Eu sorri, agarrando o braço do cara e arrancando-o de seu corpo. Seus gritos de agonia deixaram a mim e à minha Lycan satisfeitas. O sangue estava por toda parte e ouvi Niya suspirar em choque. Minha Lycan queria dar a ele uma morte dolorosa, mas a parte humana de mim o queria vivo para interrogá-lo. Felizmente, minha Lycan concordou comigo porque tinha a sensação de que ela o teria matado. Meus olhos se fixaram em uma capa de edredom, que peguei e usei para amarrar o único braço deles e o joguei pela janela. Amarrei a outra ponta a uma cadeira. Seus gritos ficavam mais altos enquanto ele implorava por sua vida, mas isso não me perturbou. Se ele não tinha nenhum problema em prender Niya na ponta de uma faca, então ele não deveria ter nenhum problema em lidar com a punição. Uma pequena parte de mim queria salvá-lo. Mas minha Lycan não me deixou. Mesmo depois de amarrá-lo, minha Lycan ainda estava inquieta, a raiva ainda pulsava pelo meu corpo. Senti que estava perdendo o controle aos poucos e decidi ir embora antes de machucar Niya. Sem perder tempo, pulei a janela e corri. Eu corri mais rápido do que nunca, as árvores passavam pela minha visão em um borrão. Correr tão rápido não me cansou; parecia libertador. Minha forma Lycan me surpreendeu, e me perguntei por que não havia mudado antes? Quando eu finalmente parei, meus ouvidos encontraram o rosnado alto do meu companheiro. A excitação agora corria em minhas veias. Desta vez seria uma perseguição justa, mas mesmo assim eu mal podia esperar que ele me pegasse. O jogo começou.... Capítulo 25 Minha Lycan estava animada, assim como eu. A emoção de Adonis me perseguindo me incentivou a correr mais rápido. A excitação pulsava em minhas veias enquanto corria floresta adentro. Meus níveis de confiança aumentaram, pois pensei que Adonis estaria muito longe para me alcançar. Este foi meu primeiro erro. Um rosnado familiar causou arrepios na minha espinha quando parei de correr. Bem, eu não poderia deixá-lo me pegar tão facilmente. Pensando que tinha um plano infalível, corri em outra direção e a cada minuto mudava de direção. Veja, minha lógica era que se eu mudasse de direção, meu cheiro estaria em toda parte e isso iria confundir Adonis. Esse foi meu segundo erro. Eu estava tão presa ao meu próprio mundo, pensando que tinha enganado Adonis, que quando o vi parado na minha frente com um sorriso malicioso no rosto, entrei em pânico. Então, o que eu fiz? Me virei e sai correndo, é claro. E esse foi meu terceiro e último erro. Não fui muito longe antes dos braços de Adonis envolverem minha cintura e me puxarem para ele. Minha Lycan decidiu me devolver o controle quando viu que fomos pegas. Que adorável. Nós dois caímos, mas Adonis, sendo um cavalheiro, amorteceu a queda. Ao contrário da última vez, quando ele me empurrou para o chão. — Hmm... Eu continuo perseguindo você, e você continua perdendo. — Adonis sorriu para mim. — Bem, não é minha culpa que você seja muito mais rápido. Se você diminuísse a velocidade, seria uma perseguição justa. — Revirei os olhos e me levantei. — Eu gosto das nossas perseguições, de verdade, pequena. — Os olhos de Adonis brilharam com graça enquanto ele se levantava e limpava a sujeira. — Tanto faz, eu sei que você está apenas me provocando, — eu bufei. Adonis estava se esforçando para não rir, e eu o encarei. Deus, se ele não fosse tão quente, eu o socaria. Não, eu o beijaria. Espere o quê? — Você não teria que me perseguir. Se não fosse aquele idiota pendurado na janela de Niya, — eu murmurei. Em um piscar de olhos, a diversão dos olhos de Adonis desapareceu e foi substituída por raiva. — Você sabe o quanto eu estava preocupado? Achei que algo tivesse acontecido. — Adonis olhou para mim. — Você teria certeza de que nada aconteceria comigo se você me mantivesse com você. — Eu olhei para Adonis. Adonis suspirou e passou as mãos pelos cabelos. — Querida, eu teria, mas não tinha certeza de como os pais da garota reagiriam. — Tanto faz, não adianta falar sobre isso agora. Pelo menos me diga que você pegou o cara? — Eu respondi. — Sim, e ele está sendo questionado agora mesmo. Aarya, você assustou Niya quando pulou da janela. Ela ficou apavorada e só conseguiu dizer que você pulou. — Adonis suspirou. — Aquele bastardo segurou minha prima na ponta de uma faca pensando que ela era eu! Não consegui controlar minha raiva e minha Lycan assumiu o controle, — respondi. — Sua Lycan apareceu. Eu teria adorado ver isso. — Adonis sorriu. — Mesmo? — Fiquei chocada, pensando o contrário. Quero dizer, quem gostaria de ver uma companheira perder o controle como eu? — Para nós, Lycans, nada é mais sexy do que ver nossa companheira perder o controle. Ver os Lycans assumirem o controle de seus corpos, — respondeu Adonis. — Huh, não sabia disso. Então, quando posso conhecer seu Lycan? — Eu perguntei, descobrindo ser verdade o que Adonis disse. — Espero que nunca, — ele resmungou. — Hum, eu acho que não. Naquele dia, vi apenas uma pequena parte do seu Lycan e quero vê-lo por inteiro. Vamos, Adonis! — Eu implorei. — Aarya, não tenho certeza de como ele vai reagir. Ele insiste que eu conclua o processo de acasalamento com você. Ele odeia ver você sem parceiro. — Adonis suspirou. Sim, eu estava nervosa durante toda a parte do acasalamento, com Adonis em sua forma humana. Sua forma Lycan pioraria a situação. Algo me disse que eu não seria capaz de discutir com seu Lycan, e isso não acabaria bem, para nenhum de nós. — Oh, certo... talvez outra hora, então? — Eu olhei para ele com esperança. Adonis deu uma risadinha. — Assim que todo esse drama acabar, apresento ele a você. Ele está impaciente para conhecê-la. Eu sorri e então percebi o que diabos aconteceu hoje. — Puta merda! Eu tirei você da reunião. Ah não! Você descobriu alguma coisa? Como, onde estão os pais? Quero dizer, o quão úteis eles foram? — Eu divaguei até que Adonis colocou o dedo em meus lábios. — Respire, — disse ele. — Bem, não foi muito frutífero. Eles não têm muitas informações e estavam muito perturbados para que eu pudesse questioná-los insistentemente. Eu os mandei ficar em um de nossos quartos de hóspedes até que possam levar o corpo da filha para casa. Adonis me olhou derrotado, sentando-se perto de uma árvore, e eu fiz o mesmo. Pela primeira vez, nós dois apenas ficamos sentados em silêncio. Nenhuma palavra foi necessária. Foi então que percebi que Adonis tinha o peso do mundo sobre os ombros, e ninguém com quem dividir esse fardo. Suas preocupações e seus sentimentos eram deixados de lado para que o reino funcionasse sem problemas. Mas qual era consequência disso? Ele virou um rei sem emoção, sem companheira. Um grande rei, mas que assustava as pessoas. Aquele cujas histórias foram contadas para assustar as crianças. Mas a realidade era muito diferente. Adonis tinha sentimentos; eu tenho visto isso desde que cheguei. Ele simplesmente não se importava com seus sentimentos porque, para ele, era mais importante ter certeza de que todos estavam bem e que não havia problemas. Certo, todos o amavam, mas não conheciam o verdadeiro Adonis, e isso me irritava. As pessoas julgam rápido. Agora ele tinha alguém com quem compartilhar seus sentimentos, alguém com quem poderia se abrir e alguém que poderia compartilhar a pressão sobre ele. Todos os livros que li ao longo dos anos nunca poderiam ter me preparado para a responsabilidade de ser uma rainha. Mas quando olhei para Adonis, eu sabia que com ele ao meu lado, eu poderia fazer qualquer coisa que eu quisesse, e queria que ele soubesse que estaria sempre com ele. Há tempos que a ideia de escapar já tinha desaparecido da minha mente agora. Não havia nenhuma maneira de eu deixar Adonis. Ele fazia parte de mim, e eu não seria capaz de sobreviver sem ele. — Não faça isso, Adonis. — Quebrei o silêncio. Ele olhou para mim, confuso, e eu suspirei. — Não desista, — eu disse a ele. — Eu nunca vou desistir. Eu tenho que encontrar a pessoa que matou aquela garotinha e que drogou minha companheira sob a porra do meu próprio teto, — ele rosnou. Minha Lycan e eu concordamos que Adonis precisava se acalmar, e a primeira coisa que me veio à cabeça foi subir no colo de Adonis, assim montei nele. Eu segurei aquele lindo rosto em minhas mãos e respondi: — Essa raiva não vai ajudar você a pegar o bastardo. Sei que você se sente derrotado porque não conseguiu arrancar muitas informações dos pais, mas você é inteligente. Você vai encontrar pistas e vai pegar esse filho da puta e fazê-lo pagar. Adonis sorriu para mim e pressionou seus lábios contra os meus. Foi um beijo lento, mas ainda assim incrível. Ele quebrou o beijo e encostou sua testa na minha. — Quando Gabe encontrou Lexi anos atrás, fiquei muito feliz por ele, mas estava com ciúmes. Com ciúme por não conseguir encontrar minha companheira. As pessoas costumavam me olhar; eu estava ciente do que todos eles pensavam. Alguns dias, tudo que eu queria fazer era me esconder no meu quarto, mas pensava em minha companheira. Eu queria deixá-la orgulhosa, mesmo que nós dois não soubéssemos um do outro. — Adonis sorriu tristemente. Eu não pude evitar as lágrimas que escaparam dos meus olhos. Ouvi- lo dizer essas palavras realmente machucou meu coração. Ele estava sofrendo e não havia nada que eu pudesse fazer. — Ei, não era para você chorar. — Adonis riu suavemente, enxugando as lágrimas que caíam. — Eu me sinto uma idiota. Enquanto você estava aqui tentando fazer o seu melhor por causa de sua companheira, o que eu estava fazendo? Sofrendo por um idiota que me conquistou com uma conversinha mole. Revendo tudo, eu nem sei o que deu em mim. Ele disse algumas coisas doces e me prometeu o mundo, e eu esperei como uma idiota completa. — Eu balancei minha cabeça, com vergonha de mim mesma. — Você era jovem, não se esqueça disso. Obviamente, esse cara sabia o que dizer para você. Seu passado não define quem você é agora, — disse Adonis, enxugando outra lágrima que caia. — Você está cheio de bons conselhos. — Eu sorri. — Valeu a pena, — respondeu Adonis. — Valeu a pena? O quê? — Eu perguntei, confusa. — Valeu a pena esperar todos esses anos por você. Valeu a pena desconsiderar meu conselho até o último minuto porque você entrou na minha vida. Eu faria tudo de novo para encontrar você. — Adonis respirou meu cheiro e fechou os olhos, como se o estivesse saboreando. — Você não pode dizer essas coisas e esperar que eu não chore. — Eu bati nele de brincadeira enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto. Adonis beijou os dois lados do meu rosto, onde as lágrimas estavam caindo. — Ainda por cima você é fofa. — Ele piscou. Revirei os olhos antes de responder, — Tanto faz. Mas, falando mais sério, tenho a sensação incômoda de que quem fez isso atacará novamente. Portanto, precisamos nos unir. Nós vamos encontrar esse bastardo, mas para fazer isso, temos que trabalhar juntos. Adonis acenou com a cabeça. — Você está certa, eu tenho o mesmo sentimento. — Antes de mais nada, deixe-me falar com os pais da garota. Talvez eles tenham se sentido intimidados por você, então deixe-me ver se consigo alguma informação, — eu disse a ele. Adonis olhou para mim com relutância, mas logo acenou com a cabeça. — Ok. Mas eu estarei lá fora. Não vou mais arriscar. Bem, isso é o melhor que eu vou conseguir de qualquer maneira. Eu balancei a cabeça e Adonis se levantou, me levantando com ele. Ele me colocou no chão e eu sorri. — Vamos apostar uma corrida? Adonis deu uma risadinha. — Por mais que eu adorasse, acho que não. Obviamente, eu estava prestes a reclamar, mas Adonis me pegou no estilo noiva e começou a correr. Ele era corajoso. Eu não conseguia correr tão rápido, mas também só me tornei uma Lycan há alguns dias! Mesmo estando aborrecida, não me importei muito porque significava muito estar nos braços de Adonis e, quem sou eu para reclamar disso? Quando chegamos à frente do palácio, Adonis me deixou cair e eu estava prestes a sair correndo, mas ele segurou minha mão, me impedindo. De mãos dadas, caminhamos pelo palácio e direto para seu escritório. Evan, Gabe, Lexi e até mesmo Niya já estavam lá. Niya deu um pulo e seus olhos percorreram meu corpo. — Você está bem? Como você saltou tão alto e não quebrou nada? — Vantagens de ser uma Lycan, eu acho, — respondi. Como todos estavam sentados, decidi sentar-me com Niya, mas Adonis tinha outras ideias e me puxou para o seu lado. — Oh, ótimo. Agora os pombinhos estão sentados um com o outro. Graças a Deus ela fugiu para a floresta para que eles pudessem fazer o que quisessem por lá. — Evan fingiu vomitar. Tanto Adonis e eu olhamos para Evan, e Gabe bateu em Evan na parte de trás de sua cabeça. — Agora não é a hora nem lugar, mano. Você terá sua bunda chutada pelos dois, — Gabe disse. — Correto. Vamos continuar. — Evan sorriu para Adonis. Adonis revirou os olhos e perguntou: — Como estão os pais? — Estão bem, eu tenho três guardas fora do quarto e dois abaixo da janela, — respondeu Gabe. Adonis acenou com a cabeça, satisfeito, e então perguntou: — O prisioneiro? — Na cela como você pediu. Ainda não o questionamos — Evan respondeu, seus olhos brincalhões ficaram sérios. Acho que ele também não era ã da pessoa que manteve sua companheira na ponta de uma faca. Adonis balançou a cabeça lentamente e olhou para mim. — Devemos fazer uma visita ao nosso prisioneiro? — Seus olhos estavam cheios de raiva e alegria. Claramente, seu Lycan estava animado com isso. Eu balancei a cabeça e estava prestes a me levantar, mas alguém bateu na porta. Eu não reconheci o cheiro, mas os homens reconheceram enquanto trocavam olhares confusos. Antes que eu pudesse perguntar, uma mulher de meia-idade abriu a porta lentamente. Meus olhos se arregalaram quando percebi quem era. Como eu poderia não saber? Ela tinha os mesmos olhos da menina. — Está tudo bem? Precisa de alguma coisa? — Adonis perguntou. — Vossa Majestade, quero falar com você, — perguntou a senhora, olhando diretamente para mim. Adonis olhou para mim e depois de volta para a senhora. — Claro, podemos ir para outro lugar. Ela balançou a cabeça. — Eu tenho que falar com a rainha. Sozinha. Uma sensação desconfortável se instalou em mim enquanto eu olhava para o pânico nos olhos da senhora.... Capítulo 26 Olhando para Adonis, eu sabia que ele recusaria, mas algo me disse que eu precisava falar com essa senhora. Antes que Adonis pudesse dizer qualquer coisa, me levantei e concordei. — Venha, vamos para algum lugar privado e ninguém nos seguirá. — Eu olhei para Adonis, que olhou de volta para mim. Seus olhos não me abandonaram até eu sair da sala com a senhora. Ele ficaria chateado, mas eu lidaria com isso mais tarde; não era nada de mais. Desci as escadas e notei os olhos da senhora constantemente olhando ao redor; suas mãos tremiam. Uma sensação desconfortável se estabeleceu em mim, mas me deixou mais determinada a descobrir o que diabos estava acontecendo. Assim que alcançamos uma sala isolada do palácio, entramos e fechei a porta atrás de nós. Não havia ninguém por perto, ali deveríamos estar seguras. Sentei-me e fiz sinal para a senhora se sentar também. Ela me deu um pequeno sorriso e se sentou à minha frente. — Em primeiro lugar, gostaria de dizer o quanto lamento a perda da sua filha. Eu gostaria de poder ter acordado e a salvado. — Eu balancei minha cabeça. — Não, por favor, não se culpe. Nós não te culpamos. É nossa culpa por não ouvir o aviso. — Ela enxugou uma lágrima que caiu. — Aviso, que aviso? — Eu perguntei, minhas sobrancelhas levantadas em confusão. Ela suspirou antes de responder: — Alguns dias antes, um homem veio à nossa casa, dizendo ser do palácio. — Ele nos disse que sabia que meu marido tinha ficha criminal e que tinha se candidatado para ser guarda do palácio. — Ele disse que nunca o aceitariam por causa de seu histórico, mas disse que poderia nos ajudar se o ajudássemos primeiro. Eu disse a meu marido para não aceitar, mas ele aceitou porque meu marido queria desesperadamente o emprego. — Este homem nos disse que tínhamos que entrar sorrateiramente no palácio e colocar algo na comida. — Ele alegou que a comida ia para os prisioneiros e queria um deles morto, mas não podia fazer isso sozinho porque era muito conhecido. Eu me neguei, mas meu marido concordou. — O homem disse-nos que se não fizéssemos o nosso trabalho, ele saberia e pagaríamos o preço com a vida da nossa família. — Meu marido entrou no castelo; no entanto, ele não colocou nada na comida porque não sabia o que era e começou a ter dúvidas. — No dia seguinte, quando acordamos, nossa filha havia sumido e nós sabíamos o porquê. Aquele homem pegou minha filha e a matou. A pobre senhora começou a chorar e meu coração doeu por ela. Que homem vil e asqueroso! Mas quem era esse homem? Ouvir o que a senhora disse aumentou minhas dúvidas de que esse homem deveria ser alguém que conhecia muito bem o palácio. Mas quem? — É por isso que você está nervosa? É por isso que seus olhos ficam olhando ao redor? — Eu questionei. — Sim, receio que ele esteja aqui. — A senhora tremia de medo. O bastardo doente que fez esta pobre senhora se sentir assim pagaria com a vida. Quão doente pode ser alguém que sequestra uma criança indefesa e a mata de maneira tão violenta? — Você estará segura aqui. Nada vai acontecer com você. — Eu segurei suas mãos. — Você pode me dizer como ele era? Qualquer mínimo detalhe pode ajudar, — eu perguntei, tomando cuidado para não fazer muitas perguntas. — Não me lembro muito, mas lembro que ele tinha uma cicatriz no rosto. Pareciam marcas de garras sobre um olho. — Ela estremeceu. Bem, essa informação era valiosa. Quantas pessoas têm marcas de garras no rosto? Eu estava prestes a agradecer à senhora, não querendo pressioná-la por mais informações, quando a porta se abriu. Adonis entrou furioso e perguntou: — E a cor do cabelo dele? A cor dos olhos dele? Qual era a altura dele? A senhora olhou para mim com medo nos olhos. Ela deu um pulo e murmurou: — Eu falei demais. Ele vai me matar. Ele vai me matar... Ela correu para fora da sala com pressa. Merda, isso não era para acontecer. Eu olhei para Adonis e disse: — Que porra foi essa? Esta era para ser uma conversa particular entre nós duas. Por que você entrou? Adonis zombou, — Eu não iria deixá-la sozinha. Eu só ouvi a última parte. Mas preciso de mais informações. Ele se virou, mas eu o puxei de volta e rosnei. — Você acabou de estragar tudo. Você não viu como ela ficou apavorada quando você decidiu irromper com todas as suas perguntas? Pela primeira vez na vida, você não poderia simplesmente fazer o que te pedi? Às vezes, há coisas para as quais você não é necessário. — Eu sou o rei. Sempre sou necessário. Não entendo por que ela contaria tudo a você e não a mim. — Adonis balançou a cabeça. Minha raiva não estava cessando. — Porque, Adonis, você é assustador. Você é o rei, e essas pobres pessoas tem medo de você. Aquela pobre senhora queria falar com alguém que a entendesse, e não era você. Mas você simplesmente não conseguiu lidar com isso, não é? Você teve que interferir e estragar tudo. Eu estava prestes a conseguir a informação que precisamos se você tivesse se controlado. Adonis olhou para mim. — Eu digo as ordens, não você. Você obedece minhas regras, fim de... — Eu obedeço às suas regras? Quer saber, vá se foder. Boa sorte em conseguir a informação daquela senhora, Vossa Alteza, — eu zombei. Eu não esperei pela resposta de Adonis e saí furiosa. Minha raiva deve ter transparecido, pois, os servos saíam do caminho e me olhavam preocupados. Passei pelo escritório de Adonis, onde estavam todos os meus amigos. Niya me olhou preocupada, mas não prestei atenção. — Diga ao seu rei que é melhor ele não chegar perto de mim, — eu disse, em voz alta, é claro, porque queria que Adonis ouvisse. Evan e Gabe se entreolharam com preocupação, enquanto eu corria em direção ao meu quarto temporário e batia a porta, fazendo tudo balançar. Como ele ousa dizer essas palavras para mim? Eu não vou deixar ele me tratar assim. Ele precisa aprender que nem sempre está certo. Adonis pode ser o rei, mas ele precisa entender que às vezes os outros podem ajudá-lo. Ele não está sempre certo, porra. Eu o ouvi antes de vê-lo. A porta estava trancada quando ele girou a maçaneta e rosnou no corredor. — Tudo bem, você quer brincar. Vou quebrar essa maldita porta, — Adonis rosnou. Oh não, de novo não. Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, abri a porta e olhei para ele. — Você acha que quebrar essa porta vai te ajudar? Você estragou tudo e agora tem que consertar. Arrombar essa porra de porta não vai te ajudar. Adonis parecia confuso quando bati a porta e a tranquei. — Talvez você deva rastejar como um humano, e eu posso te perdoar, — eu gritei. Adonis não disse nada depois disso, provavelmente percebendo o quão zangada eu realmente estava. Bom, isso lhe ensinaria uma boa lição. Hoje foi outro dia agitado e não ter Adonis me fez sentir solitária, mas ele não saberia disso. Então, decidi tomar um banho. Seria uma boa maneira de relaxar e tirar minha mente de Adonis e suas merdas por algum tempo. Tomei um banho demorado, deixando a água quente relaxar meus músculos e esquecer temporariamente meus problemas. Quando finalmente decidi sair, rapidamente me troquei e saí do banheiro. Nenhum sinal de Adonis ainda. Ele ainda estava pensando em como se desculpar? Uma batida na janela me fez pular. Aquele era Adonis? Por que ele estaria vindo da janela? Caminhei em direção à janela e abri as cortinas. Não havia ninguém lá. Merda, eu estava imaginando coisas? Quando eu estava prestes a fechar as cortinas, algo caiu e ficou pendurado na frente da minha janela. Meu coração afundou e eu engasguei. Não, não, não. Isso não estava acontecendo. Meus sentimentos devem ter sido poderosos o suficiente para Adonis, quando ele irrompeu pela porta e me procurou. Meus olhos se encheram de lágrimas quando apontei para fora da janela. Adonis praguejou e passou as mãos pelos cabelos. Foi tudo culpa minha. Desta vez foi por minha conta. Adonis me afastou da janela, mas continuei olhando. Olhando para a cabeça que estava pendurada. A cabeça daquela pobre senhora. A pobre senhora que estava com tanto medo de ser morta, e eu prometi que ela ficaria bem. Quebrei essa promessa; ela foi assassinada. Assim como sua filha. Adonis me sentou ao lado da cama e se ajoelhou. — Não ouse culpar a si mesma. Você não sabia que isso ia acontecer. — Eu prometi a ela que ela estaria segura. — Eu olhei para Adonis. Ele enxugou as lágrimas e chamou Gabe e Evan. Ambos pareciam solenes enquanto olhavam pela janela. — Isso não parece bom, Dimitri, — Gabe disse. — Eu sei. Estou bem ciente disso, — Adonis cuspiu. — Vá e descubra onde a cabeça dela está pendurada e onde está o resto do seu corpo, — Adonis ordenou. Ambos acenaram com a cabeça antes de sair. Adonis se sentou ao meu lado e tentou segurar minha mão, mas eu a afastei dele. — Alguém quer você. Precisamos saber o porquê e rápido. — Suspirei. — Eu tenho muitos inimigos, pequenina. — Adonis balançou a cabeça. — Bem, por enquanto você só tem um. E não podemos perder tempo; ele precisa ser encontrado antes que mais pessoas inocentes percam a vida, — respondi. Adonis acenou com a cabeça. — Você está certa, como sempre. Eu sou aquele que sempre bagunça — É essa a sua maneira de se desculpar comigo? — Eu perguntei. — Depende; funcionou? — Adonis questionou. — Não, — respondi sem rodeios. — Eu não pensei que fosse. Às vezes digo coisas que não quero dizer. Fiquei preocupado quando você saiu com ela. Eu simplesmente não conseguia lidar com a ideia de algo acontecendo com você. — Adonis olhou para mim. — Você precisa confiar em mim, Adonis. Se eu realmente estivesse com problemas, você sentiria. — Eu toquei seu peito. — Eu confio em você, mas não confio nos outros. — Ele suspirou. — Isso é algo que você terá que trabalhar em outra hora. Agora temos questões importantes com que lidar, — respondi. — Alguém está tentando minar meu governo. Tentando provar que não sou capaz de ser rei, — Adonis rosnou. — Então, prove a eles que você é. Prove a eles que eles mexeram com o rei errado. Mostre a todos quem Adonis Dimitri Gray realmente é. — Eu olhei pra ele. Adonis sorriu, sua determinação aparecendo em seus olhos. Eu sinto muito por quem pensou que poderia mexer com Adonis porque eles têm outra coisa vindo. Capítulo 27 A determinação de aço nos olhos de Adonis nunca desapareceu quando ele agarrou minha mão e saímos da sala. Claro que eu ainda estava com raiva dele, mas esse vínculo de companheira estava tornando mais difícil para mim ficar com raiva dele. Voltamos para seu escritório, onde Lexi e Niya ainda estavam sentadas. Eles pularam quando nos viram e olharam para Adonis, preocupados. Adonis não prestou atenção a eles enquanto caminhava direto para sua mesa e pegou o telefone. — Traga Luke aqui agora, — Adonis exigiu. Ele olhou para Lexi e Niya. — Vocês duas vão buscar seus companheiros. Nenhuma delas disse uma palavra, apenas acenaram com a cabeça e saíram. Acho que elas sentiram a raiva de Adonis e não queriam provocá- lo. Adonis nem mesmo me deu a chance de sentar; ele me puxou para baixo, então eu estava sentada em seu colo. Com raiva, tentei me levantar e sair, mas Adonis me segurou. Fodidamente companheiro forte, eu não poderia deixar seu abraço. Adonis rosnou e disse: — Se você continuar se movendo assim, não serei responsável pelo que acontecerá a seguir. Um Lycan não tem muito autocontrole quando se trata de seu companheiro. Ah Merda. Eu imediatamente parei de me mover e senti o calor subir pelo meu rosto. Imagens de Adonis me levando sobre sua mesa invadiram minha mente, e eu praguejei. Não era hora de pensar nisso. Eu balancei minha cabeça para tentar limpar as imagens da minha cabeça. A última coisa que eu precisava era ser distraída pela minha mente suja. Não demorou muito para que todos aderissem. O escritório de Adonis era grande o suficiente para todos, então decidi me levantar de seu colo e sentar ao lado de Niya. Estar perto de Adonis não estava funcionando bem para mim nem para o meu corpo. Eu sabia que ele estava bravo com a minha mudança, mas ele não disse nada. Luke e Sophia se juntaram a nós dessa vez. O rosto solene de Luke me disse tudo que eu precisava saber. Sophia segurou a mão de seu companheiro, provavelmente confortando-o depois do que acabou de acontecer. — Já chega, esse idiota já jogou conosco, mas é hora de mostrarmos com quem ele mexeu, — Adonis rosnou. Evan e Gabe concordaram com a cabeça. Niya segurou minha mão e eu respirei fundo. — Luke, você descobriu se algum dos seus homens viu alguma coisa? — Adonis perguntou. — Eles disseram que havia apenas um guarda que eles não reconheceram. Ele tinha uma cicatriz no rosto. — Luke parecia zangado. — Uma cicatriz? — Meu coração estava disparado quando sete pares de olhos se viraram para olhar para mim. — Cicatriz que parecia marcas de garras, — murmurei baixinho. — Aarya? — Niya olhou para mim, confusa. — A dama. Ela me disse que o homem que a ameaçou tinha uma cicatriz que parecia marcas de garras no rosto. Tem que ser o mesmo cara, — respondi. Adonis agarrou a lateral de sua mesa. Tanto Evan quanto Gabe olharam para Adonis, preocupados. Luke olhou para a parede em silêncio, mas seu aperto na mão de Sophia me deixou preocupado. — Dimitri, poderia ser? — Gabe começou. — Não, é impossível, — Adonis interrompeu Gabe. — Eu acho que você precisa verificar, — Gabe tentou novamente. O que estava acontecendo? Verificar o quê? Eu olhei para Luke, que parecia torturado. Eu vi sua dor refletida em seus olhos. Por que ele estava com dor? Meu olhar encontrou o de Adonis, que olhou para mim e suspirou. Ele pegou o telefone e o aproximou do ouvido enquanto discava. Gabe se sentou ao lado de Lexi, que segurou sua mão. Evan olhou para Niya; ele queria seu conforto. Niya parecia em conflito, mas eu sabia que Evan precisava de Niya. Então, me levantei e fiz sinal para Evan sentar-se. Ele olhou para mim, agradecido, enquanto se sentava ao lado de Niya. Eu olhei para meu companheiro, que estava olhando para um buraco na parede. A tensão na sala era evidente, mas por que eu ainda não tinha certeza. Adonis olhou para mim e estendeu a mão para mim. Peguei sua mão e ele puxou-a para o lado, segurando-se em mim para salvar a vida. Pareceram horas quando, na verdade, passaram-se minutos antes que alguém atendesse. Adonis me apertou com mais força e fez algumas perguntas para a pessoa ao telefone. De repente, seu aperto afrouxou e ele se afastou de mim. — Você está me dizendo a verdade? Vá e olhe novamente. — Adonis estava respirando rápido. A resposta que ele obteve claramente o irritou quando ele jogou o telefone na parede, fazendo todos nós pularmos. O telefone se quebrou em pedacinhos. — Bastardo. — Adonis passou as mãos pelos cabelos. Olhei para Gabe e Evan, que pareciam zangados. O que estava acontecendo? — Fanculo, quel bastardo fuggi. — Ele caminhou pela sala. (Porra, aquele bastardo escapou. ) — Dimitri tende a falar em italiano quando está extremamente irritado, — disse Evan. Mesmo sendo a hora errada, não pude deixar de pensar em como Adonis soava gostoso quando falava italiano. — Sua reação nos diz tudo o que precisamos saber. — Gabe balançou a cabeça. — Mas como? Como isso pode ter acontecido? — Evan parecia confuso. — O que está acontecendo? De quem você está falando? — Eu perguntei. Adonis girou a cabeça tão rápido que pensei que ele fosse quebrar o pescoço. Ele caminhou em minha direção e me pegou. Sabendo que ele estava com raiva, decidi que seria do interesse de todos se eu não me movesse ou o irritasse ainda mais. Adonis enterrou o rosto no meu pescoço e respirou fundo. — Non ti porterà via da mim, — ele murmurou. (Ele não vai tirar você de mim.) — Não sei o que você está dizendo, Adonis. — Suspirei. — Como diabos isso pôde acontecer? — Adonis rosnou, levantando a cabeça e olhando para todos. — Estamos tão confusos quanto você. — Gabe balançou a cabeça em descrença. — Eu ainda estou sem noção aqui, — eu tentei novamente. Adonis não prestou atenção em mim quando me colocou em sua mesa e ficou entre minhas pernas, de modo que eu estava de frente para todos os outros. Porra, não, eu queria saber o que estava acontecendo. Eu empurrei Adonis para longe, pulei da mesa e fiz meu caminho para o outro lado. Adonis soltou um gemido de frustração, enquanto Evan e Gabe pareciam se divertir. — Eu sei que é a hora errada, mas isso é engraçado. — Evan sorriu. — Eu concordo, sua companheira é teimosa como você, Dimitri. — Gabe riu. — Maldição se eu sou. Então, você vai me dizer o que está acontecendo. — Eu olhei para Adonis. — Não se esqueça de que ainda estou com raiva de você, — acrescentei. — Esse é um código feminino para 'É melhor você me dizer o que está acontecendo se quiser que eu o perdoe'. Eu sei disso. — Evan parecia satisfeito consigo mesmo. — Oh sim? Como você sabe disso tão bem? Você irritou muitas garotas? — Niya ergueu as sobrancelhas. — Huh? Não, não! Não é isso que quero dizer... eu... bem, eu só. — Evan tropeçou em suas palavras. Estava claro que Niya estava apenas brincando com Evan. Seus olhos brilharam com malícia, mas o pobre Evan não tinha ideia. Em vez disso, o pobre rapaz estava lutando para encontrar as palavras para explicar a sua companheira o que ele queria dizer. — Evan, ela estava apenas brincando com você. — Eu ri. Niya riu. — Sua reação foi a melhor. — Você estava apenas brincando comigo? — Evan parecia atordoado. — Uau, minha companheira é um palhaço como eu. — Evan tinha um sorriso enorme no rosto. — Sim, mas ela é muito melhor do que você. Ela realmente nos faz rir. — Gabe deu um tapinha no ombro de Evan. Todos nós rimos, mas nosso pequeno momento durou pouco quando Luke se levantou e bateu com a mão na mesa, fazendo alguns de nós pularem. — É o suficiente. Agora não é a hora certa para rir. Temos sérios problemas para lidar, Aarya. Estar com raiva de Adonis ou ser intrometida não está ajudando. Algumas coisas não são feitas para você saber. A sala de repente ficou em silêncio e eu dei um passo para trás. Eu nunca tinha visto Luke tão bravo, e suas palavras pareciam um ataque pessoal contra mim. — Você percebe que parece uma criança mimada por não conseguir o que quer? — Luke balançou a cabeça para mim. Suas palavras cortaram fundo e me fizeram pensar, eu estava realmente agindo assim? — Luke! — Sophia exclamou, puxando Luke e sentando-o de volta. — Eu... eu sinto muito. Eu não sabia que era assim que estava agindo. — Eu balancei minha cabeça, desapontada comigo mesma. — Desculpe? Por que diabos você está arrependida? Ele deveria se desculpar por falar com você assim, — Adonis cuspiu. Todos ficaram em silêncio enquanto Adonis lançava punhais para Luke. Meu olhar encontrou o de Evan e Gabe, que estavam olhando preocupados entre Luke e Adonis. Luke se levantou. — Ela não consegue saber. Não é da conta dela, e não é como se você estivesse morrendo de vontade de contar a ela de qualquer maneira. — Ela tem um nome, e é Aarya. E ela é a sua rainha. Mostre a ela o respeito que ela merece. — Adonis agarrou sua mesa. — Eu sei disso, e eu a conheci antes que ela fosse rainha. Estou lhe dizendo isso como seu amigo. Eu não quero que ela saiba, — Luke disse. — É o suficiente! — Adonis gritou, quebrando sua mesa ao meio. — Puta merda! — Evan puxou Niya e eu para longe bem a tempo quando pedaços da mesa quebrada voaram para todos os lados. Evan tinha eu e Niya em seus braços enquanto todos nós ficávamos lá chocados. — Minha companheira, minha rainha saberá de tudo, e se você não gostar disso, então pode se foder. — Adonis caminhou até Evan, que me deixou ir. Adonis me puxou para seu abraço. Meu coração ainda estava disparado a um milhão de milhas por hora, e eu não conseguia acreditar no que acabara de testemunhar. — Mi dispiace amore mio. — Adonis sussurrou. (Sinto muito, meu amor. ) — Espero que isso signifique que você sinta muito, — adivinhei. Adonis acenou com a cabeça e eu suspirei. — Gabe, peça a alguém para limpar isso. Eu arrastei Adonis para fora, e todos os outros o seguiram. Este dia estava piorando; precisava acabar. Adonis olhou para todos. — Acho que precisamos continuar esta conversa, então vamos para o meu segundo escritório. — Você tem um segundo escritório? — Eu perguntei. — Claro que ele tem. Você não quer saber quantas mesas ele costumava quebrar. — Evan balançou a cabeça. Adonis ignorou Evan e todos nós fomos para o segundo escritório. Assim que todos estavam confortáveis, Adonis pigarreou. — Eu direi a todos o que eles precisam saber. Se alguém tiver problemas com isso, eles são mais do que bem-vindos para sair. — Adonis olhou feio para Luke, que manteve a cabeça baixa. — Esse cara com uma cicatriz no rosto é alguém que conhecemos. Ele era alguém próximo de todos nós, todos o amavam, mas ele enlouqueceu. Ficou louco depois de perceber que não seria um Lycan com poder. Um Lycan louco é perigoso, seu lado humano está perdido e eles destroem tudo em seu caminho. Este homem era irmão de Luke, e a cicatriz em seu rosto foi causada por mim. — Adonis suspirou. Ninguém disse nada quando as palavras foram penetradas. Luke tinha um irmão? Não admira que ele não quisesse que ninguém soubesse. Luke olhou para baixo, envergonhado, enquanto Sophia confortava seu companheiro. — Ele foi levado e trancado em uma cela no subsolo. Nenhum de nós poderia matá-lo porque todos nós o amávamos em determinado momento. Adonis ligou para verificar se ele ainda estava lá, mas ele escapou. Isso confirmou nossos piores pensamentos. Ele está aqui fora e está vindo até nós, — Evan concluiu. — O que o deixou louco? — Eu perguntei. — Poder, ou falta dele. Ele queria ser um Lycan com poder, mas Adonis nunca deu a ele o que ele queria. Ele estava com raiva porque seu irmão mais novo recebeu um título, mas ele não tinha um, — Luke respondeu. — Eu nunca dei um título a ele porque sabia que ele era imprudente, mas ainda me importava com ele como um irmão. Mas um erro meu causou muito derramamento de sangue. — Adonis balançou a cabeça. — Meu irmão não vai parar até que todos nós estejamos mortos. Em sua mente, somos a razão de ele estar preso naquela cela. O que me preocupa agora é que temos companheiras. Ele poderia fazer qualquer coisa. — Luke olhou para Adonis, preocupado. — Adonis, você ouviu o que aquela senhora disse? Você não percebeu? — Eu questionei. — Não queria acreditar que era a mesma pessoa. Acho que estava em negação até que estivéssemos todos no escritório. — Adonis suspirou. — Qual o nome dele? — Niya perguntou. — Bradley. — Luke parecia aflito ao dizer o nome do irmão. Luke se levantou. — Eu tenho que avisar meus pais. Adonis acenou com a cabeça. — Você vai. Luke foi embora com Sophia, e todos nós ficamos sentados em silêncio. — Está tudo bagunçado. — Evan parecia perturbado. — Lembre-se, ele não é a mesma pessoa que amávamos quando era irmão. Ele é um louco e provavelmente não tem mais humanidade. Precisamos estar vigilantes em todos os momentos. — Adonis olhou para Gabe e Evan. — Mantenha suas companheiras por perto; não as perca de vista, — acrescentou. Gabe puxou Lexi para mais perto dele, enquanto Evan apenas ficou perto de Niya, certificando-se de que ele não a estava deixando desconfortável. — Acho que é o suficiente por hoje. Todos nós precisamos nos encontrar aqui amanhã de manhã e discutir nossos próximos passos. — Adonis dispensou todos. Niya apertou minhas mãos antes de sair com Evan logo atrás. Éramos apenas eu e Adonis agora. Eu olhei para ele, mas ele já estava olhando para mim. — E agora? — Eu perguntei. — Agora, vamos descansar. Acho que é a melhor coisa depois de hoje, — respondeu ele. — Não pense que ainda não estou zangada com você. — Eu revirei meus olhos. Ele sorriu. — Eu quero ver quanto tempo isso pode durar. Voltamos para o nosso quarto e nos preparamos para dormir. Meus olhos olharam para a janela onde a cabeça daquela pobre senhora estava pendurada, e eu estremeci. — Nada vai te machucar enquanto eu estiver aqui. — Adonis passou os braços em volta da minha cintura. Sua presença acalmou meu coração acelerado e eu dei um suspiro de alívio. — Venha, vamos para a cama. — Adonis me levou para longe da janela. Eu fui para a cama, mas antes que pudesse ficar confortável, me virei para Adonis. — Desde quando você pode falar italiano? — Eu perguntei. — Desde que eu era criança, — Adonis respondeu. — Ok... então quando você ia me dizer? — Eu pressionei. — Não é grande coisa eu falar outro idioma. Muitas pessoas fazem. — Adonis me olhou como se eu fosse louca. — Preciso aprender italiano, então vou saber o que você está dizendo. — Fiz uma nota mental dentro da minha cabeça. — É disso que se trata. Você só quer saber o que estou dizendo. — Adonis sorriu. — Sarà divertente. — (Isso vai ser divertido. ) — O que você disse? É melhor você não estar zombando de mim, — eu avisei. — Hmm... acho que você descobrirá quando começar a aprender italiano. — Adonis sorriu e me puxou em sua direção. — Chega de conversa, eu só quero te abraçar esta noite. — Adonis suspirou. Fiquei confortável contra Adonis, aconchegando-me em seu calor. Era disso que eu precisava. O que nós dois precisávamos. — Os tempos vão ficar difíceis, não vão? — Eu disse. — Sim, mas nada vai acontecer com você, — respondeu Adonis. — Eu sei, agora sou uma Lycana. — Eu ri. — Isso você é, mas você precisa de treinamento. Teremos uma sessão amanhã. — Adonis estourou minha bolha. — Eu não quero, — eu murmurei em seu peito. O treinamento significa um despertar cedo. Acordar cedo significa que tenho que deixar o conforto da minha cama, e não estava preparada para isso. Adonis deu uma risadinha. — Minha rainha precisa ser treinada para que possa cuidar de si mesma, o que significa que vou acordar você. Excelente. Não sei se sobreviveria treinando com Adonis. Minha Lycan já estava me empurrando para acasalar com ele, e vê-lo treinando da última vez afetou meu corpo. Merda, é melhor eu não pensar nisso porque Adonis pode não ser capaz de se controlar. — Multar. — Suspirei. Adonis sorriu. — Durma agora. Assim que ele disse essas palavras, meus olhos ficaram pesados e meu corpo de repente ficou exausto. Acho que era hora de dormir. Eu bocejei e me aninhei em Adonis, que aumentou seu aperto em volta de mim. E foi assim que adormeci, nos braços do meu rei. Capítulo 28 — E de novo. Bata mais forte, — Adonis gritou para mim. O suor escorria pela minha testa quando suspirei e acertei o saco de pancadas novamente. Você pode estar se perguntando o que estava acontecendo. Eu também. Adonis foi fiel à sua palavra; ele me acordou cedo e me carregou para a sala de treinamento. Como éramos apenas nós dois, eu poderia usar um sutiã e shorts esportivos sem me preocupar com Adonis arrancando os olhos de algum cara. Ele realmente me empurrou para os meus limites e além. Sem pausas e treinamento constante, meu corpo doía, mas Adonis continuou a me empurrar. Agora eu estava praticando o fortalecimento da minha força. Bater neste saco de pancadas continuamente por vinte minutos enquanto Adonis ficava no canto e gritava para eu bater com mais força realmente me fez desejar que ele fosse esse saco de pancadas. Isso seria muito satisfatório. Ele não era meu companheiro agora; ele era meu treinador. Seu rosto estava vazio de qualquer emoção, o que tornava mais difícil para mim tentar sair do treinamento. Esse Adonis não tolerava ninguém, então eu estava presa. Enxugando o suor da minha testa, me virei para Adonis. — Pausa de cinco minutos? Ele estreitou os olhos para mim antes de responder: — Estou cronometrando você. Obrigado porra. Tirei as luvas e desabei no chão. Meu corpo não estava acostumado a tanto treinamento. Não era que eu não estivesse em forma nem nada... mas quem realmente gostava de treinar por horas a fio quando você poderia estar na cama assistindo TV? — Cinco minutos se passaram! — Adonis gritou, fazendo-me pular. Urgh, por que isso passou tão rápido? O tempo estúpido sempre passa devagar outras vezes, como quando você termina o exame. É claro que, quando você quiser que vá devagar, nunca vai. — Coloque as luvas, vamos lá, — gritou Adonis. Gemendo, peguei as luvas e retornei a socar. Desta vez imaginei que a bolsa fosse Adonis porque agora ele não estava no meu bom livro. Eu bati no saco de pancadas várias vezes antes que ele caísse e se espalhasse por toda parte. Ai, merda, não acho que isso deveria acontecer. — Bom, próximo exercício, — disse Adonis, afastando-se da parede e indo na minha direção. Huh? Eu deveria fazer isso? Uma parte de mim queria questioná-lo, mas a outra parte recusou, apenas no caso de ele decidir me fazer bater em outra bolsa. — Posturas de combate. Sua Lycan pode já ser um grande lutadora, mas você também precisa ser um grande lutadora em sua forma humana, — explicou Adonis. — Maldito seja, me dizendo que não sou uma boa lutadora, — murmurei. — Você disse alguma coisa? — Adonis perguntou. — Não, — respondi. — Eu quero que você copie as posturas que eu mostro a você. Ok? — ele disse. Eu apenas balancei a cabeça, querendo que o treinamento terminasse. Meu corpo estava todo suado e nojento. Eu precisava de um banho o mais rápido possível. Adonis gastou quase uma hora em posições de combate, como bloquear e se esquivar. Tudo doeu, mas eu me recusei a dizer isso a ele; não queria parecer uma covarde. É mais fácil dizer do que fazer. — Ok, isso é o suficiente por hoje, — anunciou Adonis. Soltei um grande suspiro. — Ok. Tchau. Finalmente, hora do banho. Tirar essas roupas de treino nojentas e colocar minhas roupas confortáveis. Ahh, eu não podia esperar. — Onde você pensa que está indo? — Adonis me puxou de volta para ele. Ele agora tinha um sorriso no rosto e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Eu o empurrei. — Oh, então agora você sorri? O que aconteceu com o Sr. Sem emoção? Parado lá gritando comigo toda vez que eu não acertava o saco de pancadas corretamente, ou corria muito devagar ou eu... Minha fala foi cortada quando Adonis me puxou para baixo, então nós dois acabamos no chão. Eu agarrei seus ombros e olhei para ele. — Para que foi aquilo? — Para fazer você calar a boca. — Ele sorriu. — O que quer que seja. Estou indo embora. — Eu revirei meus olhos. — Não, você vai ficar aqui. — Adonis passou os braços em volta de mim. — Mas estou uma bagunça suada, — reclamei. — Eu não me importo. — Ele encolheu os ombros. — Eu não poderia ser meu eu normal perto de você. Como você faria alguma coisa? — Adonis suspirou. — Huh? — Eu estava confusa agora. — Se dependesse de mim, eu teria levado você lá em cima e teria feito o que queria com você quando a vi pela primeira vez com essa roupa. Eu tive que ser o Sr. Sem emoção para que você pudesse realmente treinar, — explicou Adonis. — Então, basicamente, você ficou aí sério porque estava com tesão? — Eu ri. — Mmm... estou sempre com tesão perto de você. — Adonis beijou meu pescoço. Puta que pariu, o que ele estava fazendo? Seus lábios viajaram pelo meu pescoço até que encontraram os meus. A urgência do beijo me fez gemer e deu a Adonis a oportunidade de deslizar sua língua em minha boca. — Adonis... alguém vai ver, — eu ofeguei. — Ninguém vai interromper o rei. — Ele sorriu. — Bastardo arrogante, — eu murmurei antes que Adonis capturasse meus lábios novamente. Eu quebrei o beijo dessa vez, precisando de um tempo para recuperar o fôlego, mas isso não impediu Adonis. Ele arrastou beijos pelo meu pescoço. Seus lábios pareciam gostar do local onde meu pescoço e ombro se encontravam. — Foda-se, — eu gemi, envolvendo minhas mãos em seus cabelos. Eu o senti sorrir maliciosamente contra minha pele. — Foda-se, muito em breve. Isso soou como uma promessa e eu estremeci. Embaixo de mim, senti sua protuberância crescendo e sorri. Bem, dois podem jogar neste jogo. Certo, eu não tinha ideia do que estava fazendo, mas esperava que tivesse o efeito desejado sobre ele. Adonis estava muito ocupado para sequer notar quando eu sutilmente mudei minha posição e comecei a me esfregar em sua protuberância impressionante. Deus, quem sabia que isso era tão bom? Senti meu núcleo ficando mais úmido a cada segundo que continuei. Adonis soltou um gemido contra meu pescoço, fazendo-me esfregar contra ele mais rápido. — Se você não quiser que isso acabe com você deitada na minha cama nua, eu pararia agora. — Adonis parecia ter sido torturado. Minha mente estava nublada de desejo. Eu não conseguia pensar direito. Tudo que eu queria era Adonis, e eu o queria agora. Então, eu não prestei atenção ao seu aviso e, em vez disso, agarrei suas mãos e coloquei-as na minha cintura. Eu o olhei bem nos olhos e disse: — E se eu não quiser parar? — Porra. — Adonis não perdeu tempo me levantando e quase arrancando a porta das dobradiças. Ai, meu Deus, acho que acordei a besta. — Dimitri, seu quarto está consertado agora, — Gabe chamou. Adonis nem mesmo reconheceu seu amigo e, em vez disso, rosnou: — Meu andar está fora dos limites. Os guardas saíram do caminho enquanto Adonis voltava para o nosso quarto, batendo a porta e me jogando na cama. Eu nem tive tempo para pensar no que aconteceu aqui da última vez, enquanto Adonis me olhava com um brilho predatório em seus olhos. — Não há como voltar agora. Você disse essas palavras, vou levá-la e vou marcá-la. — Sua voz rouca me fez apertar minhas coxas enquanto eu sentia meu núcleo ficar mais úmido. Adonis fechou os olhos e resmungou: — Estou aqui tentando ficar no controle, mas você fica cada vez mais excitada? O calor subiu por minhas bochechas, e Adonis não perdeu tempo arrancando sua camisa e calças. — Você sabe o quão duro você me deixa? Toda essa sua provocação tornou tão difícil não arrancar suas roupas e empurrar meu pau em sua entrada apertada, — Adonis rosnou. Puta merda, eu nunca soube que uma conversa suja iria me excitar tanto. Adonis agarrou minha mão e a pressionou contra sua protuberância. — Veja, tudo isso porque você é um pouco provocadora. — Adonis se abaixou e mordeu minha orelha. — Não é minha culpa que você não aguente um pouco de provocação, — eu consegui dizer. — Hmm... eu não consigo lidar com provocações? Acho que devemos ver se você pode, mas não agora. Eu não tenho paciência, — Adonis sussurrou em meu ouvido, envolvendo seus braços em volta das minhas costas para que pudesse desfazer meu sutiã esportivo. Infelizmente, não era um sutiã adequado. Tinha que ser puxado pela minha cabeça, e Adonis não tinha tempo para isso. Em vez disso, ele arrancou meu sutiã e o jogou para o lado. — Uma coisa estúpida estava no meu caminho, — ele murmurou, inclinando-se e capturando um dos meus seios em sua boca. Eu engasguei e fechei meus olhos, saboreando a sensação de Adonis devorando meus seios. De repente, me vi querendo mais, querendo que Adonis me desse aquele prazer que só ele pode. — Adonis, — eu respirei. Ele parou seu ataque aos meus seios e olhou para mim. Meus olhos estavam cheios de desejo. — O que é bebê? O que você quer que eu faça? — Adonis olhou para mim. — Eu... eu... — Meu cérebro lutou para formular as palavras. — Mostre-me, baby, vamos, mostre-me, — Adonis sussurrou. Eu segurei sua mão e a coloquei no meu núcleo, que estava coberto pelo meu short e calcinha encharcados. Um olhar tortuoso tomou conta de seu rosto enquanto ele se arrastava para baixo, ficando cara a cara com o meu núcleo. — Você quer que eu faça você gozar? Nenhuma palavra saiu da minha boca, então eu apenas balancei a cabeça. Adonis sorriu e arrancou meu short e calcinha em um movimento. — Tudo que você precisava fazer era pedir, meu amor. Sua língua não perdeu tempo em lamber meu núcleo molhado. — Porra, você está tão molhada, — ele gemeu em meu núcleo. A língua de Adonis era mágica. Eu estava uma bagunça gemendo enquanto sua língua girava em torno do meu clitóris repetidamente. Eu agarrei seu cabelo, empurrando-o mais fundo em mim. desesperada para sentir aquela liberação que eu tanto queria. Seus golpes ásperos, trazendo-me cada vez mais perto até... Ele percebeu isso e agarrou minhas mãos, olhando para mim. — Não mais, bebê. Este é o seu castigo por me provocar constantemente. — Ele sorriu. O que? Ele não pode me deixar no limite assim! Eu estava prestes a abrir minha boca quando o notei puxando sua cueca. É — É hora do programa principal, baby. — Ele lambeu os lábios. Caramba, minha garganta secou com a visão dele. Ele era enorme. Como isso vai caber? Adonis percebeu meus nervos e me beijou lentamente. — Vai ficar tudo bem. Mantenha seus olhos em mim. Meu olhar estava preso em seus olhos castanhos enquanto ele lentamente entrava em mim. Meus olhos se fecharam automaticamente e Adonis rosnou. — Abra os olhos, Aarya, quero ver você enquanto a levo pela primeira vez. Forçando meus olhos a abrirem, eles travaram no olhar de Adonis. Ele agarrou minhas mãos e as prendeu acima de mim. Agora que seu membro estava dentro, eu me movi contra ele para fazê-lo se mover. — Adonis, mexa-se, porra, — eu rosnei. Ele não precisava ouvir duas vezes. Adonis se moveu devagar no início, mas observei seus músculos ficarem tensos. Claramente esta não era sua xícara de chá. Como minhas mãos ainda estavam acima da minha cabeça, decidi mexer para chamar sua atenção. — Eu disse para se mover, Adonis, — eu rosnei novamente. Desta vez, ele entendeu a dica. Suas estocadas se tornaram mais rápidas e mais fortes. Ele soltou minhas mãos e eu as usei para puxá-lo até meus lábios. — Porra, porra, porra. Você se sente tão bem. Tão bom, — Adonis gemeu. — Oh Deus, Adonis, não pare. — Eu senti minha liberação crescendo. — Nunca, nunca vou parar. — Adonis empurrou em mim mais rápido. — Merda, — eu gemi. — Vamos, baby, deixa pra lá, — disse Adonis, seus lábios colando no meu pescoço. — Oh merda. Adonis! — Eu gritei enquanto ele mordeu meu pescoço. Ao mesmo tempo, senti meus sucos derramarem de mim enquanto Adonis praguejava e sua semente me enchia. Adonis desabou ao meu lado e me puxou para mais perto dele. — Eu nunca vou me cansar disso. — Sobre o que? Fazendo sexo? — Eu perguntei, bocejando. — De ver você gozar em todo o meu pau. E não é sexo. Fizemos amor. — Adonis bicou meus lábios. — Você está falando sério agora? — A voz de Evan gritou. — Isso cheira a sexo. Por que sou eu que sempre tenho que te pegar? — ele reclamou. Tanto Adonis quanto eu nos entreolhamos e caímos na gargalhada. — Que bom que você achou engraçado, mas dissemos que nos encontraríamos, lembra? Vou dizer aos outros que vai demorar um pouco, — Evan resmungou antes de ir embora. — Eu disse especificamente que ninguém é permitido neste andar. Culpa dele. — Adonis encolheu os ombros. Por mais que eu não quisesse sair da cama, Evan estava certo. Tínhamos coisas para fazer. Eu olhei para Adonis, que suspirou. — Tudo bem, vamos tomar banho. — Juntos? — Eu gritei. — Economiza água dessa forma. — Ele sorriu, me pegando e me levando para o banheiro. Uma hora depois, estávamos de banho tomados e prontos. Obviamente Adonis atrasou o processo dizendo que não se cansava de mim, então acabamos passando muito mais tempo no chuveiro do que o necessário. Eu estava cansada e dolorida lá embaixo, mas a gravidade da situação me manteve acordada. Nós dois caminhamos, de mãos dadas, para seu escritório. — Finalmente, — disse Evan assim que entramos. — Você está finalmente marcada e acasalada! — Lexi gritou. — Sim, tão emocionante. — Evan revirou os olhos. Desta vez, bati na cabeça dele e ri. — Você só está azedo porque será o último a acasalar. Gabe riu e olhou para Adonis. — Estou feliz por você, mas tome cuidado. Essas meninas sabem como usar seus corpos contra nós. Lexi riu e respondeu: — Vou te ensinar meus truques, Aarya. Adonis apenas revirou os olhos e me puxou para perto dele. Parece que alguém estava muito carente hoje. Luke entrou com Sophia; ambos pareciam solenes. Sophia olhou para mim e seus olhos se estreitaram antes de piscar para mim. Claro que ela sabia. — Então, plano? — Luke perguntou. — Sim... plano, — Evan parou. Eu olhei para os homens; todos os seus rostos tinham uma expressão de dor. Estava claro que isso era difícil para eles. Afinal, Bradley era um deles e todos gostavam dele. — Gente, precisamos pensar sobre aquela garotinha que foi assassinada. Não estamos pegando seu amigo ou seu irmão, Luke. Estamos pegando um criminoso que precisa pagar por seus crimes. — Eu olhei para os quatro. Todos os homens olharam para mim antes de assentir. — Certo. Antes de mais nada, quero que o treinamento dos soldados seja mais duro. Eles têm que estar preparados para tudo, — Adonis olhou para Luke. — Feito, — Luke respondeu. — Avise os bandos vizinhos. Certifique-se de que eles fiquem atentos. Avise-os que ele é perigoso. — Adonis olhou para Evan e Gabe, que assentiram. Provavelmente era a hora errada, mas Adonis parecia gostoso dando ordens. Acho que minha Lycan ainda estava com tesão. — Avise as matilhas de nossas companheiras também. Não estou arriscando nada, — acrescentou Adonis. Minha matilha? Merda, Carter! Ele não ficará impressionado quando ouvir a notícia. Especialmente porque não contei a ele sobre os eventos que ocorreram recentemente. — Nós conhecemos este bastardo doente; ele fará o primeiro contato. Só então saberemos realmente o que ele quer. Até então, esteja vigilante. Nossas companheiras ficarão ao nosso lado. Se você vir algo suspeito, avise-me imediatamente, — Adonis avisou a todos. — Eu deveria ir e começar o processo de treinamento, — Luke disse, se levantando. — Aarya está treinando comigo, mas as outras precisam treinar também. — Adonis olhou para as meninas. — Sophia e Lexi vão treinar comigo e Gabe. Niya... — Luke olhou para Evan. — Vou treinar Niya. — Evan acenou com a cabeça. Nosso primeiro treino foi muito bom, acabou com nós dois acasalando. Eu revirei meus olhos. Talvez eu deva treinar com os outros para que não haja repetições de hoje. Todos se levantaram e saíram do escritório de Adonis. Percebi que Niya estava olhando para mim, seus olhos estavam me dizendo algo. — Adonis, eu te encontro em breve. Niya e eu vamos apenas conversar. — Eu fui até Niya. — Fique no nosso andar. Eu irei com esses dois para avisar seu bando, — Adonis respondeu, beijando-me na testa antes de sair. Quando todos estavam fora do alcance da voz, arrastei Niya para uma das salas. Meu quarto cheirava a sexo, então não era o melhor lugar para uma conversa. — O que aconteceu? — Eu perguntei. Niya olhou para mim antes de olhar para os pés dela. — Aconteceu alguma coisa? Evan fez alguma coisa? — Eu a pressionei. — Não, ele não fez nada. — Ela parecia estar de mau humor. — Você está chateada porque Evan não fez nada? — Eu questionei. — Sim! Quando vim aqui, fiquei apavorada. Então, ele manteve distância, mas agora eu sinto essa necessidade como se eu tivesse que estar constantemente com ele. Eu quero que ele fique sempre ao meu lado. Outra noite tentei beijá-lo, mas ele se afastou, dizendo que eu me arrependeria pela manhã. — Niya bufou. — Niya, ele está com medo. Evan não quer fazer nada que cause dor. Ele ainda se culpa pelo que aconteceu com você. Além disso, ele é um cara tão legal que, embora esteja desesperado para acasalar com você, ele nunca vai pressioná-la, — eu respondi suavemente. — Você acha? Ele está me recusando porque está com medo? — Niya perguntou. Eu concordei. — Se você realmente quer algo fora deste relacionamento, então diga a ele. Sente-se com ele e diga a ele. — Achei que era muito cedo para pensar assim. É por isso que tive vergonha de te contar. Mas eu e minha loba, nós nos curamos tão rápido desde que chegamos aqui. Evan ajudou muito, sempre me fazendo rir e sempre respeitando meu espaço. — Niya suspirou. — Por que você pensaria que eu iria julgá-la? Está além de mim. Mas deixe-me dizer uma coisa. Não há nada de errado em querer algo mais com seu cônjuge. Como você disse, ele te curou e você deve ter boas lembranças com ele. Basta falar com ele, ele vai entender. — Eu sorri. Niya sorriu de volta. — Deus, isso é um peso tirado dos meus ombros. E quanto a você? — Eu? — Eu perguntei. — Você é uma Lycan acasalada agora! Eu não posso acreditar que Dimitri esperou tanto tempo! — Niya riu. — Bem, ele me respeitou. É tão estranho carregar sua marca em mim. Sinto que ficar longe dele por um minuto é muito tempo. — Eu balancei minha cabeça. — Bruto. Lycans recém-acasalados, — Niya respondeu brincando. — Isso será você um dia, — eu provoquei. Niya revirou os olhos e riu. Saímos da sala e caminhávamos em direção à onde Adonis estava quando Evan nos encontrou. — Bom bate-papo? — ele perguntou, seu olhar em Niya. — Sim, tivemos uma conversa muito boa. — Eu sorri. Niya me empurrou antes de dizer: — Eu estava pensando em treinar. — Sim? Isso é tão estranho, eu só ia explicar para você o que vai acontecer. — Evan sorriu. — Bem, ok então. Tchau, pombinhos, — eu gritei enquanto Evan e Niya se afastavam, conversando. Niya se virou e ergueu o dedo médio. Eu ri e voltei para o meu quarto. O estado do nosso quarto me fez corar. Roupas rasgadas por toda parte, lençóis uma bagunça. — Hmm... pensando sobre esta tarde? — Adonis sussurrou, se abaixando e beijando minha marca. — Quando é que voltou? — Tentei me virar, mas me vi presa em suas garras. Adonis nunca respondeu, mas em vez disso me pegou e me jogou na cama. — Terceira rodada? — Seu sorriso malicioso apareceu em seu rosto. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, seus lábios capturaram os meus e sua mão deslizou pela minha calcinha. Acho que não sairíamos da cama hoje. Capítulo 29 Duas semanas se passaram e, até agora, nada. Sem chamadas ameaçadoras, sem mensagens, sem mais cadáveres. Isso deixou Adonis mais nervoso. Em sua mente, ele sentiu como se Bradley o estivesse testando. Se ele baixasse a guarda, mesmo que por um segundo, Bradley atacaria. Desnecessário dizer que esse Adonis não foi agradável o tempo todo. Principalmente, ele supervisionando o treinamento e gritando. Muito. Eu sei que a pressão está afetando ele. Ele se sente responsável e não quer decepcionar seu povo. Minha vida, bem, tem sido agitada. Assim que Carter recebeu o telefonema, ele me ligou. — Risonha, que porra é essa? Por que recebi um telefonema dizendo para tomar cuidado com algum louco? E por que você não me contou o que aconteceu? — Carter não pareceu impressionado. — Carter, me desculpe. Tem sido uma loucura por aqui. — Suspirei. — Você sabe que ouvi sobre você desmaiar e se transformar em Lycan de Diya, que ouviu de Niya. E a vez que você ficou louca e arrancou o braço de um cara, — Carter respondeu. — Não foi o meu melhor momento. — Eu me encolhi antes de continuar. — Olha, tem sido difícil. Num minuto sou uma lobisomem e no seguinte sou um Lycan. Minha cabeça não foi capaz de compreender o fato, e apenas quando eu me acomodo, algo acontece. — Você sabe que estou sempre aqui para ajudá-la, certo? Quero atualizações regulares agora; a cada semana. — Carter exigiu. — Ok, pai. — Revirei os olhos, embora ele não pudesse ver. — Risonha, guarde isso para o quarto, por favor. — Eu ouvi a diversão em sua voz. — Eca nojento. Você é nojento. — Eu balancei minha cabeça para limpar aquele momento da minha memória. Carter deu uma risadinha. — Oh, Risonha. Eu sinto muito a sua falta. Eu queria que você estivesse aqui, mas também sei que você é tão amada por todos lá. Afinal, você salvou seu rei de um acasalamento forçado. — Hmm... sim, — eu respondi. — Você é feliz aí, certo? Não me importo se seu companheiro é o rei, se ele está te deixando infeliz, então eu a trarei de volta aqui. Embora eu não tenha certeza se quero lidar com um rei zangado... — Carter parou. — Fique quieto. Eu estou feliz. É que toda essa situação com Bradley significa que Adonis está mais nervoso. — Suspirei. — Ele precisa do seu apoio, Risonha. Não se esqueça de que ele tem o mundo inteiro sobre seus ombros. Alguns membros do conselho estão apenas esperando que ele escorregue para removê-lo do trono, — explicou Carter. — Sim, e quando eu descobrir quem eles são, meu punho vai encontrar seus rostos, — eu rosnei. — Vê! É disso que ele precisa, alguém do seu lado pelo menos uma vez. Vocês são perfeitos um para o outro. Agora cuide de si mesma, Risonha. — Carter disse adeus. Esse telefonema foi há cinco dias. Desde então, permaneci ao lado de Adonis enquanto ele tentava ao máximo me provar que estava bem. O treinamento foi horrível, embora eu definitivamente estivesse melhorando. Felizmente não houve repetições da nossa primeira sessão de treinamento. Adonis era um treinador severo, mas senti que eu e minha Lycan estavamos ficando mais fortes. Adonis também queria que eu retomasse meus estudos para me tornar um médica da matilha e, embora eu quisesse desesperadamente, não era o momento certo. Decidi estudar meio período, em vez de período integral, e fazer aulas online. Não era o ideal, mas funcionou bem para mim porque significava que eu poderia estar sempre aqui para Adonis, e isso era o mais importante. Como uma boa notícia, o relacionamento de Niya e Evan havia melhorado significativamente. Agora Evan estava mais feliz e não reclamava mais. Bem, ele não reclamava tanto! Era claro que os dois estavam felizes e ver isso, era tudo o que eu precisava. Depois de tudo que aconteceu com Niya, eu só queria que ela ficasse confortável e feliz. Niya estava lentamente mudando para uma Lycan, o que a deixou animada. Evan estava um pouco preocupado, provavelmente pensando que algo poderia acontecer com Niya. Niya deixou de lado suas preocupações, mas Evan ainda permanecia perto dela. Agora eu estava sentada com Lexi, que estava me ensinando tudo sobre como usar meu corpo a meu favor. Decidi que essa lição era necessária porque certa pessoa sempre estava me tocando e sempre me queria na cama. — Todos os Lycans são iguais, bastardos com tesão. É por isso que decidi que nós, mulheres, devíamos ter alguns truques na manga, — disse Lexi. — Você acertou. — Eu concordei. — Direito! De qualquer forma, você tem que usar esse seu corpo incrível a seu favor. É claro que Adonis é louco por isso, então use contra ele! Seduza-o e deixe-o no limite. Não dê a ele a satisfação e ele cairá de joelhos e lhe dará o que você quiser. Mesmo que isso não seja sexo por alguns dias, — Lexi explicou. — Hmm... então esse conhecimento é de experiências anteriores, estou supondo? — Eu provoquei Lexi, que ficou vermelha. — Talvez... mas de que outra forma eu deveria saber se funcionava? — Ela fez beicinho, me fazendo rir. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, vi Gabe parado atrás com um sorriso malicioso. Ele veio atrás de Lexi, pegou-a e jogou-a por cima do ombro. — Desculpe, tenho que mostrar à minha companheira que meus encantos são irresistíveis. — Ele piscou para mim. Lexi engasgou, mas começou a rir. — Ops. Adonis se juntou a nós e olhou para Gabe com um olhar astuto. Esses homens e sua mente concentrada! — Você também não consegue resistir aos meus encantos, pequenina, — Adonis sussurrou. — Não fique muito arrogante agora. O tiro pode sair pela culatra. — Eu o empurrei. Gabe e Lexi estavam prestes a subir as escadas quando Niya e Evan desceram. Algo estava diferente em Niya, mas eu não conseguia definir o que era. — Uau! Parabéns, mano, você finalmente acasalou! Talvez agora você reclame menos. Acho que todos nós temos que agradecer a Niya, já que ela teve um efeito tão bom em você. Todo mundo está tão grato, Niya, — Gabe brincou. De jeito nenhum! Niya agora estava acasalada e ela era uma Lycan! Como demorei tanto para perceber isso? Evan revirou os olhos e respondeu: — Foda-se. — Nah, eu vou foder Lexi em vez disso. — Gabe riu, fazendo Lexi suspirar de horror. Ele fez uma saudação e saiu com Lexi protestando por todo o caminho. Niya veio até mim, quase timidamente, e eu não pude resistir à tentação de provocá-la. — Então, acasalada e uma Lycan? Você com certeza trabalha rápido. — Aarya! — Niya reclamou. — O que? Como se você esperasse que eu ficasse quieta. É uma oportunidade de ouro para provocar você! Além disso, é uma vingança por todas as vezes que você me provocou. — Eu mostrei minha língua de brincadeira. — Uau, quem diria que a rainha era tão madura. — Evan revirou os olhos. — Não fale sobre ser maduro. Você é o homem mais infantil que já conheci, — retruquei. Os olhos de Evan se arregalaram em choque quando Adonis apenas riu e deu um tapinha nas costas de Evan. — Não mexa com a rainha. Evan murmurou algo como: — Lição aprendida. — Toutes nos felicitations. — Adonis sorriu. (Parabéns. ) — Merci mais pourquoi tu parles en francais? — Evan perguntou. (Obrigado, mas por que você está falando em francês? ) Adonis deu uma risadinha. — Regardez son visage, elle est en colère. Je l'aime. — (Olhe para o rosto dela, ela está com raiva. Eu gosto disso. ) — Tu taquines ton compagnon? Elle va te tuer, — Evan avisou. (Você está provocando sua companheira? Ela vai te matar. ) Eu tossi muito alto, chamando a atenção dos dois homens. — Francês? Você também sabe francês? — Eu olhei para Adonis. — Como você sabia? — Evan respondeu. — Aprendi francês básico na escola, mas francês? Achei que você só sabia italiano! — Eu joguei minhas mãos no ar. — Pequena, quando você está vivo há tanto tempo quanto nós, você tem tempo para aprender muitas línguas. Italiano é o meu favorito, pois sou italiano, mas isso não significa que não fale nenhuma outra língua. Adonis tinha um sorriso malicioso no rosto. Quando eu estava prestes a responder, Niya me puxou e sussurrou no meu ouvido. Lentamente, um sorriso tortuoso assumiu meu rosto quando me virei para meu companheiro, que agora parecia confuso. Fique confuso, Adonis, porque você não vai saber o que o atingiu. — Aapane galat ladakee ke saath khilavaad kiya. — Eu sorri enquanto Evan e Adonis se entreolharam em confusão. (Você mexeu com a garota errada. ) — Kya hua? Aapane socha tha ki aap keval ek se adhik bhaasha bol sakate hain? — Niya se levantou e balançou a cabeça. (O que aconteceu? Você pensou que só você podia falar mais de um idioma? ) — Hum... o quê? O que você está dizendo? — Evan perguntou. — Kya? Aapaka matalab hai ki aap samajh nahin sakate ki principal kya kah raha hoon? — Eu disse dramaticamente, fingindo choque. (O quê? Você quer dizer que não consegue entender o que estou dizendo? ) — Pequena, por favor. O que você está dizendo? — Adonis olhou para mim. Niya e eu nos entreolhamos antes de cair na gargalhada. — Meree bhaasha seekhane ke mentira aapake paas hamesha ek achchhee baat hai. — Fui até Adonis e dei um tapinha em seu ombro. (É uma boa coisa você ter uma eternidade para aprender minha língua. ) Uma expressão de reconhecimento passou pelo rosto de Evan. — Você está falando na sua língua materna! — Sim! O olhar em seus dois rostos foi impagável! Como a situação mudou. — Eu ri. — Então, você estava me provocando? — Adonis perguntou. — Talvez, mas você mereceu. — Eu coloquei minha língua para fora. — Você vai me dizer o que estava dizendo? — ele questionou. — Hmm... não. — Eu fingi pensar sobre isso. — Niya vai me dizer, — Evan anunciou com orgulho. — Oh sério? Então você vai me dizer sobre o que você e Dimitri estavam conversando antes disso? — Niya ergueu as sobrancelhas. — Pelo preço certo. — Evan balançou as sobrancelhas. Observei quando Niya sorriu e caminhou em direção a Evan, beijando-o na bochecha e descendo até seus lábios, mas nunca os beijando. — Sem sexo por uma semana, — disse Niya, deixando Evan nervoso. — O que? Não, eu vou te dizer, — Evan gritou, fazendo Niya rir e eu balançar a cabeça em diversão. Adonis olhou para mim e disse: — Só posso ter que tirar uma página do livro de Niya para conseguir o que quero. — Oh sim? Você acha que serei aquela que não sobreviverá sem sexo? É o contrário. — Eu coloquei minha língua para fora mais uma vez. — Mostre sua língua mais uma vez, eu te desafio. — De repente, a atmosfera parecia mais carregada quando os olhos de Adonis se encheram de luxúria. Uh oh, eu conhecia aquele olhar. Eu poderia fazer o que ele disse, mas onde está a diversão nisso? Vê-lo ficar todo agitado me causou muita diversão e prazer. — Certo... e essa é a nossa deixa para deixar vocês dois pombinhos sozinhos, — Evan anunciou, arrastando Niya para longe. Tanto Adonis quanto eu estávamos muito focados um no outro para perceber. Seus olhos seguiram cada movimento meu enquanto meu corpo formigava de excitação. Meus olhos percorreram todo o lugar, tentando encontrar uma saída ou alguma maneira de escapar facilmente de Adonis. Afinal, fazia muito tempo que ele não me perseguia, e dessa vez eu estava muito mais forte. Adonis percebeu isso e lambeu os lábios. — Pensando em fugir, minha rainha? — Talvez, meu rei. — Eu sorri. — Eu gosto da perseguição, tenha cuidado, pequena. Logo você estará presa sob mim, sem nenhum meio de escapar. — Seus olhos perfuraram os meus. Eu estremeci em antecipação. Observando cada movimento seu, caminhei em direção à saída e me preparei para correr, mas antes de fazer isso, havia algo que eu tinha que fazer. Em um flash, eu me virei e coloquei minha língua para fora antes de sair correndo. Eu ouvi o rosnado de Adonis enquanto empurrava meu corpo para correr mais rápido. Sentir o vento em meu rosto era celestial, e já fazia muito tempo que eu não conseguia correr livremente. Isso faria muito bem a Adonis e a mim. Adonis estava me alcançando, mas ao contrário da última vez, eu não desistiria tão facilmente. Usei a mesma técnica da última vez, correndo em direções diferentes, mas ao mesmo tempo procurava um bom esconderijo. Foi quando meus olhos encontraram uma grande árvore. Eu nunca tinha conseguido escalar uma antes, mas era agora ou nunca. Para minha surpresa, agarrei-me ao galho e consegui me levantar. Puta merda! Eu realmente fiz isso! Enquanto recuperava o fôlego, ouvi Adonis e coloquei minhas mãos sobre minha boca. Deus, ele parecia tão quente! Eu não pude deixar de admirá-lo daqui. Seus músculos estavam tensos e seus lábios carnudos pareciam tão convidativos. Sai dessa, Aarya! Você não quer que ele cheire seu desejo quando você se saiu tão bem em se esconder. Adonis correu em uma direção diferente e eu soltei um suspiro de alívio. Haha sim! Finalmente consegui enganá-lo. Novamente, ele voltou e olhou em volta, confuso. Foi nesse momento que uma ideia surgiu na minha cabeça. Era hora de Adonis receber o maior choque de sua vida. Respirando fundo, pulei do meu esconderijo, fazendo Adonis pular em estado de choque. Ele se lançou para frente para me pegar, mas eu caí de pé enquanto ele estava deitado aos meus pés com os braços estendidos. — Eu te enganei. — Eu comecei a rir. Adonis fez uma careta e se levantou, limpando a sujeira. — Então, você achou isso engraçado? — Sua voz estava vazia de qualquer emoção. Imediatamente parei de rir. Talvez eu tenha ido longe demais? — Acho que é hora de sua punição. — Em nenhum momento, seu sorriso diabólico estava de volta, e eu engasguei. — Adonis! Ele não perdeu tempo em me pegar e me jogar por cima do ombro. — Um homem das cavernas, — eu murmurei. — Apenas um homem das cavernas para minha companheira muito travessa, — Adonis respondeu. Em um piscar de olhos, estávamos de volta ao palácio e Adonis estava voltando para o nosso quarto em um ritmo vagaroso. Assim que chegamos ao nosso quarto, ele me deixou cair na cama e sorriu. — Eu tenho você exatamente onde quero, e temos todo o tempo do mundo. Ele lambeu os lábios enquanto eu subia na cama. A atmosfera sexual me excitou, eu não podia mentir. Especialmente a expressão nos olhos de Adonis; ele iria me devorar. Os truques de Lexi não vão me tirar dessa. Antes que Adonis se lançasse sobre mim, a porta se abriu para revelar um Evan muito agitado. — Dimitri... o telefone. Ele está ao telefone. Capítulo 30 Gabe já estava no escritório quando Adonis invadiu e pegou o telefone. A tensão na sala era evidente. Uma pessoa estava faltando, e esse era Luke. Eu olhei para Gabe, que assentiu. Acho que isso significava que Luke estava chegando. — Que porra você quer? — Adonis rosnou. A risada doentia de Bradley foi ouvida. Adonis agarrou o telefone com mais força enquanto Evan e Gabe cerraram os punhos. Deus, sua risada foi horrível. — Isso é jeito de me cumprimentar, velho amigo? — A voz de Bradley causou arrepios na minha espinha. Luke entrou naquele exato momento e imediatamente ficou tenso. Sophia segurou a mão dele para se apoiar enquanto Luke estava lá. Pobre Luke, ouvir a voz de seu irmão depois de anos deve ser um choque para ele. — Não mexa comigo, porra. O que você quer? — A voz de Adonis estava ficando mais alta. Eu estava longe de Adonis, mas Evan decidiu que não. Ele me empurrou para frente, então eu esbarrei em Adonis. Lançando um olhar furioso para Evan, me virei para encarar meu companheiro zangado. Adonis pegou minha mão e segurou-a para salvar sua vida. — Ainda não somos a pessoa mais paciente, somos? Achei que ter uma companheira mudaria isso, — Bradley resmungou ao telefone. Adonis rosnou e me puxou para mais perto dele. Esse cara, Bradley, sabia exatamente o que dizer para irritar Adonis, e também os meus. — Todos devem estar lá. Gabe, Evan e até mesmo meu irmãozinho Luke. Este é um aviso. Você jogou seu jogo anos atrás; agora estou jogando o meu. Fique atento porque você nunca me verá chegando, — avisou Bradley. Todos os homens ficaram tensos e se entreolharam. — Isso é uma ameaça? — Adonis cuspiu. — Não, é uma promessa, — respondeu Bradley. — Oh. Como eu poderia esquecer? Eu nunca disse oi para Sua Majestade. Você gostou do seu presente? Foi meu presente de boas- vindas a você. Dimitri, espero que você esteja pronto para desistir de sua companheira. — Bradley riu. Adonis não conseguiu lidar com isso; seu corpo estava tremendo e seus olhos mudaram para a escuridão em segundos. Seu Lycan havia assumido o controle. Seu rosnado alto fez os objetos tremerem e caírem. — NÃO! — ele gritou, jogando o telefone e errando Gabe por pouco. Antes que alguém pudesse fazer qualquer coisa, Adonis se virou e saltou para fora da janela. — Foda-se, Aarya! — Evan gritou, me puxando bem a tempo. O vidro foi para todos os lugares quando Adonis o quebrou e pousou em segurança do lado de fora. Seu rosnado foi ouvido, alto e claro, enquanto ele corria. Por alguns momentos, todos ficaram parados, recuperando o fôlego e processando o que acabara de acontecer. Tive uma sensação horrível depois de ouvir esse bastardo falar. Ele realmente não tinha coração e estava claramente confuso. Isso o tornava ainda mais perigoso porque ninguém sabia do que ele era capaz. Gabe foi o primeiro a falar. — Certo, precisamos limpar essa bagunça. Niya, você e Lexi vão encontrar alguém para limpar isso. O resto de nós, precisamos conversar. Posso ver por que Adonis escolheu Gabe para ser seu segundo em comando. Gabe sabia exatamente o que fazer. Saímos do escritório e caminhamos em direção ao segundo escritório. Minha Lycan choramingava, implorando para que eu fosse procurar Adonis, porque ela podia sentir a dor de seu Lycan. Por mais que quisesse ir, precisava conversar com os outros. Além disso, Adonis precisava desse tempo sozinho. Entrei no escritório e me sentei. Todos pareciam solenes. — O que você acha que ele vai fazer? — Eu perguntei. Evan suspirou: — Não tenho ideia. Bradley é imprevisível e perigoso. Seu aviso ainda está se repetindo em minha mente. — Ele quer você. Ele quer machucar Adonis, assim como Adonis o machucou, mas da pior maneira possível. Que melhor maneira do que tirar sua companheira dele? — Luke olhou direto para mim. Uma sensação desconfortável se instalou em meu estômago enquanto eu balancei minha cabeça. — Ele pode tentar o quanto quiser, mas não vai nem encostar um dedo em mim. Eu não vou deixar. — Nenhum de nós vai. Você é muito importante para Adonis e todos aqui. O que precisamos fazer é ser cautelosos o tempo todo. Qualquer informação importante tem que ser entre nós e apenas nós. Não me surpreenderá se Bradley tiver uma toupeira dando informações a ele, — explicou Gabe. — O que agora? — Evan perguntou. — Bem, acho que vou treinar. Quero ter certeza de que os soldados estão prontos para um ataque a qualquer dia. — Luke se levantou, com Sophia ao seu lado. — Além disso, esta é uma boa distração. Ouvindo a voz de Bradley. Bem... isso me atingiu. — Luke suspirou. — Eu não esperaria nada diferente, cara. Cuidado. — Gabe deu um tapinha nas costas de Luke. Quando Luke e Sophia saíram, Niya e Lexi entraram. — Então... Dimitri? — Evan olhou para mim. — Eu acho que ele precisa deste tempo sozinho. Ele está passando por muita coisa, — respondi. — Você sabe que esta é a primeira vez em muito tempo que ele acabou de sair. Antes, ele apenas precisava fugir para que seu Lycan não assumisse o controle. Desde que você veio, ele nunca mais precisou, porque você o manteve com os pés no chão. Mas eu acho que ouvir que seu velho amigo quer machucar sua companheira faria qualquer um perder o controle, — Gabe interrompeu. — Dimitri leva muito tempo para correr, — Evan disse. — Eu estarei esperando por ele quando ele voltar. Eu sei que vocês se importam com ele, posso ver em seus olhos. Mas eu sei que ele precisa desse tempo para pensar, para organizar seus pensamentos. Ele precisa de seu espaço, e pretendo dar a ele. — Suspirei. — Você é a melhor coisa que já aconteceu a este reino. Você nem mesmo percebe que o que acabou de dizer prova que você tem uma conexão muito mais profunda com Dimitri do que você pensa. Os sentimentos dele significam muito para você e eu respeito isso. — Gabe sorriu. — Sim eu também. Especialmente porque ter você aqui significa que Dimitri não precisa ficar trancado o tempo todo, — Evan respondeu. — Temos trabalho a fazer, especialmente porque Dmitri não está aqui. Vamos, quero ter certeza de que as patrulhas serão duplicadas. — Gabe olhou para Evan. Evan olhou para Niya e fez beicinho. — Recentemente acasalado e já ocupado. — Você vai viver. — Niya sorriu e deu um tapinha no ombro de Evan. Gabe apenas revirou os olhos e arrastou Evan para longe. Agora éramos apenas eu, Niya e Lexi à esquerda. Lexi se sentou ao meu lado e disse: — Como você fica tão confiante? — Porque eu acredito em Adonis. — Dei de ombros. — Nós acreditamos em você. — Niya sorriu. — Não quero que nossos homens sintam que não podem nos levar a nenhuma briga. Somos tão fortes quanto eles, então temos que provar isso a eles. Tempos difíceis estão chegando; precisamos estar presentes a cada passo do caminho para nossos cônjuges. Dê-lhes amor e apoio, porque é isso que os levará a derrotar este filho da puta. — Eu olhei para as duas garotas, que assentiram. — Palavras de sabedoria da própria rainha. — Niya piscou. Revirei os olhos, mas sorri. As meninas partiram logo em seguida, decidindo ir encontrar seus companheiros. Adonis ainda não tinha voltado. Eu não conseguia senti-lo. Minha Lycan estava chateada comigo por não ir atrás de Adonis, mas eu não me importei. Suspirando, me levantei e saí do escritório de Adonis e fui para o meu quarto. Parecia que seria uma longa noite para mim. Assim que entrei na sala, tive flashbacks do que iria acontecer antes que aquele bastardo decidisse ligar. Momento tão ruim. O que agora? Eu deveria ter ido atrás dele? Não, ele precisa desse tempo sozinho. Minha mente vagou para Bradley. Esse homem era louco pra caralho. Ele culpou Adonis por tudo, então não foi nenhuma surpresa para mim que ele me ameaçou. Deitei na cama e liguei a TV, passando os canais sem rumo. Balançando minha cabeça, eu voltei minha atenção para a TV e comecei a assistir Bones. Seis episódios depois, ainda não havia sinal de Adonis. Agora eu estava começando a ficar puta. Onde diabos ele estava? Se ele estava planejando ficar fora por tanto tempo, precisava contar a alguém. Meu corpo não me deixava dormir, não até que eu soubesse que Adonis estava de volta e seguro. Uma rajada de vento chamou minha atenção e me virei para ver Adonis falhando em tentar entrar furtivamente. — Onde diabos você estava? — Eu disse, fazendo Adonis pular. — Você ainda está acordada? — ele perguntou, chocado. — Não, estou falando dormindo. — Eu revirei meus olhos. — Eu não pensei que você estaria acordada. — Adonis coçou a nuca. — Onde você foi? — Eu tentei de novo. Adonis suspirou e se sentou na cama. — Não sei, apenas corri. Ouvir aquele bastardo dizer essas palavras me fez querer destruir tudo. — Ei, você não tem que explicar por que você correu. Acho que era bastante óbvio. Fiquei preocupada porque você ficou fora por muito tempo, — respondi. — Você sabe, ter alguém além de Gabe e Evan se preocupando comigo é algo que eu nunca pensei que experimentaria. — Adonis sorriu tristemente. — Adonis. — Eu me levantei e sentei em seu colo, então eu estava montada nele. — Essa coisa toda de companheiro me apavorou, e ainda faz. Esses sentimentos são tão fortes porque são cruéis. Eu me preocupo com você. Eu não posso evitar. Você sempre vai me deixar preocupada com você, mesmo que você nem sempre queira. — Eu sorri. — Essa coisa de companheira é muito estranha, não é? Nunca pensei que teria uma companheira sentada bem aqui no meu colo. Quando você entrou na minha vida tão de repente, eu não sabia o que fazer. Então, eu deixo que meus sentimentos possessivos de Lycan assumam o controle. Provavelmente não foi a melhor coisa. — Adonis sorriu timidamente. — Ei, ainda estamos aprendendo. Não faz muito tempo desde que descobrimos que éramos companheiros, — eu respondi. — Parece que eu te conheço desde sempre, — Adonis admitiu. — E você ainda não está cansado de mim, — eu provoquei. — Nunca. Eu não posso viver sem você — Adonis respondeu. — Essa é a parte em que você foge porque percebe o quão possessivo eu sou? — Adonis olhou para mim. Eu beijei sua bochecha, não seus lábios tentadores. — Não, porque eu também não posso viver sem você, — eu admiti. Em um flash, Adonis me levantou e me jogou na cama. — Deus, que sorte eu tenho de ter você como minha companheira e rainha? — ele gemeu. — Extremamente sortudo, obviamente. Você deveria estar tão agradecido que eu sou tão inteligente, gentil..., — eu exagerei, mas parei quando Adonis se arrastou até mim. — E um corpo lindo, lábios pecaminosos. — O vício de Adonis ficou mais profundo. — Acho que é hora de terminar o que começamos. — Ele deu uma risadinha. Eu não tive tempo para protestar quando ele capturou meus lábios e deslizou a mão pela minha calcinha. Oh Deus... eu tinha a sensação de que esta seria uma longa noite. Capítulo 31 Já fazia outra longa semana e meia desde que Bradley ligou, e foi estressante. Nada havia acontecido ainda, o que só piorava as coisas. Luke estava agitado e descontou sua raiva em Sophia, que veio chorando até mim. Ela disse que estava ficando mais difícil viver com Luke quando ele explodia e gritava com ela o tempo todo. Tive de explicar a ela que os sentimentos dele em relação ao irmão estavam atrapalhando sua capacidade de pensar corretamente. Luke amava Sophia; todos nós sabíamos disso. Sophia decidiu que queria voltar para nossa matilha e passar algum tempo com sua família. Eu discordei dela porque sabia que Luke realmente precisava dela, mas Sophia não se mexia. Então, eu disse a ela para avisar Luke antes de ir. Ela me prometeu que o faria, mas no dia seguinte, Luke entrou correndo com uma carta de Sophia explicando que ela havia voltado. Luke estava perturbado; ele se culpou. Sophia não ajudou, pois ela não atendia suas ligações. Eu tive que intervir e ligar para ela para que Luke pudesse falar. Ele disse a ela que sentia muito e que iria buscá-la. Embora Sophia tivesse resolvido as coisas com Luke, ela ainda queria ficar mais alguns dias. Luke concordou, para mantê-la feliz. Então, Sophia deveria voltar em cinco dias. Luke estava trabalhando duro com os lobos e com os homens. Todos os quatro homens tinham vários planos para qualquer situação. Adonis se recusou a correr qualquer risco. Vários novos quartos do pânico foram instalados em todo o palácio, e Adonis implantou novos procedimentos de segurança. Faz uma semana que avistei Adonis sozinho em seu escritório.... UMA SEMANA ANTES Nada de especial aconteceu hoje. Adonis e eu tivemos uma sessão de treinamento de duas horas e, assim que acabou, ele foi para o escritório. Tinha sido a mesma rotina agora. Adonis passava a maior parte do tempo estudando; era como se ele não quisesse compartilhar suas preocupações comigo. Eu sabia que ele estava ansioso. Ele não queria bagunçar, e ele queria ter certeza que aquele bastardo pagasse por suas ações. Depois de tomar banho, decidi ir encontrar Niya. No caminho, passei pelo escritório de Adonis. Eu esperava ver todos os homens lá, mas quando olhei para dentro, apenas Adonis estava sentado lá. Ele segurava uma fotografia na mão e a olhava com tristeza. De quem era aquela fotografia? A curiosidade levou o melhor de mim quando entrei no escritório de Adonis. Quase imediatamente, seu olhar se conectou com o meu e ele colocou a foto de lado. — Tudo certo? — ele perguntou. — Eu ia te perguntar a mesma coisa. De quem é essa foto? — Eu respondi. Adonis ficou tenso e eu sabia que ele estava prestes a dispensar isso, então eu o interrompi. — Responda com sinceridade. Nem pense em mentir para mim. Adonis suspirou e fez sinal para que eu me aproximasse. — Minha família. Mamãe, papai e meus irmãos. — Você sente falta deles, — eu adivinhei. Adonis acenou com a cabeça. — Acho que toda essa situação me faz sentir mais falta deles. Meu pai saberia exatamente o que fazer, mamãe teria mantido tudo em ordem e meu irmão estaria lá para me fazer rir. Minha irmã, ela apenas forneceria seu apoio. Sentei-me em seu colo e segurei seu rosto em minhas mãos. — Sentir falta de sua família não é nada para se envergonhar. Você não tem que esconder isso de mim. — Sim, acho que não estou acostumado a compartilhar tudo ainda. Tudo isso ainda é novo para mim. — Adonis deu uma risadinha. — Bem, é uma coisa boa estarmos presos um ao outro. Temos muitos anos para aprender. — Eu sorri. Adonis acenou com a cabeça e riu. — Então, me fale sobre sua família. Onde eles estão agora? — Eu perguntei. — Sabe, tive uma infância normal. Eu não tinha ideia de ser o rei ou mesmo ser um príncipe. Minha mãe queria que nós três tivéssemos uma infância normal e ela conseguiu isso. — Foi só quando fiquei mais velho que percebi o que se esperava de mim. O treinamento começou, e foi vigoroso e longo. Meus irmãos, especialmente meu irmão, costumavam odiar. — Meu treinamento significava que eu não conseguia ficar tanto tempo quanto queria com eles. Mamãe e papai, por outro lado, só queriam que eu concluísse meu treinamento para que eles pudessem ir embora. — Assim que papai me considerou apto para ser rei, ele passou o título para mim e foi embora com mamãe. Não os culpo, ser rei ou rainha é uma tarefa difícil. — Infelizmente, não tenho ideia de onde eles estão. Mas meus irmãos? Eu sinto muito a falta deles. — Damien, meu irmão, mora na Inglaterra agora. Ele saiu assim que me tornei rei. Ele sempre disse que não queria nada com a realeza. — Minha irmã mais nova Riley, a mais nova de nós, ela é um espírito livre. Ela sempre se rebelou contra papai e nunca gostou das regras e do que se esperava dela como princesa. — Riley era muito teimosa e sua voz seria ouvida. Foi apenas quatro dias antes de eu ser coroado rei que ela conheceu seu companheiro, um humano. Riley interpretou isso como sua chance de escapar. — Ela partiu com seu companheiro um dia depois que fui coroado para viver com ele. Não tive notícias dela desde então, nem de Damien. — Meus dois irmãos estão vivendo suas vidas em seus próprios termos, sem nenhuma preocupação no mundo, — explicou Adonis. Ouvir tudo isso foi um choque para mim. A família de Adonis sempre foi um mistério, pois era apenas ele que permanecia no palácio. Olhando para ele, eu poderia dizer o quão chateado ele estava por sua família não estar aqui, mas também pude ver felicidade. Adonis amava seus irmãos, mas valorizava a felicidade deles acima da sua. Beijei Adonis suavemente nos lábios. — Você sempre me terá. Adonis sorriu e me beijou de volta. — Eu sei. Não consigo me livrar de você. Eu revirei meus olhos. — Qualquer que seja. Uma ideia surgiu na minha cabeça e eu perguntei: — Ei, por que você não liga para seus irmãos e pede que venham aqui? Adonis parecia inseguro. — Eu não quero arruinar suas vidas perguntando a eles. — Adonis! Eles não vão voltar para sempre. Seria apenas uma visita. Além disso, eles são seus irmãos, eles não vão dizer não, — eu tentei convencê-lo. Adonis ainda parecia inseguro. — Não, deixe isso. Eu não quero incomodá-los. Eles estão vivendo suas vidas. Eu estava prestes a discutir, mas Adonis balançou a cabeça, então fechei minha boca. — Eu já volto, só preciso dar uma olhada em Luke. Você vai ficar aqui e me fazer companhia? — Adonis perguntou. Eu concordei. — Claro! Vá e verifique Luke. Estarei no meu telefone de qualquer maneira. Adonis beijou minha testa antes de me levantar e me colocar em sua cadeira. Assim que ele saiu, olhei para a fotografia de sua família. Já era hora de alguém fazer algo por Adonis, e esse alguém era eu! PRESENTE Agora, todos estavam sentados no escritório de Adonis. Juro que o escritório dele deve ser nossa segunda casa, já que estamos sempre aqui! Nenhuma surpresa que eu estava sentada no colo de Adonis enquanto ele discutia questões com os outros. Eu olhei para Niya, que fingiu um bocejo. O mesmo, garota, o mesmo. Lexi estava em seu telefone, então ela não nos viu. Não me interpretem mal, nós nos preocupamos com essas questões, mas ouvir sobre as mesmas questões todos os dias estava ficando cansativo. Adonis estava falando sobre segurança, aumentando os guardas mais uma vez. Aumentando as patrulhas, novamente. Ele acreditava que um deslize seria quando Bradley atacasse, mas ele não queria dar a ele essa oportunidade. Eu estava prestes a pedir um intervalo de cinco minutos quando Adonis ficou tenso. Uh oh. Eu rapidamente me levantei quando Adonis olhou para mim com um olhar acusatório, mas eu apenas dei de ombros. A porta se abriu e entrou a cópia de Adonis, embora seu cabelo estivesse um pouco mais claro e seus olhos brilhassem com malícia. — Irmão! — Damien Gray fez sua presença conhecida. Adonis olhou para seu irmão mais novo em estado de choque, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, atrás de Damien, uma mulher entrou. Ela era linda, herdando os olhos azuis de sua mãe. — Sem abraço? — Damien perguntou. Riley revirou os olhos e caminhou até Adonis. — Agradeça a sua companheira. Ela nos chamou aqui. De repente, muitos pares de olhos olharam para mim. O único par de olhos em que eu estava focada era o de Adonis. Ele olhou para mim com felicidade e isso me aqueceu. Eu sabia que tinha feito a coisa certa. — É tão bom ver vocês dois. Como vocês tem estado? — Adonis perguntou, puxando uma cadeira para sua irmã. Ela se sentou bufando enquanto Damien ainda tinha aquele sorriso contagiante. — Eh, não queremos falar sobre nós! Queremos falar sobre o fato de que nosso irmão mais velho finalmente tem uma companheira! Ele piscou para mim, me fazendo rir. Adonis balançou a cabeça. — Algumas coisas nunca mudam. — Bem, eu tenho um filho agora, — disse Riley. — Um filho? Quando? Como? — Adonis balbuciou. — Quando, cerca de três meses atrás agora. O nome dele é Michael. Não acho que preciso explicar a biologia por trás disso, Adonis. Não é como se você não tivesse prática. — Riley revirou os olhos. Meus olhos se arregalaram de choque, enquanto Niya e os outros riam. — Mas por que você não ligou antes? — Não foi difícil não notar a dor na voz de Adonis. Riley suspirou. — Você sabe por quê. Se eu dissesse que estava grávida, o conselho idiota me exigiria de volta aqui e faria meu filho ser o próximo rei. Eu não quero isso. A menção do conselho fez com que todos rosnassem. Até o sorriso de Damien foi substituído por um olhar azedo. Parecia que o conselho não era muito favorável entre os irmãos Grey. — Um bando de velhos idiotas que enfiam no rabo, — Damien rosnou. — Estamos aqui para ajudá-lo em sua luta, de qualquer maneira que você precisar de nós. Além disso, uma reunião de família estava muito atrasada, — Damien disse, olhando para mim. — Obrigado a vocês dois. Ter vocês aqui significa muito para mim. — Adonis sorriu para seus irmãos. Damien voltou seu olhar para mim. — Então, foi você quem fez meu irmão esperar tanto tempo. — Sim, seria eu. Ele tinha que saber o que estava perdendo. — Eu pisquei para Adonis. — Lycans nojentos recém-acasalados são os piores. — Riley fingiu vomitar, mas pude ver sua felicidade genuína brilhando em seus olhos. — Você não estava melhor. Graças a Deus você saiu para que não tivéssemos que testemunhar, — Damien brincou com Riley. — Cale-se. — Riley colocou a língua para fora. Adonis riu de seus irmãos. Vê-lo tão feliz e não ter que se preocupar com Bradley foi incrível. Ele precisava disso. — Ei, eu quero ver o que você fez com o lugar. A turnê real, por favor? — Damien perguntou. — Hmm... como rei, estou muito ocupado, mas tenho algum tempo livre para você, — brincou Adonis. — Uau, estou muito honrado. — Damien revirou os olhos. — Você só quer ver o que Adonis fez com o seu quarto, certo? — Riley olhou para seu irmão. — Pare de me expor, — Damien reclamou. — Venham vocês dois, vou mostrar como tornei este lugar muito melhor. — Adonis se levantou. Nenhum de nós se juntou aos três irmãos quando eles deixaram o escritório, rindo e brincando. Era hora de esses três terem algum tempo de qualidade juntos. Capítulo 32 Adonis voltou com seus irmãos com um humor muito melhor. Riley saiu, dizendo que precisava ir ver seu filho. Ela prometeu que nos apresentaria ao pequeno Michael. Damien estava mais interessado em como Adonis funciona. Ele se sentou em uma cadeira e questionou Gabe e Evan. — Quantas mesas ele quebrou? Evan gemeu: — Muitas para contar. Muitas. Damien riu. — Algumas coisas nunca mudam, não é? Mesmo depois de todos esses anos, você ainda não abandonou esse mau hábito. — Velhos hábitos são difíceis de morrer. — Adonis encolheu os ombros. A resposta de Damien foi interrompida pelo telefone tocando. Todos de repente ficaram tensos. A última vez que alguém ligou para este telefone, foi para nos avisar. Adonis apertou a mandíbula e pegou o telefone, colocando-o no viva- voz. — Rei Dimitri, — uma voz desconhecida disse. Bem, era desconhecida para mim, mas as expressões tensas nos rostos dos homens me disseram que eles sabiam exatamente quem era. — Conselheiro Harrison, a que devo este prazer, — Adonis rangeu. Percebi que Damien também estava tenso, olhando para o telefone como se fosse seu pior inimigo. — Bem, chegou ao nosso conhecimento que houve duas mortes no mês passado e que foram causadas por alguém que já foi próximo a você, — disse este conselheiro. — Sim, estou bem ciente. Você me ligou para me dar alguma informação útil? — Adonis perguntou. — Não exatamente. Eu liguei para avisar que todos nós decidimos que se você escorregar mais uma vez, ou seja, se você não puder pegar esse assassino na próxima semana, então iremos removê-lo do trono. — O vereador Harrison parecia presunçoso. — E quem iria substituir meu irmão? Eu? Porque deixei minha intenção muito clara perante o conselheiro Harrison. Eu não tenho nenhuma intenção de ser rei, — Damien fez sua presença conhecida. — Ahh, Príncipe Damien. Você finalmente voltou. Logo chegará a hora de assumir o controle do seu irmão. — Este vereador precisava de um tapa. Desta vez, rosnei e agarrei o telefone. — Ouça aqui, seu pedaço de merda. Primeiro, você tenta fazer com que meu companheiro tome outra fêmea como sua companheira, agora você ameaça removê-lo do trono? Deixe-me dizer uma coisa, Adonis é rei, não você, então suas palavras não significam absolutamente nada. Você acabou de perder nosso tempo, tempo que deveria ter sido gasto tentando encontrar este criminoso. Se eu descobrir que você está propositalmente tentando nos atrasar ou fazer com que Adonis falhe, então eu vou te mostrar porque eu sou rainha. Não dei a ele a chance de dizer nada quando joguei o telefone contra a parede. Tanto minha Lycan quanto eu ficamos satisfeitas em vê-lo se despedaçar. — Outro telefone, quebrado. É por isso que vocês dois são perfeitos um para o outro, — Evan gemeu. — Uau, você realmente é perfeita para o meu irmão. — Damien sorriu para mim. Adonis olhou para mim com admiração antes de me pegar e me jogar por cima do ombro. — Adonis. Ponha-me no chão, seu grande bruto. — Eu lutei. — Todo mundo fora do meu andar. Agora, — Adonis gritou. Ele fez o seu caminho para o nosso quarto antes de me colocar na cama. — Você sabe o quão sexy isso foi? — Adonis gemeu. — Eu... eu... não. — As palavras me faltaram enquanto eu olhava para o olhar lascivo de Adonis. — Você tem pouco espírito livre. — Adonis deu uma risadinha. — Eu não sou pequena. — Eu fiz beicinho. Adonis capturou meus lábios, me fazendo gemer. — Hmm... você me deixou todo animado. — Adonis colocou minha mão em sua protuberância crescente. Arrepios dispararam direto para o meu núcleo. Adonis sorriu. — Acho que outra pessoa está agitada. Ele sussurrou em meu ouvido: — Eu poderia consertar isso. Engoli o nó na garganta antes de responder: — Tem certeza? Eu estava tentando a besta, mas me descobri gostando. Adonis rosnou e me deitou, arrancando minha calcinha. — Você é um pouco atrevida. Além disso, já faz um tempo que não provo. Ele nem mesmo perdeu um segundo antes de mergulhar sua língua em minhas dobras. — Merda. — Eu agarrei os lençóis enquanto Adonis atacava meu núcleo. Sua língua habilidosa sabia exatamente o que fazer, e não demorou muito para que eu gemesse e implorasse pela minha libertação. — Hmm... o que você quer? — Adonis provocou. — Adonis. — Eu não estava com disposição. — Não consigo ouvir você, pequenina. — Adonis sorriu contra o meu núcleo. — Eu quero que você me faça gozar. Feliz? — Eu rosnei. A resposta de Adonis foi me dando o que eu tanto desejava. Ele lambeu todos os meus sucos antes de deixar meu núcleo sozinho. — Muito. — Ele sorriu. Maldito seja. Ele me tinha exatamente onde ele me queria. — Hora do show principal. — Ele piscou para mim. Lambi meus lábios enquanto Adonis se despia, lentamente. Porra, ele estava fazendo isso de propósito. — Apresse-se antes que eu mesma arranque essas roupas, — eu rosnei. Ele deu uma risadinha. — Impaciente, não é? Eu revirei meus olhos. — Lembre-me da próxima vez de me despir lentamente quando você estiver ligado. Então você verá o que quero dizer. Adonis abriu a boca para responder, mas um rosnado alto nos fez congelar. Eu olhei para Adonis, que parecia tenso. Quem diabos rosnou? — Oh cara. Por que eu sou sempre aquele a pegar você? — A voz familiar de Evan reclamou. Adonis me levantou e eu corri para pegar um novo par de calcinha e colocar minhas leggings de volta. Algo não estava certo. Tanto Adonis quanto eu sentimos isso, e é por isso que não provocamos Evan. — Gente, é melhor vocês virem rápido. Não é bom. — A voz solene de Evan fez meu sangue gelar. Adonis agarrou minha mão enquanto corríamos para ver o que diabos estava acontecendo. Eu sabia que algo estava errado. Gabe e Evan pareciam incrivelmente tensos enquanto Lexi e Niya tentavam confortá-los ficando perto deles e segurando suas mãos. Ok, algo estava muito errado para deixar todos excitados. — Que porra está acontecendo? E quem rosnou? — Adonis olhou para seus melhores amigos. Gabe suspirou e gesticulou para que o seguíssemos. Mais uma vez, acabamos no escritório de Adonis. Gabe pegou o telefone e discou um número. Ele deixou no viva-voz e esperou. Tanto Adonis quanto eu nos olhamos confusos, mas isso logo foi embora quando ouvimos a voz familiar de Bradley. — Ah, Adonis. Você decidiu não responder; grande erro, amigo. Tenho alguém muito especial aqui. Sophia Butler? Nome soa como de alguma companheira? Acho que ela é a companheira do meu irmão mais novo; uma coisinha bonita também. Agora, me ligue de volta em trinta minutos ou ela está morta. Tiquetaque, velho amigo. Oh porra, não. Este bastardo levou Sophia. Como ele se atreve? Vou esfolá-lo vivo. Adonis estava tenso, agarrando minha mão como se fosse seu único apoio. — Aquele rosnado era Luke. — Suspirei. Faz sentido. Gabe acenou com a cabeça tristemente. — Ele veio comigo quando eu vi uma mensagem de voz no seu telefone. Desnecessário dizer que ele perdeu o controle e se transformou. Damien foi atrás dele, apenas para ter certeza de que ele não machucaria ninguém. — Quanto tempo? — Adonis perguntou. — Acho que temos dez minutos restantes, — respondeu Gabe. — Porra. — Adonis passou as mãos pelos cabelos. — Nós temos isso. — Eu apertei sua mão. Adonis acenou com a cabeça e pegou o telefone. Ele ligou de volta para o número que Bradley discou, e não demorou muito para que aquele bastardo presunçoso atendesse. — O homem, ele mesmo. Muito bem, Adonis, — respondeu Bradley. Adonis rosnou: — Liguei para você antes do seu limite de tempo. Não se atreva a machucar Sophia. — Protetores, não é? O que sua companheira tem a dizer sobre isso? — Perguntou Bradley. — Se você ao menos tocar em um fio de cabelo da cabeça dela, eu vou esfolar você vivo, seu bastardo, — eu cuspi. — Oh, mal-humorados, não é? É claro que você se importa muito com esta Lycan. — Bradley deu uma risadinha. — Que porra você quer? — Adonis estava tendo dificuldade em se controlar. — Estarei em seu território muito em breve. Entrarei e ninguém vai me machucar, porque se o fizerem, vou quebrar o pescoço de Sophia tão rapidamente que você não será capaz de salvá-la, — avisou Bradley. Conhecendo esse cara, ele cumpriria sua promessa. Eu sabia disso e Adonis também, e é por isso que ele respirou fundo e disse: — Tudo bem. Ninguém vai te machucar. — Bom. Acho que verei você em breve, velho amigo. Lembre-se, se alguém tentar me machucar, ela estará morta, — disse Bradley antes de desligar. Eu olhei para Adonis, que olhou para mim com raiva em seus olhos. — Este filho da puta estará morto antes de uma semana acabar. É hora de ele encontrar o seu fim. Eu concordei. — Nós todos estamos com você. Adonis olhou para Gabe e Evan. — Diga aos guardas para parar quando Bradley entrar, e ninguém o machucar. Não posso arriscar que nada aconteça com Sophia. — Vou entrar em contato com Damien. Luke precisa estar aqui, — Gabe disse. Adonis acenou com a cabeça. — Sim, mas ele também precisa ser contido. Tenha alguns guardas como apoio. Não quero que ele faça nada estúpido que possa prejudicar a si mesmo ou a Sophia. Um toque nos tirou de nossos pensamentos. Era meu telefone. Suspirando, eu respondi, vendo o nome de Carter aparecer. — Risonha. — Carter nem esperou que eu dissesse olá. — Carter, nós sabemos. Sophia foi levada. — Achei que foi por isso que Carter ligou. — Sim. Deus, eu sinto muito. Tínhamos mais guardas, mas esses caras são Lycans. Foi difícil. — Carter parecia frustrado consigo mesmo. — Ei. Você não pode estar se culpando. Bradley teria visado propositalmente a matilha quando ela estava em seu ponto mais fraco em termos de defesa e segurança. O principal é que todas as outras pessoas estejam seguras, — respondi. — Sim, todo mundo está seguro. O bastardo sabia o que ele queria, e ele conseguiu, — Carter rosnou. — Sophia estará de volta nos braços de seu companheiro em breve, — eu assegurei Carter. — Eu sei que todos vocês farão o que for necessário. Mas nós estamos chegando. Eu e alguns outros. Hunter vai ficar aqui, mas eu preciso ter certeza de que Sophia está segura, — disse Carter. Eu estava prestes a discutir, dizendo que era perigoso, mas Adonis colocou a mão no meu ombro e balançou a cabeça. Suspirando, respondi: — Tudo bem. Por favor, fique seguro. — Eu vou. Você também fique segura. — Carter encerrou a ligação. — Pequena. Você precisa deixá-lo vir; seu lobo se sente responsável pela situação de Sophia. Ele precisa de garantias de que ela está segura. Não se esqueça que ele é um alfa e também um amigo próximo de Sophia e de você, — explicou Adonis. Eu balancei a cabeça tristemente. — Eu sei. Eu só não quero que ele se machuque. — Ele não será. Carter é uma pessoa forte. — Adonis me beijou na testa. Ele segurou minha mão enquanto descíamos as escadas. — Agora é hora de encontrar o diabo. Capítulo 33 Saímos, com nossos amigos logo atrás de nós. A tensão pairava pesada no ar enquanto todos esperavam impacientemente que Bradley aparecesse. Luke saiu da floresta com as roupas rasgadas. Damien o seguiu, sem todos os sinais de brincadeira. Gabe, que tinha ido encontrar Luke, também saiu ao lado de Damien. Evan estendeu um par de roupas para Luke, que as agarrou e vestiu. — Eu vou matá-lo. Juro por Deus, — Luke rosnou. — Nós sabemos o que você quer, mas você tem que se controlar. Ele está usando Sophia como vantagem, — Adonis lembrou Luke. — Que movimento doentio, pegar a companheira de seu próprio irmão como vantagem, — Damien zombou. — Esse cara não tem coração. — Gabe balançou a cabeça. Um cheiro desconhecido encheu meu nariz. Só pode ser uma pessoa. Bradley. Com certeza, ele saiu da clareira com Sophia por cima do ombro. Ela estava claramente drogada e nocauteada. Luke rosnou e avançou, mas Damien o deteve. — Ah, eu não faria isso se fosse você, irmãozinho. Não quero entregar a você sua companheira morta, — Bradley zombou. Bradley parecia muito com Luke, a principal diferença eram as marcas de garras em seu rosto. Ele me pegou olhando e sorriu. — Você deve ser Aarya. — Não diga o nome dela, seu bastardo de merda, — Adonis cuspiu. Bradley ergueu as mãos em sinal de rendição simulada, embora o sorriso malicioso nunca tenha deixado seu rosto. — Sensíveis, não é? É uma pena que você acabou de encontrar sua companheira, porque você vai perdê-la muito em breve. — Suas palavras soaram como uma promessa, não um aviso. — Como você chegou aqui tão rápido? — Eu perguntei. — Lycans correm muito rápido. Além disso, eu tinha um plano. — Bradley parecia satisfeito consigo mesmo. O olhar de Bradley encontrou Damien, que estava parado ao meu lado. — Uau, uma reunião da família real. — Seu sarcasmo era evidente. — Onde está sua irmã? Lá dentro, presumo? — Perguntou Bradley. Damien rosnou, fazendo Bradley rir. — Que bom que ele está aqui porque alguém precisa assumir o trono. Assim que eu matar sua companheira, Adonis, você não será mais capaz de governar. — Bradley apenas riu. Este homem estava louco. Suas ideias doentias me apavoraram, mas me recusei a deixar transparecer. Qualquer sinal de fraqueza seria um alvo fácil para este homem. Eu tive que manter a calma e manter a calma de Adonis também. Essa não seria uma tarefa fácil. — Se você acha que vou deixar suas mãos imundas tocarem Aarya, então você está redondamente enganado. Vou arrancá-las do seu corpo antes que você tenha uma chance, — Damien rosnou. Bradley apenas sorriu. — Ah, como eu poderia esquecer? O príncipe que não quer nada com a família real, mas você simplesmente não consegue se livrar de seu título real. Que pena, dois irmãos que têm tanto poder, mas nem querem. É por isso que estou aqui. É justo que alguém que deseja o poder o consiga. — Cale a boca. Não há ninguém tão ávido por poder quanto você, e é por isso que você nunca conseguirá o que deseja. Muito de qualquer coisa é ruim, mas você vai perceber isso tarde demais. Bradley zombou: — Por mais divertido que tenha sido, é hora de eu ir embora. Lembre- se, um arranhão em mim, vou arrancar a cabeça dela. — Ele sorriu, içando Sophia mais alto em seu ombro. Maldito idiota, ele precisava morrer. — Vejo você em breve, Sua Majestade. Vou adorar ouvir seus gritos. — Bradley riu de mim. Tanto Adonis quanto Damien soltaram um grunhido alto e deram um passo à frente. Estendi a mão e agarrei os dois, balançando a cabeça. — Não faça isso. Isso é exatamente o que ele quer. — Vejo você em breve, velho amigo. Será uma luta até a morte, — disse Bradley a Adonis. Assistimos enquanto Bradley se afastava com Sophia. Minha Lycan estava chateada, assim como eu. Deixar Sophia nas garras daquele bastardo não foi fácil, mas não tínhamos escolha. Quando eles estavam fora de vista, Adonis invadiu o interior, jogando coisas pela sala. Ele precisava liberar sua raiva, então eu o deixei. Evan e Gabe olharam para mim, mas eu apenas balancei minha cabeça. Damien parecia solene. — Eu não percebi o quanto Adonis teve que lidar. Eu sorri tristemente. — Seu irmão tem que lidar com muito mais. Agora ele tem uma companheira e sua família de volta, mas antes? Não sei como ele conseguiu. Damien acenou com a cabeça em concordância antes de caminhar até seu irmão e puxá-lo para longe. — Adonis, acalme-se. Agora devemos pensar em um plano; não podemos perder mais tempo. Adonis respirou fundo enquanto seu olhar se fixou em mim. Ele estendeu a mão, que aceitei com prazer. Beijando o topo da minha cabeça, ele respondeu: — Você está certo. Precisamos trazer Sophia de volta. Todos nós fomos para o escritório. Luke parecia perturbado, então fiquei para trás para falar com ele. — É melhor você não estar se culpando, — avisei. — Meu comportamento a empurrou para os braços do meu irmão. — Luke suspirou. — Não, você não fez nada. O estresse atingiu você, tudo bem. Eu ficaria mais preocupado se isso não acontecesse. O sequestro de Sophia foi feito por Bradley e é culpa dele, não sua. Você se concentra em recuperá-la, não se culpando. Isso é mais importante, — eu o lembrei. Luke sorriu. — Todos os dias você prova porque é a pessoa perfeita para ser rainha. Aposto que você nem percebe. Chegamos ao escritório de Adonis e nos sentamos, tentando pensar em uma ideia. Evan sugeriu que o emboscássemos, mas Adonis recusou, dizendo que era muito previsível e que Bradley estaria esperando por isso. Além disso, não tínhamos ideia de onde ele estava se escondendo. Ninguém poderia ir e olhar, apenas no caso de ele machucar Sophia. Foi uma bagunça. Gabe mencionou sobre suborná-lo com poder e depois capturá-lo. Damien disse que queria poder, mas agora seu principal objetivo era me matar, então isso também não funcionaria. Bradley nos deixou em uma situação difícil; qualquer coisa que quiséssemos fazer, não poderíamos. Um, caso ele machuque Sophia, e dois, ele estaria esperando por isso. Ele conhecia esses homens muito bem. Nossos pensamentos foram interrompidos pelo toque do telefone. Adonis suspirou e respondeu. — Olá? — Por que você parece tão chateado? Você finalmente aceitou a perda de sua companheira? — Bradley deu uma risadinha. De repente, todos estavam sentados eretos, olhando uns para os outros com preocupação e confusão. Adonis rosnou: — Que porra você quer? — Vou mantê-lo curto e simples. A rainha por Sophia, — disse Bradley, desligando. — NÃO! — Adonis não conseguia controlar seu temperamento, limpando tudo de sua mesa com um golpe e respirando pesadamente. — Adonis, acalme-se. — Tentei acalmá-lo. — Não vou deixar você ir até ele de jeito nenhum. Vamos conseguir Sophia de volta por outro caminho. — Adonis enterrou o rosto no meu pescoço. — Exatamente, você é a rainha. Como podemos simplesmente deixar você ir? — Evan cerrou os punhos. — Eu disse àquele desgraçado que rasgaria suas mãos antes que ele tivesse a chance de tocar em você. — Damien estalou os nós dos dedos. — Eu quero muito minha companheira de volta, mas não às custas de perder você. Sophia nunca me perdoaria e eu nunca poderia me perdoar. Encontraremos outra maneira, — disse Luke. Ouvir todo mundo dizer essas palavras aqueceu meu coração, mas eu não era estúpida. Eu sabia que não havia outro jeito. — Todos vocês são incríveis, mas não há outro jeito. Se houvesse, teríamos começado o planejamento. Bradley nos deixou perplexos. — Suspirei. Eu enfrentei Adonis. — Eu sei que você virá me salvar porque eu acredito em você. Mas você também tem que acreditar em si mesmo. Adonis rosnou: — Por que você está falando como se fosse se entregar? — Porque eu vou, — eu disse. — Como diabos você vai. Não vou perder você de vista, — gritou Adonis. — Adonis. — Tentei argumentar com ele, mas ele não estava ouvindo. — Você é minha companheira. Não vou deixar você ir embora, — ele insistiu. Agora minha raiva estava crescendo. — Adonis, pense no quadro maior aqui. Dando a Bradley o que ele deseja, podemos derrubá-lo. Ele vai ficar muito arrogante; é uma forma perfeita. — Arriscando sua vida. Acho que não, — recusou Adonis. — Adonis, é meu dever como rainha proteger a todos. Não posso deixar Bradley matar outra pessoa inocente. Você tem que acreditar em mim. Eu sei o que estou fazendo. — Suspirei. — Eu acabei de encontrar você. Como posso deixar você ir? — A voz de Adonis quebrou. — Eu não vou para sempre. Você vai me encontrar, além disso, não vou facilitar as coisas para Bradley. Isso vai te dar tempo para me encontrar. — Eu sorri. — Eu não posso. Vou prendê-lo, mas não vou deixar você se entregar. — Adonis balançou a cabeça. Pelo amor de Deus. Achei que ele finalmente concordou. — Adonis. Ouça a si mesmo, você está sendo egoísta. — Minha raiva estava levando o melhor de mim. — Eu não me importo, eu sou egoísta. — Adonis parecia não se importar. Rosnando, eu rebati: — Você está pensando com o seu pau. Você é a porra do rei, Adonis, use seu cérebro. Este é o único caminho. Adonis também parecia estar lutando para controlar seu Lycan. — Você quer morrer? É por isso que você está tão flexível em me deixar? — Oh vamos lá. Não vou morrer, porque sei que você vai me encontrar. Esta é a única maneira de detê-lo. — Eu joguei minhas mãos no ar. Adonis olhou para seu irmão, que olhou para mim e suspirou: — Irmão, Aarya não está errada. Ela está certa em pensar que Bradley vai cometer um deslize quando a tiver. Ele vai se tornar muito arrogante, nos dando a oportunidade perfeita para acabar com ele. Adonis não pareceu impressionado com essa resposta. — Aarya não é estúpida. É um bom plano. Além disso, nossa rainha não é fraca. Ela é foda, — Evan apontou. Eu sorri para os dois. Eu sabia que era difícil ir contra Adonis, mas eles o fizeram mesmo assim. Adonis suspirou, — Eu preciso de tempo. — Isso é algo que não temos. Adonis, confie em mim como eu confio em você, — respondi. Ele abriu a boca, mas fechou novamente. Suspirando, ele saiu do escritório e desceu as escadas. Todos se entreolharam antes de segui-lo. Adonis parecia estar procurando por algo, mas eu não tinha certeza do quê. — Eu não sei por que você insiste em fazer isso, mas ao mesmo tempo, me deixa orgulhoso de você. Minha companheira, aquela que pensa nos outros antes de si mesma. — Adonis suspirou. Ele vasculhou uma gaveta e tirou um anel. — Eu mantenho isso no lugar mais óbvio porque ninguém ousa movê-lo. Foi da minha mãe. Ela deixou comigo, e agora estou dando para você. — Adonis o vestiu. — Eu vou te encontrar antes que aquele bastardo toque em você, — Adonis prometeu. — Eu sei que você vai. Estarei esperando. — Eu o beijei suavemente nos lábios. Ele suspirou. — Vamos matar aquele bastardo. — Antes que tivéssemos a chance de subir as escadas, um barulho de tique-taque chamou nossa atenção. — Ei, isso não soa como... — Niya não conseguiu terminar a frase quando uma explosão nos jogou do outro lado da sala. Sons de vidro quebrado e gritos perfuraram meus ouvidos. Desorientada, tentei me levantar e encontrar Adonis, mas a força da explosão realmente me afetou. Eu caí de volta no chão e gemi. Lentamente, tentei novamente. Desta vez, quando consegui me levantar, fiquei cara a cara com ninguém menos que Bradley. Ele sorriu. — Você demorou muito para responder. E então ficou preto.... Capítulo 34 Minha cabeça estava pesada enquanto eu gemia. O que diabos aconteceu, e por que eu não conseguia me lembrar de nada? — Finalmente, você acordou. — Uma voz familiar me fez abrir de repente os olhos. Bradley estava lá sorrindo para mim. Ver seu rosto me fez perceber o que diabos aconteceu. A bomba, Bradley chegando. Oh Deus... onde estava Sophia? Lutei contra minhas restrições, tentando procurar Sophia. Se este bastardo a tocasse, eu o mataria. Bradley percebeu que eu estava lutando e apenas riu. — Você não vai conseguir sair disso. Sua Lycan está fraca com a explosão. — Bradley parecia satisfeito consigo mesmo, mas esse idiota não percebeu por que eu estava lutando. — Onde está Sophia? — Eu rosnei. — Oh, você está procurando por ela. Ela está de volta nos braços de seu companheiro, meu irmão mais novo, — Bradley respondeu. Ele manteve sua palavra. Eu não posso acreditar nisso. Este homem não era confiável. Sempre. — Eu mantenho minha palavra. Além disso, ela não era útil para mim de qualquer maneira. Você é quem eu realmente queria. — Bradley encolheu os ombros. — Que patético você ter colocado uma bomba para me sequestrar. Você claramente não pode enfrentar Adonis sem jogar sujo, — eu zombei. Bradley rosnou e estava prestes a se lançar sobre mim, mas parou. — Eu vou matar sua companheiro. Eu vou matá-lo, então eu ganho. Eu sempre ganho. — O que exatamente você ganha com isso? Sem poder, sem trono? — Eu perguntei, tentando impedi-lo para que Adonis tivesse a chance de me encontrar. — Eu me vingarei. Vingança do homem que fez isso na minha cara, que passou por mim e deu mais poder ao meu irmão mais novo. O poder vem da satisfação de destruir Adonis. Eu destruí o rei. — Bradley parecia ameaçador. — Você é Insano. Como você pode sequestrar a companheira de seu próprio irmão? — Eu balancei minha cabeça em descrença. — Muito facilmente porque meu irmão nunca me ajudou. Ele ficou lá e assistiu. Ele estava morto para mim desde o momento em que assumiu essa posição, — Bradley rosnou. — Todo esse poder subiu à sua cabeça. Você nem consegue ver o quadro geral, e essa será sua maior queda. Você vai perceber isso tarde demais. — Suspirei. — Ha! Você está me contando sobre minha queda? Você é aquela que está amarrada a esta cadeira à momentos de sua morte. — Bradley balançou a cabeça para mim. — Sim, porque não posso dizer quando estou morta. — Eu encolhi meus ombros. — Ela está enrolando, porra. Basta matá-la já. — Uma voz familiar me deixou ofegante. Bradley olhou para o meu estado de choque e riu. — Aposto que você não esperava isso, não é? Que porra é essa? O que diabos Savanah estava fazendo aqui? Savanah sorriu para mim. — Pela primeira vez eu deixei você sem palavras. — O que diabos você está fazendo aqui? — Eu rosnei. Savanah revirou os olhos e ficou ao lado de Bradley, que a puxou para perto dele. Meus olhos dispararam entre os dois antes que a compreensão se instalasse. — Vocês são companheiros, — eu suspirei. — Sim, ela é minha. — Bradley sorriu. — Mas... e quanto a Adonis e seu tio? — Perguntei a Savanah, confusa. Ela riu e balançou a cabeça. — Eu pensei que você fosse inteligente. Eu nunca gostei de Dimitri, muito menos amei. Depois do que ele fez com meu companheiro, por que eu iria querer passar um tempo com ele voluntariamente. — Então, tudo isso fazia parte do seu plano? — Eu perguntei. Bradley olhou para Savanah e disse: — É melhor dizer a ela, já que ela vai morrer, antes que possa contar a alguém. Savannah riu. — Conheci Bradley há meses, quando fui com meu tio visitar as prisões. Algum tipo de verificação de segurança. Eu sabia que ele era meu companheiro assim que fizemos contato visual. — Voltei mais tarde naquela noite e o libertei. Vê-lo naquela posição foi horrível. Então ele me contou o que Dimitri fez com ele, e planejamos nossa vingança. — Eu fiz meu tio acreditar que eu tinha um companheiro humano que estava morrendo, então ele me indicou para acasalar com Dimitri. O plano era destrui-lo antes que ele acasalasse comigo. — O que nós não contávamos foi ele encontrar sua companheira. Isso funcionou a nosso favor, mas tínhamos que fazer você acreditar que eu era aquela ex ciumenta. Caso contrário, você suspeitaria. — Enquanto isso, Bradley estava planejando a queda de Dimitri usando sua própria companheira. — Adonis vai descobrir que você realmente nos ajudou. Matar você mataria Adonis, e ele estaria fora do trono. Vingança pelo que ele fez comigo. — Bradley sorriu. Bradley puxou Savanah para mais perto dele, e os dois começaram a se beijar. Que merda de vil. Eu engasguei, mas eles não prestaram atenção em mim enquanto continuavam comendo o rosto um do outro. — Bem, vocês são realmente feitos um para o outro. — Sarcasmo escorria da minha voz. — Já que engano é o seu nome do meio. Mas devo dizer que esse plano que você tem é realmente incrível, exceto por um erro. Você está subestimando Adonis, — eu zombei, fazendo com que eles se separassem. — O que te faz pensar que o estou subestimando? — Perguntou Bradley. — Bem, para começar, você realmente acredita que vai conseguir me matar antes que ele chegue aqui. Eu não acho que você conhece o poder do vínculo de companheiro ainda. — Eu levantei minhas sobrancelhas. — Urgh, mate-a já. Prove que ela está errada, — Savannah estalou. — É hora de dizer adeus a este mundo, Vossa Majestade. — Bradley caminhou em minha direção. No entanto, um estrondo o deteve. Ele rosnou e se virou. Um Lycan entrou correndo freneticamente, sem perceber que interrompeu Bradley. — Eles... eles nos encontraram. — Ela saiu correndo. — Quem? — Bradley estava tremendo de raiva. — Adonis. — Eu respondi. Bradley soltou um grande rosnado antes de quebrar o pescoço do Lycan sem hesitação. O cadáver do pobre Lycan caiu no chão e Bradley o chutou de frustração. Este homem não tinha respeito. — Como diabos ele nos encontrou? — Savanah caminhou pela sala. — Porque vocês dois ficaram muito presunçosos, — eu respondi antes de tirar as restrições que me seguravam. Levantei-me e joguei a cadeira em Savanah, que se abaixou bem a tempo. Pena. — Eu vou te matar. — Bradley caminhou em minha direção. — Vamos, então, — eu provoquei. Bradley investiu contra mim, mas eu saí do caminho. Ele puxou minha perna, então tropecei e caí no chão. Porra. Eu rapidamente me levantei e chutei Bradley nas bolas. Ele caiu de dor no chão. Desculpe, Adonis, posso não ter usado seu treinamento neste aqui, apenas meus instintos. Savanah gritou enquanto pulava nas minhas costas, puxando meu cabelo. Puta, puta, ela tem sido um espinho no meu lado desde que conheci meu companheiro. Seu tempo acabou. Eu rosnei. Minha Lycan não estava feliz com essa vadia. Eu dei uma cotovelada em seu estômago, fazendo-a afrouxar seu aperto. Usei essa oportunidade para agarrar suas mãos e balançá-la sobre minha cabeça para que ela caísse no chão. Ela gemeu de dor. Droga, ela ainda estava viva. Bradley se levantou, rosnando enquanto sua companheira gritava de dor. — Sua vadia de merda. Ele me pegou desprevenida me dando um tapa no rosto. Mas eu não iria deixá-lo escapar impune. Desta vez, usei o treinamento de Adonis para socar Bradley bem no rosto. Pegue isso, seu bastardo. Ele mal teve tempo de se recuperar antes que eu o chutasse nas costas, fazendo-o cair para frente e atingir o chão. Um rosnado alto fez os objetos chacoalharem e meus cabelos se arrepiarem. Isso significava apenas uma coisa. Adonis estava aqui e ele estava chateado. Meus pensamentos foram confirmados por ele invadindo, seus olhos negros como breu enquanto procuravam por algo. Assim que aqueles olhos se encontraram com os meus, Adonis se aproximou e me pegou no colo. Ele respirou meu cheiro e enterrou o rosto no meu pescoço. — Você está segura. Graças a Deus. — Ele suspirou. — Bem, acho que você vai me testemunhar matando sua amada companheira. — A voz de Bradley nos separou. — Acho que você precisa de ajuda com isso. — Outra voz familiar fez meu sangue gelar. O aperto de Adonis aumentou em mim quando Gabe saiu das sombras com um sorriso sinistro no rosto. — Gabe, não, — eu respirei, incapaz de processar a cena na minha frente. — Oh, eu gostaria de ter uma câmera para gravar isso. Seus rostos não têm preço! — Bradley bateu palmas, rindo de nosso choque. — Como você acha que Aarya foi drogada? Como entrei sorrateiramente sem que ninguém me notasse? Gabe, é claro. Savanah ainda não era tão confiável quanto eu esperava, mas felizmente Gabe aqui me ajudou. Foi ele quem drogou sua preciosa companheira. — Bradley revelou a traição de Gabe. Adonis parecia inconsolável; seu melhor amigo o traiu. Eu não pude acreditar. Por quê? Ele estava feliz, ou pelo menos eu pensei que ele estava. E quanto a sua própria companheira? Lexi não fazia parte disso também, não é? — Eu sei o que você está pensando. Por quê? Eu fiz isso porque uma mudança era necessária. Dimitri era um bom rei, mas as coisas precisavam mudar. Eu ouvi Savanah no telefone com Bradley, e decidi que Bradley era a melhor chance que eu tinha de derrubar Dimitri, — Gabe explicou. — Como você pôde? Você traiu seu próprio melhor amigo? — Meu coração se partiu por Adonis, que ainda estava em silêncio. Bradley revirou os olhos. — Chega de conversa fiada. Se você segurar Adonis, eu matarei sua companheira. Gabe acenou com a cabeça e caminhou em nossa direção. Antes que qualquer coisa pudesse acontecer, Adonis riu. Ele riu tanto que os dois homens se entreolharam confusos. Eu olhei para Adonis com preocupação. O que diabos aconteceu com ele? — Acho tão engraçado que você realmente acredite que tem a vantagem aqui, — disse Adonis depois de se acalmar. Bradley parecia frustrado. — Sim eu tenho! Olhe em volta, ninguém está aqui para salvá-lo. Seu melhor amigo está do meu lado, e eu vou matar sua companheira. Adonis rosnou e me puxou para mais perto dele. — Não. Você ficou muito convencido e nunca viu o quadro geral. Bradley tentou dar um bote em mim, mas Gabe o puxou de volta e o acertou na cabeça com uma vara. Huh? O que eu acabei de perder? Ambos Gabe e Adonis acenaram um para o outro antes de Evan entrar com um bando de outros Lycans. Eu fui atingida na cabeça? O que estava acontecendo aqui? — Você está bem? — Evan perguntou. Os homens acenaram com a cabeça, enquanto eu fiquei lá com minha boca aberta. Gabe e Evan pegaram o corpo inconsciente de Bradley e o levaram embora. É melhor Adonis explicar o que diabos estava acontecendo. Eu me virei para ele para uma explicação quando notei Savanah se levantando e se preparando para atacar. Eu rosnei e me lancei sobre ela antes que ela pudesse fazer qualquer coisa. Eu a empurrei no chão e disse: — É hora de você se juntar ao seu companheiro. Eu não tinha uma vara ou arma, então bati a cabeça dela no chão. Seu corpo flácido foi então carregado por alguns guerreiros. Adonis olhou para mim e sorriu. — Ela irritou você? — Tenta você ficar trancada em um quarto com ela te provocando. Garota estúpida, — eu rosnei. — Dimitri, vamos antes que ele acorde, — Evan disse. — De jeito nenhum. É melhor você me explicar o que diabos aconteceu? — Eu disse. Adonis ficou pensativo antes de responder: — Bem, tenho certeza de que você acabou de bater a cabeça de Savanah no concreto sem hesitar. Rosnei: — Você sabe do que estou falando. Não seja esperto comigo. Adonis me pegou e saiu pela porta comigo. Não fiquei impressionada, mas estava claro que não estava obtendo minhas respostas aqui. Sentamos no carro e tentei descobrir onde estávamos, mas Adonis me impediu. — Você foi sequestrada, ferida e não pode simplesmente ficar parada ou desmaiar em meus braços. — Eu não sou assim. Tanta coisa aconteceu lá atrás. Eu preciso saber tudo. Além disso, quero saber onde estou. — Suspirei. Adonis agarrou minha cabeça e sorriu. — Você vai, mas você tem que ser paciente. Eu abri minha boca para discutir. No entanto, isso não aconteceu quando Adonis colou seus lábios nos meus e enfiou a língua direto na minha boca. Puta merda, isso estava deixando minhas pernas fracas. Adonis sabia beijar e muito bem. Quando ele se separou, o bastardo tinha um sorriso malicioso no rosto. — Maneira perfeita de fazer você calar a boca. Eu olhei fracamente para ele, mas isso só o fez rir enquanto dirigia e me manteve em suspense. Capítulo 35 Adonis dirigia dolorosamente devagar, ou talvez fosse porque eu estava impaciente e queria saber o que diabos estava acontecendo. Quando ele finalmente decidiu entrar no palácio, nossas cabeças giraram ao mesmo tempo. O pânico estava em nossos rostos enquanto nós dois sentíamos o cheiro de uma quantidade avassaladora de sangue. Sem perder tempo, nós dois saltamos do carro e corremos em direção ao palácio. Parecia que eram os Lycans de Bradley. Os belos jardins do palácio estavam agora manchados de sangue. Meu olhar encontrou minha família, que estava lutando bravamente contra os Lycans. Foi um banho de sangue, que precisava acabar agora, antes que mais um de nossos lutadores morresse. Eu não me importava com os outros. — Chega, — Adonis gritou, fazendo com que todos parassem de lutar. O poder do rei; você não poderia negá-lo. — Seu líder foi pego; seu jogo acabou. Pare com essa luta e podemos oferecer-lhe misericórdia, — Adonis anunciou. — Nós lutamos até a morte, — gritou um Lycan e ganhou o apoio dos outros. Eles retomaram a luta e Adonis rosnou. — Que assim seja. Adonis se virou para Gabe, que estava lá pronto para lutar, mas Adonis balançou a cabeça. — Leve aqueles dois para as celas, não queremos esses idiotas tentando libertá-los enquanto lutamos. Gabe acenou com a cabeça e levou alguns guardas com ele. Tanto Adonis quanto eu viramos um para o outro e sorrimos. Minha Lycan estava ansiosa para mostrar a esses filhos da puta com quem eles mexiam. Sem perder mais um segundo, deixei minha Lycan assumir. Nós atacamos os Lycans violentamente, sangue espirrando por toda parte. Um gemido chamou minha atenção quando o reconheci. Meu olhar se voltou para um Lycan que estava segurando o lobo de Carter. Eu rosnei e corri em direção a eles. Alcançando o cabelo do cara, eu o puxei de volta e fiquei em seu pescoço. Ele me agarrou, mas sem sucesso. Sua cabeça foi arrancada por Lexi. Eu me virei para ver o lobo de Carter, que estava ferido, mas felizmente não foi tão ruim. Minha família não seria ferida nesta batalha, não sob minha supervisão. Peguei o lobo de Carter e corri para dentro em segurança. Ele mancou até um lugar silencioso antes de voltar e sair mancando. Felizmente minha Lycan se acalmou e Carter sorriu para mim. — Uau, minha Risonha mudou muito. Olhe para você, toda confiante e forte. — Ora, obrigada. Foi a oportunidade perfeita para mostrar minhas novas habilidades. — Eu pisquei. Carter riu e respondeu: — Acho melhor você voltar lá. Suspirando, eu balancei a cabeça. — Você fica aqui. Não faça nada estúpido e espere por ajuda. Não tenho dúvidas de que Diya virá correndo em breve, — eu o avisei. Um sorriso apareceu em seu rosto. — Sim, eu sei que ela vai. — Tão apaixonado. — Eu ri. — Cale a boca e vá para o seu companheiro. — Carter revirou os olhos. Sorrindo, deixei Carter na casa da matilha. Diya passou correndo por mim, claramente só tendo olhos para seu companheiro ferido. — Aarya! — Adonis gritou. Um Lycan enlouquecido veio direto para mim, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, uma figura familiar parou na minha frente e arrancou a cabeça dele. Damien se virou e ergueu as sobrancelhas. — Onde você estava, perdida? — Aarya, que diabos? Ele poderia ter te machucado seriamente. — Adonis correu, seus olhos me examinando em busca de ferimentos. — Desculpe, — eu respondi timidamente. Damien apenas olhou para mim divertido, enquanto Adonis balançou a cabeça. — É hora de acabar com isso, irmão, — Damien disse a Adonis, que acenou com a cabeça em concordância. Os dois irmãos pareciam incríveis enquanto falavam através dos Lycans, seus corpos sem vida caindo no chão como moscas. Quando tudo acabou, Adonis olhou para minha família e disse: — Entrem com os outros. Temos alguns negócios para atender. Todos eles assentiram e Zoya apertou minha mão para me apoiar. Niya e Lexi nos acompanharam enquanto caminhávamos para as celas. Meu coração se partiu pelos pobres lutadores que perdemos hoje. Os magníficos jardins agora nadando em sangue, não era uma visão agradável. — Ei, você deveria explicar o papel de agente duplo de Gabe para mim. — Eu parei Adonis em seu caminho. Ele apenas me moveu para um lado enquanto murmurava: — Mais tarde. Eu zombei e fiquei na frente dele. — Mais tarde minha bunda. Diga-me agora. Ele abriu a boca para recusar, mas eu coloquei minhas mãos nos quadris e olhei para ele. Eu queria saber agora, antes que Adonis varra isso para debaixo do tapete e nunca me diga. Damien riu, fazendo com que Adonis olhasse feio para ele. — Tudo bem, não me diga. Sem sexo por um mês. — Encolhi os ombros e continuei a me afastar, deixando Adonis parado em estado de choque. Eu sabia que a proibição de sexo não o afetaria mais do que a mim. Claro, eu provei que estava certa quando Adonis me puxou de volta e respondeu: — Eu vou te contar enquanto caminhamos. Satisfeita, eu balancei a cabeça, o que fez os outros rirem. — Ela tem você enrolado em seu dedo, irmão. — Damien riu. — Espere até você pegar sua companheira. Não é fácil negar a ela. — Adonis suspirou. Com isso, Damien ficou em silêncio e sorriu tristemente. Estava claro que ele ansiava por sua companheira, mas ele nunca demonstrou. — Você sabe que Gabe ouviu Savanah conversando com Bradley. Ele decidiu fazer Savanah acreditar que também me odiava. Só depois que ela acreditou nele é que ele veio e me contou, e fizemos um plano. — Gabe fingiu me odiar enquanto reunia informações. Mas ele precisava ganhar a confiança deles, o que significava ajudá-los com seus planos sujos. — Ele não sabia nada sobre a menina, mas com minha permissão, ele drogou você. Gabe se sentiu extremamente culpado depois daquele incidente e iria confrontar Bradley. — Eu o parei. Estávamos tão perto de nosso objetivo final. Depois de muita persuasão da minha parte e de Lexi, Gabe finalmente se acalmou. — Eu sabia que nossa paciência valeria a pena. Especialmente porque Bradley estava tão envolvido em seu próprio mundo, — explicou Adonis. — Uau, — foi tudo o que consegui dizer. Um plano tão elaborado, mas eu não sabia nada sobre ele. Abri a boca para perguntar por que não sabia, mas fechei novamente. Pensando nisso, Adonis fez a coisa certa porque quanto menos pessoas soubessem, melhor. A culpa me comeu viva quando percebi que fui rude com Gabe, pensando que ele havia traído Adonis. — Rei Adonis Dimitri Grey. — Uma voz me tirou do meu processo de pensamento. Adonis parou em seu caminho e rosnou. Até Damien ficou tenso. Quem diabos era? Eu me virei para ver um homem de meia-idade com cabelos grisalhos caminhando em nossa direção com um sorriso malicioso no rosto. Em sua mão estava um pedaço de papel que ele segurava orgulhosamente como se fosse um troféu. Adonis ficou consideravelmente tenso, fazendo-me encarar este homem. — Depois de muita deliberação, o conselho e eu decidimos que é hora de você renunciar ao trono, — disse este homem. Oh, ele era do conselho. Deveria ter reconhecido sua voz horrível. — Você tem? Por que razão, posso perguntar? — Adonis parecia muito calmo. — Olhe o estado do seu palácio e você ainda não capturou o homem responsável. Eu sei que demos a você um limite de tempo, mas ele realmente deveria ter sido capturado agora. Se você não pode lidar com isso, então como pode ser responsável por todas as vidas inocentes? Este homem estava me dando nos nervos. Antes que Adonis pudesse responder, eu fiz meu caminho até a frente e olhei para esse idiota. — Você está agindo como se os outros bandos não tivessem guerras antes? Tenho certeza de que esta não é a primeira vez que você está vendo o resultado de uma batalha. Ele não pareceu muito satisfeito com minha resposta. — Eu estava conversando com o rei. — Bem, eu sou a rainha. Então, o que quer que você diga ao meu companheiro, você diz a mim. — Eu fingi sorrir. Ele bufou e abriu a boca, mas eu o impedi. — Antes que mais lixo saia dessa sua boca, gostaria de educá-lo em alguns pontos muito importantes. — Em primeiro lugar, você deve pensar antes de abrir essa sua boca. Adonis capturou o culpado e nós estávamos indo para lá agora, antes de você nos interromper rudemente. — Em segundo lugar, você acha que algum papel com algumas assinaturas vai realmente remover Adonis do trono? Você está apenas provando o quão burro você pode ser. — Quando as pessoas o amam, o que são algumas assinaturas estúpidas de alguns velhos que estão apenas com ciúmes? Por fim, o maior erro que você cometerá é achar que Adonis é fraco. — Quando ele tem eu e sua família apoiando-o, ele nunca será fraco. Agora, acho que você sabe se foder. Temos coisas melhores para fazer. O queixo deste homem caiu no chão enquanto Adonis envolveu sua mão em volta da minha cintura e sorriu para mim, seu amor brilhando em seus olhos. — Você ouviu minha rainha. Cai fora, — disse Adonis ao vereador. — Eu acho que isso é inútil. — Damien se aproximou e agarrou o pedaço de papel de suas mãos antes de rasgá-lo em pequenos pedaços. Sem esperar, nós nos afastamos. — Oh, isso foi impagável. Eu gostaria de ter meu telefone para tirar uma foto do rosto daquele bastardo. — Evan riu. — Quem diria que você tinha isso em você? — Damien sorriu para mim. — Eu sabia. Ela é minha pequena. — Adonis sorriu para mim. — Bem, eu tinha que dizer algo. Ele estava me irritando. — Eu revirei meus olhos. — Você é incrivelmente forte. Não deixe ninguém dizer o contrário, — Damien me disse. Eu sorri para ele enquanto Adonis segurava minha mão. Fomos até as celas; a atmosfera mudou. Evan agarrou a mão de Niya, provavelmente para se apoiar. Adonis e eu nos olhamos antes de entrar. Bradley e Savanah estavam conscientes agora. Enquanto Savanah parecia angustiada, Bradley parecia calmo. Gabe se aproximou e balançou a cabeça. — Ele não disse nada. Olhei para Bradley, que tinha um pequeno sorriso malicioso no rosto. O bastardo ainda achava que tinha a vantagem. Luke ficou solenemente no canto, seu olhar duro focado em seu irmão mais velho. Sophia não estava em lugar nenhum. Ela provavelmente estava descansando, e eu duvido que Luke a quisesse na frente de Bradley novamente. — Tratamento silencioso hein? Você sabe que todos os seus homens estão mortos. Você não tem ninguém para ajudá-lo, — Adonis zombou. Bradley manteve a compostura, mas vi o medo em seus olhos. Foi apenas por uma fração de segundo, mas estava lá. Ele estava apenas fingindo estar calmo; ele estava pirando por dentro. — Eu ainda poderia matar sua companheira. Apenas um estalo de seu pescoço e seu corpo sem vida estará deitado a seus pés, — Bradley respondeu. Damien e Adonis rosnaram para ele, fazendo Bradley sorrir. Ele só queria uma reação, e conseguiu. Bradley se levantou e caminhou em direção às barras, provocando Adonis. — Eu poderia envolver minhas mãos em torno de seu pequeno pescoço em um movimento. Adonis estava respirando pesadamente agora, seu Lycan perto de assumir o controle. Olhando para Bradley, percebi por que ele estava provocando Adonis. Se Adonis perdesse o controle, ele tiraria Bradley de sua cela para acabar com ele, e Bradley planejava ganhar a vantagem. Ele poderia fugir se ameaçasse me matar ou matar qualquer outra pessoa. Boa tentativa, espertinho, boa tentativa. Fui até Adonis e coloquei minha mão em seu peito. — Não deixe as palavras desse homem patético chegarem a você. Ele quer que você fique com raiva. Adonis agarrou minha mão como se fosse sua tábua de salvação. Desta vez foi a minha vez. — Você se acha tão inteligente, mas adivinhe, eu sou mais inteligente. Enquanto você apenas usa sua companheira para executar seus planos, meu companheiro me trata como seu igual. É por isso que você perdeu, porque você nos subestimou. Adonis é rei por uma boa razão e parece que você acabou de descobrir isso. Bradley rosnou: — Aproxime-se e deixe-me mostrar quem é mais forte. Eu ri e me virei para Gabe. — Traga-a para fora. Gabe acenou com a cabeça e trouxe Savanah, que estava lutando, mas sem sucesso. Eu vi os olhos de Bradley se estreitarem em confusão e sorri. — Já que você está tão decidido a me matar, eu acho que é justo que Adonis mate sua companheira, — eu disse. — Eu acho que uma senhora deveria matar uma senhora. Oh espere, quero dizer uma vadia. — Eu olhei para Savanah. O pânico se instalou em seus olhos e ela lutou contra o aperto de Gabe. — Ha. Como se eu acreditasse que você realmente vai matar minha companheira. Você não tem isso em você, — Bradley zombou. — Bradley, você precisa me ajudar. Não me deixe morrer, — lamentou Savanah. — Baby, ela está blefando. Como se ela fosse te matar. É apenas seu plano para obter uma reação de mim. — Bradley riu. Blefando? Eu? Minha Lycan ficou zangada com o desrespeito, e eu também. Esse bastardo estava me subestimando, e eu não gostei disso. Rosnando, agarrei Savanah das garras de Gabe e a empurrei em direção à cela de Bradley. Eu nem hesitei enquanto envolvia minha mão em volta do pescoço dela e o agarrei. Descrença e raiva passaram pelos olhos de Bradley enquanto observava o corpo de Savanah cair no chão, seus olhos sem vida olhando diretamente para ele. Ele ficou em silêncio por um momento antes de Bradley bater contra as barras gritando: — Eu vou te matar. Vou te matar, porra. Adonis parou na minha frente e sorriu. — Você queria matar minha companheira, mas olhe aonde isso te levou. Ele olhou para Gabe e Evan. — Sede ele. Eu não quero que ele escape. Bradley se debateu e gritou como um assassino sangrento, seus olhos agora negros enquanto seu Lycan assumia o controle. Depois de muito aborrecimento, ele foi sedado. Seu corpo inconsciente caiu no chão com um baque. — O que agora? — Damien perguntou. — Nós o deixamos aqui. O corpo de Savanah também não deve se mover daqui. A primeira coisa que ele deve ver são os olhos dela olhando para ele, — eu respondi. — Ele vai escapar. Um Lycan sem sua companheira pode se tornar selvagem, — Evan me lembrou. — Então ele morre. Amanhã de manhã, — decidiu Adonis. Todos acenaram com a cabeça, exceto Luke, que estava no canto olhando para o irmão. — Adeus irmão. Para sempre, desta vez, — Luke finalmente disse antes de sair das celas. — Eu não sei sobre você, mas achei a jogada de Aarya super durona. — Gabe piscou. Eu ri e respondi: — Você não viu nada ainda. — Super fodão e super sexy, — Adonis sussurrou em meu ouvido, me fazendo rir. — Ok, vamos mantê-lo aqui, por favor, — Evan estremeceu. — Ele está falando como se ele não fizesse sexo com sua companheira todos os dias, — Adonis murmurou, fazendo Niya corar e Evan ir embora rapidamente com Niya a reboque. Enquanto saíamos das celas, me virei para Adonis. — Agora o que acontece? Ele sorriu e disse: — Agora começa nosso para sempre. Capítulo 36 Meu corpo estava exausto enquanto caminhávamos de volta para o palácio. Meus olhos encontraram o campo sangrento onde todos aqueles Lycans estavam, aqueles que lutaram por nós, não contra nós. Adonis apertou minha mão. — Esses valentes Lycans não morreram em vão. Vou garantir que eles tenham um enterro adequado. — Eu sei que você vai. — Eu sorri tristemente. — Eu sei quem ficará feliz em ver você, — Niya gritou. — O que? — Eu perguntei, confusa. Quando entramos no palácio, um borrão correu em minha direção e me pegou. — Carter, me coloque no chão. — Eu ri. — Oh, Risonha, estou tão feliz que você está bem. — Carter me colocou no chão enquanto seus olhos corriam para cima e para baixo para verificar se havia algum ferimento. — E quanto ao seu ferimento? Um toque e você está fora para o resto da batalha, — eu provoquei. Carter fez beicinho. — Isso não é justo. Você é uma Lycan agora, muito mais forte do que eu. Adonis pigarreou antes de me puxar de volta para ele e colocar a mão em volta da minha cintura. Um sorriso apareceu no meu rosto quando percebi que Adonis estava com ciúmes. Eu queria rir, mas continuei sabendo que não era a hora certa. — Obrigado por toda a sua ajuda. — Adonis parecia estar falando com um estranho. — Sem problemas. Somos uma família agora. Minha melhor amiga e cunhada fazem parte do seu bando. Família ajuda família. — Carter sorriu para mim. — Sim, o que significa que a família não fica com ciúmes da família, — eu sussurrei para Adonis, que apenas olhou para mim. — Eu sou um homem ciumento, baby, eu não posso evitar, — Adonis sussurrou de volta. — Sobre o que vocês dois estão cochichando? — Carter perguntou. — Acredite em mim, você não quer saber, — Evan murmurou, mas foi acotovelado por Niya, que balançou a cabeça. — Nada, não se preocupe com isso, — respondi. — É melhor você não manter mais segredos de mim, Risonha. A menos que seja sobre sua vida sexual porque eu realmente... — Carter parou quando uma tosse alta o interrompeu. Meu pai ficou lá com um olhar: — Eu não quero saber o que minha filha faz com seu companheiro — em seu rosto. — Se eles soubessem, — Adonis murmurou em meu cabelo, fazendo- me enterrar meu rosto no peito de Adonis, totalmente mortificada. Trarei Carter de volta por isso. A última coisa que eu precisava era meu pai descobrir sobre minha vida sexual. — Oh, meu bebê, olhe para você. — Mamãe se aproximou e me puxou para fora do meu momento embaraçoso, me abraçando. — Estou bem, mãe, honestamente. — Eu a abracei de volta. O abraço de uma mãe torna tudo melhor, eu juro. — Sim, sua filha é foda. — Damien sorriu. — Diga-nos algo que não sabemos. — Sai fez sua presença conhecida bagunçando meu cabelo. Eu fiz uma careta para ele enquanto tentava consertar. Sai apenas sorriu e bagunçou novamente. Eu não perdi isso, mas obviamente ele fez. — Por mais que eu adorasse sentar com todos vocês e conversar, preciso de um banho e da minha cama, — eu disse. — Claro que sim. Vá descansar, estaremos aqui até amanhã, — meu pai respondeu, me dando um abraço rápido. Depois de me despedir, subi as escadas, desesperada por um banho. Adonis ficou no andar de baixo para se certificar de que minha família estava bem. Não demorei muito para entrar no quarto, tirar a roupa suja e entrar no chuveiro. A água quente batendo na minha pele me fez suspirar. Parecia que hoje era um dia sem fim. Tomei meu tempo lavando meu cabelo e esfregando minha pele até que ficasse vermelha. Quando finalmente decidi sair, o cheiro de comida fez meu estômago roncar. Rapidamente me vesti e fiquei surpresa ao ver toda uma comida espalhada. Adonis ficou sentado sorrindo. — Você demorou. Eu estava com medo de precisar entrar lá e agarrar você antes que a comida esfriasse. — Você estava com medo? Acho isso difícil de acreditar, — eu zombei. Adonis riu. — É verdade. — Claro, vou me lembrar disso da próxima vez que vocês quiserem tomar banho juntos. — Eu revirei meus olhos. — Vamos, você precisa comer. — Adonis agarrou minha mão e me sentou ao lado dele. Ele estava certo, eu precisava de comida. Então, sem perder um segundo, peguei um prato e enchi-o com todos os tipos de comida deliciosa. Comer como uma dama nem me ocorreu enquanto eu enchia meu estômago. Depois de comer o suficiente, desabei na cama com um suspiro alto. — Satisfeita? — Adonis deu uma risadinha. — Muito, — respondi. — Eu não posso acreditar que acabou. — Adonis olhou para mim com preocupação em seus olhos. — Você está pensando que algo mais vai acontecer, não é? — Eu perguntei. Adonis acenou com a cabeça e eu balancei minha cabeça, levantando e indo até ele. — Não faça isso. Vencemos esta batalha, Adonis. Bradley não nos causará mais problemas. Tenho certeza de que o conselho vai nos deixar em paz por enquanto. — Eu ri no final. — Sim, graças a minha companheira incrível. — Adonis sorriu. Eu virei dramaticamente meu cabelo. — Eu sei, sou muito boa. Adonis me puxou para ele e gemeu: — Você sabe o quanto você me torturou hoje? O número de vezes que tive que esconder minha ereção de todos. A risada escapou da minha boca antes que eu pudesse detê-la. Pensar em Adonis tentando esconder sua ereção só me fez rir ainda mais. — Você acha isso engraçado? — Ele revirou os olhos. — Eu sinto muito. É, só um pouco. — Tentei parar de rir. Antes que eu percebesse, Adonis me pegou e me jogou na cama, fazendo-me gritar. A risada parou assim que vi seus olhos. Ele se arrastou até a cama com um sorriso malicioso no rosto. — É uma coisa boa eu não ter que esconder mais minha ereção esta noite. Engoli o nó na garganta. — Hum... eu... meu... O sorriso de Adonis nunca deixou seu rosto enquanto ele se abaixava e mordiscava minha orelha. — Minha pequenoa companheira não tem nada a dizer? — Meus pais. — Tentei inventar uma desculpa. — Estão em um andar completamente diferente. Você sabe que todo este andar é só nosso, meu amor. — Adonis tentou não rir de mim. — Mas. — Meu cérebro não tinha mais nada a dizer. — Hmm... — Adonis me divertiu enquanto deixava beijinhos da minha orelha até o pescoço, me fazendo estremecer. De repente, foi como se meu cérebro tivesse parado de funcionar. Eu não conseguia pensar em mais nada além do prazer que Adonis estava me causando. — Você está com medo, pequena? — ele perguntou. — Parece que você quer me devorar, — admiti. — E isso te deixa com medo? — Adonis olhou para mim, preocupado. — Não, isso me deixa nervosa. Meu corpo vai doer como uma cadela amanhã, — eu respondi. Adonis soltou um suspiro. — Eu pensei que você estava com medo. Eu não faria nada se você se sentisse assim, mas agora eu sei que você quer isso... Ele não perdeu tempo em puxar para baixo minhas calças e agarrar meu núcleo. — Porra. — Eu arqueei meu corpo para fora da cama, sentindo a língua hábil de Adonis fazer sua mágica. — Isso vem depois. Deixe-me provar você primeiro. — Adonis sorriu. Lambida após lambida, Adonis me torturou enquanto meu corpo se debatia. — Adonis, por favor, — eu implorei. — Agora não. Não se atreva a me soltar antes que eu diga, — disse Adonis. Soltei um grito de frustração, mas isso se transformou em um gemido quando Adonis inseriu dois dedos e os bombeou para dentro e para fora do meu núcleo. — Oh Deus. Adonis, eu não posso... — Eu me esforcei para formar uma frase. A resposta de Adonis foi bombear os dedos ainda mais rápido. Uma lambida no meu núcleo, e eu não pude segurar por mais tempo. — Foda-se, — eu gritei enquanto sentia meus sucos derramarem. Minha cabeça caiu para trás no travesseiro enquanto eu respirava pesadamente para recuperar o fôlego. Adonis tirou os dedos e eu observei enquanto ele os lambia para limpá-los. — Você me desobedeceu, — ele resmungou. — Eu tentei, mas é difícil. — Eu fiz beicinho. — Talvez sim, mas você ainda me desobedeceu. Eu acho que uma punição está em curso, — Adonis disse, um brilho perverso em seus olhos. Ele se levantou e entrou no armário antes de sair com um pedaço de pano de seda. — O que você vai fazer? — Eu perguntei. Ele não respondeu, ao invés disso levantou minhas mãos e as segurou atrás da minha cabeça. A realização cruzou meu rosto enquanto eu lutava, mas foi inútil. Adonis usou o pano de seda para amarrar minhas mãos na cabeceira da cama. — Não se mexa. Se você decidir fugir, terei de puni-la ainda mais, — disse-me Adonis. Eu poderia facilmente sair dessa, mas ver seu rosto me fez pensar o contrário. Além disso, uma parte de mim não conseguiu evitar de ficar excitada. Hormônios estúpidos. Adonis rasgou minha blusa, fazendo-me engasgar. — Há tantas coisas que quero fazer com você, pequena, mas temos muito tempo. Agora tudo que eu quero fazer é enterrar meu pau em sua boceta apertada. Conversa suja, ele sabia o quanto eu amava isso. Eu assisti enquanto Adonis tirava suas roupas, muito lentamente. Minhas mãos estavam coçando para arrancá-las e eu gemi de frustração. Isso era parte de sua punição, e era punição. — Adonis, — eu gemi. — Não. Não faça isso, pequena, — Adonis avisou. Fechei os olhos e desejei que meu cérebro pensasse em outra coisa. Um rosnado agitou esses pensamentos. — Olhos em mim. Não os deixe fechar, — Adonis rosnou. Porra. Isso foi uma tortura absoluta, mas eu fiz o que ele disse. Meus olhos estavam grudados nos seus olhos castanhos enquanto ele ainda demorava para tirar as roupas. Eu lutei na cama, implorando para ele se apressar, mas ele apenas ficou lá com um sorriso triunfante no rosto. — Agora você sabe que não deve me desobedecer. Posso piorar as punições. — Tudo bem, sim, aprendi minha lição. Por favor, você poderia me foder? — Eu gritei. Adonis arrancou o resto de suas roupas em uma fração de segundo e se posicionou perto do meu núcleo, que estava implorando para ele entrar em mim. — É isso que você quer? — Adonis provocou a minha entrada com seu pau. — Oh Deus, por favor, Adonis. — Eu levantei meu núcleo para tentar encorajá-lo. Lentamente, Adonis avançou. Urgh, tão perto. Todas essas provocações eram uma tortura. Espere, Adonis, vou retribuir o favor. — Adonis! — uma voz alta chamou, nós dois pulamos. Não, isso não estava acontecendo. Ignore, eles irão embora. — Adonis! — eles gritaram novamente. — Você está brincando comigo? — Eu gritei. Adonis agarrou meus quadris para que eu não me movesse. Ele também parecia chateado. — Estou ocupado, vá se foder. — Adonis, você precisa vir agora, — a voz de Gabe gritou. Foda-se, Gabe. Você sabe o que diabos está acontecendo aqui? Adonis soltou meus quadris e se levantou. Suspirando, rasguei a seda para liberar minhas mãos e me levantei. Frustrada e com tesão. Que sorte a minha também. — Eu juro para você, se isso não for uma questão de vida ou morte, vou jogar Gabe na porra das celas por um dia. Adonis ficou lá, chocado, enquanto eu corria para o banheiro e lavava meu rosto corado. Fosse o que fosse, eu realmente não queria sair com uma cara que dizia: — Eu estava tão perto de ser fodida. Voltei a me vestir rapidamente, saí do banheiro e vi Adonis vestido, com um olhar solene no rosto. Bem, quanto mais cedo acabarmos com isso, mais cedo poderei voltar a esta cama e obter o orgasmo que tanto mereço. Nós dois saímos do nosso quarto e vimos Gabe parado lá com uma expressão ilegível no rosto. — O que é? — Adonis perguntou. — Há uma situação lá embaixo. — Gabe olhou para mim e hesitou. Que diabos? Foi um dos membros da minha família? — Que situação? — Eu perguntei. Um pouco de preocupação apareceu. — Aarya, se você não vier aqui neste exato segundo, vou matar todos que você ama, — gritou uma voz familiar. Meus olhos se arregalaram em choque quando registrei a voz. Puta merda, isso era ruim, muito ruim. Meu olhar se voltou para Adonis, que apertou a mandíbula e desceu as escadas, a raiva irradiando dele em ondas. Ele estava perto de perder o controle, e isso não seria bom para ninguém. Porra, por que não podemos ter um dia normal? Corri escada abaixo, todos os pensamentos sobre sexo expulsos da minha mente. Acho que ser uma rainha vem antes do meu próprio prazer. Capítulo 37 Meu sangue gelou quando vi Diya mantida como refém por ninguém menos que Hunter. Uma faca foi pressionada contra o pescoço de Diya e uma bomba foi amarrada ao peito de Hunter. Minha família inteira estava tensa enquanto cercavam Hunter. Niya estava sendo contida por Evan. Sua necessidade de proteger sua irmã era clara para mim. Adonis já estava rosnando para Hunter. Guardas cercaram o local, apenas esperando o comando de Adonis. Eu sabia que eles poderiam matá-lo facilmente, mas foi Diya e a bomba que me preocuparam. Assim que desci, seus olhos se conectaram aos meus. Meu coração estava disparado, mas me esforcei para manter a calma. Esta era uma situação delicada. — Aarya, você está aqui, — Hunter respirou, sorrindo para mim. Adonis ficou na minha frente, bloqueando Hunter de me ver. — Deixe-me vê-la, — Hunter exigiu. Adonis zombou: — Eu não recebo ordens de você, vira-lata. Ele estava lutando para manter o controle, sua voz tornou-se mais grave. Eu apertei sua mão e seus ombros tensos relaxaram um pouco. Hunter rosnou: — Deixe-me vê-la. Desta vez, ele pressionou a faca contra o pescoço de Diya, fazendo-a choramingar. Carter, que estava sendo contido por Damien, lutou contra o aperto de Damien. — Eu vou matar você. Vou rasgar você, membro por membro, — Carter fervia de raiva, mostrando sua possessividade por sua companheira. Ele não era mais o alfa brincalhão, mas sim muito zangado. Niya rosnou, tentando atacar Hunter, mas Evan a segurou. Niya era mais fácil de controlar do que um certo Lycan. Se Adonis ficasse com raiva, não seria nada bonito. Seu Lycan estava perto de assumir o controle. Diya não se machucaria por minha causa. Então, empurrei Adonis de lado e deixei Hunter me ver. Obviamente, Adonis não gostou disso, mas eu agarrei sua mão novamente, esperando que ele entendesse a ideia. — Você está diferente agora. — Hunter olhou para mim com adoração em seus olhos. Essa adoração era o que eu queria ver meses atrás. Agora isso só me deixou doente. A única pessoa que eu queria ver estava bem ao meu lado. — Eu sou uma Lycan agora, Hunter. — Eu mantive toda emoção longe da minha voz. — Uma linda, — respondeu Hunter. Adonis rosnou, mas eu o puxei de volta. O Hunter que eu conhecia nunca faria nada para prejudicar ninguém. Eu esperava que ele ainda estivesse lá. — O que você quer? — Eu perguntei. — Você, — ele respondeu simplesmente. Mais uma vez, senti a raiva de Adonis crescendo. Eu precisava difundir isso e rápido. — O que te faz pensar que irei com você? — Minhas sobrancelhas se ergueram. — Você é minha. Vim cumprir minha promessa a você, — afirmou Hunter. Desta vez foi Carter quem rosnou. — Aarya não é sua, ela nunca foi. Ela nasceu para ser uma rainha; ela nasceu para ser a companheira do rei. De que promessa você está falando? Você quebrou isso quando saiu do carro com sua companheira. Lembra? O olhar de Hunter se voltou para Carter. — Eu não tenho uma companheira. A confusão estava gravada em nossos rostos. O que ele estava falando? Algo aconteceu com Lana? — Eu terei uma em breve, no entanto. — Seu olhar estalou para o meu. — Hunter, você precisa deixar Diya ir, — eu disse, me aproximando dele. Adonis rosnou com a perda de contato, sua postura se tornando predatória. Ele estava pronto para atacar se Hunter colocasse um dedo em mim. — Solte Diya, Hunter. Não vou chegar mais perto de você de outra forma, — eu tentei negociar. — Então, você vem comigo? — ele perguntou, animado. Seu aperto na faca afrouxou. Eu vi isso e, felizmente, Diya também. Sem perder um segundo, ela deu uma cotovelada no estômago de Hunter enquanto eu agarrava a faca para que ela pudesse escapar. Hunter desabou no chão e eu atirei a faca para longe. — Tire aquela bomba dele e jogue-o nas masmorras, — Adonis gritou ordens e me arrastou para longe de Hunter. — Ela me traiu, — Hunter sussurrou. Eu parei no meu caminho e me virei. Hunter me olhou entrecortado. A bomba havia sido arrancada de Hunter, mas ele não parecia se importar com isso. Carter olhou para mim e depois de volta para Hunter. — Lana? — ele perguntou. Hunter balançou a cabeça lentamente. Lágrimas se formaram em seus olhos e ele balançou a cabeça para tentar limpá-las. — Por que? Quando? — Carter perguntou. — Eu descobri um pouco antes de você vir aqui e me deixar no comando. Ela estava agindo de forma estranha nos últimos meses, e eu não conseguia descobrir o porquê. — Eu a segui quando ela saiu de nossa casa, e ela dirigiu por cerca de quinze minutos antes de parar nesta casa. Ela nem bateu; ela tinha uma chave e entrou direto. — Ouvi um garotinho gritar 'mamãe' e meu coração se partiu. Naquele momento, pensei que ela tinha um filho que escondeu de mim porque estava preocupada com a minha reação. — Mas então eu ouvi a voz de um homem. Ele estava dizendo a ela o quanto a amava e sentia sua falta. Lana disse que sentia falta dele também. Minha própria companheira dizendo a outro homem que o amava. — Fui confrontá-la quando ela disse que logo me rejeitaria. Ela não suportava viver sem ele e seu filho. — Mas eu não dei a ela a satisfação de me rejeitar. Eu irrompi e a rejeitei. Em vez de remorso, ela estava realmente feliz. — Enquanto meu coração se despedaçava, ela pulou nos braços daquele homem. Ela nem se importou que eu estivesse bem ali. — Hunter estava quebrado no final de sua história. Diya se agarrou a Carter, enquanto Carter parecia perturbado. Os dois sempre foram tão próximos. Ouvir o que Hunter passou teria machucado Carter também. Acho que todos sentiram a dor. Sua companheira deveria ser sua melhor amiga, sua amante, mas para Hunter, esse não era o caso. A dor que ele sentia era toda por causa de sua companheira. Senti a raiva crescendo dentro de mim. Lana conhecia os efeitos do vínculo de companheiro, mas ainda assim ela brincava com Hunter. Adonis deu um passo atrás de mim e sua presença acalmou a raiva que ameaçava escapar. Não pude evitar as lágrimas que caíram. Hunter não era malicioso ou possessivo; ele estava quebrado. Ele tinha sido quebrado da pior maneira possível. — Minha companheira tinha uma família. Ela não me quis. O vínculo de companheiro a fez ficar comigo, mas ela nunca me quis, ela apenas me usou. Quebrou meu coração e partiu, — Hunter sussurrou. Caminhei em direção a Hunter e me ajoelhei para ficar cara a cara com ele. A raiva de Adonis era evidente, mas me virei para ele e balancei a cabeça. Hunter não faria nada. Eu tinha certeza disso — Hunter, — eu sussurrei. Seus olhos dispararam para os meus. Tristeza, angústia e devastação estavam brilhando. — Eu sei que é difícil. A rejeição não é fácil, mas você não pode deixá- la vencer. O que ela fez com você foi horrível, mas você é mais forte do que isso. Você é uma das pessoas mais fortes que conheço. Há alguém lá fora para você, alguém que é digno do seu amor, e nós dois sabemos que esse alguém não sou eu. — Eu sorri tristemente. Hunter suspirou, — Eu sei. Você nunca foi feita para ser minha. Carter estava certo, você nasceu para ser a companheira do rei. Acho que minha raiva me cegou. Sinto muito, não tive a intenção de machucar ninguém. Carter falou. — O que você passou é algo que não desejo a ninguém. Seus sentimentos levaram a melhor sobre você, mas admitir seus erros é algo admirável. Você sempre esteve lá para mim, então desta vez estou aqui para você. Hunter sorriu tristemente. — Obrigado, cara. Mas estou deixando meu papel como beta. Eu não mereço isso, não depois de tudo isso. Carter riu. — Nem pense nisso. Não vou encontrar um beta melhor para a matilha. Você vai ficar, mas vou deixar você ter algumas semanas de folga. Vá e viaje, explore novos lugares e, quem sabe, talvez você encontre alguém. Hunter se encolheu. — Acho que meu coração está fechado. — Nunca diga nunca, — eu o lembrei. — Obrigado, Aarya. Você realmente é uma das melhores pessoas que eu conheço. — Hunter sorriu. — Ela é. — Adonis fez sua presença ser conhecida, agarrando minha mão para que eu ficasse de pé. Foi um sinal de posse. Eu queria revirar os olhos, mas em vez disso apenas sorri para ele, e ele me puxou para mais perto dele. — Vamos, cara, vamos para casa. Não quero que a matilha fique sem o alfa ou o beta. — Carter ajudou Hunter a se levantar. — Risonha, eu teria ficado mais tempo se pudesse, mas o dever chama. Você sabe que estou sempre à distância de um telefonema. — Carter me abraçou. — Eu entendo. Você tem responsabilidades. Lembre-se de me ligar quando chegar em casa, — respondi. — Sim, mãe, — Carter brincou. — Vocês não estão cansados? Essa viagem vai ser muito longa, — Niya saltou. — Vamos nos revezar na direção. Vou dirigir primeiro para deixar esses caras dormirem. — Diya foi até a irmã e deu-lhe um grande abraço. Depois de nos despedirmos de Carter, Diya e Hunter, todos decidiram voltar para seus quartos. Não precisava ser um gênio para descobrir que todos estavam exaustos. Os últimos dias foram difíceis para todos. Mamãe me deu outro abraço e disse que eu fiz a coisa certa. Mesmo que eu não precisasse, ouvir mamãe dizer isso me fez sentir um pouco melhor. Por alguma razão, eu não tinha certeza se havia traído Adonis ao dar a Hunter uma segunda chance. Adonis pode ser ciumento e possessivo, mas não era injusto. Ele pode não gostar de Hunter, mas meu coração sabia que ele não ficaria bravo. Voltei para o meu quarto com Adonis ao meu lado. — Desculpe se eu irritei você. — Quebrei o silêncio. — Você não fez. Eu queria ficar com raiva de você, mas percebi que simplesmente não posso estar. — Ele suspirou. — Por que? — Eu perguntei. — Porque você fez a coisa certa. Hunter estava quebrado, e você viu isso. Você deu a ele uma segunda chance. Enquanto isso, eu estava cego de ciúme, então não estava pensando direito, — respondeu Adonis. — O que aconteceu com Hunter foi horrível. Tudo o que desejo para ele é felicidade. Ver todos ao seu redor apaixonados por seus companheiros deve ser difícil. — Eu soltei um suspiro. — Ele vai conseguir. Mas chega de Hunter. Acredito que fomos interrompidos. — Adonis sorriu. Adonis não esperou que eu respondesse, ao invés disso me pegou e voltou para o nosso quarto em um ritmo rápido. Claramente, alguém estava ansioso. Ele me jogou na cama, e aquele olhar predatório estava de volta em seu rosto. Eu me peguei ficando animada, mas não queria dar a ele essa satisfação. Ele me deixou nervosa, agora era a hora da vingança. Toda aquela provocação e sua punição iriam mordê-lo na bunda. Embora eu não tivesse certeza se seria mais tortura para mim ou para ele. A julgar pela protuberância crescente, meu palpite foi o último. Bocejei e disse: — Hoje não. Estou exausta, preciso dormir. Seu rosto mudou para um de choque quando entrei nas cobertas e fechei os olhos. — Que porra é essa? — Eu o ouvi murmurar. Levou tudo em mim para não cair na gargalhada quando ele se trocou e subiu na cama. — Amanhã, certo? — ele perguntou, parecendo uma criança. — Veremos. Meus pais estão aqui e quero passar um tempo com eles. — Eu me aconcheguei no edredom. — Desmancha prazeres, — ele murmurou. Uma parte de mim se sentia um pouco culpada, mas uma parte maior de mim estava gostando muito disso. Provocar Adonis era definitivamente uma das minhas coisas favoritas a fazer. — Boa noite, Adonis, — eu disse, tentando não rir. — Sim, boa noite, — respondeu ele. Não demorou muito para ele me puxar para mais perto, então agora eu estava de frente para o seu peito. Algo sobre dormir nos braços de seu companheiro era simplesmente incrível. Eu me aninhei no peito de Adonis, e ele apertou seu aperto em volta de mim. Não demorou muito para meus olhos ficarem pesados. Os eventos dos últimos dias cobraram seu preço em meu corpo, então aceitei dormir de braços abertos. Capítulo 38 — Não faça isso, pequena. Você me provocou o suficiente hoje, — Adonis rosnou. — O rei não consegue lidar com algumas provocações? — Eu suspirei. Os olhos de Adonis se estreitaram. — Você vai ter tantos problemas. — O que quer que seja. — Eu joguei meu cabelo para trás. — É isso. — Adonis se lançou para mim. Acho que devo voltar algumas horas até esta manhã. Acordar foi incrível. Meu corpo estava muito melhor e parecia que um peso havia sido tirado de meus ombros. Adonis enterrou o rosto no meu cabelo e respirou meu perfume. — Eu não quero me levantar, — Adonis murmurou. — Nem eu, mas meus pais estão aqui. Quero passar algum tempo com eles antes de irem. — Relutantemente, me desvencilhei do calor de Adonis e fui para o banheiro me arrumar. Quando desci as escadas, meus pais e família já estavam sentados lá conversando. Damien, Gabe e Evan também estavam lá. — Bom dia. — Eu fiz minha presença conhecida. — Bom dia, você dormiu bem? — Evan perguntou, um brilho provocante em seus olhos. — Melhor do que você, claramente. Talvez da próxima vez você deva realmente dormir, — eu brinquei. Evan revirou os olhos, enquanto Gabe e Damien riam. — Vou fingir que nunca ouvi isso, — Sai murmurou. — Amo você, mano. — Eu ri. — Querida, vamos voltar depois do café da manhã. — Mamãe sorriu tristemente. — O que? Por que não depois do almoço? — Eu perguntei. — Oh, querida, precisamos voltar. Seu pai e irmão têm responsabilidades que não podem ignorar. — Mamãe veio me dar um abraço. Suspirei. — Gostaria que você pudesse ficar mais tempo. — Da próxima vez, — mamãe prometeu. — Você precisa fazer uma visita a seguir, — papai brincou. — Oh, fiquem quietos. Ela é a rainha, com muito mais responsabilidade do que nós, — respondeu a mãe. — Papai está apenas brincando, mamãe. — Eu sorri. — Só porque você é a rainha não significa que você não pode vir nos visitar, — Sai interrompeu. — Eu mal posso esperar para você ir embora. — Eu coloquei minha língua para fora. — Uau, Aarya, tão madura. — Sai revirou os olhos. — Ahh, as alegrias de ter meus filhos juntos novamente. — O sarcasmo de papai fez os Lycans rirem. Zoya ficou sentada, bebericando o seu café, os olhos cheios de riso. — O que eu perdi? — Adonis desceu as escadas, seu cabelo ainda molhado do banho. Queria tanto passar minhas mãos por seus cabelos. Droga, aposto que ele fez isso de propósito. Ele sabe que amo seu cabelo. — Apenas drama regular entre irmãos. — Damien riu. — Você está brincando com seu irmão, pequenina? — Adonis veio e perguntou. Claro que ele perguntaria isso. Provavelmente tentando se vingar de ontem. — Veja, até mesmo seu companheiro sabe o quão difícil você é. — Sai parecia orgulhoso. — Você quer que eu comece a expor seus segredos? — Eu perguntei, minhas mãos em meus quadris. O olhar presunçoso de Sai caiu e ele olhou para mim com horror. — Você não faria isso. — Experimente, — eu atirei de volta. Papai tomou um gole de seu café antes de responder: — Sai, você é um homem crescido. Pare de provocar sua irmã, você sabe que ela vai te envergonhar. — A princesinha do papai, — Sai murmurou em sua xícara de café. Zoya deu um tapinha nas costas dele, mas olhou para mim, rindo. Decidi não dizer mais nada, senão seria mamãe me repreendendo. Todos nós sabemos que as mães também não se detêm. — Você sabe que é meu companheiro. Você deveria estar do meu lado. — Eu olhei para Adonis, tirando sua mão do meu ombro e indo sentar ao lado dos meus pais. — Oh irmão. Nunca irrite sua companheira. Tenho certeza de que é um conhecimento básico. — Damien balançou a cabeça para Adonis. Adonis não pareceu perturbado. Em vez disso, ele tinha aquele brilho perverso em seus olhos. Eu fingi ignorar Adonis enquanto tomava o café da manhã com minha família. Niya desceu bocejando e os meninos não perderam a oportunidade de provocar Evan. Niya se sentou ao meu lado e bebeu uma xícara de café. Alguém teve uma longa noite. Eu tentei, mas não consegui segurar minha risada. Niya olhou fracamente para mim, o que me fez rir mais. — Acho que é a nossa deixa para sair, — disse Sai, levantando-se. — Já? — Não pude evitar a tristeza em minha voz. — Oh, querida, nós ficaríamos mais tempo se pudéssemos, mas seu irmão está certo. Devíamos partir. — Mamãe suspirou. — Sim, eu acho que sim. — Meu bom humor desapareceu. Eu não percebi o quanto eu sentia falta da minha família até que eles tiveram que ir embora novamente. Depois de dar longos abraços em minha família e prometer que voltaria para casa, observei o carro partir. Adonis tentou segurar minha mão, mas eu encolhi os ombros, indo para Niya ao invés. — Está tudo bem ficar triste. — Niya me confortou. — Já estou com saudades deles. — Suspirei. Adonis segurou minha mão e me puxou para seu abraço. Eu respirei seu cheiro viciante e enterrei meu rosto em seu peito. Acho que não poderia ficar com raiva dele por muito tempo. — Pequena, eu sei que esta pode não ser a hora certa, mas você deveria saber. Bradley está morto. Eu olhei para Adonis, que não mostrou nenhuma emoção, mas eu sabia que ele estava sofrendo por dentro. — Bom. Ele não vai causar mais problemas para nós, — respondi. Adonis apenas balançou a cabeça, me trazendo de volta em seu abraço caloroso. — Ei. — Uma voz quebrou nosso abraço. — Sofia? — Eu olhei para cima e para baixo em busca de qualquer sinal de que Bradley a machucou. — Já estou curada, — disse ela. Fui até ela e ela me puxou para um abraço. — Oh Deus, eu não posso te dizer o quão preocupada eu estava. — Minha voz falhou e as lágrimas ameaçaram cair. — Sim, bem, estou com raiva de você, — respondeu ela. — O que? Por que? — Eu perguntei, confusa. — Porque, Aarya, você ia se entregar por mim. Quão estúpida você poderia ser? — Sophia balançou a cabeça. — Eu disse a ela para não fazer isso, — acrescentou Adonis. — Você pode estar com raiva de mim, eu não me importo. Não havia outra opção e eu sou a rainha. Certamente minha decisão não deve ser questionada. — A raiva cresceu dentro de mim. Sophia recuou de repente, enquanto os outros olharam para mim, preocupados. Adonis se aproximou de mim. — Acalme-se. A raiva desapareceu e eu suspirei. — Quer saber, já se passaram muitos dias. O que quer que tenha acontecido, está feito. Não podemos mudar o passado, então por que falar sobre isso? — Eu olhei para todos em volta. — Você tem razão. Chega de falar sobre isso, — Niya concordou. — Eu realmente preciso ir a cidade. Vamos, Evan. — Niya arrastou Evan. — Eu vou entrar — Damien disse. — Eu vou também, — acrescentei. — Não, você está ocupada hoje, — respondeu Adonis. — O que? — Eu olhei para ele confusa. Ele não me respondeu, apenas me pegou e me jogou por cima do ombro. — A sério? Ponha-me no chão, — eu rosnei. — Divirtam-se rapazes. Minha companheira e eu precisamos ter uma longa conversa. — Eu podia ouvir o sorriso malicioso em sua voz. Eu ouvi as risadas de todos enquanto Adonis me carregava de volta para o nosso quarto. — Foda-se, — eu disse, resmungando. — Essa sua boca, — Adonis resmungou antes de bater na minha bunda. — Não faça isso, — eu engasguei. — Por que? Isso está te excitando? — ele perguntou. Eu zombei: — Não, apenas não faça isso. Mentiras. Claro que sim. Adonis saberia disso de qualquer maneira. Adonis me largou na cama, mas eu não dei a ele a chance de fazer nada. Eu pulei, a adrenalina bombeando pelo meu corpo. Adonis sorriu para mim; sua língua correu por seus lábios. Porra, eu queria tanto beijá-los. — Quer que eu te persiga? Fui até Adonis e deixei pequenos beijos em seu rosto, nunca beijando seus lábios. Adonis gemeu; seus braços se apertaram em volta da minha cintura. — Não, eu quero que você me pegue, — eu sussurrei no ouvido de Adonis. Ele claramente não esperava por isso. Por uma fração de segundo, seus braços se afrouxaram, e aproveitei a oportunidade para me abaixar e correr para fora do nosso quarto. Desta vez, corri pelo palácio antes de sair. Adonis soltou um rosnado, fazendo com que os pelos do meu corpo se arrepiassem. Minha Lycan e eu estávamos animadas. Rindo, corri para fora e me lancei em uma árvore. Adonis passou direto por mim e esperei alguns segundos antes de pular silenciosamente e correr de volta para dentro. Honestamente, eu estava apenas seguindo o rumo do que quer que acontecesse. Eu não tinha nenhum plano, mas descobri que estava funcionando a meu favor. Correndo direto para o meu quarto, corri para o meu armário e encontrei a peça de lingerie que estava procurando. O mais rápido que pude, coloquei-a. Era uma peça única preta sexy com um decote profundo que ia até logo acima do meu umbigo. O detalhe de renda era deslumbrante. Eu combinei isso com um robe de seda e tirei meu cabelo, passando meus dedos por ele. Eu ouvi o rosnado de Adonis lá fora, nos jardins, e uma ideia tortuosa se formou na minha cabeça. Saí em nossa varanda. Com certeza, Adonis estava parado ali, respirando pesadamente, seu Lycan claramente farejando onde eu estava. — Adonis, — eu chamei. Seus olhos se fixaram nos meus. Lentamente, desfiz o manto de seda e observei seu rosto enquanto o deixava cair. — Gostou do que está vendo? — Eu sorri. Adonis rosnou e correu para dentro. Um arrepio de excitação percorreu meu corpo. Eu o ouvi gritar: — Ninguém no meu andar. Ninguém. Eu me posicionei perto da varanda de forma que parecia que eu ia pular. Adonis bateu à porta aberta, seus olhos encontrando os meus e a luxúria os enchendo rapidamente. — O que aconteceu? O rei não conseguiu me encontrar? — Eu ri. — Venha aqui, pequena. — Os olhos de Adonis não deixaram os meus. — Hmm... não. Eu gosto daqui. Estou pensando que todos deveriam ver o que estou vestindo, — brinquei. — Venha aqui, — disse Adonis novamente, sua voz mais profunda. — Você não quer me perseguir de novo? — Malícia brilhou em meus olhos. — Não, eu quero você aqui agora, — Adonis rosnou. — Acho que quero jogar de novo. — Eu sorri. — Não faça isso, pequena. Você me provocou o suficiente hoje, — Adonis rosnou. — O rei não consegue lidar com algumas provocações? — Eu suspirei. Os olhos de Adonis se estreitaram. — Você vai ter tantos problemas. — O que quer que seja. — Eu joguei meu cabelo para trás. — É isso. — Adonis se lançou para mim. E foi assim que acabei nessa situação. Eu não me arrependo. Nem um pouco. Capítulo 39 Alguém deveria ter me dito que minha boca me colocaria em apuros. Oh espere, eles fizeram. Eu simplesmente nunca escutei. Adonis não perdeu tempo em me pegar e me jogar na cama. Seus olhos treinaram em mim, desafiando-me a me mover. — Você parece tão sexy, mas isso precisa sair. Tire-o agora ou vou arrancá-lo sozinho. — O olhar de Adonis nunca deixou o meu. Ao ouvir seu tom de voz sério, decidi que era do meu interesse ouvi- lo. Além disso, eu realmente gostei dessa peça de lingerie. Sentei-me e fiz meu caminho para fora da cama, mas Adonis rosnou. — Não, tire deitada. — O que? Não, — eu zombei. — Você realmente quer me testar agora, pequena? Não se esqueça, você ainda precisa ser punida pelo outro dia e também hoje. — Adonis ergueu as sobrancelhas. Porra. Eu esqueci disso. Seu rosto não mostrou nenhuma emoção, mas aquele brilho em seus olhos o denunciou. Ele queria que eu o desafiasse. Normalmente eu faria, mas me arrastei de volta para a cama e fiz uma dança estranha para tirar a lingerie. Eu não queria dar a ele a satisfação de me punir. Não muito sexy, mas o olhar de Adonis, além de ele lamber os lábios, me fez pensar o contrário. Eu joguei a peça de lingerie em Adonis e obviamente ele a pegou sem esforço. — Por que você sempre tem que me provocar? — Adonis deixou escapar um gemido torturado. Ele largou a lingerie e arrancou a calça jeans e a camisa. Meus olhos foram direto para a protuberância crescente que ainda estava coberta. Adonis rastejou em minha direção, fazendo-me prender a respiração. — Por que você não pode simplesmente me deixar te foder como nós dois queremos? Deixe-me mergulhar meu pau em você repetidamente.... Ele parecia perigoso, aqueles olhos e aquele sorriso malicioso. Eu definitivamente estava em apuros. Ele agarrou meu tornozelo e me puxou em sua direção, me fazendo ofegar. — Onde está a diversão nisso? — Eu respondi, minha frequência cardíaca aumentando dramaticamente. — Hmm... verdade. Muito mais agradável ter você me desafiando. Eu não posso esperar para distribuir sua punição. — Adonis sorriu. — Que punição? — Eu perguntei. Eu nem percebi quando ele tirou a última peça de roupa até que seu membro mergulhou em mim. — Oh merda, — eu gritei. Adonis era implacável; suas estocadas eram fortes e rápidas. Ele segurou minhas duas mãos acima da minha cabeça para que eu não pudesse nem passar minhas mãos por seus cabelos como eu queria. — Não se atreva a gozar, — advertiu Adonis. Antes que eu pudesse protestar, ele me virou de bruços e me puxou para que eu ficasse de joelhos. Mais uma vez, suas estocadas duras continuaram. A pressão familiar aumentou, fazendo-me cerrar os dentes e agarrar-me aos lençóis. Adonis claramente sabia que eu estava perto, então ele deu um tapa na minha bunda antes de rosnar no meu ouvido: — Não. Isso foi uma tortura absoluta. Cada vez que eu estava perto, Adonis diminuía a velocidade antes de acelerar. Um braço envolveu minha barriga, puxando-me de joelhos. A nova posição me fez gemer. Eu o senti mais profundo do que nunca e isso não estava me ajudando. — Oh Deus. Adonis. — A pressão aumentou novamente. Adonis não respondeu, ao invés disso reivindicou meus lábios em um beijo ardente que me fez gemer. Enquanto meus quadris balançavam em suas estocadas, me encontrei implorando pela liberação que eu ansiava desesperadamente. — Estou tão perto, — eu disse a ele. Adonis gemeu antes de me soltar, e eu caí de joelhos. — Você se sente tão bem, baby, — ele gemeu. Eu sabia que ele estava perto, então respondi: — Solte, Adonis. Isso era tudo que ele precisava enquanto encontrava sua liberação enquanto gritava meu nome. Na minha cabeça, pensei que minha punição não seria permitida a liberação que eu queria. O que eu não esperava era que Adonis saísse de mim e me virasse de costas. — Oh meu Deus, — eu engasguei enquanto ele não esperava antes que a ponta de sua língua passasse sobre meu núcleo. Meu corpo inteiro estremeceu quando Adonis continuou a lamber meu clitóris. — Adonis... não posso, não posso. — Não consegui me conter por muito mais tempo. Sua língua parou e ele ergueu a cabeça. — Vou fazer você gozar tantas vezes que você vai se lembrar de quem é o dono desse corpo e dessa boceta. Minha respiração saiu ofegante quando Adonis mergulhou sua língua dentro e fora enquanto eu finalmente fui capaz de emaranhar minhas mãos em seu cabelo. Não demorou muito para meu orgasmo bater forte. Eu gritei seu nome uma e outra vez enquanto o orgasmo mais poderoso que eu já tive me atingia pareceria que eu tinha morrido. Eu nem fui capaz de recuperar o fôlego antes que dois dedos penetrassem no meu centro sensível. — Porra. — Eu levantei meus quadris enquanto as estocadas continuavam. Adonis empurrou meu corpo para baixo e atacou meu núcleo novamente e novamente. Essa língua dele, junto com seus dedos, conseguiu tirar cinco orgasmos de mim. Meu corpo estava cansado e eu sabia que sentiria isso amanhã. — Eu não aguento mais, — eu suspirei. — Acho que você aguenta mais um. — Adonis soltou minha buceta. Sua cabeça se ergueu e ele lambeu os lábios. Ele rastejou em minha direção, e seu membro duro mergulhou em minhas dobras sensíveis. — Você ainda está tão apertada, — Adonis gemeu. — Mexa-se, mexa-se, — consegui dizer. Ele não precisava de mais incentivo. Embora suas estocadas não fossem tão fortes como antes, não demorei muito para gritar seu nome, com ele não muito atrás de mim. Seu corpo caiu para o lado, e ele puxou meu corpo suado e cansado para perto dele. — Isso foi outra coisa. — Eu ainda estava tentando recuperar o fôlego. — Seu corpo é algo do qual nunca me cansarei. — Adonis beijou minha testa suada. Eu me aconcheguei em seu calor, meu corpo precisando de descanso. Nosso momento foi arruinado por ouvirmos Evan subindo as escadas. Desta vez, recusei-me a me mover. — Ele pode se foder. Eu vou ficar aqui com você. Não me importo se pareço uma vadia carente, — disse a Adonis. — Eu não vou sair do seu lado, não se preocupe, pequena. — Adonis riu, seu peito vibrando. — Ei, Aarya, Niya pegou você... — Evan parou. — Oh porra, não. Estou deixando aqui fora — gritou Evan. Comecei a rir ao ouvir Evan. — Por que sou eu que sempre tenho que fazer isso? — As reclamações de Evan desapareceram. — Eu disse fora dos limites, mas ele não estava aqui, — disse Adonis. Meus olhos ficaram pesados quando Adonis colocou uma mecha de cabelo atrás das minhas orelhas. — Eu cansei você? — Ele parecia presunçoso. — Sim. Vou ficar muito dolorida quando acordar, — reclamei. — Você está realmente reclamando? — ele perguntou. Eu balancei minha cabeça. Esses orgasmos que ele me deu foram diferentes de tudo que eu já experimentei. Claro que eu não reclamaria. — Não fique muito convencido. — Eu bocejei. — Muito tarde. Mal posso esperar para contar aos caras quantos orgasmos eu dei a você. — Adonis sorriu. — Como se você esperasse que eu acreditasse nisso. Você é muito possessivo para fazer isso, — eu zombei. — Eu, por outro lado. Vou contar às meninas como me senti tão bem. — Eu sorri. — Você está procurando outro castigo. — Adonis olhou para mim. — O que quer que seja. — Bocejei novamente e fechei os olhos. — Chega de falar agora. Apenas me abrace, — eu disse. — Eu vou te abraçar para sempre. — O aperto de Adonis aumentou enquanto eu perdia minha batalha para dormir. Capítulo 40 Eu estava certa, eu estava tão dolorida quando acordei. Adonis me segurou perto dele enquanto dormia. Minha mão coçava para tocar seu rosto, mas ele parecia tão tranquilo dormindo. Adonis se mexeu e seus olhos castanhos se conectaram aos meus. — Eu pude sentir seu olhar, pequena. — Ele bocejou. — Opa, que pena. — Eu sorri timidamente. — Hmm... sim, é o seu mal. Acho que você precisa ser punida. — Adonis de repente parecia mais acordado. — Ah não. Estou muito dolorida, preciso de um bom banho quente. Você terá que lidar com isso sozinho. — Eu me levantei e apontei para seu movimento crescente. Peguei a camisa de Adonis e coloquei enquanto fazia meu caminho para o banheiro. — Você adora me torturar, — Adonis gemeu. Eu sorri para mim mesma antes de me virar para encarar Adonis. — Você quer se juntar a mim no banho? Adonis se sentou e acenou com a cabeça. — Que pena, a hora do banho é a minha hora sozinha. — Dei de ombros e fechei a porta do banheiro. Adonis rosnou. — Eu vou te pegar por essa provocação. Eu ri enquanto enchia a banheira com água quente e colocava sais de banho. Tirei a camisa de Adonis e deixei meus músculos doloridos afundarem no calor do banho. Eu não pude evitar o gemido que deixou meus lábios enquanto meus músculos doloridos relaxavam. A porta se abriu com um estrondo e Adonis entrou como um furacão. — Que porra é essa? — Eu suspirei. O olhar faminto de Adonis viajou para cima e para baixo no meu corpo, causando uma sensação familiar para viajar pelo meu corpo. Porra, um olhar e ele me tem pronta para ele. — Eu pensei que você estava dando prazer a si mesma. — Adonis finalmente desviou o olhar do meu corpo e me olhou nos olhos. — Então? Quer dizer, eu não estava, mas e se eu estivesse? — Eu perguntei. — Nada, eu queria ver. — Adonis sorriu. Eu revirei meus olhos. — Eu conheço aquele olhar em seus olhos. Deixe a mim e meu corpo dolorido em paz. — Você está dizendo uma coisa, mas seus olhos estão me dizendo outra. Aposto que ver você dar prazer a si mesma está te excitando agora. — O olhar de Adonis estava preso no meu. — Nem pense nisso, — eu avisei. Levou cada grama de minha força para afastá-lo, mas meu corpo estava tão dolorido, além disso, eu queria desfrutar do meu banho. — Tudo bem, vou acompanhá-la no banho. — Adonis entrou na água e afundou na banheira antes que eu pudesse impedi-lo. Ele afundou na água atrás de mim e puxou meu corpo para ele. — Adonis, — eu avisei. — Eu não vou iniciar nada, pequenina, mas se você começar algo, então eu irei felizmente concordar, — ele disse com um sorriso provocador. Antes que eu pudesse responder, suas mãos começaram a massagear meus ombros, me fazendo gemer. Droga, isso era bom. Eu sabia o que ele estava tentando fazer. Me excitar tanto que eu imploraria por ele. Meu corpo traidor estava quase disposto a ceder, mas me contive. Enquanto Adonis continuava massageando meus ombros, minha determinação foi enfraquecendo pouco a pouco, até que não pude mais lidar com isso. Eu agarrei sua mão e coloquei no meu núcleo. — O que você quer que eu faça, pequenininha? — Adonis sussurrou em meu ouvido. — Você me deixou nervosa, — eu gemi enquanto os dedos de Adonis provocavam meu núcleo. — E? — ele perguntou enquanto seus dedos provocavam meu clitóris. — Adonis, por favor, — eu implorei, movendo meu núcleo mais perto de seus dedos. — Como minha rainha deseja. — Adonis sorriu. Eu engasguei quando ele mergulhou dois dedos em meu núcleo e os bombeou furiosamente para dentro e para fora. Sua outra mão provocou meus mamilos enquanto eu me inclinei contra seu peito, gemendo. — Foda-se, foda-se. Estou tão perto, — eu suspirei. — Hmm... você vai gozar nos meus dedos? — Adonis perguntou, suas estocadas ficando mais rápidas. — Ah Merda. Sim, — eu gritei quando encontrei minha liberação. Minha cabeça caiu para trás contra o peito de Adonis enquanto eu tentava recuperar o fôlego. — Melhor banho de todos. — Adonis tirou os dedos do meu âmago, que agora estava extremamente dolorido. — Você fez isso de propósito, — eu o acusei. — Talvez, mas você que começou. — Ele beijou minha cabeça. Adonis me ajudou a levantar enquanto drenava a água da banheira e ligava o chuveiro. Desta vez, ele manteve sua palavra, lavando meu cabelo e corpo. Eu não podia negar que era tão bom. É claro que retribuí o favor com alegria e, depois que ambos tomamos banho, decidimos sair. Depois de nos vestirmos, descemos as escadas de mãos dadas. Meu estômago estava exigindo comida, então fomos para a cozinha. — Ei, pessoal, — disse Lexi, tomando um gole de chá. — Mmm... café. Meu único amor verdadeiro. — Tomei um grande gole de um copo fresco, enquanto Adonis rosnava atrás de mim. Lycan possessivo. Eu apenas rolei meus olhos e continuei a tomar meu café. — Noite longa? — Lexi provocou. — Você não tem ideia. — Eu pisquei. — Não, sem falar sobre o que acontece no quarto na cozinha. — Evan entrou. — Rainha do Drama, — eu murmurei baixinho. Logo todos, exceto Gabe, se juntaram a nós na cozinha. Todos nós conversamos enquanto comíamos panquecas e ríamos. Lexi não comeu nada, mas tomou um gole de chá, o que era estranho, porque ela adorava seu café. Pela primeira vez, ninguém estava estressado e foi incrível. Gabe fez sua presença conhecida com um olhar solene em seu rosto. Lexi se levantou e acenou com a cabeça para Gabe. — Ei, pessoal, odeio ser o portador de más notícias. — Ele suspirou. — Então, não faça isso. Só não diga isso, — disse Evan. — Eu gostaria de não precisar. — Gabe balançou a cabeça. O clima feliz desapareceu e Adonis se levantou, com uma expressão séria no rosto. — O que é? — ele perguntou. De repente, Gabe sorriu. — Lexi está grávida! — O que? — Eu exclamei. — Parabéns, irmão. — Adonis abraçou Gabe. — É por isso que você só tomou chá. — De repente, ocorreu-me. Lexi riu. — Sim, já sei há algumas semanas, mas com tudo o que está acontecendo, simplesmente não parecia uma boa hora para contar a todos. — Então, em vez disso, você faz Gabe vir aqui e nos assustar pra caralho. — Evan balançou a cabeça. — Eu não tinha ideia que ele faria isso! — Lexi riu. — Um bebê! Mal posso esperar! — Eu abracei Lexi. — Os bebês choram e fazem cocô em todos os lugares. — Evan revirou os olhos. — Assim como você, Evan, — Damien brincou. — Pobre Niya, se ela quiser filhos, então ela terá que lidar com você também. — Adonis balançou a cabeça. — Por favor, vou apenas ameaçá-lo sem sexo, e ele vai mudar de ideia. — Niya sorriu. Todos começaram a rir, enquanto Evan fez beicinho. — Por que todo mundo sempre se junta contra mim? — Porque você tem as melhores reações. — Eu ri. — Que seja. Continuando, vocês querem uma menina ou um menino? — Evan perguntou a Lexi e Gabe. — Eu não pensei sobre isso. — Lexi encolheu os ombros. — Garota, — disse Gabe. — Você quer uma garota? — Lexi parecia chocada. — Sim! Claro que eu quero! — Gabe respondeu. — Eu quero um menino primeiro, — disse Evan. — Eu sempre quis ter um menino primeiro, — Niya concordou. — Tenha cuidado, você pode acabar com gêmeos, — advertiu Gabe. — Oh, ainda melhor. — Niya riu ao ver o rosto de Evan pálido. — E quanto a vocês dois? — Lexi perguntou a mim e Adonis. — Oh, eu realmente não pensei... — Garota, — Adonis se intrometeu. — Eu quero todas meninas, — ele disse. — Todas meninas? — Eu perguntei. — Sim, todas meninas. — Ele assentiu. — Você terá suas mãos ocupadas quando elas começarem a namorar. — Evan riu. Adonis rosnou: — Não. — Foi mal. — Evan ergueu as mãos. — Você vai querer saber o sexo? — Eu perguntei a Lexi. — Dã, claro! Estou muito impaciente para esperar nove meses inteiros, — respondeu ela. — Próximo estágio de suas vidas, a paternidade, — disse Niya. — Sim, mal posso esperar. — Gabe sorriu, puxando Lexi para mais perto dele. Adonis olhou para mim com um sorriso e disse: — Nem eu. — Você vai ter que esperar muito tempo. Não estou pronta para ser mãe agora. — Eu ri. — Eu sei, e tudo bem. Temos tempo, sem pressa, — respondeu Adonis. — Então o que acontece agora? — Evan perguntou. — Agora nos divertimos sem preocupações. Ah, e continue com nossos deveres, — respondeu Adonis. Evan revirou os olhos. — Não podemos simplesmente desistir? — Você pode, mas eu nunca vou. Agora que tenho minha rainha, posso lidar com qualquer coisa. — Adonis sorriu. Passei meus braços em volta da cintura de Adonis e me aninhei em seu peito. — Agora, nosso para sempre começa. Continua no Livro 2… Para ler mais livros como esse acesse: Galatea Livros Star Books Digital Os Lobos do Milênio Leia Também…
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