Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NATAL
2019
THAYNARA CRISTINNE OLIVEIRA RODRIGUES
NATAL
2019
THAYNARA CRISTINNE OLIVEIRA RODRIGUES
APROVADA EM:
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Dra. Sandra Cristina Gomes
(Orientadora – UFRN/CCHLA/DPP)
________________________________________
Prof. Dr. Anderson Cristopher dos Santos
(Examinador Interno – UFRN/CCHLA/DPP)
________________________________________
Prof. MSc. André Luís Nogueira da Silva
(Examinador Externo – FGV)
NATAL
2019
Dedico este trabalho a Deus. Ele nunca
me abandonou nos momentos de
necessidade. Aos meus pais, avós,
professores e amigos.
AGRADECIMENTOS
Este Trabalho de Conclusão de Curso faz uma análise acerca dos efeitos da
implementação do Plano de desenvolvimento da escola (PDE–Escola), bem
como de suas implicações para a autonomia da gestão escolar, tomando como
estudo de caso uma seleção de escolas do município de Natal/RN. Este plano
é uma ferramenta de planejamento estratégico para a melhoria da gestão
escolar. Foi levantado o desenho do PDE–Escola, como as suas etapas,
critérios de participação, objetivos e metas traçados pelas escolas, bem como
uma revisão do quantitativo de unidades escolares participantes, região
administrativa onde estão inseridas, se conseguiram elevar o IDEB ou não,
além de diferenciar o que é o PDE, PDE–Escola e PDDE–Interativo. Foi
disponibilizado pelo MEC/FNDE, através da LAI (Lei de Acesso à Informação),
um banco de dados das escolas do Estado em que receberam os
investimentos. Com isso, houve um recorte territorial contemplando o município
de Natal para que fossem desenvolvidas as análises in loco. Desse modo,
foram realizadas entrevistas semiestruturadas com profissionais inseridos na
gestão escolar para compreender o processo de implementação do PDE –
Escola. A pesquisa verificou a importância da autonomia, da capacitação de
gestão escolar e do apoio técnico no processo de implementação de políticas
públicas educacionais, bem como identificou obstáculos durante a etapa de
implementação do PDE – Escola nas unidades escolares selecionadas.
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – Responsabilidades do Grupo de trabalho.....................................33
Quadro 02 – Responsabilidades do Coordenador.............................................33
Quadro 03 – Responsabilidades do Comitê de Análise e Aprovação...............34
Quadro 04 – Eixos e dimensões a serem identificados no Diagnóstico............36
Quadro 05 – Perfil e atribuições do usuário no PDDE–Interativo....................44
Quadro 06 – Faixas de Financiamento do PAF.................................................47
Quadro 07 – Total de escolas que foram beneficiadas pelo PDE–Escola no RN,
por rede de ensino e ano............................................................................52
Quadro 08 – Quantidade de escolas municipais que receberam os recursos do
PDE–Escola por bairro e ano. Município de Natal...........................................53
Quadro 09 – Quantidade de escolas estaduais que receberam os recursos do
PDE–Escola por bairro e ano. Município de Natal...........................................55
Quadro 10 – Taxa de Distorção Idade – Série (Ensino Fundamental I) na
Escola A entre 2008 e 2010...............................................................................65
Quadro 11 – Taxa de aprovação na escola A entre 2008 e 2010.....................66
Quadro 12 – Síntese da Entrevista realizada na Escola A................................68
Quadro 13 – Síntese da autoavaliação da Escola A.........................................69
Quadro 14 – Problemas, causas prováveis e principais ações a serem
exercidas pela escola........................................................................................70
Quadro 15 – Desdobramento das metas do PDE–Escola, 2009.......................72
Quadro 16 – Taxa de Distorção Idade – Série (Ensino Fundamental I) na
Escola B entre 2009 e 2012...............................................................................75
Quadro 17 – Taxa de aprovação na escola B entre 2009 e
2012...................................................................................................................76
Quadro 18 – Síntese da Entrevista realizada na Escola B................................76
Quadro 19 – Taxa de Distorção Idade – Série (Ensino Fundamental I) na
Escola C entre 2008 e 2010..............................................................................78
Quadro 20 – Taxa de aprovação na escola C entre 2008 e
2010...................................................................................................................78
Quadro 21 – Síntese da Entrevista realizada na Escola C................................79
Quadro 22 – Taxa de Distorção Idade – Série (Ensino Fundamental I) na
Escola D entre 2007 e 2010..............................................................................81
Quadro 23 – Taxa de aprovação na escola D entre 2007 e
2010...................................................................................................................82
Quadro 24 – Síntese da Entrevista realizada na Escola D................................83
SUMÁRIO
1. Introdução......................................................................................................14
2.2 Natal/RN.......................................................................................................53
Escolas Entrevistadas........................................................................................63
Conclusão...........................................................................................................85
14
INTRODUÇÃO
Segundo Barroso:
Com isso, entende-se que a escola não é uma ilha, mas sim uma
organização social e com isso está envolvida em diversas relações, influências
e interesses. Com isso, Barroso complementa:
Analisando a figura acima, verificamos que, de fato, o PDE não pode ser
intitulado de “Plano”, como Saviani (2009, p. 27) afirma, por conter um rol
extenso de programas em seu conteúdo. Pode-se definir que o PDE possui um
conjunto de ações que, a princípio, se constituem em estratégias para o
cumprimento das metas do PNE (2001 – 2010). Desta forma, identificamos o
PDE–Escola como um programa incluso dentro do Plano de desenvolvimento
da educação.
1º ETAPA
Preparação
5º Etapa
2º ETAPA
Acompanhamento
Análise Situacional
e Controle
3º ETAPA
4º ETAPA
Definição da Visão
Execução
estratégica e P.S.E
Fonte: Manual Técnico PDE–Escola – FNDE – MEC, 2006. (Adaptado pelo Autor)
A) estudar a metodologia;
32
Era preferível que este grupo fosse formado pelos conselheiros escolares e que
divulgassem sistematicamente as suas ações junto à comunidade escolar. O número de
pessoas dependeria da estrutura da escola e da disposição em participar voluntariamente
da elaboração e do acompanhamento do plano. Não se recomendava mais de 10 (dez)
membros, sob o risco de inviabilizar ou retardar a elaboração do PDE –Escola.
O Eixo 3, por sua vez, apresentou fatores que poderiam ser enfrentados
pela equipe gestora, mas exigiu uma maior capacidade de mobilização e
motivação. É muito comum que as escolas concentrem os problemas apenas
nesse eixo, alegando, por exemplo, baixo nível de envolvimento dos
estudantes, dos docentes ou dos pais. Ou acreditando que a simples melhoria
na infraestrutura resolveria todos os problemas, o que raramente acontece.
Resolver os problemas do Eixo 3 exigia certa criatividade, negociação e
perseverança, sobretudo quando se trata da comunidade escolar.
38
COORDENADOR
DO PDE
Fonte: Manual Técnico PDE Escola – FNDE – MEC, 2006. (Adaptado pelo Autor)
Com isso, a principal diretriz adotada pelo MEC para implementar essa
ideia foi oferecer uma ferramenta de fácil acesso e compreensível por todos
aqueles que compõem a comunidade escolar, sem a obrigatoriedade de
realizar formações presenciais. O objetivo do Ministério da Educação foi de
fortalecer a gestão escolar democrática e participativa, envolvendo
efetivamente todos os segmentos da escola que podem ajudar a construir uma
escola pública cidadã.
Diretor (a) - Só pode ser solicitado por um(a) diretores(as) de escola em atividade.
- Permite preencher o plano da escola, alterar e salvar informações antes
de enviar para o Comitê.
- O mesmo CPF não pode se cadastrado para mais de uma escola.
- Não permite enviar o plano diretamente para o MEC, só para o Comitê.
- Quem libera o acesso para este perfil é um dos membros do Comitê,
que são técnicos designados pela Secretaria de Educação
Comitê Municipal - Só pode ser solicitado pelos membros dos Comitês das Secretarias
Municipais de Educação.
- Permite visualizar os planos de todas as escolas municipais.
- Permite redigir o parecer de análise de cada plano e devolvê-lo para a
escola ou encaminhá-lo para o MEC.
- Permite cadastrar e gerenciar todos os diretores municipais, incluindo,
excluindo ou modificando informações do cadastro.
- Quem libera o acesso para este perfil é o MEC
Comitê Estadual - Só pode ser solicitado pelos membros dos Comitês das Secretarias
Estaduais de Educação.
- Permite visualizar os planos de todas as escolas municipais e estaduais
da unidade federativa do usuário cadastrado.
- Permite redigir o parecer de análise dos planos estaduais e devolvê-lo
para a escola ou encaminhá-lo para o MEC.
- Permite cadastrar e gerenciar todos os diretores estaduais, incluindo,
excluindo ou modificando informações do cadastro. - Quem libera o
acesso para este perfil é o MEC, a partir do recebimento da portaria ou
ofício e da solicitação de cadastro no sistema
Consulta municipal - Permite apenas visualizar os planos das escolas municipais
Consulta Estadual - Permite apenas visualizar os planos das escolas estaduais
Consulta - Permite apenas visualizar os planos de todas as escolas do país
Equipe MEC - Só pode ser solicitado por servidores ou colaboradores do MEC.
- Permite visualizar os planos, emitir o parecer de aprovação ou devolver
para o Comitê, que solicitará ajustes às escolas.
NATAL
Após a seleção das escolas, foi feito trabalho de campo, o qual seguiu
as seguintes ordens de atividades:
50
2007 109
2008 366
2009 672
2010 486
2011 252
2012 318
2014 262
2015 189
TOTAL 2.654
Fonte: Elaboração própria a partir de dados do MEC/FNDE, 2019.
De acordo com a tabela acima, vemos que os anos 2009 e 2010 foram
os anos em que houve um maior quantitativo de escolas contempladas com o
PDE Escola, sendo 2009 com 672 escolas e 2010 com 486 escolas. Os anos
que com a menor quantidade de escolas participantes do programa foi o ano
de seu início e no seu término, sendo em 2007 com 109 escolas e 2015 com
189 escolas participantes, sendo todas elas da rede municipal e estadual. Vale
salientar que o Plano tem vigência de dois anos, portanto, existirão escolas que
receberam recursos pelos dois anos, podendo assim, haver repetições de
escolas nas planilhas, consequentemente, nesta tabela também. Esta tabela
explicita o quantitativo de vezes em que houve disponibilização de recursos
federais às escolas.
2007 30 84
52
2011 179 73
2014 204 65
2015 135 54
2.2 Natal/RN
Alecrim 1 - 1 - 2 1 - - 5
Bom Pastor 1 - - - 1 1 - - 3
Barro Vermelho - - - - - - - - 0
Cidade da 1 - 1 1 1 1 - - 5
Esperança
Cidade Alta - - 1 - 1 - - - 2
Candelária - - - - - - - - 0
Capim Macio - - - - - - - - 0
Cidade Nova - - 1 - - - 2 - 3
53
Felipe Camarão - 4 1 3 - - - 8
Guarapes 2 - - - 2 - - - 4
Igapó - 1 4 2 1 - 2 - 10
Lagoa Azul 2 - 2 1 3 3 1 - 12
Lagoa Nova - - 1 1 1 - 1 - 4
Lagoa Seca - - - - - - - - 0
Mãe Luiza - - - - - - - - 0
Mirassol - - - - - - - - 0
Neópolis - - - - - 1 - 1
Nordeste 1 - - - 1 1 - 3
Nossa Senhora 1 - 6 2 5 1 2 - 16
da Apresentação
Nossa Senhora - - 1 1 - - 1 - 3
de Nazaré
Nova Descoberta - - 2 - 1 - 1 - 4
Pajuçara - - 4 1 3 - - - 8
Petrópolis - - - - - - - - 0
Pitimbu - 1 1 - - - 1 - 3
Planalto 1 - - - 1 1 - - 3
Ponta Negra 1 - 1 - 2 1 - - 5
Potengi 1 3 3 3 4 2 2 - 18
Quintas 1 - 2 3 1 1 1 - 8
Redinha - - 1 - 1 - 1 - 3
Ribeira - - 1 1 - 1 - - 3
Rocas - - 1 - 1 - 1 - 3
Santos Reis - - 1 - 1 1 - - 3
TOTAL 13 5 39 17 37 16 17 0 144
Fonte: Elaboração própria a partir de dados do MEC/FNDE, 2019.
54
Alecrim 4 - 6 5 1 1 - - 17
Bom Pastor 2 - 3 3 - 2 - - 10
Barro Vermelho - - 2 2 - - - - 4
Cidade da 1 1 4 3 1 1 2 1 12
Esperança
Cidade Alta - - - - - - - - 0
Candelária - 1 3 4 - - 2 2 12
Capim Macio - - - - - 1 - - 1
Cidade Nova 1 - 1 1 - 1 - - 4
Felipe Camarão 1 3 3 3 3 1 1 15
Guarapes - - - - - 2 - - 2
Igapó 1 - - - - 1 - - 2
Lagoa Azul 3 1 5 4 2 3 1 1 20
Lagoa Nova 2 1 7 6 1 1 2 2 20
Lagoa Seca 1 - 1 1 1 1 1 1 7
Mãe Luiza 2 1 6 4 1 3 1 1 19
Mirassol 1 - - - - - - - 1
Neópolis 1 - 3 3 1 1 - - 9
Nordeste 1 - - - 1 1 - - 3
Nossa Senhora - - - - - - - - 0
da Apresentação
Nossa Senhora 1 1 1 1 1 1 1 - 6
de Nazaré
Nova Descoberta 2 - 1 2 - 1 - - 6
56
Pajuçara - 2 2 - - - - - 4
Petrópolis 2 - 1 1 2 2 - - 8
Pitimbu 1 1 3 2 - 1 1 1 10
Planalto - - - - - - - - 0
Ponta Negra - - 2 2 - - - - 4
Potengi 3 4 9 6 2 3 2 1 29
Praia do Meio - - - - 1 1 - - 2
Quintas 1 - 4 4 - 1 2 2 12
Redinha 1 - 1 1 - 1 - - 4
Ribeira - 1 2 - - 1 - - 4
Rocas - - 1 1 - - - - 2
Santos Reis 1 1 2 1 1 1 2 1 9
Tirol - - 5 5 1 1 1 1 13
TOTAL 34 15 79 65 21 37 19 15 285
Fonte: Elaboração própria a partir de dados do MEC/FNDE, 2019.
dentro dos critérios exigidos pelo MEC em relação ao IDEB para ficar fora da
lista de escolas com prioridades do PDE–Escola.
LESTE
18%
SUL
23%
ESCOLAS ENTREVISTADAS
Escola A – Oeste
Escola B – Leste
Escola C – Norte
Escola D – Sul
Escola A
Quando perguntada se houve uma melhoria no IDEB, ela falou que não
houve melhorias significativas no índice. “Essa parte positiva do programa não
foi alcançado pela escola. De fato, faltou um estudo em cima do Plano
Pedagógico. Porque que a escola não conseguiu atingir seus objetivos, apesar
de ter acontecido algumas melhorias estruturais? Por que não aconteceu uma
melhoria real na parte de aprendizagem? O que faltou foi um investimento
nesse sentido, porque não é só material, tem que se trabalhar o humano, o
investimento no Professor. Porque se tivesse acontecido realmente, eu acredito
que não teria tido um resultado tão negativo.” Ficou na mesmice e não teve um
resultado de crescimento em relação a aprendizagem do aluno. A mesmice em
que é relatado, é que a unidade escolar não teve uma melhora substancial
relacionado ao IDEB.
escolar e do meio
ambiente
Fonte: Dados disponibilizados pela Escola A, 2009.(Adaptado pelo autor)
70
ESCOLA B
na Escola B.
ANO DO QUANTIDADE VALOR DE VALOR DE VALOR TOTAL
DE ALUNOS CUSTEIO CAPITAL
RECURSO
2009 538 R$ 23.800,00 R$ 10.200,00 R$ 34.000,00
2011 577 R$ 12.600,00 R$ 5.400,00 R$ 18.000,00
VALOR 1.154 R$ 36.400,00 R$ 15.600,00 R$ 52.000,00
TOTAL
Fonte: Elaboração própria, 2019.
O que chama atenção no caso dessa escola, é que ela possuiu menos
alunos, mas recebeu praticamente a mesma quantidade de recursos do que a
escola A.
ESCOLA C
aprovação escolar, sendo esse 3,3 pontos percentuais. Com isso, verifica-se
que a escola está localizada num bairro pobre, no entanto, conseguiu apenas
reduzir a distorção idade – série no período do PDE– Escola e elevou a taxa de
rendimento e consequentemente seu IDEB.
ESCOLA D
O que chama atenção no caso dessa escola, é que ela possuiu menos
alunos do que a escola C e recebeu mais investimentos sendo uma das
escolas que recebeu mais recursos do PDE–Escola.
Algumas perguntas não foram sanadas, tanto pela gestão escolar, como
pelo MEC/FNDE, pois de acordo com o Plano de Ações Financiáveis e o PDDE
– Interativo, os valores de repasses estavam de acordo com o quantitativo de
alunos matriculados na unidade escolar.
Com isso, verifica-se que a escola está localizada num bairro de classe
média, conseguiu reduzir a distorção idade-série em alguns anos, porém não
em todos. Conseguiu elevar a taxa de rendimento apenas no 5º ano, sendo
esse índice não suficiente para elevar o IDEB, fazendo com que houvesse uma
redução, ao invés de uma melhora no índice. Neste caso, se faz necessário
investigar cada item que compõe o IDEB separadamente, para definir se a taxa
82
CONCLUSÃO
84
REFERÊNCIAS
86
Perguntas Específicas
Preparação
91
Execução
Monitoramento e Avaliação
Comitê Estratégico
Coordenador do PDE
Líderes de Objetivos Estratégicos
Gerentes dos Planos de Ação
Equipes dos Planos de Ação
92
Respostas da entrevistada