Você está na página 1de 22

HISTÓRIA TURMA: 7º ANO

AULA 01/2023
Objeto de conhecimento: A construção da ideia de modernidade e seus impactos na concepção de história.
Habilidade: (EF07HI01) Explicar o significado de “Modernidade” e suas lógicas de inclusão e exclusão, com base
em uma concepção europeia.

O que é Modernidade?

Segundo o Dicionário Online de Português, o significado de Modernidade é “Caráter do


que é moderno, do que se refere ao tempo presente ou a uma época relativamente recente;
modernismo. O que existe ou passou a existir recentemente. [História] Conceito iluminista
segundo o qual o ser humano se reconhece como pessoa autônoma, atuando sobre a
realidade (natureza e sociedade) pelo uso da razão.”

1 7

6 8

3 4

A imagem anterior traz as imagens de:

● Duas escolas, uma de 1974 e outra de 2010;


● Duas mulheres com roupas distintas devido aos costumes;

139
● Dois meios de transporte (foguete e caravela). Ambos servem para desbravar áreas
desconhecidas pela sociedade em seu tempo (a caravela foi utilizada na Expansão
Marítima);
● O calçadão de Copacabana (RJ) em dois momentos distintos: em 1910 e atualmente.

Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4981/os-impactos-da-modernidade-e-seus-variados-contextos Acesso em: 27 de out de 2020.

ATIVIDADES

1. No quadro a seguir classifique as imagens como modernas ou antigas. Marque um (X)


na coluna moderna se você julgar que a imagem é moderna ou um (X) na coluna antiga se
você julgar que ela é antiga. Depois justifique a sua escolha.

Imagem Moderna Antiga Justifique sua escolha


1. Sala de aula 1974
2. Sala de aula 2010
3. Mulher com roupas distintas
4. Mulher com roupas distintas
5. Meio de transporte foguete
6. Meio de transporte caravela
7. O calçadão de Copacabana (RJ) em
1910.
8. O calçadão de Copacabana (RJ)
atualmente.

Leia o texto a seguir: IDADE MODERNA - Por Rainer Sousa


Ao pensar em modernidade, muitas pessoas logo imaginam que estamos fazendo
referência aos acontecimentos, instituições e formas de agir presente no Mundo
Contemporâneo. De fato, esse termo se transformou em palavra fácil para muitos daqueles
que tentam definir em uma única palavra o mundo que vivemos. Contudo, não podemos
pensar que esse contexto mais dinâmico e mutante surgiu do nada, que não possua uma
historicidade.
Entre os séculos XVI e XVIII, um volume extraordinário de transformações estabeleceu
uma nova percepção de mundo, que ainda pulsa em nossos tempos. Encurtar distâncias,
desvendar a natureza, lançar em mares nunca antes navegados foram apenas uma das poucas
realizações que definem esse período histórico. De fato, as percepções do tempo e do espaço,
antes tão extensas e progressivas, ganharam uma sensação mais intensa e volátil.
O processo de formação das monarquias nacionais pode ser um dos mais interessantes
exemplos que nos revela tal feição. Nesse curto espaço de quase quatro séculos, os reis
140
europeus assistiram à consumação de seu poder hegemônico, bem como experimentaram as
várias revoluções liberais defensoras da divisão do poder político e da ampliação dos meios
de intervenção política. Tronos e parlamentos fizeram uma curiosa ciranda em apenas um
piscar de olhos.
Além disso, se hoje tanto se fala em tecnologia e globalização, não podemos refutar a
ligação intrínseca entre esses dois fenômenos e a Idade Moderna. O advento das Grandes
Navegações, além de contribuir para o acúmulo de capitais na Europa, também foi importante
para que a dinâmica de um comércio de natureza intercontinental viesse a acontecer. Com
isso, as ações econômicas tomadas em um lugar passariam a repercutir em outras parcelas do
planeta.
No século XVIII, o espírito investigativo dos cientistas e filósofos iluministas catapultou
a busca pelo conhecimento em patamares nunca antes observados. Não por acaso, o
desenvolvimento de novas máquinas e instrumentos desenvolveram em território britânico o
advento da Revolução Industrial. Em pouco tempo, a mentalidade econômica de empresários,
consumidores, operários e patrões fixaram mudanças que são sentidas até nos dias de hoje.
Em um primeiro olhar, a Idade Moderna pode parecer um tanto confusa por conta da
fluidez dos vários fatos históricos que se afixam e, logo em seguida, se reconfiguram. Apesar
disso, dialogando com eventos mais específicos, é possível balizar as medidas que fazem essa
ponte entre os tempos contemporâneo e moderno. Basta contar com um pouco do tempo...
aquele mesmo que parece ser tão volátil nesse instigante período histórico.
Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna Acesso em: 27 de out de 2020.

Por que “moderno”?

A palavra “moderno” significa “novo”, “atual”. O surgimento das monarquias nacionais


e a configuração dos Estados europeus foram interpretados por historiadores como uma
ruptura com as estruturas e os valores típicos da Idade Média. Nascia, então, nesse contexto,
o que se denominou “modernidade”, diretamente relacionada aos acontecimentos europeus e
restrita à civilização ocidental. Resgatando os valores da Antiguidade Clássica, a construção
da “modernidade” partiu de fundamentos como a valorização da razão e a afirmação de
práticas de cidadania. O Estado típico da modernidade, chamado Estado moderno, seria,
portanto, uma entidade política regida por leis e administrada por funcionários especializados.
O debate em torno do assunto causa controvérsias entre historiadores. Enquanto uns apontam
que há exemplos de estruturas políticas semelhantes aos Estados modernos em momentos
anteriores, questionando assim o marco histórico convencionado, outros apontam que a
“modernidade” é um engano, e o que aconteceu foi uma “longa Idade Média” até o século
XVIII.

141
Características do Estado moderno

Do século XII ao século XV, formaram-se monarquias nacionais em Portugal, Espanha,


França e Inglaterra, principais Estados europeus do período. Os monarcas eram soberanos
sobre seu Estado, isto é, sua autoridade não dependia ou se submetia a nenhuma outra e se
estendia a todos que nele viviam. Assim, uma das principais características do Estado
moderno é a autonomia do governante perante as interferências externas, como as de
lideranças religiosas e a influência papal. É possível caracterizar os Estados modernos, ainda,
pela unificação do sistema monetário, pela instituição de leis nacionais, pela criação e
manutenção de exércitos e pela organização da arrecadação de impostos.

História em construção
Apesar de se identificar com o “novo”, propondo uma ruptura com o passado medieval,
a modernidade foi construída com base em elementos da Antiguidade Clássica, como a
racionalidade, a valorização do indivíduo, o resgate da noção de cidadania, entre outros. Não
há um debate aberto entre historiadores que defendem que as transformações na Europa
causaram um rompimento com as estruturas feudais, enquanto outros afirmam que as
permanências feudais provocaram uma “longa Idade Média”. Isso demonstra que a História
está em construção e há interpretações diversas nem sempre consensuais. O conceito de
modernidade foi construído em torno de processos ocorridos na Europa, portanto, não pode
ser universalizável, permanecendo-se restrito à realidade dos povos europeus.
Disponível em: https://pnld.moderna.com.br/divulgacao/estudar-historia/dvd/estudar_historia_7_ano/conteudo/estudarhistoria7.pdf Acesso em: 28 de out
de 2020.(adaptada)

2. Quando você lê “Os valores modernos foram baseados nos antigos” Nesse contexto qual é
o significado desta frase?

3. De acordo com os textos, você acredita ser consensual entre os historiadores que houve
uma transição das estruturas medievais para as modernas? Comente.
4. O conceito de modernidade pode ser também aplicado para compreender como viviam os
povos não europeus no período? Explique.

5. A construção da ideia de modernidade causou alguns impactos na concepção de História.


Sobre essa ideia de modernidade, nas alternativas a seguir, assinale com (V) para as
verdadeiras e (F) para as falsas.

A) ( ) Resgatando os valores da Antiguidade Clássica, a construção da “modernidade” partiu


de fundamentos como a valorização da razão e a afirmação de práticas de cidadania.

142
B) ( ) O Estado típico da modernidade, chamado Estado moderno, seria, portanto, uma
entidade apenas administrativa pois era regida por leis e administrada por funcionários
especializados.
C) ( ) O que se denominou “modernidade”, surge diretamente relacionada aos
acontecimentos europeus e restrita à civilização ocidental.
D) ( ) O debate em torno do assunto causa controvérsias entre historiadores.

6. Apesar de se identificar com o “novo”, propondo uma ruptura com o passado medieval, a
modernidade foi construída com base em elementos da Antiguidade Clássica. Cite alguns
destes elementos.

7. Do século XII ao século XV, formaram-se monarquias nacionais em Portugal, Espanha,


França e Inglaterra, principais Estados europeus do período. Das alternativas a seguir quais
são características do estado moderno. Marque com (C) para as que julgar corretas e (E)
para as que julgar erradas.

A) ( ) Unificação do sistema monetário. C) ( ) Criação e manutenção de exércitos.


B) ( ) Instituição de leis nacionais. D) ( ) Organização da arrecadação de
impostos.

AULA 02/2023
Objeto de conhecimento: A construção da ideia de modernidade e seus impactos na concepção de história
eurocentrismo
Habilidade: (EF07HI01) Explicar o significado de “Modernidade” e suas lógicas de inclusão e exclusão, com base
em uma concepção europeia.

O eurocentrismo na história

https://cienciauanl.uanl.mx/?p=4433
143
Os importantes marcos do início do eurocentrismo são a colonização, a construção das
Américas e o capitalismo moderno. A partir desses processos, países da Europa impuseram
ao resto do mundo a sua cultura, a sua economia e o seu poder militar. Com isso, a própria
História passa a ser contada a partir de uma visão eurocêntrica. Por exemplo, é comum
ouvirmos que europeus “descobriram” o continente americano. Inclusive, o nome
“América” advém de Américo Vespúcio, um explorador italiano que supostamente teria
chegado primeiro ao continente.
Entretanto, o continente não foi descoberto pelos europeus – ele já era habitado por uma
diversidade de sociedades. Certamente, a descoberta foi uma novidade somente para os
próprios europeus que, na verdade, invadiram e impuseram seu poder às populações locais.
Mais tarde, emergiam também na Europa as ideologias racistas. A partir do racismo,
líderes e intelectuais europeus classificaram o mundo conforme sua própria medida (ou seja,
eurocêntrica): a espécie humana seria dividida entre brancos, negros, vermelhos e amarelos.
Nessa formulação racista, os brancos seriam a raça superior, enquanto as demais seriam
de algum modo consideradas inferiores. A essa altura, é possível notar como foram vários
os processos necessários para que uma visão eurocêntrica se impusesse no mundo todo.

Eurocentrismo no Brasil

Mesmo após a colonização, o Brasil esteve mergulhado em concepções eurocêntricas.


A própria ideia de “nação” foi em grande parte trazida da Europa. Nossa bandeira nacional,
por exemplo, contém o escrito “Ordem e Progresso”, que tem como inspiração o positivismo
europeu.
Em uma obra clássica do escritor Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma, é
narrada a história que mostra as contradições de uma nação brasileira que quer se modernizar
– no modelo europeu –, mas ignora os seus diversos problemas sociais e suas origens.

Eurocentrismo e a África

A África é um vasto continente que abriga diversas etnias e sociedades. O Brasil, que é
o país que possui o maior número de pessoas negras fora do continente africano, foi formado
com a contribuição dessas culturas.
Entretanto, basta conferir os conteúdos escolares no Brasil: a história que aprendemos é
majoritariamente europeia, e pouco africana. Essa conformação do currículo mostra como
o centro de poder continua sendo a Europa, que se torna conhecida todos os anos.

144
Por essa razão, surgiram legislações como a Lei 10.639/2003, que buscam corrigir esse
problema nas escolas. Nessa lei, torna-se obrigatório o ensino de história e cultura afro-
brasileira e africana nas instituições escolares.

Eurocentrismo e a filosofia

Assim como outras disciplinas, a filosofia que conhecemos está bastante centrada em
reflexões feitas por filósofos ocidentais. Certamente, isso não invalida ou diminui qualquer
pensamento desenvolvido por esses autores. Todavia, podemos ampliar nossa percepção.
Por exemplo, a narrativa tradicional da história ocidental é que a filosofia teria surgido
na Grécia, no séc. VI a.C. Contudo, há registros atuais que mostram que um pensamento
filosófico também existia em outros lugares, como no continente africano.

Eurocentrismo e etnocentrismo

O etnocentrismo é uma atitude de considerar sua própria cultura como superior ou


melhor, inferiorizando as demais. Ou seja, é ter no seu centro de referência apenas a sua
cultura. Decerto, essa é uma definição parecida com o eurocentrismo: a postura de ter os
valores europeus, principalmente aqueles ligados à história da colonização e do racismo,
como o seu centro de referência e verdade.
Portanto, é possível dizer que o eurocentrismo é um etnocentrismo. Entretanto, ele não
é qualquer atitude etnocêntrica: o olhar eurocêntrico foi responsável por diversas violências
e está relacionado com muitas desigualdades sociais.

O eurocentrismo nos mapas


Embora um pouco achatada e com irregularidades, o planeta Terra tem um formato
esférico. Isso quer dizer que não há uma referência absoluta de “embaixo” ou “em cima”
que pudesse ser aplicada em qualquer mapa mundial.
Sendo assim, o modelo clássico de mapa-múndi que conhecemos é arbitrário. Em outras
palavras, ele pode ser de outra forma – desenhado de “ponta-cabeça”, por exemplo.
Entretanto, o mapa que se popularizou globalmente é aquele que possui a Europa em seu
centro.
De fato, os mapas considerados “oficiais” e que foram adotados no mundo todo foram
aqueles produzidos na Europa, colocando esse continente como o centro do globo. Apesar
de existirem outros modelos, é esse que se mantêm sem questionamentos.
Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/sociologia/eurocentrismo Acesso em: 28 de out de 2020.

145
ATIVIDADES

1. Eurocentrismo é uma doutrina que toma a cultura europeia como paradigma, modelo
histórico, e por isso uma referência mundial para todas as nações, Europa e seus elementos
culturais são o padrão de civilização. Em relação ao Eurocentrismo, das alternativas a seguir
marque (V) para as que verdadeiras e (F) para as falsas. Depois transcreva as alternativas
falsas de forma que elas tornem verdadeiras.

A) ( ) Pode-se dizer que a colonização, a construção das Américas e o capitalismo moderno


são marcos do início do eurocentrismo.
B) ( ) A Europa não impôs ao resto do mundo a sua cultura, sua economia e seu poder
militar.
C) ( ) Os europeus “descobriram” o continente americano. Inclusive, o nome “América”
advém de Américo Vespúcio, um explorador italiano que supostamente teria chegado
primeiro ao continente.
D) ( ) A partir do racismo, líderes e intelectuais europeus classificaram o mundo conforme
sua própria medida (ou seja, eurocêntrica): a espécie humana seria dividida entre brancos,
negros, vermelhos e amarelos.
E) ( ) Na formulação racista, os brancos seriam a raça inferior, enquanto as demais seriam
de algum modo consideradas superiores.

2. De acordo com o texto, o Brasil absorveu esta concepção eurocêntrica. Isso se deu
inspirado em que corrente filosófica e quais são as suas principais marcas?

3. O Brasil é o país que possui o maior número de pessoas negras fora do continente
africano, foi formado com a contribuição dessas culturas. Apesar desta tão vasta
contribuição para formação da sociedade brasileira, como isso se reflete nos conteúdos
escolares no Brasil? Qual lei busca corrigir esse problema nas escolas? Como ela propõe
essa correção?

4. Etnocentrismo é

A) a atitude de considerar sua própria cultura como superior ou melhor, inferiorizando as


demais.
B) a atitude de considerar a cultura dos outros sempre a melhor a mais desenvolvida.
C) a postura de ter os valores europeus, como o seu centro de referência e verdade.
D) uma forma de preconceito e discriminação baseada num termo como a raça, cor da pele
e a origem
146
Eurocentrismo

Eurocentrismo diz respeito à percepção de que a Europa, sua história e suas questões,
são centrais em relação ao resto do mundo. É a maneira de explicar o mundo a partir da
Europa, seja através da história, da cultura ou da economia. Mas o que explica essa
centralidade da Europa? O processo de modernização iniciado com o projeto iluminista.
Desde o período da colonização iniciada por Portugal e Espanha, a história do mundo
é contada pelos principais marcos europeus. Um estudante desinformado pode até se
confundir e pensar que primeiro veio a Europa e depois o resto do mundo, mas cada parte
tem a sua história antes mesmo da chegada dos europeus. A América, a África e a Ásia
possuem histórias próprias. Mas mesmo o reconhecimento disso se dava a partir do que os
europeus escreviam sobre estes lugares.
Os estudos pós-colonialistas, inaugurados por Edward Said com a obra Orientalismo,
que autores nativos começam a questionar de forma sistemática a visão europeia sobre esses
povos e sua cultura. São também eles que apontam o eurocentrismo como uma marca no
modo de se pensar o mundo.
A modernidade e seu projeto de desenvolvimento, baseado na ciência e na
racionalidade, colonizaram o imaginário mundial. Perceber-se sem usar essas lentes é um
exercício difícil e complexo. Fazer ciência implica necessariamente em fazer ciência de
acordo com o modelo crido pelos europeus. Ao questionar o lugar da Europa, questiona-se
também a produção de conhecimento que ela difundiu pelo mundo, os saberes, o modelo
racional e a pretensa neutralidade da ciência.
A ciência também depende de recursos financeiros e de interesses. Sendo assim,
produzir conhecimento não depende de um povo mais inteligente ou não, mas sim do
domínio de técnicas específicas. O modelo de educação que vai desde a escola até a
universidade faz parte deste projeto. O modelo econômico que governa o mundo, também é
fruto do desenvolvimento histórico da Europa e de seu domínio sobre o resto do mundo.
Como se percebe, a Europa ocupa lugar central justamente pelo poder militar,
econômico e político que exerceu e exerce sobre os países e culturas mais fragilizados.
Condição a que muitos foram submetidos graças ao projeto de progresso e modernidade da
Europa. Não é sem motivo o fato de os países subdesenvolvidos estarem localizados ao
Hemisfério Sul, o que é explicado em grande parte pelos anos de exploração e controle por
parte dos países europeus.
Portanto, o Eurocentrismo é utilizado para designar a superioridade e a centralidade
da Europa em relação aos demais países do mundo. Porém, essa centralidade é conferida
justamente pelo poder que o continente possui, inclusive de produzir conhecimento e

147
narrativas sobre sua história. Isto explica a história como diretamente relacionada aos feitos
dos europeus.
Por Marcele Juliane Frossard de Araujo
Mestre em Ciências Sociais (PUC-Rio, 2015)
Graduada em Ciências Sociais (UERJ, 2012)
Disponível em https://www.infoescola.com/sociologia/eurocentrismo/Acesso em: 28 de out de 2020.
ATIVIDADES

5. A partir da leitura dos textos, com suas palavras, escreva um parágrafo sobre o que você
entendeu por eurocentrismo, destacando as suas lógicas de inclusão e exclusão.

6. De acordo com o texto, quais foram os principais aspectos que colonizaram o imaginário
mundial?

7. Leia a tirinha e responda:

Disponível em: http://www.processoseducativos.ufscar.br/europa_modernidade_eurocentrismo-pspe.pdf Acesso em: 03 de nov. de 2020

A) Qual foi o referencial adotado por Mafalda?


B) Qual a contraposição apresentada no texto sobre essa ideia?

AULA 03/2023
Objeto de conhecimento: A ideia de “Novo Mundo” ante o mundo antigo; Conexões e interações entre as
sociedades da América, Europa, África e Ásia
Habilidade: (EF07HI02) Identificar conexões e interações entre as sociedades do Novo Mundo, da Europa, da
África e da Ásia no contexto das navegações e indicar a complexidade e as interações que ocorrem nos Oceanos
Atlântico, Índico e Pacífico.

148
O VELHO E NOVO MUNDO: GRANDES DESCOBERTAS

O Novo Mundo é uma expressão atribuída ao continente americano após sua descoberta.
Este termo tem sua origem no final do século XV, mais precisamente em 1492, ano em que
ocorreu a descoberta da América pelo navegador genovês Cristóvão Colombo que estava a
serviço da Espanha. Mesmo depois mais de 300 anos após a primeira viagem de colombo
as Américas, surgiram diversos questionamentos que buscavam compreender qual a
contribuição que o Novo Mundo trouxe para a Europa. Será que a descoberta de um Mundo
Novo contribuiu beneficamente para a Europa, ou não? Qual o impacto dessa descoberta
para o Velho Mundo? Estas eram apenas algumas das indagações que afloraram nos debates
ao longo da história moderna e depois dela.
As oportunidades e desafios que o Novo Mundo trouxe contribuiu para definir e
transformar o Velho Mundo. Era um acontecimento totalmente novo e diferente do que os
europeus já haviam experimentado, pois não sabiam nada dos habitantes da América. Era
uma experiência nova e surpreendente. O processo de conquista das Américas vai além da
posse de terras, abrange a descoberta e compreensão do outro; e esse outro não era o
europeu.
Nos relatos da viagem, acerca do Novo
Mundo, Colombo descreve com grande
admiração o que acabara de contemplar. Ele fala
em ter encontrado coisas admiráveis e, como
prova das imensas riquezas que jorravam daquele
paraíso, ostentava ouro com provando a
existência de minas naquela região. Pedro Mártir,
que foi o historiador do descobrimento e
exploração das Américas pelos espanhóis, conta
em sua obra que Colombo encontrou homens nus John Vanderlyn, óleo sobre tela - A chegada de
e que tinham como mantimento para Colombo a ilha Leste em 1492.

sobrevivência apenas o que a natureza lhes


proporcionava. Os cronistas e escritores descrevem os índios como homens de "pele negra
e bronzeada, de olhos negros e vivos".
O descobrimento teve consequências intelectuais importantíssimas, pois colocou os
europeus diante de pessoas e terras desconhecidas. Era tudo novo! Foi favorável também
para a economia europeia, pois a América era grande fonte de abastecimento de matéria
prima e produtos que tinha grande demanda na Europa. A conquista deste novo continente
aumentou em grande proporção o cenário geográfico dos europeus - e sua expansão
marítima - que, naquela época, tinham como únicos continentes no mundo a Europa, África

149
e Ásia. Dessa forma, em comparação com o Novo Mundo, os continentes europeu, africano
e asiático constituíam o Velho Mundo. Além disso o descobrimento do continente
americano foi um grandioso campo para a expansão dos negócios europeus. Também
influenciou a política, pois afetou as mútuas relações ao produzir mudanças relevantes na
balança de poderes.
Disponível em: http://historiamodernappv.blogspot.com/2016/05/o-velho-e-novo-mundo-o-novo-mundo-e-uma.html Acesso em: 03 de nov de 2020.

ATIVIDADES

1. De acordo com o texto o que significa a expressão “novo Mundo”?

2. Observe a imagem:

Disponível em: https://visaoplural.wordpress.com/2016/10/12/um-fato-a-descoberta-do-novo-mundo-varias-interpretacoes/Acesso em: 04 de nov de 2020.

O texto faz menção da visão que Cristóvão Colombo teve dos nativos e do “Novo Mundo”
o dia que ele chegou nas Américas.
Após observar a imagem e fazer a leitura do texto escreva um parágrafo relatando como
você pensa que foi a visão dos nativos o dia em que eles descobriram os europeus.

3. Quais foram os efeitos do descobrimento do continente americano? Escreva com suas


palavras a partir da leitura do texto.

150
Leia o Texto a seguir:

A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA

A expansão marítima e comercial europeia, a partir do século XV, mudou


drasticamente a história da humanidade ao unir três continentes: a Europa, a África e a
América. Em busca de enriquecimento, os europeus (os portugueses foram pioneiros),
organizaram todo um aparato político, econômico e militar que lhes garantiu o controle
sobre africanos e americanos. Dessa forma
surgiu o que chamamos de sistema colonial,
que durou do século XVI ao século XIX.
Apesar de não podermos falar de uma
colonização da África nesse período (com
exceção de algumas ilhas), os portugueses
fundaram diversos fortes e feitorias no
litoral atlântico africano, e assim puderam
negociar com os povos locais diversas
mercadorias que eram levadas para a
Europa, para a América e, também, para a
Ásia. Dentre todos os bens negociados com os povos africanos, o comércio de escravos foi
o que mais rendeu lucros para Portugal, pois além do ótimo negócio que representava,
também foi fundamental para a ocupação e exploração da América.
Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/trafico-de-escravos-mercadoria-humana-atravessa-oatlantico.htm?cmpid=copiaecola acesso
23/03/2020

ATIVIDADES

4. A expansão marítima e comercial europeia, a partir do século XV, mudou drasticamente


a história da humanidade ao unir os continentes

A) Europa, América e Antártida.


B) Europa, África e América.
C) Oceania, África, América.
D) Oceania, Europa e África.

5. Quais foram os principais objetivos da expansão marítima europeia?

151
AULA 04/2023
Objeto de conhecimento: A ideia de “Novo Mundo” ante o mundo antigo; Conexões e interações entre as sociedades
da América, Europa, África e Ásia
Habilidade: (EF07HI02) Identificar conexões e interações entre as sociedades do Novo Mundo, da Europa, da África e
da Ásia no contexto das navegações e indicar a complexidade e as interações que ocorrem nos Oceanos Atlântico, Índico
e Pacífico.

Grandes navegações portuguesas

Quando o assunto são as


Grandes Navegações, o pioneirismo
português sempre se destaca. Foi a
partir do exemplo dado por Portugal
que outros países da Europa, como
Espanha e França, lançaram-se à
navegação e exploração do Oceano
Atlântico. O pioneirismo português
foi resultado de uma série de
condições que permitiram a esse
pequeno país da Península https://conhecimentocientifico.com/como-as-grandes-navegacoes-mudaram-o-mapa-do-mundo/

Ibérica lançar-se nessa


empreitada. Na época, Portugal reunia condições políticas, econômicas, comerciais e
geográficas que tornaram possível seu papel pioneiro. O resultado disso foi a “descoberta”
de diversos locais desconhecidos pelos europeus, além da abertura de novas rotas e o
surgimento de novas possibilidades de comércio.

Alguns fatores explicam esse pioneirismo de Portugal:


 Monarquia consolidada;
 Território unificado;
 Investimento no desenvolvimento de conhecimento náutico;
 Interesse da sociedade na expansão do comércio;
 Investimentos estrangeiros no comércio;
 Posição geográfica.

Grandes navegações espanholas

Ao longo de todo o século XV, a Espanha, nação vizinha de Portugal, assistiu à expansão
marítima conduzida pelos portugueses. A Espanha manteve-se alheia a esse processo até,
praticamente, o final do século XV. O investimento em expedições marítimas só foi possível
152
depois da conquista de Granada, cidade ao sul da Espanha, em 1492. A primeira expedição
espanhola foi liderada pelo genovês Cristóvão Colombo. Nela, três embarcações (Niña,
Pinta e Santa María) saíram da Espanha visando a alcançar a Ásia. No entanto, essa
expedição alcançou a região das Bahamas, no continente americano, em 12 de outubro de
1492.

Consequências

As Grandes Navegações conduziram uma série de mudanças que já estavam em curso


na Europa desde o século XII. Com esse processo, a Europa iniciou sua passagem para a
Idade Moderna e deu prosseguimento ao fortalecimento do comércio e da moeda,
garantindo, assim, o mercantilismo, práticas econômicas que fizeram a transição do
feudalismo para o capitalismo.
A partir da Segunda metade do século XV, o mundo europeu sofreu grandes
transformações políticas, econômicas, sociais e culturais. Estas transformações, que marcam
o fim da Idade Média e o início dos Tempos Modernos, trouxeram como consequência a
expansão comercial europeia e levaram aos Descobrimentos Marítimos.

 No campo político, houve fortalecimento e centralização do poder real.


 Na economia, o comércio tornou-se mais importante.
 Na sociedade, surgiu e se fortaleceu uma nova classe social: a burguesia.
 No campo cultural, houve o Renascimento artístico.
 Nas ciências, houve o progresso técnico e científico.
 No campo religioso, o Cristianismo foi divulgado em outros continentes
Disponível em: https://www.mundovestibular.com.br/estudos/historia/resumo-historia-do-brasil

ATIVIDADES

1. As Grandes Navegações do século XV provocaram profundas transformações que


afetaram o mundo inteiro. Cite as consequências positivas e negativas da expansão
marítima europeia.

2. Quais foram os principais fatores que levaram Portugal se tornar pioneiro na expansão
marítima?

3. Qual a relação da expansão marítima com o “descobrimento do Brasil”?

4. Qual é sua opinião do termo “descobrimento do Brasil” estar entre aspas?


153
Leia o trecho do texto a seguir:

Charge de Rogério Soud, 2011


Disponível em: https://blogdoenem.com.br/grandes-navegacoes-historia-enem/ acesso 23/03/2020

A odisseia das Grandes Navegações

Para viajar em caravelas para lugares distantes os europeus enfrentaram perigos reais
e imaginários. Fome, doença e sede nos navios. Encalhes, naufrágios e lugares
desconhecidos estavam na rotina dos navegadores daquele tempo.
Na época das Grandes Navegações o Planeta Terra era um infinito em
desconhecimento. Havia crenças na existência de monstros marinhos, de histórias narrando
que na altura da linha do Equador os navios se incendiariam, e ainda de que a Terra era
achatada – as pessoas acreditavam que ao se afastarem muito do litoral cairiam num abismo
sem fim.

5. Depois da leitura dos textos, veja na charge de Rogério Soud, 2011, que representa uma
das lendas e mitos que habitavam o imaginário dos europeus. A partir dessa charge faça uma
síntese do que foi a expansão marítima e as grandes navegações:

AULA 05/2023
Objeto de conhecimento: A ideia de “Novo Mundo” ante o Mundo Antigo

Habilidade:(GO-EF07HI01-B) Problematizar a ideia de Modernidade como padrão de desenvolvimento civilizatório


europeu em relação a cultura dos povos africanos, ameríndios e asiáticos.

154
Eurocentrismo

O Eurocentrismo é um termo utilizado para designar a centralidade e superioridade da


visão europeia sobre as outras visões
de mundo. As pessoas eurocêntricas
levam em conta somente os valores
europeus. Em resumo, o
eurocentrismo é um sistema
ideológico, donde a cultura europeia
é colocada como a mais importante
das culturas constitutivas das
sociedades do mundo, no entanto,
essa visão é tida como
preconceituosa, já que não contempla
as outras formas de expressões. O
eurocentrismo foi o fator
centralizador de diversos momentos na história. Um deles é o das grandes navegações, no
século XVI. Quando os portugueses, espanhóis, holandeses e ingleses resolveram conquistar
os territórios além-mar ficou declarado a imposição da cultura europeia ante as outras que
floresceram no continente americano.
Essa posição vista como preconceituosa gerou diversos conflitos e muita carnificina,
levando a destruição de diversas populações que habitavam o continente americano, das
quais se destacam: maias, astecas e diversas tribos indígenas. Além da América, muitos
países da África e da Ásia sofreram com o eurocentrismo, donde as culturas de outros povos,
eram consideradas exóticas, no entanto, em sentido pejorativo. Um dos grandes exemplos
eurocêntricos, é a exposição de pessoas de outras etnias, as quais eram levadas para Europa
como troféus. Ainda que o eurocentrismo tenha perpassado por diversos momentos da
história, é possível encontrar suas raízes até os dias atuais. Essa visão eurocêntrica é notada
atualmente em diversos meios de comunicação, mesmo nas expressões artísticas.
Desse modo, podemos pensar na Europa atualmente e em sua influência sob os diversos
países do mundo. Por trás disso, existe ainda uma idealização incutida na cabeça das pessoas
de que “tudo o que vem da Europa é melhor” seja a literatura, música, dança, aspectos
culturais, políticos, econômicos, dentre outros. No entanto, hoje em dia muitos
pesquisadores tentam reverter essa situação e trazer à tona a importância da diversidade
cultural no mundo. Para tanto, com o processo de globalização, diversas histórias que foram
relegadas durante tempos começam a adquirir importância no cenário cultural. Afinal, a
diversidade cultural deve ser vista como um valor e não um problema.

155
Eurocentrismo e Etnocentrismo

Enquanto o termo eurocentrismo é utilizado somente em relação a Europa e sua posição


de centralidade e importância ante as outras histórias e culturas, o etnocentrismo designa um
tipo de preconceito donde a cultura em que o indivíduo pertence é considerada correta,
enquanto as demais são consideradas absurdas.
O conceito de etnocentrismo, portanto, é utilizado para definir atitudes nas quais os
nossos hábitos e condutas são superiores aos de outrem. Observe que o eurocentrismo é um
tipo de etnocentrismo, no entanto, o contrário só ocorre se a cultura de referência for a
europeia. Além do etnocentrismo, a xenofobia é um tipo de preconceito que está
intimamente relacionada ao eurocentrismo, visto que determina a aversão a estrangeiros.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/eurocentrismo/ Acesso em: 07 de março de 2022

Xenofobia

A Xenofobia é um tipo de preconceito


caracterizado pela aversão, hostilidade,
repúdio ou ódio aos estrangeiros, que
pode estar fundamentado em diversos
fatores históricos, culturais, religiosos,
dentre outros. Trata-se de um problema
social baseado na intolerância
e/ou discriminação social, frente a
determinadas nacionalidades ou culturas.
Esse problema gera violência entre as nações do mundo, desde humilhação,
constrangimento e agressão física, moral e psicológica. Tudo isto, promovido,
principalmente, pela não aceitação das diferentes identidades culturais. Em suma, a
xenofobia é considerada um tipo de aversão irracional aos estrangeiros.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/xenofobia/ acesso 07/03/2022 adaptado

ATIVIDADES

1. De acordo com o texto o que significa a expressão “Eurocentrismo”?

2. Com base no texto, diferencie as expressões ‘’ Eurocentrismo e Etnocentrismo ‘’?

3. De acordo com o texto analise as questões e marque V para verdadeiro e F para falso.

A) ( ) As pessoas eurocêntricas levam em conta somente os valores europeus.


156
B) ( ) O eurocentrismo foi o fator centralizador de diversos momentos na história. Um
deles é o das grandes navegações, no século XVI. Quando os portugueses, espanhóis,
holandeses e ingleses resolveram conquistar os territórios além-mar para ampliar a sua
cultura.
C) ( ) O conceito de etnocentrismo, portanto, é utilizado para definir atitudes nas quais os
nossos hábitos e condutas são superiores aos de outrem

4. De acordo com o texto complete as lacunas:

A) Além da América, muitos países da África e da Ásia


________________________________________ eram consideradas exóticas, no entanto,
em sentido pejorativo.

B) O eurocentrismo foi o fator centralizador de diversos momentos na história. Um deles é


o das __________________ no século XVI.

C) O conceito de etnocentrismo, portanto, é utilizado para definir atitudes nas quais


________________ são superiores aos de outrem.

D) Em suma, a xenofobia é considerada _______________________________ aos


estrangeiros.

5. Agora que você já sabe a definição “Xenofobia”, leia atentamente as frases que estão
dentro dos balões e pinte de amarelo as expressões que você considera xenofóbicas.

1. ‘’O Brasil
deveria se separar
do nordeste.’’

2. ‘’ Devemos
desenvolver políticas 3. ‘’ Todo baiano
de apoio para os e preguiçoso.’’
estrangeiros.’’

157
RESPOSTAS:

Aula 01:
1. Esta resposta precisa ser bem pessoal, uma vez que, esta questão é para levantar os conhecimentos
prévios dos estudantes em relação ao conceito de modernidade. Qual é a concepção que eles têm por
moderno e antigo. Apesar de esperar que eles marquem da seguinte forma: 1) antiga; 2 moderna; 3) antiga;
4 moderna; 5) moderna; 6) antiga; 7) antiga e 8) moderna. As justificativas precisam ser deles, mas é bem
provável que eles justifiquem que os modernos são os que são mais recentes ou atuais e antigo aos que já
passaram ou até não existe mais.
2. Espera-se que o estudante relacione esta frase com a realidade de que apesar de se identificar com o
“novo”, propondo uma ruptura com o passado medieval, a modernidade foi construída com base em
elementos da Antiguidade Clássica, como a racionalidade, a valorização do indivíduo, o resgate da noção
de cidadania, entre outros.
3. Espera-se que o estudante compreenda que não há um ser consenso entre os historiadores uns defendem
que as transformações na Europa causaram um rompimento com as estruturas feudais, enquanto outros
afirmam que as permanências feudais provocaram uma “longa Idade Média”. Isso demonstra que a História
está em construção e há interpretações diversas nem sempre consensuais.
4. Espera-se que o estudante responda que sim, pois, O conceito de modernidade foi construído em torno
de processos ocorridos na Europa, portanto, não pode ser universalizável, permanecendo-se restrito à
realidade dos povos europeus.
5. a) V; b) F; c) V; d) V
6. a racionalidade, a valorização do indivíduo, o resgate da noção de cidadania, entre outros.
7. Todas estão corretas

Aula 02:
1. 1. a) V; b) F; c) F; d) V; e) F – As alternativas b, c, e são falsas – para se tornarem verdadeiras seriam:
Alternativa b - A Europa impôs ao resto do mundo a sua cultura, sua economia e seu poder militar.
Alternativa c - O continente americano não foi descoberto pelos europeus – ele já era habitado por uma
diversidade de sociedades.
Alternativa e - Letra e - Na formulação racista, os brancos seriam a raça superior, enquanto as demais
seriam de algum modo consideradas inferiores.
2. Foi inspirada no positivismo europeu e as principais marcas são a ideia de nação e a bandeira nacional,
com a inscrição “Ordem e Progresso”
3. A história que se aprende na escola é majoritariamente europeia, e pouco africana. Essa conformação
do currículo mostra como o centro de poder continua sendo a Europa.
A Lei 10.639/2003, que buscam corrigir esse problema nas escolas. Normatizando a obrigatoriedade do
ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas instituições escolares.
4. Letra A - a atitude de considerar sua própria cultura como superior ou melhor, inferiorizando as demais.
5. Resposta pessoal – espera-se que o estudante reconheça que o eurocentrismo é uma visão de mundo
centrada em valores europeus, colonizadores ou racistas e que, esse conceito descreve o processo em
que a Europa se constitui como o centro de poder no mundo.
E é utilizado para designar a superioridade e a centralidade da Europa em relação aos demais países do
mundo. O processo de modernização iniciado com o projeto iluminista explica essa centralidade da
158
Europa. A formulação racista, os brancos seriam a raça superior, portanto poderiam dominar as demais
que seriam de algum modo consideradas inferiores por isso deveriam ser dominados.
6. A modernidade e seu projeto de desenvolvimento, baseado na ciência e na racionalidade
7. a) O referencial adotado por Mafalda baseia se na visão eurocêntrica.
b) Terra não tem cabeça nem pés e que podemos colocar no globo terrestre, por convenção, qualquer lugar
na parte de “cima”. O planeta Terra tem um formato esférico. Isso quer dizer que não há uma referência
absoluta de “embaixo” ou “em cima” que pudesse ser aplicada em qualquer mapa mundial. O modelo
clássico de mapa-múndi que conhecemos é arbitrário. Em outras palavras, ele pode ser de outra forma
– desenhado de “ponta-cabeça”, por exemplo. Entretanto, o mapa que se popularizou globalmente é
aquele que possui a Europa em seu centro.

Aula 03:
1. O Novo Mundo é uma expressão atribuída ao continente americano após sua descoberta.
2. Resposta pessoal
3. O descobrimento teve consequências intelectuais importantíssimas, pois colocou os europeus diante de
pessoas e terras desconhecidas. Foi favorável também para a economia europeia, pois a América era
grande fonte de abastecimento de matéria prima e produtos que tinha grande demanda na Europa. A
conquista deste novo continente aumentou em grande proporção o cenário geográfico dos europeus.
Além disso o descobrimento do continente americano foi um grandioso campo para a expansão dos
negócios europeus. Também influenciou a política, pois afetou as mútuas relações ao produzir
mudanças relevantes na balança de poderes.
4. Resposta correta (C). A expansão marítima e comercial europeia, a partir do século XV, mudou
drasticamente a história da humanidade ao unir três continentes: a Europa, a África e a América.
5. Os principais objetivos da Expansão Marítima eram:
 Obter riquezas (atividades comerciais);
 Explorar terras (minerais e vegetais);
 Trabalho escravo (indígenas e africanos);
 Expansão territorial;
 Difusão do cristianismo para outras civilizações.

Aula 04:
1. 1. No campo político, houve o fortalecimento e centralização do poder real. Na economia, o comércio
tornou-se mais importante. Na sociedade, surgiu e se fortaleceu uma nova classe social: a burguesia.
No campo cultural, houve o Renascimento artístico. Nas ciências, houve o progresso técnico e
científico. No campo religioso, o Cristianismo foi divulgado em outros continentes.
2. Porque reunia condições políticas, econômicas, comerciais e geográficas.
3. Resposta pessoal – espera-se que eles entendam que a chegada dos portugueses ao Brasil foi resultado
desta expansão marítima e da disputa de território entre as duas maiores potenciais: Portugal e Espanha.
E após o descobrimento do caminho marítimo para as Índias, o rei de Portugal, organizou poderosa
esquadra com objetivo de fundar feitorias no Oriente. Essa expedição foi chefiada pelo fidalgo Pedro
Álvares Cabral, que “descobriu o Brasil” no dia 22 de abril de 1500.
4. Resposta pessoal – espera-se que o estudante, relacione o fato do termo estar entre aspas tem a ver com
o fato do Brasil já ser habitado antes da chegada dos portugueses.

159
5. Resposta pessoal

Aula 05:
1. O Eurocentrismo é um termo utilizado para designar a centralidade e superioridade da visão europeia
sobre as outras visões de mundo Europa, África e Ásia
2. Enquanto o termo eurocentrismo é utilizado somente em relação a Europa e sua posição de
centralidade e importância ante as outras histórias e culturas, o etnocentrismo designa um tipo de
preconceito donde a cultura em que o indivíduo pertence é considerada correta, enquanto as demais
são consideradas absurdas.
3. a) V; b) F; c) V
4. a) sofreram com o eurocentrismo, donde as culturas de outros povos
b) grandes navegações
c) os nossos hábitos e condutas
d) um tipo de aversão irracional
5. Os balões que representam expressões xenofóbicas são o 1 e o 3.

160

Você também pode gostar