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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL


PLANO DE AÇÕES ARTICULADAS DE FORMAÇÃO DE
PROFESSORES DA EDUCAÇÃO - PARFOR
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS

ADRIANA GOMES MIRANDA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA: DESAFIOS E AÇÕES NAS


ESCOLA URBANAS DO MUNICÍPIO DE PRAINHA/ESTADO DO PARÁ

SANTARÉM/PÁ
2019
ADRIANA GOMES MIRANDA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA: DESAFIOS E AÇÕES NAS


ESCOLAS URBANAS DO MUNICÍPIO DE PRAINHA/ESTADO DO PARÁ.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),


apresentado como exigência final para a obtenção
do grau de Licenciada em Ciências Sociais, pela
Universidade Federal do Pará. Sob a orientação
do Prof. Dr. Alberto Luiz Teixeira da Silva.

SANTARÉM/PA
2019
ADRIANA GOMES MIRANDA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA: DESAFIOS E AÇÕES NAS


ESCOLA URBANAS DO MUNICÍPIO DE PRAINHA/ESTADO DO PARÁ.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),


apresentado como exigência final para a obtenção
do grau de Licenciada em Ciências Sociais, pela
Universidade Federal do Pará. Sob a orientação
do Prof. Dr. Alberto Luiz Teixeira da Silva.

Santarém, ___de________ de 2019.

Banca Examinadora:

__________________________________
Profº. Dr. Alberto Luiz Teixeira da Silva
Orientador - UFPA

__________________________________
Profº. Dr. Luís Fernando Cardoso e Cardoso
Examinador Interno - UFPA

_____________________________________
Profº. Dr. João Elbio de Oliveira Aquino Sequeira
Examinador Interno - UFOPA
Conceito:_______

Dedico este trabalho em primeiro lugar a Deus,


que me deu saúde e forças para superar todos os
momentos difíceis ao longo da minha graduação.
Também dedico à minha filha Madjya Millene e
meu filho Charles Ellyan, por serem essenciais na
minha vida. Enfim, dedico a toda minha família e
amigos por me incentivarem a ser uma pessoa
melhor e não desistir dos meus sonhos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, que foi minha maior força nos momentos de angustia e
desespero. Sem ele, nada disso seria possível. Obrigada, senhor, por colocar
esperança, amor e fé no meu coração.

Aos meus pais não tenho palavras suficientes para demonstrar o meu amor, o meu
agradecimento. Deixarei que meus atos e passos demonstrem no decorrer do tempo
que ainda estaremos juntos. Vocês são meus pilares, obrigada por acreditarem e
confiarem que eu posso fazer tudo diferente.

Aos meus filhos todo o meu ser, todo o meu tempo, toda a minha vida. Obrigada
pela paciência que tiveram durante esses 04 anos. Vocês são os principais atores
da minha da minha vida, e se estive ausente durante esse período, aqui peço
desculpas. É por vocês que aqui cheguei. Madjya, Milenne e Charles Miranda, com
vocês eu o que aprendi que é amar.

Aos meus irmãos queridos, que mesmo de longe enviaram todo o seu amor, sua
compressão e ajuda. Em especial minha irmã, Andralena, que nos momentos de
angustia esteve presente mesmo de longe me ajudando e compartilhando suas
ideias. Sem dúvida, foi a pessoa que sempre me fez acreditar em meus sonhos.
Obrigada por vocês existirem. Amo todos vocês meus irmãos!

As minhas queridas primas, Fabia Helena Miranda e Eliandra Miranda, pela força,
pelo incentivo, por todas as horas que vocês estavam presentes quando eu queria
desistir de tudo. Obrigada pela paciência e por não desistirem do meu sonho.

Meu eterno agradecimento a todos os meus amigos, que deram uma contribuição
valiosa para a minha jornada acadêmica. Obrigada pelos conselhos, palavras de
apoio, puxões de orelha e risadas. Só tenho a agradecer e dizer que esse TCC
também é de vocês.

Ao meu orientador Alberto Luiz Teixeira da Silva, mais que um obrigado, minha
eterna gratidão pela oportunidade e pela confiança e por acreditar na minha
capacidade. Não tenho palavras para lhe agradecer por toda sua paciência comigo.

Aos professores e a coordenação, muito obrigada por compartilharem de seus


ensinamentos conosco, em nome da coordenadora Alessandra que foi uma pessoa
incansável para nos proporcionar os melhores ambientes, e sem falar que ela
sempre nos incentivou a nunca desistir. Muitíssimo obrigada.
“Deus nos fez perfeitos e não escolhe os
capacitados, capacita os escolhidos. Fazer
ou não fazer algo, só depende de nossa
vontade e perseverança."

Albert Einstein
LISTA DE SIGLAS

ADA Agência de desenvolvimento da Amazônia.


AIA Avaliação de Impacto Ambiental
CDES Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
EA Educação Ambiental
EMATER Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
FUNASA Fundação Nacional de Saúde
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
MMA Ministério do Meio Ambiente
MXVPS Movimento Xingu Vivo para Sempre
ONU Organização das Nações Unidas
PA Pará
PCN'S Parâmetros Curriculares Nacionais
PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola
PGESTAP Política de Gestão Ambiental de Prainha, e dá outras Providências.
PNEA Política Nacional de Educação Ambiental.
PNMAPolítica Nacional do Meio Ambiente.
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PNUMA
PPP Projeto Político Pedagógico
PRONEA Programa Nacional de Educação Ambiental
SUDAM Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia
SEMA Secretaria do Meio Ambiente
SIASESistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena.
SPVEA Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia.
UICN União Internacional para a Conservação da Natureza
UNESCO Organização das Nações Unidas para Educação, Ciências e Cultura.
APRESENTAÇÃO

O trabalho da aluna Adriana Gomes Miranda foca na problemática


socioambiental da Amazônia, mais exatamente sobre o tema da Educação
Ambiental (EA), agenda de políticas públicas que tem avançado bastante nas
últimas décadas, no Brasil e no mundo. Para além da contextualização histórica,
onde se descreve a emergência e trajetória dos rumos e inserção da EA nas
iniciativas governamentais e não governamentais, Adriana oferece uma contribuição
original, analisando a importância e o protagonismo das Escolas públicas urbanas
no município de Prainha (Estado do Pará), face a problemática ambiental local e aos
desafios da EA para o desenvolvimento sustentável do referido município.
Sem dúvida, as reflexões críticas obtidas com a pesquisa, fornecem uma
base de dados e conjunto de conhecimentos relevantes para os gestores locais e
regionais, profissionais da área de educação (diretores, coordenadores, professores,
alunos) e política públicas transversais, como segurança, saúde e infraestrutura
urbana. Na verdade, os beneficiários diretos e indiretos são a população em geral,
que paga impostos e quer ter qualidade na oferta de serviços públicos. Enfim,
esperamos que este trabalho, possa subsidiar e fazer avançar a política de
Educação Ambiental do município de Prainha.

RESUMO
A Educação Ambiental é um tema de grande importância para a sociedade, pois
dependemos do meio ambiente para sobreviver. A escola é o espaço necessário e
responsável pela formação do cidadão, então deve adotar prática pedagógica voltada para
que os alunos, professores e a comunidade escolar sejam multiplicadores de experiências
que envolvam conservação e proteção do meio ambiente. Este trabalho busca compreender
como as políticas de EA vêm sendo discutidas e executadas nas escolas públicas do
município de Prainha, Estado do Pará. O trabalho levou em consideração os princípios e
objetivos da Educação Ambiental, definidos pela Lei 9.795/99, que institui a Política Nacional
de Educação Ambiental, bem como, a contribuição dessas práticas educativas para a
Gestão Ambiental no município de Prainha. Conclui-se que as escolas compreendem a
importância de inserir o tema Educação Ambiental nos currículos escolares da educação
básica e que essa temática deve ser inserida nos planejamentos escolares.
Palavras chaves: Amazônia; Educação Ambiental; Meio Ambiente; Práticas Pedagógicas.

ABSTRACT
Environmental Education is a topic of great importance for society, as it depends on the
environment to survive. The school is the necessary space and responsible for the formation
of the citizen, so it must adopt the pedagogical practice aimed at the students, the teachers
and the school community to be multipliers of experiences that involve the conservation and
the protection of the environment. This research paper comprehends how EA policies are
being discussed and implemented in public schools in Prainha, State of Pará. The work took
into consideration the principles and objectives of Environmental Education, applied by Law
9.795 / 99, which establishes National Policy on Environmental Education, as well as the
contribution of these educational practices to Environmental Management in the municipality
of Prainha. We conclude that the schools understand the importance of inserting the
Environmental Education theme in the school curricula of basic education and this theme
should be inserted in the school planning.

Keywords: Amazon; Environmental education; Environment; Pedagogical practices.


LISTAS DE FIGURAS

Figura 1: Amazônia legal......................................................................................................24


Figura 2: Cabanagem............................................................................................................27
Figura 3: O manifesto de Frans krajcberg: documentário releva sua luta em defesa
da natureza e dos indígenas.Exibida em 27/11, em SP..................................................28
Figura 4: O manifesto Ecológico de José Lutzenberg com o tem "Fim do futuro?”....29
Figura 5: Aliança dos povos da floresta.............................................................................29
Figura 6: Movimento Xingu Vivo para sempre. (MXVPS)...............................................30
Figura 7: município de prainha Pará...................................................................................34
Figura 8: Cardápio da escola Amigos do verde................................................................50
Figura 9: Agroecologia também é assunto de criança.....................................................52
Figura 10: trilhas no parque da capital...............................................................................52
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................13

CAPÍTULO 1............................................................................................................................15

BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL....................................................15

1.1.Educação Ambiental global................................................................................................15

1.2. Educação Ambiental no Brasil...........................................................................................18

CAPÍTULO 2............................................................................................................................24

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA...................................................................24

2.1 Conhecendo a Amazônia legal............................................................................................24

2.1 Histórico da Amazônia Legal: criação e legislação............................................................25

2.3.Amazônia: um histórico de ações em prol do meio ambiente............................................26

CAPÍTULO 3............................................................................................................................32

HISTÓRICO, PROBLEMAS LOCAIS E AS AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


NAS ESCOLAS URBANAS DO MUNICÍPIO DE PRAINHA..........................................32

3.1.Breve histórico do município Prainha.................................................................................32

3.2 Resultados das pesquisas de campo....................................................................................37

CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................45

REFERÊNCIAS......................................................................................................................46

Anexo I.....................................................................................................................................49

Questionário..............................................................................................................................53
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho busca discutir a questão ambiental e as ações educativas


e pedagógicas nas escolas públicas urbanas do município de Prainha, no Estado do
Pará. Trata-se de uma temática bastante relevante, pois a educação ambiental é
essencial para uma conscientização dos indivíduos em relação ao mundo em que
vivem. Portanto, justifica-se a abordagem do tema, em virtude da crescente
preocupação com a conservação da qualidade do meio ambiente e,
consequentemente, da intensificação da preocupação com a consciência ambiental .
Vale informar que escolha do tema deu-se pelo fato, de ter vivenciado a
realidade do município de Prainha, e principalmente, ter percebido como a questão
é tratada em algumas escolas, visto que as mesmas tem se dedicado a execução
de projetos isolados, sendo que todos ocorrem na semana do meio ambiente, de
acordo com o calendário escolar. Observei que a temática da EA não é tratada
como uma política sistemática e contínua durante o ano letivo. Então, diante dessa
realidade, me propus a aprofundar, discutir e investigar a existência de políticas
públicas no espaço escolar, a partir de estudos, observações e ações in loco.
Partindo dos problemas ambientais locais do município em tela, o objetivo
geral desta pesquisa é investigar de que maneira as políticas públicas em termos
de EA estão acontecendo nas escolas públicas do município de Prainha. Considero
que é muito importante preparar cidadãos conscientes frente às questões
ambientais, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Entendo que ao
trabalhar o tema em questão, pode-se encontrar ferramentas eficazes para o
despertar de uma política municipal, comprometida com a cidadania ambiental e o
desenvolvimento sustentável.
As questões centrais investigadas apontam para três aspectos: a) contexto
dos principais problemas ambientais do município; b) de que maneira o poder
público e as escolas do município em tela, estão implementando políticas públicas
frente aos problemas ambientais? e, c) como a educação ambiental está sendo
agente de investigação para apresentar projetos de preservação ambiental?
A presente pesquisa será realizada nas escolas urbanas do município de
Prainha, a saber: a) Escola Municipal de Ensino Fundamental Pretextado da Costa
Alvarenga, b) Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Rosa e, c) Colégio
Estadual de Ensino Fundamental e Médio Pretextado da Costa Alvarenga. Quanto a
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forma de abordar o problema, busca-se uma análise crítica, onde irá investigar e
analisar as formas de aplicação do tema nas referidas escolas. O(s) critério(s)
considerado(s) para a escolha das escolas estão relacionados ao fato de serem
instituições sociais que tem o objetivo de formar cidadãos críticos e participativos da
sociedade.
O trabalho está dividido em três capítulos. No primeiro capítulo, será feito um
breve histórico sobre a educação ambiental no contexto internacional, bem como
este debate se faz presente no cenário brasileiro. No segundo capítulo, será
apresentado o histórico da Amazônia Legal: legislação, criação e as primeiras ações
em prol do meio ambiente, finalizando com os desafios da educação ambiental no
contexto regional amazônico.
No terceiro capítulo, demonstrar-se-á os levantamentos da coleta de
informações sobre a existência de Políticas Públicas sobre Educação Ambiental no
município de Prainha / PA, analisando a proposta voltada para educação ambiental
na cidade, a existência de legislação municipal sobre educação ambiental, os
projetos desenvolvidos por intermédio das Secretarias da Educação e de Meio
Ambiente e como está sendo desenvolvida EA nas escolas da zona urbana do
município.
Portanto, o interesse em discutir o tema no âmbito escolar se dá pelo fato de
a escola ser um ambiente social e local propício para o processo ensino-
aprendizagem, logo a EA atende ao caráter holístico, humanista, interdisciplinar e
participativo. O que contribui para auxiliar o processo educativo, trazendo o
envolvimento dos educandos em ações concretas de transformação desta realidade
como multiplicadores da consciência socioambiental.
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CAPÍTULO 1

BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

1.1. Educação Ambiental global

A educação ambiental (EA) é um fenômeno característico da segunda metade


do século XX, surgindo no contexto das preocupações de ecologistas,
pesquisadores e movimentos da sociedade civil, em chamar a atenção para os
problemas da poluição, depleção dos recursos naturais e destruição das florestas.
Portanto, o campo da EA vai se constituindo como uma estratégica reação crítica
aos valores do sistema capitalista e ao modelo de desenvolvimento consumista e
perdulário da sociedade urbano-industrial.
Para o entendimento de como esse campo de conhecimento vai se
constituindo, podemos registrar vários momentos na história e marcos primordial de
institucionalização da EA. Um marco emblemático foi a realização do encontro, em
1948, da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) em Paris.
A preocupação com o meio ambiente tornou-se mais efetivo a partir de
diferentes encontros e conferências, também livros foram lançados sobre o tema.
Segundo Dias (1994), em 1962, a jornalista Rachel Carson lançava seu clássico livro
Primavera Silenciosa, relatando o uso excessivo dos produtos químicos, logo o
efeito maléfico sobre os recursos ambientais. O livro tornou público o resultado de
estudo a respeito do efeito da contaminação química de pesticidas sobre o meio
ambiente e a extinção de certas espécies animais.
Em meio a todo esse contexto os problemas ambientais começaram a ser
discutidos no final dos anos 1960, inícios dos anos 1970, baseados em constatações
científicas sobre os danos que estavam sendo causados ao planeta pela exploração
dos recursos naturais com consequente degradação do meio ambiente. Além do
consumo desenfreado produzido pela industrialização, não havia cuidado com a
destinação de resíduos sólidos, tampouco havia comprometimento com a reparação
dos problemas causados, o que ocasionava impacto ambiental .
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Pouco tempo depois, aconteceu, em 1968, o encontro do Clube de Roma,


uma associação livre com 75 cientistas, de 25 países. Os resultados foram
publicados no livro Limites do Crescimento, um dos documentos mais influentes a
respeito do alarme ambiental contemporâneo. Segundo Meadows, Randers e
Meadows (2007), a sociedade se confrontaria, dentro de poucas décadas, com os
limites do crescimento pelo esgotamento dos recursos naturais. “A partir de então,
foi confirmado que os processos econômicos e sociais precisavam ser revistos”
(JACOBI, 2005, p. 237).
A década de 1970 inaugura uma série de eventos e acontecimentos de
grande relevância para o avanço institucional das agendas de compromissos da EA.
De acordo com Sato (2004, p. 23), a primeira definição para a Educação Ambiental
foi adotada em 1971 pela Internacional Union for the Conservation of Nature (União
Internacional pela Conservação da Natureza), aonde os conceitos ali definidos
vieram a sofrer ampliações posteriormente pela Conferência de Estocolmo e depois
pela Conferência de Tbilisi na Geórgia.
Neste período, a educação ambiental passou a ter uma importância
estratégica na busca pela qualidade de vida, pois se tornou essencial para alterar o
os problemas ambientais que se apresentavam no planeta. A primeira grande
conferência mundial sobre o meio ambiente foi realizada pela Organização das
Nações Unidas (ONU), em 1972, em Estocolmo, da qual participaram
representantes de 113 países. Nesse encontro, foi elaborada a Declaração de
Estocolmo que demarcou alguns princípios, como a relevância dos recursos naturais
para a espécie humana, a necessidade de preservar culturas, respeitar etnias,
crenças e de ter equidade social.
Foi definida nesta Conferência uma série de medidas e princípios para uso
ecologicamente correto do meio ambiente, várias nações fizeram parte deste
encontro, inclusive o Brasil, vários temas relacionados ao Meio Ambiente Humano
foram debatidos, temas como poluição dos oceanos, ar e águas, crescimento
desordenado das cidades e o bem-estar das populações de todo o mundo.
Uma das recomendações estabelecidas na Declaração indicou a necessidade
de realizar a educação ambiental como instrumento estratégico na busca da
melhoria da qualidade de vida e na construção do desenvolvimento (LIMA, 1999, P.4
apud REIGOTA, 1995).
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Mais à frente em 1975, em Belgrado cerca de 65 países enviaram


especialistas para o encontro de Belgrado, nesse encontro vários temas foram
discutidos e foi a partir dessas discussões que surgiu a criação de um Programa
Mundial de Educação Ambiental. Mas foi em Tbilisi na Geórgia em 1977, que
aconteceu a conferência mais marcante da história da Educação Ambiental, em sua
declaração foram definidos princípios, estratégias, objetivos, funções,
características, e recomendações para a Educação Ambiental. Ali foi definido o
seguinte:

A Educação Ambiental é um processo de reconhecimento de valores e


clarificação de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e
modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as
inter-relações entre os seres humanos suas culturas e seus meios
biofísicos. A Educação Ambiental também está relacionada com a prática
das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhoria da
qualidade de vida. (CONFERÊNCIA DE TBILISI, 1977).

A Conferência de Tbilisi, na Geórgia, promovida pela UNESCO, junto com o


Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em 1977, mostrou a
necessidade da abordagem interdisciplinar para o conhecimento e a compreensão
das questões ambientais por parte da sociedade como um todo (PHILIPPI JUNIOR;
PELICIONI, 2014). E ainda, estabeleceu princípios norteadores, salientando o
caráter interdisciplinar, crítico ético e transformador da educação ambiental. Sendo
assim, é apontado como um dos eventos decisivos para os rumos que a educação
ambiental tomou em vários países do mundo, inclusive no Brasil.
As definições dessa Conferência continuam muito atuais, sendo adotadas por
governos, administradores, políticos e educadores em praticamente todo o mundo
(MARCATTO, 2002 apud CZAPSKI, 1998).
Posteriormente, ocorreram algumas conferências até 1987, quando foi
produzido o Relatório Brundtland - Nosso Futuro Comum, na Noruega, que
apresentou o conceito de Desenvolvimento Sustentável como sendo aquele capaz
de satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade de as
gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.
Mas os maiores avanços da Educação Ambiental e da consciência ambiental
foram realmente intensificados e se tornaram mais conhecidos particularmente nas
décadas de 80 e 90. Segundo Medina (2008), a Conferência de Estocolmo inspirou
um interesse renovado na Educação Ambiental na década de 1970, tendo sido
18

estabelecida uma série de princípios norteadores para um programa internacional e


planejado um seminário internacional sobre o tema, que se realizou em Belgrado,
em 1975.
Nos anos seguintes ocorreram diversos eventos voltados para a Educação
Ambiental dentre os quais estão os seguintes: Comissão Brundtland em 1987,
definida como Nosso Futuro em Comum a ECO 92 no Rio de Janeiro 1992 definiu a
Agenda 21 com destaque o dilema da relação homem-natureza e também combate
às desigualdades sociais, Viena 1993, Cairo 1994, Copenhagen e Beijing 1995,
Roma e Istambul 1996, Milênio em New York em 2000 e a Cúpula do
Desenvolvimento Sustentável em Johanesburgo em 2002.

1.2. Educação Ambiental no Brasil

A institucionalização da EA no Brasil começa a se delinear lentamente em


1973, com a criação da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), ligada à Presidência
da República. Outro passo importante foi em 1981, com a Política Nacional do Meio
Ambiente (PNMA) que estabeleceu, no âmbito legislativo, a necessidade de inclusão
da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino, incluindo a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para a participação ativa na defesa do meio
ambiente. Reforçando essa tendência, a Constituição Federal, em 1988,
estabeleceu, no inciso VI do artigo 225, a necessidade de “promover a Educação
Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente”.
O artigo 225 da Constituição expressa: “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1988).
Contudo, é importante registrar que na década de 1970, vão ocorrer debates
e ações, envolvendo diversos segmentos do movimento ambientalista brasileiro,
com manifestações de ações isoladas de professores, estudantes e escolas, através
de pequenas ações de organizações da sociedade civil, de prefeituras municipais e
governos estaduais, tal medidas visam a melhoria do meio ambiente.
Em 1984, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) apresenta
resolução estabelecendo diretrizes para as ações de EA, aprovada a Resolução
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001/86 (1986) que estabelecia as responsabilidades, os critérios básicos e as


diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. (DIAS, 1994)
A segunda grande conferência de renome internacional ocorreu no Brasil e
colocou o país definitivamente em mobilização para combater os problemas
ambientais. Em 1992, a ONU organizou a Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), no Rio de Janeiro, que reuniu mais de
18 mil pessoas de centenas de países, e se transformou num momento especial
para a evolução da educação ambiental. Desse evento, originaram-se três
documentos que estão entre as principais referências para educação ambiental:
Agenda 21, Carta Brasileira para a Educação Ambiental e Tratado de Educação
Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global.
A Agenda 21 foi apresentada como um programa de ação global, propondo
ações para um novo modelo de desenvolvimento, com o uso sustentável dos
recursos naturais e preservação da biodiversidade, e pensando a qualidade de vida
das futuras gerações por meio da educação. A Carta Brasileira para a Educação
Ambiental cobrou o compromisso do poder público federal, estadual e municipal
para o cumprimento da legislação brasileira na inserção da educação ambiental em
todos os níveis de ensino. O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades
Sustentáveis e Responsabilidade Global lançou o compromisso da sociedade civil
para a construção de um modelo mais harmônico de desenvolvimento (EFFTING,
2007).
O ECO 92 no Rio de Janeiro em 1992, é considerado o mais importante
encontro sobre o meio ambiente, após duas décadas da Conferência de Estocolmo,
reuniram-se no Rio de Janeiro, representantes de 170 países, foi elaborado nesta o
tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis. A partir dessa
conferência os Ministérios do Ambiente, da Educação, da Cultura e da Ciência e
Tecnologia, já no ano de 1992, instituíram o PRONEA - Programa Nacional de
Educação Ambiental. Como executor da política nacional de meio ambiente e
responsável pelo cumprimento de suas determinações o IBAMA também elaborou
diretrizes para implantação do PRONEA. Dessa forma, à educação ambiental foi
incluída no processo de gestão ambiental (IBAMA, 1998).
Após a realização da Rio-92, o governo federal criou o Programa Nacional de
Educação Ambiental – PRONEA, compartilhado pelo então Ministério do Meio
20

Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal e pelo Ministério da


Educação e do Desporto, com parcerias do Ministério da Cultura e do Ministério da
Ciência e Tecnologia, cabendo sua execução à coordenação de Educação
Ambiental do MEC. O programa previu a capacitação de gestores e educadores, o
desenvolvimento de ações educativas e o desenvolvimento de instrumentos e
metodologias (BRASIL, 2005, p. 25).
A criação do Ministério do Meio Ambiente (MMA) ocorreu em 1992, com a
missão de promover a adoção de princípios e estratégias para o conhecimento, a
proteção e a recuperação do meio ambiente, o uso sustentável dos recursos
naturais, a valorização dos serviços ambientais e a inserção do desenvolvimento
sustentável na formulação e na implementação de políticas públicas, em todos os
níveis e instâncias de governo e sociedade.
Em 2012, a Conferência Rio+20, em que participaram mais de 190 países,
reafirmou o acordo político das nações com o desenvolvimento sustentável e foram
definidas metas para enfrentar os desafios que afetavam o crescimento econômico,
o bem-estar social e a proteção ambiental. De acordo com Velasco (2013), ao final,
foi elaborado o documento O Futuro que queremos um compromisso estabelecido
por todas as nações presentes, reconhecendo que o acesso à educação de
qualidade era uma condição essencial para o desenvolvimento sustentável e a
inclusão social. Assegurou o compromisso com o fortalecimento dos sistemas de
educação na busca do desenvolvimento sustentável, inclusive através de um melhor
treinamento e desenvolvimento curricular dos educadores.
A educação ambiental foi incluída pela primeira vez no Plano Plurianual do
governo federal, em 1996, e a Lei 9.795 instituiu a Política Nacional de Educação
Ambiental, no ano de 1999. Assim, o governo federal oficializou o entendimento de
educação ambiental:

Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o


indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida
e sua sustentabilidade. (BRASIL, 1999).

O Ministério da Educação elabora em 1997, uma nova proposta curricular,


definida como PCN’s - Parâmetros Curriculares Nacionais, ficando a partir de então
que o meio ambiente definido como tema transversal nos currículos básicos do
21

ensino fundamental, ou seja, de 1º ao 9º ano. Mas o efetivo reconhecimento da


importância da educação ambiental como tema essencial e permanente no processo
educacional, de fato só veio acontecer em 27 de abril de 1999, com a lei nº 9795/99,
que teve como base o artigo nº 225, inciso VI da Constituição Federal de 1988, que
diz o seguinte: “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente”.
A Política Nacional de Educação Ambiental sob a Lei nº 9.795 de 27 de Abril
de 1999, também diz o seguinte em seus primeiros artigos:

Art. 1º Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais
o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida
e sua sustentabilidade. Art. 2º A educação ambiental é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de
forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo,
em caráter formal e não-formal. (BRASIL, 1999).

Já em seu Artigo 4º, à referida Lei estabelece de forma explicita os princípios


básicos da Educação Ambiental no Brasil onde diz:

São princípios básicos da educação ambiental: I- o enfoque humanista,


holístico, democrático e participativo; II - a concepção do meio ambiente em
sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o
socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III – o
pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da intermulti
e transdisciplinaridade; IV - a vinculação entre a ética, a educação, o
trabalho e as práticas sociais; V - a garantia de continuidade e permanência
do processo educativo; VI - a permanente avaliação crítica do processo
educativo; VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais,
regionais, nacionais e globais; VIII - o reconhecimento e o respeito
pluralidade e à diversidade individual e cultural. (BRASIL, 1999).

A Resolução das Nações Unidas n.º 57/254 estabeleceu a Década da


Educação para o Desenvolvimento Sustentável, entre os anos de 2005 e 2014, um
conjunto de atividades para buscar o compromisso prático, coletivo de aprender a
viver sustentavelmente, utilizando a educação como instrumento capacitador.
Em 2002, o decreto n.º 4.281, regulamentou a Política Nacional de Educação
Ambiental (PNEA), definindo sua composição e competências. Iniciaram-se então,
os preparativos para a realização das Conferências Nacionais Infantojuvenil pelo
Meio Ambiente de 2003 e 2006, numa parceria dos Ministérios do Meio Ambiente e
da Educação, que originou o programa “Vamos Cuidar” do Brasil com as Escolas
22

(BRASIL, 2005, p. 28-29). A realização de diversos seminários mobilizou estudantes


e delegados de escola, bem como participantes de organizações juvenis em torno
das questões socioambientais.
Nesses encontros, foi estruturada a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade
de Vida na Escola (Com-Vida), juntando a ideia dos jovens da primeira conferência
de criar conselhos de meio ambiente nas escolas, com proposta do educador Paulo
Freire de criar círculos de aprendizagem e cultura nos bairros. A Com-Vidasurgiu
com o objetivo de construir a Agenda 21, desenvolver e acompanhar a educação
ambiental de forma permanente e contribuir para que a escola se torne um espaço
educador sustentável, acessível, democrático, saudável, motivador e que estimule a
inovação, a aprendizagem e reflita o cuidado com o ambiente e as pessoas
(BRASIL, 2012, p.13-15).
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CDES, órgão ligado à
Presidência da República, ao qual compete assessoria na formulação e apreciação
de propostas de políticas, realizou, em 2009, o colóquio denominado
Sustentabilidade, Educação Ambiental e Eficiência Energética: um Desafio para as
Instituições de Ensino e para a Sociedade, onde foram discutidos os rumos da
educação ambiental, que geraram as primeiras reflexões para a construção da
proposta que hoje se denomina escolas sustentáveis.
A edição do Programa Mais Educação, Brasil (2010), a construção de escolas
sustentáveis passou a fazer parte das políticas públicas do Brasil. O decreto nº
7083/2010 propôs a ampliação para turno integral nas escolas e incentivou a criação
de espaços educadores sustentáveis. As escolas das redes públicas de ensino
estaduais, municipais e do Distrito Federal, ao aderirem ao programa, optam por
desenvolver atividades nos campos de acompanhamento pedagógico, educação
ambiental, esporte e lazer, direitos humanos em educação, cultura e artes, cultura
digital, promoção da saúde, comunicação e uso de mídias, investigação no campo
das ciências da natureza e educação econômica.
No ano de 2013, aconteceu a IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo
Meio Ambiente, cujo tema foi Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis.
Nela, ocorreu o lançamento do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) –
Escola Sustentável, que tem como base o investimento de recursos financeiros,
disponibilizados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em
escolas que se proponham a desenvolver projetos voltados para a sustentabilidade.
23

O objetivo é atingir as escolas da rede pública infantil, de ensino fundamental e


médio.
Portanto, no Brasil, a EA já é fortemente regulada por legislações, edições de
leis e políticas para o setor. Assim é de fundamental importância que as pessoas se
tornem mais conscientes sobre a sustentabilidade, de se construir uma sociedade
com práticas ecologicamente corretas e uso moderado de recursos naturais. Sem
dúvida, as escolas públicas podem contribuir de forma significativa para consolidar a
EA como política sustentabilista em nosso país.
24

CAPÍTULO 2

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA

2.1 Conhecendo a Amazônia legal


A atual área de abrangência da Amazônia Legal corresponde à totalidade dos
estados do acre, Amapá, Amazonas, Matogrosso, Pará, Rondônia, Roraima e
Tocantins que parte do estado do Maranhão (a oeste do meridiano de 44º de
longitude oeste), perfazendo uma superfície de aproximadamente 5 217 423
quilômetros quadrados correspondente a cerca de 61% do território brasileiro. Sua
população, entretanto, corresponde a 12,32% do total de habitantes do Brasil.
Segundo o censo 2010, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística, vivem em torno de 23 milhões de pessoas, distribuídas em 775
municípios, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Roraima, Tocantins (98% da área do estado), Maranhão (79%) e Goiás (0,8%). Além
de conter 20% do bioma cerrado, a região abriga todo o bioma Amazônia, o mais
extenso dos biomas brasileiros, que corresponde a 1/3 das florestas tropicais
úmidas do planeta, detém a mais elevada biodiversidade, o maior banco genético e
1/5 da disponibilidade mundial de água potável.
Ainda segundo o IBGE, nos nove estados da Amazônia Legal, residem 55,9%
da população indígena brasileira, ou seja, cerca de 250 mil pessoas, segundo
o Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI) em abril
de 2005 da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). A região abrange 24 dos
34 distritos sanitários especiais indígenas mantidos pela FUNASA e com uma
grande diversidade étnica (cerca de 80 etnias).

Figura 1: Amazônia legal.


25

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Amaz%C3%B4nia_Legal#/media/File:Amazonia_legal.png

2.1 Histórico da Amazônia Legal: criação e legislação

A Superintendência do Plano de Valorização Econômica da


Amazônia (SPVEA) foi criada em 1953 por Getúlio Vargas, com a finalidade de
promover o desenvolvimento da produção agropecuária e a integração da Região à
economia nacional, pois esta parte do país estava muito isolada e subdesenvolvida.
Entende-se que a SPVEA falhou porque se voltou muito ao extrativismo,
abrindo linhas de crédito bancário direcionado quase sempre para a borracha e
excluindo outras atividades, como o cultivo da juta e da pimenta-do-reino, e não
investiu na infraestrutura social e viária da região.
Em 1966, no governo Castelo Branco, a SPVEA foi substituída
pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM). Este órgão foi
criado para também dinamizar a economia amazônica. Além de coordenar e
supervisionar, outras vezes mesmo elaborar e executar, programas e planos de
outros órgãos federais. A SUDAM criou incentivos fiscais e financeiros especiais
para atrair investidores privados, nacionais e internacionais.
Em 1967, visando a contemplar a ideia de desenvolver a Região Norte, foi
criada a Zona Franca de Manaus: uma área de livre comércio com isenção fiscal,
que até hoje perdura.
Em 24 de agosto de 2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso, na
medida provisória nº. 2157-5 criou a Agência de Desenvolvimento da
Amazônia (ADA) e extinguiu a SUDAM. Esta decisão foi tomada após várias críticas
quanto à eficiência desta autarquia, passando a ser a responsável pelo
gerenciamento dos programas relativos à Amazônia Legal.
A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), autarquia
federal vinculada ao Ministério da Integração Nacional, foi criada pela Lei
Complementar N° 124, de 03 de janeiro de 2007, em substituição à Agência de
Desenvolvimento da Amazônia (ADA). O Decreto 6218, de 4 de outubro de 2007,
aprovou a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em
Comissão e suas Funções Gratificadas.
26

Com esse dispositivo, a Amazônia brasileira passou a ser chamada de


Amazônia Legal, fruto de um conceito político e não de um imperativo geográfico, ou
seja, da necessidade do governo de planejar e promover o desenvolvimento da
região. Perfaz uma superfície de aproximadamente 5 217 423 quilômetros
quadrados correspondente a cerca de 61% do território brasileiro. A região foi
definida, portanto, pela lei, independentemente se sua área pertenceria à bacia
Amazônica, se seu ecossistema seria de selva úmida tropical ou qualquer outro
critério semelhante.
Em 09 de Outubro de 1953, pelo decreto 35600, é aprovado o regulamento do
Plano de Valorização Econômica da Amazônia. Em 1966, pela Lei 5173 de 27 de
outubro de 1966 (extinção da SPVEA e criação da SUDAM) o conceito de Amazônia
legal é reinventado para fins de planejamento.
Em 11 de outubro de 1977, a lei complementar nº 31 cria o estado do Mato
Grosso do Sul e, em decorrência, o limite estabelecido pelo paralelo 16º é extinto.
Todo o estado do Mato Grosso passa a fazer parte da Amazônia legal.
Com a Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, foi criado o estado
do Tocantins e os territórios federais de Roraima e do Amapá são transformados em
estados federados (disposições transitórias, artigos 13 e 14). Desta forma, o paralelo
que dividia o antigo estado de Goiás, que limitava a área da Amazônia legal, foi
substituído pelos limites políticos entre Goiás e Tocantins.

2.3.1 Amazônia: um histórico de ações em prol do meio ambiente.

A Amazônia brasileira por muitos anos vem sofrendo com a exploração de


suas riquezas naturais. Os modelos políticos, econômicos e educativos na sua
maioria não atendem a interesses da população que nela residem. É notório que em
muitos empreendimentos as estratégias são inviáveis para a população, pois a
desvalorização da cultura e a desqualificação de saberes locais é um dos pontos.
Isso culmina com a exclusão que reflete nas problemáticas socioambientais.
Então é preciso conhecer a realidade amazônica para que se possa de fato
realizar práticas em Educação Ambiental, principalmente ao que se refere aos
agentes formadores, as escolas, por acreditarmos que essa instituição exerce
importância fundamental na formação de cidadãos formadores de opinião, e
multiplicadores de práticas efetivas de EA.
27

Para González-Gaudiano y Lorenzetti (2011) A constituição do campo da


Educação Ambiental no cenário brasileiro constitui-se, principalmente, das
reivindicações dos movimentos sociais, cujos marcos de formação e legitimação
sinaliza uma trajetória não linear e perfis variados do educador ambiental. Variação
está que lhe permite ir além do âmbito educativo escolar e estabelecer conexões
entre as diversas dimensões sociais e ambientais, ampliando a sua associação às
múltiplas áreas de saber. Tais conexões, no contexto amazônico, historicamente,
têm se apresentado em distintos formatos, sobretudo no que diz respeito à
participação cidadã, na sua interface de protagonismo e resistência ao modelo
hegemônico de desenvolvimento.
Em se tratando da população da Amazônia, ela assume uma postura
contrária ao processo de exploração executado, que, sobretudo assume interesses
políticos sem levar em consideração população que nela habita.
Veja o que afirma Loureiro (2002) “A construção de uma identidade que
reivindica os seus elementos culturais e a defesa do meio ambiente é algo que faz
parte dos símbolos que constituem a cultura amazônica”.
Para Adams, Murriete & Neves (2006), a resistência aos modelos
hegemônicos, presentes desde a chegada das embarcações do espanhol Vicente
Pinzón no ano de 1.500 na Amazônia, dão um significado especial ao modo como os
atores sociais percebem e representam as questões ambientais.
Todo ato de resistência que partiu da cultura de saberes dos povos dos
amazônicos, demonstra a luta do povo. Destacaremos alguns movimentos que
consideramos significativas para a questão da Educação Ambiental na Amazônia.
a) A revolta que ocorreu entre os anos de 1835 e 1840, conhecidos como Cabanagem.
Retrata a insatisfação e resistência aos processos de opressão, aos cenários de
pobreza extrema, fome e doenças, como reflexo da irrelevância política à qual a
província foi relegada após a ‘independência’ do Brasil (Ricci, 2007).
Figura 2: Cabanagem.
28

Fonte: https://prezi.com/v_rw9cuob6sq/cabanagem/

b) O manifesto do Rio Negro, umas das primeiras e mais severas críticas ao modelo de
desenvolvimento que o regime militar implantava na região Amazônica.
FransKrajcberg, juntamente com Sepp Baendereck e Pierre Restany, indignados
com as queimadas que presenciavam e com as contradições impostas às
comunidades indígenas, escreveram o referido manifesto na década de 1970 (Lima
et. al, 2012).

Figura 3: O manifesto de Frans krajcberg: documentário releva sua luta em defesa da


natureza e dos indígenas.Exibida em 27/11, em SP.

Fonte: http://conexaoplaneta.com.br/blog/o-manifesto-de-frans-krajcberg/
c) O manifesto ecológico de José Lutzenberger, com o tema “Fim do Futuro? Manifesto
ecológico brasileiro”, publicado em 1976. Neste, o autor lista os problemas
29

ambientais brasileiros e indica novos rumos onde procurar soluções para os


mesmos. Nesta obra, enfatiza que temos uma luta desesperada, de âmbito mundial,
pela preservação das florestas tropicais úmidas especialmente da Amazônia
(LUTZENBERGER, 1999).
30

Figura 4: O manifesto Ecológico de José Lutzenberg com o tem "Fim do futuro?”.

Fonte: https://www.estantevirtual.com.br/livros/jose-a-lutzenberger

d) A aliança dos povos da floresta, também conhecido como movimento de resistência


ecológica, liderada pela personalidade de Chico Mendes e intensificada nos
primeiros anos da década de 1980. O movimento foi formado a partir da
aproximação de seringueiros, indígenas, quilombolas e de outros grupos sociais que
tinham o interesse comum em defender a Amazônia dos interesses do capital
(ALMEIDA, 2004).

Figura 5: Aliança dos povos da floresta.

Fonte: https://vejasp.abril.com.br/atracao/exposicao-direitos/.
31

e) O mais recente conhecido sob o signo Movimento Xingu Vivo para Sempre
(MXVPS). Surge a partir do ativismo e da militância para se converter em um
processo de mobilização social, cujas características revolucionárias e de
contestação, alianças e cooperação, têm como objetivo impedir a construção e o
funcionamento da hidrelétrica de Belo Monte e de outras hidrelétricas às margens do
rio Xingu-Pará (AZEVEDO, 2012).

Figura 6: Movimento Xingu Vivo para sempre. (MXVPS).

Fonte: http://candidoneto.blogspot.com/2010/procurador-da-republica.html.

De acordo com os fatos históricos apresentados pode-se perceber que as


lutas contra a exploração da Amazônia são bem acentuadas, pois essas ações de
resistência estavam diretamente ligadas às decisões políticas de interesse da “elite”
que acaba prevalecendo. Assim, “(...) os indivíduos que constituem a classe
dominante possuem, entre outras coisas, também consciência e, por isso, pensam;
na medida em que dominam como classe e determinam todo o âmbito de uma
época histórica” (Marx y Engels, 1986:72). Dessa maneira, Como somos agentes
sociais e convivemos com diferentes ideias e saberes, é necessário construir uma
cultura em favor da Educação Ambiental.
A escola pode e deve representar uma instituição em apoio a formação de
cidadãos consciente da EA para poder ultrapassar os muros da escola através dos
docentes e discentes, sendo estes essenciais para as opiniões e sugestões a partir
32

da necessidade de informar a comunidade sobre o seu papel colaborador no


enfrentamento da crise ambiental na região.
Para Andrade (2016), reconhecer que o acesso às informações em Educação
Ambiental representa o primeiro passo para a conscientização do sujeito sobre o
tema. Esta conscientização contribui para o reconhecimento do seu papel na
sociedade. Da mesma forma, é tomada como base para a formação identitária de
resistência e de projetos, cuja diferença é percebida a partir da redefinição da sua
posição na sociedade e, portanto, de transformação das estruturas sociais
(CASTELLS, 1999).
Dessa forma, fica evidente a função que a escola exerce para fazer acontecer
a Educação Ambiental de forma a iniciar na família, sendo sistematizada na escola,
e assim formando multiplicadores das ações e práticas em favor da comunidade e
do meio ambiente.
33

CAPÍTULO 3

HISTÓRICO, PROBLEMAS LOCAIS E AS AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


NAS ESCOLAS URBANAS DO MUNICÍPIO DE PRAINHA.

Por meio da EA e a inserção de práticas educacionais voltadas para a


conservação do meio ambiente, busca-se uma melhor qualidade de vida para a
sociedade, em consonância com o equilíbrio dos ecossistemas naturais. O Capítulo
VI Art. 225 da Constituição Federal de 1988 estabelece que “todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1998).
Assim, busca-se tornar essencial o direito de todos de viver e conviver em um
meio ambiente ecologicamente equilibrado, e com isso, cabe ao poder público e à
coletividade a obrigação por sua defesa e preservação. Com isso, trata-se de
compreender, buscar novos padrões e mudanças, construídos coletivamente,
através do comprometimento da sociedade em sua relação com o meio natural.
Dessa forma, a Escola como instituição que zela pela formação do cidadão é um dos
caminhos para formar multiplicadores da importância da preservação e conservação
do meio ambiente.
A Constituição cidadã de 1988 - como dizia o saudoso Ulisses Guimarães -
estabeleceu um novo pacto federativo, com base na descentralização e o
reconhecimento dos municípios como esfera de poder, dotadas de autonomia e
protagonismo político-administrativo. Neste sentido, a base municipal como parte
ativa do federalismo nacional, assume uma diversidade de compromissos e busca
se projetar como ator estratégico do desenvolvimento municipal. Neste capitulo,
buscaremos identificar o município de Prainha, no mapa da problemática e das
políticas públicas de educação ambiental da Amazônia.

3.1 . Breve histórico do município Prainha.

O Município teve sua origem na margem do rio Urubuquara, e possuía a


denominação de Outeiro. O local não dava acesso fácil e cômodo, foi motivo para
34

que seus moradores o transferissem para as margens do rio Amazonas. Foi elevado
à categoria de freguesia, em 1758, por Francisco Xavier de Mendonça Furtado. E,
com a Lei Provincial nº 941, de 14 de agosto de 1879, recebeu o predicamento de
vila elevando seu território a Município, sendo instalado a 07 de janeiro de 1881.
Em 27 de dezembro de 1930 através do Decreto nº 78, o Município de
Prainha foi extinto e seu território anexado ao de Monte Alegre. Mas a Lei nº 8 de 31
de outubro de 1935, lhe restabeleceu autonomia. Com as Leis 5.435, de 05 de maio
de 1988 e 5.438, de 06 de maio de 1988, Prainha sofreu desmembramento em seu
território para a criação dos Municípios de Uruará e Medicilândia. Atualmente, é
constituído de dois distritos: Prainha e Pacoval.

Formação administrativa

O Distrito foi criado com a denominação de Prainha, em 1758. Elevado à


categoria de vila com a denominação de Prainha, pela lei provincial nº 941, de 14-
08-1879 desmembra do município de Monte Alegre. Instalado em 07-01-1881. Em
divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de
7 distritos: Prainha, Guajará, Joauri, Outeiro, Paranaquara, Tamuataí e Uruará.
Pelo decreto estadual nº 78, de 27-12-1930, é extinto o município de Prainha,
sendo seu território anexado ao município de Monte Alegre. Em divisão
administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Prainha figura no município de
Monte Alegre. Elevado novamente à categoria de município com a denominação de
Prainha, pela lei estadual nº 8, de 31-10-1935, desmembrado de Monte Alegre.
Em divisão territorial datada de 31-12-1936, o município é constituído do
distrito sede. Em divisão territorial datada de 31-12-1937, o município aparece
constituído de 02 distritos: Prainha e Tapará. Pelo decreto-lei estadual nº 2972, de
31-03-1938, é extinto o distrito de Taperá, sendo seu território anexado ao distrito de
sede de Prainha. E o decreto-lei estadual nº 3131, de 31-10-1938, é criado o distrito
de Pacoval com terras desmembradas do distrito de sede de Prainha e anexado ao
município de Prainha. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o
município é constituído de 02 distritos: Prainha e Pacoval.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 02
distritos: Prainha e Pacoval. Pela lei estadual nº 5202, de 10-12-1984, é criado o
distrito de Medicilândia e anexado ao município de Prainha, na lei estadual nº 5435,
35

de 05-05-1988, desmembra do município de Prainha o distrito de Uruará. Elevado à


categoria de município. Em divisão territorial datada de 1988, o município é
constituído de 04 distritos: Prainha, Pacoval, Medicilândia e Uruará.

Figura 7: município de prainha Pará.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Prainha_(Par%C3%A1).

Destacamos que Prainha é um município brasileiro do estado do Pará,


pertencente à Mesorregião do Baixo Amazonas. Localiza-se no norte brasileiro. Sua
população estimada em 2016 pelo IBGE era de 29 132 habitantes, distribuídos em
uma área de 14.786,987 km².
O município de Prainha através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Turismo, LEI Nº 017/10, de 06 de Julho de 2010. Dispõe sobre a Política de Gestão
Ambiental de Prainha, e dá outras Providências (PGESTAP). Denominada de “LEI
TARTARUGA” Reduza a velocidade e Desfrute da vida. Destacaremos a seguir
elementos que consideramos importantes da normativa.
De acordo com o Art. 1º da PGESTAP afirma que:

A política de gestão Ambiental de prainha – PGESTAP, Estado do Pará,


respeitadas as competências do Estado e da União, é o conjunto de
princípios, objetivos, instrumentos de ação, medidas e diretrizes fixadas
nesta lei, para fim de preservar, proteger, defender o meio ambiente natural,
recuperar o meio ambiente antrópico, artificial e do trabalho, atendidas as
peculiaridades locais, em harmonia com o desenvolvimento econômico-
social, visando assegurar a qualidade ambiental, propícia à vida.
(PGESTAP, 2010).
36

O Capítulo II – Dos OBJETIVOS da Política de Gestão Ambiental de Prainha,


e dá outras Providências ao que se refere O artigo 3º destacaremos alguns
parágrafos dos objetivos da PGESTAP:

I – Compatibilizar o desenvolvimento sócio – econômico com a


preservação da qualidade do meio ambiente e de equilíbrio ecológico,
visando assegurar as condições da sadia qualidade de vida e do bem estar
da coletividade; [...]
IX – Assegurar a participação popular nas decisões relacionadas ao
meio ambiente e ao livre acesso de todo o cidadão às informações
relacionadas ao meio ambiente local; [...]
XI – Buscar a efetivação da cidadania, da melhoria da qualidade de
vida e de uma consciência ecológica através de atividades de Educação
Ambiental; [..]
XV – O acondicionamento, armazenamento, a coleta, o transporte, a
reciclagem, o tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos em
consonância com as legislações ambientais existentes; [...]

Outro ponto que consideramos de suma importância para a referida pesquisa


está estabelecida nos artigos 90,91 e 92 que encontra-se no CAPÍTULO VII – DA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL.

Art. 90 – A Educação Ambiental é considerada um instrumento


indispensável para a implementação dos objetivos da PGESTAP,
estabelecidos na presente Lei, devendo permear todas as ações da
SEMMAT.
Art. 91 – A Educação Ambiental, disposta nesta Lei e nos
regulamentos e normas dela decorrentes, será exercida pela SEMMAT por
meio do Departamento de Planejamento e Acompanhamento de Projetos e
Acompanhamento de Obras, em parceria com Universidades Públicas e
Privadas de Ensino Superior, condição Ambiental, assegurado o caráter
interinstitucional e multidisciplinar das ações envolvidas.
Art. 92 – A Educação Ambiental será promovida para toda a
comunidade, em especial:
I – Na rede municipal de ensino, em todas as áreas de
conhecimento incluindo pesquisa científica e no decorrer de todo o processo
educativo em conformidade com os currículos e programas elaborados pela
Secretaria de Educação e em articulação com as Delegacias de Ensino e
Oficinas Pedagógicas e Universidades Públicas e Privadas;
II – Na rede particular de ensino de primeiro, segundo, terceiros
graus no município;
III – Para outros segmentos da sociedade, em especial aqueles que
possam atuar como agentes multiplicadores;
V – Junto às entidades e associações ambientalistas e universidade
pública e privada de ensino superior;

Diante do que destaca a normativa do município de Prainha, pode-se afirmar


que existe a preocupação com as questões ambientais. Além de destacar que a
Educação Ambiental deve ser promovida para toda a comunidade.
37

O município de Prainha, assim como outras cidades da Amazônia vem


sofrendo com avanço da pecuária e frentes agrícolas (soja) que contribui para o
desmatamento e queimadas, segunda a Secretaria de Meio Ambiente do município
outras preocupações são com relação a pesca predatória e não cumprimento do
período de defeso, a retirada ilegal de madeira e assoreamento de igarapés.
Em relação às questões mais visíveis na zona urbana da cidade a falta de
saneamento básico é uma questão muito séria, pois o sistema de esgoto é precário,
além do que, são poucas as casas que tem sumidouro, e a água servida é lançada
em via pública e no rio fazendo com que ocorra impacto nos ecossistemas
aquáticos, aumento da contaminação da água, proliferação de doenças e menor
disponibilidade de água doce para consumo humano .
O lixo urbano causado pelo aumento populacional causa uma maior produção
de lixo, e no município de Prainha não é diferente, os lixos urbano se torna outro
grande problema para o meio ambiente da cidade, porque a falta de um tratamento
adequado para os resíduos sólidos domésticos, principalmente os despejados no
lixão, queimados ou depositados em terrenos baldios causam impactos ambientais
nos solos, águas e mesmo no ar. Além de contribuir para proliferação de doenças,
aumenta da população de ratos e insetos.
Constata-se que na cidade os resíduos sólidos não tem um destino
adequado, não há uma política de conscientização da coleta seletiva do lixo,
também não se tem cooperativa de reciclagem, as escolas fazem um trabalho
paliativo de conscientização que estão em projetos de um dia ou uma semana, o
que contribui um pouco para essa situação. O governo dispõe de um carro coletor
de lixo doméstico que faz a coleta em dias alternados, assim muitas famílias
despejam seus lixos em terrenos abandonados, em esquinas de ruas ou fazem a
queima em seus quintais prática essa feita até em escolas. Assim, considera-se que
é necessária ação mais eficaz do governo para o tratamento dos resíduos sólidos.
A gestão municipal deve realizar ações mais concretas que promovam a
consciência ambiental, para que se transforme em atitudes do dia a dia. Investir nas
escolas como mediadora do conhecimento e formação cidadã, é de fundamental
importância cidadãos multiplicadores com responsabilidade no tratamento do lixo,
pois seria necessário para manter a cidade limpa e disponibilizá-lo ao seu destino
adequado.
38

3.2 Resultados das pesquisas de campo

De acordo com os instrumentos metodológicos (observação, entrevistas e


formulário) utilizados na pesquisa, constatou-se que, embora com grandes
limitações orçamentárias e dificuldades técnicas do ponto de vista organizacional e
operacional, a EA vem acontecendo no município de Prainha. Contudo, as escolas
públicas apresentam formas diversificadas de se trabalhar com o tema.
Claro que, como as demais políticas governamentais, que exigem estrutura,
investimentos, recursos humanos qualificados, etc., as dinâmicas e os avanços de
ações ambientais são graduais e lentas. Através de perguntas e questionamentos,
apresentaremos a seguir, os resultados das entrevistas e aplicação de formulários,
realizados junto aos gestores escolares, professores e representante da Secretaria
de Meio Ambiente.

3.2.1.1 questão: Quais as ações executadas pelo município de Prainha ao que se


refere a Educação Ambiental? Representante da Secretaria de Meio Ambiente
respondeu:
“Dentro das ações planejadas e executadas dentro do município para ano de
2019, nós temos diversas palestras: projeto “SEMA na escola” projeto: conservação
e revitalização de igarapés; projeto: arborização urbana”. A secretaria busca
combater também a exploração ilegal de madeira, o desmatamento, a pesca
predatória no período do defeso, mas a falta de infraestrutura é o maior problema.
Para Silva (2015) “A formação do pensamento ambientalista deriva de
múltiplas orientações e projetos sociais, o que torna altamente complexo, mas, ao
mesmo tempo, de extrema riqueza para uma avaliação de alcance de sua s
propostas na sociedade contemporânea.” Dessa forma, é importante que aconteça
os projetos de maneiras mais contundentes.

3.2.1.2 Questão: Como o tema Educação Ambiental acontece na escola em que é


gestor? Representantes de gestores escolares responderam:

a) Gestor Escola de Ensino Fundamental Pretextato.


“O trabalho é realizado de forma transversal nas disciplinas, essa abordagem
é feita na semana pedagógica, no planejamento do ano letivo que consta no PPP da
39

escola é desenvolvido dentro de outros projetos da E.A. como: Feira interdisciplinar


do conhecimento.”
b) Vice Diretor Colégio Ensino Médio Pretextato
“No momento ainda não teve nenhuma ação direta do município com projetos
voltados para o Ensino Médio sobre a questão ambiental. A escola promove apenas
a gincana do meio ambiente.”
c) Gestora da Escola Santa Rosa
“A Escola tem um projeto que é sobre Semana de Meio Ambiente em forma
de gincana com coleta de materiais recicláveis. No ano de 2019 a escola irá
desenvolver a Semana da Educação Para a Vida, em que é trabalhada a questão do
meio ambiente. A Prefeitura do município de Prainha é parceira importante na
realização do projeto.”
Ao analisar os PPP (Projeto Político Pedagógico) das escolas na qual
realizou-se a pesquisa. A Escola Municipal Pretextato da Costa Alvarenga com
relação ao seu PPP a única parte que faz menção a questão ambiental encontra-se
na justificativa como aparece em destaque “O avanço científico impulsiona para uma
nova visão de mundo, sendo necessário que a educação, como essencialidade
nesse contexto avance cada vez mais, permitindo ao aluno vivenciar uma nova
prática educativa pautando na valorização da vida, na solidariedade, no zelo pelo
ambiente, na pesquisa, na análise, na mudança de postura, no resgate de valores e
mais ainda, na efetivação de uma escola pública cuja filosofia é o compromisso com
o bem estar social.”.
A Escola Municipal Santa Rosa consta em seu PPP, em seu item 07 (sete)
parte que trata dos projetos traz a seguinte ação com relação ao Meio Ambiente:
“Gincana Ambiental. Esse projeto tem como intuito o estudo da dinâmica
realizada pelos humanos nos ambientes da biosfera, promovendo e mantendo a
vida no planeta. É um programa que se envolve diretamente com a política
ambiental da Escola Santa Rosa, visando ao desenvolvimento de atividades que
culminem, de forma objetiva, com ações que interfiram na qualidade ambiental.”
E por fim temos o colégio de Ensino Médio Pretextato da Costa Alvarenga
apresenta em seu PPP os itens referentes aos projetos pedagógicos em que consta
o do tema: “AMBIENTAIS que tem como objetivo - Estimulo à preservação do
ambiente escolar e comunitário: paisagismo e horta caseira.”
40

É importante refletir sobre o que OLIVEIRA (2011) afirma: Chegamos a uma


educação voltada para o interesse com o amanhã e os recursos naturais que
garantem que ele chegue. Atualmente é comum percebermos que as escolas
valorizam atitudes sustentáveis e promovem atividades sobre a importância de
preservar o meio ambiente, é comum que nas escolas hoje faça parte do currículo
dos alunos trabalharem com sucata e a reutilização de alguns materiais, além de
reaproveitar aquilo que seria jogado no lixo, os alunos aprendem a dar mais
importância àquilo que pode tornar-se um novo produto e ainda por cima diminuir a
quantidade de lixo produzida pela sociedade, além disso, quando o professor é
capaz de transmitir para seus alunos a mensagem de preservação e com isso
multiplicar a mensagem, que será passada à família e àqueles aos quais tiverem
contato com o aluno que, contagiado e motivado pelas ações apreendidas na escola
irá atuar como multiplicador da mensagem.
A Educação Ambiental, de acordo a lei n°9.795, de 27 de abril de 1999, deve
ser contínuo, permanente da educação Nacional, devendo estar presente em todos
os níveis e modalidades do processo de educação formal e não formal. Sendo o
homem um ser social, deve adotar a educação ambiental como um exercício para a
cidadania.
A EA é uma questão bastante acentuada, que vem sendo discutido cada vez
mais, pois diferentes órgãos ligados à proteção do meio ambiente fazem divulgação
e campanha de proteção do mesmo, devido a urgente necessidade de melhorias na
qualidade de vida. Nas escolas, atualmente configura como um tema transversal.
Segundo os PCN’s – Parâmetros Curriculares Nacionais do Meio Ambiente
faz a seguinte afirmação:

A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é


contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar
na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o
bem-estar de cada um e da sociedade, local e global. Para isso é
necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se proponha
a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e
aprendizagem de procedimentos. E esse é um grande desafio para a
educação. Gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e dos
diversos ambientes, participação em pequenas negociações são exemplos
de aprendizagem que podem ocorrer na escola. (BRASIL, 1998, p.187).

3.2.1.3 Questão: Qual a importância de se abordar a Educação Ambiental nas aulas


das disciplinas do currículo escolar?
41

a) Professor da Escola Municipal Pretextato


“O tema da Educação Ambiental é muito relevante nos dias atuais, a nossa
escola, em si, não tem projetos voltados diretamente para EA, trabalhamos aqui
somente com a feira da semana interdisciplinar, na qual a gente faz limpezas na
escola e na rua próxima à escola”.
b) Professor do Colégio Ensino Médio Pretextato.
“Com relação à EA tentamos conciliar o tema com o currículo escolar como o
projeto: a gincana do meio ambiente, todos os anos usamos essa gincana como
uma forma de aplicar a educação ambiental. Ultimamente não temos parceria com a
SEMA, geralmente quem está conosco é a EMATER para atuar na parte de
orientação das plantações como: jardim e horta. (...).”
c) Professor da Escola Municipal Santa Rosa
“A Educação Ambiental tem que tá todo mundo inserido alunos, educadores e a
comunidade, ou seja, a escola no geral. A escola tem um projeto de Educação
Ambiental que tem a finalidade procurar despertar, conscientizar e sensibilizar. Uma
questão a ser trabalhada é o lixo. Em relação à escola existe certa resistência de
alguns colegas com relação a aplicação de projetos...”
Em relação a esse contexto, Santos et.al (2010) , fazem a seguinte
abordagem em virtude desta realidade a Educação Ambiental tem como um dos
principais objetivos buscar uma metodologia de ensino que leve à reflexão sobre a
postura do ser humano em relação aos mecanismos responsáveis pela degradação
do meio ambiente e pela formação da consciência ecológica de cada cidadão sem
deixar de incluir nesta discussão a construção do conhecimento considerando a
transversalidade deste tema e a inclusão do mesmo nos projetos curriculares
conforme a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) que incluíram
esse tema nos currículos de ensino fundamental.
É importante reafirmar que no Brasil, o tema ganhou maior destaque com a
promulgação da Lei 9.795 de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação
ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental. O tema educação
ambiental é muito abrangente e por isso pode ser inserido nos mais diversos setores
da sociedade, especialmente nas escolas, lugar em que as pessoas, desde criança
aprendem a desenvolver habilidades e conhecer o que significa cidadania, seus
direitos e deveres, e, portanto, conseguem entender a importância de temas como
este. Conforme orientação metodológica adotada, foi feita aplicação de questionário
42

com 30 professores com abordagem sobre a importância da Educação Ambiental a


ser desenvolvida na escola, sendo 10 professores por escola. A seguir será
apresentado o resultado da pesquisa.
A primeira pergunta foi a seguinte “O tema e Educação Ambiental deve ser
abordado em todas as disciplinas”? Obteve-se o seguinte resultado, 77%
concordam completamente; 17% concordam em grande parte e 6% discorda
completamente.
Notamos grande concordância em ser abordado o tema Educação Ambiental
em todas as disciplinas é bastante relevante. Com relação a isso podemos destacar
a importância da EA em relação ao tema ser abordado com mais frequência em sala
de aula, lembrando que tudo deve passar por planejamento, e o projeto deve ser
algo sério para se concretizar e contar com a participação da comunidade escolar
para obtiver os resultados.
Segundo Guedes (2006), a educação ambiental permite que os alunos trilhem
caminhos que os levem a um mundo mais ético e sustentável. Pode-se dizer,
portanto, que iniciar um estudo sobre a importância da educação ambiental e a
prática na sala de aula, é fundamental e se faz necessário desde as séries iniciais,
para que esses alunos conheçam desde cedo o significado de educação ambiental,
e possam assim, contribuir melhor para construção de um ambiente mais prazeroso,
e para melhorias na qualidade de vida.
Questão 02: Enquanto professor tenho pleno conhecimento sobre o
tema, por isso sinto-me preparado (a) para abordá-lo em sala de aula? Discordo
completamente 3%; Discordo em grande parte 10%; Concordo em grande parte
60%; Concordo completamente 27%.
Questão 03: Trabalho com frequência em sala de aula, os assuntos
ligados a Educação Ambiental? Discordo em grande parte 20%; Concordo em
grande parte 50 %; Concordo completamente 30%.
Nota-se que apesar dos docentes concordarem em sua maioria em trabalhar
com a EA, mas alguns se mostram indiferentes e não concorda completamente, o
que demonstra a insegurança, ou não se considerar apto em tratar do assunto. A
seguir iremos perceber o que os docentes pensam a respeito da Educação
Ambiental ser inserida no currículo da Educação Básica.
Questão 04: compreendo a importância de inserir o tema Educação
Ambiental nos currículos escolares da educação básica? Concorda plenamente
43

93%; concordada em grande parte 7%. O resultado foi praticamente unânime da


inserção da Educação Ambiental no Currículo Escolar. Então, chega-se à conclusão
de que a Educação Ambiental é considerada de suma importância para a formação
cidadã do discente.
Questão 05: Meus alunos costumam agir de forma positiva para a
conservação do meio ambiente? Discordo completamente 13%; Discordo em
grande parte 7%; Concordo em grande parte 77 %; Concordo completamente 13%.
Questão 06: Costumo conscientizar os meus alunos para a prática da
Educação Ambiental? Discordo em grande parte 07%; Indiferente 03%; Concordo
em grande parte 23 %; Concordo completamente 67%.
Questão 07: Utilizo metodologias diversas para a abordagem do tema em
sala de aula? Discordo completamente 03%; Discordo em grande parte 10%;
Indiferente 03%; Concordo em grande parte 58 %; Concordo completamente 26%.
Questão 08: Sempre relaciono o tema Educação Ambiental aos assuntos
do cotidiano? Discordo em grande parte 07%; Concordo em grande parte 30 %;
Concordo completamente 63 %.
Questão 09: Considero inviável a aplicação do tema Educação Ambiental
em todas as disciplinas? Discordo completamente 57%; Discordo em grande parte
20%; Indiferente 03%; Concordo em grande parte 07%; Concordo completamente
13%.
Educação Ambiental para Oliveira (2000) deve ser considerada um processo
de aprendizagem permanente, baseado no respeito de todas as formas de vida. Ela
estimula a formação de sociedades justas, ecologicamente equilibradas com base
na solidariedade e respeito às diferenças.
A décima questão se refere ao planejamento da escola, ao que se refere ao
PPP e os planejamentos dos docentes a ser trabalhado durante o ano letivo. Em
seguida mostrado o resultado da importância da Educação Ambiental fazer parte do
planejamento da escola. Com o resultado sendo apresentado a seguir fica a certeza
de que a escola é o espaço de construção, troca de conhecimento, conscientização
entre outras qualidades. Para trabalhar a importância da Educação ambiental, na
formação do aluno é de crucial a disponibilidade de agentes multiplicadores nas
práticas voltadas em favor do meio ambiente e da Amazônia, tema do atual debate a
nível nacional e internacional.
44

Questão 10: “O tema Educação Ambiental deve ser inserido nos


planejamentos escolares?” Concordo completamente 90%; Concordo em grande
parte 10%.
Como nos referimos anteriormente, é de extrema concordância que as
escolas façam seus planejamentos, com abordagem voltada para a temática da
educação ambiental. Portanto, a de se considerar que a EA deve envolver pais,
alunos, professores e a comunidade para a realização efetiva do exercício da
cidadania. E deve ser trabalhado na escola como temática séria, para fazermos
cada vez mais multiplicadores da ideia de se preservar o meio ambiente.
Então, percebe-se a necessidade de ações mais contundentes nas escolas
da educação básica do município de Prainha da zona urbana. E de acordo com as
entrevistas o planejamento é fundamental para realizar ações práticas e que não
ocorre em apenas uma semana ou um dia, mas que envolva a escola em projetos
significativos de acordo com a problemática encontrada. Pode-se citar o problema
do lixo (coleta seletiva), arborização, poluição das águas, horta entre outros que
foram mencionados pelos gestores e professores.
Deixaremos a nossa proposição, para que todos possam a partir da realidade
começar a melhorar o que já está sendo realizado. De acordo coma pesquisa, o lixo
foi apontado como forma insatisfatória. Assim, é importante realizar ações como:
Palestras direcionadas para professores e alunos sobre cuidados com o meio
ambiente, por meio de questionamentos sobre o que entendem por meio ambiente.
E assim promover um debate que sensibilize os participantes. Quem faz parte desse
ambiente? Podemos jogar tudo o que não nos é mais útil no solo?
Encontrar um ambiente sujo cheio de lixo como: em casa, na sala de aula me
incomoda? E o que é jogado no Meio Ambiente não!
Quais as maneiras necessárias para melhorar o lixo produzido na escola, em
casa, na comunidade? Em seguida poderá ser realizados estudos e reflexões sobre
os cuidados com o lixo, bem como a separação do mesmo. Trabalhar o projeto:
“Todo lixo pode ser reaproveitado”.
 Coleta seletiva
 Lixo seco e lixo orgânico a separação que vai facilitar para quem recolhe o lixo.
 O lixo seco pode ser reaproveitado, reutilizado e reciclado;
45

 O lixo orgânico pode servir como adubo (subprojeto: Horta), com isso evita-se de
ficar jogando lixo a céu aberto aumentando a proliferação de insetos, roedores, que
causam doenças à população.
Lembrando que a escola tem plena autonomia para desenvolver seus
projetos, o que requer compromisso e seriedade em um trabalho coletivo de ação,
conscientização e sensibilização da comunidade escolar. Deixamos como reflexão o
dizer “Dar trabalho, mas funciona”. A questão dos resíduos sólidos é uma temática
abordada no livro: A Amazônia na agenda ambiental global (2015) de Alberto
Teixeira da Silva destaca que:

Em tempos de desafios gerados pela crise ecológica, a EA está


sendo estimulada a internalizar, debater e apresentar contribuições em
temas emergentes, dos quais destaco as questão dos resíduos sólido, as
mudanças climáticas e a transição energética. São questões imbricadas e
fortemente interdependentes que apontam para um novo modelo de gestão
pública fundada nos paradigmas da resiliência e da economia de baixo
carbono. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é um dos
desafios das políticas públicas no Brasil, pois exige amplo entendimento e
articulação nas diversas esferas de governo e sociedade civil, em termos de
desenhos e metodologias de gestão eficiente, combinado com formatação
de arenas institucionais e diversidade de atores estratégicos (área
governamental, ONGS, igrejas, sindicatos, universidades e associações de
catadores de materiais recicláveis.). (SILVA, 2015, p. 222,)

Assim, a proposta levada a escola requer importância de debater a questão


dos resíduos sólidos, e propor que se realize o projeto da coleta seletiva de lixo,
visto que essa proposta vai de encontro com um tema atual, pois é de grande
importância. Portanto, deve ser referência para as políticas públicas.
No anexo I encontra-se descrição de experiência relevante, considerado um
exemplo bem sucedido no Brasil sobre o desenvolvimento da Educação Ambiental
que é realizado na escola Amigos do Verde, localizada em Porto Alegre, em uma
área de 3,6 mil metros quadrados, é o modelo brasileiro, que, há mais de 30 anos,
desenvolve uma proposta de educação integral aliada a questões ecológicas.
46

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante os estudos, percebemos que as ideias sobre o meio ambiente


sofreram modificações. Os primeiros eventos sobre o tema tratavam de eco
desenvolvimento, que priorizava a preservação dos recursos naturais, baseando-se
na constatação de que a natureza era finita. Com o passar do tempo foi sendo
aperfeiçoada e chegou-se a um novo conceito chamado de sustentabilidade e nesse
caso os recursos naturais podem ser usados, desde que fossem devolvidos ao
planeta.
No Brasil, têm-se normativas que trata da questão ambiental, e que hoje é um
tema bastante polêmico devido ao grande número de queimadas e desmatamento
que vem ocorrendo na Amazônia de forma ilegal, é crime. Também é importante
perceber que o Programa Nacional de Educação Ambiental, levou a Educação
Ambiental a Escola Sustentável que tem o objetivo de promover processos de
educação ambiental voltados para valores humanistas, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências que contribuam para a participação cidadã na construção
de sociedades sustentáveis.
Assim, o trabalho de pesquisa teve como tema: Educação Ambiental na
Amazônia: desafios e ações nas escolas urbanas do município de Prainha. De
acordo com os resultados obtidos notamos que a Gestão Municipal está em fase de
implantação de projetos e depende de recursos para serem executadas, as escolas
vem se empenhando para tornar a Educação Ambiental tema mais frequente com
projetos sobre o Meio Ambiente.
Pode-se constatar durante a pesquisa que as escolas compreendem a
importância de inserir o tema Educação Ambiental nos currículos escolares da
educação básica e que essa temática deve ser inserida nos planejamentos
escolares. Entretanto, temos a dificuldade de aplicação de metodologias diversas
para a abordagem do tema em sala de aula, além de que alguns professores não se
sentem preparados para abordar o tema.
Por fim, os exemplos compartilhados, neste artigo das três escolas, a maneira
e forma como está sendo trabalhada a educação ambiental e a necessidade de
propor novas ideias para serem desenvolvidas, tem a intenção de mostrar que é
possível educar, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do planeta, e,
dessa forma, possibilitar a construção de uma sociedade sustentável.
47

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SILVA, Alberto Teixeira da. Amazônia na agenda ambiental global. Belém:


NUMA/UFPA, 2015.
50

Anexo I

Descrição de experiência relevante em escola.

Um exemplo bem sucedido no Brasil sobre o desenvolvimento da Educação


Ambiental é realizado na escola Amigos do Verde, localizada em Porto Alegre, em
uma área de 3,6 mil metros quadrados, é o modelo brasileiro, que, há mais de 30
anos, desenvolve uma proposta de educação integral aliada a questões ecológicas.
“Surgiu com o objetivo de desenvolver uma aprendizagem equilibrada entre as áreas
cognitiva e afetiva” (CARNEIRO, 2011, p.27).
A missão da escola é proporcionar aprendizagem integral ao indivíduo,
acreditando na interdependência de seus atos e fomentando a parceria com a
comunidade Amigos do Verde.
De acordo com Carneiro (2011) Acolher a diversidade é uma meta a que nos
propomos, respeitando as particularidades e a riqueza inerentes em cada um.
Através de práticas ecológicas, possibilitaremos a expansão da consciência,
contribuindo para o desenvolvimento de um ser mais criativo, reflexivo, autônomo e
solidário.
O diferencial na escola é que os alunos mantêm contato diário com a terra,
plantas e animais, a escola implementa espaços com cisternas para captação de
água da chuva, telhados vivos, espiral de ervas e galinheiro móvel. O trabalho em
equipe é um requisito importante para o desenvolvimento do projeto educacional.
É muito importante que a partição dos alunos em todas as atividades
desenvolvidas. O debate sobre o tema a ser abordado na escola é de suma
importância para o desenvolvimento de projetos a serem aplicados. 1

(...) essa experiência oportuniza a necessidade de negociação entre os


colegas e a integração com o meio ambiente, cenário de grande parte dos
projetos desenvolvidos pelos grupos, que incluem atividades como plantar,
alimentar animais, colher frutas, produzir papel reciclado, separar o lixo e

reutilizar materiais. (Carneiro, 2011).

A escola também atua com atividades de alimentação saudável, pois são


disponibilizados apenas alimentos considerados saudáveis aos alunos, há uma
1

As descrições da Escola Amigo do Verde podem ser consultadas no site https://amigosdoverde.com.br/


51

nutricionista à disposição dos pais para orientação sobre hábitos alimentares. Dentro
desse processo, as crianças cuidam de hortas e desenvolvem projetos de culinária
para preparar alimentos. Dessa forma, a escola contribui para que os hábitos
adquiridos sejam vivenciados também em família e na comunidade em que o aluno
está inserido. "A escola como espaço de convivência e modelo de relações, propõe
no dia-a-dia as situações para que a comunidade escolar viva essa possibilidade de
um planeta sustentável” (CARNEIRO, 2001, p. 142).

Figura 8: Cardápio da escola Amigos do verde.

Fonte: https://amigosdoverde.com.br/

A escola destaca que o seu propósito é oportunizar a aprendizagem e o


crescimento integral do indivíduo através de projetos de estudos e vivências como
auto (eco) conhecimento, agroecologia, artes e nutrição. A partir de uma visão
ecossistêmica, acreditamos na interdependência de nossos atos comprometidos na
formação do ser social e planetário, acolhendo a diversidade, respeitando as
particularidades e a riqueza inerentes a cada um.

Dessa forma é importante destacar a missão da escola:


 Oportunizar a aprendizagem e o crescimento integral do indivíduo através de
projetos de estudos e vivências como auto(eco)conhecimento, agroecologia, artes e
nutrição.
52

 A partir de uma visão ecossistêmica, acreditamos na interdependência de


nossos atos comprometidos na formação do ser social e planetário, acolhendo a
diversidade, respeitando as particularidades e a riqueza inerentes a cada um.
 Na escola Amigos do Verde, educar é a expansão da consciência,
contribuindo para o desenvolvimento de um ser mais criativo, reflexivo, autônomo e
solidário.

A metodologia da Amigos do Verde traz diversos diferenciais, tanto didáticos,


quanto no cuidado com os pequenos. Al g u ma s da s a ti vi d ad e s
co mp re e nd i da s pe l o cu rrícu lo :

Agroecologia: Busca a conscientização do ser humano como parte da


natureza. Conhecimentos da nossa fauna e flora assim como de aspectos
físicos, químicos, geológicos e biológicos são desenvolvidos através de
atividades teóricas e práticas ligadas à sustentabilidade.

Música: Alunos e alunas têm a oportunidade de expressarem-se e


tornarem-se ouvintes reflexivos, capazes de compreender, emocionar-se e
apreciar a música como um processo cultural, interagindo com a natureza. A
partir do 3º ano do Ensino Fundamental, as aulas de Música contemplam,
também, o ensino de flauta doce.

Educação Física: Busca propiciar experiências motoras através do


movimento do corpo, na relação com o outro e com o meio. Proporciona-se a
descoberta das potencialidades, gerando autoimagem e autoestima saudáveis
e despertando o gosto pela prática de atividades físicas.

Hora do Conto: Atividades de exploração de livros, leituras e contação


de histórias com diferentes recursos, além de empréstimo de livros da
Biblioteca. Tem como principal propósito incentivar o hábito da leitura
prazerosa.

Inglês (somente ensino fundamental): Tem como objetivo principal


estimular a vivência, considerando a importância de uma segunda língua,
despertando seu interesse de forma lúdica e criativa.

Yoga(somente ensino fundamental): Yoga ou o Yôga é um sistema de


exercício físico e mental, que desenvolve boa postura, melhora a qualidade da
respiração, equilibra o sistema nervoso, fortalece o sistema imunológico,
53

desenvolve a autoconfiança e a concentração, estimulando o bem estar na vida


da criança.

As Trocas e vivências são eventos realizados de acordo com a proposta


pedagógica e com os projetos de estudos desenvolvidos pelas turmas. Esses
eventos têm como propósito socializar e integrar a comunidade escolar, despertando
curiosidade para uma nova abordagem de aprendizagem. A maioria dos eventos
está prevista em calendário escolar como: Culinárias; Hortas; Semana da Ecologia;
Festa Junina; Olimpíadas: Acampamentos, acantonamentos e mini
acantonamentos; Colheita e Feirão Curso de Experiência Reflexiva.

Figura 9: Agroecologia também é assunto de criança.

Fonte: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2017/05/especiais.html.

Figura 10: trilhas no parque da capital.

Fonte: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2017/05/.html).
54

Questionário

Marque uma alternativa quanto as afirmativas.

1 – O tema Educação Ambiental deve ser abordado em todas as disciplinas.


( ) Discordo completamente; ( ) Discordo em grande parte; ( )Indiferente;
( ) Concordo em grande parte; ( )Concordo completamente.

2- Quanto professor tenho pleno conhecimento sobre o tema, por isso sinto-
me preparado(a) para abordá-lo em sala de aula.
( ) Discordo completamente; ( ) Discordo em grande parte; ( )Indiferente;
( ) Concordo em grande parte; ( )Concordo completamente.

3- Trabalho com frequência em sala de aula, os assuntos ligados a Educação


Ambiental.
( ) Discordo completamente; ( ) Discordo em grande parte; ( )Indiferente;
( ) Concordo em grande parte; ( )Concordo completamente.

4- Compreendo a importância de inserir o tema Educação Ambiental nos


currículos escolares da educação básica.
( ) Discordo completamente; ( ) Discordo em grande parte; ( )Indiferente;
( ) Concordo em grande parte; ( )Concordo completamente.

5- Meus alunos costumam agir de forma positiva para a conservação do meio


ambiente.
( ) Discordo completamente; ( ) Discordo em grande parte; ( )Indiferente;
( ) Concordo em grande parte; ( )Concordo completamente.

6- Costumo conscientizar os meus alunos para a prática da Educação


Ambiental.
( ) Discordo completamente; ( ) Discordo em grande parte; ( )Indiferente;
( ) Concordo em grande parte; ( )Concordo completamente.

7- Utilizo metodologias diversas para a abordagem do tema em sala de aula.


( ) Discordo completamente; ( ) Discordo em grande parte; ( )Indiferente;
( ) Concordo em grande parte; ( )Concordo completamente.

8- sempre relacionar o tema Educação Ambiental aos assuntos do cotidiano.


( ) Discordo completamente; ( ) Discordo em grande parte; ( )Indiferente;
( ) Concordo em grande parte; ( )Concordo completamente.

9- Considero inviável a aplicação do tema Educação Ambiental em todas as


disciplinas.
( ) Discordo completamente; ( ) Discordo em grande parte; ( )Indiferente;
( ) Concordo em grande parte; ( )Concordo completamente.
55

10- O tema Educação Ambiental deve ser inserido nos planejamentos


escolares.
( ) Discordo completamente; ( ) Discordo em grande parte; ( )Indiferente;
( ) Concordo em grande parte; ( )Concordo completamente.

Questões subjetivas

Representante do governo municipal.


Quais as ações executadas pelo município de Prainha ao que se refere a
Educação Ambiental?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

Diretores de escola

Como o tema Educação Ambiental acontece na escola em que é gestor?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

Professores

Qual a importância de se abordar a Educação Ambiental nas aulas das


disciplinas do currículo escolar?

__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________.

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